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1 Guia de referência para arqueiros de arco recurvo

Guia de Reguia de arco composto

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Guia de referência para arqueiros

de arco recurvo

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Título original: Reference Guide for Recurve Archers Originalmente produzido para os clubes de tiro com arco Grange e Balbardie.

Editor: Murray Elliot [email protected]

A edição mais recente deste documento pode ser baixada a partir de: http://www.archersreference.pwp.blueyonder.co.uk

Edição: 5

Data da publicação: 16 de novembro de 2002 Copyright © 1999-2002

Toda informação contida neste documento e direitos autorais permanecem com os autores originais. Devido ao fato de que os colaboradores dedicaram livremente seu tempo e seu conhecimento, nenhuma parte deste documento pode ser reproduzida parcial ou integralmente por qualquer forma de lucro ou renda sem o consentimento prévio dos autores.

Toda e qualquer modificação deve ser aprovada pelos autores e todos os reconhecimentos e agradecimentos devem permanecer.

Tradução: Alfred Rosenitsch [email protected]

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1. PREFÁCIO .................................................................................................................................................. 5

2. EQUIPAMENTO .......................................................................................................................................... 5

2.1. ARCOS ........................................................................................................................................................ 5

2.1.1. Termos técnicos para iniciantes .................................................................................................................. 6

2.1.2. Escolha do tamanho correto do arco ........................................................................................................... 7

2.1.3. Empunhaduras ............................................................................................................................................ 7

2.1.4. Lâminas ....................................................................................................................................................... 9

2.1.5. Cordas ......................................................................................................................................................... 10

2.1.6. Compra de um arco ..................................................................................................................................... 18

2.2. FLECHAS .................................................................................................................................................... 19

2.2.1. Termos técnicos para iniciantes .................................................................................................................. 19

2.2.2. Material ........................................................................................................................................................ 19

2.2.3. Escolha do comprimento correto ................................................................................................................. 20

2.2.4. Escolha da flecha certa ............................................................................................................................... 21

2.2.5. Pontas .......................................................................................................................................................... 21

2.2.6. Penas ........................................................................................................................................................... 22

2.2.7. Nocks (rabeiras) .......................................................................................................................................... 23

2.2.8. Manutenção ................................................................................................................................................. 24

2.2.9. Jargão .......................................................................................................................................................... 24

2.3. MIRA ............................................................................................................................................................ 24

2.3.1. Construção / materiais ................................................................................................................................. 24

2.3.2. Custo ........................................................................................................................................................... 24

2.3.3. Pin de mira / fio cruzado / anel de mira ? .................................................................................................... 24

2.3.4. Marcações de mira ...................................................................................................................................... 25

2.4. REST (DESCANSO DE FLECHA) .............................................................................................................. 25

2.5. BUTTON ...................................................................................................................................................... 25

2.5.1. Configuração de um segundo button ........................................................................................................... 26

2.5.2. Manutenção ................................................................................................................................................. 26

2.6. ESTABILIZADORES .................................................................................................................................... 26

2.7. OUTROS ACESSÓRIOS ............................................................................................................................. 27

2.7.1. Protetor de braço ......................................................................................................................................... 27

2.7.2. Dedeira (tab) ................................................................................................................................................ 27

2.7.3. Aljava (quiver) .............................................................................................................................................. 27

2.7.4. Protetor de peito .......................................................................................................................................... 28

2.7.5. Pulseira (sling) ............................................................................................................................................. 28

2.7.6. Clicker .......................................................................................................................................................... 28

3. AJUSTE ....................................................................................................................................................... 29

3.1. O QUE? ....................................................................................................................................................... 29

3.2. POR QUE? .................................................................................................................................................. 29

3.3. COMO? ........................................................................................................................................................ 29

3.3.1. Passo 1 – Configuração preliminar .............................................................................................................. 29

3.3.2. Passo 2 – Altura de corda ........................................................................................................................... 30

3.3.3. Passo 3 – Nocking point .............................................................................................................................. 30

3.3.4. Passo 4 – Centro de tiro .............................................................................................................................. 31

3.3.5. Passo 5 – Spine da flecha ........................................................................................................................... 31

3.3.6. Passo 6 – Passagem sem obstrução .......................................................................................................... 32

3.3.7. Passo 7 – Compensação pelo spine incorreto ............................................................................................ 32

3.4. AJUSTE DO TILLER ................................................................................................................................... 32

3.5. OUTROS MÉTODOS DE AJUSTE ............................................................................................................. 33

3.5.1. Ajuste do button (método Vic Berger) .......................................................................................................... 33

3.5.2. Ajuste em Distância Curta, Ajuste Fino e Microajuste ................................................................................. 33

3.5.3. Ajuste para tiros no dez (um guia de ajuste completo de Rick Stonebraker) .............................................. 33

4. TÉCNICA DE TIRO ..................................................................................................................................... 41

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4.1. FUNDAMENTOS ......................................................................................................................................... 41

4.1.1. Aquecimento! ............................................................................................................................................... 41

4.1.2. Mão direita ou esquerda? ............................................................................................................................ 41

4.1.3. Mirar – Com um olho ou com ambos os olhos ............................................................................................ 41

4.2. POSTURA ................................................................................................................................................... 41

4.3. A PRÉ-PUXADA .......................................................................................................................................... 42

4.3.1. Encaixe da flecha, posicionamento da mão da puxada e da mão do arco ................................................. 42

4.3.2. Braço do arco & braço da puxada ............................................................................................................... 43

4.4. A PUXADA E A “ANCORAGEM” ................................................................................................................. 44

4.5. A LARGADA E O FOLLOW-THROUGH ..................................................................................................... 45

4.6. O MELHOR ESTILO .................................................................................................................................... 46

4.7. CONCENTRAÇÃO (FOCO) ........................................................................................................................ 46

4.8. RITMO E GESTO ........................................................................................................................................ 46

5. SOLUÇÃO DE PROBLEMAS ...................................................................................................................... 47

5.1. PERDA DA SENSAÇÃO ............................................................................................................................. 47

5.2. PÂNICO DO ALVO ...................................................................................................................................... 47

6. TREINAMENTO ........................................................................................................................................... 47

6.1. TREINAMENTO FÍSICO .............................................................................................................................. 47

6.1.1. Usando o Formaster ® ................................................................................................................................ 47

6.1.2. Usando o arco sem atirar ............................................................................................................................ 49

6.1.3. Usando o arco ............................................................................................................................................. 49

6.1.4. Outros exercícios para arqueiros ................................................................................................................. 50

6.2. TREINAMENTO MENTAL ........................................................................................................................... 51

6.2.1. Visualização ................................................................................................................................................. 51

6.2.2. Automotivação positiva ................................................................................................................................ 51

7. COMPETIÇÕES DE TIRO COM ARCO ...................................................................................................... 52

7.1. TIRO AO ALVO (TARGET, DE PRECISÃO) ............................................................................................... 52

7.1.1. Regras básicas de competição .................................................................................................................... 52

7.1.2. Preparação para a competição .................................................................................................................... 55

7.2. CLOUT ......................................................................................................................................................... 55

7.3. FIELD ........................................................................................................................................................... 55

7.4. POPINJAY (PAPINGO) ............................................................................................................................... 57

7.5. FLIGHT ........................................................................................................................................................ 57

7.6. OUTROS TORNEIOS .................................................................................................................................. 57

8. HISTÓRIA MODERNA (OS ÚLTIMOS 30 ANOS) ....................................................................................... 57

8.1. AS OLIMPÍADAS ......................................................................................................................................... 57

8.2. HISTÓRICO DO EQUIPAMENTO ............................................................................................................... 59

8.3. EQUIPAMENTO MODERNO ATINGE A MAIORIDADE ............................................................................. 59

8.3.1. Hoyt ............................................................................................................................................................. 60

9. MATERIAL DE CONSULTA ........................................................................................................................ 60

9.1. LIVROS ........................................................................................................................................................ 60

9.2. VÍDEOS ....................................................................................................................................................... 60

9.3. INTERNET ................................................................................................................................................... 61

10. GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS NO TIRO COM ARCO ................................................................. 62

11. AGRADECIMENTOS ................................................................................................................................... 64

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1. Prefácio O tiro com arco é uma ciência e uma arte. Muito se escreveu sobre o tiro com arco durante anos e há muitas escolas de pensamento com relação à técnica “certa”, mas não há técnica certa. Existem sugestões e dicas, que muitos milhares de arqueiros têm usado com sucesso durante anos para ajudá-los a encontrar uma maneira de repetir a mesma coisa toda vez e toda vez e toda vez e toda vez ..... de novo! A finalidade deste documento é desmistificar a arte, explicar a ciência e esperançosamente fornecer algumas daquelas sugestões e dicas úteis. Todas as informações neste documento têm sido reunidas de uma variedade de fontes, que incluem: outros arqueiros, livros e (provavelmente em sua maioria) a internet. Eu não levo crédito por qualquer que seja o conteúdo e o conhecimento aqui contidos. A informação aqui contida está orientada principalmente para o tiro com arco olímpico (recurvo) uma vez que isto é minha disciplina primária, mas tenho a intenção de expandir isto, à medida e quando as informações ficarem disponíveis.

2. Equipamento Esta seção pretende fornecer para o iniciante e também para o arqueiro experiente algum discernimento sobre os vários tipos de equipamento disponíveis para nós. Tal como em todos os outros esportes esta informação ficará desatualizada rapidamente, quando há progresso no design de materiais melhores, mais leves, mais resistentes, mais relevantes e de seus usos. A atração máxima para alguns arqueiros não é fazer as melhores pontuações, mas é ter o melhor equipamento – a empunhadura mais brilhante, as lâminas mais caras, a mira mais recente de aparência mais complicada. O "tecno-arqueiro" prolifera nas linhas de tiro, mas todos os arqueiros deveriam lembrar que não importa com o que estamos atirando, a flecha irá apenas para onde a apontamos e a maioria das configurações de equipamento hoje ficam longe e além da capacidade de seus proprietários em termos de precisão e consistência. Vamos atirar melhor com um estabilizador de hastes múltiplas, uma empunhadura de carbono e lâminas de carbono/espuma? Pode melhorar um pouco, mas no fim das contas essas coisas só fazem uma diferença para um bom arqueiro. A melhora da forma e técnica vai produzir um resultado muito mais dramático do que brincar com novos “brinquedos”. Dito isto, o tiro com arco é quase um jogo mental tanto quanto é físico e por isso qualquer coisa que pode aumentar a auto-confiança do arqueiro é válido. Se a posse daquele novo arco bonito e brilhante te faz sentir-se bem, invista nisso, mas lembre-se que não há nada pior do que comprar um novo arco bonito e brilhante e compreender que você não pode atirar com ele do modo que deveria!

2.1. Arcos O arco recurvo moderno é uma peça admirável de façanha tecnológica. A leveza e resistência da empunhadura, a precisão das lâminas, os materiais de alta tecnologia usados para fazer as cordas, tudo isso contribui para produzir uma verdadeira máquina de atirar. Este capítulo serve para dar alguma visão do que estes materiais são e o que eles significam para o arqueiro médio.

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2.1.1. Termos técnicos para iniciantes Para o arqueiro iniciante talvez seja útil um sumário dos termos técnicos usados aqui:

Muitos arcos recurvos básicos são feitos de madeira laminada, geral-mente com acabamento trans-parente na empunhadura. As lâminas têm uma camada de fiber-glass aplicada em cada lado visando resistência. Os tipos de madeira usada na empunhadura podem variar, dando uma aparência multi-colorida. O arco mostrado na figura à esquerda é um arco de peça única. Existe outro tipo (mais comum) chamado de "Take-Down Recurve", que tem uma bolsa no topo e na parte inferior para o encaixe das lâminas com parafusos. Este tipo de arco pode ser desmontado para facilitar o transporte. As lâminas sendo separadas podem ser substi-tuídas por lâminas que podem ser mais fortes ou mais fracas.

A força de puxada ou potência do arco geralmente está marcada na face da lâmina inferior. A força é marcada em libras (lbs) num comprimento de puxada de 710mm (28 polegadas), p.ex. #20 @ 28 o que significa que numa puxada plena de 28 polegadas a força necessária para segurar a corda neste comprimento será de 20 libras (aprox. 9 quilo-gramas). Estas 28 polegadas (conforme definido pela norma A.M.O.) são medidas como 26.25 polegadas do entalhe da rabeira até o ponto pivô do grip (o que geralmente corresponde à posição do rest da flecha) + 1.75 polegadas. Uma maneira MUITO simples para determinar uma força de puxada é acrescentar ou subtrair 2 lbs por cada pole-gada a mais ou a menos respectivamente (para mais de 40 lbs acrescente ou subtraia 3 lbs). Uma potência recomendada para iniciantes fica entre 15-20 lbs para crianças e entre 20-25 lbs para adultos. Em nível competitivo típico mulheres podem puxar em média potências de 28 lbs a 38 lbs, homens podem puxar em média potências de 35 lbs e 45 lbs. As potências diminuíram ao longo dos anos, quando o desempenho dos materiais usados na fabricação de arcos, flechas e cordas melhorou.

Ponta da lâmina

Entalhe para corda

Lâmina superior

Lâmina inferior

Empunha-dura

corda mira

extensor Estabilizador /

Haste comprida Grip/punho

Altura de corda

Pesos terminais

Janela de visada

costas

Hastes laterais / par

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2.1.2. Escolha do tamanho correto do arco

Arcos recurvos abrangem comprimentos de 48 polegadas a 72 polegadas. A maioria dos arcos para tiro ao alvo tem em média 66 ou 68 polegadas de comprimento. Como orientação grosseira para escolher o tamanho de um arco adequado para você vale o seguinte: Comprimento de puxada Até 27” comprimento de puxada 24-29” 27-31” 29” ou mais

Tamanho do arco 64” 66” 68” 70”

Complicações adicionais surgem pelo fato de que estes tamanhos de arco podem ser compostos com várias combinações de empunhadura e comprimentos de lâmina, por exemplo: Hoyt e outros fabricantes: Lâminas (comprimento) Empunhadura curta (23”) Empunhadura longa (25”)

Curtas 64” 66”

Médias 66” 68”

Longas 68” 70”

E só para confundir, importa ainda o fato de que Yamaha, Sky, Martin e outros fabricantes produzem também empunhaduras de 24” e 26”. Assim – qual é a diferença? Se eu tenho a opção, eu deveria optar por uma empunhadura longa com lâminas curtas ou uma empunhadura curta com lâminas longas? As opiniões variam e como sempre o conselho aqui é experimentar tantas combinações quantas puder, mas para lhe dar uma orientação grosseira vale o seguinte: Empunhadura longa, lâminas curtas = maior velocidade, menor estabilidade, maior tendência a stacking *). Empunhadura curta, lâminas longas = menor velocidade, maior estabilidade, menor tendência a stacking *). *) Stacking é o aumento rápido da força de puxada não diretamente relacionado com o comprimento de puxada. Todavia fica o aviso de que o tiro com algumas empunhaduras curtas pode ser difícil para pessoas com rostos compridos, simplesmente porque o pin da mira pode desaparecer atrás da empunhadura ao atirar em distâncias curtas ... tenha cuidado na compra! Como sempre, experimente antes de comprar.

2.1.3 Empunhaduras A empunhadura é o “coração” do arco. Até aproximadamente 30 anos atrás a maioria das empunhaduras era feita de madeira, muitas vezes combinações de diversos tipos de madeira, mas o advento de materiais modernos (flechas de carbono, cordas de Fast Flight) indicou que as empunhaduras de madeira não conseguiram mais suportar os esforços que lhes eram impostos e desde então aconteceu o desenvolvimento progressivo da empunhadura de metal. As empunhaduras de madeira ainda são excelentes para o iniciante ou arqueiro de “lazer” e com seu uso foram obtidas muitas pontuações boas em torneios indoor e outdoor, mas o arqueiro competitivo deve procurar alternativas de metal para permanecer competitivo. Para o tiro ao alvo em níveis elevados você precisa de velocidade suficiente das flechas para obter boas marcações de mira e pouco ou nenhum alongamento não recuperável (creep) da corda uma vez que muitas flechas são atiradas todo dia. Isto geralmente significa usar flechas de carbono de baixo peso e cordas feitas de Fast Flight ou outros materiais modernos, que impõem cargas elevadas sobre as lâminas e a empunhadura. A maioria dos arcos com empunhadura de madeira e a maioria dos arcos de peça única não suportam as cargas deste equipamento e vão quase com certeza sofrer uma eventual ruptura. Há também as consequências de variação climática, por exemplo, arcos com empunhadura de madeira podem ter problemas com variações na umidade, que podem afetar as colas usadas em sua laminação. A maioria dos arcos recurvos (olímpicos) modernos são feitos com usinagem CNC. Anteriormente outros métodos foram usados para produzir a empunhadura:

2.1.3.1 Fundição As empunhaduras típicas são fundidas, usando um de dois métodos: fundição em molde de metal ou fundição em molde de areia. A liga fundida típica para ambos os métodos usa uma mistura de alumínio e magnésio. Empunhaduras fundidas em molde de metal eram uma vez as empunhaduras principais no mercado e são importantes ainda hoje, especialmente em arcos de baixa a média faixa de preço. O custo de produção de empunhaduras fundidas em molde de metal é relativamente barato, mas o molde de metal propriamente dito pode custar algumas centenas de milhares de libras.

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É sabido que empunhaduras fundidas estão sujeitas à quebra devido a defeitos escondidos tais como bolhas de ar ou dispersão não homogênea dos materiais que compõem a liga. Por isso muitas vezes são projetadas para resistir a uns mil tiros secos (largada sem flecha). NÃO tente isto em casa! Arcos com empunhaduras fundidas disponíveis hoje incluem: Hoyt Gold Medallist, Yamaha Eolla e o Samick Agulla (um arco coreano relativamente recente parecido com o Eolla).

2.1.3.2 Forjamento

Empunhaduras forjadas eram disponíveis por muitos anos. Este tipo de empunhadura tem origem numa barra de metal, que é colocada num molde e depois é martelada sob alta temperatura e pressão para dentro do molde. Este processo resulta numa empunhadura muito resistente, mas que requer muita usinagem e desempenamento antes que possa ser vendida. Arcos com empunhadura forjada incluem o excelente Yamaha "Superfeel Forged". A maioria das peças forjadas são pintadas em vez de anodizadas visto que isto produz um acabamento melhor. O forjamento é um processo caro e por isso muitas vezes há menor variedade de empunhaduras forjadas.

2.1.3.3 Usinagem CNC

Empunhaduras manualmente usinadas foram fabricadas em pequenas quantidades na década de 1960, mas atual-mente o processo é extremamente caro. Máquinas modernas de usinagem CNC, que ficaram disponíveis em fins da década de 1980 possibilitaram a capacidade de produção em massa de empunhaduras usinadas a um custo muito mais reduzido e com uma qualidade mais elevada. As primeiras novas empunhaduras de usinagem CNC foram colocadas no mercado no início da década de 1990 por empresas tais como Stylist e Spigarelli, mas foram os grandes fabricantes americanos de arcos compostos, que asseguraram o sucesso desta tecnologia. Os preços eram até o dobro do preço de uma empunhadura fundida devido ao investimento necessário em maquinário e os custos mais elevados de material. (Por exemplo, um Hoyt Avalon Plus ou Elan, um PSE Zone ou um Stylist são usinados a partir de um lingote sólido de alumínio grau de aviação de alta qualidade, livre de tensões internas, que pesa mais de 20 libras e acaba transformado numa empunhadura, que pesa menos de 3 libras. O resultado é uma grande quantidade de desperdício caro.) Para reduzir os custos as empunhaduras podem ser extrudadas (empurrando o metal com o uso de forças extremas) através de um molde, a fim de minimizar a quantidade de usinagem necessária, mas tal como no processo de forja-mento isto resulta numa peça de metal, que requer muito desempenamento devido às pressões envolvidas. (O PSE Universal é feito usando este processo.) Uma empunhadura usinada bem projetada num arco recurvo pode geralmente resistir a milhares de tiros secos, devido à alta qualidade do material. Novamente, NÃO tente isto em casa! Os relatos sobre a quebra dos arcos Avalon estão bem fundamentados, mas são devidos simplesmente à tentativa minimalista usada para reduzir o peso da empunhadura. As quebras estão relacionadas com os furos usinados e não estão de modo algum relacionadas com uma debilidade no processo usado. Empunhaduras usinadas CNC podem ser anodizadas – isto proporciona um acabamento duro e durável.

2.1.3.4. O mundo de amanhã

Originalmente as empunhaduras de arco eram feitas de materiais compostos tais como madeira, chifre, tendão, cola de peixe, etc. O futuro está nos "materiais compostos avançados". O princípio é o mesmo, mas os materiais são os equivalentes modernos, p.ex. fibra de carbono, Spectra, Kevlar e assim por diante. Várias empunhaduras de materiais compostos foram produzidas em pequena escala por vários fabricantes e existem dois métodos principais envolvidos: aplicação manual de “Prepreg” de carbono e Resin Transfer Moulding. Prepreg é carbono, Kevlar e/ou outros materiais misturados com epóxi parcialmente curado. A aplicação manual é um processo de fabricação caro, que proporciona uma quantidade quase infinita de possibilidades em termos de resistência e flexibilidade, dependendo dos materiais usados, mas os arcos produzidos desta maneira são caros para projetar e testar. RTM ou Resin Transfer Moulding compreendem, em um método, um núcleo de espuma densa sobre o qual é estendida uma “meia soquete” de fibra. Toda a estrutura é então colocada num molde para dentro do qual é despejada uma resina termoplástica sob pressão. Procede-se então à cura para produzir a peça acabada. Empunhaduras fabricadas por este método são seriamente caras (Centennial da Yamaha (~1989), custa mais de £1.500, mas incluiu realmente um clicker dourado!). Outros modelos sofrem com problemas resultantes de problemas

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de vibração ou punhos precários. O mundo do tiro com arco aguarda o futuro com o fôlego suspenso (e sem dúvida com os talões de cheque prontos!).

2.1.4. Lâminas

As lâminas são indiscutivelmente AS partes mais críticas do arco. Em última análise é o movimento das lâminas, que dá movimento à flecha. Se houver qualquer torção ou variação entre as lâminas durante este processo, será muito difícil colocar as flechas no anel do 10. Lâminas de boa qualidade perdoam bastante uma largada precária e dão uma sensação de puxada macia. Lâminas de qualidade inferior vão punir uma largada medíocre.

A potência impressa nas lâminas é geralmente a potência num comprimento de puxada de 26,25" até o ponto pivô (isto é, até o ponto mais fundo no grip) ou a força de puxada num comprimento de 28" até as costas da empunha-dura. Infelizmente em alguns arcos isto é 28” até o button... tenha cuidado na compra de um arco para que você saiba como isto é medido.

Para calcular aproximadamente sua força de puxada a partir da potência marcada nas lâminas, pegue seu compri-mento de puxada medido desde o nock (rabeira) até o ponto pivô em polegadas e então aplique o seguinte cálculo:

Força_real = força_marcada – ( (28 – comprimento_de_puxada) x ( (força_marcada / 20) x 1.5) )

p.ex. Se seu comprimento de puxada fosse 27 polegadas e a potência marcada na lâmina fosse 38lbs, a força real seria:

38 – ( (28-27) x ( (38 / 20) x 1.5) ) = 35.15

Observe que isto não leva em conta o fato de que lâminas mal feitas vão apresentar “stacking”, ou seja, que o aumento na força torna-se não linear, isto é, um pequeno aumento no comprimento de puxada produz um aumento proporcionalmente maior na força de puxada.

2.1.4.1. Materiais

No momento existem três tipos principais de lâmina no mercado:

Madeira laminada e fiberglass (todos os fabricantes)

Madeira laminada e fiberglass e algumas camadas de fibra de carbono (muitos fabricantes)

Fibras de carbono e um núcleo feito de alguma espuma rígida (p.ex. "espuma sintática" nas lâminas "Carbon Plus" da Hoyt) ou cerâmica (p.ex. nas lâminas "Ceramics Carbon" da Yamaha)

Lâminas de madeira/fibra de vidro têm bom desempenho em regiões, onde temperatura e umidade permanecem constantes, mas madeira é propensa a alongamento e empenamento, quando calor e umidade variam de forma significativa. As camadas de fibra de carbono ajudam a reforçar a lâmina e reduzem a tendência à torção. Lâminas modernas de carbono/espuma são altamente impermeáveis a mudanças climáticas e são por isso as mais consistentes. São relatadas técnicas mais recentes para formar o núcleo de carbono (p.ex. conforme usadas nas lâminas Border XP10 Evolution e Hoyt FX) para obter lâminas ainda mais consistentes com alto grau de resistência à torção, especialmente nas pontas das lâminas, onde elas são mais fracas – os fabricantes reivindicam que isto proporciona uma lâmina de maior perdão.

