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Comunicação digital

guia DSA final · 2017-05-09 · mais de 50 anos para atingir um milhão de usuários ... Índia e China, alcançando os maiores índices de crescimento. A Igreja Adventista, portanto

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Comunicação digital

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De todos os capítulos deste guia, sem dúvida este é o que mais corre o risco de ficar de-

satualizado rapidamente, dada a velocidade com que as coisas se transformam e são criadas na

internet. Por isso mesmo não é o objetivo deste capítulo descrever o funcionamento de softwares

ou ensinar como programar sites, já que são particularidades técnicas que vão ficar obsoletas. Em

vez disso, o capítulo visa explorar as definições e conceitos de cada ferramenta disponível para

que igreja use a internet de maneira que mesmo mudando os softwares ou surgindo novos servi-

ços, a idéia básica seja preservada.

Quão relevante a internet é na comunicação da igreja na América do Sul? O rádio demorou

mais de 50 anos para atingir um milhão de usuários no mundo. Mas até hoje é muito complicado

abrir e manter uma emissora de rádio, além de muito caro e dependente das leis de cada país.

A televisão demorou menos de 20 anos para atingir um milhão de usuários, e é ainda mais

complicado e caro abrir e manter um canal de televisão em qualquer parte do mundo. No entanto, a

internet surgiu comercialmente na década de 1990 e, em menos de um ano já tinha mais de um milhão

de usuários. Além disso é muito acessível e simples a criação e manutanção de um site próprio.

Prova dessa verdade de adoção em massa é que hoje um quarto da população mundial

ou é usuária direta da internet (acessa pessoalmente) ou é beneficiária direta dela (alguém aces-

sa para a pessoa resolver coisas particulares). Se considerarmos então os beneficiários indiretos

(pessoas que não usam internet, mas são atendidas por pessoal que a usa no atendimento, como

no caso de serviços do governo, por exemplo), chega-se a mais de 60% da população mundial!

O número de usuários de internet no mundo vai chegar a 2 bilhões de pessoas em 2012,

atingindo a um quarto da população mundial. Segundo previsão da consultoria Jupiter Research, o

crescimento será principalmente em economias emergentes, em países da América do Sul, Rússia,

Índia e China, alcançando os maiores índices de crescimento. A Igreja Adventista, portanto, não

pode deixar de explorar corretamente esse meio de comunicação, e essa exploração passa pelas

igrejas locais. Afinal, pesquisas mostram que assuntos de interesse local são a terceira motivação

para as pessoas acessarem sites, ficando atrás apenas de envio de e-mails e buscas por mecanis-

mos de pesquisa como o Google.

E estamos certos de que tão logo esse manual chegue às suas mãos, esses dados já

serão outros.

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A internet comunicando esperança A internet permite conectar pessoas que, de outra forma, jamais teriam contato umas

com as outras. Essa característica torna a internet um dos meios mais eficazes para comunicar a

mensagem adventista de esperança a pessoas que, de outra forma não seriam alcançadas.

Apesar de o meio ser tecnológico, falar de Jesus na internet segue os mesmos princípios

dos meios convencionais: lidamos com pessoas; essas pessoas possuem sentimentos, expectati-

vas e conceitos pré-concebidos; elas estão a procura de algo; precisam de amor e atenção.

Por outro lado, existem algumas diferenças como: não se está fisicamente diante da outra

pessoa; a informação pode ser mais aprofundada e o tempo, horário e distância não são barreiras

na comunicação.

Na internet, a maneira como comunicamos também pode assumir vários formatos, como,

por exemplo: textos, imagens, vídeos e animações. Assim, a mensagem pode ser passada de ma-

neira mais rica e distribuída exponencialmente, uma vez muitas pessoas podem ter acesso à mes-

ma informação.

Como a internet está em constante evolução, a cada dia surgem novas maneiras e meios

que podem ser explorados para levar a mensagem de salvação. As redes sociais, como Orkut,

Myspace, Facebook, entre outros, quando devidamente utilizadas, podem ser uma valiosa ferra-

menta para conhecer pessoas e comunicar a mensagem de esperança.

