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Serviços 4ª feira—17h30 Culto Partilhado Domingo—10h00 Escola Dominical adultos e jovens Domingo—11h00 Culto de Louvor a Deus Escola Dominical crianças Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24) Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) | Nº4/2015 | JUNHO 2015 É URGENTE LEVAR CRISTO À CIDADE SÍNDROME DA SUPER MULHER - MULHERES DE ESPERANÇA ESTÚDO BÍBLICO - A GRANDE COMISSÃO PILARES DA NOSSA FÉ - PROTESTANTISMO EM PORTUGAL Bíblia PAG.5 Mulheres PAG.4 Quem somos PAG.7 Crescer na fé PAGs.2 e 3 Dia da Família em comuidade No último dia 23 de maio, a Igreja Evangélica Presbiteriana Ajuden- se recebeu mais uma Assembleia- Geral da Região Protestante do Sul (organismos que reúne as congregações do sul das igrejas presbiteriana e metodista). Das decisões tomadas saíram duas eleições fundamentais para o trabalho das igrejas envolvidas. Foi eleita nova direção da Região Protestante do Sul, agora consti- tuída por João Pereira (pastor), Hélia Aragão (Igreja Presbiteriana do Montijo), Carlos Matos e Dé- bora Gonçalves (Igreja Presbiteri- ana de Setubal), Manuel Almeida e mais dois irmãos da Igreja Me- todista de Lisboa. Os delegados da Igreja Presbiteri- ana presentes consideraram ser necessário restaurar o Conselho Presbiteriano Regional do Sul que só envolve as comunidades pres- biterianas. Assim sendo, a direção eleita conta com: Sónia Valente (Igreja Lisbonense), Rui Manuel Rodrigues (Igreja de Abrantes), José Ribeiro Telhado (Igreja de Lisboa), Rui Narciso e Idalina Sitanela (pastores), Maria do Céu Gomes (Igreja do Montijo) e Jorge Rodrigues (Igreja da Damaia). Que as nossas orações possam estar com estes irmãos para que a vontade de Deus prevaleça sem- pre. Foi ainda marcado o Dia da Igreja, um evento que terá lugar no pró- ximo dia 27 de junho, no Samou- co, Alcochete. No segundo domingo de maio, co- mo manda a tradição, a comunida- de da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) juntou-se para dar graças a Deus pelas mães e pela família. Num culto marcado pela pregação desafiadora do pastor Luís de Matos sobre a família, baseada em Efésios 5:22-6:4 (que pode vol- tar a ver e ouvir no nosso site: www.igrejalisbonense.org), adultos, jovens e crianças uniram-se para celebrar o dom que Deus coloca no mundo através das mães e das fa- mílias. A celebração foi planeada pelos responsáveis das classes de Escola Dominical e trouxe jograis e poemas. As crianças também brin- daram a congregação com uma bonita música. No final do culto foi cantado o Hino à mãe enquanto se distribuíram rosas de várias cores pelas mães e filhos presentes. Fo- ram ainda partilhados um marca- dor e um íman em forma de coração realizados pelas irmãs Sónia Valen- te e Ester Titosse. Foi Ana Jarvis que iniciou a campa- nha para instituir o Dia das Mães. A ideia era fortalecer os laços familia- res e o respeito pelos pais. A pri- meira celebração oficial aconteceu apenas em 1910, mas só em 1914, o então presidente dos Estados Uni- dos, Woodrow Wilson unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. Rapidamente, vários países adotaram a data. Região Protestante do Sul reúne Durante o mês de junho esta co- munidade presbiteriana no centro de Lisboa comemora os seus 117 anos ao serviço do Senhor nesta capital. Para assinalar a data, o Conselho da Comunidade agen- dou um culto especial de louvor a Deus, no dia 21 de junho, às 11h, que contará com a presença do pastor Nuno Ornelas, líder da Comunidade Cristã de Lisboa (CCLX). No período da tarde haverá almoço comunitário e convívio especial. Mas as come- morações não se ficam por aqui. No domingo dia 28 de junho, às 11 horas, haverá um momento espe- cial de ordenação de diáconos e presbíteros locais. Um gesto de reconhecimento de ministérios que há muito não se via na IEL. 117º aniversário da IEL ACONTECEU ACONTECEU Série de Pregações Como glorificar a Deus das 9h às 18h Pastor Luís de Matos Versão vídeo em igrejalisbonense.org VAI ACONTECER Grão de Trigo boletim informativo

GT junho 2015 - Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana)igrejalisbonense.org/wp-content/uploads/2013/03/GT-junho-2015_site.pdf · Culto de Louvor a Deus Escola Dominical crianças

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Serviços

4ª feira—17h30 Culto Partilhado

Domingo—10h00 Escola Dominical adultos e jovens

Domingo—11h00 Culto de Louvor a Deus

Escola Dominical crianças

Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24)

Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) | Nº4/2015 | JUNHO 2015

É URGENTE

LEVAR CRISTO

À

CIDADE

SÍNDROME DA

SUPER MULHER

- MULHERES DE

ESPERANÇA

ESTÚDO BÍBLICO

-

A GRANDE

COMISSÃO

PILARES DA

NOSSA FÉ -

PROTESTANTISMO

EM PORTUGAL

Bíblia PAG.5 Mulheres PAG.4 Quem somos PAG.7 Crescer na fé PAGs.2 e 3

Dia da Família em comuidade No último dia 23 de maio, a Igreja Evangélica Presbiteriana Ajuden-se recebeu mais uma Assembleia-Geral da Região Protestante do Sul (organismos que reúne as congregações do sul das igrejas presbiteriana e metodista).

Das decisões tomadas saíram duas eleições fundamentais para o trabalho das igrejas envolvidas.

Foi eleita nova direção da Região Protestante do Sul, agora consti-tuída por João Pereira (pastor), Hélia Aragão (Igreja Presbiteriana do Montijo), Carlos Matos e Dé-bora Gonçalves (Igreja Presbiteri-ana de Setubal), Manuel Almeida e mais dois irmãos da Igreja Me-todista de Lisboa.

