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CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER ORIENTAÇÕES PARA A ESCRITA DE DISSERTAÇÃO NA ÁREA EXEGÉTICA TARCÍZIO DE CARVALHO SÃO PAULO 2009

Guia Metodológico Exegético

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ORIENTAÇÕES PARA A ESCRITA DE DISSERTAÇÃO NA ÁREA EXEGÉTICA para os alunos do Centro Presbiteriano de Pos-graduação Andrew Jumper. TARCIZIO DE CARVALHOSÃO PAULO 2009

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Page 1: Guia Metodológico Exegético

CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER

ORIENTAÇÕES PARA A ESCRITA

DE DISSERTAÇÃO NA ÁREA EXEGÉTICA

TARCÍZIO DE CARVALHO

SÃO PAULO

2009

Page 2: Guia Metodológico Exegético

TARCÍZIO DE CARVALHO

MANUAL DE DISSERTAÇÃO PARA A AREA EXEGETICA DO

CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER

Proposta para aos alunos do Centro Presbiteriano

de Pós-graduação Andrew Jumper para a

realização de seus trabalhos de monografia e

dissertação na área exegética.

SÃO PAULO

2009

Page 3: Guia Metodológico Exegético

SUMÁRIO

1Apráticadapesquisa ............................................................................................. 2

1.1Escolhendoumtópico ....................................................................................... 2

1.1.1Anotetodasasidéias ............................................................................... 2

1.1.2Quetipodetrabalhovocêfará?............................................................... 2

1.1.3Façaumalistadepalavrasparadefinirseutópico ................................... 3

1.1.4Asprimeiras,edifíceis,informações ......................................................... 3

1.2Apurandoumtópico ......................................................................................... 5

1.2.1Reduzindoumtópico:quandohámuitainformação. ................................ 5

1.2.2Expandindoumtópico:estáfaltandoinformação!.................................... 5

1.3Maisdicaspararefinarapráticadapesquisa ................................................... 6

1.3.1Dicasparaafunilamento.......................................................................... 6

1.3.2TRABALHANDOPROATIVAMENTE............................................................. 7

1.3.3Metodologiadeleitura ............................................................................. 8

1.3.4Reunindonotas......................................................................................... 8

2Ahabilidadeemescrever...................................................................................... 10

2.1Redaçãocientífica........................................................................................... 10

3Aapresentaçãoformal ......................................................................................... 11

3.1Diagramação .................................................................................................. 11

3.2Formato.......................................................................................................... 11

3.3Estrutura......................................................................................................... 12

3.3.1Sumário .................................................................................................. 13

3.3.2Introdução .............................................................................................. 13

3.3.3RevisãodaLiteratura.............................................................................. 13

3.3.4MaterialeMétodo.................................................................................. 14

3.3.5Resultados .............................................................................................. 14

3.3.6Discussão................................................................................................ 14

3.3.7Conclusão ............................................................................................... 14

3.3.8referênciasbibliográficas........................................................................ 14

4Estilo .................................................................................................................... 14

4.1Ênfase............................................................................................................. 14

4.2Línguasoriginais ............................................................................................. 15

4.3PronomesreferentesaDeus............................................................................ 15

Page 4: Guia Metodológico Exegético

4.4Linguagemsubjetiva ....................................................................................... 15

4.5Referênciasbíblicas......................................................................................... 15

4.6Compatibilidade.............................................................................................. 15

4.7CasosOmissos................................................................................................. 15

5Citações................................................................................................................ 16

5.1Citaçãodireta ................................................................................................. 16

5.1.1Nocorpodotexto ................................................................................... 16

5.1.2Indentadas.............................................................................................. 16

5.2Citaçõessintéticas........................................................................................... 16

6Referências........................................................................................................... 17

6.1Derodapé ....................................................................................................... 17

6.2Defimdetexto ............................................................................................... 17

6.3Modelodereferências .................................................................................... 18

6.3.1ObradeReferência ................................................................................. 18

6.3.2Livro ....................................................................................................... 18

6.3.3Livroemmeioeletrônico......................................................................... 18

6.3.4Partedelivro .......................................................................................... 18

6.3.5Partededocumentoemmeioeletrônico................................................. 18

6.3.6Artigoe/oumatériaempublicaçõesperiódicas ...................................... 18

6.3.7Artigoouencartedejornal ..................................................................... 19

6.3.8Trabalhoapresentadoemevento ........................................................... 19

6.3.9Legislação............................................................................................... 19

6.3.10Filmes ................................................................................................... 19

6.3.11Imagemdemeioeletrônico................................................................... 19

6.3.12DocumentoCartográfico....................................................................... 20

6.3.13Documentosonoro................................................................................ 20

6.3.14Partitura ............................................................................................... 20

6.3.15Documentodeacessoexclusivoemmeioeletrônico:............................. 20

7Anexos ................................................................................................................. 21

7.1Anexo1‐Formatoemargens ......................................................................... 21

7.2Anexo2–Modelosintrodutórios .................................................................... 22

7.3Anexo3‐FormasdeResumo .......................................................................... 33

7.4Anexo4–ModelodePropostadeDissertação ................................................ 34

7.5Anexo5–redaçãocientífica............................................................................ 39

Page 5: Guia Metodológico Exegético

1

Estas orientações cresceram a partir do trabalho de parceria com a professora Gabriele

Greggersen, quando à época elaboramos em 2003 o Manual de Dissertação do Centro de Pós-

graduação Andrew Jumper.

Cada área de estudos requer especificidades nem sempre encontradas nos manuais de

escrita de dissertação. Este manual pretende preencher esta lacuna na área de estudos

exegéticos, ao mesmo tempo em que continua a oferecer o terreno básico de onde partem

todas as construções metodológicas.

Os tópicos abordados aqui pretendem propiciar uma orientação inicial.

Recomendamos a leitura de SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho

Científico. 23a ed., São Paulo: Cortez Editora, 2007, para dados e informações mais

completos. Lembre-se de procurar sempre uma edição mais atualizada dos livros na área

metodológica, pois esta área está em constante processo de atualização.

A palavra de ordem para a escrita de um trabalho, como poderá ser percebido, é

PLANEJAMENTO. Quanto melhor você o fizer, melhor será a sua colheita dos resultados.

A prática da pesquisa, a habilidade em escrever e a apresentação formal de um

trabalho são elementos que apontam para um trabalho planejado e árduo por parte daquele

que se envolve em projetos dissertativos em qualquer nível. Entretanto, pesquisar, escrever e

apresentar um trabalho formal requer algumas palavras a mais a fim de que se perceba o que

está envolvido em cada esfera de trabalho. Vamos a cada tópico, então!

Page 6: Guia Metodológico Exegético

2

1 A PRÁTICA DA PESQUISA

É necessário que o estudante cultive a habilidade de identificar os livros e artigos

importantes em um dado assunto e saiba distingui-lo dos demais. Depois que a bibliografia for

anotada e comentada (cf. 7.4 – Anexo 4), é preciso peneirar mais e retirar da lista os livros

escritos em nível popular, os que estritamente não estejam bem documentados ou ainda os que

não dizem respeito à sua pesquisa.

1.1 ESCOLHENDO UM TÓPICO

1.1.1 ANOTE TODAS AS IDÉIAS

• Considere o seu interesse pessoal;

• Converse com colegas;

• Reveja suas anotações de classe;

• Leia artigos recentes em revistas em periódicos especializados.

• Veja na biblioteca qual o código de Dewey de sua área e passeie pela

biblioteca “investigando” os livros in loco;

1.1.2 QUE TIPO DE TRABALHO VOCÊ FARÁ?

• Será uma apresentação oral de 5 minutos, 30 minutos, um trabalho de 10 a

15 páginas, ou uma dissertação? Lembre-se de que você fará sua

qualificação ou defenderá seu trabalho com cerca de 30 minutos. Lembre-

se ainda que você poderá apresentar pequenas comunicações orais em

encontros, que variam entre 5 e 30 minutos.

• De quanta informação você precisa?

• Esta informação deverá ser recente?

• Que tipos de publicação você deve ler – jornais, livros, artigos de revistas

especializadas, apostilas não publicadas, revisões?

• Que formato você precisará: visual, áudio, impresso, arquivo eletrônico?

• Apresentar o seu ponto de vista é o que será necessário, ou você precisará

apenas apresentar opiniões divergentes sobre o tópico?

Page 7: Guia Metodológico Exegético

3

1.1.3 FAÇA UMA LISTA DE PALAVRAS PARA DEFINIR SEU TÓPICO

• Inicie declarando o tópico de sua pesquisa no formato de uma pergunta.

Exemplo: “Sob que perspectiva pode-se entender o livro de Ezequiel?”

• Reflita acerca de termos significativos, conceitos e termos que melhor

definam seu tópico. Estes termos serão importantes para que você tenha

sucesso em suas idas às bibliotecas e aos seus bancos de dados online.

