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1 GUIA DO PROFESSOR TÍTULO: Movimentando e Reciclando CATEGORIA: Educação Física Escolar 1ª à 4ª Série – Fundamental SUB-CATEGORIA: Jogos e Brincadeiras 1. Introdução Nas aulas de Educação Física, os jogos e as brincadeiras, permitem que as crianças vivenciem atividades de forma lúdica e educativa, explorando uma variedade de possibilidades em contextos diferentes. Além de possibilitar que as crianças socializem, expressem seus sentimentos e emoções proporcionando prazer e alegria, durante as atividades. Nesse sentido, resgatar brincadeiras e jogos tradicionais, torna-se benéfico, pois além do reconhecimento de nosso contexto sócio-cultural, os efeitos que essas brincadeiras e jogos proporcionaram para o desenvolvimento e para o processo educativo das crianças, são reconhecidos durante muito tempo por pesquisadores. Convido a todos os professores que reflitam sobre a teoria interacionista de Piaget, e levem em consideração as fases de desenvolvimento da criança e a importância dada por esse pesquisador sobre a importância dos jogos e brincadeiras. Além de resgatar e valorizar o lúdico no contexto pedagógico educativo e social, ressaltando que as brincadeiras e os jogos são fundamentais para as crianças, de acordo com a teoria de Vygotsky (MATTOS,2004). Para STONE (1982) apud MOYLES (2000) o brincar é recreação porque ele recria continuamente a sociedade em que é executado. Além disso, em situações educacionais, o brincar proporciona não só um meio de aprendizagem, mas verifica-se que através dele, o professor aprende sobre as crianças e identifica suas necessidades e potencialidades mais claramente. Elencado por EL’ KOUNIN (1982) apud MOYLES (2000), no brincar, a criança opera com o objeto (material) e este possuindo um significado, ela opera com os seus significados, portanto no brincar os significados se emancipam do objeto. Utilizando-se desse processo lúdico, verifica-se que a teoria de LE BOULCH (1998) “Educação pelo movimento”, vem contribuir para melhor explicitar a sua importância em conjunto, a qual é encarada como meio de formação e como uma educação psicomotora de base, que tem seqüências no plano das aquisições instrumentais e das atividades de expressão, as quais visam desenvolver e manter a disponibilidade corporal e mental. Na mesma direção, José Coelho (1999) apud AGUIAR (2005), define a psicomotricidade como a educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre pensamento e ação englobando funções neurológicas e psíquicas. No mesmo sentido FONSECA (1993), mostra que a psicomotricidade ocupa, nos dias atuais, lugar imprescindível na educação perceptivo-motora, em crianças com ou sem necessidades especiais. O qual vê a constituição da psicomotricidade no contexto educacional, uma nova perspectiva psicopedagógica. Sendo que para o autor a homem é uma totalidade composta de atividade perceptiva e motora de movimento e cognição, em interação dialética, a qual permite a construção do conhecimento e da consciência humana. Para Bastos Filhos e Sá (2001) apud AGUIAR (2004), a psicomotricidade influencia o desenvolvimento geral da criança e no conceito de psicomotricidade o comportamento motor, emocional e intelectual estão diretamente ligados. No campo educacional, a abordagem do movimento de duas formas segundo AGUIAR (2004): Aprendizagem do movimento (foco é a melhoria da capacidade ou habilidade do próprio corpo) e aprendizagem pelo movimento (foco principal não esta na melhoria da motricidade em si, mas na sua utilização de forma que o individuo conheça a si mesmo e o mundo que o cerca). Ressalta ainda que, enquanto o movimento estiver no domínio de aprendizagem (quer seja em aprendizagem do próprio movimento ou pelo movimento), ele será psicomotor. As atividades lúdicas (jogos e brincadeiras) nesse sentido são reconhecidas como meio de fornecer a criança uma ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades. Mediante aos jogos, brincadeiras e fantasia a criança forma a base e adquire a maior parte de seus repertórios cognitivos, emocionais, sociais e motores.

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GUIA DO PROFESSOR

TÍTULO: Movimentando e Reciclando CATEGORIA: Educação Física Escolar

1ª à 4ª Série – Fundamental

SUB-CATEGORIA: Jogos e Brincadeiras

1. Introdução

Nas aulas de Educação Física, os jogos e as brincadeiras, permitem que as crianças vivenciem atividades de forma lúdica e educativa, explorando uma variedade de possibilidades em contextos diferentes. Além de possibilitar que as crianças socializem, expressem seus sentimentos e emoções proporcionando prazer e alegria, durante as atividades. Nesse sentido, resgatar brincadeiras e jogos tradicionais, torna-se benéfico, pois além do reconhecimento de nosso contexto sócio-cultural, os efeitos que essas brincadeiras e jogos proporcionaram para o desenvolvimento e para o processo educativo das crianças, são reconhecidos durante muito tempo por pesquisadores.

Convido a todos os professores que reflitam sobre a teoria interacionista de Piaget, e levem em consideração as fases de desenvolvimento da criança e a importância dada por esse pesquisador sobre a importância dos jogos e brincadeiras. Além de resgatar e valorizar o lúdico no contexto pedagógico educativo e social, ressaltando que as brincadeiras e os jogos são fundamentais para as crianças, de acordo com a teoria de Vygotsky (MATTOS,2004).

Para STONE (1982) apud MOYLES (2000) o brincar é recreação porque ele recria continuamente a sociedade em que é executado. Além disso, em situações educacionais, o brincar proporciona não só um meio de aprendizagem, mas verifica-se que através dele, o professor aprende sobre as crianças e identifica suas necessidades e potencialidades mais claramente. Elencado por EL’ KOUNIN (1982) apud MOYLES (2000), no brincar, a criança opera com o objeto (material) e este possuindo um significado, ela opera com os seus significados, portanto no brincar os significados se emancipam do objeto.