Os delegados da Igreja Presbiteri-

ana presentes consideraram ser necessário restaurar o Conselho Presbiteriano Regional do Sul que só envolve as comunidades pres-biterianas. Assim sendo, a direção eleita conta com: Sónia Valente (Igreja Lisbonense), Rui Manuel Rodrigues (Igreja de Abrantes), José Ribeiro Telhado (Igreja de Lisboa), Rui Narciso e Idalina Sitanela (pastores), Maria do Céu Gomes (Igreja do Montijo) e Jorge Rodrigues (Igreja da Damaia). Que as nossas orações possam estar com estes irmãos para que a vontade de Deus prevaleça sem-pre.

Foi ainda marcado o Dia da Igreja, um evento que terá lugar no pró-ximo dia 27 de junho, no Samou-co, Alcochete.

No segundo domingo de maio, co-mo manda a tradição, a comunida-de da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) juntou-se para dar graças a Deus pelas mães e pela família. Num culto marcado pela pregação desafiadora do pastor Luís de Matos sobre a família, baseada em Efésios 5:22-6:4 (que pode vol-tar a ver e ouvir no nosso site: www.igrejalisbonense.org), adultos, jovens e crianças uniram-se para celebrar o dom que Deus coloca no mundo através das mães e das fa-mílias. A celebração foi planeada pelos responsáveis das classes de Escola Dominical e trouxe jograis e poemas. As crianças também brin-daram a congregação com uma bonita música. No final do culto foi cantado o Hino à mãe enquanto se

distribuíram rosas de várias cores pelas mães e filhos presentes. Fo-ram ainda partilhados um marca-dor e um íman em forma de coração realizados pelas irmãs Sónia Valen-te e Ester Titosse.

Foi Ana Jarvis que iniciou a campa-nha para instituir o Dia das Mães. A ideia era fortalecer os laços familia-res e o respeito pelos pais. A pri-meira celebração oficial aconteceu apenas em 1910, mas só em 1914, o então presidente dos Estados Uni-dos, Woodrow Wilson unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. Rapidamente, vários países adotaram a data.

Região Protestante do Sul reúne

Durante o mês de junho esta co-munidade presbiteriana no centro de Lisboa comemora os seus 117 anos ao serviço do Senhor nesta capital. Para assinalar a data, o Conselho da Comunidade agen-dou um culto especial de louvor a Deus, no dia 21 de junho, às 11h, que contará com a presença do pastor Nuno Ornelas, líder da

Comunidade Cristã de Lisboa (CCLX). No período da tarde haverá almoço comunitário e convívio especial. Mas as come-morações não se ficam por aqui. No domingo dia 28 de junho, às 11 horas, haverá um momento espe-cial de ordenação de diáconos e presbíteros locais. Um gesto de reconhecimento de ministérios que há muito não se via na IEL.

117º aniversário da IEL

ACONTECEU ACONTECEU

Série de Pregações

Como glorificar a Deus das 9h às 18h

Pastor Luís de Matos Versão vídeo em igrejalisbonense.org

VAI ACONTECER

Grão de Trigo boletim informativo

não dignificaram Jesus Cristo – e há que assumir isso, somos ho-mens e mulheres com tendência para fazer a nossa vontade e não a vontade de Deus. Se ao celebrar 117 anos de história exaltássemos «as nossas» conquistas, teríamos igualmente de recordar e confessar todos os nossos fracassos, dito de outra forma, todos os pecados que nos afastaram e levaram homens e mulheres a afastarem-se de Deus e do Seu propósito.

Mas não é isso que fazemos. Aliás, nunca o deveríamos ter feito, ape-sar da nossa tendência de sobreva-lorizar os méritos humanos, dei-xando para segundo plano os dons gratuitos de Deus. Agora, como ao longo da história, como povo de Deus, somos chamados a honrar, exaltar e glorificar o nome do Se-nhor Jesus Cristo. Agora, como ao longo da história, como povo de Deus, como João Baptista, somos chamados a proclamar a gritos «É Cristo que deve crescer em impor-tância e eu diminuir» (João 3:30).

Como Igreja, a necessidade da nossa presença na cidade não surge do facto de apresentarmos a

Este ano a Igreja Evangélica Lisbo-nense – Presbiteriana (IEL) faz 117 anos de história. Glória a Deus por este marco importante de teste-munho e fidelidade ao Evangelho. Desde que, a 19 de Junho de 1898, a IEL iniciou o seu percurso de proclamação, muitos homens e mulheres tem dado a sua vida de forma a honrar o Evangelho de Cristo Jesus. Com os seus estatu-tos de 1915, esta comunidade tem exercido os ministérios da procla-mação e do serviço ao Senhor ao longo da sua história. E temos de dizer que foi uma história abenço-ada por Deus.

Por exemplo, entre 1908 e 1952 a IEL iniciou mais de 20 missões na área de Lisboa. A nível social, fundou a Associação de Beneficên-cia Evangélica (1927) que se tor-nou responsável por um consultó-rio médico de clínica geral e de especialidades, um posto de enfer-magem e uma escola diurna e noturna (ver Grão de Trigo Edição Especial 06/2013).

Sem dúvida que foram tempos de uma grande visão do Evangelho. Mas ao olhar para 117 anos de

É urgente levar Cristo à cidade

história atrevo-me a dizer, como Paulo

Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva. (2 Coríntios 10:17-18).

Se queremos mostrar orgulho verdadeiro, se queremos honrar e exaltar alguma coisa, não poderá nunca ser a nossa história. Pois vejamos, se honrássemos e exal-tássemos a nossa história correría-mos o risco de elevar em demasia os méritos humanos e a ação de homens e mulheres, deixando para segundo plano o que verdadeira-mente é importante.

Se assim fosse, passaríamos a louvar as nossas ações e correría-mos o risco de nos centrar tanto em nós próprios que não consegui-ríamos ver que, ao longo destes anos, houve o afastamento de pessoas que eram membros da comunidade, houve conflitos que não foram ultrapassados, houve corações envoltos em dor que não se conseguiram libertar da angus-tia, houve gestos e palavras que

Se és discípulo, age como um

O papel de falar de Cristo não depende unicamente dos pasto-res ou dos líderes da Igreja.