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2.1.4.2. Alinhamento das lâminas

O alinhamento das lâminas é um mecanismo usado para compensar ligeiras torções na em-punhadura (veja o capítulo sobre empunhaduras quanto às razões pelas quais as mesmas podem estar torcidas). Tradicionalmente as lâminas de um arco recurvo take-down ficam encaixadas numa bolsa dentro da qual são travadas. O ajuste do alinhamento das lâminas proporciona a facilidade de ajustar a relação bolsa/lâmina. Isto pode causar problemas, se (digamos) o ajuste das lâminas é mal projetado, resultando num arco não confiável. Se possível, evite bolsas para alinhamento das lâminas e simplesmente insista numa em-punhadura, que seja perfeitamente reta. Para determinar se suas lâminas estão corretamente alinhadas, monte um estabilizador de haste comprida no arco, apoie o arco sobre as costas de uma cadeira ou algo similar, asse-gurando-se que não haja peso ou pressão sobre as lâminas, afaste-se para trás e olhe através de um olho. A corda deveria ficar alinhada conforme mostrado na figura. Se você tiver dificuldade para achar o centro da empunhadura, fixe um pedaço de fita crepe em ambas as lâminas e meça e marque o centro da fita com uma ampla linha escura.

2.1.4.3. Ajuste da força das lâminas

A fim de proporcionar alguma flexibilidade, a maioria das empunhaduras modernas fornece a facilidade de ajustar a força de puxada através da inclinação do ponto no qual as lâminas estão encaixadas nas bolsas. Em alguns arcos isto significa acrescentar feixes no fundo das bolsas de encaixe das lâminas para reduzir a força, em outros as lâminas são ajustadas por meio de um parafuso de ajuste nas costas da bolsa de encaixe. Na maioria dos casos isto vai propor-cionar apenas um ajuste de até 4lbs (até 10%).

2.1.5. Cordas

Uma corda é simplesmente e tão somente uma corda, não é?

Bem, não. Exatamente como há uma miríade de materiais para flechas, lâminas, empunhaduras, etc... os materiais modernos para cordas fornecem um quadro similarmente confuso!

2.1.5.1. Termos técnicos para iniciantes

A corda tem quatro componentes principais:

A corda propriamente dita – geralmente feita de um cordão único (isto muitas vezes é chamado de uma volta sem fim).

Os laços (loops) – estes encaixam-se sobre as pontas das lâminas do arco. O laço do topo geralmente é maior que o laço inferior para permitir que ele deslise pela lâmina abaixo antes de armar a corda.

O serving central – o fio adicional enrolado em torno do centro da corda, onde seus dedos são posicionados antes de puxar o arco.

O nocking point – a posição na qual a flecha é encaixada na corda. Para parar a flecha de mover-se para cima e para baixo do serving central, vários laços de material (comumente usa-se fio dental) são amarrados em torno do serving acima e abaixo (alguns arqueiros usam apenas um) da posição de encaixe da flecha. Estes nós são impregnados então com cola à base de ciano-acrilato (Superbonder) para maior durablidade e para evitar que se soltem. Os nocking points podem ser feitos também com fita protetora para pintura similarmente embebida em Superbonder, com nocks metálicos ou com nocks plásticos, que devem ser inseridos no serving central (a Beiter usa este método).

2.1.5.2. Materiais

Dacron

Este poliéster foi desenvolvido em fins da década de 50/início da década de 60 pela Dupont e ainda é usado hoje. Dacron é de longa durabilidade e é lento. A velocidade lenta é devido ao alongamento recuperável (stretch) excessivo em cada tiro. O processo de alongamento remove energia, que seria usada do contrário para propulsionar a flecha. O alongamento tem a vantagem de ser mais gentil com as lâminas e a empunhadura do arco e por isso é ideal para arcos com empunhaduras ou lâminas de madeira ou até para algumas das empunhaduras fundidas mais antigas.

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Este material não gosta de atrito, requerendo assim uma baixa quantidade de torções. Versões mais novas tais como Dacron B75 e PENN 66 estão disponíveis, mas estes têm poucos benefícios.

Fibras de aramida (Kevlar)

Estes “polímeros cristalinos líquidos” (PCL) são muito fortes e foram usados inicialmente em meados da década de 70. No início da década de 80 a maioria dos arqueiros de topo estavam usando Kevlar (ou Technora). Estas fibras são fortes devido à natureza unidirecional das moléculas, mas tinham uma tendência de cisalhar facilmente, resultando em cordas frequentemente rompidas (geralmente justo abaixo do nocking point). Algumas destas cordas duravam tão pouco quanto 1000 tiros. Kevlar também é sensível à umidade e por isso deve ser encerado com cuidado. Os PCL estão presentes ainda hoje na forma de Vectran. Vectran não tem creep (com potências de arco normais), mas é mais lento que Dyneema ou Spectra e tem uma tendência a romper-se de repente como Kevlar e assim não deveria ser usado por sua própria conta.

Fibras de polietileno de alto módulo (Spectra/Dyneema)

As cordas atualmente populares de fibras de polietileno de cadeia ultralonga foram originalmente desenvolvidas em meados da década de 80 e o material rapidamente comprovou ser muito superior ao Kevlar. Brownell & Company fizeram história nos dias modernos pela introdução do material Fast Flight, feito a partir de fibras de Spectra. As fibras de Spectra são de durabilidade MUITO longa. Soube-se que durou mais de 100.000 tiros e não é sensível à umidade e pode ser torcido tanto quanto for necessário. Estes materiais representam também os mais leves e mais velozes disponíveis.

"Dyneema" e "Spectra" são materiais similares pelo fato de que são feitos por um processo "gel-spin", no qual o material constituinte (polietileno) é dissolvido em solvente e fiado através de um pequeno orifício.

Há muitos nomes de novas marcas no mercado:

Angel Dyneema

Angel ASB (Angel Special Bowstring) Dyneema é feito no Japão. É material Dyneema que essencialmente não tem cera. Angel Dyneema é a escolha de muitos arqueiros de topo por causa de suas características de qualidade, consistência e sensação de tiro suave. É também um pouco mais leve do que uma corda equivalente feita de outros materiais porque não tem cera (mesmo assim o rótulo diz que é encerado).

Dynaflight

O BCY Dynaflight original era feito de Dyneema e era comparável com o material Brownell Fast Flight Spectra. O atual BCY "Dynaflight 97" de Dyneema foi originalmente desenvolvido para aplicações de cordas marinhas.

Uma corda de Dynaflight 97 de 14 fios é apenas ligeiramente menor em diâmetro do que uma corda de Angel Dyneema de 20 fios, mas ela é 33% mais forte e tem módulo 20% mais elevado. O material é muito estável e vem com um leve teor de cera.

BCY 450 Plus. Este material é 66% SK75 (o material usado no Dynaflight 97) e o restante é Vectran. Este tipo de material tem a melhor adequação para o arco composto, onde o creep é um problema para cabos de interligação de polias. 12 fios deste material são equivalentes em diâmetro a 20 fios de Angel Dyneema ou 18 fios de Fast Flight. O último produto desta mistura Dyneema/Vectran é BCY 452 que é metade do diâmetro do 450+.

8125 é um dos produtos mais recentes de Dyneema no mercado e é mais veloz do que Dynaflight 97 (devido ao diâmetro menor). Cordas típicas têm 18-20 fios.

Fast Flight

Feito de Spectra, esta é a corda de arco escolhida por uma grande porcentagem da população de arqueiros. Fácil de usar, dura quase indefinidamente, tem um pequeno alongamento recuperável (mas é por isso mais gentil com o equipamento). Muitas vezes este material vem com cera abundante e a primeira tarefa muitas vezes é remover um pouco da cera para prevenir que a perda de cera durante os tiros afete demais o ajuste.

Fast Flight 2000

Introduzido em 1998, o Fast Flight 2000 é a resposta da Brownell para o Angel Dyneema e BCY Dynaflight 97. É 30% mais forte do que Fast Flight, um pouco maior no diâmetro e vem com um teor médio de cera. É bastante comparável ao Dynaflight 97. Aproximadamente 14 fios deste material fazem uma corda equivalente a um diâmetro de uma corda de 18 fios de Fast Flight.

Comparação Força / Alongamento recuperável (stretch)

Dacron B50 – (força por fio = 22,5 kg, stretch = 2,6%)

Kevlar 7-11 – (força por fio = 31,8 kg, stretch = 0,8%)

Fast Flight – (força por fio = 45,5 kg, stretch = 1,0%)

Fast Flight S4 – (força por fio = 73 kg, stretch = menor do que 1,0%)

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Outros materiais para os quais não tenho dados do alongamento recuperável (stretch):

Fastflight 2000 – (força por fio = 61 kg)

Angel Dyneema – (força por fio = 49,9 kg)

Dynaflight 97 – (força por fio = 54 kg)

BCY450+ – (força por fio = 68 kg)

BCY452 – (força por fio = 32 kg)

BCY8125 – (força por fio = 45 kg)

2.1.5.3. Desta maneira o que eu deveria usar?

Conforme você pode ver acima há muitas escolhas. Algumas diretrizes podem ajudar você a decidir o que você pode querer usar.

Para o arqueiro médio (com um arco adequado), Fast Flight é comum, fácil de conseguir, de qualidade bem comprovada, confiável – tudo que você poderia querer num material para corda. Para o arqueiro avançado os outros materiais podem proporcionar vantagens muito definidas na sensação e consistência do tiro:

Angel Dyneema contribui para um tiro de sensação mais macia e um arco com boa sonoridade. A cor está limitada ao branco. Nenhum conteúdo de cera significa que a corda permanece muito consistente mas precisa de algum cuidado.

Dynaflight 97 é muito fácil de usar porque é mais fácil fazer uma corda de 14 fios com tensão igual em cada fio do que uma corda de 20 fios. “Justo a quantidade certa” de cera significa que esta corda é de baixa manutenção e não mudaria muito ao longo do tempo. Necessita de algumas torções a mais para que fique com uma sonoridade tão agradável quanto Angel Dyneema. É macio de atirar como Dyneema mas tão ou mais veloz do que Fast Flight.

Fast Flight 2000 também é fácil de usar. O teor mais abundante de cera significa que é fácil fazer cordas em máquinas automáticas, mas você precisa remover um pouco de cera, se você mesmo fizer a corda ou você terá uma corda que perde peso durante as primeiras semanas de uso.

O Fast Flight S4 da Brownell é outra mistura de Vectran e Spectra (torcidos juntos). Isto é material de alto desem-penho e tem alongamento recuperável (stretch) muito pequeno. A corda vai sofrer stretch aproximado de 1/16” e 1/8” nas primeiras doze flechas, depois não vai exibir mais nenhum stretch. O desempenho pode ser ligeiramente mais lento do que Fast Flight para a espessura equivalente da corda devido ao uso do material mais pesado Vectran. Devido ao maior diâmetro de seus fios é necessário fazer cordas mais grossas (10 fios) ou mais finas (9 fios) aproximadamente equivalentes a uma corda de FF com 18 fios. Menor número de fios também contribui para uma feitura mais fácil da corda. Desvantagens? Alguns arqueiros acharam que o desempenho piora após uma melhora inicial do agrupamento. S4 deve ser mantido ligeiramente encerado, pois após alguns milhares de tiros a cera desaparece e o desempenho piora, mas um enceramento moderado parece restabelecer o bom agrupamento! Cores preto e natural.

E lembre-se, não obstante a confiabilidade que estes materiais adquiriram, sempre leve com você uma corda de reserva amaciada!!

2.1.5.4. Comprimento da corda

O comprimento da corda vai determinar a altura de corda.

A altura de corda é medida desde o button até a corda a 90 graus. A maioria dos arcos tem uma altura de corda recomendada informada pelo fabricante. Se a altura de corda não é conhecida, uma diretriz grosseira para arcos recurvos é: Arco de 70 polegadas = 8,50 a 9,75 polegadas, Arco de 68 polegadas = 8,25 a 9,50 polegadas, Arco de 66 polegadas = 8,00 a 9,25 polegadas, Arco de 64 polegadas = 7,75 a 9,00 polegadas. A altura de corda ideal para um arco é a que produz a largada mais silenciosa com a menor vibração no arco.

Para dar alguma orientação, no meu arco uma corda de 64,5” dará uma altura de corda de 9,75” (longa demais!), uma corda de 62,75” dará uma altura de corda de 9,25” (curta demais!), e uma corda de 63” dará uma altura de corda

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de 8,75” (exatamente correta! – para meu arco). Eu descobri que 4 ou 5 torções podem representar tanto quanto uma diferença de 1/8” na altura de corda.

Para aumentar ou reduzir a altura de corda em pequenas quantidades, torções podem ser acrescentadas ou remo-vidas respectivamente da corda do arco, mas em primeiro lugar deve-se usar uma corda com aproximadamente o comprimento correto. Se você não tiver meios para estabelecer o comprimento correto da corda, meça em torno das costas do arco de ponta a ponta, seguindo as curvas do arco sem a corda armada e depois subtraia 90 mm daquele comprimento, como uma estimativa de comprimento.

2.1.5.5. Quantidade de fios

Use sempre a quantidade de fios na corda, que é recomendada pelo fabricante para a potência do arco. Usando poucos fios demais pode tensionar excessivamente as lâminas e possivelmente quebrá-las.

Para Dacron B66 quantidades típicas de fios são: 20 – 30lbs: 8 fios, 25 – 35lbs: 10 fios, 35 – 45lbs: 12 fios.

Para Fast Flight: Há algum alongamento recuperável (stretch) inicial no Fast Flight, que deveria porém acomodar-se em menos de 500 tiros. Muitos arqueiros resolvem usar 16 ou 18 fios, mas alguns arqueiros preferem tão pouco quanto 12 ou tanto quanto 22 fios.

Para Angel Dyneema um arqueiro geralmente vai atirar com 18-22 fios.

Para Angel Dyneema Sensitive um arqueiro geralmente vai atirar com 16 a 20 fios uma vez que é ligeiramente mais grosso do que ASB.

Para Dynaflyte e Dynaflyte 97 um arqueiro geralmente vai atirar com uma corda com cerca de 14-16 fios.

Uma corda com quantidade maior de fios vai proporcionar estabilidade e maior perdão, mas será mais lenta.

2.1.5.6. Quantidade de torções

O primeiro fator para decidir a quantidade de torções a ser aplicada numa corda depende do material – para Dacron são recomendadas menos torções já que os fios que friccionam poderiam causar danos. Para Fast Flight, porém, não há limite.

Os fios de uma corda torcida vão dividir-se menos após a largada. Normalmente aplicam-se entre 20 e 40 torções plenas à corda – isto varia em função da altura de corda necessária. Obviamente os arqueiros, que fazem suas próprias cordas, têm uma vantagem pelo fato de que podem facilmente fazer experiências com diferentes compri-mentos de corda contra a quantidade de torções.

Conselho: Verifique SEMPRE sua altura de corda depois de armar a corda em seu arco e novamente após os primeiros doze ou tantos tiros. Um dos arqueiros de topo do Reino Unido disse que uma diferença de tanto quanto 1/4” na altura de corda pode custar-lhe até 20 pontos num arco Portsmouth.

2.1.5.7. Fazer uma corda

2.1.5.7.1. Gabarito de corda

Qualquer que seja o material escolhido para a corda do arco, será necessário usar um gabarito para fazer uma corda de laços sem fim.

Se você quiser fazer seu próprio gabarito de corda, siga um desenho adequado tal como o que é mostrado a seguir. Os materiais usados em sua construção podem variar, dependendo do que estiver disponível.

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.

2.1.5.7.2. Materiais

Há uma variedade de materiais disponíveis para cordas de arco (veja seção de materiais). Além do material para a corda serão necessários também uma ferramenta com bobina para aplicação do serving, o material para o serving, alguma cera para cordas de arco e um tubo de cola.

Agora que você tem todos os materiais você está pronto para começar a fazer sua corda. Em primeiro lugar você deve determinar o comprimento necessário da corda. Se você já tem uma corda com o comprimento correto, você pode usá-la como modelo. Simplesmente distorça a corda antiga antes de colocá-la no gabarito e depois ajuste o braço de deslizamento até segurar a corda com alguma tensão.

Caso contrário meça em torno das costas do arco do entalhe de uma ponta a outra ponta seguindo as curvas do arco sem corda e depois subtraia 90 mm deste comprimento e considere isto como uma estimativa de comprimento.

Vire os postes do gabarito de modo que fiquem alinhados e arrume o comprimento de modo que a corda modelo fique ajustada firmemente nos postes externos. Para cordas de Dacron este é o comprimento com o qual deve ser feita a corda. Dacron normal vai alongar (stretch) em até 20mm, pré-alongado vai alongar muito menos, mas ainda vai alongar em uso. Para materiais sem alongamento recuperável (stretch) aumente o comprimento em 10mm, pois isto vai permitir que a corda pronta possa ser torcida.

Após ajustar o gabarito ao comprimento necessário da corda vire as duas extremidades de modo que os postes fiquem em sentido perpendicular ao gabarito. Amarre um pequeno laço no fim do material do qual é feita a corda e deslize o laço sobre o poste 2. (veja desenho na página seguinte)

Comece enrolando a corda em torno dos postes, primeiro no poste 1 e depois em torno do gabarito na direção das setas. Tome cuidado para manter sempre a mesma tensão em todas as voltas e tente manter a bobina de material no mesmo ângulo com relação ao gabarito de modo a não torcer os fios individuais. Enrole o número de voltas até metade do número de fios desejados na corda, isto é, se quiser fazer uma corda com 20 fios, enrole 10 voltas. Quando a quantidade desejada de fios estiver enrolada, amarre o fim do material ao poste 1, mantendo a tensão na volta final a mesma como em todas as outras. Solte um pouco as porcas borboleta na extremidade deslizante, sacuda e estenda tão firme quanto possível para obter uma tensão uniforme em todos os fios e então reaperte as porcas borboletas. Agora você está pronto para aplicar o serving nos laços.

DETALHE DO POSTE Apresenta entalhes rasos largos para impedir que a corda escorregue para baixo.

O furo “A” é usado para mover a estrutura do poste fixo para baixo para fazer cordas para balestras e arcos flight.

Furo de 5 mm nesta extremidade (poste fixo)

Madeira 50x20 compr.250

Marca de referência

Cavilhas de madeira Ø 12mm

Marcas gravadas

Porca borboleta e arruela

arruela

Parafuso M6

madeira

ranhura 7mm

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2.1.5.7.3. Iniciar os servings

Os servings são iniciados, pegando o material de serving já carregado na bobina da ferramenta de aplicação e colocando a extremidade do material do serving apontando contra o poste 1, depois enrolando por cima deste fio na direção do poste 1, conforme mostrado no desenho a seguir. Quando estiverem enrolados 10 a 12 mm de serving para a perna e 4 a 6 mm para o laço, o fim do serving pode ser puxado firmemente e o serving pode ser continuado com o fim do serving fora do serving.

A extremidade solta pode ser cortada fora mais tarde com um estilete “Stanley” afiado ou com uma lâmina de barbear tão próximo do serving quanto possível. Desta maneira a extremidade é travada por si próprio e se quiser, um pouco de cola pode ser colocada como segurança adicional.

2.1.5.7.4. Terminar os servings

Os servings são terminados de uma maneira similar ao seu início. Para conseguir isto, em aproximadamente 10 a 12 mm de onde o serving deve ser terminado (4 a 6 mm para servings de laço) puxe um laço para fora do serving, depois um pouco para cima da corda comece a aplicar serving de volta na direção oposta, passando a ferramenta de serving através do laço até que você obtém o que é mostrado a seguir, sendo “B” o serving e “C” o serving reverso. Se você enrolou o serving reverso na direção certa, você será capaz de continuar “B” através do desenrolamento de “C” e enrolando por cima da extremidade do material do serving “E”.

Quando todas as voltas de “C” tiverem sido usadas, puxe simplesmente “E” para puxar o laço remanescente para dentro do serving e trave a extremidade firmemente. OBSERVE que devido à ação de torção do serving este laço pode torcer-se e puxar formando um nó. Para evitar isto, coloque um lápis no laço para ajudar a manter tensão no material do serving.

A extremidade solta pode ser cortada fora com um estilete “Stanley” afiado ou com uma lâmina de barbear tão próximo do serving quanto possível. Você vai achar que se usar tesoura para cortar fora o excesso do material de serving, ela não vai aparar o excesso de modo tão eficiente como uma lâmina afiada e vai deixar sempre 1 ou 2 mm fora do serving. Um método alternativo é cortar o serving 1-2 cm fora do fio para enrolar e fundir a extremidade com o uso de uma chama, mas lembre-se de abafar a chama com um dedo molhado antes que queime demais!

Aplique o serving primeiro aqui Fim

(poste 1)

Início (poste 2)

Comprimento do

serving do laço

marca marca

bobina perna

fim

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Comprimento para iniciar e terminar enrolamentos 6mm para serving de laço

e 10 a 12mm para perna superior e inferior e para o serving dos dedos

2.1.5.7.5. Serving dos laços

Verifique a ponta da lâmina para determinar o tamanho necessário do laço. Não esqueça que o laço superior deverá ser suficientemente grande para o laço deslizar para baixo da lâmina na armação da corda, o que vai determinar o tamanho do laço superior. Não faça porém o laço tão grande a ponto de desarmar a corda do arco no tiro!!! O laço inferior geralmente é menor que o laço superior porque não precisa deslizar pela lâmina na armação da corda.

Aplique serving pelo comprimento do laço de “A” até “B”. Início e término do serving conforme previamente mostrado. Isto vai proteger as duas extremidades da corda, que no momento estão amarradas aos postes 1 e 2. O excesso do material da corda agora pode ser aparado e igualado às extremidades do serving. O serving é suficiente para manter estas extremidades no lugar. Elas não deveriam ser amarradas com um nó porque o nó sempre vai aparecer através do serving, e tampouco as extremidades deveriam ser deixadas suficiente-mente compridas pra entrar no serving da perna porque não serão uniformes em baixo do serving e esta irregularidade pode torcer as lâminas do arco.

Vire agora os postes nesta extremidade para alinhar com o gabarito de corda e posicione a corda como mostrado.

O serving da perna pode ser enrolado agora, usando as técnicas previamente descritas, para completar a primeira extremidade da corda.

GABARITO DE CORDA

COMPRIMENTO DA CORDA DO ARCO

DIREÇÃO DE ENROLAMENTO

TÉRMINO INÍCIO

perna

Fio de serving

enrolamentos de terminação

Corte fora o excesso próximo do serving após puxar o laço

puxe E

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A mesma técnica pode ser usada agora para aplicar o serving no outro laço. Quando ambos os laços estiverem formados, assegure-se de que a corda esteja bem encerada e encaixe a mesma no arco para verificar a altura de corda, depois desarme a corda e aplique a quantidade de torções para alcançar a altura de corda correta. Se não for possível alcançar a altura de corda correta, será necessário fazer outra corda, usando o conhecimento obtido para determinar o comprimento correto.

Com a corda encaixada no arco pode-se fazer o serving central para os dedos. Meça a posição do nocking point e aplique o serving desde 40mm acima até 75mm abaixo deste ponto. OBSERVE que a corda seja torcida ANTES de aplicar o serving central – isto assegura que as torções na corda são uniformes ao longo do comprimento.

Um serving comprido demais vai acrescentar peso à corda e fazer com que o arco perca velocidade e alcance das flechas, a não ser que se deseja acrescentar estabilidade à configuração.

2.1.5.7.6. Nocking point (ponto de encaixe da rabeira)

Agora pode-se acrescentar o nocking point à corda, usando a corda prévia como um modelo. Se a altura do nocking point é desconhecida, comece entre 3 e 10mm acima da horizontal e determine o nocking point na maneira usual (veja seção de ajuste). Para fazer os nocking points, amarre ou enrole laços de material (comumente usa-se fio dental) em torno do serving central, acima e abaixo da posição da flecha (alguns arqueiros usam apenas um nocking point acima da flecha). Acrescentando adesivo à base de ciano-acrilato (Super-Bonder) a estes nós vai fazer com que durem mais.

Nocking points podem ser feitos também com fita de proteção para pintura, igual-mente embebida em Superbonder, ou nocks metálicos podem ser fixados e “grampeados” na corda com o uso de alicate. Muitos arqueiros de topo usam nocking points de plástico fabricados pela Beiter, da Alemanha – estes podem ser difíceis de serem instalados no serving, mas com um pouco de prática vão ficar mais fáceis.

Aplicação de serving com nocking point da Beiter:

O nocking point é feito de duas metades idênticas, que devem ser encaixadas no serving, prestando atenção para encaixar pinos e furos. Ferramentas que você precisa ter:

• Ferramenta para aplicação do serving com o material de serving desejado

• Nocking Point da Beiter (2 metades)

• Esquadro

• Marcador

Importante: Use um material de serving apropriado, não demasiadamente rígido. O serving do Nocking Point deve ser apertado, mas não “apertado” demais. Se for “apertado” demais, o Nocking Point será a única parte realmente elástica ou que cede à tensão na corda: a consequência possível é que ele vai flexionar e eventualmente romper-se. Se o Nocking Point se rompe após alguns tiros, é sinal de que você usou o material errado de serving ou que você fez o serving “apertado” demais!

Arme a corda no arco, ache o nocking point desejado com o esquadro e marque a posição correta com o marcador.

Posicione a metade do nocking point na corda e marque a posição de todos os quatro “ressaltos”.

Une a outra metade do nocking point com a primeira metade (prestando atenção para combinar os furos e pinos).

Prenda a extremidade livre do serving à corda e enrole quatro ou cinco voltas compridas para suprir o material para dentro do nocking point em um ângulo raso.

Enrole o serving firmemente em torno do nocking point, mas não com tensão excessiva.

Quando você atinge o ressalto interno do nocking point, o serving deverá mudar de direção de volta contra o fim do nocking point.