Utilizando-se desse processo lúdico, verifica-se que a teoria de LE BOULCH (1998) “Educação pelo movimento”, vem contribuir para melhor explicitar a sua importância em conjunto, a qual é encarada como meio de formação e como uma educação psicomotora de base, que tem seqüências no plano das aquisições instrumentais e das atividades de expressão, as quais visam desenvolver e manter a disponibilidade corporal e mental. Na mesma direção, José Coelho (1999) apud AGUIAR (2005), define a psicomotricidade como a educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre pensamento e ação englobando funções neurológicas e psíquicas. No mesmo sentido FONSECA (1993), mostra que a psicomotricidade ocupa, nos dias atuais, lugar imprescindível na educação perceptivo-motora, em crianças com ou sem necessidades especiais. O qual vê a constituição da psicomotricidade no contexto educacional, uma nova perspectiva psicopedagógica. Sendo que para o autor a homem é uma totalidade composta de atividade perceptiva e motora de movimento e cognição, em interação dialética, a qual permite a construção do conhecimento e da consciência humana. Para Bastos Filhos e Sá (2001) apud AGUIAR (2004), a psicomotricidade influencia o desenvolvimento geral da criança e no conceito de psicomotricidade o comportamento motor, emocional e intelectual estão diretamente ligados.

No campo educacional, a abordagem do movimento de duas formas segundo AGUIAR (2004): Aprendizagem do movimento (foco é a melhoria da capacidade ou habilidade do próprio corpo) e aprendizagem pelo movimento (foco principal não esta na melhoria da motricidade em si, mas na sua utilização de forma que o individuo conheça a si mesmo e o mundo que o cerca). Ressalta ainda que, enquanto o movimento estiver no domínio de aprendizagem (quer seja em aprendizagem do próprio movimento ou pelo movimento), ele será psicomotor. As atividades lúdicas (jogos e brincadeiras) nesse sentido são reconhecidas como meio de fornecer a criança uma ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades. Mediante aos jogos, brincadeiras e fantasia a criança forma a base e adquire a maior parte de seus repertórios cognitivos, emocionais, sociais e motores.

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Para BRASIL (1998) aprender a movimentar-se implica planejar, experimentar, avaliar, optar entre alternativas, coordenar ações do corpo com objetos no tempo e no espaço, interagir com outras pessoas, enfim, uma série de procedimentos cognitivos e motores que devem ser favorecidos e considerados no processo de ensino e aprendizagem na área de Educação Física. Dessa forma o Objeto de Aprendizagem (OA)1 “Movimentando e Reciclando” apresenta uma proposta pedagógica atrelada ao Tema Transversal “Meio Ambiente”, que vem contribuir para a construção do conhecimento e desenvolvimento de escolares.

Através dos seus recursos tecnológicos, a criança tem a oportunidade de desenvolver seu esquema corporal, orientação espacial, lateralidade, categorização, classificação, memória e concentração. Lembrando que tais atividades não substituem as atividades práticas, e sim as complementam e/ou as motivem para que sejam realizadas. Além disso, tal recurso tem o intuito de proporcionar as crianças, a construção do conhecimento, a respeito de nossa cultura, resgatando os jogos de sucata e identificando sua importância para preservação do meio ambiente.

De acordo com TISI (2004) o papel do educador físico nas séries iniciais é de oportunizar meios para que as crianças possam descobrir e desenvolver sua lateralidade, sua noção de espaço e tempo, aquisição motora, imagem do corpo operatório e enfatiza que sem um bom desenvolvimento dessas áreas, a criança terá grande dificuldades em ter um bom desenvolvimento na escrita, no papel social, no relacionamento inter-pessoal bem como nos demais aspectos motores. Torna-se claro, que assim como as demais disciplinas escolares, a Educação Física procura, ao mesmo tempo, o desabrochar das aptidões do individuo e a aquisição das capacidades extraídas ao patrimônio humano (TISI 2004). Para tanto acrescenta a autora, a Educação Física associa uma pedagogia de desenvolvimento, que respeita aquilo que a criança traz em si, a uma pedagogia de formação, preocupada em proporcionar-lhe mais poderes sobre si própria e sobre o mundo. Nesse sentido o momento, das aulas de Educação Física, devem ser vistos como um local no qual deve se oportunizar exercícios de convivência e socialização, através do qual, as crianças possam aprender a construir uma nova sociedade mais solidária, sem discriminação e com responsabilidade social, sem espaço para o preconceito e exclusão. Nas aulas, deve-se oportunizar a todos os alunos meios para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. Nesse sentido, cabe assinalar que os alunos com deficiências não devem ser privados das aulas de nenhuma aula. Independentemente de qual seja o conteúdo escolhido, os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitiva, corporal, afetiva, ética, estética, de relação inter-pessoal e inserção social) como afirma, BRASIL (1998).

A seguir são destacadas explicações referentes aos aspectos que são trabalhados através do OA como complementações de atividades práticas. Nos demais itens, os professores encontrarão dicas que os ajudarão na execução de suas aulas com esse material, bem como sugestões praticas que poderão ser utilizadas nesse processo subsidiando o desenvolvimento psicomotor e a alfabetização.

