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GUIA ELETRÔNICO DE RAIVA HUMANA Gleydson Fabrício de Freitas Ruanna Lorna Vieira Fernandes Profª. Drª. Escolástica Rejane Ferreira Moura Inici ar Sair UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM 2009.2

Guia de Raiva Humana

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR Faculdade de Farmcia, Odontologia e Enfermagem Departamento de Enfermagem 2009.2 Guia eletrnico de raiva

humana

Gleydson Fabrcio de Freitas Ruanna Lorna Vieira Fernandes Prof. Dr. Escolstica Rejane Ferreira Moura

Iniciar

Sair

Menu inicialRaiva humana Dados epidemiolgicos Reexposio ao vrus da Raiva Humana Imunobiolgico utilizado no Brasil Soro anti-rbico Agresso causadas por animais Condutas em casos de faltosos Autor / Co-autoras / Orientadores Exerccios Hom e

Gleydson Fabricio de Freitas

Qual o animal agressor?

Gleydson Fabricio de Freitas

Morceg os

Outros animais silvestres

Co ou Gato Roedores urbanos Outros animais domsticos

Menu inicial

Tipo de acidente

Gleydson Fabricio de Freitas

Acidente leve

Acidente grave Contato indireto voltar

Acidente leve

Ferimento superficial; Pouco extenso; Geralmente nico; Acomete tronco e membros (exceto mos, polpas digitais e planta dos ps).Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Confir ma

Acidente grave

Ferimentos na cabea, face, pescoo, mos, polpa digital e/ou plantas dos ps;Gleydson Fabricio de Freitas

Ferimentos profundos; Mltiplos; Extensos; Em qualquer regio do corpo; Lambedura de mucosas; Lambedura de pele onde j existe leses graves.

volta r

Confir ma

Contato indireto

Gleydson Fabricio de Freitas

Lambedura de pele sem leses; Contato com fezes.

volta r

Confir ma

Qual a condio do animal? (leve)

Co ou gato sem suspeita de raiva Co ou gato clinicamente suspeito Co ou gato raivoso, desaparecido ou morto

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Menu

Co ou gato sem suspeita de raiva (conduta)

Lavar a ferida; Observar animal durante dez dias; Se sadio: encerrar o caso; Se raivoso, morrer ou desaparecer: administrar 5 doses de vacina: dias 0, 3, 7, 14 e 28.

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Menu

Co ou gato clinicamente suspeito

Lavar a ferida; Iniciar tratamento com 2 doses: dias 0 e 3; Observar o animal durante dez dias; Se a suspeita encerrar o caso; de raiva for

Gleydson Fabricio de Freitas

descartada,

Se raivoso, morrer ou desaparecer: completar 5 doses: uma dose entre o 7 e 10 dia e uma dose nos dias 14 e 28.volta r Menu

Co ou gato raivoso, desaparecido ou morto.

Gleydson Fabricio de Freitas

Lavar a ferida; Iniciar tratamento imediato com 5 doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28.)

volta r

Menu

Qual a condio do animal? (grave)

Co ou gato sem suspeita de raiva Co ou gato clinicamente suspeito Co ou gato raivoso, desaparecido ou morto

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Menu

Co ou gato sem suspeita de raiva. (conduta)

Lavar a ferida; Iniciar tratamento com duas doses: dias 0 e 3; Observar o animal durante dez dias; Se sadio: encerrar o caso; Se raivoso, morrer ou desaparecer:

Gleydson Fabricio de Freitas

continuidade ao tratamento, completar 5 doses: uma dose entre o 7 e 10 dia e uma dose nos dias 14 e 28.; administrar soro.volta r Menu

Co ou gato clinicamente suspeito.