Os blogs também podem ser muito úteis quando utilizados para discutir, de maneira me-

nos formal, assuntos específicos ou do dia a dia em comparação com a abordagem bíblica.

Atualmente, os vídeos estão se tornando num dos principais formatos de mensagem no

mundo da web. A imagem em movimento combinada com o som pode tornar a mensagem mais

clara, compreensível e de fácil memorização. Por esse motivo, clipes musicais, estudos bíblicos e

palestras são tão procurados na internet atualmente.

No entanto, para a disponibilização de qualquer conteúdo é necessária a permissão do

autor e respeito às leis de direitos autorais.

Apesar das grandes vantagens que a internet oferece, ainda existe o receio de que ela se

torne um ambiente virtual perigoso para as pessoas. Aqui valem, mais uma vez, o sábio conselho

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de Jesus: “Sejam simples como a pomba e prudentes como a serpente” (Mt 10:16).

Mais que uma forma de entretenimento, a internet se tornou essencial para o estudante

e o profissional realizarem suas atividades. A comunicação do homem moderno depende em

grande parte dela. Por esse motivo, é importante que os pais e a igreja assumam o compromisso

de educar e alertar a sociedade para os perigos do mundo da web, bem como para sugerir manei-

ras de uso sadio, nobre, educativo e evangelístico.

Planejamento de websites

Planejamento inicial Websites, sítios da web ou simplesmente sites, são áreas de conteúdo que podem ser

acessadas, a princípio, por qualquer pessoa com acesso à internet, bastando para isso digitar um

“endereço” que a direcione para lá. O mais importante para um diretor de Comunicação de uma

igreja, para quem se destina este guia, não é saber como se programa um site, mas para que ele

serve e como se pode explorá-lo da melhor maneira para a função do departamento.

Basicamente, um site contém as informações relevantes a determinado grupo de pessoas

que têm acesso a internet. Os dois erros mais comuns observados nos sites desenvolvidos para

igrejas ou grupos religiosos, são os seguintes:

1. Desenvolver um site com conteúdo que interesse ao autor, mas não ao público

alvo (exemplo: fotos de eventos internos da igreja num site “missionário”).

2. Desenvolver um site com conteúdo interessante para um público que não acessa

a internet (exemplo: ficha de inscrição para recebimento de cestas básicas para famílias carentes).

Os dois exemplos acima são reais e mostram que o mais complicado no desenvolvimento

de sites não é a programação, mas o planejamento.

Para fins didáticos, vamos simular o projeto de um site para a igreja, a fim atender o

público interno. Serão cinco etapas para a construção. Para outros sites com outros objetivos,

considere as mesmas etapas e adapte ao conteúdo necessário.

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Etapa 1Definições básicas

Nessa etapa, algumas definições precisam ser tomadas e colocadas no papel, para que

sirvam de guia para o restante do desenvolvimento do site.

Para isso, convoque uma reunião com algumas pessoas-chave: você, como diretor de Co-

municação, sua equipe de trabalho, uma pessoa que entenda de desenvolvimento tecnológico de

sites para poder opinar sobre prazos de desenvolvimento e funcionamento e, se possível, o pastor

da igreja.

As definições a ser tomadas são simples, mas importantíssimas, e vão determinar todo o

restante do trabalho no projeto. São elas:

■ Objetivo: qual o objetivo da existência do site?

■ Público: qual é o público para o qual esse site está sendo desenvolvido?

■ Conceito de funcionamento:

• Será um site em que as pessoas apenas lerão informações?

• Vão poder trocar informações entre elas?

• Vão poder fazer downloads e uploads?

• Vão precisar de senha para entrar em alguns conteúdos?

• Será tudo de acesso livre?

■ URL: qual será o endereço do site?

■ Cronograma: quanto tempo se deverá levar para o desenvolvimento de todo o site?

■ Fluxograma: quais as fases de desenvolvimento do site?

■ Equipe: quais pessoas estarão envolvidas no desenvolvimento do site?