Aplique serving reverso na corda com poucas voltas, depois assegure-se de que o nocking point esteja corretamente posicionado antes de continuar.

Aplique serving sobre mais meia polegada da extremidade livre do serving, depois corte fora a extremidade livre do serving.

Faça o acabamento normal do serving.

a

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Repita no outro lado do nocking point.

Maiores detalhes e imagens podem ser encontradas no web site da Beiter. 2.1.5.7.7. Materiais para serving

MONOFILAMENTO Nylon de cor clara, parece linha de pesca. Usado para serving central em cordas de Dacron, nunca em servings de laço. Após a aplicação do serving aqueça-o ligeiramente com fósforo ou isqueiro para a devida conformação. Muitas vezes usado por arqueiros de barebow para contar o número de voltas para acertar o posicionamento dos dedos para várias distâncias.

SOFT TWIST Pode ser usado com todos os materiais de corda para todos os servings.

ANGEL Muito caro, é dito que não se desgasta nunca.

2.1.5.8. Manutenção

Para cordas enceradas simplesmente aplique mais cera agora e de novo. Esfregue a cera com um pedaço de couro ou tecido para fundir a cera para dentro do material. Tome cuidado para não gerar calor DEMAIS ou você pode fundir o material da corda. O enceramento não somente impede a chuva de penetrar na corda, mas tem também outras finalidades:

Lubrifica as fibras para impedir abrasão de fibra com fibra.

Ajuda a manter as fibras juntas para impedir os fios de subir e sair para fora e de reduzir a velocidade da corda.

Para a manutenção da corda recomenda-se uma cera de silicone de alta qualidade, que penetra melhor nas fibras e pode penetrar também no serving. Verifique regularmente, se há fios soltos ou desgaste. Se tiver dúvida, livre-se da corda. Verifique o serving. Se o serving parece solto, conserte-o tão logo que for possível. Ao usar uma corda nova a mesma pode ser “amaciada” mais ou menos com algumas centenas de tiros. Certifique-se sempre de ter com você uma ou de preferência duas cordas de reserva “amaciadas” nas competições.

2.1.6. Compra de um arco 2.1.6.1. Custo

Um bom arco de segunda mão adequado para competição vai custar na faixa de £200-£400 (preços de 1999), dependendo de sua condição. Somado a isto é o custo de flechas e outros acessórios (miras, estabilizadores, estojo para arco, suporte para arco, etc.). Naturalmente é possível comprar apenas o arco com corda e mira, uma quanti-dade limitada de flechas e acrescentar os acessórios mais tarde.

2.1.6.2. O que procurar?

Bem, muitos dos componentes de arco têm sido descritos com grandes detalhes nas seções anteriores. Na maioria dos casos um bom arco de segunda mão é melhor para iniciantes do que um arco novo em folha – isto é devido principalmente ao baixo custo. Arqueiros estão muito preocupados em demasia com a aparência e idade do equipa-mento. É muito mais importante a SENSAÇÃO, que o equipamento transmite.

Um arqueiro (Stan Siatkowski) postou uma anedota de que ele atirou perto de Vladimir Esheev (URSS) no Campeonato Mundial FITA Target de 1987 em Adelaide, quando ele ganhou o FITA e também teve o round FITA mais alto. Ele estava atirando com um velho Hoyt TD3, com tinta azul lascada, corda desgastada, e a lâmina inferior estava tão torcida que a corda ficou desalinhada em aproximadamente 1/4”.

Eu não aconselharia NINGUÉM a atirar com uma corda desgastada, mas o sentimento naturalmente é pessoal. O equipamento que compramos não precisa ser o mais recente e o mais excelente – ele apenas tem que ser CONSISTENTE e ele tem que transmitir uma boa sensação ao proprietário. Nem mais, nem menos. 2.1.6.2.1. Experimente antes de comprar

A frase a ser lembrada que chama a atenção! Experimente tantos arcos quantos você conseguir ter em suas mãos. Cada arco atira e dá uma sensação um pouco diferente, assim é importante achar um que se adapta a você e seu estilo. Aparências podem ser importantes – mas apenas psicologicamente. Se você é o tipo de pessoa, que necessita ser visto como atualizado e que segue tendências, então compre o arco mais recente… vai lhe custar, mas aquele velho Yamaha Eolla ou Stylist Star nunca pôde atender suas necessidades, no entanto, se você não se importa enquanto ele atira bem, invista no que se adapta a você.

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2.1.6.2.2. Estilo de arco

Compre um arco com o qual você pode crescer. Um Hoyt Gold Medallist pode ser comprado a um preço muito razoável de segunda mão (ou até novo em folha) e ninguém pode discutir sua linhagem ou longa linha de sucessos. Se você pretende atirar longa distância (70-90m) certifique-se de que, qualquer que seja a empunhadura e as lâminas que você conseguir – eles possam resistir à pressão de cordas Fast Flight e flechas de carbono. Se você não tiver certeza, pergunte a um arqueiro experiente ou uma das muitas lojas para tiro com arco – eles serão felizes por aconselhá-lo.

2.1.6.2.3. Força das lâminas

Não arrume algo, que é forte demais. Se você procura conseguir uma empunhadura, que usa encaixes padrão para lâminas Hoyt, você sempre pode trocar mais tarde por lâminas mais fortes. Comprando algo forte demais, você terá a garantia de bagunçar suas pontuações, ganhar lesões potenciais e geralmente tornar-se infeliz – não vale a pena. Se você não alcança os 90 metros este ano, treine, pratique – desenvolva aqueles músculos, DEPOIS melhore o arco. No meio tempo fique nas distâncias curtas ou vença as competições indoor!

2.2. Flechas

2.2.1. Termos técnicos para iniciantes

Para o arqueiro iniciante talvez um resumo dos termos aqui usados é útil:

2.2.2. Material

2.2.2.1. Fibra de vidro

Hastes pesadas usadas apenas para treinamento.

2.2.2.2. Madeira

Usadas principalmente para tiro com arco tradicional.

2.2.2.3. Alumínio

A escolha mais popular de flechas para tiro indoor (veja abaixo). A flecha é formada a partir de um tubo de alumínio extrudado. Geralmente mais pesadas que hastes de carbono visto que a resistência vem inteiramente da espessura do material. Os tamanhos de hastes de alumínio são definidos geralmente por um código de quatro dígitos. Os primeiros dois dígitos representam o diâmetro da haste em 64 avos de uma polegada. Os segundos dois dígitos representam a espessura do material em milésimos de polegada. Exemplo: 2013 significa que a flecha tem diâmetro de 20/64 polegadas (7,94mm) e uma espessura de parede de 13/1000 polegadas (0,33mm).

Flechas de alumínio vão dobrar-se, mas é possível endireitá-las. Elas custam geralmente a metade do que custam as flechas de carbono. Flechas de alumínio também podem ser facilmente cortadas no comprimento.

2.2.2.4. Carbono

Apesar de estarem disponíveis flechas de “puro carbono” (p.ex. a Beman Diva), indiscutivelmente as flechas mais populares escolhidas (Easton ACC/ACE) são formadas por uma combinação de alumínio e carbono. Esta mistura proporciona os benefícios de leveza com resistência. As flechas têm uma alma de alumínio e uma cobertura de fibra de carbono. Os nocks (as rabeiras) podem ser “inserts” para inserção ou “outserts” (também chamados de fit-over (sobrepor)), dependendo se o nock é encaixado dentro da alma de alumínio ou na parte externa do carbono. A Beiter agora dispõe de um in-out nock para tubos ACE e X-10, que supostamente confere à flecha melhor proteção contra impactos na parte traseira – estes são, como você poderia imaginar, uma combinação de nocks insert e outsert.

PONTA PENAS

NOCK (RABEIRA)

PENA GUIA HASTE

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Os tamanhos das hastes ACE e X10 são classificados pelo seu “spine” de modo que uma ACE 720 tem um spine de 720 milésimos de uma polegada em 29 polegadas. Isto se refere à flexão, que a haste sofre, quando suspensa entre dois pontos, 28 polegadas distantes um do outro, e com um peso de 2lb pendurado no centro.

No caso das hastes ACE (e mais recentemente as X10), estas flechas têm também perfil em forma de barril (“barrelled”), isto é, elas têm um diâmetro maior no centro do que nas pontas. Isto tem 3 vantagens distintas:

É mais leve que a haste equivalente paralela.

Possui uma frequência mais elevada de oscilação, tornando-a mais eficiente.

Tem uma área superficial menor e por isso melhor desempenho em condições de vento.

Flechas de carbono por serem mais leves caracterizam-se por saírem do arco com rapidez muito maior e por isso cabe tomar cuidado para assegurar que o arco seja capaz de atirar uma flecha tão leve. Proprietários de lâminas mais antigas de madeira e de algumas empunhaduras metálicas antigas devem verificar com os fabricantes antes de usar flechas de carbono ou algum dos materiais modernos para cordas tais como Fast Flight (veja a seção sobre cordas).

Flechas de carbono têm uma tendência para estilhaçar em vez de dobrar e por isso o impacto em qualquer coisa a não ser o fardo pode ser um hábito caro. Os iniciantes são por isso incentivados a atirar flechas de alumínio até que confiem em suas habilidades.

2.2.2.5. Tiro ao alvo indoor

Praticamente tudo o que pode ser ajustado pode ser atirado em torneios indoor. Flechas de madeira geralmente são evitadas por causa de falta de consistência e resiliência.

Flechas de alumínio são a escolha usual, com alguns arqueiros que escolhem atirar com flechas de carbono. Os benefícios de flechas de alumínio em torneios indoor são o fato de que geralmente são muito mais grossas e aumentam a chance de impactos que cortam linhas (uma flecha que toca uma linha entre duas pontuações conta como ponto de valor mais alto) – isto poderia talvez valer uns 2 ou 3 pontos extras para o arqueiro médio.

2.2.2.6. Tiro ao alvo outdoor

Carbono ou alumínio/carbono é a flecha de escolha usual para as distâncias longas em torneios outdoor.

A leveza da flecha de carbono tem a vantagem de que vai percorrer uma distância maior do que a flecha mais pesada de alumínio. A desvantagem é que visto que a flecha é mais leve ela pode estar mais propensa aos efeitos de ventos cruzados (arqueiros usam regularmente penas spinwing com flechas de carbono numa tentativa de combater isto – veja seção sobre penas). Pontas mais pesadas podem também ajudar na estabilidade de alcance de distâncias longas às custas de uma perda de velocidade e portanto marcações de mira.

2.2.3. Escolha do comprimento correto

Para determinar o comprimento correto para você puxe o arco até uma posição confortável de plena puxada e mande alguém marcar a flecha aproximadamente 1” além da posição do button. (Iniciantes podem querer acrescentar 1-1.5” a isto a fim de permitir algum desenvolvimento na musculatura e técnica.) Com as flechas modernas de baixo peso não há prejuizo nenhum em atirar uma flecha ligeiramente mais comprida.

2.2.3.1. Corte de hastes

O corte de qualquer haste geralmente é feito com o uso de uma serra de alta velocidade com um disco abrasivo – ela tem uma velocidade de rotação de 5000 rpm ou mais e um disco de corte de 4”. Este dispositivo assegura que o corte seja no esquadro e não lasque as flechas, particularmente as que incluem um componente de fibra de carbono.

Hastes com perfil em forma de barril (barrelled) têm a desvantagem de que o corte no comprimento deveria ser feito apenas pelo arqueiro avançado. É aconselhável que cortes numa haste A/C/E por exemplo sejam feitos apenas na FRENTE da haste. É possível para arqueiros talentosos cortar fora até 1” da parte traseira da flecha, mas consistência e esquadria são MUITO importantes, e o corte a partir da parte posterior vai “enrijecer” a flecha mais depressa do que o corte na frente assim como afeta o encaixe de componentes (nock).

2.2.3.2. Pontos nodais

O ponto em que a flecha encosta no button em plena puxada deveria no caso ideal ser um dos dois pontos “nodais”, isto é, um dos dois pontos da flecha, que não se movem lateralmente durante o vôo. Isto vai tender a reduzir o efeito

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de uma largada precária já que os pontos nodais de uma haste em voo tendem a permanecer quase imóveis com-parados com a ponta da haste, conforme ilustrado a seguir.

Desta maneira, como achamos estes pontos nodais invisíveis mágicos? Um pouco como ajustar uma corda. Deixe a flecha pender no sentido vertical entre dedo e polegar em algum lugar perto da ponta da flecha e dê uma leve pancada com a extremidade inferior contra um objeto sólido. Observe a duração da vibração. Agora mova sua mão pelo tubo para baixo e tente de novo. Repita este processo até achar o ponto de máxima duração. Este é o ponto do nodo frontal da flecha. Fácil!

2.2.4. Escolha da flecha certa

A flecha vai flexionar quando atirada – isto é inevitável, por isso o “spine” correto da flecha deve ser selecionado para assegurar que a flexão da flecha não seja grande demais (flexível), nem pequena demais (rígida). O spine da flecha pode ser determinado com alguma confiabilidade mediante dois parâmetros:

• O comprimento da flecha (observe que isto não tem nada a ver com seu comprimento de puxada).

• A força do arco em seu comprimento de puxada – a ser medida de preferência com uma balança própria para esta finalidade.

Observe que muitas balanças de arco são imprecisas! Especialmente as do tipo mola, que muitas vezes podem ter erros de 3-5lbs!

Uma flecha mais comprida vai agir de forma mais flexível do que uma flecha curta com o mesmo diâmetro de haste e a mesma espessura. Um arco com maior potência também vai fazer com que a flecha aja de forma mais flexível do que um arco de menor potência.

Dados estes dois parâmetros, o tamanho preferido da haste pode ser achado em qualquer uma das muitas tabelas de seleção de hastes, que estão disponíveis nos fabricantes e distribuidores. Para uma descrição mais precisa são necessárias mais algumas informações:

1. Se o arqueiro atira com os dedos ou se usa um gatilho. 2. Se a corda é Fast Flight (ou material similar) ou Dacron. 3. Se a ponta é mais pesada ou mais leve do que o peso de ponta recomendado. (Uma ponta mais pesada vai

fazer com que a flecha flexione mais.)

Novamente as tabelas de seleção de hastes vão fornecer orientação para estes casos. Se você puder, peça / furte / tome emprestado flechas que têm o spine que você pensa que necessita! Muitos arqueiros gastam muito dinheiro simplesmente devido às escolhas erradas do spine da flecha. A seleção de flechas pode ser um processo demorado e tedioso para alguns e de toda a simplicidade para outros.

2.2.5. Pontas

Pontas vem em muitos pesos diferentes, dependendo do desejo do arqueiro. É melhor começar com o peso de ponta recomendado. Peso pode ser acrescentado/removido para micro-ajuste (apenas para o arqueiro avançado).

Pontas são simples para encaixar em flechas de alumínio. Para esta finalidade os arqueiros usam cola hotmelt. Isto é um adesivo, que é fornecido em bastões sólidos. A cola funde, quando é aquecida, e solidifica quando esfria.

O melhor procedimento é aquecer delicadamente a haste da ponta o suficiente para fundir a cola (segure na ponta enquanto aquece a haste – se a ponta ficar quente demais para segurar, a haste também é quente demais). Aplique a cola na haste da ponta, depois empurre firmemente para dentro da haste da flecha, girando-a para espalhar a cola. Se a solidificação da cola for rápida demais, simplesmente aplique mais calor na ponta para fundir a cola de novo.

Nodo traseiro Nodo frontal

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CUIDADO: Carbono não gosta de calor e por isso é necessário muito cuidado, quando se encaixa as pontas em flechas de carbono. Use apenas calor suficiente para fundir a cola, não mais. E não aplique calor diretamente à haste de carbono.

Para remover as pontas aplique calor cuidadosamente à ponta e à haste da flecha, apenas o suficiente para fundir a cola, depois use alicate para puxar a ponta para fora. Colocar as flechas com a ponta para baixo em um copo de água quente é também um bom método para soltar muitas pontas de uma vez.

2.2.6. Penas

Penas são o mecanismo de direção da flecha.

Para torneios indoor os arqueiros geralmente usam penas maiores. Isto tem a vantagem de assegurar que a flecha se endireite muito depressa – importante para as distâncias curtas atiradas em torneios indoor.

Para outdoor as penas grandes têm o efeito de reduzir demais a velocidade da flecha e por isso penas pequenas são escolhidas. Penas Spinwing™ conferem (surpresa, surpresa) um movimento de rotação à flecha, que proporciona maior estabilidade, e uma configuração típica para outdoor seria flechas ACE montadas com spinwings 1 3/4”.

Penas sintéticas são geralmente feitas de plástico macio em várias formas e tamanhos conforme mostrado.

Fique ciente que penas spinwing de cores diferentes têm rigidez diferente, por isso a maioria dos arqueiros usa spinwings que são todas da mesma cor. A branca é a mais macia, seguida pela azul e amarela, depois vermelha e preta. Foi mostrado também que as penas mais rígidas produzem menos arraste. Penas spinwing são geralmente muito mais frágeis do que penas retas, mas muito mais fáceis de trocar durante a competição. Elas são também mais leves que as penas retas. Penas naturais podem ser usadas, mas não são tão duráveis quanto as penas de plásti-co e têm desempenho precário quando mo-lhadas. Alguns arqueiros usam penas natu-rais grandes para atirar indoor. Estudos fei-tos pela Easton mostraram que penas natu-rais não só iniciam o giro da flecha mais cedo, mas dão melhor agrupamento.

Normalmente três penas são coladas na haste da flecha perto de sua parte traseira. Às vezes elas são colocadas em ângulo para fazer a flecha girar quando voa, para dar um voo mais estável, mais reto. A orientação das penas em relação ao nock deve adequar-se ao tipo de rest usado. Os desenhos na parte inferior do quadro mostram a vista por trás da flecha adequada para um arqueiro de arco recurvo que atira com os dedos.

2.2.6.1. Montagem de penas em flechas de alumínio

Limpe a parte traseira das hastes onde as penas serão coladas com acetona e ao mesmo tempo as hastes das pontas podem ser limpas para remover qualquer oxidação solta, oleosidades ou sujeira. Um jogo de nocks sobres-salentes pode ser colocado então na extremidade traseira das hastes. Nocks tais como o Bjorn nock vão ‘agarrar-se’ à extremidade traseira da haste através da superfície áspera.

Eu uso um jogo de nocks sobressalentes de modo que, quando eles são posicionados no gabarito de empenamento, eu não preciso me preocupar com a abertura dos nocks devido às guias do gabarito. Um jogo de nocks apropriados pode ser colado após a montagem das penas.

Antes de colar as penas de plástico use acetona para limpar a base das penas. Tome cuidado para alinhar cada pena no mesmo lugar na haste. Uma marca de guia pode ser feita no grampo do gabarito de empenamento para fins de referência. Use cola ‘Fletch-Tite’ nas penas de plástico. Assegure-se de que a pena se apoie de modo uniforme ao longo de seu comprimento sobre a haste quando colada. A secagem desta cola é suficiente para que o grampo possa ser removido após 3 minutos. Se usar uma pena de cor diferente para pena-guia, é uma boa ideia colar estas

Empenamento reto

Empenamento angulado

Arco recurvo Configuração nock/pena

4” (adequada para indoor)

Reto Spinwing

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em primeiro lugar, quando usa um gabarito de empenamento múltiplo, depois cole as outras mais tarde. Depois que a cola secou na primeira pena gire o suporte de nock até sua próxima posição, geralmente 120 graus para uma confi-guração de 3 penas. Repita até montar todas as penas. Você pode então aplicar uma gota extra de cola na frente e traseira de cada pena, pois isto ajuda a impedir que a pena seja arrancada fora quando pousa no chão ou atravessa um fardo macio e também ajuda a impedir que a frente da pena levante e se prenda no rest.

2.2.6.2. Montagem de penas em flechas de carbono

As hastes das flechas deveriam ser limpas apenas com um detergente abrasivo, enxaguadas e deixadas para secar. Penas de plástico retas são montadas, usando as mesmas técnicas como para flechas de alumínio, com a exceção de que a cola 'Fletch-Tite' não deveria ser usada em hastes de carbono. "Flex-Bond" ou outra cola que é compatível com hastes de carbono deveria ser usada. As penas spinwing são montadas conforme segue:

Usando o gabarito de empenamento (ou uma ferramenta especial), marque com três linhas na haste com um marca-dor permanente, 120 graus separadas, o comprimento da pena e na distância necessária do nock. OBSERVAÇÃO: Se você está usando nocks da Beiter, arranje o adaptador para o gabarito de empenamento ou troque os nocks por um nock simétrico enquanto desenha as linhas!

Coloque as spinwings de forma reta, pois colocadas em ângulo a maioria das pessoas acha o arraste excessivo. Há um ângulo natural na pena spinwing de modo que você não precisa induzir um arraste extra.

As penas spinwing são fornecidas com dois tipos de fita: a primeira (adesivo dupla face) é usada para montar as penas na haste e pode ser usada de duas maneiras:

• Aplique a fita na haste, depois aplique a pena na fita. Este é o procedimento preferido.

• Aplique a fita na pena, depois aplique a pena na haste, usando o grampo do gabarito de empenamento.

Quando a pena estiver em posição e bem fixada, use a segunda fita para proteger “cabeça e rabo” da pena. Esta fita impede que a pena se levante em uma das extremidades e deveria ser enrolada com algumas voltas em torno da haste nas extremidades das penas.

2.2.7. Nocks (rabeiras)

Nocks são feitos de plástico rígido e são colados na traseira da flecha de alumínio. Para flechas de carbono o nock é geralmente montado por encaixe dentro da haste. A fileira de cima mostrada no quadro é usada para flechas de alumínio. Nocks vem em 6 tamanhos diferentes para adequação à série de diâmetros de flechas. Os nocks são moldados de modo que vão prender-se na corda do arco e manter a flecha no lugar. Os outros nocks mostrados são específicos para flechas de carbono ‘Beman’ e flechas de carbono/alumínio Easton A/C/E.

No caso de flechas de carbono, se o nock parece ser frouxo demais – acrescentar uma ou duas voltas de uma fita fina (PTFE é ideal, p.ex. Teflon) ou uma pincelada de tinta muitas vezes basta para apertar o encaixe.

Se usar o método da fita de PTFE, enrole a fita de modo que aproximadamente 60% da fita esteja na haste do nock e os outros 40% para baixo. Duas ou três voltas enroladas deveriam ser suficientes. Uma vez feito, pegue os 40% em baixo e torça. Isto vai ajudar a manter a fita no lugar ao inserir o nock na haste. Empurre o nock para dentro da haste girando, mas antes da inserção completa remova qualquer resto de fita PTFE visível acima da extremidade da haste.

Recentemente foram introduzidos no mercado novos nocks específicos para tubos ACE e X-10 chamados “pinnocks”, que consistem em um pino de metal, que encaixa na traseira da flecha, e um nock de plástico, que encaixa sobre o pino – estes nocks pretendem proteger a flecha no caso de um impacto traseiro.

Para fixar nocks em flechas de alumínio aplique uma pequena quantidade de ‘Fletch-Tite’ na traseira da haste, coloque o nock na haste e depois gire para espalhar a cola uniformemente. Tome cuidado para alinhar o nock com a pena-guia e depois limpe qualquer excesso de cola. Deixe a cola secar.

Para remover um nock geralmente basta uma imersão em água quente para fundir a cola e permitir que o nock possa ser girado para fora.

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Se um nock foi alargado por impacto traseiro e no mais está OK, geralmente basta aquecê-lo em água quente por 10 segundos para fundi-lo de modo que ele possa ser apertado de volta para sua forma.

NUNCA tente atirar uma flecha com um nock danificado… o nock pode não ser a única coisa que acaba danificado!

2.2.8. Manutenção

Verifique sempre as hastes e penas quanto a danos. A flecha pode ser verificada quanto à retidão, segurando a haste em sentido vertical, com a ponta na palma da mão e girando a haste com o polegar e dedo indicador. Isto requer um pouco de prática, mas é uma orientação excelente sobre a retidão. Hastes de carbono deveriam ser verificadas para assegurar que não há lascas ou rachaduras na fibra de carbono. Estas podem ser difíceis de enxergar, mas podem tornar-se óbvias, quando a haste é flexionada.

As penas deveriam estar ilesas e não apresentar dobras ou vincos.

2.2.9. Jargão

“Paradoxo do arqueiro” Durante a largada a corda deve mover-se “em torno” dos dedos. Isto provoca a corda a conferir uma força lateral à flecha e a flecha flexiona contra o arco. A flecha então volta para endireitar-se e começa a flexionar para fora do arco – isto continua por todo o percurso até o alvo. Isto é chamado de paradoxo do arqueiro.

“Pontos nodais” Durante o vôo a flecha exibe um movimento de flexão e os pontos nodais são os dois pontos na flecha, um perto da frente e outro perto da traseira, que não se movem com relação ao eixo do percurso. Se os pontos nodais estiverem alinhados um atrás do outro, o vôo da flecha será mais preciso – isto se consegue através de ajuste. (Veja a seção de Pontos Nodais para maiores detalhes.)

2.3. Mira

Uma mira é uma mira, certo? Não. Há muitas miras no mercado, que serão adequadas para o arqueiro, com custos variando desde £5 até mais de £200. Deste modo, o que torna uma mira melhor do que outra?

