GUIA TÉCNICO DE SILAGEM

MORGAN2020

A PRODUÇÃO DE SILAGEM 05

PARÂMETROS BROMATOLÓGICOS DESEJÁVEIS 08

PONTO IDEAL DE CORTEDA SILAGEM 14

EXCELÊNCIA EM VALOR NUTRICIONAL 16

ALTURA DE CORTE 17

TAMANHO IDEAL DE PARTÍCULAS 18CARACTERÍSTICAS DESEJADAS

EM UM HÍBRIDO DE MILHOPARA SILAGEM 20

HÍBRIDOS CERTOS, RESULTADOS GARANTIDOS 21

JANELA DE CORTE 25CARACTERÍSTICAS DOS HÍBRIDOS

DO PORTFÓLIO MORGAN VOLTADOS PARA A PRODUÇÃO DE LEITE 26

ÍND

ICE

A PRODUÇÃO DE SILAGEM

05

O objetivo da silagem é conservar um produtocom suas qualidades nutricionais por um tempo maior. A silagem é utilizada na alimentaçãode animais, principalmente bovinos. Ela pode substituir o pasto em períodos de seca.

Na evolução da agricultura e da pecuária, muitas culturas foram utilizadas na produção de silagem. Mas é a cultura do milho que se destaca, devido às suas características de alto rendimento, boa qualidade, e por ser uma planta bem adaptadaa vários climas e regiões do Brasil.

A baixa temperatura, a seca e os baixos níveis pluviométricos podem limitar a produção de forragem. Por isso, ela deve ser feita em época favorávele de maior rendimento. No Brasil, o manejo da silagem ocorre de três maneiras: Silagem de Planta Inteira, Silagem de Grãos Úmidos e Silagem de Espigas.

A PRODUÇÃO DE SILAGEM

06

A planta é ensilada em seu total e deve apresentar requisitos

fundamentais no ponto ideal de corte: alta produtividade, teor de matéria seca em tornode 30% a 40%, altos teores de proteína e amido, e alta digestibilidade de fibras. O correto manejo no processamento dos grãos, altura de corte, tamanho de partículas e compactação do silo são fundamentais para manter a qualidade nutricional da silagem. Dentre as plantas forrageiras tropicais, o milho se destaca pelo valor nutricional elevado e ampla adaptaçãoem diferentes regiões e épocas de plantio.

É o produto final da conservação em ambiente anaeróbico (sem

oxigênio) de grãos colhidos logo após a maturação fisiológica. Esse é o momento em que os grãos terão acumulado o máximo de matéria seca. Seu teor de umidade estará perto de 30%, o que ocorre entre 50 e 65 dias após o florescimento. Entre as vantagens desse manejo, está

Silagem de grãos úmidos

Silagem de planta inteira

07

a antecipação na colheita, em três ou quatro semanas. Isso permite a liberação da área para plantio subsequente, redução de perdas em campo por condições climáticas adversas, baixos investimentos para armazenagem, menor custo de produção em relação ao grão seco, melhor desempenho animal, boa digestibilidade e aumento no valor nutritivo.

Caracteriza-se pela colheitada espiga de milho e sua utilização

por completo. Além dos grãos, é formada pela ensilagem de sabugo, palhas e ainda folhas e colmo que podem ser provenientes do topo da planta. Oferece uma fonte de amido digestível de alta qualidade, onde é possível atuar nutricionalmente como concentrado de grande representatividade na composição da dieta. Como a silagem de espigas possui outros componentes (sabugo e palhas),a concentração de fibra (FDN) atende às exigências de fibras de algumas categorias. Para alguns sistemas de produção, o aumento da concentração de fibra é visto como vantajoso, pois se incluina dieta dos animais um ingrediente que auxiliano balanceamento físico e ajuda na mastigação.

Silagem de espigas

08

As plantas são caracterizadas pela sua composição bromatológica (composição química, valor nutricional, valor energético e efeitos no organismo) e a interação dessa composição com o consumo animal.

Conheça alguns parâmetros bromatológicos essenciais, que podem impactar diretamenteno consumo e qualidade do alimento:

Fração do alimento onde estão todos os nutrientes (carboidratos, minerais

e proteínas). É a parte que resta do material,descontada a umidade. Ideal entre 32% e 38%,no qual a planta e os grãos atingem a maturidade,possuindo a umidade adequada para uma boa fermentação.