Com essas definições em mãos, fica bem mais simples contatar todos os envolvidos, de-

terminar prazos e acompanhar o desenvolvimento correto.

Etapa 2Definições dos grupos de conteúdo

Nessa etapa é desenhado, pela primeira vez, o que se convencionou chamar de “mapa

do site”: uma visão geral, em forma de organograma, de todos os “compartimentos” que o site

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terá e as conexões entre eles. No caso de um site para a igreja, por exemplo, cada departamento

pode ter um canal, um “compartimento” dentro do site, e departamentos como Desbravadores e

Aventureiros podem ter conteúdos em comum.

Com o desenho do mapa do site e a visualização dos grupos de conteúdos, pode-se então

determinar quem serão os responsáveis por desenvolver o conteúdo, isto é, escrever e adicionar

imagens, vídeos e outros arquivos, para cada grupo.

Note que a pessoa que irá desenvolver o conteúdo não precisa saber nada sobre internet,

pois não é ela que vai se ocupar de colocar todo o conteúdo gerado em formato de internet, mas

tão somente criar o conteúdo correto dentro de sua área de competência.

Consultar outros sites de outras igrejas para ter uma idéia nova, melhora-la e colocar em uso.

Etapa 3Desenvolvimento de conteúdo e layout Nessa etapa, cada responsável pelo conteúdo de seu “compartimento”, seu canal, deve

selecionar as informações que quer que estejam disponíveis no site e que retratem com precisão

os objetivos específicos de cada departamento.

Ao “encomendar” esse desenvolvimento, você, como coordenador do projeto, deve

orientar cada “autor” sobre alguns princípios básicos de criação de conteúdo para internet. Faça

um convite formal, por escrito, dando uma data de término para a produção de acordo com o

cronograma fechado na ETAPA 1, juntamente com as seguintes orientações:

■ O site tem por objetivo informar sobre o funcionamento de cada departamento da igreja e

suas programações (agendas). O conteúdo, portanto, está sendo desenvolvido para o público

interno da igreja (lembre-se de que estamos usando esse exemplo; para outros sites essa in-

trodução deve ser adaptada ao objetivo e público corretos).

■ Havia uma tese que usuários de internet gostam de ler textos curtos com informações re-

sumidas, e que, portanto, se deveria evitar a inclusão de textos longos no conteúdo que está

sendo desenvolvido. Entretanto essa tese já foi contestada. As frases devem ser curtas, mas

o texto pode ser longo. Muitas vezes procuramos na web o detalhamento e informações que

não recebemos nas outras mídias que possuem limitação maior de tempo e espaço.

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■ Imagens, vídeos e sons enriquecem a compreensão do conteúdo. Adicione o máximo que

puder de exemplos sobre o material que você está escrevendo.

■ Normalmente, quando os usuários de internet se interessam por determinado assunto,

querem ter acesso a mais conteúdos sobre o mesmo assunto. Indique, quando possível, outras

fontes ou outros sites que contenham informações a respeito do mesmo tema.

Ao mesmo tempo em que os responsáveis estarão escrevendo o conteúdo e preparando

material para fazer parte do site, alguém precisa estar “desenhando” o site, criando um layout

básico, ou, em termos mais simples, criando a “cara e jeito” do site, para que quando o conteúdo

estiver pronto, possa ser inserido numa estrutura básica já prevista.

Vale destacar que um profissional ou expert em programação de sites, não precisa ne-

cessariamente ser a pessoa mais indicada para também “desenhar o site”, já que o primeiro é um

trabalho tecnológico e o segundo um trabalho artístico. Se a mesma pessoa puder fazer ambos,

ganha-se agilidade. No entanto, não hesite em separar as atividades de criação e programação do

site, caso perceba que isso resultará em um produto final de qualidade superior.

Etapa 4Integração de conteúdos e programação

Antes do início propriamente da integração, sobre a qual já vamos discorrer, é importante

que seja feita uma revisão geral dos conteúdos desenvolvidos: uma revisão ortográfico-gramati-

cal e uma revisão chamada de revisão editorial, a fim de verificar se o conteúdo desenvolvido está

adequado aos objetivos do site e se não entram em conflito entre si.

