Testemunhas de Jeová - Comentário Exegético e Explicativo - Esequias Soares Da Silva

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    T E S T E n U N H f l S

    D EJ E O V

    C o m i n l a r l o E x ^ g t i c o ? E x p U c o t i v u

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    T E S T E M U N H A S

    D E

    J E O V

    Comentrio Exegtico e Explicativo

    Digitalizado por: Jolosa

    ESCOLA DE EDUCAAO TEOLGICA

    PR. ELYSEU QUEIROZ DE SO UZA

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    T E S T E M U N H A SD E

    J E O V C o m e n t r i o E x e g t i c o E x p l i c a t i v o

    Uma anlise comparativa entre a doutrina crist e o credodastestemunhas de Jeov. uma obra critica e analti-ca, resultado de uma pesquisa sria luz da Palavra deDeus. Ela denuncia o erro e a escravido dos servidores daSociedade Torre de Vigia.

    ESEQUIAS SOARES DA SILVA

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    TESTEMUNHAS DE JEOV

    Ttulo do livro: Testemunhas de Jeov

    Copyrght de Esequias Soares da Silva

    Reviso de estilo:Laura Jane de Freitas Nunes

    Reviso de provas:

    Virgnia Chown e Alberto Alves da Fonseca

    Coordenao: Alberto Alves da Fonseca

    I a edio: 5.000 exemplares 1991Todos os direitos reservados ao autor

    ETEQS - ESCOLA DE EDUCAO TEOLGICA PR.ELYSEU QUEIROZ DE SOUZACaixa Postal 42 13200 Jundia SP

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    E/sequias Soares da Silva

    Ministro do Evangelho, co-pastor da Igreja Evanglica Assembliade Deus de Jundial SP

    Licenciando em Letras Orientais pela FFLCH da Universidade deSo Paulo, Bacharel em Lngua e Literatura Hebraica pela FFLCHda Universidade de So Paulo. Professor de Histria dos Hebreus eda Igreja Crist, Lnguas Hebraica e Grega, Diretor - Tcnico -Executivo da ETEQS - Escola de Educao Teolgica Pr. Elyseu

    Queiroz de Souza,

    Membro - relator do Conselho de Educao e Cultura Religiosa daCONFRADESP - Conveno Fraternal Inter-Estadual das

    Assemblias de Deus do Ministrio do Belm.

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    NDICE

    Uma advertncia................................................. 10Prefcio ............................................................. 11Apresentao ..................................................... 13Dedicatria......................................................... *i5

    Alfabeto Hebraico ............................................... 16Alfabeto Grego ................................................... 17Indee de abreviaturas usadas neste livro ........... 18Peo a Palavra..................................................... 19Sabedoria rabe ................................................. 22

    1. CONSIDERAES PRELIMINARES

    I. Introduo ............................................. 25II. Seitas e heresias..................................... 26III. Hereges e heresias que precederam as

    testemunhas de Jeov ....................... 27IV. Quem so as testemunhas de Jeov? .... 33V. Oque as testemunhas de Jeov

    representam ao cristianismo? ............... 35

    VI. O sistema monoltico e centralizador no Bblico ................................................... 35VII. A advertncia bblica............................... 39

    VIII. 30 anos escravo da Torre de Vigia........... 41

    2. HISTRIA DAS TESTEMUNHAS DE JEOV

    I. A origem das testemunhas de Jeov ..... 48

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    II. Joseph Franklin Rutherford .................. 52III. Nathan Homer Knorr ............................ 54IV. Frederico W. Franz ................................ 55V. As testemunhas de Jeov no Brasil .... 56

    3. A TRADUO NOVO MUNDO

    I. A autoridade da Bblia ......................... 61II. Os russelitas adulteraram a Palavra de

    Deus..................................................... 62III. Origem da Traduo do Novo Mundo das

    Escrituras Sagradas ............................. 66IV. Comparando a Traduo do Novo Mundocom a Bblia Sagrada ........................... 69

    4. OS NOMES DE DEUS

    I. O significado do nome na Bblia ............. 92II. O nome Jeov e os russelitas ............... 94

    III. Os nomes genricos de Deus na Bblia .... 95IV. Os nomes especficos de Deus na Bblia .. 101

    5. A SANTSSIMA TRINDADE

    I. Uma doutrina bblica ........................... 110II. A Trindade e as testemunhas de Jeov .. 111

    III. O Credo de Atansio.............................. 117IV. A Santssima Trindade nas Sagradas

    Escrituras............................................. 121V. Cada uma das trs Pessoas chamada de

    Deus verdadeiro ................................... 125VI. Atributos metafsicos de cada uma dessas

    trs Pessoas ......................................... 126VII. Atributos morais de cada uma dessas

    trs Pessoas ........................................ 128VIII. Obras realizadas por cada uma dessastrs Pessoas ......................................... 130

    6. O SENHOR JESUS CRISTO

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    I. Introduo ...........1................................ 135II. Jesus Cristo homem............................... 136

    III. Jesus Cristo Deus.................................. 138IV. Textos bblicos selecionados pelos russeli

    tas para negar a divindade de Cristo..... 143V. Os atributos da divindade em Cristo...... 151IV. Jesus Cristo e o arcanjo Miguel ............. 158

    VII. Comparao entre Jav do VelhoTestamento e Jesus Cristo no NovoTestamento........................................... 161

    VIII. A ressurreio de Cristo ........................ 162

    7. O ESPRITO SANTO

    I. A etimologia da palavra.......................... 170II. O Esprito Santo e as testemunhas de

    Jeov ................................................... 171III. A personalidade do Esprito Santo ........ 174IV. A divindade do Esprito Santo................. 1^6V. Os smbolos do Esprito Santo ............... 179

    8.A ALMA

    I. A constituio do homem ...................... 183II. A alma na Bblia.................................... 184

    III. O rico e Lzaro, Lucas 16.19-21 ............ 193IV. Textos selecionados pela STV para

    contrabalanar essa verdade................. 198

    9. O INFERNO

    I. A origem da palavra .............................. 205II. O inferno e as testemunhas de Jeov .... 20$

    III. Anlise das quatro razes russelitas...... 206IV. Os argumentos dos servos de Charles

    Taze Russel sobre o inferno................... 217

    10.A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

    I. A doutrina das ltimas coisas 233

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    II. A segunda vinda de Cristo conforme aviso da Torre de Vigia ......................... 239

    III. A verdade acerca dos tempos dosgentiose a herana dos justos........................... 247

    11.0 CRISTO E O SEU DEVER COMO CIDADO

    I. As testemunhas de Jeov na sociedade 260II. A cidadania do cristo .......................... 261III. A transfuso de sangue.......................... 270IV. O testemunho da imprensa.................... 273

    12. BIBLIOGRAFIAI. Bblia Sagrada ...................................... 280II. Obras diversas ...................................... 281III. Obras herticas...................................... 285

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    UMA ADVERTNCIA!

    Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem chamam m al

    que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade;

    e fazem do amargo doce, e do doce amargo!

    Ai dos que so sbios a seus prprios olhos,

    e prudentes diante de si mesmos!

    (Isaas 5.20-21)

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    PREFCIO

    Tive a oportunidade, o privilgio e a satisfao de leros originais dessa magnfica obra! Muitos livros j forampublicados sobre as testemunhas de Jeov, mas nenhum se assemelha a este, porque os que j foram

    publicados do uma viso geral das vrias seitas, incluindo as testemunhas de Jeov. Mas este que o leitortem nas mos indito na riqueza e na abundncia dosdetalhes com que trata o assunto. uma obra especficasobre as testemunhas de Jeov, constituda por onzecaptulos, rigorosamente comentados e admiravelmenteenriquecidos com argumentos bblicos indestrutveis e

    poderosos para derribar por terra a fraca fortaleza daSociedade Torre de Vigia. Nessa obra o autor levantaassuntos nunca publicados no Brasil, e que denunciamas fraudes dessa estranha entidade.

    O livro testemunhas de Jeov no deve faltar emnenhuma livraria do Brasil, nem mesmo nas livrariasseculares, pois uma orientao e um alerta no s aoscrentes, mas ao pblico em geral. uma obra interdeno-

    minacional, e de grande utilidade para os pastores,professores de escola dominical, e todos os cristos emgeral. Podemos considerar essa obra como um guia oumanual de preveno contra as heresias das testemunhas de Jeov. Essa obra uma arma poderosa quemostra como a Palavra de Deus desmantela por completo

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    essa falsa fortaleza do diabo1. Quem no sabe e sabe queno sabe carente de ajuda, apoio e orientao, mas,quem no sabe, e no sabe que no sabe, cego epretencioso, e vive deriva no mar da vida. Embora astestemunhas de Jeov estejam dentro do segundo

    grupo, contudo ensinam os outros, como cegos condazindo cegos .Portanto, os russelitas precisam tambm deJesus, eles no sabem, e no sabem que no sabem, e porisso a sua evangelizao se constitui num grande desafiopara a igreja, pois para Deus no h impossvel1.

    Parabns Pr. Esequias! Parabns igrejas evanglicasdo Brasil! Por to valiosa ddiva do Senhor Deus Trino,Pai, Filho e Esprito Santo!

    Jundia, SP, 29 de maio de 1990.Pr. Elyseu Queiroz de Souza

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    APRESENTAO

    Apresente obra, Testemunhas de Jeov,aproveita o reexame das teses bblicas fundamentais para oferecer ao leitor uma confirmao slida da doutrina cristhistrica que tem chegado at ns desde os tempos dosapstolos. Teologicamente, a obra mais Apologtica

    do que Polmica. O sub-ttulo bem poderia ser: Umareafirmao da F Bblica.Nem por isso deixa de haver profundo exame pela

    Histria da Doutrina, pela Histria Eclesistica, pelaExegese Bblica Textual com pleno uso das Lnguas Originais, e com o uso da Histria Universal.

    Visto que as Testemunhas de Jeov usam a prpriapalavra JEOV como brado de guerra distintivo, aparece aqui a explicao total e inabalvel de como esse nomeveio para a literatura ocidental, em total desacordo coma inteno do texto hebraico. J que o fundador dasTestemunhas, que sempre tinha terror do inferno,pensou em escapar de l por meio de torcer a traduo dotexto bblico at tentar extinguir a prpria existncia doinferno, h nesta obra um esclarecimento total e exato

    dos textos torcidos, para reafirmar a doutrina do infemoque to combatida pelos incrdulos.H uma forte reafirmao da natureza da alma

    humana, seguida por respostas teolgicas interpretao torcida pelas Testemunhas. Nos captulos V, VI, e

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    VII, temos a reafirmao das doutrinas mais slidas (emais atacadas) da F Crist: A Santssima Trindade, ANatureza Divina e Humana de Jesus Cristo, e a Divindadedo Esprito Santo como uma Pessoa. Cada um desses

    captulos tem tabelas enormes demonstrativas, quemostram onde se acham na Bblia todos os detalhes destaverdades eternas. Em se abrindo a Bblia em todas asreferncias dadas, ter-se- uma enorme quantidade deleitura inspiradora, fortalecedora da f nestes tempos dematerialismo mundial. Ao mesmo tempo, os ataquesfeitos contra essas doutrinas, na antiguidade e agora pelaseita em pauta, so sistematicamente refutados.