• Exemplo de termos para pesquisar o tópico “Retórica e entrelaçamento no

livro de Ezequiel”:

o Ezequiel (Ezekiel)

o Entrelaçamento (Weaving)

o Retórica (Rhetorical)

o Interrupção Ezequiel (Disruptions Ezekiel)

o Repetições Ezequiel (Repetitions Ezekiel)

1.1.4 AS PRIMEIRAS, E DIFÍCEIS, INFORMAÇÕES

É muito complicado começar um trabalho sem saber muito sobre o tópico. Por isso,

um excelente lugar para começar é pela leitura do tópico em enciclopédias e dicionários

especializados. Assim você terá uma idéia panorâmica do assunto e, em geral, terá uma

bibliografia por onde começar a se debruçar. Os artigos mais recentes sobre o assunto de seu

interesse trarão, em geral, matéria bibliográfica que propiciará orientação à sua pesquisa. Isso

significa que muitas vezes trabalha-se do mais recente para trás. E lembre-se de

continuamente consultar as fontes primárias no original.

Exemplo:

Anchor bible dictionary, New York: Doubleday, c1992. 6 v.

Dictionary of biblical theology, LEON-DUFOUR, Xavier, Ed. New York: Seabury,

1973.

A dictionary of the Bible: dealing with its language, literature, and contents,

including the Biblical theology, Peabody: Hendrickson, 1988.

Dictionary of the Old testament, The IVP Bible Dictionary Series. Há um dicionário

para cada conjunto literário do Antigo Testamento, com seu próprio editor ou editores.

Page 8: Guia Metodológico Exegético

4

Evangelical dictionary of biblical theology, ELWELL, Walter A., Michigan: Baker

Books, c1996.

A guide to old testament theology and exegesis: the introductory articles from the

new international dictionary of old testament theology and exegesis, Michigan:

Zondervan, 1999.

New international dictionary of old testament theology and exegesis, VAN

GEMEREN, Willem, Michigan: Zondervan, c1997.

Novo dicionário de teologia bíblica. ALEXANDER, T. Desmond e ROSNER, Brian

S., São Paulo: Vida, 2009.

No caso de nosso exemplo anterior, em Ezequiel, além dos dicionários, há

comentários clássicos que podem funcionar também como uma espécie de dicionário de

iniciação:

NICOT (New International Commentary of the Old Testament), Block; NIVAC (NIV

Application Commentary), Duguid; TOTC (Tyndale Old Testament Commentary), Taylor;

além de AB (Anchor Bible), Greenberg; CC (Communicator´s Commentary), Stuart; NAC

(New American Commentary), Cooper; DSB (Daily Study Bible), Craigie, OTL (Old

Testament Library), Eichrodt; Hermeneia, Zimmerli, WBC (Word Biblical Commentary),

Brownlee & Allen, Interpretation, Blenkinsopp; Keil.

Há livros e páginas da internet nos quais você pode encontrar bibliografia específica

acerca de cada livro da Bíblia. Consulte, por exemplo, a página www.bible.org. Ali, além dos

diversos recursos oferecidos, você pode ir diretamente no link http://bible.org/article/selected-

bibliography-book-jeremiah. Assim, se você desejar verificar que bibliografia eles sugerem

para outros livros, basta copiar este mesmo link e apagar o nome jeremiah e escrever em seu

lugar outro livro de seu interesse. Ex.: http://bible.org/article/selected-bibliography-book-

jonah. As obras impressas em inglês sempre começarão com “Selected Bibliography...”.

Page 9: Guia Metodológico Exegético

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1.2 APURANDO UM TÓPICO

1.2.1 REDUZINDO UM TÓPICO: QUANDO HÁ MUITA INFORMAÇÃO.

Se o seu tópico lhe parece muito extenso, considere os pontos a seguir:

• O que você já sabe sobre o assunto?

• Há um período específico no qual você deseja trabalhar?

• Há uma região geográfica sobre a qual você deveria saber mais?

• Há alguma nuança em algum termo específico sobre a qual você deveria discorrer?

• Há um aspecto particular do tópico que lhe interesse? Por exemplo, implicações

políticas nas narrativas do Antigo Testamento, influência histórica da família de

Abraão, aspectos sociológicos da Lei mosaica no judaísmo posterior, etc.

Exemplo de uma formulação ampla em demasia:

Primeiro rascunho de tópico: A pregação no Antigo Testamento (amplo demais!)

• Algum gênero específico em vista: pregação em lei, narrativa, profecia, poesia,

escritos de sabedoria?

• Abrange todo o Antigo Testamento: seria uma pesquisa sobre a validade em se pregar,

contemporaneamente, no Antigo Testamento?

• Algum evento em particular: pregação em subgêneros como as parábolas de Isaías, ou

as expressões de mineralogia nos escritos proféticos?

Revisando o rascunho de tópico acima: Como o Novo Testamento se apropriou das

parábolas da vinha em Isaías, e como elas poderiam ser utilizadas pela igreja hoje.

1.2.2 EXPANDINDO UM TÓPICO: ESTÁ FALTANDO INFORMAÇÃO!

Se o seu tópico for tão específico que lhe dificulte encontrar material que lhe diga respeito,

considere as questões a seguir:

• Você poderia acrescentar algum elemento ao seu tópico, algum aspecto que precisaria

de mais embasamento ou demonstração?

• Reflita acerca das implicações mais amplas da sua pesquisa.

• Que outros assuntos estão associados ao seu tópico?

Exemplo:

Page 10: Guia Metodológico Exegético

6

Primeiro rascunho de tópico: Qual o efeito retórico pretendido pelo termo halam na oração

de Ezequias em Isaías 38.16? (muito específico!)

• Discurso: considerar a ampliação do discurso para a análise.

• Ampliação do foco: importância nos capítulos considerados históricos, no livro de

Isaías, ou considerar o efeito retórico para os leitores do segundo Templo?

• Algum grupo específico em vista: os judeus do segundo Templo, os judeus do século

oitavo a.C., a igreja?

Revisando o rascunho de tópico acima: A intertextualidade como chave para entender

halam como sonho na oração de Ezequias 38.16.

1.3 MAIS DICAS PARA REFINAR A PRÁTICA DA PESQUISA

1.3.1 DICAS PARA AFUNILAMENTO

A seguinte seqüência pode ser útil no processo de afunilamento do tópico e posterior

elaboração da introdução do trabalho final:

Assunto: Deve ser expresso em duas ou três palavras (bibliografia: obras gerais)

Tópico: Uma frase curta que delimita o assunto (obras mais específicas)

Ex: “Meu tópico é a investigação da intertextualidade como chave

de leitura de Obadias.”

Pergunta

Problema: Uma questão pertinente ao tema: “Qual o critério para afirmar a

integridade essencial do livro de Obadias?”

Três questões básicas podem servir para avaliar a qualidade de

uma pergunta-problema:

• É relevante? (não estaria o tema demasiadamente desgastado,

enviesado ou massificado? Qual a sua real contribuição?)

• É verificável? (há bibliografia suficiente disponível na área? Há

redundância? O campo está bem delimitado?)

• É refutável? (os pressupostos estão bem explicitados? Há viés na

pergunta? Ela admite a negação, crítica e discordância?)

Hipótese

(opcional): Qual a resposta que se sugere logo de início para o problema levantado.

Page 11: Guia Metodológico Exegético

7

Esta hipótese, se levantada (método hipotético-dedutivo), deve ser

retomada nas conclusões finais, em que se deve perguntar até que ponto

houve ou não confirmação. Ex: “Aspectos intertextuais, especialmente

em Joel e Jeremias, apontam para a unidade do livro” (lembrar que uma

relação literária nem sempre comprova uma relação cronológica.

Objetivos a serem

alcançados: Além dos itens anteriores, é preciso dar destaque na redação final aos

objetivos, permitindo à banca aferir, por meio das considerações finais,

se os objetivos foram alcançados.

1.3.2 TRABALHANDO PROATIVAMENTE

Uma vez que você se inscreveu em uma das linhas de pesquisa da Teologia (exegética

no nosso caso), logo perceberá a necessidade de selecionar e estreitar um tópico viável de

investigação.

De um modo simplificado, entretanto, diria que o aspecto mais importante para

selecionar e estreitar um campo de estudo é a sua motivação. É ela que definirá sua pergunta-

problema orientadora. Esse ponto de partida deve ser levado em consideração em todo o seu

processo de estudos. São diversas disciplinas que você cursará. Cada monografia de

disciplina terá de 4 a 5 mil palavras (contado somente o conteúdo), além de outras exigências

que podem incluir leituras supervisionadas, seminários, resenha crítica e prova.

Uma vez que devem ser apresentadas diversas monografias de disciplina, será muito

importante que você concentrasse seus esforços em direção ao seu alvo de pesquisa. Assim,

ao envolver-se na tarefa de escrever cada monografia das diversas disciplinas, considere como

cada uma delas vai auxiliá-lo no desenvolvimento posterior de sua dissertação. Lembre-se de

associar o seu interesse pelo tema com a necessária imparcialidade e objetividade que um

trabalho escrito de investigação exige.