Feita a revisão geral, inicia-se a integração.

Quando os conteúdos são enviados de forma digitada e em fotos e vídeos, eles geralmen-

te não estão prontos e adequados para serem publicados na internet. É necessário “transformá-

los” em arquivos próprios para a internet, adaptando sua forma e disposição ao layout definido

anteriormente para o site. A esse processo damos o nome de integração.

Essa, juntamente com a ETAPA 5, é a fase mais técnica do projeto todo e não há muita

contribuição a ser feita, a não ser no acompanhamento do trabalho do programador do site, que

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deve ser um profissional que saiba como construir a parte tecnológica do site.

Apesar disso, o programador precisa ter acesso a todas as informações pertinentes ao

conteúdo geral do site, pois não é sua responsabilidade fazer acertos em informações incomple-

tas sobre qualquer tema.

Ao final da fase de integração, o site estará completo, funcionando da maneira que irá fun-

cionar quando estiver disponível para acesso. Nesse momento, ele deve ser explorado e acessado,

mesmo que em um único computador, ainda que fora da internet, para se verificar o funcionamento

adequado, o acesso a todos os conteúdos e a disposição das informações conforme o planejado.

Se algo estiver errado, o reparo pode ser feito antes de disponibilizar o site na internet.

Etapa 5Publicação A ETAPA 5 trata de colocar o site “no ar”, isto é, disponibilizar o acesso, pela internet, a

todos os interessados em seu conteúdo.

Para ser colocado “no ar”, todo site precisa de dois elementos básicos: uma URL (um ende-

reço que os usuários devem digitar para acessar o site) e um servidor (um computador central onde

o site estará armazenado). São dois serviços prestados por empresas terceirizadas e normalmente

têm um custo, que, em média, não é alto. Esses tópicos devem ser resolvidos antes que o site esteja

pronto, a fim de que quando estiver, seja possível disponibilizá-lo imediatamente para acesso.

Para procedimento da URL (Unique Resource Location, ou Localização Única dos Recur-

sos, ou simplesmente o endereço do site), o Departamento de Comunicação da associação/mis-

são pode ajudá-lo indicando qual órgão administra os registros de domínios em seu país e qual a

taxa de registro praticada. Uma vez registrado esse endereço, passa a ser de uso da igreja e pode

ser divulgado sem maiores preocupações para que as pessoas o acessem.

Um “servidor” deve, então, ser contratado para armazenar o site pronto. Cada vez que

um usuário digitar o endereço já registrado, vai na verdade ser encaminhado para essa central,

acessando, assim, o conteúdo do site que foi armazenado lá.

Esse é um caso em que a teoria é mais complexa que a prática, pois no dia a dia esse tra-

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balho só precisa ser feito uma vez e os usuários não percebem nada quando acessam o site.

Com os dois elementos resolvidos, basta colocar o site no ar e começar a acessá-lo.

Mas o trabalho não acaba aí.

Manutenção do site Normalmente, o site contém formas de contato ou formulários para ser preenchidos pe-

los usuários, os quais precisam de respostas. Além disso, é necessário que sejam atualizadas fotos

e, em especial, agendas e noticiário do que ocorre na igreja (lembre-se de nosso exemplo).

Para isso, mesmo após o site estar pronto, é preciso manter uma pequena parte da equi-

pe em trabalho constante, respondendo os contatos, encaminhando mensagens para os destina-

tários corretos e atualizando as informações que se alteram com o passar do tempo.

A sugestão é que sejam entregues para os mesmos responsáveis pela construção dos

conteúdos, orientações a respeito da manutenção dos mesmos: o que pode ser mudado; quando

deve ser mudado; para quem enviar as alterações; quando serão atualizadas

De todos os trabalhos do Departamento de Comunicação, juntamente com o bo-

letim, que por sinal, pode ter sua versão digital no site, esse é o que requer mais conti-

nuidade e acompanhamento.

