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. Agrupamento de Escolas da Batalha Ano lectivo 2010/2011 Grupo Zhen Área de Projecto 12ºA Prof. Bruno Conde 2010-2011 MEDICINA ALTERNATIVA

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Agrupamento de Escolas da Batalha

Ano lectivo 2010/2011

Grupo Zhen

Área de Projecto 12ºA

Prof. Bruno Conde

2010-2011

MEDICINA ALTERNATIVA

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Índice

Acupuntura………………………………………………………………………………………………………………….3

Aromaterapia…………………………………………………………………………………………………………….10

Arte-Terapia……………………………………………………………………………………………………………….14

Ayurveda……………………………………………………………………………………………………………………17

Fitoterapia………………………………………………………………………………………………………………….20

Musicoterapia…………………………………………………………………………………………………………….24

Iridologia……………………………………………………………………………………………………………………28

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A acupuntura é parte essencial da medicina Oriental há anos. É uma técnica

medicinal chinesa de manipulação do chi para equilibrar as forças opostas do yin

e yang.

História

A história da acupuntura confunde-se com a história da medicina na China, uma vez

que esta faz parte da Medicina Tradicional Chinesa, cuja origem remonta cerca de 3000 anos

a.C. e provém do conhecimento dos sábios da Antiga China.

A obra mais antiga, Nei Jing, referente à acupuntura, foi escrita entre 435 a.C. e 220

da nossa Era, colidindo com todos os conhecimentos médicos transmitidos oralmente até a

essa data. Esta terapia foi introduzida na Europa no século XVI, pelos missionários Jesuítas.

Estes deram o nome a esta terapêutica à qual chamaram acupunctura, que significa punção

através das agulhas. Este nome deriva de uma adaptação dos termos chineses Zhen e Jiu aos

quais se juntaram as palavras latinas Acum (agulha) e Punctum (picada ou punção).

George Soulié de Morant, um diplomata Francês que estudou, entre os anos 1907 e

1927, a Medicina Tradicional Chinesa, publicou em 1939 o primeiro compêndio de

acupunctura em Francês e motivou o médico Dr. Paul Ferreyrolles a ensinar acupunctura aos

profissionais de saúde em Paris. Desde então, esta tem sido ensinada em escolas

particulares e nas faculdades estatais, nos principais países do Ocidente.

Em 1972, quando Richard Nixon visitou a China, foram feitas várias reportagens de

analgésicos e tratamentos com acupunctura, mostrando resultados surpreendentes. Foi

depois desta data que a nova política Chinesa, permitiu receber estudantes de todo o mundo

nas suas faculdades de Medicina Tradicional Chinesa.

Acupuntura

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Em que consiste

Acupuntura é uma modalidade de intervenção na saúde e pertence à Medicina

Tradicional Chinesa. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), trata-se de um método

de tratamento complementar. Esta, consiste na aplicação de agulhas em pontos definidos do

corpo (acupontos) para obter efeito terapêutico em diversas condições.

Esta técnica deve ser desempenhada

por um profissional licenciado em Medicinas

Tradicionais Chinesas ao qual se dá o nome de

Acupuntor. Para iniciar o tratamento, o

acupuntor realiza um diagnóstico específico

que visa a selecção perfeita dos acupuntos.

Este consiste num interrogatório, num exame à

língua e pele, bem como numa contagem dos pulsos chineses. Após a selecção dos pontos e

através do uso de finíssimas agulhas, consegue restabelecer-se o fluxo energético que circula

nos meridianos o que ajuda o paciente a tornar-se mais saudável.

Uma das explicações para a aplicação desta técnica no tratamento de patologias tão

diversas como depressão, qualquer tipo de dor, prevenção de abortos espontâneos ou até

mesmo no reforço do sistema imunitário prende-se com o facto desta também interferir nos

níveis de produção e secreção de várias hormonas.

Os acupontos

Os acupontos são locais específicos do corpo do paciente onde o Acupuntor insere as

agulhas, de forma a tratar ou aliviar as suas patologias e/ou sintomas.

Há doze meridianos principais que passam pelo corpo humano. Cada meridiano contém vários

pontos de pressão. O acupuntor, aquando da consulta, faz o mapeamento dos pontos de

pressão no meridia

no apropriado de acordo com o problema do paciente. Para representar cada ponto, as iniciais

do meridiano são seguidas por um número, por exemplo, LI 19 ou GB 1. O quadro seguinte

representa as inicias de todos os meridianos que se encontram no corpo humano.

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Tabela 1

As imagens seguintes representam os acupontos que se encontram em diversas partes

do corpo humano:

Bexiga

(UB)

Vesícula

(GB)

Coração

(HT)

Rim

(KD)

Fígado

(LV)

Pulmão

(LU)

Intestino Grosso

(Ll)

Pericárdio

(PC)

Intestino Delgado

(SI)

Baço

(SP)

Estômago

(ST)

Triplo Aquecedor

(TH)

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As agulhas

O acupuntor, no decorrer do tratamento pode decidir utilizar

outros métodos como o raio-laser ou a moxabustão (através do

calor), contudo, e tal como o nome indica, a prática da acupuntura é

feita, maioritariamente, através do uso de agulhas.

Depende da patologia a tratar, por norma, utilizam-se menos

de 18 agulhas por tratamento, uma vez que muitas agulhas não

melhoram a eficácia do tratamento, mas sim a boa selecção dos

pontos de acordo com um bom diagnóstico.

A acupuntura é um tratamento indolor, uma vez que as agulhas utilizadas são

extremamente finas (tão finas quanto um fio de cabelo) e são feitas de aço inoxidável sólido,

para além disto, o acupuntor insere-as no paciente de forma tão hábil que este não sente

qualquer dor. Estas permanecem no corpo do paciente de 5 a 20 minutos, enquanto isto, o

acupuntor pode girar, aquecer ou aplicar estímulos eléctricos nelas.