Lavar a ferida;Gleydson Fabricio de Freitas

Iniciar tratamento com soro + 5 doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28); Observar o animal durante dez dias;

Se for descartada a suspeita de raiva: suspender o tratamento e encerrar o caso.

volta r

Menu

Co ou gato raivoso, desaparecido ou mortoGleydson Fabricio de Freitas

Lavar a ferida; Iniciar tratamento imediatamente com soro + 5 doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28).

volta r

Menu

Qual a condio do animal? (indireto)

Co ou gato sem suspeita de raiva Co ou gato clinicamente suspeito Co ou gato raivoso, desaparecido ou morto

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Menu

Conduta profiltica humana

Gleydson Fabricio de Freitas

Lavar com gua e sabo; No tratar.

volta r

Menu

Tipo de acidente

Gleydson Fabricio de Freitas

Acidente leve Acidente grave

volta r

Acidente leve

Gleydson Fabricio de Freitas

Incio imediato de vacinao

volta r

Acidente grave

Gleydson Fabricio de Freitas

Incio imediato de vacinao e administrao do soro.

volta r

Tipo de acidente

Acidente leve Acidente grave

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Qual a condio do animal?

Animal sem suspeita de raiva Animal clinicamente suspeito Animal raivoso, desaparecido ou morto

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Menu

Animal sem suspeita de raiva (leve)

Iniciar imediatamente esquema de vacinao ou de reexposio. Se sadio: encerrar o caso; Se raivoso, desaparecido ou morto: continuar tratamento.

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Animal clinicamente suspeito

Iniciar imediatamente esquema de vacinao; Se sadio: encerrar o caso; Se raivoso, desaparecido ou morto: continuar tratamento.

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Animal raivoso, desaparecido ou morto

Gleydson Fabricio de Freitas

Iniciar imediatamente esquema de vacinao

volta r

Qual a condio do animal?

Animal sem suspeita de raiva Animal clinicamente suspeito Animal raivoso, desaparecido ou morto

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Menu

Animal sem suspeita de raiva ou clinicamente suspeito (grave)Iniciar imediatamente esquema de vacinao ou de reexposio e aplicao de soro. Se sadio: encerrar o caso; Se raivoso, desaparecido ou morto: continuar o tratamento.

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Animal raivoso desaparecido ou morto

Iniciar imediatamente esquema de vacinao ou de reexposio e aplicao de soro.

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Conduta profiltica humana

Aplicar imediatamente vacina e soro ou esquema de reexposio.

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Conduta profiltica humana

Gleydson Fabricio de Freitas

Dispensar tratamento profiltico.

volta r

Tipo de esquema anterior

Completo com as vacinas Fuenzalida & Palacios e/ou de cultivo celular Incompleto com as vacinas Fuenzalida & Palacios e/ou de cultivo celular

Gleydson Fabricio de Freitas

volta r

Completo com as vacinas Fuenzalida & Palacios e/ou de cultivo celular

Gleydson Fabricio de Freitas

Vacina de cultivo celular:

At 90 dias: no tratar; Aps 90 dias: 2 doses, uma no dia 0 e outra no dia 3 volta r Menu inicial

Incompleto com as vacinas Fuenzalida & Palacios e/ou de cultivo celularCultivo celular:

Gleydson Fabricio de Freitas

At 90 dias: completar o nmero de doses; Aps 90 dias: ver o esquema de psexposio.

volta r

Menu inicial

IntroduoPropriedades do vrus da raiva:

Pertence

ao gnero Lyssavirus,

daGleydson Fabricio de Freitas

famlia Rhabdoviridae;

Genoma de RNA simples; Envelope bilipdico; Cerca de 100 nanmetros; Forma de bala; Pode ser inativado por CO2; Destrudo por radiao UV, luz solar, calor e solventes lipdicos; Apresenta mltiplos hospedeiros; SNC, saliva , urina, leite e sangue.