VISITE E DIVULGUE

www.portaladventista.org – portal da igreja na América do Sul

www.esperanca.com.br – portal evangelístico da igreja em português

www.esperanzaweb.com – portal evangelístico da igreja em espanhol

www.biblia.com.br – a Bíblia em várias versões e estudos bíblicos

www.redemaranata.org.br – programas em áudio para download

www.redeadventista.org.br – rede social dos evangelistas online

www.gadw.com.br – site de grupo adventistas desenvolvedores de web

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E-mail marketing

Definindo e-mail marketing O e-mail é uma mensagem enviada do computador de um usuário de internet diretamen-

te para outro usuário, que pode lê-lo sem necessidade de entrar propriamente em algum site.

Mais do que isso, um usuário pode enviar a mesma mensagem para mais de um destinatário de

uma só vez, o que se convencionou chamar de “copiar” alguém no e-mail.

O e-mail marketing, por sua vez, se configura quando um emissor envia uma mensagem

promocional para muitos destinatários de uma só vez. Se os destinatários estão dispostos previa-

mente a receber as mensagens, como no caso de terem se cadastrado para receber informações,

o e-mail marketing funciona como uma ferramenta muito eficiente, como veremos a seguir. Mas,

se o destinatário não tem interesse em receber a mensagem e ainda assim a recebe, isso pode se

configurar um spam, o que além de anti-ético, é ilegal em diversas partes do mundo.

Considerando que você tenha uma lista de endereços de e-mail composta pelos e-mails

das pessoas da igreja que se cadastraram durante o censo, mais os e-mails de pessoas que entra-

ram no site da igreja, você pode começar a estruturar sua comunicação via e-mail marketing.

Exemplos interessantes de e-mail marketing para a igreja:

■ Envio da programação da igreja na quinta-feira de cada semana;

■ Envio de mensagem de incentivo à participação em alguma campanha da igreja;

■ Envio de mensagem promocional de alguma programação especial, com possibilidade de

reenvio para outros convidados;

■ Envio de mensagem promocional sobre produtos relacionados à vida cristã como literatu-

ra ou alimentação que estejam sendo vendidos em condições especiais para os membros da

igreja local.

Desenvolvendo um e-mail marketingPASSO 1 – Avalie a sua base de destinatários

Separe numa lista em formato digital todos os e-mails de todas as pessoas que forneceram seus

endereços de e-mail e para as quais o conteúdo que você irá desenvolver possa ser relevante.

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PASSO 2 – Conteúdo

Escreva o conteúdo a ser enviado e junte os demais arquivos referentes à mensagem, como víde-

os ou imagens.

Lembre-se de que as regras para composição de conteúdos para sites servem, da mesma forma,

para compor os e-mails marketing.

PASSO 3 – Layout e programação

Alguma pessoa será responsável por transformar os conteúdos escritos e os materiais coletados

em um layout que possa ser enviado pela internet, semelhante ao trabalho feito para criar as

páginas de um site.

PASSO 4 – Envio

Finalmente, após o material pronto, ele precisa ser enviado para os destinatários indicados na

lista do passo 1.

OBSERVAÇÃO: ASSUNTO

Uma característica particular do e-mail é que ele possui um campo para preenchimento

com o “assunto”: quando o destinatário recebe uma mensagem, antes mesmo de ela ser aberta e

lida, um cabeçalho indica quem enviou, quando enviou e sobre o que trata a mensagem enviada.

Das três informações, e terceira é muito importante pois é de responsabilidade do remetente da

mensagem, e vai despertar ou não o interesse do destinatário. Assim, esteja atento na hora de

criar a mensagem em qual será seu “assunto”, que, na verdade, vai ser a primeira frase com a qual

o destinatário terá contato.

Alguns conselhos básicos sobre o “assunto”:

■ Seja claro e curto.

■ Evite “assuntos” genéricos como “mensagem especial”, “mensagem para você” ou outras

do tipo, pois não identificam claramente o conteúdo e podem ser confundidas com spam, fa-

zendo com que o destinatário elimine a mensagem antes mesmo de abrí-la.