Matéria seca (MS)

PARÂMETROS BROMATOLÓGICOS DESEJÁVEIS

09

É o indicativo mais forte de qualidade da silagem. Tem relação direta com

a produtividade de grãos e com o aproveitamento da energia da silagem. Na alimentação de bovinos leiteiros, o milho é utilizado como fonte de amido,geralmente o principal componente energético dos concentrados. O amido apresenta disponibilidade energética superior à dos carboidratos estruturais presentes nas dietas dos ruminantes. Ideal entre 30% e 40%.

A concentração de proteína na silagem de milho é baixa, sendo ideal entre

6% e 8 %. Tem relação na proporção de folhase participação de grãos. A proteína bruta se baseia no nitrogênio total presente, que pode estarna forma de amônia, aminas, aminoácidose ureia. É determinada medindo-se o totalde nitrogênio (N) e multiplicando-se por 6,25.

Amido

Proteína bruta (PB)

PARÂMETROS BROMATOLÓGICOS DESEJÁVEIS

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É a fração fibrosa de um alimento para um ruminante. Informa a quantidadede parede celular presente na silagem. Ideal entre 38% e 45%. É constituída basicamentede celulose, hemicelulose, pectina, lignina,e proteína danificada pelo calor e minerais (cinzas). É uma fração do alimento responsável por limitar a quantidade que o animal consome. A FDN tem uma relação inversa com o consumo de silagem: quanto maior a porcentagem de FDN, menoro consumo da silagem pelos animais.

Está contida na FDN e representaa porção da parede celular não digestível (celulose e lignina). A lignina é a fração não digestívelda planta: quanto maior o teor de FDA, menor a qualidade e a digestibilidade da silagem. Este parâmetro está ligado à Digestibilidade da Silagem. Ideal abaixo de 30%.

FDN (fibraem detergente neutro)

FDA (fibraem detergente ácido)

11

(TTNDFD - Total Tract Neutral Detergent Fiber Digestibility - Método de Combs)

Quantifica a digestibilidade da FDN no trato gastrointestinal total da vaca, ou seja, é a porcentagem da FDN que estará disponívelem todo o trato digestivo (rúmen, intestino delgado e intestino grosso). O restante será excretado como fezes. Quanto maior for a TTNDFD, maior será o aproveitamento e, consequentemente,a digestibilidade e a energia da silagem. Segundo Combs, para cada 2-3 unidades de variaçãono TTNDFD, podemos esperar, em média,uma variação de 500 ml de leite/vaca/dia.

Digestibilidade da FDNno trato intestinal

12

Se refere a um indicador finalda qualidade da silagem de milho para uma vaca leiteira. É medida a partir da planilha “Milk 2006”, desenvolvida na Universidade de Wisconsin (EUA). Do ponto de vista de quem formula a dieta, é um dos principais itens de escolha, pois dá uma ideia da maior taxa de conversão da silagemem energia e digestibilidade. O modelo analisaos valores nutricionais e a digestibilidade presentes no laudo (FDN, Amido, PB, CNF, EE, entre outros).

Kg leite ou carne por tonelada de matéria seca ingerida

Quantifica o valor energético totalde uma silagem. É um cálculo para estimara quantidade de energia presente no alimento. Energia que será convertida em leite ou carne, cujo ideal deve ser maior que 65%. Tem relação direta com a produtividade de grãos do milhoe digestibilidade da FDN. Quanto maior o NDT, mais energia - ou seja, melhor.

Nutrientes digestíveistotais (NDT)

13

14

PONTO IDEAL DE CORTEDA SILAGEM

O ponto ideal de colheita é quando a planta acumula maior quantidade de matéria seca (MS), de melhor qualidade nutricional. O resultado de inúmeras pesquisas, no Brasil e no exterior, indica que o teor de MS ideal é de 32% a 38%, sendo o mínimo de 30% e o máximo de 40%. Nesse intervalo, o produtor garante alta quantidade de grãos na silagem, produtividade, boa digestibilidade do amido dos grãose da fração fibra.

15

PONTO IDEAL DE CORTEDA SILAGEM

Fonte: Departamento de Desenvolvimento de Produtos LongPing High-Tech.