Menu

Introduo

A raiva uma antropozoonose viral que afeta tanto seres humanos quanto animais;

Perodo de incubao varia 2-10 semanas (em mdia 45 dias), mas existe relato na literatura de at 06 anos;Gleydson Fabricio de Freitas

Atinge principalmente o sistema nervoso. Transmisso:

Atravs da Saliva de Mamferos, tais como, Ces, Gatos, Mangusto etc.;

Morcegos, Macacos, Coiote, Gato do mato, Jaritataca,

Transmisso inter-humana (atravs de transplante de crnea)

Manifestaes clnicas

1.

Encefalite aguda,Gleydson Fabricio de Freitas

fulminante e fatal;2.

Em geral, mais curto nas crianas do que nos adultos devido a sua fragilidade imunolgica. Paciente com raiva em agitao.

Manifestaes clnicasPRDROMOGleydson Fabricio de Freitas

Mal-estar; Cefalia; Anorexia; Fotofobia; Nuseas e vmitos; Febre; Dor de garganta; Sensao anormal ao redor da infeco.

Introduo detalhada

Menu inicial

Imunobiolgico utilizado no Brasil

Vacina:

Cultivo celular:Vrus inativado. Forma liofilizada. Dose: 0,5 e 1ml, a depender do fabricante. Via IM (nunca na regio gltea). No h contra-indicaes especficas. Eventos Adversos: o

Gleydson Fabricio de Freitas

Manifestaes locais; Manifestaes sistmicas; Manifestaes neurolgicas (1 em 500.000): Parestesia; dficit muscular.

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Conduta em caso de pacientes faltososResponsabilidades do servio de sade.Gleydson Fabricio de FreitasTratamento todos os dias, inclusive finais de semana e feriados. Busca ativa de faltosos.

Vacina de cultivo celular:1.

As cinco doses devem ser administradas no perodo de 28 dias a partir da 1 dose. Faltoso 2 dose: agendar 3 com intervalo mnimo de 2 dias. Faltoso 3 dose: agendar 4 com intervalo mnimo de 4 dias. Faltoso 4 dose: agendar 5 para o 28 dia aps 1 dose.

2. 3. 4.

Menu

S para exercitar!J.B., 35 anos, pedreiro, chega unidade de sade aps ser mordido na mo esquerda pelo cachorro domesticado aps insulto ao animal. Qual conduta dever ser seguida? Resposta: click com o mouse na tela.

Ferimento profundo Polpa da mo Animal domesticado Acidente grave

Gleydson Fabricio de Freitas

Conduta:

Lavar a ferida; Iniciar tratamento imediato com uma dose nos dias 0 e 3; Observar o animal durante dez dias; Se sadio: encerrar o caso; Se raivoso, morrer ou desaparecer: Continuidade ao tratamento; Administrar soro; Completar o esquema de cinco doses: nos dias 10, 14 e 28.

Menu

S para exercitar!L.F., 1 ano, sofreu uma arranhadura sem sangramento em face esquerda por gato desconhecido. Qual a conduta a ser seguida, se a unidade possuir apenas vacina de cultivo celular? Resposta: click com o mouse na tela.

Gleydson Fabricio de Freitas

Ferimento superficial Face Animal desconhecido Conduta:

Lavar a ferida; Acidente Iniciar tratamento imediatamente com soro + 5 grave doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28).

Menu inicial

Autor/ co-autores/ orientadores

Gleydson Fabricio de FreitasGleydson Fabricio de Freitas

Ruanna Lorna Vieira Fernandes Escolstica Rejane Ferreira Moura

Menu

AutorNome: Gleydson Fabricio de Freitas; Acadmico do 7 semestre do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Cear; Integrante do grupo de Extenso Comportamento Sexual Saudvel, Essa Onda Pega! Integrante do grupo de pesquisa Sade Sexual e Reprodutiva no contexto da ateno bsica do SUS-CE; Bolsista da Monitoria da disciplina Enfermagem no Processo de Cuidar do Adulto I; Email: [email protected] Mais informaes:Gleydson Fabricio de Freitas