Como Igreja reformada procla-mamos o «sacerdócio universal de todos os crentes». Isto signi-fica que cada cristão é um sa-cerdote, ou seja, tem acesso ao único mediador - Jesus Cristo. Porém, esta realidade não deve ser vista de forma individualis-ta, como também não o é o próprio conceito de sacerdote, pastor ou ministro. O facto de cada cristão ter acesso a Jesus dá-lhe a responsabilidade de agir segundo o princípio do serviço. Ou seja, após a conver-são cada cristão passa automa-ticamente a ser responsável por orar, interceder e ensinar/ministrar quem está à sua volta.

Todos temos dons diferentes, mas igualmente úteis e necessá-rios para a proclamação do Evangelho de Cristo. A Igreja precisa de ti e daquilo que Deus te diz ser essencial para o Seu Reino.

Por isso, exorto-te

a. Ora. Tira um tempo de oração e pede orientação a Deus para que o teu dom espe-cífico se revele;

b. Medita. Projeta como o teu dom poderia ser usado na Igreja de forma a responderes à tua responsabili-dade como sacerdote do Deus Altíssimo;

c. Age. Procura a lide-rança da Igreja e apresenta-lhe o teu dom de forma a chamar-mos cada ser humano a viver a alegria da salvação.

Crescer na fé / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº4/2015 JUNHO 2015 / 02

«Eu sou o caminho, a verdade e a vida», respondeu Jesus. «Ninguém pode chegar ao Pai sem ser por mim. (João 14:6)

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É tempo de agir e assumirmos as nossas responsabilidades no Reino de Deus.

Crescer na fé / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº4/2015 JUNHO 2015 / 03

E já que me conhecem ficam a conhecer também o Pai. E desde agora ficam a conhecê-lo porque o viram.» (João 14:7)

pronta, há homens e mulheres que anseiam conhecer Jesus e perce-ber, na sua linguagem, o que signi-fica poderem ser salvos do seu pecado. Os trabalhadores podem até ser pouco, mas se usamos essa desculpa para não colher para o Senhor aqueles que são seus, en-tão é porque ainda não compreen-demos verdadeiramente o signifi-cado de ser discípulo de Cristo.

Se pensamos que ser discípulo, ou discípula, de Cristo é ir à Igreja ao domingo, ou orar antes da refeição ou ao deitar, ou mesmo ler a Bíblia «religiosamente» todos os dias, temo que ainda não tenhamos compreendido o que Cristo espera de nós. Deus não espera de nós rituais realizados de forma mecâ-nica!

Se pensamos que ser Igreja é reu-nirmo-nos ao domingo ou durante a semana, reservando a nossa atenção e dedicação para aqueles que todos os dias vemos dentro das paredes dos nossos templos, então temo que ainda não tenha-mos compreendido o que Cristo espera de nós. Deus espera muito mais de nós!

Esta é a hora de falar a língua do «órfão, da viúva e do estrangeiro», é chegado o momento de deixar-mos de viver da história gloriosa do passado, que como já vimos não é em si mesmo uma boa ex-pressão, e pode inclusivamente não ser tão gloriosa. Este é o tem-po de ganharmos coragem e assu-mirmos as nossas responsabilida-des no Reino de Deus. Parece uma tarefa grande de mais? Mas não é,

nossa história (e as nossas ações) como prova da nossa Fé. Essa necessidade surge do facto de acreditarmos que Deus nos usa para realizarmos a sua vontade. Pode parecer apenas um jogo de «português», mas é muito mais do que isso. É que não são os nos-sos feitos passados que nos dão autoridade, são as con-quistas futuras que nos atri-buem uma enorme responsa-bilidade. E não há responsabili-dade maior do que cumprir a co-missão que Jesus nos deixou ao dizer:

Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos. Batizem-nos em nome do Pai e do Filho e do Espí-rito Santo, ensinando-os a obede-cer a tudo quanto eu tenho man-dado. E saibam que estarei sem-pre convosco até ao fim dos tem-pos. (Mateus 28)

Uma cidade que anseia ouvir na sua Língua

Celebrámos há pouco tempo o dia de Pentecostes. No Antigo Testa-mento essa era a Festa que cele-brava o 50º dia depois da Páscoa judaica. E foi precisamente nesse dia, 50 dias depois da ressurreição de Jesus, que o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos. O texto de Atos dos Apóstolos diz-nos que

Encontravam-se em Jerusalém, nessa altura, judeus devotos vin-dos de todas as nações do mundo. Quando se ouviu aquele ruído, juntou-se muita gente e ficaram todos admirados, porque cada um deles os ouvia falar na sua pró-pria língua. A multidão ficou deveras maravilhada, e diziam uns aos outros: «Estes homens que estão a falar não são todos da Galileia? Como é que cada um de nós os ouve na nossa própria língua? Há aqui gente que veio da Pártia, da Média, do Elam, da Mesopotâmia, da Judeia, da Ca-padócia, do Ponto, da Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia que ficam perto de Cirene. E alguns vieram de Roma. Uns são judeus e outros convertidos à religião judaica. Alguns, ainda, vieram de Creta e outros da Arábia. Todos nós os ouvimos nas nossas próprias línguas falar das coisas maravi-lhosas que Deus tem feito.» (2:5-11).

A descrição continua e termina a dizer que 3 mil pessoas se conver-teram naquele dia.

Certamente há várias nuances a ter em conta, nomeadamente o facto de o texto deixar claro que as pessoas que escutavam a mensa-

gem acreditavam em Deus e eram devotos. De qualquer forma, seria muito arrogante da minha parte sequer sugerir que, nos nossos dias, as pessoas que nos rodeiam não creem em Deus e que, segun-do os seus costumes, não são igualmente devotos. O que posso dizer é que, nos nossos dias, é muito usual confundir crença com fé, e costumes com consagração. Ou seja, mesmo que interiormente haja homens e mulheres convenci-dos de possuírem uma boa relação com Deus (ou pelo menos satisfa-tória), será sempre a Palavra de Deus, a Bíblia, a conferir o quanto as nossas certezas se encontram perto das exigências de Deus. É exatamente nesse ponto que gosta-va de referir o texto acima citado. É que o texto também deixa claro que, depois da descida do Espírito Santo, independentemente de onde vinham, as pessoas passaram a entender «na sua língua» o que era dito acerca das maravilhas de Deus.