A importância de procurar realizar a pesquisa com foco cada vez mais estreito

justifica-se porque não se está apenas aprendendo a metodologia da pesquisa em cada

disciplina; nessa prática o aluno está desenvolvendo o seu senso crítico e investigativo,

habilidades de comparação, equilíbrio e senso de proporção. Essas qualidades somente podem

ser adquiridas com muita leitura e reflexão.

Page 12: Guia Metodológico Exegético

8

1.3.3 METODOLOGIA DE LEITURA

Cada pessoa adota um procedimento para tomar notas de leitura. Entretanto, certas

recomendações ainda se fazem necessárias. A regra de ouro é registrar os apontamentos

sempre da mesma forma. Por outro lado, é importante que você conheça várias técnicas de

leitura (sublinha, métodos hermenêuticos indutivos, etc).

Uma leitura apenas não é suficiente para um estudo mais aprofundado; pelo menos,

não da bibliografia primária. Portanto, prepare-se para reler um mesmo material até que você

considere que entendeu o ponto de vista do autor.

Alguns escrevem em folhas soltas, outros utilizam fichas e há ainda os que anotam

diretamente no computador. O mais importante é que as notas sejam consistentes e registradas

com cuidado. Lembre-se de que suas anotações devem permitir ser estruturadas

posteriormente em um esboço coerente com o assunto de seu interesse na pesquisa. Nas

anotações bibliográficas, procure estabelecer pelo menos uma frase explicativa que permita o

uso dessa nota posteriormente. Procure escrever um ou, no máximo, dois parágrafos em cada

ficha ou folha, e em apenas um dos lados. Isto certamente o obrigará a trabalhar pela concisão

e pela objetividade. Se você fizer o fichamento, ou seja, autor, título, lugar da publicação,

editora e data, procure fazê-lo já no formato bibliográfico padronizado pela ABNT, conforme

indicado posteriormente neste trabalho. Isso lhe poupará muito trabalho à frente.

É importante considerar neste tópico a importância da citação. Algumas perguntas

devem ocupar a sua mente no seu processo de tomar notas:

• Devo citar esta nota ou não?

• O que é melhor para o meu trabalho? Uma citação indireta ou paráfrase, uma

análise, ou ambos?

• Em que medida estou utilizando a fraseologia da fonte consultada?

Estas são questões importantes, pois em poucos meses, se a anotação não tiver sido

tomada apropriadamente, você não saberá se são suas as palavras ou se pertencem a outras

fontes. Você pode criar uma legenda para a distinção. O processo da pesquisa envolve a

habilidade de interagir analítica, crítica e sabiamente com um documento, em lugar de apenas

reproduzi-lo.

1.3.4 REUNINDO NOTAS

Em todo o processo de pesquisa as anotações devem ser reunidas (e não deixe de lado

os insights) com uma pergunta sempre em mente: “Como isso se articula com o restante?” O

esboço preliminar de cada capítulo da dissertação ou monografia depende de algumas

Page 13: Guia Metodológico Exegético

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medidas simples. Uma delas é ter em vista sempre a pergunta-problema na sua versão mais

recente. Outra é a constante avaliação dos limites do tópico.

O esboço de cada capítulo deve surgir do próprio material pesquisado – sendo o texto

grego ou hebraico sua fonte primária de trabalho –, considerando a orientação cronológica ou

fluxo lógico que suas notas apresentarão. De qualquer forma, a pergunta “como esse material

pode ser mais bem organizado?” deve ser uma constante nas suas considerações pessoais.

O esboço preliminar de cada capítulo é de extrema importância para dar direção ao

andamento do trabalho. Pode-se perceber, antes de chegar ao final, a necessidade de promover

algum tipo de alteração de rota, ou até mesmo a supressão ou a mudança completa de

abordagem, desde a pergunta-problema. O esboço é uma espécie de declaração sintética de

uma hipótese que ainda está sendo analisada. Esse trabalho inicial será importante para o

relacionamento harmonioso com seu orientador, pois tornará mais simples discutir e

amadurecer o trabalho.

Não se esqueça de encaminhar um pedido oficial à Câmara de Pós-graduação do CPAJ

pelo e-mail: [email protected] solicitando um orientador (após obter aprovação na

quantidade de créditos requeridos). À medida que o esboço se expande as notas reunidas vão

sendo naturalmente articuladas e postas em seu devido lugar ou capítulo.

Page 14: Guia Metodológico Exegético

10

2 A HABILIDADE EM ESCREVER

2.1 REDAÇÃO CIENTÍFICA

Escrever bem é uma tarefa difícil que exige raciocínio, capacidade de organizar os

pensamentos e muita concentração, tanto quanto leitura. O texto, na verdade, tem a função de

expressar as suas idéias na sua ausência.

No momento de escrever, a habilidade adquirida com a prática é o fator mais

importante. Isto significa que não adianta, de um dia para o outro, ou à véspera do vencimento

dos prazos, querer produzir textos brilhantes. A habilidade em escrever bem é obtida através

da prática e da leitura cuidadosa.

A melhor forma de escrever o primeiro parágrafo é iniciar a discussão envolvendo-se

com outros escritores naquele campo específico. Assim, é preciso que se esteja preparado para

observar, conceber, desenvolver e exprimir idéias com desenvoltura e conhecimento.

Submeta sempre a redação definitiva a um ou mais revisores. Poucos dominam o

português ou outra língua estrangeira perfeitamente. Sobre esse assunto de “boa revisão”

recomendamos o texto do prof. Rogério Lacaz-Ruiz, Notas e Reflexões sobre Redação

Científica, disponível em http://www.hottopos.com.br/vidlib2/notas.htm (acessado em

20.10.2009, e transposto para o Anexo 5 deste trabalho).

Page 15: Guia Metodológico Exegético

11

3 A APRESENTAÇÃO FORMAL

A apresentação formal tem como base as orientações pelas normas da ABNT para

trabalhos científicos.

3.1 DIAGRAMAÇÃO

Alinhamento à esquerda e fonte Times New Roman, tamanho 12 (recomendada).

Itálicos somente para palavras estrangeiras ou para ênfases. Evita-se o negrito, exceto para

título de obras nas referências bibliográficas e palavras em maiúsculas.

3.2 FORMATO

• Papel A4.

• Cor da fonte: preta.

• Tamanho 12.

• Margens: esquerda e superior: 3 cm; direita e inferior 2 cm.

• Espaçamento 1,5.

• Espaçamento das notas: simples (as notas serão na fonte Times New Roman,

tamanho 11).

• Títulos alinhados à esquerda.

• Somente títulos e subtítulos da parte do desenvolvimento são numerados.

• As páginas devem ser numeradas seqüencialmente a partir da Introdução, em

algarismos arábicos, no canto superior direito, sem traços, pontos ou

parênteses. A numeração das páginas preliminares (a partir da página de rosto

até a última folha antes do texto) é opcional. Caso sejam numeradas, utilizar

algarismos romanos representados por letras minúsculas (i, ii, iii, iv, etc.). Em

se fazendo tal opção, a página de rosto (página i) não deve ser numerada,

iniciando-se a numeração na página seguinte (página ii).

Havendo anexos, suas páginas devem ser numeradas de maneira contínua e sua

paginação deve dar seguimento à do texto principal. A numeração alfabética

ou romana deve ser evitada.

• Antes de cada título novo (não subtítulo), inserir uma quebra de página.

• Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou que

os sucede por dois espaços duplos.

Page 16: Guia Metodológico Exegético

12

3.3 ESTRUTURA

A estrutura do trabalho científico deve apresentar as seguintes etapas:

Elementos

Elemento

Pré-textuais

Capa

Errata (opcional)

Folha de rosto – No verso constar Ficha Catalográfica

conforme código de catalogação anglo-americano

Folha de aprovação

Epígrafe (opcional)

Dedicatória (opcional)

Agradecimentos (opcional)

Sumário

Lista de ilustrações (opcional)

Lista de tabelas (opcional)

Lista de abreviaturas e siglas (opcional)

Lista de Símbolos (opcional)

Resumo na língua vernácula

Resumo em língua estrangeira (opcional)

Textuais

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

Pós-textuais

Referências (obrigatório)

Abstract (resumo em inglês) opcional para alguns

tipos de trabalho

Glossário (opcional)

Apêndice(s) (opcional)

Anexo (s) (opcional)

Esses critérios devem ser utilizados para a realização das monografias solicitadas em

cada curso. Para trabalhos de peso acadêmico (dissertações de mestrado e teses de doutorado)

ou para alguns tipos de projetos de qualificação, os elementos textuais ficam como mostrado

abaixo:

Textuais

Introdução

Revisão da literatura

Material e método

Resultados

Discussão dos resultados

Conclusão

Page 17: Guia Metodológico Exegético

13

3.3.1 SUMÁRIO

Inclui todos os títulos e páginas, exceto o título do estudo, a página em branco,

dedicatória, agradecimentos e a epígrafe. Não paginado. Formato e conteúdo dos itens

idênticos ao do corpo do texto. Usar o “inserir índice” automático do seu editor de texto, se

ele tiver esta facilidade. Seguir o modelo da última página.

3.3.2 INTRODUÇÃO

Nessa parte o autor fará uma apresentação geral do trabalho. Aqui deve estar incluído:

• Justificativa do tema escolhido, destacando sua relevância.