10.0 12.0 15.0 18.0 24.0 28.0 33.0 35.0 40.0 50.0

Produção Relativa de Matéria Seca

DIAS APÓS O PLANTIO

TEOR DE MATÉRIA SECA (%)

00

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

10 20 30 40 50 60 70 80 100 110 120 130 14090

Porcentagem relativa de NDT

Consumo potencial relativo de MS

Sabugo, palha ou raquis

Grãos

Folha verde

Colmo e bainha

PONTO IDEAL

Folha seca

Curva média de produção de produção de MS de milhoe participação das e participação das frações da planta

Entre 1/3 e 2/3

Ideal 1/2

Indicadores de alta produtividade

16

As necessidades nutricionais de qualquer plantasão fundamentadas pela quantidade de nutrientesque ela extrai durante o ciclo, fator que dependerádos nutrientes oferecidos às plantas, do rendimento obtido, e da concentração de nutrientes nos grãose na palhada.

Tipo deexploração

Produtividadet/ha

Nutrientes extraídos

N P K Ca MgKg/ha

Grãos

3,65 77 9 83 10 10

5,80 100 19 95 17 17

7,87 167 33 113 27 25

9,17 187 34 143 30 28

10,15 217 42 157 32 33

Silagem(matéria seca)

11,60 115 15 169 35 26

15,31 181 21 213 41 28

17,13 230 23 271 52 31

18,65 231 26 259 58 32Fonte: COELHO et al. (dados não publicados); citados por COELHO e FRANÇA (1995) Informações Agronômicas n.71. POTAFÓs

ALTURA DE CORTE

PRODUTIVIDADE

MATÉRIA SECA

NUTRIENTES

GRÃOS

%%%%

PRODUTIVIDADE

MATÉRIA SECA

NUTRIENTES

GRÃOS

%%%%

EXCELÊNCIA EM VALORNUTRICIONAL

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É importante estabelecer a correta altura de corte da silagem. A parte inferior do dossel da planta apresenta grandes quantidades de fibra de baixa digestibilidade. Sendo assim, quanto mais rente do solo, maior é a quantidade de fibra na silagem, e menor digestibilidade e ingestão de MS pelo animal. Além disso, a porcentagem de grãosna silagem diminui. O mínimo aconselhado seria 15 cm. Ideal entre 25 cm e 35 cm do solo. Entretanto,o produtor pode fazer um rápido teste com o canivete para saber a altura ideal de corte. Devemos nos atentara essa altura e verificar se necessitamos de quantidade de matéria seca, ou de qualidade. Alturas de corteselevadas sacrificam a produtividade em prol da altaqualidade. Em geral, para vacas de alta produtividade,uma diminuição da fibra e aumento da digestibilidadeacarretam em um consumo maior de silagem,o que pode ocasionar uma economia na dieta total (cada produtor é um caso).

ALTURA DE CORTE

18

TAMANHO IDEAL DE PARTÍCULAS

O tamanho da partícula vai interferir na digestibilidadeda fibra, na taxa de degradação de açúcares e amidos,e no funcionamento saudável do rúmen. O corteda planta tem papel fundamental na qualidadeda silagem. Quando cortadas em tamanho ideal (0,5 cm e 1,5 cm), de maneira uniforme e os grãos processados, o processo se torna eficiente.A metodologia recomendada para avaliação do tamanho de partícula foi desenvolvida na Pennsylvania State University, dos Estados Unidos, que desenvolveuo “Separador de Partícula Penn State”.

19

TAMANHO IDEAL DE PARTÍCULAS

O excesso de partícula longa pode diminuir a taxa de ingestão e, consequentemente,a produção de leite. A deficiência em fibra longa pode acarretar em problemas de abomaso, diminuir o pH do rúmen e reduzir a concentração de gordura no leite. Fornecer uma silagemcom as porcentagens adequadas dos diferentes tamanhos das partículas garante que o animal exerça menor seletividade, garantindo a ingestão de fibras longas e de amido na quantidade idealao longo do dia. A proporção dos diversos tamanhos das partículas de silagem interferena taxa de ingestão de MS e na funcionalidadedo rúmen.

Efeito do tamanho da partícula da silagem

20

CARACTERÍSTICAS DESEJADAS EMUM HÍBRIDO DE MILHO PARA SILAGEM

Aliar altas produções de massa seca (MS) e verde (MV), por hectare, com qualidade;

Maiores produções de massa seca (MS) e verde (MV), por hectare, possibilitam uma reduçãonos custos de produção;

Escolha de híbridos de milho bem adaptadosà região e à época de plantio;

Potencial produtivo de grãos;

Selecionar híbridos com um bom equilíbriode grãos e fibra digestível;

Sanidade foliar;

Alto valor energético;

Teor ideal de matéria seca na colheita;

Maior período útil de colheita.