A acupuntura é segura

A acupuntura, quando exercido por um profissional qualificado e devidamente

credenciado, é considerada muito segura.

Quanto às agulhas, estas deverão ser sempre descartáveis (uma só utilização),

evitando assim qualquer possibilidade de contágio ou de proliferação de doenças. Antes da

inserção das agulhas no corpo do paciente, o acupuntor desinfecta a área o que contribui para

a diminuição do risco de infecção e, por conseguinte, contribui para o argumento de que esta é

uma prática segura. Por todas estas razões, deve reforçar-se a ideia de que é imperativo que o

paciente recorra a um acupuntor devidamente credenciado, pois só assim terá garantias de

um tratamento seguro, efectuado seguindo as regras de segurança.

Contra-indicações

Os efeitos colaterais mais comuns da acupuntura são dor,

sangramentos leves, irritação ou ferimentos no local da agulha. Algumas

pessoas podem sentir-se cansadas ou tontas após uma sessão e, em

casos muito raros, podem ocorrer complicações mai sérias, como

quando as agulhas perfuram os rins, pulmões ou algum outro órgão.

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A acupuntura não se destina a todos. As pessoas que têm doenças relacionadas a

hemorragias ou que estão sobre o efeito de anticoagulantes, não devem passar por este tipo

de tratamento. Além disso, esta prática não é recomendada para pessoas que têm

dispositivos eléctricos implantados ou bombas de infusão.

Lista das principais doenças tratadas pela acupuntura

Doenças do Tracto Respiratório: - Sinusite aguda - Rinite aguda - Resfriado comum - Amigdalite aguda

Afecções bronco pulmonares: - Bronquite aguda - Asma brônquica

Doenças Oftalmológicas: - Conjuntivite aguda - Retinite central - Miopia (em crianças) - Catarata (sem complicação)

Distúrbios Ortopédicos e Neurológicos: - Cefaleias - Enxaqueca - Neuralgia do trigémeo - Paralisia facial - Paralisia pós AVC - Neuropatia periférica - Paralisia causada por poliomielite - Síndroma de Menière - Disfunção neurogênica da Bexiga Urinária - Enurese nocturna - Neuralgia intercostal - Periarterite escápulo-umeral - Epicondilite lateral - Ciática - Lombalgia - Artrite reumatóide.

Distúrbios Gastrointestinais: - Espasmos do esófago e cárdia - Soluços - Gastroptose - Gastrite aguda e crónica - Hiperacidez gástrica - Úlcera duodenal crónica - Colites agudas e crónicas - Disenteria bacteriana aguda - Obstipação - Diarreia - Íleo paralítico

Distúrbios da cavidade bucal: - Odontalgia - Dor pós extracção dental - Gengivites - Faringites agudas e crónicas

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Aromaterapia é um termo criado pelo químico francês René Maurice Gattefossé nos anos

vinte para descrever a terapia que recorre aos aromas de forma a solucionar problemas de

saúde. Trata-se de uma terapêutica pertencente ao ramo da osmologia e que consiste no

tratamento baseado no efeito que os aromas de plantas são capazes de provocar no

indivíduo.

História

Parte integrante da medicina alternativa, a aromaterapia existe há mais de seis mil

anos, tendo sido activamente praticada nas antigas civilizações da Grécia, Roma e Egipto.

Reza a história que Hipócrates, o pai da medicina moderna, terá realizado fumigações

aromáticas para travar uma praga em Atenas. Porém, com o declínio do Império Romano estes

conhecimentos aromáticos desapareceram, sendo que apenas por volta do ano 1000 d.C., na

Pérsia, se volta a ter conhecimento da realização desta prática.

Com as cruzadas deu-se a propagação na Europa dos saberes relacionados com a

extracção de aromas de plantas e, como tal, já no ano 1200d.C. se produzia, na Alemanha,

óleos essenciais com ervas e especiarias provenientes de África e do Extremo Oriente.

Foi apenas no século XIX que os cientistas europeus decidiram dedicar-se ao estudo

dos efeitos destes óleos essenciais no homem. Em 1910, René Maurice Gattefossé descobriu

os poderes curativos do óleo de lavanda quando se queimou no seu laboratório de perfumes

e, na tentativa de encontrar um alívio imediato, mergulhou a mão num recipiente com óleo de

lavanda. O alívio da dor foi instantâneo e o processo de cicatrização rápido, indolor e sem

marcas posteriores. A partir daí, Gattefossé dedicou a sua vida ao estudo dos poderes

curativos dos óleos essenciais, tendo realizado vários tratamentos de êxito nos hospitais

militares durante a I Guerra Mundial.

Hoje em dia, a procura desta terapêutica aumentou, uma vez que a comunidade tem

como objectivo a busca de vida natural, com a mente, corpo e espírito em equilíbrio.

Aromaterapia

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Em que consiste

A Aromaterapia consiste em tratar as doenças com a ajuda

de óleos extremamente concentrados extraídos dos vegetais. Esses

extractos chamados essências ou óleos essenciais contêm as

substâncias que dão perfume às plantas e, por isso, o seu odor é a

sua característica principal. Estes óleos exercem uma influência

subtil na mente e no corpo

A Aromaterapia é considerada uma terapia alternativa ou

complementar, embora seja um tratamento bastante antigo, que surgiu da fitoterapia e que é

comummente usada em conjunto com esta. É utilizada no tratamento das mais variadas

enfermidades e desequilíbrios, sendo considerada uma terapia holística.