Segundo os CENSOS de 2011, a IEL encontra-se numa área urbana com quase 3.000.000 de pessoas onde somente existem 35.000 evangélicos/protestantes. Acha-mos mesmo que estamos a falar a língua das pessoas que nos rodei-am? Eu, pessoalmente, acredito que a mensagem que, como filhos de Deus, temos para transmitir pode mudar a nossa sociedade. É que essa é uma Palavra que não nos pertence, ela é a Palavra de Deus.

Somos chamados a fazer mais, aliás, somos chamados a fazer muito mais e com maior excelên-cia, de modo a que esta cidade conheça outra coisa para além da ganância humana e o desrespeito pela dignidade de homens e mu-lheres abandonados na sua misé-ria. Como Igreja, diria mesmo, como Igrejas, há uma seara que está pronta para ser apanhada. Diz-nos o evangelista João (4:35-38)

Não dizem que faltam ainda qua-tro meses para o tempo da ceifa? Pois eu digo-vos: Levantem os olhos e vejam como as searas já estão maduras para a ceifa. O ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o grão para a vida eterna, de modo que se alegram ao mes-mo tempo tanto o que semeia como o que ceifa. É bem verdade o que diz o ditado: “Um é o que semeia e outro o que ceifa.” Tam-bém eu vos enviei a ceifar o que não cultivaram. Outros cansaram-se a trabalhar e vocês recolhe-ram o fruto do seu trabalho.»

Ou seja, antes de nós houve ho-mens e mulheres que trabalharam para que o nome de Cristo fosse exaltado e glorificado. A seara está

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o nosso Deus é maior do que a nossa missão! O nosso Deus é maior do que os nossos desafios!

Se verdadeiramente cremos que o Espírito Santo habita em nós, então esta é a hora de começar a dar um fruto que esteja de acordo com o que professamos. Mas, uma vez que já há Igrejas Evangélicas de contexto português em Lisboa há mais de um século, cabe-nos ter a humildade suficiente para po-dermos, pelo menos, questionar, a forma como nos temos relaciona-do com o Espírito de Deus. Uma história tão gloriosa esbarra na nossa incapacidade atual de falar a língua das pessoas que nos rodei-am… E quanto mais insistirmos em percorrer o caminho onde os méritos humanos são a solução de levar Cristo à cidade, mais tere-mos, obrigatoriamente, de nos agarrar à história passada para ganharmos autoridade, porque certamente estaremos muito longe de assumirmos a nossa responsa-bilidade cristã de chorar com o coração de Deus pela miséria hu-mana que nos rodeia.

Amados irmãos e amadas irmãs, exorto cada um de vós a levantar os olhos… olhem à vossa volta e vejam como as searas já estão maduras… não subvalorizes o que Deus já fez enquanto dormias. Olha para as searas e prepara-te para recolher os frutos da ação de Deus nesta cidade.

A Deus seja dada a Glória

Pastor Luís de Matos

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Mulheres / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº4/2015 JUNHO 2015 / 04

Encantos são enganos e beleza é ilusão, mas uma mulher que respeita o SENHOR é digna de elogio. (Provérbios 31:30)

trar à minha família quanto os amo? Acho que cheguei a um ponto em que quero mostrar aos outros que realmente consigo, é na realidade o desejo de querer ser mais do que os outros...afinal até já descobri que os meus filhos gostam de fazer algumas tarefas em casa...mas e se não fica bem feito?"

Identifica-se com algumas coisas deste testemunho? Sente que todos os dias faz um esforço so-brenatural para ser uma Super Mulher, mas sente-se esgotada de o ser? No programa Mulheres d e E s p e r a n ç a c h a m a d o "Síndrome da Super Mulher" demos algumas dicas que podem ajudá-la e vamos partilha-las consigo aqui. Tome nota!

Se sofre deste síndrome de super mulher, há pequenas mudanças que pode começar a introduzir na sua vida diárias, de modo a não

"Chamo-me Renata e confesso que tenho a síndrome da super mulher. Trabalho mais de 40 horas semanais, cozinho refei-ções completas e tenho uma casa limpa e sem roupa para lavar. Além deste trabalho preciso tam-bém de me livrar de uns quilitos a mais, de ser um membro activo na minha comunidade, e produti-va na sociedade. Sempre achei que tinha que fazer tudo isto porque era o que se esperava de mim. Quando algumas das bolas que andam no ar caiem no chão, sinto-me culpada pela minha falha. As pessoas esperam de mim e pior ainda, EU espero de mim! Tenho filhos, nunca imagi-nei viver sem filhos e quero que eles tenham orgulho na mãe, no que faço, no que alcanço. Cresci com pais que casaram nos anos 50 e tive a influência de uma avó que nasceu em 1905 e nesse tem-

po, a tarefa de uma mulher era tomar conta do marido, das ne-cessidades dos filhos e da casa. Uma boa esposa, cozinha, limpa e antecipa as necessidades da sua família. Quando o marido chega a casa à noite, não quero que ele jamais diga: "Só temos isto para jantar? Mas que comida é esta?". Se isso acontecer é porque falhei como esposa e como mãe, pois não preparei um jantar decente à minha família. Quando há visitas, ando numa roda viva para que tudo esteja perfeito quando en-trarem na minha casa. O pior é que sinto também que traí a me-nina dentro de mim que tinha alvos e sonhos e desejos. Será que isto é um sintoma de mártir, ou será um hábito? Será mais fácil continuar a fazer tudo ou tentar ensinar os meus filhos a fazerem as suas tarefas? Ou será esta a maneira correcta de mos-

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Síndrome da Super Mulher -

dicas Mulheres de Esperança! sentir-se tão culpada e tão casa-da:

Permita-se imperfeições. A louça não precisa ser LOGO lavada mal acaba o jantar, a roupa pode ser lavada ao sábado e os seus filhos não precisam estar matriculados em todas as actividades que exis-tam para crianças da sua idade.