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■ Nunca faça promessas no “assunto” que não se cumpram na mensagem, como por exem-

plo “Atenção, última semana para as inscrições para o Campori”, quando na verdade não é a

última semana. Isso tira a credibilidade da mensagem.

Final da mensagem Outra orientação importante não é sobre o começo, mas sobre o final da mensagem.

Sempre assine a mensagem (precisa ficar claro para o destinatário quem enviou aquela mensa-

gem, não só pelo endereço do remetente, mas também pela assinatura do conteúdo) e, por fim,

coloque a seguinte informação:

“Essa mensagem foi enviada somente para e-mails cadastrados no Departamento de Co-

municação da igreja (nome da igreja), obedecendo à legislação nacional sobre spam. Caso você a

tenha recebido por engano ou não deseje mais receber mensagens como essa, favor responda ao

e-mail escrevendo a palavra “RETIRAR” no campo “assunto””.

Blogs e comunidades Uma excelente alternativa diante da impossibilidade de construção de um site pela igreja

é a publicação de um blog.

Um blog nada mais é do que uma página corrida em que podem ser incluídos textos e

imagens numa estrutura já montada e disponibilizada pelo administrador do serviço. Além disso,

não requer registro do domínio e nem pagamento pela hospedagem em um servidor.

Qualquer pessoa pode abrir um blog e seu crescimento hoje no mundo é impressionante:

já são mais de 300 milhões de blogs em todo o mundo e o número cresce a cada dia.

As desvantagens de um blog para servir como canal de comunicação da igreja substi-

tuindo um site são:

1. O layout do blog é proposto pelo administrador do serviço, permitindo pouquís-

simas alterações.

2. Os conteúdos inclusos no blog comportam-se como notas num diário: assim que

você inclui um conteúdo ele “empurra” o anterior para baixo, até que ele saia da visualização. Des-

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sa forma, não se pode ter certeza de que um conteúdo estará sempre no blog e nem ocupando o

mesmo lugar na página.

Entretanto, existem algumas vantagens:

1. São gratuitos, não precisando de registro de domínio nem de hospedagem

em um servidor.

2. Não é necessário um programador para colocá-lo no ar, visto que sua composição

segue um roteiro que qualquer usuário pode seguir.

Considerando então essas características, um blog na verdade é uma ferramenta muito

interessante para substituir as informações básicas de um site ENQUANTO esse último não estiver

pronto. Após a publicação do site definitivo, que assumirá os objetivos para os quais foi construí-

do o blog pode servir como um canal de expressão de opiniões pessoais.

Veja alguns exemplos de conteúdos interessantes para um blog da igreja:

1. Testemunhos missionários que qualquer membro pode incluir;

2. Impressões sobre as programações especiais que qualquer membro pode incluir;

3. Discussões sobre temas da Lição da Escola Sabatina que qualquer membro

pode participar.

Para visualização de um blog e como ele pode funcionar como substituto temporário de

um site para a igreja, recomendamos visitar o conjunto de blogs das igrejas da Associação Central

Sul Riograndense em http://7online.com.br.

Já para desenvolver um blog para sua igreja, acesse www.blogspot.com ou http://word-

press.com, ambos os serviços gratuitos, disponíveis em qualquer país da Divisão Sul Americana da

Igreja Adventista do Sétimo Dia. Eles contém instruções detalhadas sobre criação e manutenção

de um blog.

Mas além de blogs, outra modalidade de comunicação pela internet tem ganhado cada

vez mais espaço no universo da comunicação: as comunidades.

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As comunidades são páginas administradas por servidores centrais que funcionam como

área para discussão de qualquer tema que o usuário queira colocar em discussão. Elas em si não

têm conteúdo algum, sim espaço para que os usuários incluam conteúdos. Como cada usuário

coloca e discute o conteúdo que lhe agrada mais, naturalmente acabam se concentrando em

páginas que discutem sobre um mesmo conteúdo, formando, assim, uma comunidade de parti ci-

pantes afi cionados a um mesmo conteúdo.

O Orkut é o exemplo mais famoso de ambiente de comunidades no Brasil, mas outros,

como o MySpace.com e Facebook também cumprem o mesmo papel (o Yahoo Groups não se

enquadra perfeitamente na defi nição de comunidades, sendo é um grupo para troca de e-mails).