    Na parte escatolgica, a interpretao dada muitoleal ao conceito total da Bblia: Temos a Soberania deCristo Durante Todas as Eras; Sua Presena Espiritualentre ns, os crentes; o reconhecimento que o verdadeiro judeu espiritual quem est convertido a Cristo; semem nada prejudicar a Doutrina da Segunda Vinda. E tudoisso como refutao das seitas que dizem o contrrio.

    notvel como o estudo em pauta, ao ttatar dasatitudes danosas coletividade que a seita adota, acabanos oferecendo um quadro detalhado do Cristo e o SeuDever ComoCidado, muito alm daquilo que geralmente conhecido, porque, alm das citaes bblicasdiretas, h muitas claras dedues tiradas dos contextos,ao ponto de recebermos um forte desafio quanto ao nossocivismo, virtude essa que no devidamente valorizadaem nosso meio.

    Quem no quiser deixar sua f ser solapada pornegligncia, enquanto obreiros estranhos esto semeando joio aos quatro ventos, deve fortalecer a sua almacom livros do tipo deste que aqui tenho o prazer de apresentar. *

    GORDON CHOWN17 de junho de 1990

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    DEDICATRIA

    Com muita gratido, venho humildemente dedicaresta obra ao Grande e Eterno Deus e Salvador JesusCristo; que me amparou em todos os momentos de minhavida, e que pelo seu Esprito Santo me inspirou e medirigiu na elaborao desta escrita.

    Dedico ainda este livro aos meus pais: Manoel Soares da Silva (in memoriam) e Ins Pereira da Silva (inmemoriam), que me instruram no Caminho do Senhordesde a minha mais tenra idade.

    E, tambm, dedico este trabalho minha queridaesposa Rute, fiel companheira, que muito me tem ajudado no cumprimento do meu ministrio na obra do Mestre;e ao meu casal de filhos: Daniele e Filipe.

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    ALFABETO HEBRAICO*

    1. N ALEF GUT2. } BEIT B

    1 VEIT V3. A GIMEL G

    A GIMEL G4. 1 DALET D

    1 DALET D5. n HEI H6. 1 VAV V7. T ZAYIN Z

    8. n HEIT H9. 17 TEIT T10. 7 YOD Y11. D KAPH K

    J

    1

    CHAPHCHAPH FINAL

    CH**

    12. 7 LAMED L13. n

    D

    MEINMEIN FINAL

    M

    14. j1

    NUNNUM FINAL

    N

    15. D SAMECH S16. y AYIN GUT17. 9 PEI P

    SI

    1

    PHEI

    PEI FINAL

    F

    18. Xr

    TSADEITSADEI FINAL

    TS

    19. p QOPH 920. i REISH R21. p SHIN SH

    19 SIN S22. n TAV T

    n TAV T

    * O hebraico se l e se escreve da direita para a esquerda* * CH se pronuncia como j na lngua espanhola

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    ALFABETO GREGO

    1. A a ALFA A

    2. B p BETA B3. r y GAMA C4. A 6 DELTA D5. E e PSILON E6. Z ZETA Z7. H n ETA E8 . e q TETA TH

    9. I LIOTA I

    10- K M KAPA K11. AX LAMBDA L12. M Ji MY M13. n V NY N14- S XI X15. o o MICRON O16. nu PI p

    17. p p R R18- e a

    SIGMAIGMA FINAL

    S

    19. T x TAU T20. y u YPSILON Y21. q> PHI F22. x x QUI CH23. qr (p PSI PS24. qo) MEGA O

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    NDICE DAS ABREVIATURASUSADAS NESTE LIVRO

    VELHO TESTAMENTO

    Gn Gnesis Ec EclesiastesEx xodo Ct CantaresLv Levtico Is IsaasNm Nmeros Jr JeremiasDt Deuteronmio Lm Lamentaes de

    Js Josu JeremiasJz Juizes Ez EzequielRt Rute Dn DanielISm 1 Samuel Os Osias2Sm 2 Samuel J1 Joel1 Rs 1 Reis Am Ams2 Rs 2 Reis Ob Obadias1 Cr 1 Crnicas Jn Jonas2 Cr 2 Crnicas Mq Miquias

    Ed Esdras Na Naum fNe Neemias Hc HabacuqueEt Ester Sf Sofonias

    Jo J Ag AgeuSI Salmos Zc ZacariasPv Provrbios Ml - Malaquias

    NOVO TESTAMENTO

    Mt Mateus 1 Tm I TimteoMc Marcos 2 Tm 2 TimteoLc Lucas Tt - Tito

    Jo Joo Fm FilemonAt Atos Hb - HebreusRm Romanos Tg - Tiago

    1 Co 1 Corntios 1 Pd - 1 Pedro2 Co 2 Corntios 2 Pd 2 PedroG1 Glatas lJ o - 1 JooEf Efsios 2 Jo 2 JooF1 Filipenses 3 Jo 3 JooCl Colossenses Jd - Judas1 Ts 1 Tessalonicenses Ap - Apocalipse2 Ts 2 Tessalonicenses

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    PEO A PALAVRA

    Foi no incio da minha f que senti a necessidade dese publicar uma obra desta natureza para melhor equipar o povo de Deus no manuseio da sua Palavra. Sentiessa necessidade pelo fato de logo naqueles dias sermolestado muitas vezes pelas testemunhas de Jeov. E,como eu, creio que cada cristo autntico j teve pelomenos uma experincia com essa gente, e no de

    duvidar que algum passou at a ter alimentado dvidas.Foi em 1979 que preparei uma simples e humildeapostila sobre as testemunhas de Jeov, na cidade de

    Jundia. Em 1980 comecei estudar as lnguas hebraica egrega com o Pr. Dr. Gordon Chown, pois notei o uso exagerado dessas lnguas nas literaturas da STV, e comeceia desconfiar do sentido que essa entidade dava a essaspalavras. Continuei as minhas pesquisas ao longo da

    dcada de 80. Em 1987 ingressei na Universidade de SoPaulo para habilitar-me na lngua e na Literatura Hebraica e aperfeioar o grego, que h seis anos vinha estudando com o Dr. Gordon Chown. Nesse mesmo ano fiz umavisita a Israel e ao Egito e fiz um apanhado geral,principalmente no que diz respeito a teologia rabnica.Em maio de 1989, programamos em Jundia um seminrio sobre as heresias, sob a direo do Pr. Elyseu Queiroz

    de Souza, presidente da Assemblia de Deus de Jundiae regio. E, para esse seminrio preparei uma apostilasobre as testemunhas de Jeov, que depois de prontasenti que j era hora de transform-la em livro paramelhor equipar a igreja no combate s heresias. E a partirda passei a dedicar-me quase que inteiramente nacomposio da obra.

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    Depois fui com o irmo* Alberto Alves da Fonseca,professor de diversas disciplinas na Escola Teolgica Pr.Elyseu Queiroz de Souza, at a sede nacional das testemunhas de Jeov, a Sociedade Torre de Vigia STV, em

    Cesrio Lange, interior de So Paulo, a procura de duasobras: Ajuda ao Entendimento da Bblia e The Empha-tic Diaglott. L insistiram muito em mostrar as dependncias da entidade, at que nos constrangeram a isso.E nessa visita, muitas coisas ficaram esclarecidas, e algumas delas esto nessa obra, serviu como uma pesquisain loco, onde ficou revelada a monstruosidade dessaorganizao, que tem o controle absoluto sobre os seus

    membros.Depois de algum tempo comecei a redigir a obra.Minha inteno era conclu-la antes do final de 1989,mas, quanto mais escrevia mais via a necessidade deescrever. Entretanto, em virtude de minhas ocupaeseclesisticas, e outras atividades da escola teolgica emesmo os trabalhos escolares da USP, o prof Alberto,que j vinha me assessorando h algum tempo, tanto na

    escola teolgica como na igreja, comeou a participar daobra tanto na datilografia como na montagem das gravuras impressas nessa obra.

    Mas, antes de ele iniciar o trabalho, mudou-se paraIsrael no incio de janeiro de 1990, ento coittinueisozinho a redao vindo a conclu-la em maro. Nessemesmo ms empreendi uma nova viagem ao OrienteMdio, quando encontrei com o prof5 Alberto em Jerusa

    lm, lhe falei da obra que estava pronta, e que s faltavamais uma reviso para passar datilografia final. Eacrescentei: Se voc estivesse no Brasil, creio que jestaria pronta, pois o plano do prof2Alberto era ficar ato final do ano em Israel. Depois disso fui com o grupo parao Cairo, e em seguida para Istambul e para a regio da*sete igrejas da Asia, terminando a excurso em Atenas,na Grcia. Quando retomamos ao Brasil, em menos de10 dias, por motivos escolares, retomou tambm o profAlberto, que havia ficado no KibutzAfikim, na Galilia. Apartir da passamos a trabalhar quase que exclusivamente nesta obra.

    Desejo tambm salientar, que muitas coisas deixeide escrever por no ter ainda provas em mos, mas que

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    espero t-las comigo, e no quis me basear simplesmentenaquilo que outros escritores publicaram. Todos os livrosconstantes na bibliografia desta obra e as revistas da STV

    citadas aqui esto em meu poder para provar s testemunhas de Jeov e a quem interessar a veracidade dosfatos que aqui apresento.

    No preparei este trabalho para as testemunhas deJeov, no que falte amor para esses carentes de conhecimentos da Palavra de Deus, mas porque eles so proibidos expressa e terminantemente de ler as literaturasque no sejam publicadas pela Sociedade Torre de Vigia.

    Eles so privados da sua liberdade, a STV escraviza osseus adeptos. Se o leitor conseguir pr nas mos de umrusselita um exemplar desta obra, sem dvida alguma,ela ir para o lixo, porque assim ensina a Sociedade Torrede Vigia: tudo aquilo que no for publicado pela entidadeno pode ser bom. Russelita s pode ler as suas prpriasliteraturas. Portanto, o objetivo primrio desta obra aedificao da igreja de Cristo, a instruo do povo de

    Deus no tocante as verdades eternas. Mas se voc conhece algum russelita e acha que ele tem a coragem deromper os elos da STV para ler esta obra, estar fazendoum grande servio; estar tirando mais uma pobre almadas garras da Sociedade Torre de Vigia.

    Quero apresentar aqui os meus agradecimentos aoPr. Elyseu Queiroz de Souza, nosso patriarca e meu paina f, pela compreenso e apoio s minhas atividades eincentivos na redao desta obra. Este apoio moral eespiritual uma das principais razes da composiodesta obra. Quero tambm expressar a minha gratido aoPr. Dr. Gordon Chown, meu mestre nas lnguas hebraicae grega e em assuntos teolgicos; que me orientou desdeo princpio de minha f at aos dias de hoje e me assistiudurante toda a composio desta obra. Tambm queroagradecer ao prof2Alberto Alves da Fonseca, sua participao nas minhas pesquisas e por sua constante atuaonessa obra. Que Deus possa recompensar a todos emnome de Jesus, e que essa obra possa atingir os objetivospara os quais est sendo destinada.