• Definições iniciais, quando se fizer necessário, sucintas e objetivas acerca do

tema abordado;

• Relacionamento do trabalho com outros da mesma área;

A proposição pode ser apresentada aqui. Para efeitos de organização, entretanto, a

Introdução pode ser dividida em 1.1 Justificativa e 1.2 Hipótese de trabalho. O pontos acima

referem-se à justificativa. A hipótese de trabalho lida com os seguintes aspectos:

• Delimitação precisa das fronteiras da pesquisa em relação ao campo e períodos

abrangidos;

• Esclarecimentos sobre o ponto de vista sob o qual o assunto será tratado;

• A proposição, da forma mais clara e direta possível, sobre o que você pretende

defender neste trabalho

Lembre-se de que deve ficar clara qual seja a pergunta-problema central. O texto da

introdução, ademais, deve refletir fielmente os capítulos do desenvolvimento. Esta é a parte

mais difícil de ser escrita. Por esta razão, no começo do trabalho a introdução é apenas um

rascunho. Sua redação deve ser elaborada depois que todo o restante do trabalho estiver

redigido.

3.3.3 REVISÃO DA LITERATURA

É a apresentação do histórico e evolução acadêmica do principal assunto do trabalho,

através das citações e de comentários sobre a literatura considerada relevante e que serviu de

base à investigação. Todos os autores citados na revisão de literatura ou em qualquer das

partes do trabalho deverão constar da listagem final das Referências Bibliográficas.

Page 18: Guia Metodológico Exegético

14

3.3.4 MATERIAL E MÉTODO

É a descrição precisa dos métodos de abordagem e materiais utilizados, de modo a

permitir a avaliação por outros pesquisadores. Novas técnicas devem ser descritas com

detalhes; entretanto, se os métodos empregados já forem conhecidos, será suficiente a citação

de seu autor. A especificação e origem do material utilizado poderão ser dadas no próprio

texto ou em nota de rodapé. Em geral, o método utilizado na área exegética é uma pesquisa

bibliográfica, uma análise crítica ou uma análise comparativa.

3.3.5 RESULTADOS

É a apresentação, em ordem lógica, dos resultados obtidos, sem interpretações

pessoais. Aqui, o que interessa é mostrar a contribuição de cada capítulo na construção do

argumento. Podem ser acompanhados por gráficos, tabelas, mapas e figuras.

3.3.6 DISCUSSÃO

Neste capítulo, os resultados da pesquisa são analisados e comparados com os já

existentes sobre o assunto na literatura citada. São discutidas suas possíveis implicações,

significados e razões para concordância ou discordância com outros autores. A discussão deve

fornecer elementos para as conclusões.

3.3.7 CONCLUSÃO

Deve ser fundamentada nos resultados e na discussão, contendo deduções lógicas e

correspondentes, em número igual ou superior aos objetivos propostos. Refere-se à

introdução, fechando-se sobre o início do trabalho. Apresenta considerações finais que

retomam objetivos, pergunta central e subperguntas, avaliando até que ponto foram

respondidas e que outras pesquisas poderiam dar continuidade a esta.

3.3.8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aqui serão alistadas todas as obras utilizadas em sua pesquisa. 4 ESTILO

4.1 ÊNFASE

Para dar ênfase, deve-se utilizar itálicos e não sublinhado ou negrito. Palavras

estrangeiras e títulos de publicações também devem ser italicizados. Numa citação, ao dar

Page 19: Guia Metodológico Exegético

15

uma ênfase que não se encontra no original, acrescentar na nota bibliográfica “minha ênfase”

ou algo semelhante.

4.2 LÍNGUAS ORIGINAIS

Citações do grego, hebraico e aramaico devem ser feitas nos alfabetos originais (sem

transliteração), digitadas ou à mão. Os termos e citações em língua estrangeira devem ser

preferencialmente traduzidos. Se não o forem (por serem amplamente conhecidos ou

intraduzíveis), deve-se italicizá-los.

4.3 PRONOMES REFERENTES A DEUS

Os pronomes “ele”, “seu”, “sua”, etc. não devem ter inicial maiúscula, em

consonância com as normas da gramática portuguesa.

4.4 LINGUAGEM SUBJETIVA

A linguagem subjetiva (primeira pessoa do singular), coloquial (informal), ou

devocional (própria de um sermão, estudo bíblico ou oração) deve ser evitada.

4.5 REFERÊNCIAS BÍBLICAS

Devem ser colocadas no texto principal e não em notas de rodapé. Quando a referência

for somente ao livro, colocar o nome completo. Se houver capítulo e versículo, utilizar as

abreviaturas de duas letras, apresentadas no índice da versão da Bíblia Almeida Revista e

Atualizada (ver anexo). Por exemplo: Gn 20.5; 2 Cr 1.7; 1 Ts 2.10; Ap 10.1; Jd 5.

4.6 COMPATIBILIDADE

É imprescindível que o texto apresente um uso correto da gramática portuguesa e uma

linguagem e estilo compatíveis com um trabalho acadêmico.

4.7 CASOS OMISSOS

Nas situações não cobertas por estas normas, devem ser observados os critérios

propostos pela ABNT (http://www.abnt.org.br).

Page 20: Guia Metodológico Exegético

16

5 CITAÇÕES

As citações podem ser diretas e indiretas.

5.1 CITAÇÃO DIRETA

Deve ser reproduzida exatamente como se encontra no original. Caso contenha um

erro tipográfico, ortográfico ou gramatical, ou ainda uma informação curiosa ou errônea,

deve-se utilizar o termo sic entre colchetes. Se o texto original for em outra língua, deve-se

traduzi-lo, colocando-se, caso necessário, o original numa nota de rodapé. Quando o próprio

autor traduzir a citação, deve incluir na nota de rodapé: “minha tradução”.Quanto à extensão,

as citações diretas podem ser de dois tipos:

5.1.1 NO CORPO DO TEXTO

Quando ocupam até três (3) linhas elas são sempre colocadas no fluxo da redação,

destacadas entre aspas. Citações dentro de citações devem ser identificadas por aspas

simples(‘’). Se estiverem numa citação em bloco (indentadas), recebem aspas normais.

5.1.2 INDENTADAS

Se o texto ocupar mais de três linhas, a citação deve ser toda indentada (em bloco ou

justificada), com espaço único, sem aspas e em corpo menor.

5.2 CITAÇÕES SINTÉTICAS

Também chamadas de indiretas, que não transcrevem literalmente as palavras de

outrem, mas reproduzem fielmente as suas idéias. Estas citações também devem ser

identificadas.

Page 21: Guia Metodológico Exegético

17

6 REFERÊNCIAS

As referências podem ser de dois tipos:

6.1 DE RODAPÉ

Podem ser bibliográficas (obrigatórias) ou de comentários, esclarecimentos ou

observações que não couberam no fluxo do texto ou são secundárias (evitar).

6.2 DE FIM DE TEXTO

Trata-se das referências bibliográficas completas. Se o autor é mencionado numa

citação indireta, basta acrescentar a data da obra entre parêntesis; sendo mencionado numa

citação direta, cita-se a data da obra, seguida de vírgula e da página entre parênteses. Caso o

autor não seja especificado, mas somente suas idéias ou palavras, explicita-se o autor, a data

da obra e a página em nota de roda-pé. Deve-se apresentar referência completa na primeira

citação direta1. Nas seguintes consecutivas, usa-se idem, id ou mesmo autor, em caso de

mesmo autor ou ibidem, na mesma obra ou ibid., no caso de mesma obra. Outras abreviações

usadas: passim (em diversas passagens), loc cit. (no lugar citado), cf. (confira, conforme), et

seq (e o que se segue), apud (citado por).

As referências, tanto de fim de texto, quanto de notas de rodapé, são alinhadas à

esquerda, em espaço simples, e duplo entre uma e outra. Não se usa parágrafo nas notas de

rodapé, que são numeradas com dígitos algébricos.

Quando existir mais de um autor, pode-se colocar somente o primeiro, acrescido de et

al. É preciso indicar o autor ou autores organizadores (org.), editores (ed.) ou coordenadores

(coord.). Em caso de autoria desconhecida, citar o título com letras maiúsculas no início. Os

subtítulos dos títulos das obras devem aparecer conforme o original, mas não levam negritos.

A cidade de origem deve ser escrita por extenso, acrescida da sigla do Estado, em caso de

ambigüidade ou desconhecimento. Em caso de falta de data, indicar s.d.; e de falta de local,

s.i. entre colchetes. Os meses de periódicos devem ser abreviados.

1 Exemplo: FARIA, José Eduardo (org.). Direitos humanos, direitos sociais e justiça. São Paulo: Malheiros, 1994.

Page 22: Guia Metodológico Exegético

18

6.3 MODELO DE REFERÊNCIAS

6.3.1 OBRA DE REFERÊNCIA

IBCT, Manual de normas de editoração do IBICT, 2a. ed. Brasília, DF, 1993.