Ponha um ponto final na sua guerra de mulher perfeita! Não tem de fazer convites para o ani-versário da sua filha, nem fazer o bolo, nem limpar a casa tudo isto sozinha. Pegue numa ou duas destas coisas que gosta de fazer e depois faça uma lista de pessoas que podem ajudá-la a fazer o resto.

Estabeleça as suas prioridades. Se é uma prioridade passar tem-po com os seus filhos, inclua isso no seu horário. Não deixe para a noite, quando está a coloca-los na cama e de repente se apercebe que passou mais um dia sem dar-lhes a atenção que eles precisam e merecem.

Dê uma folga a sim mesma. Tem que permitir-se não ser perfeita. Faça o melhor que pode, mas não tem que ser perfeita em tudo o que faz.

Tire tempo para si. Na sua agen-da escreva "meu tempo". Pode ser um novo passatempo, umas aulas na escola, universidade ou até um curso profissional, ir ao ginásio, ou até 5 minutos para relaxar sem fazer NADA!

Estes pequenos passos vão liber-tá-la de muito stress, mas isso não quer dizer que não vai sentir culpa, queremos ajudá-la a liber-tar-se desse sentimento, fique atenta a este boletim!

Texto do programa de rádio, do Projecto Ana, Mulheres de Espe-rança

Uma produção da RTM Portugal com Sarah Catarino e Sónia Si-mões

www.rtmportugal.org

www.facebook.com/projectoana

[email protected]

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Estudo Bíblico

Mateus, 28:16-20

Contexto, lugar e os persona-gens - O texto fala-nos do último episódio de Jesus com os seus discípulos, após a ressurreição e após o seu aparecimento a Maria Madalena e a outra Maria, a quem indica que os discípulos devem ir para a Galileia, onde o verão.

O episódio ocorre na Galileia, onde começou o anúncio do Reino de Deus, sobre um monte. Há na Bíblia outros textos onde Deus se manifesta aos seus sobre um mon-te, como aconteceu com Moisés e Abraão. Mas também com Jesus. Sobre um monte Jesus revela a vontade definitiva de Deus (Mt. 5,1); sobre o monte retira-se para orar (Mt. 14:23); sentado sobre o monte acolhe a multidão e cura os doentes (Mt.15:29); sobre um alto monte revela-se aos discípulos como o enviado de Deus (Mt.17,1-5). Este último encontro de Jesus e discípulos acontece num monte da Galileia, lugar dos encontros históricos de revelação e de salva-ção.

No monte estão Jesus e os onze apóstolos. Mais ninguém. Jesus fala, declara; os apóstolos escu-tam.

Mensagem - A Grande Comissão- "Foi-me dado todo o poder na terra e nos céus" (v.18b). Não fala da natureza deste poder, nem em que consiste. Mas nós podemos ter uma ideia desse poder, pois de alguma forma ele vai ser partilha-do com os apóstolos em Atos, 1:7-8.

O que sabemos é que em conse-quência desse poder Jesus ordena (declara) "vão e façam com que todos os povos se façam meus discípulos" (v.19a). Fazer discípu-los, não fãs, não súbitos, não man-dou encher igrejas. Fazer discípu-los, discipular, ele quer seguido-res maduros e cientes da mensa-gem do Mestre. Este é o cerne da Grande Comissão.

"Batizem-nos em nome do pai do filho e do e Espirito Santo"(v.19b). Batizar. Aqui está o texto que tem por base o sacramento do batis-mo. O Batismo significa nascer de novo, ter uma nova identidade em Cristo. Ser discípulo e ser batizado é ser seguidor e obediente ao Mes-tre numa nova dimensão da vida.

"ensinando-os a obedecer a tudo o que vos tenho mandado"(v.20,a). Esta ordem contem algo mais do que fazer discípulos. O discipula-do requer já obediência. A razão porque Jesus enfatiza, ou destaca, a questão da obediência poderá ser porque ela é uma necessidade permanente do discípulo na sua Vida Nova.

Mensagem - A Aliança -" E sai-

Bíblia / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº4/2015 JUNHO 2015 / 05

«Sim! A erva seca e a flor murcha, mas a palavra do nosso Deus permanece para sempre.» (Isaías 40:8)

Mateus, 28:16-20 - Leia atentamente os quatro versículos

Os onze discípulos partiram para a Galileia e foram para o monte que Jesus lhes tinha indicado.

Quando o viram, adoraram-no, mas alguns ainda duvidavam.

Então Jesus aproximou-se deles e declarou: «Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra.

Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos. Baptizem-nos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo quanto eu tenho mandado. E saibam que estarei sempre con-vosco até ao fim dos tempos.»

Versão A Bíblia para Todos

bam que estarei sempre convosco, até ao fim dos tempos" (v.20b). Este versículo não é apenas uma promessa de Jesus, é a renovação da aliança de Deus com seu povo.

CONCLUSÃO: Esta grande comis-são, dirigida aos onze há dois mil anos, é para toda a Igreja. Temos nós subido aos montes para escu-tar Jesus? Como o escutamos? O poder de Jesus fica de certa forma à nossa disposição? Temos nós sido discípulos firmes e obedien-tes? Temos nós feito discípulos? Temos sido ministros de Jesus e anunciado o Evangelho da recon-ciliação? De que maneira temos aproveitado nós a Aliança que Jesus nos oferece no v.20b? Se não cumprirmos a Grande Comis-são a Palavra de Deus morre?

Sugestões de leituras complemen-tares de aprofundamento:

Rom. 10:14-18; I Cor. 1:21; Col. 1:23; João 6:45.

David Valente

(Superintendente da Escola Do-minical da IEL)

Leitura da Bíblia

Vida e ensinamentos do

Apóstolo Paulo

1º dia - Atos 9

A conversão de Saulo

2º dia - Atos 16

A chamada de Paulo para a

Macedónia e o aprisionamento.

3º dia - Atos 17

Cenas da viagem missionária de

Paulo.

4º dia - Atos 26

Paulo conta a história da sua

vida a um rei.