2.3.1. Construção / materiais

Em primeiro lugar uma mira é seu único ponto de referência e portanto DEVE ser de construção sólida e deve ser capaz de resistir à vibração no arco sem perda de precisão por abalos. A maioria das miras tem uma barra de exten-são de comprimento variável, que permite colocar o anel da mira na posição mais avançada possível – isto significa que há peso extra estendido para fora na frente do arco, então muitas miras suportam a escala vertical atrás na empunhadura em vez do design mais tradicional “para fora – para frente”. Similarmente a maioria das miras dispo-níveis são feitas de alumínio ou carbono ou uma mistura de ambos para maximizar a resistência e minimizar o peso. A massa da mira em comparação com todos os outros “dispositivos” tais como estabilizador frontal e v-bar é mínima, portanto invista no que for acessível para você, mas certifique-se de primeiramente experimentar a mira para asse-gurar que tenha os ajustes que você necessita e que possa ser travada.

2.3.2. Custo

Será que uma mira cara vai melhorar suas pontuações? Muito improvavelmente. O principal que você deve procurar é uma mira que trava de modo satisfatório e que não perde precisão devido a vibrações, mas até a mira Arten Summit de preço razoável pouco acima de £50 vai realizar a tarefa de modo satisfatório. Se você é paranóico com relação ao peso estendido para frente, a mira Arten Olympic por pouco menos de £90 será satisfatória. Se você for suficientemente bom para ser patrocinado por um ou mais fabricantes, então exija apenas a mais cara!! Quando você tiver atingido um bom nível de competência, é uma boa idéia ter uma mira, que permita pequenos ajustes repetitivos na altura (ajuste vertical) e no ajuste lateral (ajuste horizontal), portanto procure uma mira, que tem algum tipo de escala fina e grosseira (muitas vezes a escala fina pode ser encontrada nos parafusos próprios de ajuste).

2.3.3. Pino de mira / fio cruzado / anel de mira ?

Muitos arqueiros experientes atiram apenas com um anel de mira aberto. Por alguma razão isto provoca espanto e ignorância nos iniciantes. PORÉM tendo um pino de mira ou fio cruzado pode encorajar a mirar de forma excessiva e a última coisa que um arqueiro deve fazer é mirar conscientemente de forma severa demais (veja seção sobre técnica de tiro). O cérebro humano é EXTREMAMENTE bom para centrar círculos (tente colocar uma moeda no meio de um prato… você ficará surpreso com que precisão você consegue posicionar a moeda), portanto uma vez que o padrão do alvo é redondo e o anel de mira é redondo, porque não deixar que o cérebro faça seu trabalho – é uma coisa a menos para preocupar-se.

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Novamente, é uma coisa pessoal e todo mundo é diferente, mas tente fazer isso – você pode acabar gostando.

2.3.4. Marcações de mira

Assegure-se, antes de ir para competição, de ter a oportunidade de atirar as distâncias que você vai estar atirando na competição. TOME NOTA das marcações de mira (a posição horizontal bem como a vertical) e das condições climáticas na hora (força e direção do vento, úmido/seco, etc). Geralmente um vento contrário vai baixar o vôo de uma flecha e por isso causar um impacto mais baixo que o normal. Similarmente a chuva vai causar um alcance ligeiramente reduzido da flecha. Se possível não anote apenas um conjunto de marcações de mira, marque a mira em condições variadas. Aquelas primeiras poucas flechas em cada distância podem valer bastante, se a competição for apertada.

2.4. Rest (descanso de flecha)

Existem três tipos principais de rest para o arqueiro de arco recurvo, que atira com os dedos:

O rest básico. Formado de plástico moldado. Um braço, geralmente com um ligeiro “gancho” na ponta, desvia lateralmente, quando entra em contato com as penas. Sem variabilidade. Barato e prestativo. Vai realizar a tarefa de modo admirável. £1-£2

O flip rest. Formado de metal com um fino braço de metal que é provido de mola. Para aqueles com uma confi-guração sensível – talvez a flecha se prenda no braço do rest, causando desvio do vôo da flecha. Este rest proporciona uma reação mais macia, mais rápida do que a variedade do rest básico de plástico. £4- £10

O rest magnético. Similar ao flip rest, mas com o movimento do braço controlado por ímãs. Estes muitas vezes proporcionam ajustes do braço para cima/para baixo para permitir uma centralização da flecha no button. £15+ mas deveria durar para sempre. Estes rests proporcionam também uma reação até mais macia que o flip rest, mas para ser honesto, se o vôo de sua flecha é TÃO sensível, você pode ter outros problemas de desobstrução.

A melhor configuração de um rest ajustável é a que assegura que a ponta do rest não se estenda além da parte externa da flecha, conforme mostrado no diagrama.

2.5. Button

O button é usado, quando é feito um ajuste para:

Estabelecer o “centro de tiro”, isto é, para alinhar a flecha de modo que aponte ligeiramente para fora do arco (veja seção de ajuste).

Estabelecer a pressão da reação, que age contra as forças da flecha, que a empurram contra o arco.

Um button pode ser usado, quando a empunhadura do arco tem uma bucha rosqueada montada.

O rest deve ser ajustado de modo que o centro da flecha e o eixo do button fiquem alinhados.

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O button consiste em um êmbolo provido de mola mon-tado dentro de uma carcaça metálica rosqueada. Na car-caça há dois anéis de aperto. O anel mais próximo do êmbolo (porca de posicionamento) é usado para estabe-lecer a posição da ponta do button com relação à lateral da empunhadura. O anel traseiro é usado para segurar o parafuso de ajuste da tensão da mola. A rotação do parafuso de ajuste da tensão da mola comprime ou ex-pande a mola, fazendo com que o button fique respecti-vamente mais forte ou mais fraco.

Há muitos buttons no mercado desde o excelente Shibuya DX (£20) até o terrivelmente caro Beiter Super Button (£60). Qualquer um destes buttons vai servir para o iniciante até o arqueiro intermediário. Alguns buttons estão providos de uma ponta que pode ser desparafusada – isto pode parecer como uma boa idéia, mas se sua flecha estiver ligeiramente abaixo ou acima do centro do button, você pode ficar certo de que a coisa VAI desparafusar-se, quando você menos espera… minha preferência pessoal é escolher um button com uma ponta sólida, que não pode desparafusar-se por si próprio.

2.5.1. Configuração de um segundo button

Você arrumou um segundo button? Você quer configurá-lo da mesma maneira que seu button atual? Fácil! Vire os buttons de modo que apontem em direções opostas (as pontas dos êmbolos uma contra a outra). Posicione cada ponta contra a porca de posicionamento do outro button e use isto para estabelecer a posição do anel frontal de aperto no button novo.

Para estabelecer a pressão, simplesmente ponha ambas as pontas juntas e empurre moderadamente. Um vai se mover antes do outro. Ajuste simplesmente a pressão no button novo até que ambos os buttons se movam ao mesmo tempo e pela mesma quantidade. E isto é tudo o que há para este caso.

2.5.2. Manutenção

É uma boa ideia verificar e limpar o button regularmente. Para fazer isto sem afetar a configuração do button, simplesmente desparafuse o parafuso sem cabeça que segura o anel traseiro e desparafuse o anel – isto deveria providenciar acesso à mola e ao êmbolo. Certifique-se de que os mesmos estejam limpos e sem danos. NÃO acresente óleo ou qualquer outro lubrificante.

2.6. Estabilizadores

O primeiro arco anti-torque foi introduzido em 1961 por Earl Hoyt. (Sim, eles estiveram presentes há tanto tempo!) Mais tarde o mesmo homem introduziu TFCs (Torque Flight Compensators) para as hastes superior e inferior para melhorar a sensação pós-tiro. Perto do fim da década de 60 outros sistemas ‘ativos’ tinham aparecido no mercado, incluindo hastes com cilindros cheios de mercúrio, água, óleo e outros mate-riais semelhantes a líquidos para absorver energia. Posteriormente surgiram espuma e areia para substituir os líquidos numa tentativa de providenciar essa absor-ção de grande importância.

Muitos arqueiros dos tempos modernos usam hastes leves rígidas de alumínio ou carbono com Doinkers (marca registrada). Estes são guarnições de borracha, que são montadas entre a haste e os pesos finais para amortecer vibração.

Alternativamente o artifício mais recente à venda é o estabilizador de hastes múltiplas, que compreende várias hastes finas com um peso móvel, que permite ao arqueiro “ajustar” o estabilizador.

Estabilizadores são usados para três finalidades:

Bucha rosqueada Button com

êmbolo Parafuso de ajuste da tensão da mola

Porca de posiciona-mento ajustável Empu-

nhadura

flecha

mola

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1. Para proporcionar um arco com uma sensação suave e habilmente balanceado, que é fácil de manter sobre o alvo. 2. Para aumentar o momento de inércia para reduzir a possibilidade de torque, que afeta o vôo da flecha. 3. Para diminuir a vibração durante e após o tiro. Uma haste comprida provavelmente vai fazer a maior diferença no início. Não comece colocando uma infinidade de estabilizadores no arco, comece com apenas uma haste comprida e, se você quiser, acrescente outros estabiliza-dores para mudar a sensação e o equilíbrio do arco. Tente até hastes múltiplas, se você realmente necessita de mais dispositivos! Não coloque estabilizadores demais para você controlar confortavelmente; você não deveria ter sua mão de arco caindo sem controle, quando faz um tiro. Afinal de contas os estabilizadores vão melhorar sua precisão, mas não os use como um substituto para uma boa técnica de tiro. Só porque você pode segurar o arco de modo mais firme com os estabilizadores não significa que você deveria proceder assim!

2.7. Outros acessórios 2.7.1. Protetor de braço

Os protetores de braço são feitos de couro reforçado ou plástico e são usados no lado interno do braço de arco. Eles são usados para proteger o braço contra uma even-tual batida da corda, quando a mesma se move para frente após a largada. A condição ideal é que a corda nunca bata no protetor de braço já que isto vai afetar o vôo da flecha – mas é melhor estar com o braço protegido do que dolorido!

2.7.2. Dedeira (tab)

Dedeiras são usadas para proteger os dedos, quando largam a corda, e também para proporcionar uma super-fície lisa para a corda deslisar. A maioria das dedeiras é feita de couro ou materiais sintéticos, sendo que algu-mas têm camadas múltiplas para proteção extra. Outros tipos de dedeira podem ter acessórios fixados conforme mostrado na figura, para ajudar a manter os dedos sepa-rados e ancorar em baixo do queixo.

O tamanho da dedeira não deveria ser mais comprido do que as pontas dos dedos.

2.7.3. Aljava (quiver)

Uma aljava de chão feita de barras de aço é espetada no chão para segurar o arco e as flechas. Uma aljava com cinto e aljava coldre com cinto seguram as flechas e, se equipadas com um bolso, podem segu-rar nocks e penas sobressalentes, extrator de flecha, tubo de cola, pé de coelho, brinquedo de pelúcia, etc.

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2.7.4. Protetor de peito

Um protetor de peito é usado para impedir ferimentos do busto. A repetição prolongada de pressão da corda pode levar à formação de um caroço dentro do tecido adiposo, que é clinicamente difícil de distinguir e separar de tecido canceroso sem uma biópsia. São também usados com a finalidade de impedir que roupa solta interfira com a corda, especialmente se estiver vestindo roupa para tempo mais frio ou úmido. O protetor de peito é feito de nylon, couro macio ou plástico de malha aberta preso em torno do peito com uma tira elástica.

2.7.5. Pulseira (sling)

A pulseira é um cordão ou uma tira ajustável usada para impedir que o arco caia no chão. Isto permite ao arqueiro atirar com uma mão de arco relaxada e assim permite que o tiro seja executado com torque mínimo sobre a empunhadura a partir de seu grip (punho), e também minimisa a variação experimentada de tiro para tiro, quando a empunhadura é agarrada. Todos os tipos de pulseira funcionam bem e a escolha de qual tipo usar é uma preferência muito pessoal.

A pulseira de arco é fixada no arco, em geral exatamente abaixo do grip. A pulseira deveria passar solta sobre a mão. Após a largada a tira vai exercer pressão no topo da mão e o arco será suportado apenas pela tira. Vantagem: Fácil de ajustar. Desvantagem: Este tipo de pulseira tende a permitir que o arco gire, se o arco deixa a mão por completo, o que pode ser desconcertante, especialmente se as lâminas giram para cima perto da face do arqueiro!

A tira ou o cordão não deveriam exercer pressão para baixo na mão ou no punho durante o tiro.

A pulseira de punho realiza a mesma função, mas é fixada no punho, laçada em torno do arco e presa ao laço em torno do punho. Vantagem: Fácil de ajustar. Sensação segura. Desvantagem: Inicialmente pode proporcionar uma sensação um pouco inconsistente e desajeitada.

A pulseira de dedo pode ser uma tira de couro ou um pedaço de corda com um laço em cada ponta. Ela é fixada entre o indicador ou dedo médio e o polegar com o arco segurado de modo frouxo na mão. Esta é a pulseira pre-ferida de muitos arqueiros de topo. Vantagem: Movimento livre na mão. Pequena e leve. Desvantagem: Não é fácil de ajustar. Arrume uma que se ajuste a você e seu arco! A maioria das pulseiras de dedo vão ajustar-se ao arqueiro médio. Pode dar uma sensação desajeitada, se os laços não estiverem suficientemente apertados.

Com qualquer pulseira leva-se tempo para aprender a confiar nela. Ao atirar certifique-se de que o arco deslise para frente em sua mão após a largada – esta é a melhor indicação de que sua mão de arco está relaxada.

2.7.6. Clicker

O ‘clicker’ é geralmente uma tira de aço mola fixada na empunhadura. A flecha é colocada em baixo do clicker de modo que em plena puxada a ponta da flecha será puxada por baixo do clicker. Este então vai estalar de volta contra o arco, fazendo um ruído audível de ‘click’. Com este ruído o arqueiro vai largar a flecha. A finalidade do clicker é ajudar na consistência, pois mesmo uma diferença de meia polegada no comprimento de puxada pode fazer uma diferença significativa na potência do tiro e por isso na distribuição vertical das flechas. Antes que um arqueiro possa usar um clicker, seu comprimento de puxada deve ser consistente, caso contrário será mais um empecilho do que uma ajuda. Para por o clicker na posição correta, não mais do que metade do comprimento da ponta da flecha deve ser deixado em baixo do clicker em plena puxada. Se o comprimento deixado em baixo do clicker for demasiado, haverá necessidade de esforço demasiado para puxar este comprimento extra enquanto mantém a mira parada.

Nunca um único dispositivo deixou tantos arqueiros incapacitados! O clicker é a fonte de muitos problemas psico-lógicos para tantos arqueiros, que desenvolvem uma tendência a reagir ao clicker. Logo torna-se a regra para largar

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a flecha no mais leve click – até o clicker do arqueiro que está ao seu lado! Isto é devido a uma dependência doentia do clicker. É mais importante ensinar o subconsciente que o clicker não é o fim do tiro – ele é de fato o meio. O clicker é uma indicação de que alcançamos um ponto no qual poderíamos largar “SE QUISÉSSEMOS”.

Leva um tempo significativo para aprender a usar um clicker de forma apropriada. Arqueiros coreanos começam com um clicker no primeiro dia, o que significa que eles nunca aprendem a parar/mirar/largar, e se há algum segredo de sucesso para o tiro com arco, este é: “movimento contínuo” (veja a seção sobre técnica de tiro). É muito difícilI, uma vez parado, de recomeçar, assim entramos na luta de poder – nós versus o clicker… e o clicker SEMPRE vence.

Dito tudo isto, um clicker é essencial para a maioria dos arqueiros competitivos e aprender a controlar o clicker é crucial para um bom desempenho.

É importante assegurar que o clicker não aperte o button, isto é, que a tensão do clicker não seja maior que a do button. Se este for o caso, a flecha vai saltar para fora do arco após a batida do clicker. Para verificar isto puxe a flecha através do clicker quatro ou cinco vezes e observe a ponta cuidadosamente. A ponta não deveria mover-se, quando o clicker bate.

Se a flecha for comprida demais para usar um clicker padrão, há extensores de clicker disponíveis, que são monta-dos na frente ou na lateral do arco e que fornecem uma plataforma, onde o clicker pode bater. Alternativamente há clickers magnéticos disponíveis (Cavalier e Golden Key são dois fabricantes de tais dispositivos), que são montados em baixo da mira ou na barra de extensão da mira e que têm uma vareta de aço inox, que fica encostada na flecha. OBSERVE: Estes clickers são muito leves e podem causar problemas ao atirar em condições de vento, quando a flecha é soprada para fora do rest! Todavia, a vantagem é que os tiros ATRAVÉS destes clickers (isto é, largando uma flecha antes da batida do clicker) têm consequências muito menos prejudiciais para suas penas OU para sua pontuação!

3. Ajuste

Observação: Estas instruções são destinadas apenas para arqueiros de arco recurvo com largada pelos dedos.

3.1. O que?

O ajuste é o processo de combinação do arqueiro, da flecha, do arco e do equipamento restante (incluindo a corda, o button, etc.). Parece um processo complicado, mas de fato em sua forma mais simples pode ser simplesmente o caso de atirar algumas flechas adicionais em cada série e seguir as instruções simples abaixo.

3.2. Por que?

O ajuste eleva a precisão de duas maneiras:

1. Ajuda a assegurar que a flecha deixa o arco cada vez da mesma maneira.

2. Ajuda o arqueiro, fazendo com que o sistema arco perdoe mais a técnica precária e os erros menores.

3.3. Como?

O arco deveria ser ajustado em cinco passos e nesta ordem… caso contrário você estará fazendo ajustes cada vez maiores. Esteja ciente, porém, que de qualquer modo você será capaz de ajustar seu arco apenas tão bem como você pode atirar com ele!

3.3.1. Passo 1 – Configuração preliminar

Em primeiro lugar a flecha deve ter o spine mais correto possível para a força de puxada e o estilo de tiro. Uma flecha de spine incorreto será difícil, senão impossível, de ajustar (apesar de que um spine ligeiramente mais rígido é mais fácil de ajustar do que um spine, que é flexível demais). Consulte a tabela de spine do fornecedor das flechas. Isto presume naturalmente que você saiba a força de puxada de seu arco. Caso contrário peça a alguém medir esta força para você com o uso de uma balança de arco.

(OBSERVAÇÃO: A maioria das balanças de arco são muito imprecisas abaixo de 40lbs, então use uma que tenha sido calibrada com pesos estáticos, se possível.)

Se a flecha tiver o spine errado, é possível tomar providências para mudar esta situação, mas isto será tratado posteriormente.

Antes do ajuste verifique as seguintes condições:

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Assegure que as flechas sejam retas, devidamente providas de penas, e tenham nocks perfeitamente retos.

Assegure que o arco esteja configurado como normalmente seria para atirar, isto é, com a corda certa, a mira, os estabilisadores, o rest, o button, etc.

Assegure que o button não interfira com as penas (se este for o caso, gire os nocks para assegurar passagem desobstruída).

Coloque o centro da mira sobre o centro da haste da flecha.

Ajuste a pressão do button para um valor médio.

3.3.2. Passo 2 – Altura de corda

Acerte a altura de corda. Escute o ruído do tiro – o ruído é bom? O ruído é estridente? Ajuste a altura de corda de seu arco para o valor mínimo e aumente-a constantemente até o máximo e preste atenção no ruído do arco no tiro (ou ainda melhor, mande mais alguém escutar).

Um arqueiro chamado Marcel van Apeldoorn sugeriu o seguinte método:

Vá até uma distância longa, onde seus grupos ainda são bem fechados (p.ex. 50m talvez 70m), e comece com a altura de corda mínima recomendada pelo fabricante. Atire algumas flechas (p.ex. 18) e marque num gráfico a posição vertical de impacto de cada flecha. Aumente a altura de corda ligeiramente (p.ex. 1/16 ou 1/8 polegada por vez) e atire novamente algumas flechas. Grave também mentalmente o ruído do arco ou pergunte a mais alguém, pois você está ocupado demais atirando e não deveria estar prestando atenção a algo mais exceto fazer um bom tiro (cada vez). Continue aumentando a altura de corda até o valor máximo recomendado. MANTENHA SUA MIRA SEMPRE A MESMA.

Quando você começa na altura de corda menor, as flechas batem em alguma altura do alvo. Alguns aumentos da altura de corda provavelmente farão com que inicialmente as flechas batam mais alto até que com mais alguns aumentos da altura de corda a eficácia do arco e a altura de impacto das flechas começam a diminuir.

OBSERVAÇÃO: É muito importante atirar cada série correspondente a uma determinada altura de corda com a mesma altura de nocking point porque um aumento ou uma redução da altura de corda poderia ter um efeito sobre o nocking point (o efeito aumenta, quando a diferença no tiller aumenta). Escolha a altura de corda, que propor-ciona os grupos mais altos no alvo porque isto significa que nesta condição a transferência de energia do arco para a flecha atingiu seu valor máximo. A energia, que é deixada para trás no arco e que produz o ruído E vibrações, está reduzida a um mínimo neste ponto.

3.3.3. Passo 3 – Nocking Point

Determine a altura correta do nocking point. Se o nocking point for incorreto, a ponta e a rabeira da flecha vão oscilar num plano vertical.

O nocking point pode ser verificado de várias maneiras:

1. Teste do rasgo de papel. Uma moldura é colocada aproximadamente 2 metros (6 pés) na frente de um alvo. Uma folha de papel é encaixada na moldura. O arqueiro se posiciona aproximadamente 1 metro (3 pés) na frente da moldura e atira as flechas através do papel. Baseado na direção do rasgo no papel o nocking point pode ser ajustado.

2. Teste da flecha sem penas. A teoria baseada no ajuste pela flecha sem penas é que uma flecha sem penas vai continuar na direção que foi atirada visto que não há penas para estabilizá-la e por isso vai fornecer uma repre-sentação real de qualquer desvio do alinhamento.

Altura de corda

Rasgo alto. Nocking point alto demais.

Rasgo baixo. Nocking point baixo demais.

Ponto de impacto

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Atire pelo menos três flechas com penas e, com a mesma mira, duas flechas sem penas num alvo a uma distância de 18 metros. Se as flechas sem penas batem acima das flechas com penas, o nocking point é baixo demais. Se as flechas sem penas batem abaixo das flechas com penas, o nocking point é alto demais. (Às vezes é desejável ter o impacto das flechas sem penas ligeiramente abaixo das flechas com penas para assegurar que o nocking point não seja baixo demais uma vez que isto poderia causar problemas de passagem sem obstrução.)

3.3.4. Passo 4 – Centro de tiro

A centralização da flecha é usada para assegurar que os “nodos” da flecha deixam o arco em alinhamento direto com o alvo. (veja seção de pontos nodais) Em primeiro lugar ache o centro das lâminas. Para fazer isto coloque um pedaço de fita de prote-ção para pintura atravessado no lado interno de cada lâmina a poucas polegadas da empunha-dura. Marque o centro de cada lâmina na fita. Apoie o arco, pendurando-o sobre o encosto de uma cadeira, usando estabilizador/empunhadura como um gancho. OBSERVAÇÃO: É importante NÃO exercer qualquer pressão sobre as lâminas. Encaixe uma flecha na corda e fique atrás do arco, olhando as costas da empunhadura. Olhando com um só olho e alinhando a corda com as marcas na fita de proteção, verifique a posição da flecha em relação à corda. Se a flecha estiver absolutamente centralizada, ela deveria estar alinhada com a corda. Todavia, devido ao movimento de flexão conferido por uma largada com os dedos, isto não é desejável nesta configuração. Ajuste a posição do button até que apenas o diâmetro da flecha na ponta fique à esquerda da corda (para arqueiros destros). Feito isto, trave o anel de ajuste do button e deixe assim!

3.3.5. Passo 5 – Spine da flecha

Se o spine da flecha for incorreto, haverá oscilação da ponta e rabeira da flecha num plano horizontal.

Em primeiro lugar ajuste a mola do button para uma tensão média.

Há diversas maneiras de verificar a oscilação horizontal, mas o teste da flecha sem penas é de longe o mais confiável. Alguns arqueiros usam o teste do rasgo de papel, mas este método é mais apropriado para arqueiros de arco composto e é de confiabilidade muito pequena para arqueiros que largam com os dedos visto que a flecha VAI sair com algum movimento lateral e o rasgo de papel vai variar, dependendo da distância que o arqueiro está afastado do papel.

As instruções a seguir são destinadas para arqueiros destros e devem ser revertidas para arqueiros canhotos.

Atire pelo menos três flechas com penas e, com a mesma mira, duas flechas sem penas num alvo a uma distância de 18 metros.

Se as flechas sem penas batem à direita (flexíveis demais) das flechas com penas, aumente a tensão da mola do button, reduza a potência do arco ou reduza o peso da ponta da flecha. Se as flechas sem penas batem à esquerda (rígidas demais) das flechas com penas, reduza a tensão da mola do button, aumente a potência do arco ou aumente o peso da ponta da flecha.

Nocking point baixo demais

Nocking point alto demais

Flecha flexível demais

Flecha rígida demais

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Se você não consegue levar as flechas sem penas para dentro do grupo das flechas com penas, verifique a passagem sem obstrução (veja a seguir)… se as flechas são rebatidas pela empunhadura ou algo mais, o ajuste nunca será possível. Ademais lembre-se de verificar o alinhamento das lâminas (veja seção 2.1.4.2). Lembre-se também de que um button, que é macio DEMAIS, pode atingir o limite de seu curso, causando efeitos indesejáveis.