    Jundia, SP, 19 de junho de 1990.Pr. Esequias Soares da Silva

    Caixa Postal, 42 - 13200 - JUNDIA - SP

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    SABEDORIA RABE

    Quem no sabe e no sabe que no sabe, um nscio: deve ser internado.

    Quem no sabe e sabe que no sabe, um ignorante: deve ser instrudo.

    /Quem sabe e no sabe que sabe, um sonhador; deve ser despertado.

    Quem sabe e sabe que sabe, um sbio : deve ser imitado.

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    Consideraes Prelim inares E s b o o

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    I. INTRODUOII. SEITAS E HERESIAS

    III. HEREGES E HERESIAS QUE PRECEDERAM AS

    TESTEMUNHAS DE JEOV1. O gnosticismo

    a. O gnosticismo sriob. O gnosticismo egpcioc. O gnosticismo pntico

    2. Os ebionitas

    3. Os maniqueus4. O apolinarianismo5. O nestorianismo6. O monarquianismo7. O arianismo

    IV. QUEM SO AS TESTEMUNHAS DE JEOV?

    V. O QUE AS TESTEMUNHAS DE JEOV REPRESENTAM AO CRISTIANISMO?

    VI. O SISTEMA MONOLTICO E CENTRALIZADOR NO BBLICO:1. A unidade em tomo de Jesus de Nazar2. As igrejas dos tempos dos apstolos

    3. O apstolo Joo e Ditrefes

    VII. A ADVERTNCIA BBLICA1. Falsos doutores2. Introduziro encobertamente heresias de perdi

    o

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    VIII

    3. Negaro ao Senhor que os resgatou4. Trazendo sobre si mesmos repentina perdio.

    TRINTA ANOS ESCRAVO DA TORRE DE VIGIA

    TESTEMUNHAS DE JEOV

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    ConsideraesPreliminares c

    Po r qu e a r ebel i o com o o pecad o d e f ei t i a r i a , e o p o r j i a r com o i n i qi d a d e e i d o l a t r i a . . . (1 Sm 15.23).

    I. INTRODUO

    O combate s heresias ocupa um tero do NovoTestamento. Tanto o Senhor Jesus Cristo como tambmos seus apstolos trabalharam incansavelmente contraas heresias de seu tempo. Cada livro do Novo Testamento um equipamento firme que no seu conjunto forma ogrande e indestrutvel arsenal de combate s heresias.No h livro no Novo Testamento que no revele essecombate. Alguns livros j so de per si esse combate,

    sendo o seu contedo uma apologia doutrina crist, asua essncia uma defesa do cristianismo. Judas diz quepretendia escrever sobre a salvao comum, mas emvirtude das crescentes heresias, ele resolveu, pela direo do Esprito Santo, travar essa batalha contra elas (Jd3). O contedo de 2 Corntios, Glatas e 2 Pedro

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    essencialmente uma luta contnua contra as heresias,para a preservao da pureza do evangelho de Cristo. Otema central de Colossenses a defesa da divindade de

    Cristo, posto que alguns se apresentaram ensinando oculto dos anjos (Cl 2.18). Todos os escritos do Novo

    Testamento, inclusive os evangelhos, mostram essa lutaacirrada, contra as falsas doutrinas. Portanto, tarefa daigreja atual "batalhar pela f que uma vez fo i dada aossantos* (Jd 3), para manter os cristos na doutrina dosapstolos (At 2.42).

    II. SEITAS E HERESIAS

    A palavra grega apeai (hiresis) traduzidapor seita em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22; e, porheresias em 1 Corntios 11.19; Glatas 5.20; 2 Pedro2.1. O significado de hiresis complexo. Agostinhodisse que era inteiramente impossvel, ou em todo o caso

    a cousa mais difcil definir heresia. Primariamente estapalavra significava o ato de tomar (comumente usadopara tomar uma cidade). Depois foi usado pelos autoresclssicos gregos, e at mesmo da Septuaginta comoescolha ou eleio, no sentido de uma inclinao oupreferncia filosfica ou uma escola de pensamentos,tomar para si mesmo uma escolha.

    No Novo Testamento este vocbulo aparece com osentido de partido, de esprito sectrio, e nem semprerepresenta uma ruptura com o sistema convencional dedeterminada comunidade. Os saduceus (At 5.17), e osfariseus (At 15.5; 26.5), formavam seitas e faces dentrodo prprio judasmo. Paulo adverte para que no haja noseio da igreja essas divises (hiresis) e condenadasinovaes doutrinrias que venham dividir a igreja (1 Co

    11.19;G15.20). verdade que o cristianismo foi tambmchamado de seita, mas por pessoas que estavam dolado de fora, por pessoas que no conheciam as verdadesdo evangelho de Cristo e que se opunham a ele (At24.5,14; 28.22).

    A primeira referncia do termo heresia com osentido moderno de erro doutrinrio, aplicado aqueles

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    que abandonaram a verdadeira f para seguir a grupossectaristas com doutrinas peculiares, encontramos em 2Pedro 2.1.0 apstolo Paulo chama de herege aqueles que

    teimam em seguir seus prprios pensamentos contrariando os princpios bsicos da f crist, e a essaspessoas, o apstolo recomenda, depois de duas admoes-taes que devemos evit-las (Tt 3.10).

    Seitas e heresias so hoje grupos isolados e queexpem ensinos errados e contrrios s Escrituras Sagradas. Estes movimentos se caracterizam hoje peloexclusivismo e pelo sistema de monoplio da salvao.Para esta gente, somente o seu grupo est certo e somenteeles mesmos praticam a vontade de Deus. Na sua mentalidade, s tem a salvao ou s h de adquiri-la (pois amaioria dessas seitas nem sequer cr na doutrina bblicada salvao), quem pertencer ao seu grupo. Nos dias deCristo o nmero delas era 28, na metade do segundo

    sculo do cristianismo esse nmero se elevou para 128,e hoje, somente em uma das grandes cidades do mundo,como Londres, So Paulo, Nova Iorque, etc., possvelchegar-se a esse nmero.

    III. HEREGES E HERESIAS gUE PRECEDERAM ASTESTEMUNHAS DE JEOV

    verdade que as heresias abrangem todos os aspectos da doutrina crist, mas nenhuma doutrina tomou-seto controvertida e alvo de tantos ataques quanto a doutrina cristolgica. Jesus perguntou, certa vez: Quemdizem os homens ser o Filho do homem? (Mt 16.13).Ningum acertou na resposta: Uns Joo Batista, outrosElias, e outros Jeremias ou um dos profetas(Mt 16.14).

    Somente Pedro acertou, mas Jesus esclareceu que isso sfoi possvel em virtude da revelao de Deus, e issomostra que ningum pode conhecer a Jesus se no forpelo Esprito Santo. O apstolo Paulo disse: ...e ningum

    pode dizer que Jesus o Senhor, seno pelo EspritoSanto (1 Co 12.3). Foi ento em tomo da cristologia(doutrina que estuda a pessoa e a natureza de Jesus), que

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    os muitos.hereges manifestaram suas doutrinas herticas, configurando nesta lista o fundador da seita das

    testemunhas de Jeov, Charles Taze Russel.

    1. O gnosticismo

    O nome vem do grego yvcolq (gnsis), quesignifica conhecimento, porque os membros dessemovimento ensinavam a salvao atravs de um conhecimento mstico, e no pela f em Jesus. Eles eram gruposmuito diversificados em suas doutrinas, pois diferiam delugar para lugar, em seus perodos. Essa doutrina eranada mais que um enxerto das filosofias pags nasdoutrinas cristolgicas. Negava o cristianismo histrico,segundo ela, o Senhor Jesus no teve um corpo, isto ,no veio em carne, o seu corpo seria uma mera aparncia,que chamavam de corpo doctico. Seu perodo ureo foi

    entre 135-160AD, mas o gnosticismo j dava trabalho sigrejas da poca dos apstolos. O apstolo Joo enfatizaque o Verbo se fez carne(Jo 1.14); e que todo o espritoque no confessa que Jesus Cristo veio em carne rmo deDeus... (1 Jo 4.3). bom lembrar que os escritos

    joaninos so do final do primeiro sculo e que foramescritos na cidade de feso, ento capital da sia menor,de onde surgiu o gnosticismo.

    a) O gnosticismo srio.Era o gnosticismo de Saturnino, tambm conhecido como Satumilo (120 AD). Segundo ele, Jesus Cristo no nasceu no teve forma e nemcorpo, foi simplesmente visto de forma humana em meraaparncia. Segundo Saturnino, Cristo veio para destruiro Deus do Velho Testamento e salvar os que cressem nele.

    Este representante da escola sria, ensinava que o Deusdos judeus era apenas um dos sete anjos. Que absurdo!

    b) O gnosticismo egpcio.Era o gnosticismo de Saturnino ampliado e desenvolvido por Basilides (130 AD),cuja essncia foi transmitida por Valentino de maneirapotica e popular em 140 AD. Basilides ensinava queCristo era a Mente primognita do Pai Ingnito - o Deus

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    dos judeus, segundo ele. Negava a crucificalo de Cristo,dizia que Simo, o cirineu transfigurou-se e fci equivoca-damente crucificado, e que o populacho o tomou por

    Jesus. Assim sendo, Cristo apenas presenciou a crucificao de Simo, seu ssia. Esta era a maneira satnicae sutil de negar a crucificao de Cristo.

    c) O gnosticismo judaizante.Um gnosticismo muitoparecido com as doutrinas dos ebionitas, (judeus cristos que negavam a divindade de Cristo e rejeitavamtodos os evangelhos, exceto o de Mateus). Cerinto o

    mentor dos judaizantes, teve ligaes com os ebionitas,no final do primeiro sculo. Cerinto negava o nascimentovirginal de Jesus Cristo. Segundo ele, Jesus foi concebidonormalmente de Jos e Maria, e a sua sabedoria epoderes sobrenaturais lhe advieram pelo recebimento doEsprito Santo, no seu batismo; perdendo tudo quandofoi cruflcicado, voltando condio original. Hoje nstemos o Novo Testamento e facilmente qualquer crenteem Jesus derriba este castelo de areia com uma spedrada, porm no final do primeiro sculo e no incio dosculo seguinte, as coisas eram diferentes, e isto seconstituia uma ameaa f crist e aos fundamentos docristianismo histrico. A Igreja saiu ilesa disto pelo poderde Deus. Foi em virtude destas seitas que os pais da igrejaforjam despertados para a seleo do Cnon Sagrado do

    Novo Testamento, que foi concludo por volta do ano 200AD.

    d) O gnosticismo pntico. Este foi o gnosticismodesenvolvido por Marcio, natural de Sinope, provnciado Ponto, na sia Menor. Transferiu-se para Roma em139 AD, e a partir da passou a considerar o Deus doVelho Testamento como sendo mau, e depois de muitasreflexes o considerou fraco. Segundo ele, o Senhor

    Jesus no era o Filho do Deus do Velho Testamento eCristo revelou um Deus at ento desconhecido. PregavaMarcio que todos os cristos deviam rejeitar tanto oVelho Testamento quanto o seu Deus. Selecionou para siuma coleo de livros autorizados, que seriam hoje as

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    epstolas paulinas (sem as pastorais e mutiladas todas as

    passagens que revelam ser Cristo o Filho do Deus doVelho Testamento), pois segundo ele, somente Pauloentendeu o evangelho de Cristo, e os demais apstoloscaram no erro do judasmo; incluindo tambm o evangelho de Lucas, mutilando todas as passagens onde afirmam que o Deus do Velho Testamento o Pai de nossosihor Jesus Cristo. Marcio hoje se configura na listados anti-semitas.