Através da Aromaterapia, a cura pode ser feita de uma maneira gentil e natural.

O que são os óleos essenciais

Óleos essenciais são substâncias voláteis extremamente concentradas, que possuem

princípios activos de acordo com as suas composições químicas. Dependendo da planta, o óleo

essencial terá características diferenciadas de aroma, cor e densidade.

Uma qualidade importante dos óleos essenciais é a grande

variedade de maneiras em que podem ser usados. Estes,

podem ser usados em massagens, já que é reconhecido como

uma das formas mais importante de tratamento, também

podendo ser usados em banhos. A água em si tem muitas

propriedades terapêuticas, e quando combinada com os óleos

essenciais, estes realçam o seu efeito. Também, podem ser

usados como compressas, tanto quentes como frias em

circunstâncias diferentes. Os óleos podem ser misturados em cremes, loções para o corpo ou

podem colocar-se algumas gotas na almofada, de forma a ter uma boa noite de sono.

Utilizados a solo ou misturando mais do que uma variedade, os óleos essenciais estão divididos

conforme as suas “notas” ou índice de evaporação.

Óleos de nota elevada – os mais estimulantes e revigorantes, têm um aroma forte,

mas o seu perfume dura apenas entre 3 e 24 horas. Alguns exemplos incluem: salva,

coentro, eucalipto, hortelã-pimenta e tomilho.

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Óleos de nota média – actuam ao nível das funções corporais e metabólicas e,

embora menos potentes, a sua fragrância só evapora passados 2 ou 3 dias. Alguns

exemplos incluem: erva-cidreira, camomila, funcho, lavanda e alecrim.

Óleos de nota baixa – o seu aroma doce e calmante, tem efeitos relaxantes no

corpo e é a fragrância que mais tempo dura, até uma semana. Alguns exemplos

incluem: cedro, cravinho, gengibre, jasmim, rosa e sândalo.

Obtenção dos óleos essenciais

Os óleos essenciais são produzidos por minúsculas glândulas presentes nas pétalas, no

caule, na casca e na madeira de numerosas plantas e árvores. Se, na natureza, essas glândulas

libertam os aromas das plantas de forma progressiva, quando aquecidas ou trituradas, estas

explodem e libertam os odores com uma potência muito maior.

Para extrair o óleo essencial puro recorre-

se a um processo de destilação no vapor de água.

Se a essência é dissolvida no álcool ou em outro

solvente, denomina-se essência absoluta. Estas, são

menos puras que os óleos, porém conservam

propriedades curativas interessantes.

Benefícios

Uma vez escolhidos os óleos essenciais apropriados, sendo que para isso é importante que se

procure sempre um profissional de aromaterapia, os benefícios são mais que muitos e sentem-

se a diversos níveis.

Mente – tratamento de cansaço mental, stress, tensão, certas fobias, insónias e

outras perturbações do sono; aumento dos níveis de concentração, memória e

produtividade.

Corpo – as propriedades anti-bacterianas dos óleos essenciais auxiliam na

cicatrização de feridas externas; actuam no melhoramento da circulação sanguínea, na

drenagem linfática e na eliminação das toxinas do corpo; tratamento de doenças de

pele, perturbações digestivas, desequilíbrios hormonais, dores musculares e de

articulações; aumento dos níveis de energia e bem-estar geral.

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Estado emocional – os óleos essenciais também podem funcionar como um anti-

depressivo potente, ajudando a acalmar e a aliviar estados de nervosismo, tristeza,

pânico, ansiedade e de depressão; aumento dos níveis de auto-estima e de auto-

confiança.

Estado espiritual – a aromaterapia também é utilizada para aumentar os níveis de

consciência, percepção e de comunhão com forças maiores, sendo ainda parte

integrante na prática da meditação.

Contra-indicações

Apesar de se tratar de um tratamento 100% natural, a aromaterapia deve ser

empregue com cautela e, de preferência, guiada por um profissional especializado, que saberá

verificar as contra-indicações, além de dosagens e melhores formas de uso.

Antes de procurar a aromaterapia, o paciente deve informar-se e pedir a opinião do

seu médico de clínica geral. A aromaterapia não deve se r

praticada por mulheres grávidas; por crianças com menos de 5

anos; por pessoas com doenças crónicas; por pessoas com

problemas de pulmões como asma, alergias respiratórias ou

doença pulmonar crónica.

Salvo indiciação específica, os óleos essenciais não devem

ser ingeridos e deve evitar-se contacto com os olhos e boca,

estando sempre atento a qualquer sinal de reacção alérgica.

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Arte-Terapia é um processo terapêutico que se serve do recurso expressivo a fim de conectar

os mundos internos e externos do indivíduo através de sua simbologia.

História

Freud estabeleceu as bases da Arte-Terapia no início do século passado, ao ver na arte

uma forma de expressão do inconsciente. Jung, por sua vez, iniciou a aplicação da arte como

terapia. Ambos contribuíram para a posterior utilização da Arte como terapia e, como tal,

foram os formadores basilares da Arte-Terapia.

A arte como instrumento criativo e terapêutico

A arte, com a sua capacidade de expressar comummente uma multiplicidade de níveis

de significados, mostra-se capaz de expressar a complexidade humana, os seus conteúdos

conscientes, inconscientes e quase conscientes,

revelando-se, desta forma, um recurso poderoso e eficaz

para a resolução de problemas emocionais e psíquicos.

Por exemplo, em situações nas quais as pessoa não têm

palavras para expressar os seus problemas e conflitos

emocionais, estas recorrem ao desenho como forma de

comunicar um estado da alma.