3.3.6. Passo 6 – Passagem sem obstrução

Depois que a flecha está basicamente ajustada aplique spray de talco, desodorante seco ou produto similar no último quarto da haste, nas penas, no conjunto do rest e na janela da mira perto do rest e depois atire a flecha (com cuidado para não remover o pó de forma precipitada). Verifique se há rastros de contato no pó.

Se houver problemas de passagem sem obstrução:

• Se as penas da flecha batem, tente girar o nock por 1/32 de volta. Continue girando o nock até conseguir passa-gem sem obstrução.

• Certifique-se de que o braço de suporte do rest não se estenda para fora da parte externa da haste da flecha, quando a mesma está apoiada no braço e encostada no button.

• Tente usar penas com perfil mais baixo.

• Tente modificar sua configuração (flechas mais rígidas/mais flexíveis), rest diferente, etc.

• Se tudo mais falhar, mova o button ligeiramente para fora do arco.

3.3.7. Passo 7 – Compensação pelo spine incorreto

Se sua flecha é flexível demais, reduza a potência do arco, diminua o peso da ponta, aumente a quantidade de fios da corda, reduza a altura da corda. Você pode também tentar colocar nocking points de metal em lugar de fio dental.

Se sua flecha é rígida demais, aumente a potência do arco, aumente o peso da ponta, diminua a quantidade de fios da corda, aumente a altura da corda.

Não modifique o peso da ponta fora da faixa aceitável do ponto de equilíbrio deslocado para a frente do centro geométrico (FOC = Front Of Centre). A Easton recomenda as seguintes faixas FOC para flechas de tiro de precisão:

Flechas de alumínio: 7-9%

Flechas ACC: 9-11%

Flechas ACE: 11-16%

Para calcular a porcentagem de FOC, use o seguinte cálculo: 100 x (A-L/2) L

onde A é a distância do encaixe da rabeira até o ponto de equilíbrio da flecha acabada (inclusive ponta, penas, etc). e L é o comprimento do tubo (distância do encaixe da rabeira até o fim do tubo).

3.4. Ajuste do tiller

Tiller é o nome dado ao balanceamento das lâminas. Digamos, por exemplo, que a lâmina superior do seu arco estava com 38lb e a lâmina inferior com 36lb (sim, improvável – mas seja paciente comigo)… então o arco iria tender a inclinar-se para cima devido ao excesso de carga desenvolvido pela lâmina superior, causando dificuldade para mirar! Isto é um exemplo extremo, mas é apenas para ilustrar a questão. Enquanto as outras questões de ajuste acima mencionadas estão focadas no ajuste da flecha ao arqueiro, o ajuste do tiller está mais relacionado com o ajuste do arco ao arqueiro.

Lâminas modernas de arco são geralmente fabricadas como pares combinados e assim sendo por que ajustar o tiller? Simplesmente porque a empunhadura e o grip não são simétricos. Há dois ajustes, que podem ser feitos para considerar isto:

Tiller dinâmico

Isto é a força aplicada à corda por ambas as lâminas após a largada e é ajustada pela determinação do nocking point (veja seção anterior).

Tiller estático

Isto é a força aplicada à corda por ambas as lâminas durante a puxada e é ajustada pela mudança do ângulo da lâmina (através do encaixe de calços ou algum outro método). O tiller estático recomendado geralmente fica mais ou menos entre 1/8” e 1/4”. Isto é medido pela distância da lâmina (onde ela é encaixada na empunhadura) até a corda (em ângulo perpendicular com a corda). Normalmente a lâmina inferior está 1/8” mais próxima da corda do que a

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lâmina superior. NO ENTANTO. O modo como o arqueiro segura a corda e o arco vai determinar a posição efetiva requerida para este arqueiro. Para testar o tiller estático, posicione-se a 18m/20yds do alvo (40/60cm) e coloque a mira sobre o alvo. Puxe a corda do arco MUITO DEVAGAR para trás até o ponto de ancoragem. É importante que a mão se mova diretamente até o ponto de ancoragem e que isto seja feito lentamente. Se o pin da mira mover-se para cima, aumente o tiller (aumente a força da lâmina inferior ou reduza a força da lâmina superior). Similarmente, se o pin mover-se para baixo, reduza o tiller (reduza a força da lâmina inferior ou aumente a força da lâmina superior).

3.5. Outros métodos de ajuste

Ambos estes métodos requerem tempo e habilidade significativos para serem executados apropriadamente e às vezes são considerados como sendo mais transtorno do que valendo a pena para o arqueiro mediano.

3.5.1. Ajuste do button (método Vic Berger)

Isto é muitas vezes usado como verificação final após o ajuste pela flecha sem penas. (Estas observações são nova-mente destinadas para arqueiros destros.)

• Atire de 15 metros, usando flechas com penas para estabelecer um grupo.

• Faça um ponto de mira 4 a 6 polegadas em baixo do topo do alvo.

• Deixe a mira conforme ajustada e, usando o novo ponto de mira, atire 1 flecha de cada vez nas seguintes dis-tâncias – 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 metros, etc., até que as flechas se aproximem da parte inferior do fardo. Con-sulte os gráficos a seguir e ajuste o button de acordo com os mesmos até obter uma regulagem ideal.

Se o arco está devidamente ajustado, a linha desce reta pelo alvo em sentido vertical.

Se a linha é reta mas descendo para a esquerda, diminua a tensão da mola do button. Se descer em diagonal oposta, aumente a tensão da mola do button. Se a linha está curvada para a esquerda e depois volta para o centro, o button está muito para fora do arco. Se está curvada para a direita, o button está muito para dentro. Faça os ajustes até obter uma linha reta vertical. Se você teve que fazer qualquer um destes ajustes, retorne ao método da flecha sem penas até que os métodos estejam em conformidade um com o outro!

3.5.2. Ajuste em Distância Curta, Ajuste Fino e Microajuste

Todos estes ajustes são assuntos para discussão posterior!

3.5.3. Ajuste para tiros no dez (um guia de ajuste completo de Rick Stonebraker)

Esta seção é um guia de ajuste completo escrito por Rick Stonebraker. Este guia chamou minha atenção pela pri-meira vez, quando alguém mencionou o método de ajuste do “button rígido ou palito de fósforo”. Intrigado, eu pedi uma cópia deste guia. As façanhas de Rick no mundo do tiro com arco falam por si próprio. Rick detém vários recordes do estado de Texas e mais ou menos 15 títulos estaduais de field, outdoor e indoor. Ele faz parte do conselho diretor da National Archery Association, é instrutor nacional NAA nível 4, árbitro nacional e olímpico. Essa lista não é exaustiva!

Button muito para dentro – mova para a esquerda

Button muito para fora – mova para a direita

Tensão da mola muito forte – diminua

Tensão da mola muito fraca – aumente

ideal

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Eu tenho incluído este guia aqui em sua íntegra e com sua redação original. Algumas recomendações aqui incluídas refletem as de seções anteriores, mas este sistema é planejado como um processo do começo ao fim e por isso uma fragmentação deste processo iria depreciar o sistema.

Ajuste

g

Uma parte importante do tiro com arco é o equipamento. A habilidade do arqueiro também é importante, mas se o arco não for devidamente ajustado, a habilidade do arqueiro é reduzida. O ajuste pode ser concluído num curto período de tempo. O arqueiro, que aplica o máximo de tempo e esforço em seu equipamento, será o mais bem sucedido.

Plunger

Button

O ÊMBOLO do button tem uma MOLA, que permite movi-mento horizontal da flecha. Quando devidamente ajustado, o ÊMBOLO vai impedir que a flecha se mova além do centro no caso de um tiro precário.

Remova a MOLA do ÊMBOLO.

Corte um FÓSFORO de madeira ou um pedaço de ARAME com aproximadamente ¾” de comprimento. Isto vai deixar o ÊMBOLO rígido. O ÊMBOLO RÍGIDO vai ajudar a ajustar a haste da flecha.

Instalação/Ajuste do button

OBSERVAÇÃO: Este método é o mesmo para arqueiros canhotos

Instale o button rigido

Remova o estabilizador central. Remova a mira se necessário. Apoie o topo do arco contra uma parede para permitr uma vista clara do alinha-mento. A corda deveria estar no centro das lâminas.

Ajuste o button rigido

Mova o button rígido para dentro/fora de modo que a flecha sem penas esteja diretamente no centro do arco. A corda deveria estar no centro da flecha. Instale o estabilizador e a mira. O arco está pronto para atirar.

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Configuração do teste do rasgo de papel

Este método vai:

(1) Determinar se o nock point está correto. Isto pode ser corrigido.

(2) Determinar se as flechas são rígidas ou flexíveis. Isto pode ou não pode ser corrigido.

MOLDURA DE AJUSTE A MOLDURA DE AJUSTE consiste numa moldura para segurar uma folha/ pedaço de papel.

Fique 5-6 metros afastado da moldura de ajuste. O fardo deveria estar pelo menos 1 metro atrás da moldura. Isto vai permitir que a haste passe por completo pelo papel.

Atire uma flecha sem penas na altura dos ombros de modo a permitir um vôo paralelo ao chão. O rasgo do papel vai determinar o ajuste usual. Vamos ajustar em primeiro lugar o rasgo vertical.

Nock Point

Figura 1. RASGO PARA CIMA. A ponta da flecha sem penas entrou baixa e a rabeira entrou alta. O NOCK POINT é alto demais. Mova o NOCK POINT para baixo. Figura 2. RASGO PARA BAIXO. A ponta da flecha sem penas entrou alta e a rabeira entrou baixa. O NOCK POINT é baixo demais. Mova o NOCK POINT para cima.

Ajuste o NOCK POINT até que o rasgo não esteja nem para cima nem para baixo.

FLECHA

FLECHA SEM PENAS

fardo Moldura de ajuste

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Figura 3. RASGO PARA A ESQUERDA. A ponta da flecha sem penas entrou à direita. A rabeira rasga o papel para a esquerda. Figura 4. RASGO PARA A DIREITA. A ponta da flecha sem penas entrou à esquerda. A rabeira rasga o papel para a direita.

A próxima seção vai ajustar o rasgo horizontal.

Rasgo horizontal

ARQUEIROS DESTROS

A figura mostra um RASGO PARA A ESQUERDA. A haste da flecha é flexível demais. Se o rasgo é de 1-3 polegadas, a haste pode ser endurecida pela redução do peso da ponta ou pela redução da potência do arco. Se o rasgo é maior que 3 polegadas, a haste da flecha é flexível demais. Escolha uma haste mais rígida.

A figura mostra um RASGO PARA A DIREITA. A haste da flecha é rígida demais. Se o rasgo é de 1-3 polegadas, a haste pode ser enfraquecida pelo aumento do peso da ponta ou pelo aumento da potência do arco. Se o rasgo é maior que 3 polegadas, a haste da flecha é rígida demais. Escolha uma haste mais flexível.

Um rasgo menor que 1 polegada, para a dieita ou esquerda está O.K. Um furo singelo é ideal.

ARQUEIROS CANHOTOS

A figura mostra um RASGO PARA A ESQUERDA. A haste da flecha é rígida demais. Se o rasgo é de 1-3 polegadas, a haste pode ser enfraquecida pelo aumento do peso da ponta ou pelo aumento da potência do arco. Se o rasgo é maior que 3 polegadas, a haste da flecha é rígida demais. Escolha uma haste mais flexível.

A figura mostra um RASGO PARA A DIREITA. A haste da flecha é flexível demais. Se o rasgo é de 1-3 polegadas, a haste pode ser endurecida pela redução do peso da ponta ou pela redução da potência do arco. Se o rasgo é maior que 3 polegadas, a haste é flexível demais. Escolha uma haste mais rígida.

Um rasgo menor que 1 polegada, para a dieita ou esquerda está O.K. Um furo singelo é ideal.

Atire Com Button Rígido (arqueiro destro)

O BUTTON RÍGIDO está no centro do arco. Atire flechas com penas a 18 metros. Atire o melhor grupo possível no centro do alvo. Ajuste a mira se necessário.

Remova o BUTTON RÍGIDO e instale o BUTTON com MOLA.

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Veja a figura. Ajuste o BUTTON até que a margem direita da flecha esteja alinhada com a margem esquerda da corda. Não use a ponta, use a extremidade da haste. Atire de 18 metros, mas NÃO AJUSTE A MIRA. Corrija o vôo da flecha com a MOLA no BUTTON. Atire as flechas no mesmo alvo e atire o melhor grupo possível. Se as flechas batem à esquerda do centro, enfraqueça a MOLA (sentido anti-horário). Se as flechas batem à direita do centro, endureça a MOLA (sentido horário). Ajuste a MOLA até que o grupo esteja no centro do alvo. Este grupo deveria ser o mesmo que o grupo usando o MÉTODO BUTTON RÍGIDO NO CENTRO DE TIRO. Para maior ajuste fino veja “Método da Queda de Impacto” após a próxima seção.

Atire Com Button Rígido (arqueiro canhoto)

O BUTTON RÍGIDO está no centro do arco. Atire flechas com penas a 18 metros. Atire o melhor grupo possível no centro do alvo. Ajuste a mira se necessário.

Remova o BUTTON RÍGIDO e instale o BUTTON com MOLA.

Veja a figura. Ajuste o BUTTON até que a margem esquerda da flecha esteja alinhada com a margem direita da corda. Não use a ponta, use a extremidade da haste. Atire de 18 metros, mas NÃO AJUSTE A MIRA. Corrija o vôo da flecha com a MOLA no BUTTON. Atire as flechas no mesmo alvo e atire o melhor grupo possível. Se as flechas batem à direita do centro, enfraqueça a MOLA (sentido anti-horário). Se as flechas batem à esquerda do centro, endureça a MOLA (sentido horário). Ajuste a MOLA até que o grupo esteja no centro do alvo. Este grupo deveria ser o mesmo que o o grupo usando o MÉTODO BUTTON RÍGIDO NO CENTRO DE TIRO. Para maior ajuste fino veja a próxima seção.

Método da Queda de Impacto

Escolha uma marca no topo do alvo. Atire de 10 metros e ajuste a mira se necessário. Afaste-se por 10 metros a cada vez e continue atirando na marca no topo do alvo. As flechas vão cair alvo abaixo. Afaste-se o máximo possível. Aproximadamente 40 a 50 metros para a maioria dos arcos. Se as flechas caem numa linha reta vertical, o ajuste é bom, você pode pular a seção de “Padrões de queda de impacto”. Se as flechas desviam para a direita ou esquerda quando caem, há necessi-dade de maior ajuste, veja a próxima seção.

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Padrões de queda de impacto

ARQUEIROS CANHOTOS

Se as flechas caem para o lado es-querdo do centro, endureça a MOLA (sentido horário) até que as flechas estejam na linha central. Se as flechas caem para o lado direito do centro, enfraqueça a MOLA (sen-tido anti-horário) até que as flechas estejam na linha central.

ARQUEIROS DESTROS Se as flechas caem para o lado es-querdo do centro, enfraqueça a MOLA (sentido anti-horário) até que as flechas estejam na linha central. Se as flechas caem para o lado direito do centro, endureça a MOLA (sentido horário) até que as flechas estejam na linha central.

Observação: Aproximadamente ¼ de volta (90o) da mola vai mover as flechas 4” a 40 metros.

Ajuste visando perfeição

Este é o começo do ajuste fino. O ajuste fino pode ser feito durante a prática normal. Escolha uma distância longa: 60/70 metros para mulheres, 70/90 metros para homens. Atire 6 séries de 6 flechas. Faça um gráfico dos grupos.

Endureça o BUTTON (sentido horário) com aproximadamente ½ volta. Atire outras 6 séries de 6 flechas. Faça um novo gráfico para este grupo. Novamente endureça o BUTTON mais ½ volta, atire e faça gráfico.

Continue este procedimento até que os grupos começam a abrir. Assegure-se de registrar o número de voltas.

Restabeleça o ajuste do button de volta para o começo deste exercício. Enfraqueça o BUTTON com ½ volta (sentido anti-horário) e atire 6 séries de 6 flechas. Faça um gráfico dos grupos. Repita o exercício como antes até que os grupos começam a abrir.

Revise todos os gráficos e ache o melhor grupo. Ajuste o BUTTON para esta regulagem. Isto deveria ser o melhor ajuste.

Se houver tempo (e paciência), repita o exercício acima, usando ¼ e 1/8 volta. Excelência requer persistência.

Vá para 18 metros e atire um grupo no centro do alvo. Atire agora uma flecha sem penas e observe, onde ela impacta no alvo com relação ao grupo. Por exemplo, veja figura 1. O ajuste fino encontrou uma configuração melhor. Não fique preocupado, se a flecha sem penas não agrupou com as flechas com penas.

QUEDA PARA

A ESQUERDA

QUEDA PARA

A DIREITA

Sentido horário

Sentido anti-horário

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Observação: É importante registrar, onde a flecha sem penas bate com relação ao grupo. Registre isto na figura 2 para uso posterior.

Se surge uma emergência, onde o arco precisa ser reajustado depressa, estabeleça o nock point e depois ajuste a tensão da mola até que a flecha sem penas bata com relação ao grupo, onde o mesmo se encontra, conforme na figura 2.

Indicação nas rabeiras

As penas de plástico estão tocando o rest ou qualquer parte da plataforma da empu-nhadura, quando você atira? Ponha um pouco de batom vermelho no braço de su-porte do rest. Veja a figura 1. Atire algumas flechas e veja, se as penas estão fazen-do contato. Se houver algum batom nas penas, gire o nock até que não haja mais batom. Nós queremos achar exatamente onde as penas fazem contato com o rest ou com a plataforma. Gire o nock e atire até que a pena começa a roçar. Faça uma marca na haste diretamente defronte à marca de molde no nock. Veja a figura 2. Isto é onde a fricção começa para esta pena particular.

Gire o nock na direção oposta e repita o procedimento acima até que a próxima pena começa a roçar. Faça outra marca defronte à marca de molde no nock. Estas duas marcas indicam, onde as duas penas esfregam o arco. Gire o nock até que a marca de molde esteja diretamente no meio destas duas marcas.

Isto deveria ser desobstrução máxima. Marque cada flecha da mesma maneira. Veja a figura 3.

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Registre Informações Importantes

Observação do autor

Este método tem sido usado por muitos anos por alguns arqueiros de topo. Há métodos mais rápidos, mas eu creio que este é o mais completo. Este método ajusta e dá uma ideia de como o equipamento trabalha.

Potência do arco

Tiller inferior

Altura de corda

Comprimento da corda

Tiller superior

Comprimento das flechas

Comprimento das penas

Quantidade de fios

Peso das pontas

Tipo de pena

Tipo de nock

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4. Técnica de tiro

A chave para o sucesso no tiro com arco é a repetição – fazendo todas as vezes a mesma coisa. E a única maneira de fazer isto é ter uma boa sensação sobre o seu tiro. Seja confortável. Seja relaxado. Seja confiante. E a única maneira de desenvolver estas características é praticar, praticar, praticar, praticar, praticar...... atire tantas flechas BOAS quantas você puder. Quando você não consegue ter um arco e flechas em suas mãos, atire mentalmente. Visualize o tiro por dentro e por fora. Veja as flechas cravando diretamente no anel do 10. Como em todos os esportes você terá como retorno do seu tiro com arco tudo que você investir nele. Acima de tudo lembre-se: se você não tiver a sensação correta, não deixe a flecha partir!

4.1. Fundamentos

4.1.1. Aquecimento!

Muitas vezes ignorado, mesmo pelos bons arqueiros! É essencial ter um bom regime de aquecimento, para ajudar a prevenir lesões a longo prazo e a curto prazo. Há muitos estilos diferentes de aquecimento que são tratados no capítulo de treinamento. NÃO IGNORE os aquecimentos... eles o ajudarão a ter um desempenho mais consistente e apreciar o esporte por muitos anos. (Veja o item 6.1.4.1 para exercícios de aquecimento.)

4.1.2. Mão direita ou esquerda?

Houve muita discussão sobre este assunto. A maioria parece favorecer a teoria do olho dominante. Se você tiver o olho direito dominante, você deverá ser um arqueiro destro. Como se deve proceder?

Um método é formar um buraco com suas mãos, com seus braços erguidos e estendidos e com ambos os olhos abertos olhar pelo buraco em um objeto distante. Mantendo o olhar naquele objeto, mova suas mãos devagar para trás até tocarem seu rosto. O buraco formado por suas mãos deverá estar sobre um de seus olhos. Este olho é o seu olho dominante que controlará sua mira. Uma outra maneira rápida para verificar seu olho dominante é apontar seu dedo indicador sobre um objeto distante com ambos os olhos abertos, depois fechar um olho e ver, se seu dedo se afasta do objeto apontado. Se seu dedo se afastou, então o olho que você fechou é seu olho dominante. Tente de novo com seu outro olho e então seu dedo não deverá afastar-se.

Algumas pessoas simplesmente não têm um olho dominante – ambos os olhos são igualmente fortes. Neste caso o melhor é que uma pessoa destra atire como arqueiro destro, ou seja, puxa a corda com a mão direita, e vice versa.

4.1.3. Mirar – Com um olho ou com ambos os olhos?

Isto, tal como muitas outras coisas da parte técnica, é pura preferência. Se você não tiver um olho particularmente dominante, atirar com ambos os olhos abertos pode causar problemas na mira (dois pins de mira, um alvo!), portanto atire com seu olho esquerdo fechado (para um arqueiro destro) ou obscurecido.

Tente ambos os métodos e escolha o que for melhor para você.

4.2. Postura

A postura é o alicerce do tiro – uma postura precária resultará num tiro precário e desempenho especialmente precário em condições de vento. No extremo oriente, uma postura sólida é chamada de “parado como uma montanha”.

Checklist de postura

Fique ereto e relaxado (um pé em cada lado da linha de tiro). Não trave os joelhos.

Mantenha os pés afastados pela largura dos ombros.

Mantenha um equilíbrio uniforme em ambos os pés e um equilíbrio uniforme entre a ponta e o calcanhar de ambos os pés. O centro de gravidade do corpo deve ser mantido tão central e tão baixo quanto possível.

Mantenha a mesma posição dos pés para cada tiro. Isto pode ser feito com o uso de marcadores no chão (em torneios indoor) ou cavilhas para os pés (em torneios outdoor). Cavilhas para os pés consistem em suportes de bola de golfe ou grampos de alvo.

Verifique se os ombros estão alinhados e se a cabeça está aprumada.

Os diagramas a seguir mostram as posições usuais para os pés:

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A postura aberta é ideal para situações onde há vento lateral, onde o arqueiro tem problemas com desobstrução do braço do arco ou da roupa, ou simplesmente onde o arqueiro deseja acentuar a “sensação” de back tension.

Observe que mesmo que os pés sejam angulados em relação à direção de tiro, o torso deve ser torcido acima da cintura para manter a linha do tiro. Esta “linha” é importante durante todo o tiro, e se isto for acertado logo, significa que não é necessário pensar nisto depois na execução do tiro.

4.3. Pré-puxada

A pré-puxada é a oportunidade para aprender direito os fundamentos, estabelecer uma boa pegada tanto no arco como na corda e relaxar antes da execução do tiro propriamente dito.

4.3.1. Encaixe da flecha, posicionamento da mão da puxada e da mão do arco

Encaixe a flecha na corda, empurrando a rabeira no serving central em baixo do / entre o(s) nocking point(s). É importante assegurar que a flecha não seja apertada demais nem solta demais. Para verificar isto deixe a flecha pender da corda verticalmente e dê uma pancadinha na corda. A flecha deverá cair da corda.

Verifique se a flecha está encostada contra o button e em baixo do clicker (se estes acessórios estiverem montados e em uso).

4.3.1.1. Mão da puxada

Encaixe os dedos na corda. Para o tiro de precisão usa-se o indicador, o médio e o anelar. O indicador é colocado acima da rabeira da flecha e o médio e anelar são colocados em baixo da rabeira da flecha. Coloque os dedos na corda de modo que a mesma repousa na ou atrás da primeira junta de todos os três dedos.

Alguns arqueiros preferem atirar com a corda alojada na frente da junta (em direção às pontas dos dedos), pensando que isto proporciona uma largada mais limpa, mas de fato isto requer uma musculatura bem desenvolvida da mão e muitas vezes resulta num arranque da corda devido à tensão necessária para segurar a corda no lugar (bem como dedos muito cansados após vários tiros).

A teoria moderna indica que um gancho mais profundo é mais relaxante, resultando por isso numa largada mais limpa. Você pode sentir que há uma quantidade terrível de dedos a ser removida da corda, mas os resultados são exepcionalmente bons. Mesmo com um gancho profundo há uma boa chance de que a corda se encaixe bem dentro da primeira junta durante a puxada, devido à potência do arco. Para iniciantes isto tem a vantagem adicional de girar a corda e assim aumentar a pressão lateral sobre a flecha, ajudando a manter a mesma sobre o rest.

Mantenha um espaço claro entre o indicador e médio e a rabeira da flecha de modo que os dedos mal toquem a rabeira. (Isto evitará um ‘aperto’ da flecha). Um sintoma típico de aperto da flecha é quando a mesma é puxada no sentido lateral para fora do rest à medida que a corda é puxada para trás. Para esta finalidade alguns arqueiros usam dedeira com um separador de dedos – outros não usam. Use o que for mais confortável para você. O design de diversos separadores de dedo é adequado para algumas pessoas e não é para outras. Muitas vezes o desconforto pode ser aliviado, enrolando uma fita macia em torno do separador de dedo.