    2. Os ebionitas

    Eram uma comunidade de judeus cristos. O nomevem do hebraico e significa pobre. Os ebionitas criamem Jesus como o seu Messias, mas negavam a suadivindade - o embrio da doutrina cristolgica das tes

    temunhas de Jeov. Os ebionitas tinham horror aosescritos paulinos, pois Paulo colocava judeus e gentiosnum mesmo bojo: todos pecaram e destitudos esto daglria de Deus(Rm 3.23); e pelo fato de Paulo pregar adivindade de Cristo (Rm 9.5; Cl 2.9; Tt 2.13 etc.)". Viviamo ritual da lei e os costumes judaicos, eram hostilizadostanto pelos judeus quanto pelos cristos. Eram numerosos no final do primeiro sculo, mas aos poucos foram

    desaparecendo do palco e perdendo-se de vista no cenrio da histria. Hoje eles esto manifestos com uma novaroupagem.

    3. Os maniqueusm

    Era um movimento fundado por Mani (morto em 276

    AD por determinao do governo persa). Sua doutrinaconsistia-se do dualismo prsico: O universo compesedo reino das trevas e do reino da luz e ambos lutam pelodomnio da natureza e do prprio homem.O Cristo dosmaniquestas era um Cristo celestee por isso rejeitavam a Jesus, pelo fato de ter vivido como homem.

    4. O apolinarianismo

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    Apolinrio foi bispo de Laodicia e morreu em 392.Uma vez definida a divindade do Logos (1) e resolvida aquesto ariana, a controvrsia girava agora em tomo dasduas naturezas de Cristo: a humana e a divina. E emtomo dessa nova controvrsia, surgiram trs novas heresias, mas que so pertinentes aqui apenas o apolinaria-nismo e o nestorianismo. Apolinrio foi diametralmenteoposto ao arianismo, no entanto, combateu uma heresiadesenvolvendo outra to grave quanto a que combatia:deu muita nfase divindade de Cristo e sacrificou a sua

    genuna humanidade. Dizia que se algum pe em Cristoa sua confiana como sendo homem est destitudo de racionalidade e indigno de salvao. Os apolinarianistaseram as testemunhas de Jeov s avessas, com relao doutrina cristolgica.

    5. O nestorianismo

    Nestrio foi bispo de Constantinopla entre 428-431e desenvolveu a teologia do seu mestre Teodoro deMopsustia, a qual ilustrava as duas naturezas de Cristocomo sendo marido e mulher uma s came, semcontudo, deixarem de ser duas pessoas e duas naturezasseparadas. Esta tcnica de raciocnio a mesma usadapelas testemunhas de Jeov; comparar duas pessoas,

    marido e mulher, com uma s pessoa - Cristo, contrabalanando pessoas com natureza. Que bela analogia! uma metodologia ociosa e sofismada, a Sociedade Torrede Vigia est cheia de comparaes e analogias similares,como veremos no decorrer desta obra.

    6. O monarquianismo

    Em virtude das discusses sobre a cristologia do(1) LOGOS, termo grego traduzido por VERBO ou PALAVRA em

    Joo 1.1,14. uma expresso filosfica que quer dizer Razo, a expresso e o melo de comunicao da vontade, e no hequivalente na linguagem moderna. Joo, ao empregar este termoestava mostrando de maneira clara a divindade de Cristo, uma vezque os gregos conheciam o significado desta palavra na filosofiagrega- .

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    Logos, na segunda metade do segundo sculo e naprimeira do sculo seguinte, surgiram os chamadosmonarquianistas, termo dado porTertuliano aosopositores da doutrina do Logos, os Alogoi, (2) aqueles querejeitavam o Evangelho de Joo. Os monarquianistas sedividiam em dois grupos: monarquianismo dinmico,aue ensinava ser Cristo filho de Deus, mas por adoo; emonarquianismo modalista, que ensinava ser Cristoapenas uma forma temporria da manifestao do nico

    Deus. Desta ltima escola destacou-se o bispo Sablioque tomou-se um grande lder desse movimento por issoos seus seguidores foram chamados de sabelianistas ousabelianos. Por volta de 215, Sablio j ensinava suasdoutrinas em Roma. Este bispo modalista ensinava queo Pai, o Filho e o Esprito Santo no eram trs pessoasdistintas, mas apenas os trs aspectos do Deus nico.Segundo este bispo, no tempos do Velho Testamento, oPai se manifestou como o Legislador, nos tempos doNovo, este Pai era o mesmo Filho encarnado, e estemesmo Pai fazia o papel de Esprito Santo como inspirador dos profetas. Na verdade, os sabelianos no negavama divindade do Filho e nem a do Esprito Santo, mas sima distino destas Pessoas; o que diametralmenteoposto aos ensinos do Novo Testamento, visto que este

    ensina a unidade composta de Deus em Trs Pessoasdistintas. Os modalistas pregavam a unidade absoluta deDeus, coisa que nem mesmo o Velho Testamento ensina,e para apoiar tal ensino mutilaram os textos neotesta-mentrios.

    7. O arianismo *

    Fundado por rio, entre 321-325 e foi a maior controvrsia da histria do cristianismo. rio pregava que oFilho era criatura (doutrina advogada ainda hoje pelastestemunhas de Jeov) e esta inovao sacudiu ocristianismo da poca. Esta controvrsia nasceu emAlexandria, Egito, e terminou no primeiro concilio ecu-

    (2) Logoi, plural de Logos; alogoi, contrrios a doutrina do Logos

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    mnico da histria, o Concilio de Nicia, onde pela primeira vez se reuniram os bispos do Oriente e do Ocidente

    para discutir a causa arianista, na cidade de Nicia, em325 AD. Ver mais detalhes no captulo 5, III O CREDODE ATANSIO. Essa doutrina arianista foi ressuscitadano final do sculo XIX por Charles Taze Russel, fundadorda seita das testemunhas de Jeov, e tal ensino sustentado ainda hoje pelos seus adeptos. Portanto, osensinos russelitas so oriundos dos movimentos secta-

    ristas e herticos dos primeiros sculos do cristianismo,e que hoje aparecem com uma nova roupagem. No somente com relao s doutrinas cristolgicas, mas tambm o seu credo, cujo tema matria desta obra. Russeltomou a trazer os ensinos malficos da antigidade aosquais combateram os apstolos e os pais da igreja: Oque

    foi, isso o que h de ser; e o que se fez, isso se tomar afazer: de modo que nada h de novo debaixo do sol(Ec

    1.9).

    IV. QUEM SO AS TESTEMUNHAS DE JEOV?

    Testemunhas de Jeov, russelitas oujeovistas soos membros da Sociedade Torre de Vigia - (STV), umsistema religioso monoltico fundado por Charles Taze

    Russel, com sede mundial no Broklyn, Nova Iorque, EUA,de onde emanam todas as suas regras e doutrinas. Elesse caracterizam pela distribuio de peridicos, suaatividade principal consiste na venda de literaturas nascasas. No existe no mundo uma pessoa sequer quetonou-se testemunha de Jeov, que se converteu a estemovimento simplesmente pela leitura da Bblia. Todos osmembros desta entidade passaram por um mtodo de

    ensino com material didtico exclusivo da entidade enum processo de lavagem cerebral, recursos utilizadospela STV como meios para alcanar os seus objetivos.Ningum no mundo pode entender o seu credo doutrinrio, to complicado e estranho s Escrituras, somentepela leitura da Bblia. Costumam se apresentar fazendoum grande aparato de sabedoria, citando palavras gregas

    e hebraicas, mesmo no as conhecendo, a no ser uma

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    decoreba de meia dzia de palavras tiradas de sua literatura e que por sua vez j uma cpia dos nossos

    grandes clssicos da teologia e mesmo assim dandosentido distorcido. Eles tm por hbito citar vriastradues diferentes das Escrituras, pois uma s no ossatisfaz para a exposio de suas doutrinas. Essa metodologia visa facilitar os truques empregados pela entidade. Os russelitas so meros ecos e reflexes dasliteraturas produzidas pela STV, vivem papagaiando deporta em porta. Se seus peridicos ensinam que um boi touro e um touro uma vaca, isso eles saem ensinando.So um povo desprovido de senso crtico, cujo raciocnio baseado na metodologia russelita. Eles so como o morcego, que s consegue enxergar 80 centmetros a suafrente; os russelitas no conseguem caminhar sozinhosnos seus raciocnios luz da Bblia. Procuram ser amveisat que o seu interlocutor os oua e responda com

    interesse a suas perguntas costumeiras. Tomam-se agressivos e grosseiros quando algum os contradiz pelaPalavra de Deus. No tm nenhum interesse em dialogarcom os evanglicos mais esclarecidos nos assuntos bblicos. No esto interessados em que o povo leia a Bblia,mas sim, que leia suas literaturas e que as refernciasbblicas bsicas sejam lidas na Traduo do NovoMundo, a leitura em outras verses da Bblia no vale,salvos alguns versculos peculiares para justificar o seuensino. Os russelitas so contrrios a toda forma decristianismo e de governo poltico, embora tirem proveitodas decises polticas. Segundo eles, ningum no mundopode fazer a vontade de Deus sem tomar-se membro daSTV, e com isso monopolizam o evangelho de*Cristo,embora a Bblia ensine com clareza: Todo aquele que

    invocar o nome do Senhor ser salvo(J12.32; Rm 10.13),mas isso no tem importncia para eles; Todo aquele quepertencer a STV ser salvo. Eles procuram ter seumundo parte, alienados de Deus e da sociedade. Estobem treinados e bem equipados para o combate aocristianismo histrico. So intransigentes e atrevidos,costumam no respeitar os templos de outros credosreligiosos para vender suas publicaes. Esses so os

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    adeptos de Russel, denominados testemunhas de Jeov ou russelitas, os quais esto enganando e sendo

    enganados (2 Tm 3.13); e Tendo a aparncia de piedade,mas negando a eficcia dela\ (2 Tm 3.5).