O processo de conhecimento vivenciado por meio de experiências artísticas permite

que o indivíduo simbolize as suas percepções do mundo, especialmente quando não consegue

expressar-se verbalmente, pela linguagem oral ou escrita. A utilização da arte como terapia

implica reconhecer o processo criativo como um importante factor de reconciliação de

Arte-Terapia

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conflitos emocionais e de facilitador da auto-percepção e do desenvolvimento pessoal. Os

processos criativos permitem redescobrir significados na vida e possibilitam a expansão da

consciência. Trata-se de um fenómeno que rompe barreiras, como abrir os portões da mente.

O processo criativo é o processo de mudança, desenvolvimento e evolução na

organização da vida interior. O indivíduo é percebido como um sistema aberto, crescendo e

desenvolvendo-se através do intercâmbio criativo com o ambiente.

Em que consiste a Arte-Terapia

A Arte-Terapia é um tipo de psicoterapia que utiliza a expressão artística como

instrumento terapêutico: cantar, dançar, desenhar, pintar, esculpir, recitar, representar e

escrever são desde sempre expressões humanas primordiais. Esta distingue-se como método

de tratamento psicológico, integrando no contexto psicoterapêutico mediadores artísticos, o

que origina uma relação terapêutica particular assente na interacção entre o sujeito (criador),

o objecto de arte (criação) e o terapeuta (receptor).

O recurso à imaginação, ao simbolismo e a metáforas enriquece e incrementa o

processo terapêutico. Os diversos meios utilizados permitem ao inconsciente expressar-se e

revelar aquilo que até então não era consciente, facilitando e enriquecendo o processo

terapêutico.

As características referidas facilitam a comunicação, o ensaio de relações objectais e

reorganização dos objectos internos, a expressão emocional significativa, o aprofundar do

conhecimento interno, libertando a capacidade de pensar e a criatividade.

A Arte-Terapia é semelhante aos processos terapêuticos psicanalíticos, porque na sua

metodologia utiliza-se, em parte, a livre associação de ideias e expressão espontânea.

Deste modo, o atelier de Arte-Terapia não é, de todo, um lugar para se dar aulas nem uma

terapia ocupacional que tem como objectivo a distracção.

Diferentemente da Arte-Educação, a Arte-

Terapia não tem preocupação com o aspecto estético

ou com a utilização e conhecimento de técnicas e

movimentos artísticos, mas sim com a expressão em si.

Na Arte-Terapia, a não presença do julgamento estético

e a utilização de recursos expressivos diversos

permitem ao indivíduo encontrar sua própria linguagem

expressiva, possibilitando a expressão de seus conteúdos conflituosos de uma forma que não a

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verbal. Ao estimular a livre expressão e a criatividade, valoriza-se a auto-estima, a harmonia e

as relações com as possibilidades do paciente e os seus limites, restabelecendo, desta forma, o

seu equilíbrio interno. Deste modo, a Arte-Terapia é uma verdadeira ferramenta terapêutica

de busca sobre si mesmo, que pode ser praticado tanto em sessões individuais como em

grupo.

Doenças tratadas pela Arte-Terapia

A Arte-Terapia oferece um grande campo de acção terapêutica e pode ser utilizada nos

seguintes casos :

Depressão ;

Stress pós-traumático (após um acidente, doença grave, aborto, parto, etc.);

Perturbações da personalidade;

Problemáticas afectivas;

Stress, ansiedade e fobias;

Dependências químicas, como o álcool e/ou drogas;

Distúrbios alimentares como a anorexia e a bulimia;

Crises existenciais resultantes de separação, divórcio, luto, mudança profissional, de

país ou de região;

Procura voluntária de conhecimento de si mesmo ou de desenvolvimento pessoal.

Vantagens

Recorrer às metáforas e ao simbólico

através da expressão artística permite aos

pacientes com alguma resistência à expressão

verbal , uma possibilidade de mostrarem os seus

sentimentos de uma maneira alternativa e de certa

forma divertida, facilitando assim uma reparação

das problemáticas.

A Arte-Terapia oferece a vantagem de poder ser utilizada por paciente em todas as

fachas etárias, por pessoas que padeçam de doenças crónicas, deficientes e, até, psicóticos.

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Ayurveda é o conhecimento ou a ciência da vida.

A medicina ayurvédica é conhecida como a mãe da medicina, pois os seus princípios e

estudos foram a base para o posterior desenvolvimento da medicina tradicional chinesa,

árabe, romana e grega.

História

Ayurveda é o nome dado ao conhecimento médico desenvolvido na Índia há cerca de 7

mil anos, o que faz dela um dos mais antigos sistemas medicinais da humanidade. Ayurveda

significa, em sânscrito, Ciência (veda) da vida (ayur). Esta prática continua a ser a medicina

oficial na Índia e tem-se difundido por todo o mundo como uma técnica eficaz de medicina

tradicional.

Em que consiste

O âmbito da Ayurveda é a saúde em todas as suas vertentes, não só através da cura de

doenças, mas, sobretudo, na promoção de um estilo de vida saudável e preventivo. Ayurveda,

a ciência da vida, é um sistema tradicional de cura, completo e holístico utilizado,

principalmente, na Índia. Este sistema de saúde milenar encara o indivíduo como um todo

(corpo, mente e alma) e considera indispensável analisar a relação do homem com o seu meio.

A Ayurveda ensina a manter a saúde, equilibrando as energias vitais através da

alimentação, hábitos de vida e rejuvenescimento. Na sua abordagem terapêutica utiliza

plantas medicinais, dieta, yoga, massagens e outros tratamentos ayurvédicos.

Nesta prática, a doença é considerada muito mais do que a manifestação de sintomas

desagradáveis ou perigosos à manutenção da vida, a ayurveda considera que a doença se inicia

muito antes de chegar à fase em que finalmente é perceptível.