6.3.2 LIVRO

GOMES, Luiz G. Novela e Sociedade no Brasil. 2a ed., Niterói: EdUFF, 1998.

Tradutor, número de páginas e série são opcionais, sendo acrescentados, somente se o autor

considerar a informação relevante. O número da edição é mencionado somente da 2a. ed. em

diante.

6.3.3 LIVRO EM MEIO ELETRÔNICO

KOOGAN, André; HOUAISS, Antônio (ed) Enciclopédia e Dicionário Digital 98.

Direção geral de André Koogan. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD ROM.

ALVES, Castro. Navio Negreiro.: Virtual Books, 2000. Disponível em

<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em:

10 jan. 2002.

Se não constar ou o autor não conseguir descobrir a fonte original, citar somente o

autor, título, disponibilidade do endereço eletrônico e a data de acesso.

6.3.4 PARTE DE LIVRO

ROMANO, Giovanni. Imagens da Juventude na Era Moderna. Em: LEVI, G.;

SCHMIDT, J (org) História dos Jovens 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 7-16.

6.3.5 PARTE DE DOCUMENTO EM MEIO ELETRÔNICO

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e organizações

ambientais em matéria de meio ambiente. Em: ___. Entendendo o meio ambiente. São Paulo,

1999, v.1. Disponível em: <http://www.bdt.br/sma/entendendo/atual.htm>. Acesso em: 8 mar.

1999.

6.3.6 ARTIGO E/OU MATÉRIA EM PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AS 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica. Rio de Janeiro, v.38, n.

9, set. 1984. Edição Especial.

COSTA, V.R. À margem da lei. Em Pauta, Rio de Janeiro, n.12, p. 131-148, 1998.

GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança pública. Política e Administração.

Rio de Janeiro, Ano 1, n. 1, p. 18-23, ago/dez., 1997.

Page 23: Guia Metodológico Exegético

19

SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto

de Vista. Disponível em <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso

em: 28 nov. 1998.

6.3.7 ARTIGO OU ENCARTE DE JORNAL

NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 jun.

1999. Folha de Turismo, Caderno 8, p. 13.

LEAL, L. N. MP fiscal com autonomia total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. 2,

12 jan. 2002.

KELLY, R. Electronic publishing at APS: its not just online journalism. APS News

Online, Los Angeles, nov., 1996. Disponível em:

<http://www.aps.org/apsnews/1196/11965.html>. Acesso em: 25 nov. 1998.

6.3.8 TRABALHO APRESENTADO EM EVENTO

GUINCHO, M.R. A educação à distância e a biblioteca universitária. Em:

SEMINÀRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10, 1998, Fortaleza: Anais...

Fortaleza: Tec Treina, 1998. 1 CD-ROM.

SILVA, R. N. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação.

Em II CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4, 1996, Recife. Anais

eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em:

<http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais/educ/ce04htm> Acesso em:21 jan. 1997.

6.3.9 LEGISLAÇÃO

SÃO PAULO (Estado). Decreto no. 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea

de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.

BRASIL, Lei no. 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação tributária

federal. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 1999.

Disponível em <http://www.in.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?Id=LEI%209887 >. Acesso em:

22 dez. 1999.

6.3.10 FILMES

OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. São Paulo:

CERAVI, 1983. 1 videocassete.

6.3.11 IMAGEM DE MEIO ELETRÔNICO

GEDDES, Anne. Geddes135.jpg. 2000. Altura: 432 pixels. Largura: 376 pixels. 51

Kb. Formato JPEG. 1 disquete, 5 ¼ Pol.

Page 24: Guia Metodológico Exegético

20

6.3.12 DOCUMENTO CARTOGRÁFICO

INSTITUTO GEOGRÀFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Regiões de

governo do Estado de São Paulo. São Paulo, 1994. 1 atlas. Escala 1:2:000.

Se disponível em meio eletrônico, indicar endereço e data de acesso.

6.3.13 DOCUMENTO SONORO

SILVA, Luiz Inácio Lula da. Luiz Inácio Lula da Silva: depoimento (abr. 1991).

Entrevistadores: V. Tremel e M. Garcia. São Paulo: SENAI-SP, 1991. 2 cassetes sonoros.

Entrevista concedida ao Projeto Memória do SENAI-SP.

Em caso de CD ou disco, indicar o meio sonoro e a faixa, se houver.

6.3.14 PARTITURA

BARTÓK, Bela. O mandarim maravilhoso. Wien: Universal, 1952. 1 partitura.

Orquestra.

6.3.15 DOCUMENTO DE ACESSO EXCLUSIVO EM MEIO ELETRÔNICO:

MICROSOFT Project for Windows 95. Version 4.1. (S.I.): Microsoft Corporation,

1995. 1 CD-ROM.

AVES do Amapá: banco de dados. Disponível em

<http://www.bdt.org/bdt/avifauna/alves>. Acesso em: 30 de maio 2002.

Page 25: Guia Metodológico Exegético

21

7 ANEXOS

7.1 ANEXO 1 - FORMATO E MARGENS

Margem superior: 3 cm Margem esquerda: 3 cm Margem direita: 2 cm

Margem inferior: 2 cm

Page 26: Guia Metodológico Exegético

22

7.2 ANEXO 2 – MODELOS INTRODUTÓRIOS

Modelos de capa, folha de rosto, verso da folha de rosto, folha de aprovação, folha de

dedicatória, epígrafe, agradecimento, folha de resumo em vernáculo, folha de resumo em

língua estrangeira e folha de sumário.

Page 27: Guia Metodológico Exegético

23

CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER

TEOLOGIA EXEGÉTICA

A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA PLATÔNICA NA

INTERPRETAÇÃO DE GÊNESIS

ROSANGELA ALVES DE MATOS

SÃO PAULO

2009

Page 28: Guia Metodológico Exegético

24

ROSANGELA ALVES DE MATOS

A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA PLATÔNICA NA

INTERPRETAÇÃO DE GÊNESIS

Monografia apresentada ao Centro Presbiteriano

de Pós-graduação Andrew Jumper como parte

dos requisitos para obtenção do título de Mestre

em Teologia.

Orientador: Daniel Santos

SÃO PAULO

2009

Page 29: Guia Metodológico Exegético

25

M515 Matos, Rosangela Alves A influência da filosofia platônica na interpretação

de Gênesis / Rosangela Alves de Matos. – São Paulo, 2009.

95 f.; 30 cm. Orientador: Daniel Santos Dissertação (Mestrado em Teologia, Novo Testamento) – Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper, 2009. Bibliografia: p. 84-94. 1. Hermenêutica. 2. Crítica textual. I. Título. CDD 362.7897

Localizada no verso da página de rosto e na parte inferior da mesma. Busque a ajuda

do profissional bibliotecário, objetivando a padronização das entradas de autor, orientador e

definição dos cabeçalhos de assunto a partir de índices de assuntos reconhecidos

internacionalmente.

Page 30: Guia Metodológico Exegético

26

ROSANGELA ALVES DE MATOS

Monografia apresentada ao Centro Presbiteriano

de Pós-graduação Andrew Jumper como parte

dos requisitos para obtenção do título de Mestre

em Teologia.

Orientador: Daniel Santos

Aprovada em outubro de 2009

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________

Prof. Daniel Santos – Orientador

Doutor em Teologia

_________________________________________________________

Prof. Mauro Meister

Doutor em Literatura

_________________________________________________________

Prof. Tarcizio Carvalho

Doutorando em Teologia

São Paulo

2009

Page 31: Guia Metodológico Exegético

27

Ao meu marido e filhos, uma homenagem

como recompensa pela paciência e apoio

para que este trabalho se concretizasse. A

grandeza de alma de vocês é inestimável.

Page 32: Guia Metodológico Exegético

28

Não procuro entender a fim de que possa

crer, mas creio a fim de entender. Pois

isso creio — a menos que eu creia não

entenderia.

(Anselmo, Proslógio)

Page 33: Guia Metodológico Exegético

29

AGRADECIMENTOS

A Deus, fonte de toda sabedoria.

A Daniel Santos, minha gratidão por ter sido orientador persistente, que, com

diretrizes seguras e constante acompanhamento e incentivo, me aceitou com todas as

minhas restrições e me fez concluir esta empreitada.

Ao Dr. Mauro Meister e Tarcizio Carvalho, pelos comentários e sugestões apontados

no decorrer do exame de qualificação.

À minha família que sempre colaborou e me incentivou em vários momentos de minha

vida tão atribulada, fazendo-me repensar e prosseguir.

Page 34: Guia Metodológico Exegético

30

RESUMO

Quem são os pais da igreja e quais as implicações da sua cosmovisão para a educação? Este primeiro artigo de uma futura série dedicada à filosofia da educação dos pais da igreja concentra-se na importância destes documentos para a construção da identidade dos cristãos através da compreensão ampliada da história e da cosmovisão cristã . O artigo procura evidenciar o fato de que a contribuição destes autores não se limita absolutamente ao cristianismo, mas diz respeito à educação de todo o mundo ocidental cristão. Pretende-se assim ainda resgatar a forte associação que os Pais da Igreja estabeleciam entre educação e ética. Procuramos demonstrar neste e nos próximos artigos que, embora a filosofia da educação usualmente não seja explícita nos documentos do cristianismo primitivo, ela se encontra subjacente a praticamente todos. A modo de conclusão, sumarizam-se os princípios educacionais comuns ao legado dos Pais da Igreja e que podem ser considerados importantes para o educador cristão da atualidade.