5º dia - Atos 27

Naufrágio a caminho de Roma.

6º dia - Atos 28

A chegada de Paulo a Roma.

7º dia - Romanos 3

Um resumo da teologia de Paulo

8º dia - Romanos 7

A luta com o pecado.

9º dia - Romanos 8

A vida no Espírito.

10º dia - I Coríntios 13

Paulo explica o amor

11º dia - I Coríntios 15

Refelxões sobre a vida após a

morte.

12º dia - Gálatas 5

A liberdade em Cristo.

13º dia - Efésios 3

Paulo resume a sua missão.

14º dia - Filipenses 2

Imitação de Crsito.

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A grande comissão - palavras de Jesus para ti

Cultura cristã / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº4/2015 JUNHO 2015 / 06

Sejam dados louvores a Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo! (Romanos 7:25a)

"Sou Imortal Até Que Deus Me Diga Regressa", é o mais recente álbum do pastor da Igreja Batista, Tiago Cavaco.

As treze músicas exibidas foram produzidas pelo próprio e também por João Eleutério. Gravado em uma semana, entre maio e julho de 2014, no Armazém 42 em Lis-boa, foi lançado em janeiro último com a advertência «Cuidado na audição. Procurámos um som de cassete, como os bons velhos dis-cos de rock. Isto tem médios a sério, daqueles que magoam nos ouvidos.» “É um disco que não existiria sem a inspiração dos miúdos mais novos que andam aí a rockar e que infelizmente não têm recebido a atenção que mere-cem. Falo do Filipe da Graça e do Deserto Branco.”, palavras de Tiago Lacrau.

No seu blog “A voz do Deserto”, Tiago Cavaco explicou o que o inspira: “Este é um disco de rock directo ao assunto. Segue os câno-nes que conquistaram o meu cora-ção para o punk rock quando era um miúdo de 15 anos: refrões que possam ser cantados logo à segun-da vez que se ouve, fotografias a

"Sou Imortal Até Que Deus Me Diga Regressa"

preto e branco, grafismo de má-quina de escrever e x-acto, entre outros aspectos. É um disco à Leonard Cohen na medida em que tem canções de amor e tem can-ções de ódio. Há letras de coração aberto e há letras de ressentimen-to. O punk torna mais fácil esta convivência.”

Os temas «Só dura o tiro», «Respirar não dói», «Sugiro a minha sepultura para Capital da Cultura», «Ainda não é tempo de morrer», «Qual é o meu tom, Zé?», «Os meus braços estão aqui», «Música no coração», «Bíblia e ponta-e-mola», «Prémio Blitz», «Vejo filmes americanos», «Rotina do deslumbre», «Marca o 777», «Sou imortal até que Deus me diga regressa» são aconselha-dos a ouvir no carro em família. “E façam pelos vossos miúdos aquilo que o punk tem feito por alguns de nós: encurtar a distân-cia entre sonhar muito com músi-ca e fazê-la com pouco”, acrescen-ta Tiago Lacrau.

A música é parte da vida do pastor Tiago Cavaco desde muito novo. Desde os 15 anos que reúne ban-das e amigos ao som do punk.

Livro do mês Compartilhe a sua fé com um muçulmano

Serão os Muçulmanos, realmente, insensíveis à mensagem de Jesus Cristo por causa da sua devoção ao Islão?

O autor, missionário com longa expe-riência em países muçulmanos, suge-re princípios que muito podem ajudar à apresentação do Evangelho, em meios culturalmente mais sensíveis, sem comprometer a Verdade.

«Compartilhe a sua fé com um mu-çulmano» é uma obra onde o leitor encontra explicações claras acerca

das crenças e tradições islâmicas. Não é ferramenta ou manual de fórmu-las fixas para partilhar a mensagem cristã. O seu mérito principal é o de aprofundar a compreensão da mentalidade própria dos devotos do Islão, sem a qual todos os esforços para captar a atenção deles serão inúteis.

No clima de «contaminação» geral contra os Muçulmanos, que se vive desde 11 de Setembro de 2001, é importante não esquecer o exemplo de Charles R. Marsh, aceitando cada cristão o desafio de partilhar a sua fé com um muçulmano.

http://www.letrasdouro.com

CARTOON

Todas as promessas de Deus que aparecem do começo ao fim da Bíblia são concretizadas em Jesus. A graça de Deus tem-nos sido disponibilizada gratui-tamente através do sangue de Jesus.

DESAFIO

Participa nas atividades da Sociedade Bíblica de Portu-

gal na Feira do Livro de Lisboa 2015

Quando? 7 de junho, domingo, às 18:00 Onde? Palco Central / Parque Eduardo VII O quê? Concerto: Salmos da Bíblia - Pré-apresentação do CD Quem? Rute e Ruben Alves Quando? 8 de junho, 2.ª feira, às 21:00 Onde? Auditório / Parque Eduardo VII O quê? Palestra: Eclesiastes, o livro do Pregador: temas básicos de vida - Na literatura sapiencial do Antigo Testamento o livro de Eclesiastes destaca-se pela rejeição da ideia de que a sabedoria humana pode trazer felicidade ou sustentar a vida. O Pregador argumenta tanto a favor como contra a sabedoria convencional Quem? Carlos Fontes. Professor de Bíblia e Teologia no MEIBAD (Monte Esperança Instituto Bíblico das Assembleias de Deus) em Fanhões, onde exerce o cargo de Diretor Académico. Quando? 12 de junho, 6.ª feira, às 15:30 Onde? Auditório / Parque Eduardo VII O quê? Palestra: O Mundo Bíblico na literatura juvenil. Com apresentação de teatro bíblico - O mundo da Bíblia é uma memó-ria a ser lembrada e é essencial investir nas crianças e jovens e trazer a debate o tema do mundo bíblico. Quem? Hans (João) Vogel é formador certificado pelo Ministério da Educação, na área "História das Civilizações".