Mantenha as costas da mão tão planas quanto possível (relaxadas). O polegar muitas vezes é colocado dentro da palma de modo que possa ser encostado no pescoço em plena puxada. Aplique uma leve puxada na corda para colocar os dedos em posição, prontos para a puxada. Os iniciantes deveriam manter uma pressão uniforme em todos

POSTURA ALINHADA POSTURA ABERTA

para o alvo para o alvo

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os dedos. Arqueiros experientes muitas vezes variam a pressão, geralmente com pressão em torno de 50% no dedo médio, 35% no anelar e 15% no indicador.

4.3.1.2. Mão do arco

Encaixe a mão do arco no grip do arco com a linha central da forma de V entre polegar e indicador alinhada com o centro do arco conforme mostrado na vista de cima. A base do músculo do polegar deve repousar na linha central do grip. Durante a puxada a pressão deve ser exercida sobre o músculo do polegar e diretamente para dentro do punho (posição de punho baixo). O polegar e os dedos devem ficar relaxados. Se não é usada uma pulseira de dedo ou de arco, as pontas dos dedos são encostadas em torno do arco até que o toquem levemente. Isto impedirá que o arco caia da mão na largada.

Uma posição consistente da mão é essencial para um tiro consistente. Gire o braço de modo que, quando o arco é erguido, as articulações da mão estejam num ângulo de aproximadamente 45 graus. Isto é mais fácil de fazer, se os três dedos externos são encostados com as pontas dobradas para trás na lateral da empunhadura.

Neste momento há três posições possíveis do punho, determinadas geralmente pela forma do grip:

Grip Alto

Com um grip alto o punho fica levantado e em linha com o osso da articulação do dedo indicador. Isto proporciona uma boa linha plana e ergue o ponto de contato até a posição entre o polegar e indicador. Este grip requer força para usar de modo consistente, pois a tendência após cansaço é deixar o punho cair.

Grip Médio & Grip Baixo

Com o grip médio & baixo a pressão é rebaixada até a parte carnuda do polegar. Isto permite que a mão fique relaxada durante o tiro, reduzindo a tendência a torque ou torção do arco. O grip médio-até baixo é o método preferido da maioria dos arqueiros de topo.

Checklist 1 da pré-puxada

Verifique, se a flecha está encaixada de forma segura. Verifique, se a flecha não está montada no topo do button. (um erro comum!)

Estabeleça um encaixe confortável médio a profundo dos dedos na corda.

Posicione as articulações da mão do arco em 45 graus e verifique, se o encaixe é confortável e no lugar certo.

Verifique, se as mãos estão relaxadas.

4.3.2. Braço do arco & braço da puxada

O braço do arco é uma das partes mais críticas do tiro (a outra parte é a largada e o follow-through), que deve ser estável e firme durante o tiro e de comprimento consistente em todos os tiros (isto pode parecer engraçado, mas continue lendo...). Para conseguir firmeza o arqueiro deverá esforçar-se para manter o ombro o mais alinhado possível com o soquete de encaixe, o que pode ser feito, mantendo o ombro ligeiramente baixo (não baixo DEMAIS – isto deve ser uma posição natural, não forçada). Verifique isto num espelho. Levante o braço do arco, rotacionando no ombro e verifique para ver, se o ombro permanece baixo. Mantendo o ombro baixo também fará com que o mesmo pare de subir durante a puxada e assim encurte a puxada e como resultado disto mova o clicker para fora de alcance. Mantenha o cotovelo do braço da puxada erguido – isto facilitará o uso correto dos grandes músculos dorsais e por isso permite que o braço e a mão da puxada permaneçam relaxados.

Linha central

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Checklist 2 da pré-puxada

Ajuste a posição da mão no grip do arco e verifique a “sensação”, empurrando o arco ligeiramente com o braço do arco.

Levante o braço do arco e o braço da puxada juntos até a posição necessária.

Mantenha o ombro frontal em sua posição baixa normal. (Não permita que o ombro gire para cima ou para trás.)

Mantenha o cotovelo do braço da puxada alto (mas confortável!).

4.4. A puxada e a “ancoragem”

Mantenha o braço frontal plenamente estendido, mas não sobre-estendido (deverá haver pouco ou nenhum espaço para “empurrar” a partir do braço do arco) à medida que você puxa num movimento fluído suave numa linha mais direta possível por todo o percurso para trás até a posição de “ancoragem”. A palavra “ancoragem” está entre aspas porque isto indica algo sólido e imóvel, ao passo que o que realmente ocorre é o oposto – a ancoragem é de fato simplesmente um ponto de transição entre puxada e follow-through. Puxe a corda para trás enquanto mantém o braço da puxada relaxado – desta maneira o braço será movido pelos poderosos músculos dorsais. O uso dos músculos dorsais é uma maneira excelente de desenvolver consistência e resistência. O uso dos músculos dos braços causará fadiga e resultará em uma largada e follow-through inconsistentes.

Não mova a cabeça ou o tronco durante a puxada (lembre-se que a linha foi desenvolvida durante a fase da postura).

O cotovelo do braço da puxada deverá estar em linha ou ligeiramente mais alto que a linha da flecha. Verifique isto num espelho, ou melhor,,faça um video de seu tiro – um vídeo pode ser de grande valor para diagnosticar problemas de forma. Uma “boa linha” torna o tiro e follow-through muito mais consistentes.

A posição de “ancoragem” é onde a mão é posicionada no queixo e onde a corda toca a face e deverá proporcionar um ponto de referência consistente. Alguns arqueiros trazem a corda para trás até o centro do queixo, outros ligeiramente para o lado, mas há algumas recomendações sobre o que FAZER e NÃO FAZER:

TOQUE ligeiramente a ponta do seu nariz com a corda. NÃO TRAGA a corda além do maxilar de seu queixo – isto pode resultar na batida da corda contra seu queixo no momento da largada. MANTENHA sua mão próxima de seu pescoço e lembre-se de manter as costas de sua mão planas. COLOQUE o dedo indicador firmemente em baixo do maxilar para desenvolver um bom ponto de referência firme.

A relação entre todas estas posições é importante porque atua como a alça de mira, sendo portanto vital que seja a mais consistente possível.

Alguns arqueiros usam "beijadores", pequenas peças de plástico fixadas na corda, que são colocados contra os lábios ou dentes. Ao usar tal dispositivo é importante assegurar que a posição na face, onde quer que seja, possa ser repetida. A ancoragem no canto de sua boca não é boa – ela pode e provavelmente vai mover-se em todas as direções! Ligeiramente colocado entre os lábios está OK, desde que sua expressão facial não mude demais! Qualquer coisa que você escolher fazer, é provavelmente melhor combinar isto com um dedo ou uma plataforma firme em baixo do maxilar.

Quando a corda está no lugar, há mais uma verificação final importante, que é o "alinhamento da corda". Isto é crucial, especialmente em distâncias longas. Ao olhar através da mira você verá uma imagem borrada da corda – é importante que a mesma seja alinhada com o mesmo ponto para cada tiro. Se estiver ligeiramente fora, uma ligeira rotação de sua cabeça vai corrigir isto. Se a corda estiver alinhada no lugar errado, você perderá precisão de mira, resultando em grupos com dispersão horizontal. Para alinhamento muitos arqueiros europeus usam o lado ou centro da empunhadura ou janela de visada, outros usam o lado do pin de mira – embora este método pode causar problemas, quando a lateralidade da mira tiver que ser ajustada!

Quando você chega na ancoragem, é muito importante que você não pare de puxar. A mudança de uma ação de “puxar” para uma ação de “sustentar” vai dificultar muito o retorno para a puxada e assim os músculos dos braços provavelmente vão sobretensionar-se – isto dificultará a puxada AINDA MAIS, e assim fica muito difícil (às vezes

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impossível) passar pelo clicker. Se isto acontece, DESARME. Não lute – isto apenas te deixará cansado e pode resultar numa pontuação muito inferior (até uma falha!), se você insistir em livrar-se do tiro.

Nós podemos puxar a corda por todo o percurso até a ancoragem, parar e de repente aquele último trecho de 1/16” torna-se tão, mas tão difícil. Continue o movimento, embora muito devagar. A ação de puxar, mesmo ligeiramente, vai manter os músculos na configuração de “puxar” e de repente você vai passar facilmente pelo clicker!

Finalmente – mirar. A resposta aqui é NÃO MIRE. Isto é outro conceito que vai desconcertar os iniciantes… como em sã consciência fazemos com que as flechas batam próximas do alvo, se não miramos?? Ora, muito simples, nós miramos, mas não de forma consciente. Deixe a mira flutuar em torno do amarelo. Quando o clicker bate e a largada ocorre, seu cérebro automaticamente vai centrar a mira sobre o amarelo… tudo que você tem a fazer é armar o tiro corretamente e deixar seu subconsciente fazer o resto… As imagens a seguir ilustram o resultado, se você não está parado no centro...

Portanto não se preocupe com isso!! Olhe onde você quer acertar e concentre-se no movimento, no alinhamento, na conclusão do tiro (NÃO no clicker) – o que quer que funcione para você.

Checklist da puxada

Estenda o braço frontal (não sobre-estenda, pois isto pode fazer com que a corda bata no seu braço).

Puxe suavemente até a ancoragem, com braço relaxado.

Ombro frontal firme, corda para trás até queixo/nariz.

Posição firme da mão em baixo do queixo, próxima do pescoço.

Alinhamento da corda.

Coloque a mira no amarelo, mas NÃO MIRE.

NÃO PARE DE PUXAR.

4.5. A largada e o follow-through

Conforme mencionado anteriormente, a largada é um outro fator crítico em qualquer tiro. Uma boa largada relaxada e um follow-through continuo farão a diferença entre um tiro médio e um tiro excepcionalmente bom. É para isso que a “sensação” do tiro é toda importante. É algo que devemos aprender através de muitas horas de prática. Nós temos que aprender a saber a sensação proporcionada por um bom tiro, e depois (e apenas depois) podemos começar a desenvolver um ritmo e consistência.

Mantenha o movimento de puxada. Isto compreende comprometimento com o tiro. Quando o arco está armado e o amarelo está no pin de mira, invista no tiro com todo o entusiasmo ou desarme. NENHUMA atitude incompleta é suficientemente boa. Se você não estíver comprometido com o tiro, então apenas a sorte vai transformá-lo num bom tiro.

Não se esqueça do braço frontal firme. Não permita que o ombro frontal se levante – focalize o amarelo. Procure alcançar o alvo enquanto continua o movimento. Sinta o equilíbrio entre braço frontal e braço traseiro. Repare que aqui dizemos “alcançar” – lembre-se que o braço está travado e o ombro baixo, havendo assim muito pouco movimento disponível. Simplesmente reforce a linha, na direção do alvo.

Mantenha mão e braço de puxada relaxados – não se esqueça dos músculos dorsais.

À medida que você continua puxando para trás o clicker vai estalar. Isto não é o sinal para pânico! – este tipo de reação vai causar uma largada descontrolada ou “explosiva”, resultando em um tiro errante, imprevisível. O clicker é o sinal para permitir o subconsciente a largar... quando está pronto, simplesmente relaxe e deixe o tiro fluir.

Se transcorreram quarto ou cinco segundos desde que a corda alcançou a ancoragem, DESARME. Não lute... não lute porque sua mente estará cheia de imagens de passar pelo clicker... tensões no corpo vão induzir tremores...

Um tiro no 9

Um tiro no 10

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todas estas coisas farão com que o tiro falhe. Muitos arqueiros de topo têm um timing metronômico e nenhum deles sustenta a puxada por longos períodos de tempo. Uma puxada de cinco segundos é demorada demais.

Alguns arqueiros têm uma tendência de olhar para ver onde a flecha está indo... não faça isso. Qualquer coisa que fazemos além de atirar no amarelo é uma distração. Uma vez que a flecha partiu é tarde demais. Simplesmente concentre-se em fazer o tiro perfeito no amarelo – e então você não terá que “espiar”... você vai vê-lo pousar no centro!

Checklist do follow-through

Continue procurando alcançar o alvo com o braço frontal – sinta o equilíbrio entre “alcançar” e “puxar”.

Continue puxando com os músculos dorsais (mantenha o back tension). Comprometa-se com o tiro.

Controle o clicker – não o deixe controlar-te.

Focalize o amarelo, por todo o caminho através do tiro até que a flecha esteja no alvo.

4.6. O melhor estilo

Não fique desapontado, pois este capítulo não lhe diz qual é o melhor estilo – simplesmente porque não há nenhum. Todo arqueiro atira de modo diferente. Todo arqueiro tem uma técnica diferente, desde a maneira de segurar o arco e a corda até a maneira de fazer o follow-through... o que todos os arqueiros têm em comum é que eles podem repetir todas as vezes aquela mesma técnica. Não tente copiar ninguém... desenvolva seu próprio estilo, que dá uma sensação de conforto, e depois ensine seu subconsciente através de horas de repetição a sensação que este estilo proporciona. Você verá arqueiros na linha de tiro, que passam por todos os tipos de movimentos e rituais com-plicados... ignore-os. Atire com um estilo simples, fluído, confortável, relaxado e você vai atirar do seu melhor modo possível.

4.7. Concentração (FOCO)

Foco é extremamente importante. Cumprir prontamente esta tarefa é difícil para o ser humano. As pessoas conseguem em média prestar atenção plena por aproximadamente 2-3 segundos, sendo portanto um fator chave o desenvolvimento do foco para todos os arqueiros bem sucedidos... desde a pré-puxada até o follow-through devemos ser sinceros, cientes de nosso corpo e da sensação do tiro, mas comprometidos com o centro do alvo.

Quando um arqueiro encontra foco e concentração profundos, experimenta uma sensação maravilhosa. É quase um estado meditativo, que muitas vezes é descrito como se tivesse entrado no “estado de zona”, e uma vez dentro o arqueiro pode realizar grandes coisas, mas como tudo no tiro com arco, isto requer prática e determinação e mesmo então raramente esta habilidade permanece por muito tempo!

Quando as coisas vão mal, é fácil ficar distraído e começar uma análise exagerada do tiro – e de repente nossas mentes estão cheias de imagens negativas e auto-condenação. Se você entra neste estado, pare. Largue o arco e relaxe porque nada pode surgir a partir de emoções perturbadoras.

4.8. Ritmo e gesto

A memória muscular é a chave para o tiro com arco e uma das melhores maneiras de desenvolver a memória muscular é atirar com um ritmo consistente num movimento contínuo e repetir este processo de novo para quantas flechas você puder atirar realisticamente. Um bom ritmo consistente vai proporcionar uma forte consistência para todo o processo de tiro. A melhor maneira de desenvolver ritmo e gesto é sem alvo... uma técnica que geralmente é considerada como extremamente útil. Todo arqueiro deveria ter uma sessão de “ritmo” pelo menos uma ou duas vezes por semana.

Remova a mira, fique perto de um fardo e simplesmente atire flechas. Não pense em mirar – simplesmente assegure-se de que cada tiro produz a SENSAÇÃO correta, e atire cada flecha com foco e comprometimento. Tente desenvolver um ritmo e tente manter este ritmo por quantas flechas você puder... Concentre-se na sensação. Concentre-se na forma. E aprecie a sensação de atirar somente pelo amor ao tiro com arco. Isto, mais do que qualquer coisa, pode desenvolver consistência.

Você não pode atirar em casa? Simples! Compre/pegue emprestado/faça um dispositivo tipo Formaster®. Este dispositivo consiste de uma concha de cotovelo (ou tiras) com um cordão (elástico ou não) que efetivamente fixa seu cotovelo à corda. Usando este dispositivo e um corredor razoavelmente comprido (ou jardim) você praticar pré-puxada, puxada, ancoragem e controle do clicker sem risco de dano às flechas ou objetos de sua propriedade! Simplesmente puxe através do clicker, sustente a puxada por alguns segundos e desarme a flecha suavemente sem deixá-la partir. Mesmo que você a DEIXE PARTIR, o Formaster® deverá ser ajustado de modo que a flecha não cause dano e não seja danificada.

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5. Solução de Problemas 5.1. Perda da sensação

Muitos arqueiros experimentaram isto – num dia você estava arrasando com altas pontuações, no outro dia você não conseguia acertar a porta de um barracão a vinte passos. O que você faz? Continua lutando, com determinação obstinada? NÃO! Retorne aos fundamentos! Faça um check list de suas fraquezas, dos pontos que você sente que deve concentrar-se. Remova a mira do arco e siga as indicações no capítulo “ritmo e gesto”. Jogue fora todos aqueles maus hábitos, que você desenvolveu e volte ao início. O tiro com arco não é difícil, portanto aplique o princípio da simplicidade. Acima de tudo, diminua suas metas… as coisas não vão bem e o esforço para alcançar objetivos impossíveis vai apenas frustrá-lo e irritá-lo. Comece devagar e você verá que logo voltará a atirar da maneira que você sabe que pode.

5.2. Pânico do alvo

Um problema eterno para arqueiros de todas as disciplinas e para o qual existem muitas causas e não existem soluções fáceis. Às vezes isto é chamado de “febre do amarelo” e alguns dos sintomas, em ordem de gravidade, são:

Incapacidade de manter a mira no amarelo durante o tiro.

Incapacidade de impedir a largada, quando está no amarelo ou quando o clicker estala.

Incapacidade de levar a mira perto do amarelo.

Incapacidade de atingir a plena puxada.

Ocasionalmente um arqueiro passará por todos estes estágios à medida que os sintomas pioram. E naturalmente, a percepção de que existe um problema apenas aumenta o medo e a incerteza. O pânico do alvo é um problema psicológico, que tem origem numa falta de confiança e é um problema muito real para muitos arqueiros. Existem várias tentativas para superar este problema particular, dependendo da pessoa:

Volte aos fundamentos. Pegue um arco para iniciantes, algumas flechas velhas, fique perto de um fardo sem alvo e simplesmente atire flechas. Em qualquer lugar no fardo. Não tente agrupar os tiros. Livre-se de clicker e mira e outros dispositivos.

Atire com os olhos fechados (sim, seriamente). Fique perto do fardo, feche seus olhos e simplesmente puxe a corda do arco. É uma boa idéia abrir seus olhos para os primeiros tiros para assegurar que a posição está correta. Concentre-se na sensação do tiro. Esteja ciente do seu corpo e de como ele reage através do processo. Concentre-se em um ritmo suave fluído.

Quando você estiver atirando confortavelmente com estes dois métodos, acrescente uma mira e um alvo de tamanho normal e gradualmente, durante um periodo de semanas, reduza o tamanho do alvo e a distância até o alvo.

Arranje um Formaster® e use-o, quando atira no alvo. Isto vai melhorar a confiança, pois não importa O QUE você faz – bem ou mal, as flechas acabarão no chão sem ocorrência de danos.

Existem outros métodos, que incluem técnicas de distração, mas para isso você terá que achar um bom treinador. Finalmente, não desista. Pode ser uma luta longa para subir, mas ela não é insuperável e, no aspecto positivo, pode torná-lo no fim um arqueiro muito melhor.

6. Treinamento Há muitos métodos de treinamento disponíveis e um bom treinador deverá ser capaz de definir um conjunto apropriado de exercícios, mas o que segue é pretendido como um bom fundamento básico.

6.1. Treinamento físico

6.1.1. Usando o Formaster®

O dispositivo Formaster® é perfeito para treinar, quando você não pode ir a um campo de tiro, e pode ser usado da seguinte maneira: (lembre-se – em primeiro lugar sempre faça aquecimento!)

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Reversões Este exercício é excelente para criar força e resistência e também para ajudar a encontrar e lembrar-se do “back tension”.

Fixe o Formaster® na corda perto do nocking point e, usando apenas seu COTOVELO (isto é, não segurando a corda com seus dedos), puxe a corda até alcançar a plena puxada. Sustente por 30 segundos. Largue e relaxe por 30 segundos. Repita isto tanto quanto for confortável. Se você começa a tremer em plena puxada, pare – isto NÃO é um teste de resistência! Para os que são novatos para este exercício use um tempo de sustentação mais curto (digamos 10 a 20 segundos) e aumente gradativamente à medida que a força cresce (assim que você consegue fazer confortavelmente 10 repetições com uma duração específica, aumente a duração). Repita este exercício pelo menos uma ou duas vezes por semana. Após duas a quatro semanas você deverá ser capaz de repetir 10 vezes o ciclo de 1 minuto puxar/relaxar. Se você não for capaz, a potência do seu arco pode ser excessiva. Depois de conseguir fazer 20 repetições do ciclo de 30 segundos, você está começando a ficar suficientemente forte para controlar efetivamente seu arco – neste estágio você pode considerar passar a usar lâminas mais fortes para as reversões.

Assim que você começou suas reversões, você pode achar que isto ajuda a flexibilizar os músculos dos ombros em pequenos movimentos repetitivos (isto significa empurrar o ombro do arco para fora e para baixo e o ombro da puxada rodando para trás) a fim de promover flexibilidade e movimento bem como criar força em alguns músculos menores.

Lembre-se: RESISTÊNCIA PODE SER GANHA E MANTIDA, MAS NÃO ACUMULADA. Coisas IMPORTANTES a lembrar:

Sempre faça aquecimento em primeiro lugar! Isto deve ser sempre repetido e é CRÍTICO. Sempre puxe devagar até a puxada plena e desarme devagar e suavemente – seja gentil com suas juntas e seus músculos! Talvez ajuda começar a puxada com um braço de arco mais alto que o normal.

Ao puxar o arco use o cotovelo nas tiras para puxar a corda, não seus dedos.

Mantenha sua cabeça a 45 graus em relação ao braço do arco e mantenha seu pescoço relaxado.

Observe sua postura! Tente manter uma postura normal de tiro: fique erguido, com seus ombros tão baixos e relaxados quanto possível.

Ambos os ombros e o braço do arco deverão estar em uma linha reta.

Respire delicadamente durante o exercício – não segure a respiração em plena puxada.

Enquanto está em plena puxada, foque sua atenção no ombro do seu braço de arco e no cotovelo e escápula do seu braço de puxada. Sinta a tensão e os músculos e sinta o equilíbrio (50/50 frente e parte posterior); nós não queremos ver o ombro do seu braço de arco deslocar-se gradativamente para cima ou o cotovelo do seu braço de puxada entrar em colapso!

Sinta que você está expandindo/aumentando a puxada bem devagar em plena puxada em vez de uma sustentação estática. Isto o ajudará a parar de levantar o ombro do arco/entrar em colapso em plena puxada.

Quando você começa a sentir a tensão, lembre-se de não entrar em colapso, pois isto pode resultar em lesão. Desarme devagar e calmamente, mantendo sua postura.

Back Tension Observação: Realize este exercício em uma área aberta ou na frente de um fardo. NÃO faça isto com um arco forte (>60lbs).

Este exercício é excelente para: a) Ensinar o uso correto dos músculos dorsais superiores e promover equilíbrio, b) Treinar a memória muscular, c) Ensinar um bom follow-through do braço do arco. Fique perto de um fardo e ponha um grampo de alvo no fardo para fornecer um ponto de referência. Fixe o Formaster® na corda exatamente acima do nocking point e encaixe uma flecha na corda. Puxe o arco, mire no grampo de alvo e puxe a flecha através do clicker. Largue a flecha normalmente. Irá acontecer uma de duas coisas:

O cotovelo da puxada não vai mover-se. Isto é bom, pois significa que não houve relaxamento prematuro após o tiro e que os músculos dorsais foram efetivamente usados.

O cotovelo da puxada será puxado para a frente. Isto é ruim, pois significa que os músculos foram relaxados cedo demais e por isso houve um follow-through precário. Indica também o uso dos músculos errados para puxar. Observação: Este é o resultado mais provável na primeira vez que você usa esta técnica.

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Repita isto 25 vezes ou mais para criar memória muscular. Esta memória muscular dura algum tempo, mas eventualmente desapareçará de forma gradual e por isso deve ser reforçada de vez em quando. Com o passar do tempo a memória muscular vai durar por períodos cada vez mais longos. Tente combinar uma rotina de tiros com e sem Formaster®. Coisas a lembrar:

NÃO use este método com arcos, que são fortes demais para você, especialmente não > 60lb.

Sempre verifique o cordão e as tiras do cotovelo por sinais de desgaste. Substitua, se você consegue ver qualquer dano.

6.1.2. Usando o arco sem atirar Prática com Clicker

Observação: Realize este exercício em uma área aberta ou na frente de um fardo. Este exercício é excelente para: a) Criar força, quando não se pode atirar, b) Promover bom controle do clicker, c) Assegurar que o clicker está no lugar correto, d) Assegurar que a flecha não é apertada. Fique perto de um fardo e ponha um grampo de alvo no fardo para fornecer um ponto de referência. Encaixe uma flecha na corda. Puxe o arco, mire no grampo de alvo e puxe a flecha através do clicker, focando no ponto de mira. Repita conforme for necessário. Coisas a lembrar:

NÃO deixe a flecha partir, quando o clicker bate.

Assegure que o pin da mira permaneça perto do ponto de mira depois que o clicker bateu (isto é, sem ocorrência de recuo).

Tente assegurar que você mantém a tensão, quando o clicker bateu, e que a tensão é direcionada no ponto de mira.