Currculo lattes

Co-autoraNome: Ruanna Lorna Vieira Fernandes Acadmica do 7 semestre do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Cear; Bolsista do grupo de Extenso Comportamento Sexual Saudvel, Essa Onda Pega! Integrante do grupo de pesquisa Sade Sexual e Reprodutiva no contexto da ateno bsica do SUSCE. Email: [email protected] Mais informaes:Gleydson Fabricio de Freitas

Currculo lattes

Exercitando...7. A vacina contra a raiva para uso humano comumente usada no Brasil a FuenzalidaPalacios. Sobre essa vacina, correto afirmar, EXCETO: a) A vacina pode provocar reaes locais (eritema, edema e prurido). b) A vacina administrada via subcutnea. c) A vacina pode ser dada em qualquer idade. d) As reaes desmielinizantes como acidentes neuropticos so incomuns no Respost nosso meio. aGleydson Fabricio de Freitas

orientadoraNome: Escolstica Rejane Ferreira Moura Profa. Dra. do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Cear. Pesquisadora CNPq. Email: [email protected] Mais informaes:Gleydson Fabricio de Freitas

Currculo Lattes

Exercitando...8. A avaliao sorolgica para as pessoas submetidas ao tratamento profiltico da raiva humana pr-exposio deve ser realizada a partir de quantos dias aps a administrao da vacina ? A) 7 B) 10. C) 14. D) 15. E) 21.(Sorocaba, 2006 - VUNESP-Enfermeiro)

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Respost a

Soro Anti-rbico

Composio Apresentao Conservao Dose e volume Via de administrao Menu

Gleydson Fabricio de Freitas

Composio

O

soro a

anti-rbico e partir de

uma de de

soluoGleydson Fabricio de Freitas

concentrada obtidos

purificada

anticorpos eqinos

soros

imunizados com antgenos rbicos.

Apresentao

O soro anti-rbico apresentado, sob aGleydson Fabricio de Freitas

forma lquida, em frasco-ampola de 5,0 ml (1000UI).

Conservao

O soro anti-rbico conservado entre O soro anti-rbico no pode ser congelado,

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+2C e +8C

pois provoca a perda de sua potncia.

Dose e volume

A dose do soro anti-rbico de 40 UI para cada quilo de

peso. A dose mxima de 3000 UI. A dose pode ser dividida e aplicada em diferentes msculos simultaneamente.

OBSERVAES:

Gleydson Fabricio de Freitas

Administrar a dose total at sete dias do incio da vacinao; Quando a dose total do soro no estiver disponvel administrar, inicialmente, a parte existente e o restante da dose recomendada at sete dias do incio da vacinao; Quando o soro no estiver disponvel iniciar,

imediatamente, a administrao da vacina;

Na administrao do soro e da vacina utilizar

Via de administrao

O

soro

anti-rbico

administrado

por

via

intramuscular.

A injeo deve ser feita na:

Regio do deitide; Na face externa superior do brao; No vasto lateral da coxa (principalmente para crianas menores de dois anos) ou no glteo; No quadrante superior externo;

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A maior parte da dose do soro deve ser infiltrada localizado o ferimento permita tal

ao redor da leso, caso a regio anatmica onde est procedimento.

Como utilizar o guia eletrnico?Para utilizar corretamente o guia o usurio deve clicar somente nos botes criados para tal fim, caso contrrio, o guia eletrnico pode no atender adequadamente os interesses / objetivos traados pelo usurio.

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O K

Exercitando...1. Quanto raiva humana, considere as seguintes afirmativas: I. O perodo de incubao no homem varia de acordo com a localizao e gravidade da mordedura do animal infectado.Gleydson Fabricio de Freitas

II. Nos aspectos clnicos da raiva poder ser observado hiperestesia no trajeto de nervos perifricos prximos ao local da mordedura. III. Na vigilncia epidemiolgica, o caso suspeito deve ser compulsoriamente notificado em nvel regional. Resposta IV. Todo animal agressor suspeito deve ser

Exercitando...2. Os imunobiolgicos so conservados nos diversos nveis da rede de frio em temperaturas especficas que levam em conta os antgenos e os adjuvantes utilizados na sua preparao. Com base no enunciado acima, relacione a 2 coluna de acordo com a 1.