CONCENTRAÇÃO E MEMÓRIA

A memória reside em que requer estabilidade para manter o conhecimento prévio e mudança para incorporar o novo. Uma boa memória depende do equilíbrio entre ambos fatores para ingressar, registrar, reter e recuperar informação. Não existem boas ou más memórias, tudo depende de sua organização. Sendo que os primeiros traços característico do desenvolvimento da memória na idade infantil é observado com a redução da possibilidade da memória figurativa direta, juntamente com o aumento da capacidade diretiva dos processos mnemônicos. O segundo passo distintivo do desenvolvimento da memória, é o

1 Objetos de Aprendizagem (OA) são recursos digitais atraentes, lúdicos, dinâmicos e eficientes que podem ser reutilizados

tantas vezes quanto forem necessárias, ajudando na aprendizagem em aulas tanto presenciais como a distância. Possui atividades contextualizadas que estimulam o raciocínio com resoluções de problemas. Um OA tem a finalidade de tornar a aprendizagem interessante e significativa aos alunos, tendo o potencial de reutilização em contextos diferentes e de forma interativa.

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desenvolvimento paulatino da memorização mediata e a transição de formas de memória imediatas e naturais a forma mediatas e verbais.

Esse fato fundamental do desenvolvimento da memória foi estudado minuciosamente por Vigotsky e seus colaboradores Leontiev e Zankov. As pesquisas concluíram que o processo de desenvolvimento da memória na idade infantil é um processo de transformações psicológicas radicais cuja essência consiste em que as formas imediatas naturais de memorização se convertem em "processos psicológicos superiores", sociais por origem e mediatos por estrutura, que distinguem decisivamente os processos psicológicos do homem dos processos psicológicos do animal (TAKAHASHI, HATTORI & SANTOS 2000)2.

Para CRATTY (1975) tarefas dando ênfase ao desenvolvimento da memória e concentração são potencialmente úteis para os educadores, bem como para as crianças participantes, porque a qualidade da capacidade de memória da criança torna-se imediatamente aparente a tudo que lhe concerne.

ESQUEMA CORPORAL

A imagem do corpo constitui uma das primeiras aquisições do desenvolvimento gestual e perceptivo da criança – Aquisição ulterior das praxias (movimentos intencionais) e das gnósias (conhecimentos). O esquema corporal é a consciência do corpo como meio de comunicação consigo mesmo e com o meio. Um bom desenvolvimento desse aspecto pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade. LE BOUCH (1998 apud AGUIAR 2004), baseando-se, na teoria de PIAGET (1962 apud AGUIAR 2004), nas preposições WALLON (1997 apud AGUIAR 2004), o qual salienta a importância do afeto no desenvolvimento. Acredita-se assim que o conhecimento adequado do corpo que engloba a Imagem corporal e o conceito corporal, podem ser desenvolvidos com atividades que favoreça: o conhecer do corpo como um todo; o conhecer do corpo segmentado; o controle dos movimentos globais e segmentados; o equilibrar estático e dinâmico; entre outros.

ORIENTAÇÃO ESPACIAL, LATERALIDADE, CATEGORIZACAO E

CLASSIFICAÇÃO. De acordo com CRATTY (1975), os conceitos espaciais e de lateralidade podem ser

desenvolvidos através de experiências corporais, bem como visuais. Pode-se solicitar as crianças que a partir do comando dado de direita, esquerda, em cima, em baixo, ela possa desloca-ser no espaço de forma que identifique a orientação do seu corpo, bem como parte dele. LE BOUCH (1983) e PETRY (1988) apud AGUIAR (2004) e Meur & Staes (1991) mostram com base na educação psicomotora, a influência que a relativa falta de domínio da nações de direita e esquerda e de em cima e embaixo pode ter sobre as inversões de letras. No que diz respeito a estruturação espacial na formação de conceitos, KEPHART (1990) apud AGUIAR (2004), diz que indivíduos que tem dificuldades em percepção espacial terão dificuldades em formar conceitos sobre objetos, porque é por meio da percepção do espaço e das relações espaciais que nos situamos no meio em que vivemos, que fazemos observações e estabelecemos relações entre as coisas, comprando-as, combinando-as, vendo as semelhanças e diferenças entre elas. Dessa forma ao compararmos objetos, constatamos as características comuns e não comuns entre eles, por meio de um trabalho mental, nós os discriminamos, selecionamos agrupamos e classificamos, de acordo, com seus aspectos comuns; ao categorizá-los, chegamos aos seus conceitos (AGUIAR 2004). O autor acrescente que de acordo com estudos de KEPHART (1990), a formação de categorias que leva à generalização e a abstração, e que se essa comparação entre os objetos não puder ser realizada de forma exata, precisa e detalhada, o conceito que dela resultar será fraco.

2 TAKAHASHI, Hugo Leonardo; HATTORI, Karina Hiromi Hattori; SANTOS, Nilson Moutinhos dos (2000) Acessado

em 25 de dezembro de 2008. Disponível em: http://www.din.uem.br/ia/a_correl/iaedu/mem_desenvolvimento.htm

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De acordo com CRATTY (1975), muitas tipologias do funcionamento intelectual incluem habilidades que envolvem fazer discriminações, colocar objetos, acontecimentos, símbolos etc, em categorias e realizar operações similares envolvendo classificações. Ao descrever o estudo de Piaget com crianças de 7a 11 anos (terceiro estágio) descreve que esse período é marcado pela habilidade de construir classificações hierárquicas razoavelmente complexas e para compreender as qualidades emanadas pelos objetos que determinam seu posicionamento em vários grupos. Dessa forma o desenvolvimento dessa habilidade vai ao encontro das exigências da vida. Os estímulos para tornar-se o desenvolvimento mais harmonioso torna-se importante nesse período escolar. As brincadeiras possuem um amplo quadro de tarefas que requerem pensamentos sobre as categorias. As classificações identificadas na maioria das brincadeiras envolvem a classificação não só dos objetos, mas dos próprios movimentos ou classificações dos símbolos visuais tornados vivos pela incorporação auxiliar dos atos motores.