Palavras-chave: Filosofia da educação, Teologia da educação, patrística, ética, cosmovisão

O resumo é a condensação do trabalho, enfatizando-se seus pontos mais relevantes.

Deve ser desenvolvido, apresentando de forma clara, concisa e direta, a informação referente

aos objetivos, metodologia, resultados e conclusões do trabalho. O título RESUMO deve estar

centralizado, letras maiúsculas, fonte 14, em negrito. O texto será apresentado três espaços

abaixo do título, em espaço simples de entrelinhas, sem parágrafo. O resumo deverá conter até

500 palavras e é um elemento obrigatório.

Deve ser precedido de referência bibliográfica do autor e elaborado de acordo com a

Norma ABNT/NBR-6028.

O resumo redigido na língua original do trabalho precede o texto, mas a tradução para

o inglês, o "Abstract", deve ser inserido logo após o texto, antes da lista de referências

bibliográficas. Quanto a outras formas de resumo, veja o Apêndice C.

Page 35: Guia Metodológico Exegético

31

ABSTRACT This article deals with contemporary approaches to biblical interpretation. Silva starts with a description of key developments in hermeneutics in the twentieth century and an analysis of the historical-critical method. He then evaluates the modern concept of the text as autonomous (detached from authorial intention) and the role of the reader in interpretation, as stressed in contemporary interpretation. The last section deals with authorial intent, which for Silva should not be identified with the author’s intent in an exclusive and absolute fashion. He concludes by saying that those scholars who challenge the determinacy and objectivity of meaning go on in their daily lives assuming that interpretation is both possible and essential; also, that the objective reality of communication is not undone by one’s reaction; that the reality and effectiveness of communication is a reflection of God’s own speaking; and that God’s purpose in communicating his message to us cannot be thwarted by human weakness.

Keywords: Hermeneutics, Interpretation, Historical-critical method, objectivity

O resumo deve ser, necessariamente, apresentado em pelo menos mais um idioma

além do original utilizado na língua vernácula. Deste modo temos, em inglês: ABSTRACT;

em espanhol, RESUMEN; em francês, RÈSUMÉ, por exemplo.

Page 36: Guia Metodológico Exegético

32

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1

2 HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO: UM RÁPIDO PERFIL........................ 15

3 A METODOLOGIA ATUAL.............................................................................. 23

3.1 MÉTODO: UMA DISCUSSÃO PERENE ............................................................ 23

3.2 O PAPEL DO INTÉRPRETE ................................................................................ 32

3.3 ASPECTOS TRANSVERSAIS NA INTERPRETAÇÃO .................................... 36

3.3.1 Aspectos técnico-científicos ................................................................................... 37

3.3.2 Aspectos teológicos ................................................................................................ 40

3.3.3 Aspectos históricos ................................................................................................. 43

3.3.4 Aspectos filosóficos ................................................................................................ 49

4 A FILOSOFIA PLATÔNICA COMO OBJETIVO

DESSE TRABALHO ........................................................................................... 53

4.1 O ENSINO FILOSÓFICO ..................................................................................... 54

4.2 AS DIFICULDADES EM ALGUMAS RESPOSTAS.......................................... 60

4.3 OS PROCEDIMENTOS CORRETIVOS .............................................................. 61

5 O PERFIL DO INTÉRPRETE À LUZ DA REJEIÇÃO

À ESCOLA PLATÔNICA................................................................................... 64

6 A NOVA ACADEMIA E SUA PROPOSTA ..................................................... 93

6.1 ATUALIZAÇÃO DAS LEITURAS...................................................................... 95

6.2 UMA PROPOSTA CONCRETA........................................................................... 99

7 CONCLUSÃO .................................................................................................... 112

REFERÊNCIAS ................................................................................................. 124

ANEXOS ............................................................................................................. 130

APÊNDICES ....................................................................................................... 135

Page 37: Guia Metodológico Exegético

33

7.3 ANEXO 3 - FORMAS DE RESUMO

O resumo consiste na redução de um texto, demonstrando de forma concisa a

mensagem e as informações fundamentais nele contidas. Resumir um texto representa

sintetizá-lo. Há vários tipos de resumo, de acordo com seu objetivo:

RESENHA Trata-se de um trabalho escolar e/ou acadêmico, que resume as idéias de um livro, filme, palestra, reunião, etc. e que se destina à avaliação de um curso ou publicação em revista técnica.

RESENHA CRÍTICA

1. Referência bibliográfica Escrever a referência bibliográfica completa da obra resenhada. ROBERTSON, O. Palmer. Terra de Deus: o significado das terras bíblicas para os planos e propósitos de Deus. 1ª ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998. 175 pp.

2. Apresentação do autor da obra Em alguns casos é importante situar o local e ocasião de nascimento. Em todos os outros será importante comentar a formação acadêmica, pessoas que exerceram influência teórica (ou escolas de pensamento) sobre sua obra e fatos que teriam marcado sua vida e forma de pensar.

3. Perspectiva teórica da obra Toda obra escrita se insere em uma determinada perspectiva teórica. É importante saber a que tradição/escola teórica pertence o autor da obra que se está analisando, pois isso permite compreender a forma como está organizada, bem como a lógica da argumentação utilizada.

4. Breve síntese da obra Antes de começar a análise de uma obra é muito importante procurar ter uma visão panorâmica dela; isso pode ajudar a visualizar o começo, o meio e o fim da obra, permitindo saber de onde parte e para onde vai o autor na sua argumentação; esta parte da resenha (e somente esta) pode ser feita na forma de um esquema.

5. Principais teses desenvolvidas na obra Depois de tudo preparado é hora de analisar o conteúdo da obra; o objetivo é traçar as principais teses do autor, e não resumir a sua obra (resenha não é resumo); é preciso ler com muita atenção para se apreender o que é fundamental no pensamento do autor.

6. Apreciação crítica da obra Depois de apresentar e compreender o autor e sua obra pode-se traçar alguns comentários pessoais sobre o assunto; embora os comentários sejam pessoais, não devem ser de exagerada subjetividade (achei a obra legal...), mas uma opinião pessoal ancorada em um argumento fundamentado academicamente.

PAPER É a síntese de uma comunicação oral prevista em um evento científico (seminário, simpósio, encontro, etc.), apresentando resultados de uma pesquisa, que é enviada previamente aos organizadores. Ao final do evento, o texto completo (comunicação) é entregue para posterior publicação nos anais do evento.

COMUNICAÇÃO É o relatório do que foi efetivamente dito no evento e anunciado no paper, geralmente destinado à publicação posterior nos anais.

FICHAMENTO Resumo informativo de uma publicação escrita numa ficha, com o intuito de facilitar a consulta e o levantamento bibliográfico a respeito de determinado assunto ou para organização de biblioteca pessoal.

Page 38: Guia Metodológico Exegético

34

7.4 ANEXO 4 – MODELO DE PROPOSTA DE DISSERTAÇÃO

Considera-se dissertação de mestrado o trabalho supervisionado que demonstre

capacidade de sistematização da literatura existente sobre o tema tratado e capacidade de

utilização dos métodos e técnicas de investigação científica.

As informações necessárias para a proposta de dissertação já foram discutidas no

corpo deste trabalho, sendo apenas transcritas para maior clareza. Espera-se que essa proposta

de dissertação tenha entre 8 e 12 páginas, incluindo todas as partes.

Page 39: Guia Metodológico Exegético

35

CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER

TEOLOGIA EXEGÉTICA

A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA PLATÔNICA NA

INTERPRETAÇÃO DE GÊNESIS

ROSANGELA ALVES DE MATOS

SÃO PAULO

2009

Page 40: Guia Metodológico Exegético

36

ROSANGELA ALVES DE MATOS

A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA PLATÔNICA NA

INTERPRETAÇÃO DE GÊNESIS

Proposta de dissertação apresentada ao Centro

Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper

para a obtenção do título de Mestre em Teologia.

Orientador: Dr. Daniel Santos

SÃO PAULO

2009

Page 41: Guia Metodológico Exegético

37

INTRODUÇÃO

Na introdução deve ocorrer a apresentação geral do assunto do trabalho e uma

definição sucinta do objetivo do tema abordado. É importante esclarecer o ponto de vista sob

o qual o assunto será tratado. Lembre-se de que deve ficar clara qual é a pergunta central.

JUSTIFICATIVA

Qual o relacionamento do trabalho com outros da mesma área? Quais os objetivos e

finalidades da pesquisa, com a especificação dos aspectos que serão ou não abordados.

Discutir suas possíveis implicações, significados e razões para concordância ou discordância

com outros autores. Qual a contribuição acadêmica e/ou prática pretendida com esse trabalho?

