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1 o seu receiver COMO AJUSTAR (BEM) Depois de instalar os equipamentos e posicionar corretamente as caixas acústicas na sala, os ajustes no receiver (setup) sintetizam o toque final para se tirar o melhor proveito de todo o sistema. Embora os receivers e processadores de áudio/vídeo atualmente ofereçam calibragem automática (AUTO SETUP), nem todos os usuários estão satisfeitos... Dicas para configurar corretamente o sistema de áudio e garantir maior impacto, envolvimento e equilíbrio em filmes e shows. POR ALEX DOS SANTOS On Line GUIA PRÁTICO

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o seu receiverCOMO AJUSTAR (BEM)

Depois de instalar os equipamentos e posicionar corretamenteas caixas acústicas na sala, os ajustes no receiver (setup)

sintetizam o toque final para se tirar o melhor proveito de todo osistema. Embora os receivers e processadores de áudio/vídeoatualmente ofereçam calibragem automática (AUTO SETUP),

nem todos os usuários estão satisfeitos...

Dicas para configurar corretamente o sistema deáudio e garantir maior impacto, envolvimento e

equilíbrio em filmes e shows.

POR ALEX DOS SANTOS

On LineGUIA PRÁTICO

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POSICIONAMENTO DAS CAIXAS

...com o resultado sonoro e preferem recorrer às configurações manuais para tornar odesempenho mais satisfatório, seja para filmesou músicas. Acontece frequentemente comnossa equipe, durante os testes, de fazer umacerto fino no volume do subwoofer, nocrossover do receiver ou no controle de graves e agudos, mesmo após a calibragem.

Antes de iniciar os ajustes, é preciso assegurar que ascaixas estejam corretamente posicionadas no ambiente.Relembrando: caixas frontais, tipo bookshelf (em média30cm de altura) ou torre (de piso), devem ficar a umadistância de pelo menos 2m entre si e ligeiramente voltadaspara o centro da sala. A mesma extensão que separa cadauma das caixas é a mais recomendada para o ponto deaudição, como um triângulo. Se forem compactas, devem serinstaladas a 1m do piso, considerando que o tweeter esteja

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SOBRE POSICIONAMENTO

DAS CAIXAS

Hoje, esses ajustes e o menu (sempre eminglês) não diferem muito de um modelo paraoutro. Mas lembre-se: principalmente emgrandes instalações, com sistemas acima deoito canais e/ou cobrindo mais de um ambiente,é indispensável a assessoria de um instaladorexperiente quando se busca a harmoniaperfeita entre todas as caixas do sistema.

na altura ou um pouco acima dos ouvidos de uma pessoasentada. A caixa central, exatamente entre as frontais,também deve ter o tweeter direcionado para os ouvidos dosespectadores. Quanto às surround, logo atrás da posição deaudição, nas paredes laterais, voltadas uma para a outra e auma altura mínima de 1m60. Com a mesma elevação do piso,as surround back vão na parede do fundo, a 2m entre si – ouum pouco menos, dependendo das dimensões do ambiente–, e com os falantes direcionados para as caixas frontais.

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AJUSTE DE CAIXAS (SPEAKER SETUP)Ao acionar a tecla MENU ou ON SCREEN e

navegar até a área SPEAKER SETUP de qualquerreceiver, o primeiro ajuste costuma ser o deconfiguração de caixas (SPEAKER CONFIG), onde épossível definir quais as caixas conectadas, o seutamanho (“SMALL” ou “LARGE”) e ainda a alimentaçãodos canais extras não utilizados. Com os receivers de7.2 canais, temos maior flexibilidade para decidir o quefazer com a potência dos canais surround back quandonão estão em uso.

Em geral, é possível bi-amplificar as caixasfrontais ou alimentar um par de caixas instaladas emum segundo ambiente (Zone2). Modelos de 9.2 canaispermitem levar sinal de alto nível para até dois paresde caixas (Zone2 e Zone3), afora o sistema principalquando configurado em 5.1. Na verdade, dá paraamplificar várias caixas com a potência ociosa dosreceivers, porém, neste caso é recomendado o auxíliode um profissional especializado. Além de cuidar dainstalação, ele deverá usar bons acessórios, comoseletor e caixas ou casador de impedância, para nãoqueimar os estágios de saída do aparelho. O uso debiamplificação é bastante recomendado para caixasbookshelf ou torre com dois pares de terminais e altacapacidade de potência.