2. Objetivo Geral:

Permitir um ajustamento psicomotor. 3. Objetivos Específicos:

• Oportunizar o desenvolvimento latero-espacial. • Oportunizar o desenvolvimento do esquema corporal. • Oportunizar o desenvolvimento de categorização e classificação. • Oportunizar o desenvolvimento de memória e concentração. • Conscientizar da responsabilidade social e ambiental. • Identificar e conhecer os limites e as possibilidades do próprio corpo de forma a

poder controlar algumas de suas atividades corporais com autonomia e a valorizá-las como recurso para manutenção de sua própria saúde.

4. Pré-requisitos

Para o 1º ciclo sugerimos levar em consideração que ao ingressarem na escola, as crianças já têm uma série de conhecimentos sobre movimento, corpo e cultura corporal, frutos de experiência pessoal, das vivências dentro do grupo social em que estão inseridas e das informações veiculadas pelos meios de comunicação. As diferentes competências com as quais as crianças chegam à escola são determinadas pelas experiências corporais que tiveram oportunidade de vivenciar, ou seja, se não puderam brincar, conviver com outras crianças, explorar diversos espaços, provavelmente suas competências serão restritas. Por outro lado, se as experiências anteriores foram variadas e freqüentes, a gama de movimentos e os conhecimentos sobre jogos e brincadeiras serão mais amplos. Entretanto, tendo mais ou menos conhecimentos, vivido muitas ou poucas situações de desafios corporais, para os alunos a escola configura-se como um espaço diferenciado, onde terão que ressignificar seus movimentos e atribuir-lhes novos sentidos, além de realizar novas aprendizagens. Cabe ao professor realizar um resgate dessas experiências trazidas pelas crianças e trabalha-las na escola incluindo o repertório cultural local (BRASIL 1998). Partindo de experiências vividas, como também garantindo o acesso a experiências que não tiveram ou teriam fora da escola. No 2º ciclo é importante verificar se a construção das noções de espaço e tempo se desenvolveram em conjunto com as aquisições feitas no plano motor, pois a localização no espaço da criança nesse período ou na grande maioria já não é mais tão ego centrada, podendo incluir o ponto de vista dos outros, o que permite a realização de antecipações mentais a partir da análise de trajetórias e de cálculos de deslocamento de pessoas e objetos. Sugere-se que o professor busque identificar quais as necessidades e capacidades de cada criança, procurando minimizar suas dificuldades e potencializar suas capacidades de forma que elas possam torna-se autônomas e independentes.

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5. Tempo previsto para a atividade

Estima-se que as atividades do OA possam levar em torno de uma hora/aula, podendo variar de acordo com as opções escolhidas pelo aluno bem como outros recursos introduzidos pelo professor.

O professor pode sugerir que trabalhem em grupo, isso facilitará a participação de todos, de modo colaborativo.

6. Na Sala de Aula

As crianças, ao iniciarem o ensino fundamental, trazem de sua experiência pessoal uma série de conhecimentos relativos ao corpo, ao movimento e à cultura corporal. Partindo disso, o professor poderá promover a ampliação desses conhecimentos, permitindo sua utilização em situações sociais. No qual o podem criar situações que coloquem esses conhecimentos em questão, ou seja, situações que solicitem da criança a resolução de um problema, seja no plano motor, na organização do espaço e do tempo, na utilização de uma estratégia ou na elaboração de uma regra. Ao constatar que uma conduta corporal é exercida de uma forma estável e segura pelas crianças, o professor poderá interferir, criando uma pequena dificuldade, um obstáculo a ser superado, que mobilize os conhecimentos disponíveis ao sujeito e solicite uma reorganização deles. As situações lúdicas, competitivas ou não, são contextos favoráveis de aprendizagem, pois permitem o exercício de uma ampla gama de movimentos que solicitam a atenção do aluno na tentativa de executá-los de forma satisfatória e adequada. Elas incluem, simultaneamente, a possibilidade de repetição para manutenção e por prazer funcional e a oportunidade de ter diferentes problemas a resolver. Além disso, pelo fato de o jogo constituir um momento de interação social bastante significativo, as questões de sociabilidade constituem motivação suficiente para que o interesse pela atividade seja mantido (BRASIL 1998). Dessa forma torna-se importante oportunizar momentos durante a atividade para que sejam trabalhados em duplas ou grupos, com intuito de que as diferenças e as trocas existentes possam contribuir no aprendizagem de ambos.

A seguir o professor poderá aproveitar as sugestões de jogos de sucatas (MATTOS

2004) e introduzi-las em suas aulas práticas. TORRE DE LATINHAS - Lata Objetivos: Contribuir para o desenvolvimento da lateralidade enquanto as crianças

jogam a bola, bem como a noção espacial no momento em que tentam acertar as latinhas; Desenvolver noções de quantidade enquanto as crianças contam as latinhas derrubadas.

Materiais: Latinhas de refrigerante pintadas ou latas de óleo pintadas. Procedimento: Empilhar as latinhas formando uma torre. As crianças organizadas em

filas ou de outra forma, jogam uma bola de meia, objetivando acertar e derrubar as latas. PÉ DE LATA – Lata Objetivo: Desenvolver a praxia global (coordenação motora); desenvolver o equilíbrio

enquanto caminha com os pés de lata, orientação espacial e temporal. Material: Duas latas vazias e coloridas, barbante grosso e prego para perfurar a lata

e introduzir o barbante. Procedimento: Com o giz, desenhar um roteiro no chão o qual as crianças divididas

em equipes, devem percorrer para atingir em um tempo determinado. VAI E VEM – Garrafa Plástica Objetivo: Promover a socialização, a coordenação motora, noção de tempo e

equilíbrio. Materiais: Duas garrafas plásticas cortadas ao meio (somente a parte de cima),

juntando uma a outra, com fitas adesivas, de modo que os bicos fiquem para fora. Passar uma corda dupla pelos bicos e amarrar nas quatros pontas em cada em uma das argolas retirada da parte de baixo das garrafas.