    V. O QUE AS TESTEMUNHAS DE JEOV REPRESENTAM AO CRISTIANISMO?

    Hoje as testemunhas de Jeov so uma ameaa f e ao cristianismo histrico. Os russelitas so inimigos

    de Cristo e de toda a cristandade e consideram ospastores e demais ministros evanglicos como agentes dodiabo. O dio mortal da STV contra os cristos e a todosaqueles que se recusam digerir o po que Russel amassou est claro e ntido nas suas publicaes. A entidadeacha que a cristandade deve ser punida porque serecusa a receber as doutrinas indigestas de Russel. A STV

    no consegue discernir o catolicismo do protestantismo,e nem o protestantismo dos evanglicos; pe todos nummesmo bojo, chamando-os de cristandade, um termoque j tomou-se pejorativo no linguajar russelita.

    VI. O SISTEMA MONOLTICO E CENTRALIZADORNO BBLICO

    O sistema padronizado de cultos, de costumes e denormas, voltado para um poder centralizador umacaracterstica tpica do imprio do anticristo, e das grandes ditaduras absolutistas da histria, e no das igrejasdo primeiro sculo do cristianismo. Este sistema monoltico e centralizador da STV no bblico; no existe estemtodo administrativo-religioso no Novo Testamento.

    1. A unidade em torno de Jesus de Nazar

    Os russelitas olham com desprezo para o cristianismo pelo fato de existir no mundo vrias denominaesdiferentes ostentando cada uma delas a bandeira deCristo. A STV faz disso um recurso para convencer osseus adeptos de que esto numa posio espiritual mais

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    elevada, que o seu movimento constitui um sistema suigenerise por isso so os nicos verdadeiros adoradores

    de Jeov. Apesar desta viso exclusivista, no podemprovar pela Bblia nem pela histria que as igrejasprimitivas eram ligadas a um sistema rgido, inflexvel eautoritrio sob um comando ditatorial, semelhante aosistema por eles adotado. O cristianismo do primeiros1?culo no era controlado por uma sede administrativamundial. As vrias igrejas, embora com pontos doutrinrios diferentes, esto unidas pela f em Jesus de Nazar.

    Quem conversar com um metodista, batista, presbiteriano ou com qualquer membro de uma denominaoevanglica, desde que seja fundamentalista, pode ver quetodos confessam a sua f em Jesus de Nazar, todoscrem na divindade de Cristo, crem que Jesus morreupelos nossos pecados e sabem que s Jesus pode salvaro mais vil pecador. Todos independentemente de sua

    denominao evanglica, sabem que o Esprito Santo Deus e que uma pessoa que atua em nossa vida. Sabemque Jesus em breve vem nos buscar para nos levar aocu. Sabem tudo isso sem submeter-se a lavagem cerebral, sem serem obrigados a digerir qualquer alimento fabricado por entidade monoltica, mas simplesmente pelaleitura da Bblia. Este o cristianismo do primeiro sculo,que encontramos nas pginas do Novo Testamento. Todos

    os cristos, embora membros de igrejas diferentes, pertencem a Cristo, so membros da universal assembliados santos (Hb 12.23), so membros da igreja de Cristo,e por isso que h essa unidade em tomo de Jesus deNazar, unidade na f. A est o fenmeno que nem a STVe nem qualquer outra entidade podem explicar. *

    As poucas divergncias doutrinrias existentes en

    tre essas igrejas no afetam as doutrinas vitais do cristianismo. O outro mistrio que os crentes em Jesus noprecisaram de meia dzia de tradues diferentes daBblia, nem de uma decoreba de palavras hebraicas egregas, nem to pouco foram vencidos pelo cansao commetodologia de ensino tipo lavagem cerebral - mtodode acomodar a mente a determinada doutrina por imposies e repeties mas simplesmente pela leitura livre da

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    Palavra de Deus! Pela leitura da Bblia! Esse o sistemaque encontramos no Novo Testamento. Mas, o sistema de

    vender revistas, citar vrias tradues diferentes, questionar a autenticidade de certos textos da Bblia e fazeradeptos atravs de lavagem cerebral, no existe no Novo

    Testamento. Portanto, nada h na STV que se parea como sistema da igreja primitiva.

    2. As Igrejas dos tempos dos apstolos

    E Joo lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos umque em teu nome expulsava demnios, o qual no nossegue; e ns lho proibimos, porque no nos segue. Jesus,

    porm, disse: No lho proibais; porque ningum h. quefaa milagres em meu nome possa logo fa lar mal de mim.Porque quem no contra ns por ns(Mc9.38-40). Quelio extraordinria! Jesus desmantelou esta barreira

    sectarista que ainda estava em Joo. O homem dessanarrativa estava realizando um excelente trabalho ex-pulsava demniosem nome de Cristo, mas no dispunha a unir-se a entidade e por isso era suspeito.

    justamente essa a mentalidade das testemunhas deJeov, tudo aquilo que no for produzido pela STV nopode ser bom e nem de Deus. A Bblia diz: Todo aqueleque invocar o nome do Senhor ser salvo (At 2.21; Rm10.13). necessrio que esteja de acordo com a Palavrade Deus, esta a nica regra, e no que pertena adeterminada entidade ou instituio religiosa. Esta visoesquemtica e preconceituosa da STV uma camisa-de-fora, posta nas suas interpretaes de passagens peculiares da Bblia.

    As vrias igrejas sempre existiram desde os dias

    primitivos. Encontramos no livro de Apocalipse o Senhorno meio dos sete castiais: O ministrio das sete estrelas,que viste na minha destra, e dos sete castiais de ouro. Assete estrelas so os anjos das sete igrejas, e os setecastiais que viste,so as sete igrejas (Ap 1.20). Emboraas sete igrejas da sia fossem diferentes umas dasoutras, contudo, o Senhor Jesus estava no meio delas.Nenhuma delas estava subjugada por um sistema de

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    comando monoltico, nenhuma era Igual outra: umahavia perdido o seu primeiro amor, outra seguia adoutrirSt de Balao e dos nicolatas, outra tolerava Jeza-bel, outra no tinha nada que se aproveitasse - Laodicia.E, mesmo com essa diversificao, Jesus se apresenta nomeio delas. Alm disso, mandou uma mensagem paracada uma delas, inclusive para a igreja de Laodicia.Algumas foram parcialmente censuradas, outras elogiadas; no havia uma igreja sequer igual outra, no

    entanto, a STV quer que todas as igrejas sejam padronizadas como o sistema que Russel inventou, para seremverdadeiras. Absurdo! No essa a diversidade queencontramos hoje nas vrias denominaes evanglicas?Umas mais piedosas, outras com algumas falhas, outrasum pouco descuidadosas; mas Jesus ama a todas. Issono se constitui num motivo que justifique o padrointransigente e monoltico da STV. Antes, mostra que osistema da STV no procede de Deus e nem se harmonizacom a Bblia.

    3. O apstolo Joo e Ditrefes '

    O apstolo Joo faz queixas de um certo Ditrefes,pastor de uma determinada igreja. Pelo que parece, no

    era leal aos propsitos de Cristo, tinha esprito de superioridade. O apstolo apenas recomendou que tal pastorno fosse imitado, e nem por isso aquela igreja deixou deser a igreja de Cristo. Ela no era ligada a um sistemaintransigente e universal e nem a qualquer forma degoverno centralizador (3 Jo 9-11). Quo diferente osistema primitivo deste agora inventado por Russel!

    Sobre essa gente, diz o apstolo Joo: Todo aquele queprevarica, e no persevera na doutrina de Cristo, no temaDeus;e aos que crem em Jesus de Nazar, diz: Quem

    persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Paicomo o filho.Depois o apstolo recomenda: Se algumvem ter convosco, e no traz consigo esta doutrina, noo recebais em casa, nem tampouco o saudeis (2 Jo 910).

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    VII. A ADVERTNCIA BBLICA

    E tambm houve entre o povo falsos profetas, comoentre vs haver tambm falsos doutores, que introduzi-ro encobertamente heresias de perdio, e negaro oSenhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repen-tina perdio [2 Pd 2.1). O texto sagrado aqui umacontinuao do final do captulo anterior, onde o apstolofala da inspirao das Escrituras Sagradas, mostrando

    que mesmo no meio destes profetas autnticos, inspirados pelo Esprito Santo, surgiram tambm os falsosprofetas, E tambm houve entre o povo (hebreu) falsos

    profetas.... Isso se encontra em praticamente toda ahistria do Velho Testamento (Dt 13.1-5; 18.20; 1 Rs22.11-12, 24; Jr 5.31; Ez 13.3-4). Assim, segundo o textosagrado em apreo, no de admirar o surgimento dosfalsos mestres nas comunidades crists ao longo dos

    sculos. Como no meio dos profetas legtimos apareceram os embusteiros e impostores, da mesma forma aconteceria no meio da comunidade crist.

    1. Falsos doutores

    Russel arrogou para si o ttulo de exegeta, quando

    nem sequer conhecia o alfabeto grego, havendo ele deixado a escola aos 14 anos de idade. Russel disse no tribunalde Hamilton, Canad, que conhecia a Bblia no seuidioma original. Trouxeram-lhe pois um exemplar doNovo Testamento grego e ele foi obrigado a reconhecer ea confessar que nem sequer conhecia o alfabeto grego.Considerava a si mesmo como pastor, embora nuncafosse ordenado por nenhuma igreja, antes encabeou um

    levante contra a igreja de Cristo, denominado por WilliamJ. Schnell de a Revolta dos Leigos.Russel traz o perfildo falso mestre, do doutrinador de mentiras, como diz otexto sagrado.

    2. Introduziro encobertamente heresias de perdio...

    Os russelitas expem as suas doutrinas sorrateira

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    40 TESTEMUNHAS DE JEOV

    mente. Se algum pergunta para um russelita se ele crem Jesus a resposta sim. Ou se pergunta se Jesus Deus, a resposta sim. Mas depois descobre-se em suasexplicaes, que Deus mais no o Deus Todo-poderoso, um deusinho igual a Satans, e para isso cita 2 Corntios 4.4, onde Satans chamado de deus deste sculo.E com estes truques e artifcios vo introduzindo encobertamente as suas doutrinas.

    As doutrinas de Russel so herticas e levam o

    homem perdio eterna. Os russelitas negam a divindade de Cristo e rejeitam a divindade e a personalidade doEsprito Santo. Eles no crem na existncia do infernoardente como recompensa dos mpios, no aceitam aexistncia da alma aps a morte, tm horror doutrina docu e so inimigos da humanidade, pois se recusam acertas prticas da sociedade no sentido de benefici-la.

    Todos esses pontos aqui mencionados so a matriadesta obra.

    3. Negaro ao Senhor que os resgatou...

    A doutrina principal dos russelitas negar a divindade de Cristo, ressuscitaram as heresias dos ebionitas e derio. A STV no um movimento cristocntrico, no h

    lugar para Jesus no meio deles.Visitei a sede nacional das testemunhas de Jeovem Cesrio Lange, interior de So Paulo, e durante duashoras e meia de visita, nos apresentaram todas as dependncias da entidade e os voluntrios que l trabalham.Falaram das suas doutrinas, vamos herdar a terra, oboi comer palha com o urso, o infemo no existe etc...,mas no falaram nada de Jesus e nem da sua obraredentora. esta a religio que Russel fundou.