Assegure que a flecha não caia do rest antes, durante ou após a puxada e largada. Repita conforme acima descrito, mas observe o clicker. Observe o movimento suave e progressivo da ponta em baixo do clicker. Esteja ciente do movimento de seus braços/ombros à medida que você puxa a flecha suavemente para trás.

6.1.3. Usando o arco Clicker duplo

Observação: Realize este exercício na frente de um fardo. Fixe um segundo clicker em seu arco em baixo do clicker normal e posicione-o 1mm mais perto do alvo. Fique perto de um fardo e ponha um grampo de alvo no fardo para fornecer um ponto de referência. Encaixe uma flecha na corda. Puxe o arco, mire no grampo de alvo e puxe a flecha através dos clickers. Tente manter sua atividade física e mental entre os dois clickers. Repita conforme for necessário, com e sem o clicker duplo.

Tiros de pirâmide

Observação: Realize este exercício na frente de um fardo. Faça aquecimento, inclusive atirando pelo menos 18 flechas. Atire 4 flechas, sustentando cada uma por 5 segundos antes da largada. Repita isto, variando a quantidade de flechas e a duração da sustentação conforme segue: Flechas Sustentação

3 7 segundos 2 10 segundos 1 15 segundos 2 10 segundos 3 7 segundos 4 5 segundos 4 6 segundos 3 10 segundos 2 14 segundos 1 20 segundos 2 14 segundos

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3 10 segundos

4 6 segundos

Tente assegurar que o clicker bata o mais próximo possível do tempo mostrado.

No decorrer de algumas semanas, aumente os tempos até uma sustentação de 30 segundos para uma flecha.

6.1.4. Outros exercícios para arqueiros

6.1.4.1. Aquecimentos / Alongamentos

Os aquecimentos devem ser sempre a PRIMEIRA parte da preparação dos tiros. Se você vê alguém atirando, que não fez aquecimento muscular, ENCHA SUA PACIÊNCIA para fazê-lo.... Os exercícios a seguir são um bom começo (NÃO FORCE DEMAIS... estes são apenas exercícios de alongamento). Não “exagere” estes movimentos, simplesmente assuma suavemente a posição e sustente.

Antes de tudo realize uma atividade vigorosa durante alguns minutos para aumentar seu pulso e aquecer seu corpo de forma geral, tal como correr ou saltar no lugar, pular corda, etc.

Abraço

Envolva-se com seus braços e segure seu ombro direito com sua mão esquerda e vice-versa. Mantenha isto por 8 segundos. Meneio de Ombros

Levante seus ombros tão alto quanto possível, mantenha por 2 segundos. Relaxe por 4 segundos. Repita 4-6 vezes. Meneio Rotativo

Com os braços relaxados, rotacione seus ombros em círculos várias vezes (8-10 repetições). Reverta a rotação e repita. Alongamento Horizontal do Ombro

Com seu braço esquerdo horizontal, leve sua palma esquerda sobre seu ombro direito. Com sua mão direita, puxe o cotovelo esquerdo contra você e mantenha esta posição por 8 segundos. Repita para o outro braço.

Alongamento Vertical do Ombro

Levante seu braço esquerdo e coloque sua mão esquerda entre suas escápulas. Com sua mão direita, puxe seu cotovelo esquerdo para a direita e segure por 8 segundos. Repita para o outro braço. Alongamento do Braço Posterior

Coloque seu braço esquerdo atrás de suas costas com a mão esquerda em seu lado direito. Prenda sua mão esquerda com sua mão direita e puxe delicadamente. Segure por 8 segundos. Repita para o outro braço. Alongamento Vertical dos Braços

Entrelace ambas as mãos e estenda os braços para cima. Rotacione as mãos até que as palmas das mãos virem para cima. Empurre para cima. Sustente por 8 segundos. Girar os Braços

Fique com ambos os braços na vertical. Gire os braços em grandes círculos, ambos na mesma direção. Repita, mas gire o braço esquerdo para a frente e o braço direito para trás. Repita, mas troque os braços. Torções do Tronco

Levante ambos os braços para fora na lateral e torça o tronco na cintura para a esquerda, depois para a direita... repita 3 ou 4 vezes.

Alongamento do Pescoço

Olhando bem em frente, incline a cabeça para a esquerda e fique assim por 8 segundos – repita para o outro lado. Vire a cabeça para a esquerda tanto quanto for confortável. Fique assim por 8 segundos – repita para a direita. NÃO EXAGERE ISTO. Deve-se tomar muito cuidado para evitar a danificação dos delicados músculos e nervos do pescoço. Aquecimento dos músculos do tiro

Usando fitas elásticas, você pode alongar os músculos da puxada de modo similar ao uso de um arco.

6.1.4.2. Condicionamento básico

Uma boa saúde básica é um bom começo para arqueiros. Portanto uma simples caminhada, ciclismo e jogging para melhorar o condicionamento cardiovascular e das pernas é uma boa idéia. Supinos (push-ups) são bons para criar força na parte superior do tronco, mas massa muscular demasiada nos braços não é uma boa idéia.

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6.2. Treinamento mental

6.2.1. Visualização

Quando você realmente não pode atirar flechas, é bom atirar flechas em sua mente. Fique sentado numa posição bem apoiada numa sala tranquila e simplesmente atire flechas. Visualize o tiro por dentro e por fora. Veja-se atirando flechas perfeitas no anel do 10. NÃO FAÇA ISTO ENQUANTO ESTIVER DIRIGINDO! Isto é um bom exercício para o intervalo de almoço no trabalho.

Isto pode ser feito também enquanto executa os movimentos com o tronco superior. Sinta a puxada, a ancoragem e a largada. Sinta o movimento constante e observe a flecha imaginária entrar no 10 imaginário.

6.2.2. Automotivação positiva

Mesmo quando atiramos, podemos preparar e realçar nosso estado mental, simplesmente sendo menos negativo e autodestrutivo. Foi dito que a automotivação é 60 vezes mais eficaz que a experiência real. Livre-se de expressões como “não posso”, “não vou”. Substitua-as por “posso” e “vou”.

“Eu posso atirar melhor que isso” é muito mais positivo do que “Isso foi uma droga”.

“Eu sei que posso fazer isso” é muito melhor do que “Eu estou brigando com o clicker”.

Não fale de forma depreciativa sobre um tiro ruim, ou pior ainda, não o analise! A única coisa que aprendemos com a análise de tiros ruins – é como fazer tiros ruins!... Analise os bons tiros e lembre-se o que fez com que fossem bons tiros. Não discuta os tiros precários com os outros, em vez disso fale sobre os bons tiros.

Crie sua própria confiança e auto-imagem, e seu desempenho vai melhorar.

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7. Competições de tiro com arco

7.1. Tiro ao alvo (target, de precisão)

Tiro ao alvo é uma das formas mais antigas de tiro com arco. Desde o momento que o homem retesou pela primeira vez um arco ele tem atirado em alvos para melhorar suas habilidades de caça. O tiro ao alvo moderno é um esporte praticado o ano inteiro, consistindo em atirar numa face de alvo redonda dividida em 5 ou 10 zonas de pontuação, geralmente com as cores amarelo, vermelho, azul, preto e branco.

No Reino Unido os torneios outdoor imperiais usam uma face de 5 zonas com pontuação 9 para amarelo, 7 para vermelho, 5 para azul, 3 para preto e 1 para branco. Os torneios métricos usam uma face de 10 zonas com pon-tuação 10 para amarelo interno, 9 para amarelo externo, 8 para vermelho interno, 7 para vermelho externo e assim por diante.

Existem muitos torneios indoor e outdoor, que variam principalmente na distância atirada, na quantidade de flechas e no tamanho e tipo de face do alvo.

Torneios indoor comuns são:

Torneio # Flechas Distância Face

Fita 18 m 5 dúzias 18 m 40 cm – 10 zonas

Bray I 2,5 dúzias 18 m 40 cm – 10 zonas

Fita 25 m 5 dúzias 25 m 60 cm – 10 zonas

Portsmouth 5 dúzias 20 jardas 60 cm – 10 zonas

Vegas 5 dúzias 18 m 20 cm com apenas 5 zonas de pontuação – 10, 9, 8, 7, 6

Torneios outdoor comuns são:

(IMPERIAL) – dúzias de flechas em cada distância.

Face 122 cm – 5 zonas

Torneio 100jardas 80jardas 60jardas 50jardas 40jardas

York 6 4 2

Hereford / Bristol I 6 4 2

St. George 3 3 3

Albion 3 3 3

Windsor 3 3 3

Americano 2,5 2,5 2,5

(MÉTRICO) – dúzias de flechas em cada distância.

Face 122 cm – 10 zonas 80 cm – 10 zonas

Torneio 90 m 70 m 60 m 50 m 40 m 30 m

FITA (homens) 3 3 3 3

FITA (mulheres) / Métrico I 3 3 3 3

Métrico dist. longas (homens) 3 3

Métrico dist. longas (mulheres) 3 3

Métrico distâncias curtas 3 3

O torneio FITA masculino é a norma internacional pela qual os arqueiros são julgados.

7.1.1. Regras básicas de competição

7.1.1.1. Equipamento

O equipamento será inspecionado antes do início dos tiros. O checklist a seguir fornece um guia básico com relação aos itens principais para o arco recurvo:

Não são permitidas quaisquer marcas no lado interno da lâmina superior, pois podem ser usadas para mirar.

Sem dispositivos ou marcas de mira na corda. O serving da corda deve terminar em baixo do nível dos olhos quando em plena puxada.

As flechas devem estar marcadas com nome, iniciais ou insígnia. As flechas devem ter as mesmas cores das penas e dos nocks.

A superfície da dedeira deve ser lisa – sem ganchos ou outros dispositivos de segurar.

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7.1.1.2. Regras gerais

Mantenha silêncio enquanto estiver na linha de tiro. De forma alguma fale com outros arqueiros.

Lunetas podem ser usadas, mas não deixadas na linha de tiro entre as séries de tiro.

Não toque no equipamento de outro arqueiro sem a permissão do mesmo.

7.1.1.3. Ordem de tiro

Uma lista de competidores será afixada e dará a cada arqueiro um número de alvo e uma letra. Números de alvo são mostrados ao lado de cada alvo e em indicadores na linha de tiro. Geralmente não há mais do que quatro arqueiros por alvo (designados A, B, C e D) e não menos do que dois. Geral-mente apenas até dois arqueiros atirarão simultaneamente no mesmo alvo. A e B atiram juntos, C e D atiram juntos. A e C atiram à esquerda do indicador de linha, B e D atiram à direita. Cada conjunto de arqueiros que vão até a linha é chamado de “linha”, isto é, primeira linha = A/B, segunda linha = C/D. Os arqueiros A e B atiram em primeiro lugar, seguidos por C e D. Na próxima série a ordem é revertida e C e D atiram em primeiro lugar. Haverá uma placa/um sinal para indicar quais arqueiros são os primeiros a atirar na próxima série. Se houver quatro faces de alvo no fardo: A atira em cima à esquerda, B atira em cima à direita, C atira em baixo à esquerda e D atira em baixo à direita. Se houver três faces: A atira em baixo à esquerda, B atira em cima no centro, C atira em baixo à direita.

7.1.1.4. Atirar

Não levante demais seu braço de arco. Se o juiz achar que você poderia talvez atirar por cima da área de segurança, se você larga a flecha, você será advertido e, se você persistir, será desqualificado.

7.1.1.5. Registro da pontuação

NÃO TOQUE qualquer flecha ou a face do alvo até que as pontuações tenham sido registradas.

Aponte o nock da flecha enquanto anuncia sua pontuação. Anuncie primeiramente a flecha mais alta em grupos de três, p.ex. “9, 9, 7” <pausa> “6, 2, M (miss = falha)”.

Você não deve registrar sua própria pontuação. Geralmente alguém da linha A/B registra os pontos para C/D e vice versa.

Você deve conferir as pontuações à medida que são anotadas.

Alterações nas pontuações devem ser feitas e assinadas por um juiz. Alterações nos totais podem ser feitas pelo apontador.

Em torneios métricos marque a face com uma linha puxada diretamente contra o tubo da flecha antes de remover as flechas.

Pontuações especiais: X = 10 interno em todos os torneios outdoor FITA. M = Miss = falha

No fim da competição lembre-se de assinar a planilha de pontuação para indicar que você está de acordo com as pontuações.

7.1.1.6. Flechas ricocheteadas

Se uma flecha ricocheteia do alvo, pare de atirar, afaste-se da linha com dois passos e levante seu arco para atrair a atenção do juiz.

7.1.1.7. Flechas não atiradas

Uma flecha é julgada como não atirada, se puder ser tocada com o arco, sem afastar-se da linha de tiro. Ela pode ser recuperada e atirada.

7.1.1.8. Etiqueta

• Não saia da linha de tiro, se seu parceiro de alvo está puxando o arco.

• Mantenha o ruído num mínimo atrás da linha de espera, quando arqueiros estiverem na linha de tiro.

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• Não recolha flechas falhadas até o registro completo das pontuações.

7.1.1.9. Competições Outdoor

Haverá uma linha de abrigo, uma linha de espera 5m na frente desta e uma linha de tiro 5m na frente da última. Todos os arqueiros, que não estão atirando, devem permanecer atrás da linha de espera. Equipamento (arcos, lunetas, etc.) também deve ser mantido atrás da linha de espera. Abrigos, barracas, etc. devem ser mantidos atrás da linha de abrigo.

7.1.1.9.1. TORNEIOS MÉTRICOS

6 flechas por série são atiradas em 90m e 70m.

3 flechas por série são atiradas em 50m e 30m.

O controle dos tiros é feito através de campainha/apito e às vezes luzes.

1) Dois apitos – vá até a linha. Neste momento você pode encaixar uma flecha na corda, mas não pode levantar seu braço de arco.

2) Um apito – comece a atirar (deixe a linha, quando você tiver atirado todas as flechas para esta série).

3) Dois apitos – fim dos tiros. Deixe a linha (se você já não fez isto).

4) Cada linha repete as etapas 1-3 até que todas as linhas tiverem atirado.

5) Três apitos são tocados para ir até o alvo e registrar as pontuações/recolher as flechas.

Limite de tempo: 2 minutos para atirar 3 flechas ou 4 minutos para atirar 6 flechas.

Quando se usa luzes, uma luz verde indica que os tiros começaram. Uma luz âmbar indica que restam 30 segundos de tempo de tiro. Uma luz vermelha indica que os tiros devem cessar.

7.1.1.9.2. TORNEIOS IMPERIAIS

6 flechas por série em todas as distâncias

Atire 3 flechas, retire-se, depois que as outras linhas atiraram, atire mais 3. Depois todos recolhem suas flechas.

1) Primeiro apito –

2) vá até a linha.

3) Atire 3 flechas.

4) Deixe a linha.

5) Aguarde outros arqueiros atirarem suas 3 flechas.

6) Repita etapa 2-5.

7) Finalmente dois apitos para ir e registrar pontuações/recolher flechas.

7.1.1.10. Competições Indoor

O controle dos tiros é feito através de campainha/apito e ocasionalmente luzes.

1) Dois apitos – vá até a linha. Luz VERMELHA.

2) Um apito – atire. Luz VERDE. Deixe a linha depois que você atirou todas as flechas.

3) A luz âmbar acende, quando faltam 30 segundos para o fim dos tiros.

4) Dois apitos – fim dos tiros. Luz VERMELHA. Deixe a linha (se você já não fez isto).

5) Repita etapa 1-4 até que todas as linhas tiverem atirado.

6) Três apitos para ir e registrar pontuações/recolher flechas.

Limite de tempo: 2 minutos para atirar 3 flechas ou 4 minutos para atirar 6 flechas.

7.1.1.11. Erros Comuns

Esquecer de marcar as flechas com iniciais.

Puxar o arco antes do segundo apito.

Tocar ou puxar as flechas antes de registrar a pontuação.

Esquecer de marcar os impactos na face.

Atirar flechas em demasia.

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7.1.2. Preparação para a competição Para se preparar para a competição é necessário mais do que simplesmente afiar sua forma e técnica até a per-feição. As etapas finais da preparação para o torneio deveriam começar pelo menos na noite anterior à competição de tiro – FAÇA UMA LISTA e VERIFIQUE SEU EQUIPAMENTO.

7.1.2.1. Fazer uma lista

Faça uma lista de tudo que precisa levar com você, com as coisas mais importantes em primeiro lugar. De prefe-rência use a mesma lista para todas as competições de modo que você possa acrescentar qualquer coisa que tiver esquecido.

Uma lista para uma competição de tiro com arco poderia parecer-se com algo assim:

Indoor:

1. Arco 9. Protetor de braço 14. Extrator de flechas 2. Corda 10. Protetor de peito

3. Corda(s) de reserva 11. Cartão de sócio do clube Outdoor – acrescente:

4. Flechas 12. Kit de reparo 15. Comida & Bebida

5. Mira/Button/Estabilizadores 13. Luneta e tripé 16. Barraca/cadeira

6. Aljava 17. Estacas da barraca/martelo

7. Dedeira

8. Pulseira E dependendo do tempo:

1. Polainas 3. Chapéu/Luvas 5. Viseira/Óculos de sol

2. Capa de chuva 4. Protetor solar

7.1.2.2. Checklist do equipamento Passando pelo seu checklist do equipamento vai ajudar a evitar quaisquer surpresas desagradáveis. Um exemplo de checklist poderia parecer-se com isto:

Empunhadura não danificada.

Lâminas não danificadas.

Corda não danificada e encerada.

Flechas marcadas com números/ iniciais.

Penas seguras e em boas con-dições.

Pontas e nocks são seguros.

Button limpo e de movimento livre.

Montagem segura da mira.

Dedeira e pulseira não danifi-cadas.

7.2. Clout O propósito do tiro Clout é atirar e acertar uma flecha perto do ou no “clout”. Na maioria das vezes o clout está representado por um poste ou uma bandeira fincada no chão. A pontuação é determinada pela distância entre a flecha e a bandeira:

18 polegadas = 5 pontos. 3 pés = 4 pontos. 6 pés = 3 pontos. 9 pés = 2 pontos. 12 pés = 1 ponto.

Um torneio Clout consiste em 3 dúzias de flechas atiradas na distância de 180 jardas para homens e 140 jardas para mulheres.

7.3. Field

(Agradecimentos a Tim Goodwin pela maior parte do texto e discernimento para esta seção.)

O tiro Field é proveniente da caça e é uma grande diversão. Para novos arqueiros é também uma excelente maneira de ficar acostumado a distâncias mais longas associadas com torneios outdoor. Em vez de encarar um problema sem preparo e experiência e ser forçado a atirar imediatamente 90/70m, você pode aprender a enfrentar distâncias abaixo de 60 metros, que podem ser alcançadas confortavelmente até com arcos recurvos mais fracos. O tiro Field é bom também para os arqueiros mais experientes, pois vai ensinar-lhe algum grau de flexibilidade com seu estilo de tiro e também é muitas vezes uma boa interrupção da escravização pelo tiro ao alvo de precisão (target), que você pratica semanas após semanas.

Então, do que se trata? Bem, o tiro Field é similar ao tiro ao alvo, mas você deve seguir um percurso que passa muitas vezes por terreno não plano e coberto de bosques. Os alvos são postos entre 10 e 60 metros e dependendo do round, as distâncias podem ser marcadas ou não marcadas.

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Costuma-se atirar em 48 alvos durante 2 dias (24 em cada dia), geralmente em todos os alvos não marcados no primeiro dia e nos alvos marcados no segundo dia. Eu já posso ver que você está questionando a expressão 'não marcado', que significa que as distâncias não são conhecidas, e antes que todos desapareçam, a condição realmente não é tão desanimadora quanto parece. De fato você geralmente vai pontuar melhor nos alvos não marcados, pois são muitas vezes colocados em distâncias mais curtas. Existem também maneiras de fazer uma ideia de quão afastados os alvos estão, mas maiores detalhes sobre isto mais tarde...

As faces de alvo têm um spot amarelo e quatro anéis pretos de pontuação. O dia-grama ao lado mostra as zonas de pontuação. Há quatro tamanhos diferentes de face. As faces de 80cm e 60cm são alvos simples no fardo, a face de 40cm é de 4 faces no fardo, uma para cada arqueiro, e finalmente a face de 20cm é uma folha com 12 alvos, em 4 fileiras de três (muito parecido com as faces FITA de três spots que você atira nos torneios indoor), sendo geralmente chamado de face 'coelho'. No início de uma competição de tiro você recebe um número de alvo designado, que é o alvo onde você vai começar a atirar junto com mais 3 arqueiros. Na competição matinal você será levado até o alvo por alguém da comissão organizadora.

Você atira três flechas num alvo e depois vai até o alvo para marcar a pontuação depois que todos os arqueiros em seu grupo tiverem atirado suas três flechas. Muitas vezes costuma-se fazer a gentileza de verificar por luneta ou binóculo os tiros de um arqueiro companheiro, que está atirando, enquanto você não atira. O local a partir do qual você atira é marcado por uma simples estaca, atrás da qual você deve se posicionar. Existem de fato duas estacas, uma vermelha e outra azul. A estaca vermelha é para arqueiros de arco recurvo e composto, a estaca azul é para arqueiros de barebow/longbow e geralmente fica mais próxima do alvo do que a estaca vermelha.

O que eu preciso para um torneio field?

Segue uma pequena lista de itens essenciais para um torneio Field, que não estão listados numa ordem específica com exceção do primeiro item, que é essencial para seu próprio juízo e divertimento.

Um bom conjunto realmente completo de marcações de mira entre 10 e 60 metros em intervalos de 5 metros. Eu sugeriria marcá-las também na barra de extensão de sua mira bem como num pedaço de papel em seu bolso. Se você tiver certeza a respeito de suas marcações de mira, todo o restante vai ficar fácil.

Um bom par de botinas à prova d’água para caminhada e um guarda-chuva. Um guarda-chuva é útil para três coisas, manter-se seco se chove, como suporte de arco temporário e como uma bengala realmente conveniente para subir por trilhas mais difíceis.

Alguma coisa para beber.

Um lanche leve para comer.

Um pouco de troco para comprar alguns lanches nos intervalos para você e seus companeiros.

O mesmo equipamento que você usa para tiro ao alvo, inclusive as mesmas flechas normalmente usadas. Leve pelo menos 8 flechas para o percurso.

Distâncias não marcadas não são completamente desconhecidas.

A única razão ..... ou melhor ..... desculpa dada na maioria das vezes para não querer participar de um torneio FITA Field são os alvos não marcados. Para ser honesto eu pensei a mesma coisa antes do primeiro Field, mas quando eu achei algumas regras simples e alguns truques sorrateiros, as distâncias não marcadas certamente tornaram-se mais acertadas e menos falhadas. Em primeiro lugar os alvos não marcados podem ser colocados apenas dentro de um certo alcance. Um face de alvo de 80cm por exemplo pode estar somente entre 35 e 55 metros. Assim desde que você saiba que é uma face de 80cm você já restringiu o alcance para um segmento de 20 metros. A diferença entre um alvo a 35m e um alvo a 55m é muito óbvia, assim apenas olhando o alvo você pode rapidamente reduzi-lo para um segmento de 10 metros. Isto significa essencialmente 'advinhar' a distância e você já está dentro do alcance de manter uma flecha no fardo (isto é +/- 5 metros). A face de 80cm é realmente o alvo mais difícil não marcado no percurso e está claro que você acertará mais do que provavelmente pelo menos o fardo.

Muitas vezes há outros indícios para descobrir qual é a distância. Olhando em objetos próximos você pode obter rapidamente uma sensação para a distância. Por exemplo, se um alvo é colocado ao longo de uma fileira de árvores, você pode facilmente estimar o espaço entre cada árvore. Um indício comum está numa plantação de árvores, onde o espaço entre cada árvore geralmente é exatamente cinco metros. Conte os espaços e você sabe a distância. Quanto mais você participa de torneios Field, melhor será a sensação que você ganha para as distâncias e melhor será sua estimativa de distância.

Há outras maneiras de descobrir de forma mais correta as distâncias, mas é melhor deixar estas técnicas até que você tenha participado de pelo menos dois ou três torneios Field.

E isso é realmente tudo o que cabe dizer a respeito!

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7.4. Popinjay (Papingo)

O tiro com arco Popinjay consiste em atirar para cima num “poleiro” de “pássaros”. Há um pássaro “macho” (5 pontos), quatro pássaros “fêmeas” (3 pontos) e um mínimo de 24 “filhotes” (1 ponto). Os machos têm altura de 10-12” e ficam situados 90 pés acima do chão. As fêmeas têm altura de 6-8” e estão situadas 89 pés acima do chão. Os filhotes têm altura de 3-4” e estão situados desde 80 a 88 pés acima do chão.

7.5. Flight

O propósito do tiro com arco Flight é atirar flechas o mais longe possível. As distâncias são marcadas desde 150 jardas em intervalos de 50 jardas muitas vezes até mais de 1000 jardas. O equipamento típico usado pode ser de arcos padrão ou arcos específicos para flight. Geralmente são atiradas pelo menos quatro séries de três flechas.

7.6. Outros torneios

Dardos com arco e flecha é atirado com uma face de 76cm para dardos a uma distância de 15 jardas ou mais. A pontuação é normal como no jogo de dardos.

Golfe com arco e flecha é atirado num campo de golfe em um disco de papelão de 4” sobre o green. As regras são similares ao golfe normal.