METODOLOGIA

É a descrição precisa dos métodos de abordagem e materiais utilizados, de modo a

permitir a avaliação por outros pesquisadores. A especificação e origem do material utilizado

poderão ser feitos no próprio texto ou em nota de rodapé.

CONCLUSÃO

Devem ser fundamentadas nos resultados e na discussão, contendo deduções lógicas e

correspondentes. Refere-se à introdução, fechando-se sobre o início do trabalho.

Considerações finais que retomam objetivos, pergunta central e sub-perguntas, avaliando até

que ponto foram respondidas e que outras pesquisas poderiam dar continuidade a esta.

ESBOÇO PROVISÓRIO DE SUMÁRIO

Conforme modelo anterior (p. 32).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Listar, de acordo com 7.3, os livros, os artigos, as obras de referência, os jornais e

revistas, os documentos não publicados, os artigos em Internet, as entrevistas e outros.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA COMENTADA

Listar cerca de 10 obras que considere fundamentais para o seu trabalho, fazendo uma

breve descrição de seu conteúdo, como se fosse um fichamento — um resumo informativo

com o intuito de facilitar a consulta e o levantamento bibliográfico a respeito de determinado

assunto. Veja alguns exemplos a seguir:

Page 42: Guia Metodológico Exegético

38

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo, Perspectiva, 1983. (Col. Estudos

XVI). 188 p.

Obra do renomado filósofo, ensaísta e comunicólogo italiano que soube traduzir

em linguagem didática e agradável sua experiência de pesquisador e sua perícia

de professor. São de grande valia para os pós-graduandos não só suas

considerações sobre o ofício de se escrever uma tese como também suas

sugestões técnicas e práticas para a redação da mesma.

CARVALHO, M.C.M. (org.). Construindo o saber; técnicas de metodologia

científica. Campinas, Papirus, 1988.

Escrito sob forma de antologia com as partes produzidas por diferentes autores, o

texto aborda os seguintes tópicos: a problemática do conhecimento; as relações

mito, metafísica, ciência e verdade; a explicação científica; a construção do saber

científico; a ciência e as perspectivas antropológicas de hoje; o estudo como

forma de estudo; o estudo de textos teóricos; técnicas de dinâmicas de grupo; e o

trabalho monográfico como iniciação à pesquisa científica.

FRAGATA, Júlio. Noções de metodologia; para a elaboração de um trabalho

científico. Porto, Tavares Martins, 1967. (Col. Meridiano universitário, 3). 136 p.

Após definir ciência, trabalho científico e método, o autor fala das qualidades da

escrita, da escolha do assunto para o trabalho, da heurística, da crítica dos

documentos, da tomada de apontamentos, da ordenação do material, da redação e

da apresentação dos trabalhos, de sua estrutura externa, de seus aspectos gráficos,

da publicação, da catalogação, da documentação e das recensões bibliográficas.

Bastante completo e acessível.

Page 43: Guia Metodológico Exegético

39

7.5 ANEXO 5 – REDAÇÃO CIENTÍFICA

Texto: “Notas e Reflexões sobre Redação Científica” de Rogério Lacaz-Ruiz (Prof. de Metodol. Científ. FZEA/USP e-mail [email protected] )

"Se você quiser dar crédito a um sujeito, faça isso por escrito. Se você quiser mandá-

lo para o inferno, faça o por telefone." (Charlie Beacham)

Quando foi diagnosticada uma doença grave em um amigo, recorremos a um manual

médico para saber mais sobre a doença. Da leitura do tratado, em inglês, pudemos extrair

todas as informações necessárias, sem praticamente recorrer ao dicionário. O texto estava

completo e sua leitura agradável. O médico que nos emprestou o livro fez um comentário

interessante. Disse que o organizador convidava especialistas para que escrevessem os

capítulos de sua área e antes de fazer a arte final seguia dois protocolos obrigatórios, a saber:

i) enviava todo material a um romancista para tornar a linguagem mais fácil e ii) devolvia o

material aos autores, para verificarem se as alterações não comprometiam as informações

técnicas.

Este fato, confirma a tese de Peter Drucker: o verdadeiro comunicador é o receptor.

Ao escrever é preciso perguntar-se: quem irá ler este texto? Em que condições? Um aluno

universitário, em geral, precisa ler muito e se o texto for técnico, provavelmente o rendimento

será menor. Um capítulo adaptado por um romancista facilita a leitura e a apreensão do

conhecimento; e este é o objetivo.

As vezes a imaginação nos leva por caminhos estranhos e, por este motivo, não

queremos fornecer uma resposta definitiva ao problema da escrita.

Enumeraremos, a seguir, algumas notas que podem ajudar a quem precisa escrever.

Cada um poderia descobrir naturalmente soluções de como aprimorar a escrita, desde que se

propusesse a isto. Leitura de boas obras e observar como os outros escrevem, facilitam o

aprendizado. Com o passar do tempo, se exercitamos a escrita, poderemos dar passos seguros

e significativos.

Lee Iacocca, o conhecido mega-empresário da indústria automobilística norte

americana, tem uma capacidade de comunicação acima da média. Ele mesmo conta, em sua

autobiografia, o que aprendeu de Robert McNamara: "...ele me ensinou a pôr todas as minhas

idéias no papel. - Você é muito eficiente cara a cara, ele costumava me dizer. - Você

conseguiria vender qualquer coisa a qualquer um. Mas estamos para gastar cem milhões de

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dólares aqui. Vá para casa hoje à noite e ponha sua grande idéia no papel. Se você não

conseguir fazer isso é porque não trabalhou a idéia direito. Esta foi uma lição valiosa e a partir

daí passei a seguir sua orientação. Sempre que um dos meus homens tem uma idéia, eu lhe

peço para colocá-la no papel. Não quero que ninguém me venda um plano por causa do tom

da sua voz ou da força de sua personalidade. Seria inadmissível." (in: Iacocca, L.; Novak, W.

Iacocca, uma autobiografia São Paulo: Livraria Cultura, 1985. p.66). Em outro parágrafo,

complementa a idéia de outra forma: "A cada três meses, cada gerente se reúne com seu

superior imediato para rever seu próprio desempenho e para estabelecer seus objetivos para o

período seguinte. Havendo acordo quanto a esses objetivos, o gerente os põe no papel e o

supervisor assina. Como aprendi com McNamara, o hábito de escrever as coisas é o primeiro

passo no sentido de realizá-las efetivamente. Na conversa, você pode se desviar para todos os

tipos de imprecisões e absurdos, muitas vezes sem perceber. Mas, ao colocar suas idéias no

papel, você se força a ir direto ao que interessa. É mais difícil enganar a si mesmo ou enganar

aos outros." (ibidem p.71-72)

"Todo pesquisador deve escrever de acordo com os padrões exigidos pela ciência, no

entanto, muitos não dominam a linguagem científica. Alguns editores apontam a falta de

estilo como principal defeito dos artigos enviados para publicação por cientistas dos países em

desenvolvimento. Isto indica que há uma deficiência importante na formação destes

investigadores.

O ensino médio (de primeiro e segundo graus) enfoca a forma literária de escrever.

Esta admite frases longas, complexas e retóricas, para passar imagens e sensações ao leitor.

Ao contrário, a linguagem científica deve ser clara, objetiva, escrita em ordem direta e com

frases curtas. Portanto, os indivíduos precisarão adequar sua redação quando se iniciam na

carreira científica. Esse assunto tem sido negligenciado pelos cursos de Pós-Graduação no

Brasil, originando a formação de Mestres e Doutores inabilitados para escrever artigos

científicos. Geralmente esses jovens pesquisadores não têm consciência disso e passarão suas

deficiências aos futuros orientados.

Para corrigir esta falha na formação é necessário muito esforço, paciência e disposição

para ocupar quanto tempo for necessário. Acima de tudo, é preciso ter humildade para

reconhecer as próprias limitações e trabalhar continuamente para eliminá-las. “Produzir um

texto adequado é tarefa árdua e demorada, mesmo para aqueles que dominam a linguagem

científica.” (Valenti, W.C. Guia de Estilo para a Redação Científica)

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A seguir, serão apresentadas algumas regras práticas sugeridas pelo professor Valenti,

adaptadas para este artigo. Evidentemente, elas são de mero caráter típico-indicativo e

admitem exceções, mas podem auxiliar na hora de escrever ou revisar um texto acadêmico.

Antes de iniciar, organize um roteiro com as idéias e a ordem em que elas serão

apresentadas. Estabeleça um plano lógico para o texto. Só escreve com clareza quem tem as

idéias claras na mente.(1)

1. Trabalhe com um dicionário e uma gramática ao seu lado e não hesite em

consultá-los sempre que surgirem dúvidas.

2. Escreva sempre na ordem direta: sujeito + verbo + complemento.(2)

3. Escreva sempre frases curtas e simples. Abuse dos pontos.

4. Prefira colocar ponto e iniciar nova frase a usar vírgulas. Uma frase repleta de

vírgulas está pedindo pontos. Na dúvida, use o ponto. Se a informação não

merece nova frase não é importante e pode ser eliminada.