    4. Trazendo sobre si mesmos repentina perdio

    Isto em decorrncia de suas crenas negar aoSenhor que os resgatou", e muitas outras que estocompletamente fora das Escrituras Sagradas. Diz o pro

    feta Isaas: lei e ao testemunho! se eles no falaremsegundo esta palavra, nunca vero a alva (Is 8.20).

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    VIII. TRINTA ANOS ESCRAVO DA TORRE DE VIGIA

    Foto extrada da capado livro: Luzdo Cristianismo.

    (Testemunho de umex-testemunha de Jeov- William J. Schnell)

    Um jovem bem trajado, portando uma bolsa comlivros, bate porta da primeira casa de um conjunto resi-dencial A dona da casa abre a porta. Cortezmente ele seapresenta: represento a Torre de Vigia. Estou aqui para

    pregar a mensagem do reino. Tenho um livro que quero lhemostrar custa apenas dois marcos.

    A senhora lhe dirige algumas perguntas e ouve res-postasfascinantes acerca de um reino que vir e de comopode escapar da maior guerra de todos os tempos. Ela seconsidera muito religiosa. Todavia, para se livrar daqueleestranho, o mais rpido possvel compralhe o livro. Comisso tomouse automaticamente candidata a membro dogrupo religioso de maior ndice de crescimento do mundo:as testemunhas de Jeov.

    f cil reconheceremse as testemunhas de Jeov

    ativas, vendendo seus livros ou oferecendo seus peridi-cos Acordai e Torre de Vigia, postados nas esquinasdas ruas, ou ainda, dirigindose s numerosas reuniesem seus sales do reino. Seus admirveis relatrios devendas atestam que muitos compradores de sua literatu-ra consideramse cristos. Por esse suave caminho come-am a tomarse testemunhas de Jeov.

    Eu era uma pessoa assim. Cria no Senhor Jesus. Maspassei a participar desse movimento religioso em minhajuventude trabalhava para ele e planejava difundilomais. Com o passar do tempo, percebi que meu trabalhodiligente para essa sociedade estava tomando o lugar deminha comunho com Cristo. Quando descobri, era umservo obediente de um regime monstro organizado aSociedade Torre de Vigia que, a si mesma se denomina

    organizao divina, com a finalidade de introduzir a

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    Sociedade Novo Mundo, j se havia passado muito

    tempo.Apdb trinta anos de escravido intelectual e espiritualpor parte dos senhores da Sociedade, cumpri a promessaquejizera a Deus, ao descobrir afarsa dessa organizao,isto , de desmascarar o movimento que afirma ser cristo,embora:

    * negue todas as formas de cristianismo, consideran-doas como organizaes do diabo;

    * rogue a seus membros que se recusem a prestarservio militar, enquanto ela mesma os incitafranca-mente luta e ao emprego de mtodos agressivos;

    * lute incessante e intensamente por sua liberdade re-ligiosa, muito embora exera domnio tirnico sobreas aes e at sobre o pensamento de seus membros;

    * afirme ser Cristo seu Salvador, embora negue que Ele

    seja Deus e que salve para a vida eterna a todos osque nele crem;* cite a Bb lia com habilidade, e, pedantemente, fa le de

    significados gregos segundo o texto original, enquan-to sua instruo na Bblia bem limitada *a instru-o da maioria das testemunhas de Jeov se restrin-ge aos livros publicados pela Sociedade Torre deVigia; a palavras gregas imprensas as margens de

    sua Bblia especial "Diaglott e da traduo NovoMundo, que procuram decorar.

    * Perante Deus, asseguro estar dizendo a verdade comests afirmaes, que eu mesmo vivi Os membrosdiretores das testemunhas de Jeov, em seu pompo-so escritrio central da Sociedade Torre de Vigia, em124 Columbia Heights, Nova Iorque, podem dizer

    nunca terem me conhecido ou de se tratar de umexcludo, que caiu em desgraa. No entanto, nuncapodero apagar os fatos de sua histria que, empequena escala, eu mesmo ajudei a promover.

    Nasci em 1905, emJersey City nos Estados Unidos.Com nove anos de idade meus pais me levaram para seu

    pas natal, a Alemanha, em visita a parente. Antes depodermos regressar eclodiu a Primeira Guerra Mundial

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    Meu pai, ainda sem nacionalidade americanc, fo i recruta-do pelo exrcito alemo.

    A guerra grassava no longe de nossa ptria, prxi-

    ma fronteira russa. Durante longo tempo no recebemosnotcias de meu pat Mas ele sobreviveu guerra. Aps aguerra, nossa regio fo i anexada Polnia, e, at 1921,no era permitido abandonla. Ento, com outros fugiti-vos, emigramos para Berlim.

    Nessa ocasio estava com 16 anos de idade. Doisanos antes, havia aceitado a Cristo como meu Salvador, e,

    creio que ele defa to havia entrado em meu corao. Comooutras pessoas de minhafamlia estava crescendo espiri-tualmente, quandofomos visitados por um senhor, vende-dor de livros sobre doutrina bblica. Diziase um pesquisa-dor da Bblia. Ns lemos os livros. A seguir visitamos aclasse local dos pesquisadores da Bblia e sem perda detempo, aderimos a ela.

    Alm de estudar a Bblia, fazamos visitas de casa em

    casa e falvamos is pessoas a respeito de Cristo. Sei dedezessete pessoas que confessaram crerem em Cristoatravs de meu testemunho. Naquele tempo nada sabiaacerca das doutrinas que desonravam a Cristo, criadas

    por Charles T. Russel ofundador americano dos Pesqui-sadores da Bblia, nem to pouco do crescente poder deseu sucessor em Brooklin, o ju iz Joseph Franklin Ruther

    fordRutheiford tinha o alvo de expandir a Sociedade Torrede Vigia de Bblia e publicaes por todo o mundo. Segun-do ele cria, seu objetivo poderia ser alcanado com a vendade folhetos e livros da Sociedade e com a influncia queeles exerceriam Os vendedores membros obedientes no eram remunerados, e a maioria deles geralmentedoavam os lucros Sociedade. Eu mesmo, aps as aulas

    em Berlim, vendia semanalmente milhares de livros comttulosfascinantes, como Milhes que Agora Vivem, nuncaMorrero.

    Com 19 anos de idade, fu i chamado ao escritriocentral alemo em Magdeburgo, porque era um vendedoreficaz. O interesse pelos planos de propaganda, a partici-

    pao nas vendas e uma nova sociedade mundial me

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    fascinavam. Abandonei o estudo da Bblia e a orao, equando o escritrio alemo me incumbiu de visitar os

    grupos locais de venerveis ancios, a fim de admoestlos, isto , aos que resistiam a ordens insistentes quechegavam deBrooklin, obedeci quasesem nenhum remor-so.

    No principio dos anos 20, a Sociedade Torre de Vigiacomprou instalaes grficas, com o que ficou habilitadaa publicar enormes quantidades de revistas e livros a

    custos baixos. Esse material, vendido ao pblico e estuda-do pelas testemunhas, era o principal veculo de propa-ganda. Cada novo plano publicitrio, ao qual era adiciona-do um verso das Sagradas Escrituras, vinha impressonessas publicaes, para ser executado pelos membros

    fiis. At hoje ainda se procede assimO controle crescente do Brooklin, atravs de relat-

    rios, tabelas de progresso de vendas, alm defuncion-

    rios imperiosos, me impressionaram to mal que, em 1927,regressei Amrica afim de conseguir minha liberdade.

    Consegui ficar afastado do movimento seis anos. Noentanto, meu pai e alguns de meus parentes, qe tambmhavia retomado Amrica, eram membros ativos. Eles eos guias da sociedade me impeliram a reingressar nela.Finalmente ofiz. Tomeime vendedor de livros, um pionei-

    ro em Gergia, Nova Iorque, Nova Jersey e Ohio.Como prmio pelo meu xito nas vendas e na forma-o de novos grupos de testemunhas, em 1937, fu i convi-dado pessoalmente a trabalhar no escritrio central Esteera organizado como o de Magburgo e at com um sistemade espionagem, para apontar os membros que estivessemem desacordo com os pensamentos da organizao. Apscurta estadia, pedi insistentemente outras tarefas. Esta-va percebendo que tanto na Alemanha como nos EstadosUnidos, ocorreria uma lenta transio de controle dosgrupos, que estava sendo passado para os membros doescritrio central Primeiramentefo i introduzido um relat-rio escrito sobre servios prestados; posteriormente osancies eleitos pelos membros das igrejasforam substitu-dos por diretores de servio do escritrio central As lies

    bblicas dominicais foram substitudas por estudos da re-

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    Cons i d e ra es Pr el i m in a r es 45

    vista Torre de Vigia. Em 1938, a Sociedade passou aexigir que todas as igrejas de testemunhas de Jeov obe-

    decessem a todas as instrues e prescries futuras daSociedade. Com isso desapareceu o ltimo vestgio de umrelacionamento com Cristo. A nova exigncia era umaobedincia absoluta teocracia e a seus planos grandio-sos para a organizao da nova sociedade mundial

    Esta organizao mundial seria a organizao do reiCristo, que, segundo afirmam iniciou seu reinado na terra

    em 1914. Todos os adeptos das testemunhas de Jeovescaparo batalha do Armagedom que est prxima evivero pacificamente no reino milenar. A doutrina dastestemunhas afirma que somente 144.000 dosfiis iro aocu, para dominarem sobre a criao. Destes, como cons-ta, atualmente ainda vivem aproximadamente 20.000.Dessarte 680.000 dos presentemente 700.000 batizadosdevem se contentar em serem servos de seus soberanos

    celestiais, na nova sociedade mundialEsta doutrina est em oposio a Joo 14.3 e muitas

    outras passagens nas Escrituras. As testemunhas deJeov tambm esto em oposio doutrina da Trindade,do inferno como lugar de castigo pelos pecados e daf emCristo como garantia da vida eterna. Enquanto grotesca-mente desprezam af crist histrica, as testemunhas de

    Jeov afirmam que suas doutrinas estranhas se achamfundamentadas na Bblia.Algumas pessoas so atradas pelas doutrinas dos

    testemunhas de Jeov, mas outras so consquistadasinteligentemente pela organizao, antes de conheceremseus costumes e seu conceito sobre as Sagradas Escritu-ras. A astcia satnica da Sociedade para angariar mem-bros, me lembra as tticas de lavagem cerebral praticada

    em estados totalitrios.Em 1941, iniciei minha venda prpria de auxlios

    bblicos s testemunhas. Necessitava dessa receita adi-cional e tinha principiado a ler a Bblia novamente, sem ainterpretao da Torre de Vigia. O escritrio central nogostava de minha independncia e expressou sua fortedesaprovao; alm de um boicote regional sofri um

    controle severo, ameaas importunas e, finalmente, em

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    1951, fizeram a cassao de minha juno de pioneiro.Constatei estar to envolvido com os objetivos e

    esperanas do reino, segundo meu espirito e meussentimentos, que a condenao da Sociedade quase ia mearrasando. Sofri um ataque cardaco e procurei consolo noalcoolismo. Quase perdi o juzo.