Há outro torneio digno de ser mencionado, ao menos por sua capacidade de testar arqueiros de todos os níveis. Um torneio divertido chamado de torneio “masters”, que em alguns lugares também foi chamado de torneio “ovo de páscoa”, é um torneio inovador – não há classificações nem handicaps e as regras são simples.

Nove alvos são colocados a 60 metros, 50 metros e 40 metros. Em cada distância são erguidos três alvos com um de cada grupo com a face de 122cm, a face de 80cm e a face de 40cm. As distâncias são misturadas de modo que nenhum de cada dois alvos adjacentes são colocados na mesma distância, p.ex.

alvo 1: 60 jardas, 60cm – alvo 2: 50 jardas, 122cm – alvo 3: 60 jardas, 80cm – alvo 4: 40 jardas, 60 cm – etc.

Os arqueiros escolhem ao acaso um número de alvo de 1-9 e este é o alvo, onde começam o torneio. Cada arqueiro atira duas séries de três flechas e depois vai para o próximo alvo. Quando tiver sido atirado em todos os 9 alvos, o processo é repetido.

Pode haver prêmios de spot durante todo torneio, p.ex. o melhor amarelo, o pior branco, o grupo mais fechado, etc.

8. História moderna (os últimos 30 anos)

8.1. As Olimpíadas

As olimpíadas são a aspiração dos atletas em todo mundo, mas o tiro com arco nem sempre fez parte das olimpía-das. O tiro com arco foi introduzido nas olimpíadas em 1900 e também fez parte das olimpíadas em 1904, 1908 e 1920. Vários tipos de tiro com arco estavam no programa olímpico desde 1900 até 1920. O tipo exato de competição dependia do país anfitrião. Os Estados Unidos em 1904 e a Inglaterra em 1908 favoreciam o tiro ao alvo target, de precisão. Países da Europa, todavia, favoreciam tipos mais exóticos de competição, geralmente mais associados com a caça.

Em 1900 em Paris foram atirados torneios chamados de “Au Cordon Dore” e “Au Chapelet”. 1904 (EUA) e 1908 (London) compreendia os torneios York, Columbia, American e National enquanto em 1920 (Bélgica) os arqueiros estavam atirando em alvos de pássaros móveis e fixos no verdadeiro estilo Papingo!

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Senhoras competindo em 1908 com o longbow. Mr. Graham O’Neil me informou que naqueles dias um campo de tiro com arco costumava ter alvos em ambas as extremidades do campo. Os arqueiros atiravam nos alvos em uma extremi-dade, recolhiam suas flechas, viravam-se para o outro lado e atiravam de volta nos alvos da outra extremidade. Poupavam muita caminhada, especialmente para as senhoras delicadas da era vitoriana! Parece uma grande idéia, mas pode contri-buir para ajustes laterais interessantes!

As regras internacionais ainda não tinham sido desenvolvidas e cada país anfitrião usava suas próprias regras e formato. Por causa da confusão resultante o esporte foi eliminado do programa olímpico, quando o Comitê Olímpico Internacional tomou o controle sobre os esportes condecorados com medalhas.

A FITA (atualmente chamada de WA) foi fundada em 1931 e implementou regras padronizadas para competição, que permitiram a realização do primeiro Campeonato Mundial neste mesmo ano. O tiro com arco foi reintroduzido nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972 depois que uma quantidade suficiente de países adotou as regras da FITA.

Desde 1972 os Estados Unidos ganharam cada medalha de ouro olímpica individual masculina com exceção de 1980 (o ano de boicote dos EUA) e 1992.

Resultados Individuais

Ano Homens Mulheres

1972 Ouro Prata Bronze

John Williams (USA) Gunnar Jervill (SWE) Kyösti Laasonen (FIN)

Doreen Wilber (USA) Irena Szydlowska (POL) Emma Gapchenko (URS)

1976 Ouro Prata Bronze

Darrell Pace (USA) Hiroshi Michinaga (JPN) Giancarlo Ferrari (ITA)

Luann Ryon (USA) Valentina Kovpan (URS) Zebiniso Rustamova (URS)

1980 Ouro Prata Bronze

Tomi Poikolainen (FIN) Boris Isatchenko (URS) Giancarlo Ferrari (ITA)

Ketevan Losaberidze (URS) Natalya Butuzova (URS) Päivi Meriluoto-Aaltonen (FIN)

1984 Ouro Prata Bronze

Darrell Pace (USA) Richard McKinney (USA) Hiroshi Yamamoto (JPN)

Seo Hyang Soon (KOR) Li Lingjuan (CHN) Kim Jin-Ho (KOR)

1988 Ouro Prata Bronze

Jay Barrs (USA) Park Sung Soo (KOR) Vladimir Esheev (URS)

Kim Soo Nyung (KOR) Wang Hee Kyung (KOR) Yung Young-Sook (KOR)

1992 Ouro Prata Bronze

Sebastien Flute (FRA) Chung Jae Hun (KOR) Simon Terry (GBR)

Cho Youn Jeong (KOR) Kim Soo Nyung (KOR) Natalia Valejeva (EUN)

1996 Ouro Prata Bronze

Justin Huish (USA) Magnus Petersson (SWE) Kyo-Moon Oh (KOR)

Kyung-Wook Kim (KOR) Ying He (CHN) Olena Sadovnycha (UKR)

2000 Ouro Prata Bronze

Simon Fairweather (AUS) Victor Wunderle (USA) Wietse van Alten (NED)

Mi-Jin Yun (KOR) Nam-Soon Kim (KOR) Soo-Nyung Kim(KOR)

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Resultados por Equipe

Ano Homens Mulheres

1988 Ouro Prata Bronze

CORÉIA EUA GRÃ BRETANHA

CORÉIA INDIA EUA

1992 Ouro Prata Bronze

ESPANHA FINLÂNDIA GRÃ BRETANHA

CORÉIA CHINA EUN

1996 Ouro Prata Bronze

EUA CORÉIA ITÁLIA

CORÉIA ALEMANHA POLÔNIA

2000 Ouro Prata Bronze

CORÉIA ITÁLIA EUA

CORÉIA UCRÂNIA ALEMANHA

8.2. Histórico do Equipamento

8.3. Equipamento moderno atinge a maioridade

Entre 1970 e 1989 aconteceram de forma rápida e sucessiva muitos desenvolvimentos importantes, que aumentaram as pontuações e a confiabilidade do equipamento.

No início da década de 70 John Williams foi o primeiro a usar três estabilizadores na frente do arco. Antes disso todo mundo usou hastes na parte superior e inferior ou uma haste comprida. Isto foi devido a uma inovação na montagem lateral das miras. Antes disso todo mundo montava suas miras na frente ou na traseira. John atirou um recorde mundial de1268 pontos nos jogos olímpicos de 72 com flechas XX75 e SEM button.

Darrel Pace (a primeira pessoa que atingiu 1300 pontos) nunca teve medo de experimentar qualquer novidade. Ele usou Kevlar e um V-Bar pela primeira vez em 1975 no Campeonato Mundial. Ele foi um dos primeiros arqueiros de topo a usar uma dedeira com plataforma de apoio e a usou com bom resultado nos jogos olímpicos de 76, quando também atirou pela primeira vez com lâminas de carbono/madeira.

Ele continuou atirando para estabelecer um recorde mundial realmente estarrecedor de 1341 pontos em 1979 com um Hoyt GM T/D2. A história dos 1341 pontos aconteceu da seguinte maneira: Um membro da família morreu antes do torneio e ele não atirava há muito tempo. Ele recebeu algum equipamento novo justamente antes que ele e Rick McKinney partiram para o torneio e ele não tinha marcações de mira. Ele apenas pegou sua mira antiga, colocou-a ao lado de sua mira nova e copiou as marcações de mira. Ele e Rick ficaram detidos num aeroporto a caminho do torneio e tiveram que viajar durante toda a noite da véspera. Quando eles chegaram no torneio, não tinham dormido e só puderam atirar uma série de aquecimento. A 90 metros sua primeira flecha não acertou o alvo e sua última flecha foi um 9. Depois disso ele tinha que advinhar como ajustar sua mira para as distâncias restantes. Ambos, tanto Darrel como Rick, atiraram recordes mundiais em 90m. Rick e Darrel terminaram ambos com novos recordes mundiais, mas o do Darrel foi maior. Rick recuperou seu próprio recorde em 92, estabelecendo um novo recorde mundial com 1352 pontos (novamente com um Gold Medallist).

Em meados da década de 80 as cordas de Fast Flight ampararam lâminas e empunhaduras visto que as cordas de Kevlar previamente usadas duravam somente por volta de 1000 tiros.

1983 – A Easton introduziu a flecha A/C e foi pela primeira vez que se atingiu 2600 pontos (duplo round FITA) no Campeonato Mundial, com todos os 3 arqueiros de topo alcançando esta proeza!

1986 – A Beiter introduziu o lendário nock Beiter.

1987 – Os coreanos começaram seu empenho para o domínio mundial com flechas Beman.

1988 – A Easton introduziu a flecha ACE e Jay Barrs a usou rumo ao ouro olímpico.

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8.3.1. Hoyt

A série de arcos “modernos” da Hoyt começou em 1972 com o desenvolvimento de um sistema de desmontagem de lâminas, que posicionou, alinhou e travou com precisão o encaixe das lâminas do arco. Naquela época a maioria dos arcos eram ainda arcos de madeira de uma só peça. Durante os próximos quatro jogos olímpicos a linha de arcos da Hoyt nunca falhou em ganhar uma medalha de ouro e também prata e bronze. Também, desde 1959, a Hoyt ganhou mais medalhas de ouro, prata e bronze em competições internacionais (FITA) e nacionais (NAA) do que qualquer outra marca.

Pro Medallist T/D (1972) – Uma mudança importante no design da empunhadura. Desenvolvido em 1972 e usado neste ano tanto por John Williams como Doreen Wilber – o começo da ascensão da Hoyt para a fama. Havia dez desses arcos produzidos e entregues apenas aos americanos, que causaram um pouco de agitação entre os competidores.

Pro Medallist T/D 2 (1976) – Disponível apenas em preto ou branco. Sem ajuste de tiller.

Pro Medallist T/D 3 (1980) – Uma mescla sofrível entre o T/D 2 e o T/D 4. Nunca foi muito bem sucedido. Mesmo assim tinha ajuste de tiller. Havia disponibilidade de várias cores.

Seguiram-se a isto várias melhorias que incluíam o T/D 2B e o T/D 3B.

A Easton Aluminium comprou a Hoyt em 1984 e formou uma nova empresa.

Gold Medallist T/D 4 – Desenvolvido com o uso de análise por filme de alta velocidade do arco de Jay Barrs e que resultou num arco aumentado com a eliminação de algumas rupturas, que estavam ocorrendo.

T/D 5 – Uma empunhadura de 23” feita para a Hoyt na Rússia. Não durou muito devido a desentendimentos entre a Hoyt e os fabricantes russos.

Gold Medallist T/D 4+ – Este é o arco que você pode comprar hoje nas lojas! O resultado de muitos anos de desen-volvimento e reforço adicional do T/D 4. Este arco é virtualmente indestrutível e muitos arqueiros de topo ainda gostam e atiram com seus GMs.

Desde então a Hoyt foi de um arco para outro mais resistente com o modelo Radian, o sofrível Avalon, o Elan, o Avalon Plus muito melhorado e mais recentemente com a nova aparência radical do Axis e do AeroTec.

9. Material de consulta

9.1. Livros

A lista a seguir é minha própria lista pessoal de leitura e não é de modo algum extensiva.

Archery, Steps to Success por Kathleen Haywood, Catherine Lewis, Leisure Press.

Um livro excelente tanto para iniciantes como para arqueiros avançados. Provavelmente um dos “manuais” mais compreensivos que eu li.

The Simple Art of Winning por Rick McKinney, Leo Planning Inc.

Uma leitura magnífica para o arqueiro intermediário a avançado por um dos sujeitos mais simpáticos no tiro com arco. Este livro explica tudo em finos detalhes.

Archery in Earnest por Roy Matthews

Uma boa leitura bem fundada. Muitos palpites e dicas e boas seções sobre a abordagem mental relativa ao tiro com arco.

Archery Anatomy por Ray Axford

Se você quiser saber como os músculos e ossos interagem e como usá-los de modo eficiente para melhorar seus tiros, então este é o livro a ser lido.

Easton Tuning and Maintenance Guide

Guia excelente para ajuste e manutenção do equipamento, editado pela suprema fabricante de flechas Easton.

9.2. Vídeos

Qualquer cobertura por televisão que você pode gravar.

Seriamente – Consiga a cobertura de qualquer campeonato olímpico ou mundial e observe como o tiro DEVERIA ser feito. Muitos clubes terão acesso a este tipo de material.

“Archery – refining your form”

Uma boa introdução aos pontos mais refinados do tiro com arco.

Diversos vídeos por Jay Barrs e Ed Eliason, eu pessoalmente possuo “Tuning Practice and Execution”, “Advanced Form, Perfecting the Shot” e “Archery’s Most Asked Questions”… todos contribuem para observação interessante.

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9.3. Internet

Os sites a seguir são meus próprios endereços de pesquisa pessoais e um bom lugar para procurar mais informação (em ordem de preferência, mas são todos meus favoritos!).

http://snt.student.utwente.nl/~sagi

As web pages simplesmente soberbas do Sagittarius. Tudo que você sempre quis saber sobre tiro com arco, mas teve receio de perguntar! Cheio de anos de conhecimento comprimido, home page do “Blackboard” um grupo de discussões frequentado por muitos arqueiros bem conhecidos. Banco de dados de discussões que podem ser pesquisadas, arquivos usenet, você nomeia o assunto… e aí está!

http://www.tardis.ed.ac.uk/~ajcd/archery/index.html

A home page pessoal de Angus Duggan. Muitos bons conselhos bem fundados de um arqueiro escocês, agora residente nos EUA.

http://margo.student.utwente.nl/~stretch

A home page pessoal de John Dickson. Mais bons conselhos bem fundados sobre técnica e equipamento de um dos arqueiros mais entusiasmados da Escócia.

http://www.tenzone.u-net.com/

Website excelente editado por Steve Ellison, arqueiro e técnico do Reino Unido. Muita informação útil sobre equi-pamento, técnica, treinamento e psicologia.

http://www.texasarchery.org/

Site excelente – home page da Texas State Archery Association. Cheio de informação útil.

http://homepage.ntlworld.com/joetapley/

O que este sujeito (Joe Tapley) não sabe sobre a física do tiro com arco não vale a pena saber!

http://www.bowsports.com/

Empresa fornecedora de equipamento para tiro com arco do Reino Unido. Rápida, confiável, de baixo custo.

http://www.quicks.com

Empresa fornecedora de equipamento para tiro com arco do Reino Unido. Catálogo completo on-line, artigos técnicos e mais!

http://www.archeryfocus.com

A revista soberba de tiro com arco dos Estados Unidos. Muitos artigos realmente bons escritos por muita gente do pessoal mais reconhecido no tiro com arco, incluindo Rick McKinney, Don Rabska e George Tekmitchov. Alguns artigos estão disponíveis livres on-line por um breve período.

http://www.bownet.com

Home page de uma revista de tiro com arco do Reino Unido… a segunda logo depois da Archery Focus!

http://www.centenaryarchers.gil.com.au

Centenary archers – um clube australiano com excelentes páginas sobre ajuste, forma, equipamento, etc. A maioria das figuras neste documento foram “tomadas emprestadas” deste site.

http://www.scottisharchery.org.uk

O website da Scottish Archery Association.

http://www.gnas.org

Homepage da Grand National Archery Society do Reino Unido. Toda a informação sobre torneios, recordes, eventos, notícias e mais.

http://www.altservices.co.uk

Um varejista de equipamento para tiro com arco, com base no Reino Unido. Vende a maior parte a bons preços. Aceita Euros, Libras Esterlinas e Dólares Americanos.

http://www.usarchery.org

Homepage da American National Archery Association.

http://www.cam.ac.uk/societies/cub/

Clube de tiro com arco da Universidade de Cambridge. Muita informação interessante.

Usenet news groups:

news://alt.archery/

news://rec.sport.archery/

Homepage de alguns dos melhores (e piores!) conselhos em torno do… mundo do tiro com arco, em um só lugar. Pesquise tópicos específicos, usando http://groups.google.com/

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10. Glossário de termos técnicos no tiro com arco

Ajuste (tuning) Ajuste do arco e da flecha para proporcionar o vôo de flecha mais certeiro e mais relevante.

Ajuste lateral da mira (windage) Ajuste horizontal da mira para compensar o desvio da flecha pelo vento.

Aljava (quiver) Bolsa geralmente usada em torno da cintura ou colocada no chão para segurar flechas e outros acessórios.

Altura de corda (brace height) Distância entre a corda e o ponto pivot do arco (ou button).

Arco composto (compound bow) Arco com polias excêntricas e cabos, que permite potência elevada de pico, porém potência baixa em plena puxada.

Arco recurvo (recurve bow) Arco com lâminas curvadas em direção oposta do arqueiro.

Armador (stringer) Dispositivo usado para flexionar as lâminas de um arco para permitir a colocação da corda.

Balança de arco (bow-scale) Dispositivo usado para medir a potência ou força de puxada de um arco.

Bare shaft Uma flecha sem penas.

Barebow Um arco sem mira ou dispositivos para mirar.

Berger Button Veja Button.

Button Dispositivo dentro do qual há um êmbolo com uma mola espiral. Usado para absorver parte da pressão lateral da flecha após a largada.

Cam Polia excêntrica encontrada em arcos compostos.

Clicker Dispositivo de metal ou plástico. Produz um click audível, quando a flecha está em plena puxada.

Clout Competição de tiro com arco, onde se atira numa estaca no chão.

Comprimento de puxada (draw length) A distância entre a corda e o ponto pivot em plena puxada.

Creep Alongamento não recuperável, diferente de stretch, que é basicamente elasticidade ou alongamento recuperável.

Crest, cresting Marcas coloridas na haste da flecha.

Cushion Plunger Veja Button.

Dedeira (tab) Proteção para os dedos, que puxam a corda, para evitar esfolamento.

Descanso de flecha Veja Rest.

Empunhadura (riser, handle) A parte central do arco entre as lâminas.

Esquadro (bow-square) Dispositivo usado para medir a altura de corda e posição do nocking point

Estabilisador (stabiliser) Combinação de haste e peso presa no arco para eliminar torque e vibra-ção não desejados.

F.O.C. Front of centre – o ponto de equilíbrio da flecha com a ponta montada.

Face Face do alvo – geralmente feita de papel ou cartão.

Fardo (butt, boss) Anteparo atrás da face do alvo, geralmente de espuma ou de palha ou aparas de madeira prensadas.

Febre do amarelo (gold fever) Veja Pânico do alvo (Target Panic).

Field Archery Competição de tiro com arco num percurso arborizado.

Fishtailing Oscilação horizontal da flecha de um lado para outro durante o vôo.

Fistmele Termo arcaico para a altura de corda (veja) que muitas vezes foi medida, usando um punho com o polegar estendido.

FITA Federation International de Tir a L’Arc. Federação Internacional de Tiro com Arco ao Alvo. Denominação atual: WA – World Archery.

Flemish twist A corda tradicional para longbow com os laços feitos da mesma maneira que uma corda trançada em vez de uma corda feita com fio contínuo com os laços formados por serving. Pode ser usada para arcos recurvos, mas não é recomendada.

Fletching As penas ou “aletas” coloridas de plástico (vanes), presas na parte tra-seira de uma flecha.

Fletching Jig Dispositivo usado para segurar a flecha e as penas para assegurar posi-cionamento consistente enquanto a cola está secando.

Flight Shooting Competição de tiro com arco visando o alcance da distância máxima.

Flu-flu Penas grandes espirais projetadas para reduzir rapidamente a velocidade da flecha.

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Força de puxada (draw-weight) Força ou potência suportada pelo arqueiro em plena puxada.

Gap shooting Uso da distância entre a flecha e o alvo como medida de elevação.

Grip Punho, onde a mão de arco é colocada na empunhadura. Muitas vezes é feito de plástico ou de madeira.

Grupo (group) Várias flechas atiradas e agrupadas no alvo.

Haste (shaft) Tubo de uma flecha.

Janela (window) Área recortada da empunhadura acima do grip.

Kisser Button Pequeno dispositivo de plástico preso na corda para alinhamento com a boca em plena puxada.

Laço (loop) A porção da corda, que é presa em torno da ponta da lâmina.

Lâmina (limb) Porção do arco, que armazena energia, acima e abaixo da empunhadura.

Largada (loose, release) A ação de largar a corda.

Longbow Arco longo de uma só peça. Tiro com arco tradicional.

Minnowing Oscilação horizontal lateral da alta velocidade da flecha durante o vôo. Indica desobstrução precária.

Nock Rabeira de plástico na extremidade traseira de uma flecha na qual a corda é encaixada.

Nocking Point Posição na corda, onde o nock é encaixado.

Overdraw Dispositivo que permite aos arqueiros usar flechas mais curtas que seu comprimento de puxada normal.

Pânico do alvo (target panic) Aflição onde o arqueiro não consegue manter a mira no amarelo.

Paradoxo do arqueiro (archer’s paradox) Uma afirmação aparentemente contraditória, que todavia pode ser verda-deira. A "lógica" impõe que uma flecha reta e balanceada deve ser atirada reta no alvo para atingi-lo. Na realidade a flecha deve ser mirada FORA do alvo por um arqueiro tradicional para atingir o alvo, devido à maneira que a corda reage aos dedos na largada.

Pico de potência (peak draw-weight) Força máxima suportada pelo arqueiro, quando puxa a corda do arco.

Ponta (point, pile) Dispositivo metálico pontudo inserido na extremidade frontal da flecha.

Ponta de caça (broadhead) Ponta de flecha usada para caçar. Em forma de V com duas ou mais arestas cortantes.

Ponto de ancoragem (anchor point) Ponto na lateral da face ou em baixo do queixo, onde a mão da corda deve ser posicionada em cada puxada.

Ponto pivot (pivot point) A posição no grip mais afastada da corda.

Porpoising Movimento vertical da flecha para cima e para baixo durante o vôo.

Pressure Button Veja Button.

Protetor de braço (armguard) Cobertura de proteção para o lado interno do braço de arco, geralmente de plástico, metal ou couro.

Protetor de peito (chestguard) Proteção que impede que a corda se prenda na roupa ou no corpo.

Pulseira (sling) Dispositivo para prender o arco com a mão de arco do arqueiro.

Rest Um dispositivo de arame ou plástico sobre o qual a flecha está apoiada antes e durante a puxada.

Ricochete (bouncer, bounce-out) Uma flecha que bate no alvo e depois cai no chão.

Série (end) Uma quantidade específica de flechas (geralmente 3, 4 ou 6) atiradas entre as marcações das pontuações.

Serving Fio protetivo enrolado em torno da corda para evitar seu desgaste.

Spine A rigidez da haste da flecha.

Stacking Aumento rápido na força de puxada do arco, não em relação direta com o comprimento de puxada.

String Walking Usado por arqueiros de barebow. Dedos movidos para cima e para baixo da corda, de acordo com a distância do alvo.

TFC Torque Flight Compensator Dispositivo usado para absorver vibração.

Tiller Uma medida do equilíbrio das duas lâminas.

Toxófilo (toxophilite) Praticante do esporte de tiro com arco.

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11. Agradecimentos

Muitos agradecimentos vão para as pessoas a seguir por sua ajuda na composição deste documento e por anos de conselhos e orientação:

John Grove pelo texto e as ilustrações excelentes da seção “fazer uma corda”.

John Robertson por suas correções severas mas bem-vindas a respeito de minha precisão gramatical, ortográfica e técnica… Obrigado por gastar o tempo.

Tom Woodley e Graeme Jeffrey dos Centenary Archers, Australia, pelo uso de suas web pages.

Muitos dos gráficos neste documento vieram destes web sites excelentes.

Mike Perkes da Easton pelo Easton tuning and maintenance guide.

George Tekmitchov da Easton por muitos anos de excelente conselho e orientação técnica.

John Kearney e Richard Priestman por me ajudar a descrever os exercícios das reversões.

Rick McKinney e Denise Parker da revista simplesmente excelente Archery Focus por me permitir usar a informação dos artigos técnicos de sua publicação.

Simon Oosthoek por juntar e manter as web pages SOBERBAS de tiro com arco do Sagittarius.

John e Emma Dickson (clube de tiro com arco de Edinburgh) por aturar minhas perguntas estúpidas.

Vittorio Frangilli por fornecer muitos conselhos e material de pesquisa.

Todos os outros membros regulares do Sagittarius Blackboard e dos Usenet newsgroups (especialmente rec.sport.archery).

Rick Stonebraker por me permitir incluir sua brochura “Ajuste para dez” (“Tuning for Tens”).

J. Collymore, Graham O’Neill, por informação adicional de grande auxílio.

O falecido Don Branson cuja falta sentimos com tristeza e que nos deixou em 24 de agosto de 2001, por sua orien-tação e conhecimento discernente.

Para as incontáveis pessoas, que me enviam e-mail com elogios, críticas construtivas, sugestões e conselhos… um IMENSO obrigado!

E naturalmente para todos os amigos no Balbardie Archery Club e no Grange Archery Club.

Ah sim – e qualquer pessoa que eu possa ter esquecido!

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ACERTE O AMARELO!