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Procedimento: Para brincar são necessários duas crianças, de forma que cada uma fique de cada lado, segurando uma argola em cada mão. Enquanto uma criança abre os braços a outra fecha.

PASSA A BOLA – Garrafa Plástica Objetivo: Contribuir para o desenvolvimento da percepção espaço temporal. Materiais: Duas garrafas cortadas ao meio, de forma que se utilize a parte dos bico,

mais uma bola de plástico que caiba dentro delas. Procedimento: Esse brinquedo deve ser utilizado por duas crianças de forma que

uma fique distante uma da outra, para que possam jogar a bolinha de um local para o outro.

Dica: É fundamental que o aluno se sinta valorizado e acolhido em todos os momentos de sua escolaridade e, no ciclo inicial, em que seus vínculos com essa instituição estão se estabelecendo, o fato de poder trazer algo de seu cotidiano, de sua experiência pessoal, favorece sua adaptação à nova situação. Ao desafio apresentado, acrescenta se que, principalmente no que diz respeito às habilidades motoras, os alunos devem vivenciar os movimentos numa multiplicidade de situações, de modo que construam um repertório amplo.

7. Na sala de computadores

Sugere-se que inicialmente o professor introduza alguns conceitos sobre jogos, procurando resgatar o repertorio lúdico dessas crianças. Poderá contar uma historinha de um planeta que esta poluído, onde as crianças são tristes pois não tem espaço para brincar, para introduzi-los na atividade.

Ao iniciarem nas atividades propostas no OA, é importante que o professor acompanhe o andamento, dando orientações curtas, mas que as complementam, tais como:

• Utilizem o botão de ajuda, quando tiverem dúvidas. • Vocês podem brincar varias vezes na mesma atividade caso tenham interesse. • Utilizem o botão dos extras para conhecer mais brincadeiras.

Pode também levantar algumas questões durante a atividade, para que a criança possa ir refletindo sobre as situações em que estão vivenciando no OA. Tais como:

• Os pais de vocês realizam a separação do lixo em suas residências? Vocês ajudam?

• Quais materiais que também podem ser recicláveis e que vocês não visualizaram nesse OA?

É importante o professor consiga unir a temática do OA com os aspectos psicomotores que são trabalhados através dele, procurando orientar as crianças e ajudando-as a identificarem. De tais formas:

• Enquanto brincam na atividade “Montagem do Personagem”, o professor, pode sugerir as crianças que identifique no corpo do coleguinha que associe as parte do corpo do personagem as parte do corpo do coleguinha, depois podem realizar essa atividade com o seu próprio corpo.

• Na atividade “Barquinho no Lago”, o professor pode orientar as crianças para imaginarem que estão dentro do barquinho, e que eles devem seguir os sentidos de orientação da flecha, de direita, esquerda, para cima e para baixo. Depois podem brincar na prática, onde um aluno é um barquinho e esta no lago, e o outro é o capitão do barco, e esse da o comando de direita e esquerda para que o barco pegue os passageiros que são as outras crianças ilhadas no lago.

• Na atividade de memória, o professor pode sugerir as duplas que estão no computador que marquem os seus próprios acertos e erros, e que possa gerar uma competição entre elas, como forma de estimulá-las e para que as se concentrem na realização da atividade de forma a memorizar e não por tentativas de acerto e erro.

• Na atividade de separar os materiais nos latões, as crianças podem ser estimuladas a identificar os nomes dos materiais e refletir porque não podem

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misturar os tipos de matérias, estimulando perguntas a respeito do processo de construção de cada material.

Dica: A participação dos alunos com necessidades especiais é muito importante, em todas as atividades e em conjunto com os demais alunos para que possam desenvolver suas capacidades perceptivas, afetivas, motoras, cognitivas e sociais. Sugere se que o professor faça as adequações necessárias, nos equipamentos tecnológicos, no espaço, nas atividades, nos materiais para que sejam utilizados por todos os alunos de forma que sejam estimulados e que possam favorecer a sua formação integral.

Questões para discussão

Equilibrarmos o consumo com a produção de insumos por parte da natureza é assegurar uma relação de sustentabilidade. O mesmo referencial capaz de trazer esclarecimentos sobre o relacionamento entre a sociedade e a natureza traz também contribuições para a compreensão da relevância da Educação Física como parte integrante da escola, para trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e aprendizagem de habilidades e procedimentos, no sentido da construção de comportamentos “ambientes corretos”.

Dessa forma, sugere-se levar os alunos a identificar as características do espaço físico de lazer onde ocorrem as aulas (quadra, pátio, sala, campo, ginásio, etc.) no que se refere às condições do solo, da qualidade do ar, do tratamento da água, da incidência/ausência de luz e calor, entre outros fatores. Após a atividade é possível realizar pesquisa sobre as melhores condições para a prática de atividade física, considerando o meio ambiente.

8. Preparação

Para o sucesso no desenvolvimento das aulas o professor poderá (Adaptado de Soler 2002):

Procurar conhecer o grupo de criança o qual esta trabalhando; Identificar as necessidades e capacidades individuais e do grupo; Procurar demonstrar as atividades para que as crianças possam ter uma visão global da tarefa a cumprir; Evitar explicações complicadas e extensas ao iniciar; Procurar planejar aulas diferentes introduzindo novos materiais relacionáveis. Estabelecer vínculo afetivo com os alunos; Transmitir apoio e segurança; Usar o reforço positivo. Elogiar o acerto, mas nunca enfatizar o erro; Manter a motivação nas atividades; Trabalhar com as diferenças assegurando a participação de todos os alunos; Promover a convivência entre meninos e meninas; Estimular a interdisciplinaridade na construção de jogos com sucata. Participar efetivamente da aula durante a realização das atividades; Considerar o contexto e o interesse da turma; Perceber quando a atividade perdeu a motivação dos alunos ou quando o grau de exigência está muito elevado; 9. Material necessário

Os materiais utilizado nas aulas de Educação Física, influenciam e interferem

diretamente na qualidade do aprendizado. Sendo assim quanto mais diversificado for o material, mais possibilidades de atividades podem ser proporcionadas e mais rico será o ambiente em que essas crianças serão desenvolvidas. Pois, quanto mais diversificados os estímulos que elas recebem, mais oportunidades elas têm para o seu desenvolvimento.