Ayurveda

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Os cinco elementos e os doshas

A Ayurveda compreende o corpo em termos de três princípios básicos ou doshas –

Vata, Pitta e Kapha. Estes são a base de todos os processos corporais e o seu equilíbrio

promove saúde e bem-estar, sendo, portanto, o desequilíbrio a causa da doença.

O Vata é uma força conceptual influenciada pelos elementos éter e ar, e como tal, as

proporções destes elementos determinarão a força do Vata no indivíduo. Este dosha permite a

acção do Pitta e Kapha. O Vata controla a respiração, o piscar

dos olhos, os movimentos musculares e teciduais, o bater do

coração, os movimentos do citoplasma e células

membranares, tremores e espasmos, bem como dos

impulsos nervosos. Para além disto, o Vata comanda,

também, aspectos emocionais como o medo, a ansiedade e a

dor. O principal local onde o Vata se situa é no cólon.

O Pitta é a força criada pela junção dinâmica entre água e fogo, que representam

transformação. Estes não se podem transformar um no outro, contudo conseguem moldar-se

de forma a controlarem-se um ao outro, o que é vital para que o processo da vida ocorra. O

Pitta comanda, em termos físicos, a digestão e tudo o que se prende com o metabolismo, a

temperatura corporal, a coloração da pele e a inteligência. Na área psicológica e emocional, o

Pitta abrange a raiva, o ódio e o egoísmo. O Pitta encontra-se no intestino delgado, no

estômago, na gordura, nos olhos e na pele.

Por sua vez, o Kapha é a força conceptual de equilíbrio entre a água e a terra. O Kapha

gere os elementos do corpo humano que asseguram as estruturas físicas, ou seja, contribui

para a manutenção da resistência corporal. Este elemento encontra-se no peito.

A Ayurveda baseia-se no sistema filosófico samkhya, nos cinco elementos que formam

toda a manifestação material do universo. Estes elementos, já referidos anteriormente, são

o éter, o ar, o fogo, a água e a terra. De acordo com o ayurveda, quando algum dos 5

elementos está em desequilíbrio no corpo do indivíduo, inicia-se o processo da doença.

Para que o indivíduo mantenha o corpo saudável é necessário manter os seus tecidos

saudáveis e isso é possível por meio da alimentação, que deve ser feita de acordo com o

estado actual do paciente, ou seja, de acordo com seu dosha predominante e com os

desequilíbrios que ele possa apresentar.

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A massagem ayurvédica

A massagem é uma das principais técnicas utilizada pelos médicos e terapeutas

ayurvédicos. Esta não é apenas uma das mais antigas e sim uma das mais completas técnicas

naturais para restabelecer o equilíbrio físico e psíquico. Trata-

se de uma massagem profundamente relaxante, actuando no

campo físico e energético, tendo a função de purificação e

manutenção da saúde corporal.

A massagem ayurvédica é a união da massagem

tradicional Indiana e os Asanas do Yoga. A arte e ciência de

alinhamento corporal que são usados durante a massagem,

abrem o corpo permitindo que a energia vital possa fluir mais

livremente.

A massagem ayurvédica age nos sistemas: linfático, desintoxicando o organismo;

circulatório, aumentando a produção de glóbulos brancos e a nutrição e oxigenação celular; e

energético, reequilibrando o chakra desfazendo bloqueios emocionais. Fortalece, também,

o sistema imunológico aumentando a quantidade de glóbulos brancos e desintoxicando o

organismo.

Doenças tratadas pela ayurveda

É indicada como um dos tratamentos para quase todas as doenças, principalmente:

dependência química, alergias, stress, fadiga, depressão, fibromialgia, bloqueios emocionais,

problemas musculares e problemas de coluna.

O paciente deve ter sempre em mente o facto da ayurveda não tratar a enfermidade,

mas sim o indivíduo, sendo que deste modo deve ser administrada com cuidado em grávidas e,

apenas por profissionais.

Benefícios

Os benefícios da massagem praticada no tratamento

ayurvédico são: aumentar a circulação linfática e sanguínea;

melhorar a amplitude das articulações; dar flexibilidade ao corpo e

elasticidade aos tecidos; auxiliar o corpo a desintoxicar trazendo

vitalidade e fluidez; realinha a postura melhorando a respiração,

além de trazer uma consciência corporal para padrões antigos de

postura, levando a um equilíbrio a todos os níveis.

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A Fitoterapia previne e trata o Ser Humano com plantas medicinais, sejam elas

frescas, secas ou em extracto.

História

As plantas medicinais têm sido um importante recurso terapêutico desde os

primórdios até nossos dias, sendo talvez a ciência mais antiga da humanidade, talvez mesmo

mais antiga que a própria humanidade, já que vários animais já se faziam valer de plantas

antes da espécie humana aparecer no planeta.

Da forma como as conhecemos hoje, as primeiras plantas apareceram durante a Era

Paleozóica, no período Siluriano, evoluindo a partir de espécies de algas primitivas. O homem

moderno só ganhou forma e vida cerca de 50 mil anos atrás. A partir de então começou a fazer

uso das plantas. Há registos antigos, como desenhos em cavernas, escritos e símbolos que

revelam uma ligação muito íntima do homem com a

natureza, principalmente com as plantas. Estas tiveram,

também, um papel muito importante na cultura,

religião, medicina, estética e alimentação dos povos ao

longo dos tempos.

No passado, as plantas representavam a principal arma terapêutica conhecida. Em todos

os registos sobre médicos famosos da Antiguidade, tais como Hipócrates, Avicena e Paracelsus,

as plantas medicinais ocupavam lugar de destaque nas suas práticas. Em relatos e documentos

Fitoterapia

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antigos eram designadas como "dádivas dos criadores" e vistas com grande respeito e

admiração por muitas civilizações.