Apesar de, teoricamente,permitir posicionamento emqualquer local da sala, o subwooferé a caixa que mais gera problemasno ambiente se não estiverinstalado na parte frontal do hometheater, devido a sua capacidadede volume e impacto sonoro. Masao instalar o sub, especialmente sefor do tipo down-firing, no canto

frontal da sala, por exemplo, éprovável um acréscimo de 9dB napressão sonora.

Se, por um lado, isso ébenéfico para um modelo de baixapotência e woofer de menordiâmetro, por outro reforça aschamadas ressonâncias e,dependendo das característicasacústicas da sala, torna mais difícilo controle dos graves. Caso o subno canto propicie gravesexagerados ou imprecisos, serápreciso afastá-lo de uma dasparedes. Boa parte dos receiversoferece saídas pré-amplificadaspara dois subwoofers; porém, issoé mais aconselhável quando setem uma sala acima de 25m2. Emtodo caso, evite colocar o subpróximo às surround,principalmente se a frequência decorte destinada para ele noreceiver for acima de 80Hz.

SUBWOOFER: QUAL O LUGAR IDEAL?

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GERENCIAMENTO DEGRAVES E CROSSOVER

Uma vez definido o direcionamento dapotência dos canais de surround adicionais,informamos ao receiver as características das caixas.O gerenciamento de graves controla a forma comoos sons graves contidos em uma trilha serãoreproduzidos pelas caixas. Na maioria dos aparelhos,considera-se LARGE uma torre, central ou bookshelfcom gabinete mais robusto e capaz de uma respostade frequências plana (+/-3dB) até cerca de 40Hz,enquanto que SMALL inclui modelos compactos,seja bookshelf ou satélite, com resposta acima de80Hz.

A opção SMALL costuma ser mais adequadapara caixas central e surround, geralmentecompactas. Embora os sons surround sejamsecundários à ação principal do filme, nos últimosanos os processamentos de alta resolução DolbyTrueHD e DTS-HD MA (Master Audio) passaram adestinar maior carga de graves para as caixastraseiras. Porém, isso ocorre com menos intensidadeque nas frontais. No SMALL, o subwoofer é queserá encarregado de reproduzir as frequências maisbaixas; e o receiver passa a ser menos exigido, o quepode resultar em um som mais limpo – e com menosdistorção – para médios e agudos.

No modo LARGE, é possível melhor integraçãoentre as respostas de frequências das caixas e dosubwoofer, especialmente se forem de alto padrão.Para quem ajusta o sistema com foco em músicas, aescolha entre LARGE ou SMALL para as frontaisdeve ser melhor avaliada com boas gravações emestéreo.

Em nossos testes, já nos deparamos comcaixas de grande porte incapazes de reproduzir (semdistorção) graves da ordem de 60Hz. Mas se oobjetivo é um sistema equilibrado para filmes,deverá haver maior valorização dos graves abaixo de80Hz para garantir o impacto necessário nas cenas

de ação. Não por acaso, muitos receivers permitemsalvar na memória dois tipos de ajustes.

Além do tamanho e frequências de corte decada caixa do sistema, o gerenciamento de gravesdo receiver aguarda a definição da presença de umou mais subwoofers. Com a opção SUBWOOFERajustada para ON ou YES, o conteúdo do canal(LFE) e as baixas frequências dos canais ajustadospara SMALL são encaminhados para o sub.

Todos os receivers e subwoofers ativospossuem um circuito que atua como um filtro,chamado crossover. Sua função é cortar do sinal asfrequências baixas e conduzi-las para areprodução no subwoofer. Mas para que ocrossover de ambos não interfira nas mesmasfrequências selecionadas, podendo causar buracosna região de corte, ajustamos o controle defrequências na traseira do sub (LOW PASS) para aposição máxima. Muitos subwoofers oferecem aopção de desligar o crossover interno, o que evitaessa sobreposição negativa de filtros com o doreceiver.

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NÍVEL DE VOLUME (SPEAKER LEVEL)O objetivo é ajustar o volume de cada caixa de

modo que os sons de todos os canais cheguem com amesma intensidade na posição de audição. Parafacilitar essa regulagem, o receiver gera um sinal dereferência, o Test Tone, que passa a ser reproduzidodurante alguns segundos, através de cada uma dascaixas. Como nossos ouvidos não são tão precisos, éfundamental o uso do microfone de calibragem queacompanha os receivers, ou um decibelímetro,colocado sobre o encosto da poltrona ou sofá naposição de audição. Importante frisar que mesmocom os canais devidamente balanceados,dependendo da trilha manipulada pelo diretor dofilme, não se ouve o som de todos os canais com omesmo nível de volume.