Para as crianças com alguma necessidade especial a possibilidade de vivenciar diferentes atividades é muito valiosa e quando podem usufruir de recursos áudios visuais, interativos e computacionais sua aprendizagem torna-se facilitada e ao mesmo tempo

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motivadora e estimulante, oportunizando uma aprendizagem na qual venha a ser um agente ativo no seu processo de aprendizagem. O papel do professor nesse processo é o de criar desequilíbrios possibilitando ao seu aluno, a descoberta do novo e o desconhecido. Para que diante disso a criança sinta-se instigada e desafiada e consiga assimilar novos conhecimentos utilizando os recursos motores e mentais e aprendendo a estabelecer uma ligação entre o conhecido e o desconhecido, o real e o virtual.

De uma forma geral para as crianças com ou sem necessidades especiais, torna-se motivador a possibilidade de criar seus próprios materiais. Sugere-se que a partir da utilização do OA, as crianças possam ser estimuladas a criar jogos de sucatas para que possam brincar entre seus pares.

Sugere-se alguns materiais que podem ser utilizado em conjunto com o OA, para que as crianças possam construir brinquedos a partir de materiais recicláveis, sugeridas por Soler (2002).

• Jornais: Material de fácil manuseio, que serve para compor brinquedos (pipas, peteca, bolas etc), bem como ser utilizado para o trabalho de coordenação global.

• Caixa de Papelão: Podem ser utilizadas de varias formas em jogos de construção, em brinquedos simbólicos ou para aprimorar habilidades motoras.

• Garrafas plásticas: podem ser utilizadas em jogos de construção e para composição de diferentes brinquedos entre outros.

• Latas: Podem ser pintadas e transformadas em diferentes brinquedos (carrinhos, tiro ao alvo, pé de lata entre outros), que podem auxiliar em diversos trabalhos psicomotores.

• Canudos: Fáceis de se conseguir e servem tanto para construir novos objetos, como para serem utilizados em exercícios respiratórios.

• Revistas: podem ser utilizadas para recortes de figuras, as quais podem ser trabalhadas em diferentes perspectivas de acordo com o que o professor tiver o intuito de propor como atividade.

10. Requerimentos técnicos

Para utilização do OA é necessário navegador WEB com plug-in do Adobe Flash MX

ou superior. Dica: o plug-in está disponível em <www.adobe.com.br>

11. Durante a atividade no computador

Sugere-se que o professor procure observar individualmente cada criança e propor

novas questões relacionadas ao grupo, levando a descobertas e contextualização de suas ações.Torna-se importante que as crianças sintam-se desafiadas e estimuladas, a aprender cada vez mais.

12. Depois da atividade

E embora a ação e a compreensão sejam um processo indissociável, em muitos casos, a ação se processa em frações de segundo, parecendo imperceptível, ao próprio sujeito, onde houve processamento mental. É fundamental que as situações de ensino e aprendizagem incluam instrumentos de registro, reflexão e discussão sobre as experiências corporais, estratégicas e grupais que as práticas da cultura corporal oferecem ao aluno (BRASIL 1998).

Após terem vivenciadas a experiências de forma interativa e visual no computador é importante que se resgate na prática tais ações. Assim acredita que mesmo que o grau de dificuldade e complexidade dos movimentos são diferentes, já existam algumas pré-aquisições adquiridas através do uso do computador. Dessa forma na pratica em locais específicos para atividades corporais (quadras, pátios, salas de danças etc). Podem ser introduzidos desafios que visem movimentos associados aqueles trabalhados no OA, levando em consideração as

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rientacoes sugeridas no item “Sala de Aula”. Em relação à utilização do espaço e à organização das atividades, deve-se lançar mão de divisões em pequenos grupos (por habilidade, afinidade pessoal, conhecimentos específicos, idades), alternando-as com situações coletivas de toda a classe. O espaço poderá ser dividido em quatro partes, em quais pequenos grupos trabalhem com atividades diferenciadas partindo do interesse de cada grupo. Isso permite que os alunos tenham tempo de experimentar determinados movimentos, vivenciá-los, perceber seus avanços e dificuldades, criar novos desafios para si mesmos e se assim quiserem poderão participar de atividades de outros grupos ali distribuídos através da construção dos jogos com sucatas.

13. Avaliação

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL 1998), consideram que a avaliação deve ser algo útil, tanto para o aluno como para o professor, para que ambos possam dimensionar os avanços e as dificuldades dentro do processo de ensino e aprendizagem e torná-lo cada vez mais produtivo. Sendo assim, propõem para avaliação do conteúdo oferecido nesse OA que o professor leve em consideração o reconhecimento por parte dos alunos de seus limites e possibilidades, a avaliação dos aspectos psicomotores estarão relacionados a isso, de forma que o aluno possa compreender sua função imediata, o contexto a que ela se refere e, de posse dessa informação, traçar metas e melhorar o seu desempenho e sua organização de atividades. O conhecimento de jogos, brincadeiras e outras atividades corporais, suas respectivas regras, estratégias e habilidades envolvidas, o grau de independência para cuidar de si mesmo ou para organizar jogos e brincadeiras, a forma de se relacionar com os colegas, entre outros, são aspectos que permitem uma avaliação abrangente do processo de ensino e aprendizagem.