    No entanto, em 1952, em meio o terrvel desespero,orei uma noite inteira. Confessei a Deus meus pecados eclamei por libertao da minha devoo quele sistemaorganizado. Pela manh, quando me ergui, tinha certezade uma coisa: Deus me dera a vitria.

    Em 1953, trinta anos aps ter me sujeitado vonta-de da Sociedade, escrevi minha primeira carta, desmasca-rando essa ditadura assombrosa. Dizia a outros escravosde alma que o nico meio para se escapar era afastar aliteratura envenenada das testemunhas, dirigirse direta-mente Bblia e a Jesus Cristo, para pedir pela redeno

    e certeza de salvao.Quero alertar a voc que talvez ainda no estejaseguindo obedientemente as ordens da Torre de Vigia.Cada compra de livro e cada hora de estudo da literaturadas testemunhas um elo na corrente poderosa, queimperceptivelmente enleia sua alma, para finalmentesubjugla a um senhor a Sociedade Torre de Vigia. Peo

    lhe de todo corao: tome esta minha triste experinciacom as testemunhas como uma advertncia imperiosa!

    (Revista Men sa g em d a Cruz, p 1723, n* 79Editora Betra Venda Nova,

    MG, janeiromaro de J988).

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    2H is t r ia Da s

    T e s t e m u n h a s D e J e o v

    E s b o o

    l.AORIGEM DAS TESTEMUNHAS DE JEOV1. Nomes da entidade2. Publicaes da entidade3. Fim do ministrio de Russel

    [. JOSEPH FRANKLIN RUTHERFORD

    1. As profecias de Rutherford2. Os velhos truques da STV

    [.AS TESTEMUNHAS DE JEOV NO BRASIL1. A STV (Sociedade Torre de Vigia) no Brasil2. A aceitao e conduta das testemunhas de Jeov

    no Brasil

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    Histria dasTestemunhasde Jeov

    "Porque se introduziram alguns, que J antes estavam escritospara este mesmo juzo, homens mpios, que convertem emdissoluo a graa de Deus, e negam a Deus, nico dominador

    e Senhor nosso, Jesus Cristo. (Jd 4).

    I. A ORIGEM DAS TESTEMUNHAS DE JEOV

    O fundador do movimento hertico chamado Testemunhas de Jeov, Charles Taze Russel, nasceu em 1852em Pittsburgo, EUA, filho de presbiterianos de linhagemescocs-irlandesa. Russel foi da igreja Congregacional epor fim adventista, e considerava os principais lderes doadventismo como seus mestres em assuntos religiosos.

    C.T.Russell, 1884-1916.

    AS TESTEMUNHAS DE JEOV - Unidas em Fazer Mundialmente a Vontade de Deus, p. 26 - 1986.

    Russel sentiu-se atrado pelas doutrinas adventis-

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    tas, porque um dos ensinos deles a crena do sono daalma. A doutrina que nega a existncia do inferno ardentefoi bem aceita por Russel. Depois ele se afastou com maisum pequeno grupo para procurar na Bblia como justificar a nova doutrina. Em 1872 nasceu o movimentorusselita. Nessa poca Russel apareceu com um evangelho estranho ao Novo Testamento, e com uma profeciapropriamente sua (G1 1.8). E assim, Russel prosseguiufazendo discpulos e divulgando as novas descobertasatravs da literatura at alcanar a proporo que se v

    hoje.

    1. Nomes da entidade

    Em 1879 o movimento adquiriu o seu registro, sendoRussel nomeado pelos seus discpulos como presidente.Antes do registro do movimento o grupo era chamado deAurora do Milnio e depois Associao Internacionaldos Estudantes da Bblia. Mas, como os russelitas naverdade, no so estudantes da Bblia, j no registro emcartrio, adotaram: Sociedade de Bblia e Tratados da

    Torre de Vigia. O grupo foi dividido em vrias facesaps a morte de Russel, quando o seu sucessor, Rutherford, publicou a obra intitulada O Mistrio Consumado,em 1917. A publicao dessa obra criou muitas dificul

    dades para a entidade e houve uma grande confuso, foinecessria at a interveno jurdica. E, dentre essasvrias faces, destacaram-se os chamados Mantenedores e Estudantes Bblicos Associados alm de outros.Em 1931, numa conveno realizada em Columbus,Ohio, EUA, Rutherford disse que os russelitas tiveramuma revelao que lhes ordenava adotarem o nome deTestemunhas de Jeov. Mas essa revelao agora foimudada, pois ultimamente chamam a si mesmos deSociedade Novo Mundo.

    2. Publicaes da entidade

    As publicaes da STV so eivadas de preconceitose sectarismos, cujos comentrios so norteados por uma

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    viso egocntrica da entidade. As obras produzidas pelaSTV so annimas, so mais uma charada que mesmo

    um compndio teolgico, no trazem o nome dos seusautores, vm sob o Copyright da entidade. A sua redao bem cuidadosa e sutil, o que permite omitirmuitas coisas sem afirmar e sem negar nada, e dessaforma podem passar despercebidos muitos detalhes importantes. Por exemplo: esses livros no trazem a bibliografia, para dar a entender que tudo o que seus escritores escreveram teve a sua origem na entidade. Lanam

    mo das obras da cristandade, mas no querem que opovo saiba que eles precisaram das obras dos inimigosde Jeov para instruir os servos da entidade. Esse anonimato teve a sua origem depois de 1942, j sob o governodo terceiro presidente da entidade, Nathan Homer Knorr.Mas no incio desse movimento, Russel encerrou suasatividades comerciais, pois lhe dera grande capital etomou-se co-autor da revista mensal O Arauto da Aurora, publicada em Rochester, Nova Iorque, por N.H. Bar-bour. Depois de trs anos, Russel rompeu com o grupo deRochester por divergncias doutrinrias, e depois dissopassou a publicar a revista A Sentinela. A principal detodas as obras que Russel escreveu so seis volumes deEstudos das Escrituras. Russel colocava seus escritosem p de igualdade com a Bblia Sagrada. Os russelitas

    de hoje no aceitam nenhuma literatura que no sejaproveniente da STV. Para eles no pode vir nada de bomque no seja da sua entidade, recebem os seus escritosIncondicionalmente e sem restries, porque foram treinados e preparados para isso. No hesitam em rejeifer aBblia quando mostramos que muitas passagens reprovam o esquema doutrinrio inventado por Russel. A

    prova autntica da heresia de Russel e que a STV cassouo direito da Bblia reinar sobre a entidade, est nadeclarao que Russel fez respeito de sua obraEstudosdas Escrituras, na revista Atalaia de 15 de setembro de1910: Os seis tomos deEstudos das Escrituras consti-tuem praticamente a Bblia. No so meramente um comen-trio acerca da Bibta, mas praticamente a prpria Bblia...No se pode descobrir o plano divino estudando a

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    Bblia. Se algum coloca de lado os Es tudos , mesmo

    depois de familiarizarse com eles... e se dirige apenas .Bblia, dentro de dois anos volta tis trevas. Ao contrrio, sel os ISst udos d a s Esc r i t u r a s com as suas citaes,ainda que no tenha lido sequer uma pgina da BibUa, aocabo de dois anos estar na luz. (1).

    O ensino de Russel que ningum pode conhecer avontade de Deus sem os seus escritos. Russel se declaracomo nico detentor da revelao divina e que os seus

    adeptos nem precisam ler a Bblia, pois lendo Russel emlugar das Escrituras Sagradas, est na luz e realizando avontade de Deus. Segundo a declarao de Russel, o valorda Bblia est na interpretao dele, e no no que ela .Ainda hoje a STV ensina que ningum pode receber acompreenso das Escrituras seno pelos seus escritos.Russel, em sua obraEstudos das Escrituras, proclamou

    a si mesmo como o mordomo fiel e prudente designadopelo seu Senhor para dar alimento aos seus conservos,mencionado em Lucas 12.42; e com isso os atuaisrusselitas ensinam que a interpretao da Bblia monoplio desse mordomo, que hoje representado porum colegiado constitudo por doze membros, encarregados de dar alimento espiritual aos russelitas. Esse alimento so as literaturas que os russelitas vendem nas

    portas.

    3. Os russelitas esto muito longe do padro bblico.

    Como esses ensinos russelitas so estranhos! Quolonge esto dos princpios bblicos! Segundo a Bblia, o

    intrprete dela o Esprito Santo (1 Co 2.10), o mesmoEsprito que inspirou os escritores sagrados (2 Pd 1.2021). A Bblia de per si tem tudo para suprir as necessidades do ser humano (2Tm 3.15-17; SI 19.7; Pv 1.7).Portanto, qualquer religio, seita ou sistema religioso queno sustente esse princpio no tem parte com Deus e

    (1) SUAREZ, Domingo Femandez - Os falsos testemunhas deJeov, p.9

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    nem com Cristo, antes os contraria. O sistema russelita contrrio ao sistema Bblico, a STV ensina uma coisa ea Bblia ensina outra muito diferente. O Salmista diz: A

    exposio das tuas palavras d luz, d entendimento aossmpUces(SI 119.130). O texto hebraico diz: A entradade tuas palavras...Tanto no hebraico com no gregosignifica que ao entrar no homem, independentementedos seus pendores e de suas capacidades intelectuais,seja ele sbio ou ignorante, ela, a Palavra de Deus, d luze entendimento a todos os homens. Com isso fica provadoque os luminosos estudos de Russel so uma artima

    nha para conduzir os seus adeptos pelos caminhos queele prprio traou. Se algum sistema religioso pe obstculos ao livre estudo da Bblia o tal quer ensinar algo queno est de acordo com a verdade do evangelho de Cristo.

    4. Fim do ministrio de Russel

    Russel faleceu desapontado e frustrado em 1916,quando viajava de trem para o Texas e nenhuma das suasprofecias teve cumprimento. (Ver cap. 10). '

    II. JOSEPH FRANKLIN RUTHERFORD

    Sucessor de Russel, nasceu em 08 de novembro de1869, no Condado de Morman, Missouri, EUA. Tomou-

    se adepto de Russel em 1906, embora seu contato com aseita tivesse incio em 1894, antes de mudar-se paraNova Iorque. Em 1907, tomou-se conselheiro em diversos tribunais. Foi eleito pelos russelitas em 06 de janeirode 1917. O perodo em que Rutherford liderou a erftidadefoi o de maior anarquia, sobrepujou seu mestre em literaturas e profecias paranicas. Publicou uma falsa obra

    pstuma de Russel intitulada O Ministrio Consumado,o stimo volume de Estudos das Escritura, como meiopara consolidar em tomo de si o domnio e o controle daentidade. Foi eleito presidente atravs de votos dosmembros, com direito a voto apenas os membros quecontribussem com 10 dlares para a entidade. Este sistema fundado por Russel perdurou at 1944, um meca

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    nismo grosseiro e materialista, ainda mais para umaentidade que condena toda a religio e toda a forma de

    protestantismo e ensina ser comrcio toda e qualquerforma de cristianismo.

    J. F. Rutherford, 1916 -1942.

    AS TESTEMUNHAS DE JEOV - Unidas em Fazer Mundialmente a Vontade de Deus, p. 26 - 1986.