Sendo correctamente aplicadas, as terapias com plantas não possuem limites no seu

leque de tratamento, tanto no âmbito físico, como no psicológico e emocional.

Em que consiste

Trata-se da mais antiga medicina do mundo, uma vez que desde a antiguidade que os

Homens se fazem valer das plantas no tratamento de patologias. A fitoterapia age em

profundidade, sem agredir o organismo e estimulando as defesas mais do que se substituir a

elas. O resultado é uma acção eficaz, duradoura e sobretudo desprovida de efeitos

secundários.

A eficácia dos medicamentos de fitoterapia assenta antes de mais na escolha das plantas

que entram na sua composição e, sobretudo, em saber escolher com a maior precisão qual a

parte mais activa da planta. Na parte activa da planta encontram-se substâncias em

quantidades muito baixas que conferem as propriedades terapêuticas. É necessário fazer a

extracção destas substâncias e concentrá-las com vista a obter o efeito terapêutico desejado.

Deste modo, pode definir-se fitoterapia como um método terapêutico que utiliza a parte

activa das plantas, sejam elas frescas, secas ou em extracto (cápsulas, comprimidos, ampolas

bebíveis, gotas, xarope, etc.), utilizando-as tanto tomando-as como aplicando-as

externamente, como forma de tratamento.

Enquanto o princípio activo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de

forma caseira, principalmente através de chás, ultra diluições, ou de forma industrializada,

com extracto homogéneo da planta.

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Benefícios

A fitoterapia, para além do facto de constituir

uma alternativa aos medicamentos sintéticos,

apresenta “medicamentos” que não provocam

qualquer tipo de efeitos secundários no paciente

Qualquer princípio activo terapêutico é

benéfico dentro de um intervalo de quantidade.

Riscos

Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco.

Além do princípio activo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas.

Grande quantidade destas substâncias diferentes podem induzir a reacção alérgica, pode

haver contaminação por agro tóxicos ou por metais pesados e interacção com outras

medicações, levando a danos na saúde e, até, predisposição para cancro.

O isolamento e refinamento dos princípios activos

também não é isento de riscos. Primeiro porque pretende

substituir o conhecimento popular tradicional e livre,

testado há milénios, por resultados provindos de algumas

pesquisas analítico-científicas que muitas vezes são

antagónicas. Segundo, porque a simples ideia de extrair

princípios activos despreza os outros elementos existentes

na planta que, em estado natural, mantêm as suas exactas

proporções. Terceiro, por vezes é complicado alcançar a quantidade ideal de princípio activo o

que pode ser perigoso para o paciente, uma vez que abaixo dessa quantidade o princípio

activo pode tornar-se inócuo e, acima da quantidade ideal, passa a ser tóxico.

Por fim, a variação de concentração do princípio activo em chás pode ser muito

grande, tornando praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em

algumas plantas onde essa faixa é mais estreita.

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Princípios Activos e Método de extracção

As substâncias activas de uma planta medicinal são componentes naturalmente

presentes nessa planta que lhe conferem propriedades terapêuticas. Estes componentes

encontram-se frequentemente em quantidades muito baixas, representando uma

percentagem mínima do peso total da planta.

Numerosos medicamentos contêm substâncias activas extraídas de plantas. Por

exemplo, a cumarina, que se encontra no Meliloto, é um anti-coagulante presente em muitos

medicamentos. Torna-se então necessário proceder a uma extracção que permita isolar a

fracção activa da planta, separando os seus elementos inactivos.

A extracção da substância activa é feita por várias etapas que permitem obter um

melhor rendimento. O método inicia-se com a crio-trituração.

O processo consiste em pulverizar uma parte activa da planta seca, triturando-a a frio

sob azoto líquido, a exactamente -196ºC, obtendo-se assim um pó perfeitamente fino e

homogéneo - o pó integral. A utilização do frio neste processo deve-se ao facto de, sob

a acção do calor libertado por uma trituração clássica, as vitaminas, as enzimas, as substâncias

voláteis e numerosos princípios activos são deteriorados, sendo que, desta forma, a acção do

frio se torna mais benéfica.

O interesse decisivo do pó integral face às outras

formas existentes, é o facto deste respeitar todos os princípios

activos da planta, para os levar, intactos, ao organismo. Estes

princípios activos, bem como todos os constituintes da planta,

agirão em sinergia para assegurar uma total eficácia. O pó

integral poderá ser posto directamente em cápsulas e assim

toda a riqueza da planta que se encontra contida numa

cápsula.

Noutras situações é necessário proceder à extracção dos componentes activos e

somente no final se coloca o extracto em cápsulas. Assim poderemos dispor de um menor

volume, que constituí a parte essencial do vegetal. Além disso, libertadas do suporte vegetal as

substâncias activas são melhor absorvidas pelo organismo.

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A musicoterapia busca desenvolver potenciais ou restaurar funções do paciente para

que este alcance uma melhor qualidade de vida, através de prevenção, reabilitação

ou tratamento. World Federation of Music Therapy

História

O uso da música como método terapêutico vem desde o início da história humana.

Alguns dos primeiros registos a esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos

gregos pré-socráticos.

Já a sistematização dos métodos utilizados na prática desta técnica só começou após a

Segunda Guerra Mundial, com pesquisas realizadas nos Estados Unidos. O primeiro curso

universitário de musicoterapia foi criado em 1944 na Michigan State University.