Como elencados nos PCNs para o 1ª e 2º Ciclo o professor deverá observar se os critérios abaixo estão fazendo parte da aprendizagem do alunos. 1º Ciclo

� Enfrentar desafios corporais em diferentes contextos como circuitos, jogos e brincadeiras: Pretende-se avaliar se o aluno demonstra segurança para experimentar, tentar e arriscar em situações propostas em aula ou em situações cotidianas de aprendizagem corporal.

� Participar das atividades respeitando as regras e a organização: Pretende-se avaliar se

o aluno participa adequadamente das atividades, respeitando as regras, a organização, com empenho em utilizar os movimentos adequados à atividade proposta.

� Interagir com seus colegas sem estigmatizar ou discriminar por razões físicas, sociais,

culturais ou de gênero: Pretende-se avaliar se o aluno reconhece e respeita as diferenças individuais e se participa de atividades com seus colegas, auxiliando aqueles que têm mais dificuldade e aceitando ajuda dos que têm mais competência.

2º Ciclo

� Enfrentar desafios colocados em situações de jogos e competições, respeitando as regras e adotando uma postura cooperativa: Pretende-se avaliar se o aluno aceita as limitações impostas pelas situações de jogo, tanto no que se refere às regras quanto no que diz respeito à sua possibilidade de desempenho e à interação com os outros. Espera-se que o aluno tolere pequenas frustrações, seja capaz de colaborar com os colegas, mesmo que estes sejam menos competentes, e participe do jogo com entusiasmo.

� Estabelecer algumas relações entre a prática de atividades corporais e a melhora da

saúde individual e coletiva: Pretende-se avaliar se o aluno reconhece que os benefícios para a saúde decorrem da realização de atividades corporais regulares, se tem critérios

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para avaliar seu próprio avanço e se nota que esse avanço decorre da perseverança.

� Valorizar e apreciar diversas manifestações da cultura corporal, identificando suas possibilidades de lazer e aprendizagem: Pretende-se avaliar se o aluno reconhece que as formas de expressão de cada cultura são fontes de aprendizagem de diferentes tipos de movimento e expressão. Espera-se também que o aluno tenha uma postura receptiva, não discrimine produções culturais por quaisquer razões sociais, étnicas ou de gênero.

14. Para saber mais AGUIAR, João Serapião. Educação Inclusiva. Jogos para o ensino de conceitos. 2ª edição, Editora Papirus, 2005. BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. (Área: Educação Física; Ciclo: 1 e 2). Brasília: MEC/SEF, 1998. CRATTY, Bryant J. A inteligência pelo movimento, Editora Difel, 1975 DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física no Ensino Superior, Editora Guanabara, 2005. DARIDO, Suraya Cristina; RODRIGUES, Luiz Henrique; RAMOS, Glauco Nunes Souto; FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade. 3ª edição. Editora Martins Fontes, 1993 GALVÃO, Zenaide; FERREIRA, Lílian Aparecida; SILVA, Eduardo Vinícius Mota; SANCHES NETO, Luiz; RANGEL, Irene Conceição Andrade; PONTES, Gustavo Henrique; CUNHA, Felipe Pinheiro da. Educação Física e temas transversais – Possibilidades de Aplicação, Editora Mankenzi, 2006. KEPHART, N. C. O aluno de aprendizagem lenta. 2ª edição. Artes Médica. 1990 LE BOULCH, J. Educação Psicomotora, A psicocinética na idade escolar. 2ª edição, Editora Artes Médicas, 1998. MATTOS, Elizete de Lourdes. Brincando e Aprendendo. Brinquedos e Jogos com Sucatas. Editora Vale das Letras, 2004 MEUR, A. de; STAES, L. Psicomotricidade, Educação e Reeducação. Editora Manole, 1984. MOYLES, Janet R. Só Brincar? Editora Armed, 2000 SOLER, Reinaldo. Brincando e Aprendendo na Educação Especial, Editor Sprint, 2002 TISI, Laura. Educação Física e a alfabetização, Editora Sprint, 2004

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TELAS TELA 01 - ABERTURA

Após a animação do globinho, Clique em “INÍCIO” , para começar a utilizar o Objeto de Aprendizagem.

TELA 02 – INTRODUÇÃO A HISTÓRIA

Objetivos: Nessa tela inicialmente aparece a boneca e posteriormente o boneco

que juntos fornecem as primeiras instruções de atividades.

Procedimento: Após ler o balão de fala da boneca, clique no “X”, posteriormente ao ler o balão do boneco, clique no “X”

Atalhos: Uso do mouse TELA 03 – ESCOLHA DO SEXO DO BONECO

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Objetivos: Tela na qual se escolhe qual boneco deseja-se montar

Procedimento: Clique sobre uma das figuras: “feminina” ou “masculina"

Atalhos: Uso do mouse TELA 04 – MONTAGEM DO BONECO

Objetivos: Montar um corpo de um boneco com materiais recicláveis. Tal atividade

visa proporcionar à criança a identificação das partes do corpo. Posteriormente à montagem da personagem a criança fará a classificação do material, levando em consideração o tipo de material e o seu latão respectivo de coleta, trabalhando a categorização.

Procedimento: Clique em um material jogado e arraste para o local do corpo do boneco. O que sobrou arraste para o seu respectivo latão de coleta Plástico = latão vermelho Vidro = latão verde Metal = latão amarelo Papel = latão azul Orgânico = latão marrom

Atalhos: Uso do mouse

Após a criança concluir a atividade recebe uma mensagem e o clicar no “OK” fecha o balão e tela e será remetida para a tela seguinte.