1 Coluna 1. Imunobiolgicos que podem ser congelados A 2. Imunobiolgicos que no podem seqncia correta a)ser congelados 1211 b) 1 2 2 1 c) 2 1 1 2 2 Coluna d) 1 1 1 2 ( ) Vacina Trplice (DPT) ( ) Vacina contra sarampo ( ) Vacina contra a febre amarela Respost ()a Vacina contra a raiva

(CENTRO DE INSTRUO E ADAPTAO DA AERONUTICA 2002)

Gleydson Fabricio de Freitas

Exercitando...3. Analise as seguintes afirmaes. 1. O mtodo de imunofluorescncia direta em impresso de crnea, raspado de mucosa lingual ou tecido bulbar de folculos Resposta pilosos para o diagnsticoGleydson Fabricio de Freitas

Exercitando...4. Analise as seguintes afirmaes. 1. A raiva uma encefalomielite aguda causada pelo vrus da Raiva cujas principais caractersticas so neuroinvasividade, neurotropismo e neurovirulencia. 2. O vrus da raiva pode infectar quase todos os mamferos, inclusive o homem. 3. Os ces, morcegos e carnvoros silvestres so os reservatrios naturais do vrus da Raiva. 4. O vrus da Raiva um vrus RNA de polaridade negativa que pertence famlia Respost Rhabdoviridae. aGleydson Fabricio de Freitas

Exercitando...5. No perodo de 1990 a 2001, foram registrados no Brasil 458 casos de raiva humana (MS/2002). Com relao ao tratamento profiltico anti-rbico humano com a vacina de cultivo celular (clulas vero), correto afirmar: a)Mordeduras de animais em mos e polpas digitais so consideradas acidentes leves. b)No indicado tratamento para ferimento causado por unha de gato. c)O esquema anti-rbico humano prRespost exposio compreende 5 doses, com os a seguintes dias de aplicao: 0, 3, 7, 14 e 28Gleydson Fabricio de Freitas

Exercitando...6. Nos casos de suspeita de Raiva Humana transmitida por morcegos hematfagos, recomenda-se observar: a) Antigos assentamentos urbanos e rurais. b) Aparecimento de casos humanos de encefalite. c) Presena de moradias com proteo adequada. d) Extenso da ao de bloqueio em um raio de at 12 Km em reas urbanas.(Belo Horizonte, 2006 - Fumarc-Bilogo)

Gleydson Fabricio de Freitas

Resposta

Exercitando...7. A vacina contra a raiva para uso humano comumente usada no Brasil a FuenzalidaPalacios. Sobre essa vacina, correto afirmar, EXCETO: a) A vacina pode provocar reaes locais (eritema, edema e prurido). b) A vacina administrada via subcutnea. c) A vacina pode ser dada em qualquer idade. d) As reaes desmielinizantes como acidentes neuropticos so incomuns no nosso meio.Menu Resposta InicialGleydson Fabricio de Freitas

Introduo mais detalhadaA raiva acomete mamferos, em geral, e causada por um vrus RNA da ordem Mononegavirales, famlia Rhabdoviridae, gnero Lyssavirus e espcie Rabies virus (RABV).

O envelope constitudo de duas protenas: a glicoprotena (G) e a protena matrix (M ou M2). A protena mais importante e mais conhecida a glicoprotena (G), responsvel pela induo de anticorpos neutralizantes, pela estimulao das clulas T e pela adsoro entre vrus e clula. A resposta imune especfica ao vrus da raiva possui dois componentes: a mediada por anticorpos e a mediada por clulas. Alm da glicoprotena (G), a nucleoprotena (N) tem importante papel na resposta imune, visto que, mediante uma interao, age na resposta imune celular.