    1. As profecias de Rutherford

    Na direo de Rutherford o sistema sofreu 148mudanas doutrinrias. Rutherford destruiu os seisvolumes dos Estudos das Escrituras que antes ele

    mesmo ensinava ser impossvel conhecer as Escriturassem o auxlio destes livros. Russel anunciou a vinda deCristo para 1914, depois ele mesmo refez o clculo eestabeleceu o ano de 1918, mas ele morreu em 1916.Rutherford tambm refez o clculo e estabeleceu o ano de1925 como o incio do milnio, e para isso comprou umpalacete em San Diego, Califrnia, e deu nome de BEIT

    SARIM (Casa dos Prncipes, em hebraico), para recepcionar os profetas e patriarcas do Velho Testamento. Enquanto a entidade aguardava o evento, Rutherford com asua esposa e filho passavam l o inverno. Estas profecias foram publicadas no livro intitulado Milhes queAgora Vivem No Morrero Jamais, escrito por Rutherford . J estamos no final do sculo XX e ningum viu essemilnio de Rutherford e nem os profetas e patriarcas,

    que segundo ele ressuscitariam em 1925 para serem osprecursores dessa nova era. Assim flca revelado o ministrio de Rutherford, como aconteceu com Russel, ver (Dt18.10).

    Depois de 1925, desapontado e frustrado, Rutherford justificou seu malogro dizendo que tudo mostra que

    Jesus est presente. Grande novidade! Foi isso que ele

    escreveu em Milhes que Agora Vivem No Morrerfto

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    Jamais? Claro que no. Em 1929 ele denunciou asprofecias" de Russel como paranicas, como tentativa de

    solucionar os mistrios de Deus fora da Bblia. Novamente irrompeu outra revolta, muitos abandonaram a seita,mesmo sob a ameaa de destruio feita por Rutherford.

    2. Os velhos truques da STV

    A seita recebeu o nome de testemunhas de Jeov

    na liderana de Rutherford, numa conveno em Colum-bus, Ohio, EUA. A STV tem a mania de mesclar passagens bblicas com certos fatos da entidade, na tentativade aproximar os seus argumentos o mximo da verossimilhana. comum encontrar nas suas literaturasuma srie de citaes bblicas intercaladas com a volta deCristo em 1914, e tambm que Jeov o fundador daentidade. Foi essa a tcnica usada por Rutherford ao

    tomar para a sua entidade as palavras de Isaas 43.1012, onde as testemunhas" ali so o povo de Israel, e essatcnica ainda hoje usada pelas testemunhas de Jeov.

    III. NATHAN HOMER KNORR

    Com a morte de Rutherford em 1942, Nathan Homer

    Knorr assumiu o cargo como o supremo dirigente daorganizao. Teve o controle e a habilidade administrativa de Rutherford.

    N. H. Knorr, 1942 -1977.

    AS TESTEMUNHAS DE JEOV - Unidas em Fazer Mundialmente a Vontade de Deus, p. 26 1986.

    Nathan Homer Knorr assumiu o cargo no perodo daSegunda Guerra e na sua administrao, as literaturaspublicadas pela STV, que at ento traziam o nome dosseus autores, apareceram sob o Copyright da Watchto-wer Bible And Tract Society, sem o nome dos autores,

    mas com o da entidade. Foi na era Knorr que a STV

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    fabricou a sua Bblia peculiar, de acordo com a suadoutrina, Traduo do Novo Mundo das Escrituras

    Sagradas,que no traz o nome dos seus cinco tradutores, sendo o prprio Knorr um deles. (Ver cap. 3, III, 1)Knorr liderou a organizao at a sua morte em julho de1977 e suas influncias podem ser vistas ainda hoje naspublicaes vendidas pelos russelitas.

    IV. FREDERICO W. FRANZ

    Esse o atual presidente da sede mundial dastestemunhas de Jeov.

    F. W. Franz, 1977.

    AS TESTEMUNHAS DE JEOV - Unidas em Fazer Mundialmente a Vontade de Deus, p. 26 - 1986.

    Ele, juntamente com Nathan H. Knorr, so dois doscinco tradutores da Traduo do Novo Mundo. Num

    julgamento na Esccia, quando lhe perguntaram a razoda STV manter em segredo os nomes dos tradutores da

    TNM, ele respondeu: Porque o comit da traduo queriaque ela permanecesse annima, e no buscava qualquer

    glria ou honra para a obra da traduo, tendo quaisquernomes ligados a ela.(2) Mas, segundo o Sr. Cetnar, quetrabalhou na sede mundial da STV, a razo desse anonimato que nenhum desses cinco tradutores tinhaqualificaes para realizar a traduo. Acrescenta aindao Sr. Cetnar: A capacidade de Franz para realizar umtrabalho competente na traduo do hebraico muito

    questionvel, Este fato sobressaiu no tribunal escocs.(3) Nesse julgamento foi dado para que o Sr. Franztraduzisse o texto hebraico de Gnesis 2.4, ento o Sr.Franz assumiu a realidade de que no possuia conhecimento da lngua hebraica e no tentaria traduzi-lo.

    (2) DUNCAN, Homer, A Divindade de Cristo, p. 25-27

    (3) Op. clt.

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    Russel, tambm alegou no tribunal de Hamilton, Canad, que conhecia a Bblia na sua lngua original. claroque ningum acreditou, pois ele era leigo e alm disso,

    deixou a escola aos 14 anos de idade. Mas mesmo assimtrouxeram-lhe um Novo Testamento grego para que lesse,a se viu forado a confessar que nem sequer conhecia oalfabeto grego. Assim, Franz deu prova de ser discpulode Russel. No entanto, os russelitas de hoje tambm seapresentam com grande aparato de sabedoria, dizendo:no grego isso assim etc, e no esto preocupados emsaber se o seu lder conhecia ou no a lngua hebraica ese a TNM uma traduo razovel ou no, o importantepara eles difundir os ensinos peculiares da STV.

    esse pois o homem que lidera mundialmente astestemunhas de Jeov".

    V. AS TESTEMUNHAS DE JEOV NO BRASIL

    O movimento russelita teve incio no Brasil em 1920,e sua sede nacional foi em So Paulo at 1980. guandofoi Inaugurado o novo complexo grfico e administrativo,em Cesrio Lange, interior de So Paulo, passou paraessa nova instalao a sede nacional. O lder nacionaldas testemunhas de Jeov o Sr. Augusto dos SantosMachado Filho.

    1. A STV (Sociedade Torre de Vigia) no Brasil

    Est amparada pela mesma lei do pas que amparaqualquer outra religio, contudo, ensina ser um movimento diferente, e tem horror a palavra religio. No seconsideram uma entidade religiosa. Esse complexo deCesrio Lange abriga em tomo de 850 membros, segundo

    dados fornecidos pela entidade. Esses membros sochamados de voluntrios, pois trabalham nos seus maisvariados servios, na administrao, traduo, grfica,atividades pecurias, etc, com alojamentos no local. Elesno so remunerados e os casais no podem ter filhos.Quando acontece de uma senhora aparecer grvida, ocasal obrigado a abandonar o grande complexo admi-

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    nlstratvo das testemunhas de Jeov. No h creches,pois no existem crianas; essa uma das condiespara pertencer a famlia Betei", como chamam. Usameste esquema para no gerar despesas e poder vender asua literatura a preo mais baixo. O sistema de trabalho o de qualquer empresa, oito horas dirias, com alimentao e assistncia mdica, a diferena que a STVoferece o alojamento, e esses membros no recebem salrios. Cada membro da STV um vendedor habilitadodas produes literrias da entidade, mas sem remune

    rao e nenhuma ajuda de custos, nem mesmo daspassagens de nibus. O complexo de Cesrio Lange seassemelha a um kibutz de Israel, a diferena quenesses Kibutzim h liberdade, os casais podem terfilhos, e no vivem sob uma norma ditatorial. Essesmembros da famlia Betei se consideram satisfeitos,pois so como passarinhos que depois de muito tempoengaiolados, geralmente ficam desarticulados para viverem no seu habitat natural e por isso se recusam a sairda gaiola. Eles passaram por uma espcie de lavagemcerebral, no conhecem a realidade da vida e nem opropsito de Deus para o homem, se alimentam do poque Russel amassou, e por isso muitos j esto conformados.

    2. Aceitao e conduta das testemunhas de Jeovno Brasil

    O trabalho dos russelitas no tem apresentado umcrescimento expressivo. Hoje, o seu nmero de 268 milmembros (1989), segundo dados da prpria entidade.Eles comearam no Brasil apenas 10 anos aps os evan

    glicos pentecostais, no obstante, s a Assemblia deDeus conta hoje com acerca de 10 milhes de membros,sem contar as demais denominaes evanglicas, quesem dvida dobra este nmero para 20 milhes (1989).O crescimento lento deles em virtude de suas doutrinasserem incoerentes e impenetrveis no homem por vianormal ou simplesmente pela leitura da Bblia. S seconsegue assimilar o esquema doutrinrio da STV depois

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    de uma lavagem cerebral, pelo processo de repetio epela leitura constante da Sen t i n e l a e de outras literaturas produzidas pela entidade. O modus vivendi delespraticamente em nada diferencia do mundo; exceto atransfuso de sangue, a eleio poltica e o serviomilitar, que so proibies peculiares entidade e no Bblia. So prticas prprias que contradizem a prpriaPalavra de Deus. (Ver Cap. 11,0 Cristo e o Seu DeverComo Cidado). Por causa disso pensam estar numa posio espiritual mais elevada do que os outros, mas no

    passam de objetos manipulados e controlados pela STV.

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    3A T r a d u o D o N o v o M u n d o Da s

    E s c r it u r a s Sa g r a d a s

    E s b o o

    I. A AUTORIDADE DA BBLIA

    II. OS RUSSELITAS ADULTERARAM A PALAVRA DEDEUS

    1. As testemunhas de Jeov e as demais traduesda Bblia

    2. As tradues usadas pela STV antes do lanamento da Tr a duo do Novo Mu n d o da s Escr i t u m s

    Sagradas .a. A Bblia de Ho t he r ham e a Holm an L i n ea r Bi be

    b. A The Emph a t i c Di a gl o t t c. AEd io dos Est u d a n t es d a Bi bi ad. Outras verses

    III. ORIGEM DA TRADUO DO NOVO MUNDO DAS

    ESCRITURAS SAGRADAS

    1. Os tradutores da Tr a d uo d o Novo Mu n do2. A finalidade da Tr a d uo d o Novo Mu n d o

    IV. COMPARANDO A TRADUO DO NOVO MUNDOCOM A BBLIA SAGRADA1. Sobre o Esprito Santo, Gnesis 1.22. Sobre o verbo adorar, Mateus 28.173. Sobre a palavra hoje" em Lucas 23.434. O Verbo de Joo 1.15. O Grande EU SOU, Joo 8.586. A divindade de Jesus revelada aos judeus, Joo10.33

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    7. A glria de Deus o resplendor de Cristo, 2Corntios 4.4