No botão “Ajuda” pode ser visualizada a descrição para cada latão.

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TELA 04 – MONTAGEM DO BONECO – VERSÃO FEMININA DA MESMA ATIVIDADE

Para todas as telas da versão da montagem da boneca, tem a versão do personagem construído como mostra o exemplo acima. Quando se escolhe, inicialmente, o sexo do boneco, este acompanhará todas as demais atividades. No caso da escolha da montagem da boneca, é a boneca que irá acompanhar as demais atividades. TELA 05 – ORIENTAÇÃO PARA AS ATIVIDADES

Objetivos: Através dessa tela a criança poderá escolher entre duas atividades: a da “casinha” e a do “lago”. Elas estão destacadas com uma sombra branca em volta.

Procedimento: Após ler o balão, clique no desenho do “LAGO” ou no desenho da “CASINHA”.

Atalhos: Uso do mouse

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TELA 06 – ATIVIDADE DA CASINHA – MEMÓRIA SERIAL

Objetivos: Instruir o usuário na atividade do jogo da Memória. Procedimento: Ao ler o balão, fechar clicar no “X” para fechar as falas e remeter a tela

que iniciará a atividade.

Atalhos: Uso do mouse TELA 07 – JOGO DA MEMÓRIA

Objetivos: O usuário deve encontrar os pares, conforme o exemplo demonstrado

na instrução. Memorizando o local dos pares, e unindo suas séries correspondentes, ou seja, o brinquedo de lata, unir a figura da latas, o brinquedo de plástico, unir a figura do plástico e assim sucessivamente.

Procedimento: Clicar sobre uma carta para que ela vire, e clicar em outra carta para encontrar seu par que não igual, mas faz parte de uma mesma série, ou seja, do mesmo material. Caso queira brincar novamente, clique na opção “INICIAR NOVAMENTE” e treine quantas vezes quiser.

Atalhos: Uso do mouse

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TELA 05 – ORIENTAÇÃO PARA AS ATIVIDADES

A tela 05 aparece novamente, para que o aluno realize a atividade que não foi concluída ainda, se o aluno já realizou a atividade da “casinha”, neste momento ele clicará no “lago” para realizar a próxima atividade.

TELA 08 – ATIVIDADE DO LAGO – LÁTERO-ESPACIAL

Objetivos: O usuário deve observar a indicação das setas, quando esta fica

piscando de vermelho para movimentar o barquinho até o local do lixo e capturá-lo. A regra é pegar o lixo de acordo com o latão que aparece na parte direita da tela (verde, azul, amarelo, marrom e vermelho). Após recolher todo o lixo, o desenho que mostrava o lago poluído, modifica, mostrando um lago mais limpo. Os sentidos indicados pelas setas (direita, esquerda, para cima e para baixo), possibilitam o trabalho de lateralidade e ao deslocar o barquinho no espaço utilizando-se desses comandos, possibilita a orientação espacial.

Procedimento: Ao piscar a seta de vermelho, o usuário deve clicar na seta do teclado

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correspondente e movimentar o barquinho até encontrar o lixo correspondente a cor do latão.

Atalhos: Uso do mouse e as 4 setas do teclado (direita, esquerda, para cima e para baixo).

TELA 09 – PARQUE LIMPO – VIAGEM DO BALÃO

Objetivos: Mostrar ao usuário que através do seu trabalho, ajudando a despoluir o

parque, as crianças ficaram felizes, o parque limpo e bonito.

Procedimento: Ao ler cada balão, clique no “X” para remeter a fala seguinte e por final a tela final.

Atalhos: Uso do mouse e as 4 setas do teclado (direita, esquerda, para cima e para baixo).

TELA 10 - FINAL

O Planeta aparece com cores mais vibrantes e demonstrando que foi despoluído. E os personagens voam em volta do planeta, dentro de um balão.

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TELA DE CRÉDITOS

Para iniciar novamente a atividade do AO, clique em “INICIAR NOVAMENTE” TELA DE AJUDA

Para cada tela existe uma tela de ajuda correspondente a qual esta descrito os procedimentos de execução da tela

TELA DE EXTRAS No Botão de extras podem ser conferidos 8 atividades conforme descrição abaixo, além de poderem ser acessadas através dos links do site “Portal do Professor / MEC”.

Extra 01

Vídeo ilustrativo do processo de onde vem o plástico. http://www.dominiopublico.gov.br/download/video/me000730.wmv (BAIXAR) - Indicar site do portal como fonte: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/676

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Extra 02

Jogo educativo no qual se deve montar um quebra-cabeça para descobrir qual é o local correto em que se deve colocar o material reciclável http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/3742

Extra 03

Jogo educativo no qual o aluno deve montar um quebra-cabeça para descobrir onde se inicia o processo de reciclagem e de que maneira pode-se contribuir com este processo http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/3743

Extra 04

Jogo educativo no qual o aluno deve montar um quebra-cabeça para descobrir o processo que dá origem aos produtos que utilizamos diariamente http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/3883

Extra 05

Jogo educativo no qual se deve arrastar com o mouse cada lixo descartado e colocá-lo no coletor seletivo correto respeitando as cores representativas para cada tipo de material

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/3884

Extra 06

Animação que consiste em uma pequena história onde um personagem realiza a separação do lixo para coleta seletiva e mostra que estes materiais descartados podem ser

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reciclados e dar origem a novos produtos http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/4914

Extra 07

Animação que demonstra o processo de produção do alumínio até chegar na latinha de refrigerante. http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/4973

Extra 08

É um jogo composto de 12 fases, onde em cada uma delas é apresentado um material reciclável que deve ser arrastado até a lixeira de cor correspondente. http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/6195