Nessas comunidades não é possível escolher o layout ou determinar canais para cada

departamento da igreja. O desenvolvimento do conteúdo é livre e depende exclusivamente de

quem acessa e abastece com comentários e arquivos.

Para se ter uma idéia de quanto as comunidades estão crescendo, apenas em língua por-

tuguesa são mais de 15 mil comunidades que tratam sobre religiões, sendo quase 2 mil exclusiva-

mente sobre assuntos relacionados à Igreja Adventi sta.

As duas formas básicas de a igreja uti lizar o serviço de comunidades são:

1. Acessar comunidades existentes e parti cipar das discussões;

2. Criar sua própria comunidade e sugerir discussões.

Se o caminho for acessar comunidades e parti cipar das discussões, comece cadastrando-

se em uma central de comunidades, como o Orkut (www.orkut.com.br).

Após se cadastrar, você poderá procurar comunidades através de um mecanismo de bus-

Cabe ressaltar que “discussão” é um termo usado na internet para designar troca de

opiniões sobre determinado assunto, mesmo que as opiniões sejam concordantes. Não

significa necessariamente “debate” ou “desacordo”, como o nome pode inicialmente

sugerir. Portanto, não entenda “participar de uma discussão” como sendo encontrar um

assunto polêmico para brigar!

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ca por palavra-chave do título da comunidade. “Adventista”, por exemplo, em português, em

dezembro de 2008, indicava a existência de mais de 1.200 comunidades.

A partir daí, você pode visitar cada uma das comunidades encontradas e incluir comentá-

rios e assuntos a ser lidos por todos os participantes.

Exemplos de participações interessantes:

■ Divulgação de programações na sua igreja;

■ Divulgação de campanhas especiais;

■ Procura por ex-membros da sua igreja que se mudaram;

■ Convite para visitas à sua igreja dirigidos a pessoas da região;

■ Pedidos de oração intercessora.

Se a escolha for por criar sua própria comunidade, o passo inicial do cadastro é o mesmo.

Após essa etapa, siga as instruções que o próprio site irá fornecer e crie sua comunidade

ou comunidade de sua igreja.

Finalmente, adicione um primeiro tema para discussão e divulgue a comunidade para

seus conhecidos, por e-mail, com um anúncio no boletim e mural da igreja. Iniciando com menos

de 10 pessoas, que, por sua vez, começam a convidar seus amigos e os amigos de seus amigos,

se a comunidade organizada pela sua igreja sempre tiver assuntos novos, em pouco tempo irá

se tornar maior em número de membros que a própria igreja local, fenômeno já percebido nas

comunidades criadas por inúmeras igrejas.

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Diretrizes para os websites da Igreja Adventista A presença dos escritórios, igrejas e instituições adventistas do sétimo dia, ao redor do

mundo estabeleceu um reconhecimento global para a Igreja. A percepção pública referente à

família mundial dos adventistas do sétimo dia é influenciada pela vida dos membros, pelas ações

de cada organização, pelos serviços e programas identificados com a denominação, e pela manu-

tenção de um apelo estético de todas as propriedades físicas. A Igreja adotou e registrou, como

marca, seu nome e logo oficiais. Todas as organizações relacionadas no Seventh-day Adventist

Yearbook estão autorizadas a usar, para fins não comerciais, a marca registrada (“Adventistas do

Sétimo Dia”, “Adventista”, “IASD”, ou qualquer derivativo) e o logotipo da Igreja. Acompanha o

direito de usar o nome e o logotipo oficiais da Igreja a obrigação de protegê-los contra o mau uso

e a má representação.