Actualmente existem novas formas terapêuticas na área da musicoterapia, entre elas é

a musicoterapia digital, ou por outras palavras musicoterapia com base nos instrumentos

electrónicos tal como guitarras eléctricas, sintetizadores, baterias electrónicas, entre outras.

Em que consiste

A música desempenha um papel preponderante no desenvolvimento do ser humano e

até nos animais, um som muito alto poderá deixar alguém alerta ou assustado, assim como

determinadas musicas podem gerar todo um conjunto de emoções. Isto deve-se a uma

descarga de adrenalina que leva o indivíduo a ficar alerta para agir. Os efeitos provocados pela

música são psicológicos e orgânicos.

A musicoterapia trabalha todo um conjunto de sons de forma a produzir efeitos

biológicos e para eliminar patologias ou dificuldades, uma vez que os sons podem acalmar ou

excitar.

MUSICOTERAPIA

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É uma ciência paramédica que utiliza a música e os seus elementos constituintes, tais

como o ritmo, a melodia e a harmonia, além de movimentos, expressão corporal, dança e

qualquer outra forma de comunicação verbal e não verbal, com objectivos terapêuticos.

Trata-se da utilização da música e dos seus

elementos por um musicoterapeuta qualificado, num

processo sistematizado de forma a facilitar e promover a

comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a

mobilização, a expressão, e organização de processos

psíquicos do paciente para que este recupere as suas

funções, desenvolva o seu potencial e adquira uma melhor qualidade de vida.

Esta prática destina-se especialmente a pessoas com problemas de relacionamento,

comunicação, comportamento e integração social, podendo ser aplicada a idosos, adultos,

adolescentes, e crianças em instituições de saúde física e mental, educação, intervenção

comunitária e reabilitação.

A intervenção envolve actividades musicais que podem ser podem ser feitas

individualmente ou em grupo, num processo planificado e continuado no tempo, levado a

cabo por profissionais com formação específica.

O processo

O processo da musicoterapia pode desenvolver-se de acordo com vários métodos.

Alguns são receptivos, isto é, quando o musicoterapeuta toca música para o paciente. Este

tipo de sessão normalmente limita-se a pacientes com grandes dificuldades motoras ou em

apenas uma parte do tratamento, com objectivos específicos. Contudo, na maior parte dos

casos a musicoterapia é activa, ou seja, o próprio paciente toca os instrumentos musicais,

canta, dança ou realiza outras actividades em conjunto com o

terapeuta.

A forma como o musicoterapeuta interage com os

pacientes depende dos objectivos do trabalho e dos métodos que

ele utiliza. Em alguns casos as sessões são gravadas e o terapeuta

realiza improvisações ou composições sobre os temas

apresentados pelo paciente.

Alguns musicoterapeutas procuram interpretar musicalmente a música produzida

durante a sessão. Outros, por sua vez, preferem métodos que utilizem apenas a improvisação

sem a necessidade de interpretação. Os objectivos da produção durante uma sessão de

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musicoterapia são não musicais, por isso não é necessário que o paciente possua nenhum tipo

de especialização musical para que possa participar deste tratamento. Por outro lado o

musicoterapeuta, devido às habilidades necessárias à condução do processo terapêutico,

precisa ter proficiência em diversos instrumentos musicais. Os mais usados são a guitarra, o

piano e instrumentos de percussão.

O som

O som é uma vibração, que se propaga sob a forma de ondas sonoras resultantes da

vibração do ar. As ondas sonoras lentas produzem sons baixos e as ondas que se deslocam

rapidamente produzem sons altos. É a isto que se chama «frequência».

Quanto às qualidades físicas, o som pode ser considerado de vários pontos de vista:

Altura ou frequência: de acordo com o número de vibrações por segundo, sons graves e

sons agudos;

Intensidade: sons fortes e sons fracos;

Timbre: som resultante de diferentes fontes (por exemplo, piano, órgão, guitarra, voz).

Musicalmente pode ser considerado de outros pontos de vista:

Duração: maior ou menor duração dos tempos;

Andamento: modo lento ou rápido;

Ritmo: movimento regular de elementos fracos ou fortes;

Melodia: sons con-juntos ou disjuntos, que diferem pela duração, intensidade e entoação;

Harmonia: sons simultâneos que quando combinados dão

origem aos acordes.

A musicoterapia é um trabalho clínico terapêutico e não

deve ser confundida com o uso da música para relaxamento ou

prazer. Há casos em que a música é composta especificamente para

os problemas apresentados pelo paciente, atingindo as áreas que

devem ser tratadas (chakras) através da frequência emitida pelas

notas musicais que activam respostas a serem interpretadas pelo

terapeuta.

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O musicoterapeuta

A forma como o musicoterapeuta interage com os pacientes depende dos objectivos

do trabalho e dos métodos que ele utiliza. Em alguns casos as sessões são gravadas e o

terapeuta realiza improvisações ou composições sobre os temas apresentados pelo paciente.

A formação do musicoterapeuta inclui teoria musical, canto, prática em, pelo menos,

um instrumento harmónico (piano ou guitarra),

instrumentos melódicos (principalmente flauta) e

percussão. Também faz parte da formação do

musicoterapeuta o conhecimento da anatomia e

fisiologia humana, psicologia, filosofia e noções de

expressão artística, expressão corporal, dança, dinâmicas de grupo e métodos de educação

musical.

Doenças abrangidas pela musicoterapia

Os musicoterapeutas trabalham com uma gama variada de pacientes. Entre estes estão

incluídas pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência

mental, paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes e idosos.

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A iridologia não faz diagnóstico em hipótese alguma, esta apenas aponta órgãos

fracos, conhecidos como "órgãos de choque" e realiza um trabalho profilático e

multidisciplinar.