MorfologiaNo que diz respeito morfologia, o vrus da raiva apresenta a forma de um projtil, com uma das extremidades plana e a outra arredondada. Seu comprimento mdio de 180nm e o dimetro mdio de 75nm. As espculas do envelope, de glicoprotena, possuem 9nm.

Propriedades do vrusO vrus da raiva sensvel aos solventes de lipdeos (sabo, ter, clorofrmio e acetona), ao etanol a 45-70%, aos preparados iodados e aos compostos de amnio quaternrio. Outras relevantes propriedades so a resistncia dessecao, assim como aos congelamentos e descongelamentos sucessivos, a relativa estabilidade a um pH entre 5-10 e a sensibilidade s temperaturas de pasteurizao e luz ultravioleta. inativado a 60C, em 35 segundos; a 4C, se mantm infectivo por dias; a -70C ou liofilizado (4C), se mantm durante anos.

PatogeniaA patogenia da raiva semelhante em todas as espcies de mamferos: Ocorre replicao viral no local da inoculao, inicialmente nas clulas musculares ou nas clulas do tecido subepitelial, at que atinja concentrao suficiente para alcanar as terminaes nervosas, sendo este perodo de replicao extraneural responsvel pelo perodo de incubao relativamente longo da raiva. Nas junes neuromusculares, o vrus rbico, por meio da glicoprotena, se liga especificamente ao receptor nicotnico da acetilcolina. Aps essa fase, os vrus atingem os nervos perifricos, seguindo um trajeto

O vrus rbico pode localizar-se tambm na retina e no epitlio da crnea. Em ces e gatos, a saliva pode ter maior concentrao de vrus do que o prprio SNC. Devido ao seu extremo neurotropismo, a produo de anticorpos anti-rbicos em indivduos infectados s ocorre tardiamente, com freqncia apenas quando surgem os primeiros sintomas. Ao penetrar nos neurnios, o vrus da raiva torna-se protegido da ao dos anticorpos, das clulas do sistema imune e da ao dos interferons, responsveis pela resposta imune inespecfica.

Ciclos de transmisso da raivaClique para editar os estilos do texto mestre Segundo nvel Terceiro nvel Quarto nvel Quinto nvel

Perodo de incubaoHumanos O perodo de incubao, na maioria dos casos, de 2 a 12 semanas, podendo variar de 10 dias at 4 a 6 anos. Durante o perodo de incubao, o paciente apresenta-se absolutamente assintomtico. A maior ou menor durao do perodo pode depender da dose de vrus injetada pela mordedura, do lugar desta e da gravidade da leso, sendo mais longo o perodo quanto mais distante do sistema nervoso central localizar-se a leso.

A doena inicia-se com alteraes de comportamento, sensao de angstia, cefalia, pequena elevao de temperatura, mal-estar e alteraes sensoriais imprevistas, com freqncia relacionadas ao local da mordedura. O paciente costuma sentir dor e irritao na regio lesionada. Na fase seguinte, de excitao, surge hiperestesia de uma extrema sensibilidade luz e ao som, dilatao das pupilas e aumento da salivao. Conforme a doena progride, surgem espasmos nos msculos da deglutio e a bebida recusada por contraes musculares. A disfuno de deglutio observa-se na maioria dos doentes, muitos dos quais apresentam contraes espasmdicas laringofarngeas simples viso de um lquido e se abstm de deglutir a sua prpria saliva (hidrofobia). Tambm podem ser observados espasmos dos msculos respiratrios e convulses

Referencial utilizadoBrasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Departamento de Vigilncia Epidemiolgica. Manual de diagnstico laboratorial da raiva Braslia: Editora do Ministrio da Sade, 2008. 108 p. : Il. (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos).\

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Obrigado!!!