Os avanços tecnológicos tornaram possível à entidade local da Igreja exibir uma presen-

ça global através de um web site da internet. É do interesse da Igreja mundial prover diretrizes

referentes à forma como a Igreja é retratada, e assim, percebida no web site. Todas as entidades

denominacionais que escolherem estabelecer presença online devem desenvolver seus web sites

dentro do escopo das seguintes diretrizes (a Comissão Diretiva da Divisão pode adotar diretrizes

adicionais referentes ao conteúdo e operação dos web sites em seu território):

1. Somente igrejas, organizações e entidades oficiais administradas pelas organiza-

ções relacionadas no Seventh-day Adventist Yearbook têm direito de usar os símbolos de identi-

dade corporativos da Igreja Adventista do Sétimo Dia (logotipo) conforme descrito no manual de

padrões de identidade corporativa da Igreja.

2. Os nomes de domínio usados pelas entidades da Igreja devem pertencer e serem

registrados no nome da entidade, ou no nome de outra entidade denominacional, como, por

exemplo, associação, missão, união ou divisão, que tenham o direito de uso de seu nome de do-

mínio. Deve ser estabelecido, ainda, um plano comercial com o objetivo de preservar o nome de

domínio para uso futuro da entidade.

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Comunicação digital | 179

3. Cada web site denominacional deve mostrar a devida marca, copyright e símbolos.

4. As crenças e ensinos da Igreja Adventista do Sétimo Dia devem ser enaltecidos no

conteúdo publicado em todos os web sites denominacionais. Os materiais promocionais e as in-

formações providas no web site devem ser consistentes com as crenças e valores éticos da Igreja

Adventista do Sétimo Dia.

5. A propagação do acesso público a um web site requer que a comunicação e a

informação originadas de um site reflitam as cortesias do discurso público. A mensagem da Igreja

pode ser transmitida de forma tal que reconheça a diversidade de pontos de vista e ao mesmo

tempo, evitar afirmações hostis ou ofensivas e caricaturas a respeito de outras pessoas, grupos ou

organizações.

6. Os web sites adventistas do sétimo dia devem respeitar os direitos de proprieda-

de intelectual ao postarem conteúdo em áudio, vídeo, fotos, texto e outros.

7. Todos os web sites devem mostrar aspecto profissional, incluindo design, escolha

das cores, figuras e layout. Recomenda-se que os web sites sejam testados quanto a seu aprovei-

tamento antes de se tornarem públicos. As divisões podem identificar hospedagens preferidas

de web sites e/ou plataformas de software a fim de facilitar a conectividade entre as entidades

denominacionais e manter a qualidade técnica dos web sites denominacionais.

8. A linguagem, jargões, acrônimos e abreviaturas internas dos adventistas devem

ser usados com cuidado nos web sites denominacionais quando se tornam disponíveis a todos os

usuários da internet, muitos dos quais terão pouca compreensão de tais termos. O conteúdo do

web site deve ser conferido quanto à ortografia e gramática.

9. O conselho ou comissão diretiva da entidade que tem presença na web é o

responsável final pela manutenção, conteúdo e operação do site. Assim sendo, cada entidade

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deve estabelecer um sistema de monitoramento e de supervisão, incluindo a indicação de pes-

soal para assumir a responsabilidade pela administração do web site e de seu conteúdo. Deve-

se exercer cuidado na seleção dos tipos de informações que podem ser disponibilizadas para o

acesso global.

10. No contexto da cultura da internet, as páginas da web que incluem informações

suscetíveis ao tempo devem ser atualizadas regularmente. Recomenda-se que um sistema de

monitoramento seja estabelecido para medir os visitantes individuais ou as páginas vistas.

11. Deve-se exercer cuidado na escolha de links a outros web sites. A informação retrata-

da nos web sites associada a um site da entidade denominacional deve apoiar a missão, mensagem e

valores da Igreja. O departamento jurídico deve responder se a atividade comercial facilitada pelo web

site prejudicará ou não o status de organização religiosa sem fins lucrativos da denominação.

12. As entidades denominacionais que patrocinam o web site são responsáveis por

assegurar que a operação e o conteúdo do site esteja, em harmonia com as leis vigentes, incluin-

do os requisitos de proteção da privacidade das crianças que podem acessar o web site ou cuja

imagem pode ser postada no web site.

13. Uma opção onde o visitante possa fazer perguntas e comentários é recomendada.

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