Quem somos / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº4/2015 JUNHO 2015 / 07

«Estejam prontos para servir e conservem acesas as suas candeias». (Lucas 8:35)

Alguns autores protestantes têm reclamado, como introdutores de um Cristianismo reformado em Portugal, as figuras de Gil Vicente (c.1465-c.1536), Padre Frei Valentim da Luz (1524-1562), Damião de Góis (1502-1574) ou Francisco Xavier de Oliveira (1702-1783); porém, por muito que estas personalidades transpor-tassem experiências religiosas próprias, estas não tiveram o condão de se transfigurarem em expressões religiosas e muito menos em vivências social ou historicamente relevantes, estru-turando redes ou grupos.

Apenas Oliveira se converteu a outra Igreja cristã (Anglicana), estando refugiado em Inglaterra, onde escreveu o «Discours pathétique au sujet des calamités présentes arrivées en Por-tugal» (1756) em que interpreta o terremoto de então como juízo de Deus contra a idolatria dominante em Portugal. Como pôde, já no século XVI, dizer Jerónimo de Azambuja (f. 1563) no Concílio de Trento, «graças à providência divina e aos cuidados do nosso rei mui cristão, não se vislumbram em Portugal quaisquer sinais da heresia luterana que enche o mundo»; esta ausência de influência de ideias luteranas e reformadas explica que a literatura religiosa destinada a combatê-las seja em Portugal escassa e pobre, ao contrário daquela que pretendia chegar a judeus, muçulmanos e cristãos-n o v o s e i n t e g r á - l o s n a uniformidade confessional que se construía.

O caso de Manuel Travassos

Por meados do século XVI a pa recera m os pr i mei ros processos de luteranos na Inquisição de Lisboa.

Os réus eram estrangeiros provenientes da França, da Alemanha e da Inglaterra. No ano de 1570, porém, encontramos um português acusado de luteranismo e que confessa aderir efetivamente à doutrina de Lutero. Trata-se de Manuel Travassos, bacharel em cânones pela Universidade de Coimbra.

Vivia em Lisboa com sua mãe e veio a ser condenado. É o primeiro português convertido ao

protestantismo de que há memória escrita.

João Ferreira de Almeida

Só João Ferreira de Almeida (1628-1691) pode ser considerado u m v e r d a d e i r o p i o n e i r o protestante, embora de um modo peculiar, já que desenvolveu a sua ação literária e catequética longe de Portugal.

O pouco que se sabe da sua vida até ao início da atividade missionária em Batávia (atual Jacarta), na ilha de Java, é que terá emigrado para Amsterdão, embarcando depois para as Índias Orientais, onde abraçou o calvinismo e se fez ministro do Evangelho – desde 1642, pregou entre as comunidades luso-cristãs de Java, Ceilão e costa do Malabar e a refugiados huguenotes procedentes da Europa.

Uma igreja protestante de língua portu gu esa ( f a la da pelas populações da região) existiu em Batávia entre 1633 e 1809 e João Ferreira de Almeida foi o seu principal pregador, redigindo em 1644-45 a primeira tradução completa em Português do Novo Testamento – posteriormente, iniciou a tradução do Antigo Testamento (que realizou até Ezequiel 48:21) e assinou a primeira tradução portuguesa de um texto doutrinal protestante, a «Diferença da cristandade da Igreja Reformada e Roma-na» (1668), revista e aumentada em 1673.

A obra de Almeida, o qual se correspondeu com algumas personalidades portuguesas, foi conhecida e comentada em Goa e mais tarde em Portugal, nomeadamente pelo Padre António Ribeiro dos Santos nas «Memórias de Li teratu ra Portuguesa» (1806) – mas, embora não tenha influenciado no imediato o universo religioso português, Almeida deixou uma tradução das Escrituras que veio a tornar-se uma referência para o reavivamento cristão português que, no século XIX, originou vivências e grupos separados da Igreja Católica Romana.

Luís Aguiar Santos

O protestantismo em Portugal

Pilares da nossa fé

A revolução do serviço* “Serve The City”

Confesso que quando ouvi esta expressão pela primeira vez achei que o seu autor era ou sonhador em excesso ou demagogo. Voluntariado sim, "serviço" claro, porque não? Habituei-me a escutar esta palavra e acolher o seu significado nos círculos de fé por onde fui fazendo o meu percurso cristão. Mas "revolução"?!

Em tempos (!) eu também sonhei com a revolução. Era então um jovem marxista e queria participar na mudança do mundo. Da URSS e da RPChina chegavam-nos histórias fantásticas de uma nova sociedade. Com o tempo a propaganda não conseguiu mais esconder a realidade, enquanto em Portugal se foi fazendo o caminho para um outro tipo de "revolução": a do consumismo. A "revolução do serviço" continuou, contudo, a ecoar na minha mente. E à medida que fomos vendo milhares de pessoas comuns a aderir à proposta de voluntariado-serviço do Serve the City, vindas de todos os extratos sociais, condições e tradições, comecei a perceber que havia ali algo de... revolucionário e fui verificar de novo as nossas fontes.

Jesus, o Cristo, disse que veio para servir e não para ser servido. Ele, que é a imagem do Deus invisível: nascido do Pai antes da criação do mundo. Foi por ele que Deus criou tudo o que existe no Céu e na Terra, o que se vê e o que não se vê, as forças espirituais, os domínios, as autoridades e os poderes. Foi por ele e para ele que Deus criou tudo. (Col 1,15-16). Sim, Ele que serviu tantas vezes e de tantas maneiras, incluindo no trabalho mais desconsiderado que era lavar os pés a outros, menores, indignos. Ele iniciou esta revolução, uma que não se apaga mas que se estende continuamente a todas as gerações, povos e línguas.

Criados à imagem e semelhança do próprio Criador, trazemos em nós esta necessidade de servir. Servir não só nos humaniza como revela em nós a marca divina. E trazemos todos, independente das nossas crenças e convicções! Servir e proporcionar oportunidades de serviço é algo que nos aproxima uns dos outros, da nossa Origem e do nosso Destino.