Isso não quer dizer que o sistema estejadesregulado ou tenha algum defeito. Significa queestá refletindo a forma como o conteúdo foi gravado,seja streaming ou Blu-ray. No caso do subwoofer, umerro comum é acentuar demais os graves paraaumentar o impacto dos filmes, o queinevitavelmente compromete a definição na faixa

DISTÂNCIA (DELAY)

Este ajuste visa regular o tempo que o som de cada caixa leva parachegar aos nossos ouvidos. Diferentemente do ajuste de volume, estecompensa as diferenças na distância entre cada caixa e a posição deaudição. Caso uma das caixas esteja mais próxima que as demais da posiçãode audição, o receiver introduz um atraso de alguns milésimos de segundosno sinal para aquele canal.

Para concluir o ajuste é fácil: basta usar uma trena para medir a distância,em metros (m) ou pés (foot), entre cada caixa e o ouvinte quando ele estiversentado na posição ideal, exatamente em frente à tela. Ou usar a calibragemautomática. Aliás, é com o ajuste de distância que nossa equipe “tira a prova” econsegue avaliar rapidamente a precisão do software e microfone queacompanham os receivers.

audível e produz distorções com vibraçõesindesejáveis. Se o corte de frequências das caixasestiver correto, ajuste o controle de volume do subna metade antes de começar a calibragemautomática. Com um pouco de bom senso, é possívelter um perfeito equilíbrio sonoro, sem exagero, emtodos os canais.

DOIS MODELOS DE AJUSTE PARA A DISTÂNCIA ENTRE AS CAIXAS ACÚSTICAS E A POSIÇÃO DE AUDIÇÃO, QUE PODE SER FACILITADO COM O MICROFONE DE CALIBRAGEM AUTOMÁTICA (ABAIXO).

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THXNos receivers e

processadores certificadosTHX, encontramos ajustesfixos de compensação degraves e agudos, mas oprincipal oferecido pelaLucasfilm é a frequência decorte padronizada em 80Hzpara todas as caixas. Esse é o ponto exato em que os filtrosdevem entrar em ação para que todos os sons acima de80Hz sejam reproduzidos pelas caixas frontais e traseiras;e abaixo de 80Hz pelo subwoofer.

Embora não agrade quem possui um sistema com

Recentemente, diversos receivers passaram aincorporar equalizadores paramétricos com até setebandas de frequência em cada canal. O equalizadorpode ser um grande aliado na correção do áudio, de acordo com a característica da caixa. Mas énecessário cautela para não comprometer aamplitude das ondas sonoras.

Lembre-se: o equalizador tem circuitos capazesde reforçar a intensidade de algumas frequências ediminuir a de outras. Não por acaso, é comum, porexemplo, haver danos severos ao tweeter,dependendo de como se manipula os agudos. Porisso, se você não possui experiência, instrumentos ousoftwares apropriados, evite o ajuste manual deequalização. Mantenha o equalizador na posição defábrica – ou FLAT (0dB) para todas as bandas defrequências – e realize a correção por meio dacalibragem automática.

Durante a calibragem automática em um sistema com caixasde embutir, é provável que o software presente no receiverfaça a leitura de modelos torre (LARGE) ou bookshelf (SMALL)com corte de frequência de 40Hz, devido à grande área ondeesses falantes estão instalados no forro de gesso ou madeira.Se isso ocorrer, aguarde o término do auto setup e ajuste ocrossover manualmente para frequências acima de 80Hz,evitando sobrecarregar o woofer dessas caixas.

EQUALIZAÇÃO

caixas de grande porte e,portanto, maior potencial degraves, a entidade acreditaque o impactoproporcionado por umsubwoofer nesta frequênciade corte e o envolvimento decaixas com ajusteshomogêneos contribuempara o realismo na

reprodução de trilhas de filmes. Mas caso o seu receivertenha ajuste THX e seu sistema seja formado por caixassatélites ou de embutir, verifique se esses modelos têmcapacidade de chegar a 80Hz sem maior esforço, ou seja,distorção.

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