5. Evite orações intercaladas, parêntesis e travessões. Algumas revistas

internacionais aceitam o uso de parêntesis para reduzir o período.

6. Corte todas as palavras inúteis ou que acrescentam pouco ao conteúdo.

7. Evite as partículas de subordinação, tais como que, embora, onde, quando.

Estas palavras alongam as frases de forma confusa e cansativa. Use uma por

frase, no máximo.

8. Use apenas os adjetivos e advérbios extremamente necessários.

9. Só use palavras precisas e específicas. Dentre elas, prefira as mais simples,

usuais e curtas.(3)

10. Evite repetições. Procure não usar verbos, substantivos aumentativos,

diminutivos e superlativos mais de uma vez num mesmo parágrafo.

11. Evite ecos (e.g. "avaliação da produção") e cacófatos (e.g. "...uma por cada

tratamento" ... uma porcada...)

12. Prefira frases afirmativas.

13. Frases escritas em voz passiva são muito utilizadas em relatórios e trabalhos

científicos, mas devem ser evitadas.

14. Evite: regionalismos, jargões, modismos, lugar comum, abreviaturas sem a

devida explicação, palavras e frases longas.

Um parágrafo é uma unidade de pensamento. Sua primeira frase deve ser curta,

enfática e, preferencialmente, conter a informação principal. As demais devem corroborar o

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conteúdo apresentado na primeira. A última frase deve seguir de ligação com o parágrafo

seguinte. Pode conter a idéia principal se esta for uma conclusão das informações

apresentadas nos períodos anteriores. (4)

Os parágrafos devem interligar-se de forma lógica.

Um parágrafo só ficará bom após cinco leituras e correções:

• na primeira, cheque se está tudo em forma direta e modifique se necessário;

• na segunda, procure repetições, ecos, cacófatos, orações intercaladas e

partículas de subordinação; elimine-os;

• na terceira, corte todas as palavras desnecessárias; elimine todos os adjetivos e

advérbios que puder;

• na quarta, procure erros de grafia, digitação e erros gramaticais, tais como de

regência e concordância;

• na quinta, cheque se as informações estão corretas e se realmente está escrito o

que você pretendia escrever. Veja se você não está adivinhando, pelo contexto,

o sentido de uma frase mal redigida.

Após a correção de cada parágrafo, em separado, leia todo o texto três vezes e faça as

correções necessárias.

Na primeira leitura, observe se o texto está organizado segundo um plano lógico de

apresentação do conteúdo. Veja se a divisão em itens e subitens está bem estruturada; se os

inte-títulos (título de cada tópico) são concisos e refletem o conteúdo das informações que os

seguem. Se for necessário, faça nova divisão do texto ou troque parágrafos entre os itens.

Analise se a mensagem principal que você desejava transmitir está de forma clara a ser

entendida pelo leitor.

Na segunda, observe se os parágrafos se interligam entre si. Veja se não há repetições

da mesma informação em pontos diferentes do texto, em períodos escritos de forma diversa,

mas com significado semelhante. Elimine todos os parágrafos que contenham informações

irrelevantes ou fora do assunto do texto.

Na terceira leitura, cheque todas as informações, sobretudo valores numéricos, datas,

equações, símbolos, citações de tabelas e figuras, e as referências bibliográficas.

Lembre-se que textos longos e complexos, com frases retóricas e palavras incomuns

não demonstram erudição. Ao contrário, indicam que o autor precisa melhorar seu modo de

escrever.

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Hoje em dia, já se encontram disponíveis na internet (www) muitos sites contendo

informações para redigir de acordo com o local onde se pretende publicar. Por exemplo, o

Style and Form do Journal of Animal Science: http://www.asas.uiuc.edu.

Leituras Recomendadas

Eco, U. Como se faz uma tese. 14a. ed. São Paulo: Perspectiva, 1996, p.170.

Figueiredo, L.C. A redação pelo parágrafo. Brasília: Universidade de Brasília, 1995. 127p.

Lertzman, K. "Notes on writing papers and thesis", Bulletin of the Ecological Society of America, v.76, n.2, p.86-90, 1995.

Magnusson, W.E. "How to write backwards", Bulletin of the Ecological Society of America, v.77, n.2, p.88, 1996.

Medeiros, J.B. Redação científica. 2ed. São Paulo : Atlas, 1996. 231p.

Medeiros, J. B.; Gobes, A.; Alves, F.; Lima, L. Manual de redação e revisão. São Paulo : Atlas, 1995. 203p.

Manual de estilo Editora Abril. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1990. 93p.

Manual Escolar de Redação Folha de São Paulo - Editora Ática. São Paulo : Ática, 1994. 184p.

Shaw, H. Punctuate it right! 2ed. New York : Harper Collings, 1994. 208p.

Strunk, Jr., W; White, E.B. The elements of style. 3ed. Boston : Allyn & Bacon, 1979. 92p.

Universidade Federal do Paraná, Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. v.1 Livros e Folhetos. 5ed. Curitiba: Universidade Federal do Paraná. 1995. 25p.

Willians, J.M. Style: toward clarity and grace. Chicago : University of Chicago, 1995. 208p.

1. Deve-se escrever, também, do geral para o particular. Quando decidimos ou precisamos escrever algo, normalmente já temos uma noção do que vamos escrever, mas aqueles que irão ler, não. Por este motivo, escrevemos bem menos do que precisamos para transmitir uma idéia. Isto é, deixamos subentendidos uma série de raciocínios intermediários, o que acaba dificultando a leitura. Uma experiência que todos podemos fazer, é a de escrever um texto sobre algo, deixando fluir toda nossa imaginação e capacidade, e depois de algumas semanas, lê-lo novamente. É surpreendente como nós mesmos não entendemos todo o texto, e nos questionamos sobre algumas frases ou até mesmo parágrafos inteiros. Naturalmente o número de palavras que usamos, não esta diretamente relacionado com a clareza. Escrever muito nem sempre é suficiente para deixar as idéias claras.

2. E também do antecedente para o consequente. Algumas pessoas, quando nos contam um fato ou um filme, parecem tão ansiosas que colocam o carro na frente dos bois. Quem escuta ou não entende, ou perde o interesse por escutar pois já sabe o final da história. No latim, que é uma língua com

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declinações, a ordem das palavras pode ser alterada, sem que a frase perca seu sentido. A declinação das palavras permite sua construção alterada, sem que o leitor deixe de saber se ela é objeto direto ou sujeito. Mas, os bons latinistas, procuram deixar o verbo, que exprime ação, para o final da frase. Tempus brevis est. Mesmo nesta frase, que diz que o tempo é breve, ficamos na expectativa até o final... qual a relação do tempo com a brevidade? Alfred Hitchcok e Agata Christie, costumavam criar um clima de suspense, de modo que o espectador se sinta atraído a assistir ou ler a obra até o fim. E todos os que querem que seus textos sejam lidos, podem fazer o mesmo. Dizem que Hitchcok iniciava uma estória de suspense quando estava numa fila de elevador, e seguia sua narrativa já dentro do mesmo. Para surpresa geral, saía num andar, antes de terminar a estória. Não se deve imitá-lo nesta brincadeira, é preciso ir até o fim. Relatar as coisas do mais antigo para o mais recente, garante a atenção de quem lê e facilita a compreensão do texto. O ideal para quem escreve um trabalho científico, é que momentos antes de terminar a última frase, o leitor possa imaginar a solução do problema ou a conclusão. Já no caso de escritores e poetas, ser previsível nem sempre é desejável.

3. Usar a palavra correta. Cada palavra tem um significado original e freqüentemente é útil e interessante conhecer a etimologia. Quantas vezes, ao ler no dicionário o significado de uma delas, nos surpreendemos com a alteração que sofreu pelo uso. As vezes é possível resgatar o sentido original, e esta preocupação de recorrer ao dicionário, deve passar a ser uma ocupação. Outras vezes é impossível. É o caso das palavras aquário e piscina. Aquário (do lat. acqua =água) é o lugar onde se armazena água e piscina (do lat. pisces = peixe) o local onde se criam peixes. Ora, seria tido por louco quem dissesse que cria peixes na piscina e toma banho em um aquário.

4. O uso de parágrafos de transição. Quando se escreve a primeira versão de uma tese, um livro, ou mesmo um relatório compostos por capítulos é freqüente terminar um e começar o outro, sem que haja conexão explícita. Para corrigir este defeito, pode-se usar o parágrafo de transição. Esta técnica, se bem empregada, estimula o leitor a ler o capítulo seguinte. Bastam algumas palavras a mais no último parágrafo, para introduzir o leitor no novo tema que se vai abordar. De forma análoga Clive Staples Lewis (1898-1963) em seu livro Mere Christianity começa o capítulo novo, recordando algumas idéias do anterior. A explicação é simples. Como o livro foi uma transcrição de palestras radiofônicas (Broadcast Talks) ele era "obrigado" a recordar em parte a conferência anterior. Desta forma, os parágrafos de transição, sejam eles no fim ou no início de cada capítulo, garantem ao leitor a sensação de que o autor pensou nele, e que dentro do seu estilo, quis tornar a leitura mais agradável.