A igreja tem uma longa e admirável tradição de serviço, tantas vezes com o sacrifício da própria vida, ambições e "direitos" – e frequentemente no anonimato profundo. Mas é mais comum ver os crentes servirem nos seus próprios termos, com as suas agendas, nos seus ambientes ou em condições por si escolhidas. E se fossemos mais vezes ao encontro dos "outros" e os convidássemos a vir servir connosco, lado-a-lado, como iguais? O "serviço" tem-se vindo a revelar na minha vida como um espaço amplo, partilhado e promissor de Encontro, de recuperação da imagem e semelhança, uma ponte que aproxima muitas margens, que abre avenidas de diálogo e de afectos, que ajuda a fazer sentido de uma mensagem de Boas Notícias que tantas vezes está encurralada nos seus guetos físicos, de discurso e de incompreensão.

Hoje estou muito mais crente na possibilidade de uma "revolução do serviço". Trabalho por ela, juntamente com inúmeras (!) pessoas, e vamos vendo os sinais da mudança com entusiasmo. Num tempo de apatia, de consumismo, de anonimato despersonalizante é necessário promover a mudança começando pelo dar e, sobretudo, pelo dar-se. Poucas coisas nos alegram e animam mais.

*expressão de Carlton Deal, fundador do Serve the City Alfredo Abreu

Coordenador Geral Serve The City (www.servethecity.pt)

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CalendárioCalendárioCalendárioCalendário

03/06 03/06 03/06 03/06 ---- Culto Partilhado (18h00)

07/06 07/06 07/06 07/06 ---- Culto de Páscoa com Ceia

do Senhor (11h)

10/06 10/06 10/06 10/06 ---- Culto Partilhado (18h00)

14/06 14/06 14/06 14/06 ---- Culto de Louvor a Deus

(11h)

17/06 17/06 17/06 17/06 ---- Culto Partilhado (18h00)

21/0621/0621/0621/06 – Culto de Louvor a Deus -

Especial Aniversário - Celebração

dos 117º anos da IEL (11h) -

Pregador Convidado: Pastor Nuno

Ornelas (CCLX)

Almoço comunitário (13h)

Tarde de convívio

24/0624/0624/0624/06 – Culto Partilhado (18h00)

28/06 28/06 28/06 28/06 ---- Culto de Louvor a Deus -

Especial Aniversário - Ordenação

de Diáconos e Presbíteros locais

(11h)

Apoio pastoral

Última / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº4/2015 JUNHO 2015 / 08

«Sejam delicados e prestáveis e perdoem-se uns aos outros, como Deus vos perdoou em Cristo.» (Efésios 4:32)

FICHA TÉCNICA: Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) Rua Febo Moniz, 17-19, Anjos, 1150-152 Lisboa; Tel. 21 314 99 75; [email protected];

www.igrejalisbonense.org; www.facebook.com/igrejalisbonense Como chegar: Metro Linha Verde (Anjos) * Carris 208, 708, 712, 726, 730

EQUIPA: Coordenação: Conselho Presbiteral; Editores: Pastor Luís de Matos, Luís Aguiar Santos, Alexandra de Matos. COLABORADORES: Pastor Pedro Brito; David Valente; Alfredo Abreu (Serve the City); Sociedade Bíblica Portuguesa; Editora Letras d’Ouro (Pedro Miguel Martins); Aglow Aglow Portugal (Sarah Catarino); Projeto ANA-Mulheres de Esperança (Sónia Simões); Pobreza Zero (João Pedro Martins). GRAFISMO: Alexandra de Matos

nós. Contudo, não passa de uma breve anestesia que administra-mos. É que resolver o problema da solidão com compras, não só não é a solução para o problema como cria um outro – dívidas dos car-tões de crédito.

A cama Esta é a falsa cura da nossa cultu-ra moderna, que promove o sexo como um jogo, como recreação. Esta resposta à solidão termina sempre em sentimentos de aliena-ção e arrependimento.

A verdadeira cura Se todas essas abordagens não funcionam, qual a cura que existe para a solidão? No Antigo Testamento, descobri-mos que nos 10 Mandamentos (Êxodo 20),os quatro primeiros se referem ao nosso relacionamento com Deus, e os últimos seis aos relacionamentos com as outras pessoas. Como é o teu relacionamento com Deus? Possuis um relacionamento

Sentirmo-nos sós é uma das expe-riências mais dolorosas da vida. Na realidade todas as pessoas se sentem sós em algum momento da sua vida, mas como podemos ultrapassar nós esses momentos? Há que dizer que a solidão é uma condição temporária «normal». É algo que nos assola como resulta-

Solidão – A dor da Alma do de uma ação, um pensamento ou um sentimento, e que pode demorar horas ou alguns dias a desaparecer. Mas, quando esse sentimento se instala durante semanas, meses, ou mesmo anos, então algo não está realmente bem. É que a solidão é um sinal de alerta para o estado da nossa al-ma. Como uma dor de dentes, se não for tratada a tempo, geral-mente piora! Perante esta dor, a automedicação é a nossa primeira tentativa:

Estar sempre ocupado Por vezes pensa-se que preencher a vida com imensas atividades vai retirar do nosso íntimo a solidão. Como se o facto de não pensarmos na nossa solidão a fizesse desapa-recer. Contudo, estarmos ocupa-dos apenas nos distai, não nos cura.

Ir às compras Sempre que nos recompensamos a nós mesmos, aliviamos os senti-mentos negativos que habitam em

íntimo com Deus, de entrega e amor? Como Igreja adoramos um Deus que vive entre o seu povo por meio do Espírito Santo. A solidão é a forma de Deus nos dizer que temos um problema de relaciona-mento. Em primeiro lugar, esta-mos distante d’Ele e, em segundo lugar, estamos distantes das pes-soas. Apesar de ser difícil dar o primei-ro passo na restauração das rela-ções com os outros, podes estar certo que Deus já deu o primeiro passo na restauração da tua rela-ção com Ele. Foi por isso que enviou o Seu Filho, Jesus Cristo. Ele veio especialmente para te retirar da tua solidão. Venham ter comigo todos os que andam cansados e oprimidos e eu vos darei descanso. (Mateus 11:28).

Pastor Luís de Matos

Escritório Pastoral 3ª a 6ª feira (marcação prévia)

[email protected] Tel.: 96 521 74 25

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