História

A história diz-nos que, milhares de anos antes de Cristo, já os chineses e os tibetanos

relacionavam as alterações e as marcas dos olhos com as perturbações ou anomalias dos

órgãos internos. Contudo, o pai desta prática foi Ignatz Von Péczely, um médico hungaro do

século 19.

Reza a história que Péczely teve a ideia para este meio de diagnóstico quando

encontrou uma semelhança entre os olhos de um homem que tinha partido uma perna e os

olhos de um mocho a quem ele tinha partido uma perna anos atrás. A semelhança era um

traço escuro. Depois disto, Péczely começou a documentar semelhanças entre as marcas nos

olhos e as doenças dos seus pacientes, formulando a base do mapa do olho que,

posteriormente, foi trabalhado e melhorado por outros.

Outra teoria diz-nos que Péczely, em criança, terá tratado de uma coruja com uma

pata partida tendo descoberto, na mesma altura, um sinal ou uma espécie de linha na íris da

mesma. Este sinal foi desaparecendo à medida que a sua pata se curava. Uma “coincidência”

que o médico húngaro aplicou no seu quotidiano profissional e que o levou a elaborar o

primeiro mapa iridológico.

Os filósofos da antiga Grécia, incluindo o pai da medicina moderna Hipócrates,

atestaram esta sabedoria milenar em vários trabalhos escritos que foram encontrados,

juntamente com outros, na Escola de Salerno, no famoso centro de estudos de medicina do

século IX. No entanto, a primeira obra publicada com informação sobre a iridologia e os seus

Iridologia

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princípios surge em 1665, pela mão de Phillipus Meyeus que lhe atribuiu o título “Chiromatica

Medica”. Um pouco mais tarde, em 1695, a iridologia tem direito a um livro inteiro, com a

publicação de “Os olhos e os seus sinais”, de Cristian Haertls.

Em que consiste

A iridologia, iridodiagnose ou irisdiagnose é uma forma de diagnóstico, na qual

a análise de padrões, cores e outras características da íris permitem que se conheçam as

condições gerais de saúde baseada na suposição de que alterações na íris reflectem doenças

específicas em órgãos.

Os praticantes desta técnica utilizam-se de

"mapas da íris" ou ainda "cartas topográficas", nos quais a

íris se encontra dividida em zonas que estão relacionadas

a porções específicas do corpo humano (com a excepção

de doenças que também atingem a íris).

Não há nenhuma evidência científica que

comprove o princípio ou a eficácia do método, como tal, e

sabendo quais os órgãos mais fracos, o iridólogo indica a

pessoa para o médico especialista que cuida de determinado problema e ainda para outros

profissionais da área da saúde como por exemplo, nutricionistas, fisioterapeutas, naturólogos,

dentistas, psicólogos, educadores físicos, entre outros.

Assim, a iridologia baseia-se na presunção de que cada órgão do corpo tem uma

correspondência na íris e que se pode determinar se um órgão é ou não saudável examinando

a íris em vez do próprio órgão.

A íris

Denny Johnson escreveu:

“O olho é um farol de luz que flui e afecta profundamente cada

uma das células do corpo, inundando-o com um chuveiro de

vitalidade invisível. Quantas vezes já se viu forçado a virar a

cabeça, só para encontrar alguém a olhar na sua direcção? A

causa desta reacção é a percepção subconsciente da luz

concentrada na sua direcção...”

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A íris é a parte mais visível e colorida do olho que tem uma abertura contráctil no

centro, a pupila, que permite a entrada da luz até à lente que leva os raios de luz ao foco,

formando uma imagem na retina onde a luz atinge rodes e cones, causando a estimulação do

nervo óptico e transmitindo impressões visuais ao cérebro. Médicos tradicionais também

reconhecem que certos sintomas de doenças não oculares podem ser detectados por um

exame aos olhos.

Mapa Da íris

Trata-se de um mapa típico que divide o olho em secções, usando a imagem da face de

um relógio como base.

Por exemplo, caso se queira saber o estado da glândula tiroidal de um paciente, o

técnico não necessita de tocá-lo para

sentir o aumento da mesma, nem de

fazer análises. A única coisa que tem a

fazer é olhar a íris do olho direito por

volta das 2h30 e a íris do olho

esquerdo às nove e meia. Descoloração,

traços, entre outras anormalidades nessas partes dos olhos são as únicas coisas com que tem

de se preocupar, de forma a encontrar uma resposta para o estado da tiróide.

Esta ferramenta de diagnóstico pode ser observada pelo iridologista através de uma

lupa ou lanterna.

O diagnóstico

A observação da íris, e consequente comparação com o seu mapa, indica o actual

estado dessa zona do corpo. Por exemplo, pode apontar para uma “inflamação aguda” ou

“inflamação crónica”, o que significa que o órgão correspondente necessita de ser vigiado ou

mesmo tratado.

Outros diagnósticos incluem os "anéis de stress”,

a identificação de deficiências nutricionais e/ou minerais,

se o sangue está limpo ou intoxicado, se existe algum

tipo de contaminação, qual a emoção ligada a esse mal-

estar e o que necessita para ser eliminado. Estes são um

conjunto de sinais que, se não forem tratados

atempadamente, podem desencadear vários tipos de doenças.

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Para além de uma detecção precoce de sintomas físicos, a iridologia vai mais longe: os

especialistas desta terapia alternativa afirmam que a observação da íris permite ainda

determinar os processos de aprendizagem da pessoa, a forma como se expressa, como se

relaciona com aqueles que a rodeiam, os seus pontos de stress, se é introvertida ou

extrovertida, que tipo de profissional é, se sofreu algum trauma e em que idade… o que

permite um tratamento eficaz de distúrbios emocionais e psicológicos.