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CARACTERÍSTICAS DESEJADAS EMUM HÍBRIDO DE MILHO PARA SILAGEM

Superioridade em qualidadenutricional aliado a elevadaprodução por área.

UsoSilagem de planta inteira;Grãos úmidos;Silagem de espiga.

VantagensExcelente valor nutricional acompanhado de alta digestibilidade de fibra;

Grande participação de grãos na matéria seca proporcionando alta produção de nutrientes digestíveis totais (NDT);

Amplo período ideal de colheita;

Permite escalonamento com híbridos hiperprecoces e precoces;

Ampla adaptação de época de plantio possibilitando escalonamento de colheita.

Consistência produtiva.

SILAGEM DE RESULTADOS

MG580

Híbridos disponíveis com tecnologia

22

Alta produção de silagempor área, com alta qualidadenutricional.

Uso

Silagem de planta inteira;Grãos úmidos;Silagem de espiga.

Vantagens

Alta produção de silagem por área, com qualidade bromatológica;

Alta participação de grãos na matéria seca;

Ótima relação planta/porcentagem de grãos, produzindo elevado volume de silagem por área, com excelente qualidade nutricional;

Estabilidade de produção, com alta geraçãode nutrientes digestíveis totais (NDT);

Alta digestibilidade de fibras.

MG652

Híbridos disponíveis com tecnologia

23

Produção de silagemcom alta qualidadenutricional.

Uso

Silagem de planta inteira; Grãos úmidos.

Vantagens

Alta qualidade nutricional e digestibilidadeda matéria seca;

Baixos teores de fibras e alta digestibilidade;

Produção de silagem com maior digestibilidade;

Estabilidade de produção, com alta produçãode nutrientes digestíveis totais (NDT);

Facilidade na debulha com alta umidade;

Ampla adaptação em épocas de plantio, permitindo escalonamento de colheita;

Colheita mais rápida pelo ciclo superprecoce;

Permite a antecipação de plantio da cultura seguinte;

Permite escalonamento com híbridos de ciclos precoce e normal.

20A78

Híbridos disponíveis com tecnologia

24

Alta produção de silagempor área.

Uso

Silagem de planta inteira;Grãos úmidos;Silagem de espiga.

Vantagens

Alta produção de nutrientes digestíveis totais (NDT) por área;

Alta participação de grãos na matéria seca;

Ótima relação planta/porcentagem de grãos, produzindo elevado volume de silagem por área, com excelente qualidade nutricional;

Estabilidade de produção;

Excelente adaptação em solos de média fertilidade, e uso de médio investimento;

Ampla adaptação em épocas de plantio, permitindo escalonamento de colheita;

Permite escalonamento com híbridos de ciclo superprecoce e hiperprecoce.

20A55 / 30A91

Híbridos disponíveis com tecnologia

20A5520A55

30A9130A91

25

JANELA DE CORTE

Desenvolvemos um sistema de combinação de híbridos com ciclos diferentes, como forma de ampliar a janela de corte. Assim, garantimos uma silagem com alto potencial de produção e melhor teor de energia.

Híbridos

MG580PW

MG652PW

20A78PW

20A55PW

30A91PW

Dias* 100 105 110 115 120 125

Dias*: Pode variar de acordo com a região e época de plantio. Fonte: Base de Informações LongPing High Tech.

26

Leite estimado (Kg/ha)

CARACTERÍSTICAS DOS HÍBRIDOSDO PORTFÓLIO MORGAN VOLTADOS PARA A PRODUÇÃO DE LEITE

Potencial de produção de leite

1400

1440

1420

1460

1480

1500

1520

1540

1560

1580+ Qualidade + Produção e Qualidade

Leit

e es

tim

ado

(Kg

Ton

Ms)

20A78

Média Brasil

MG652

MG580

30A91

20A55

15000 25000 3000020000 35000 40000

- Produção e Qualidade + Produção

* Média das análises colhidas com MS entre 30 e 40%. Base de dados Desenvolvimento de Produtos.

Híbrido Leite Estimado Ton/MSLeite Estimado

Kg/Hectare

MG652 1.557 31.68020A55 1.429 23.71830A91 1.493 19.862

Híbrido Leite Estimado Ton/MSLeite Estimado

Kg/Hectare

MG580 1.540 34.23820A78 1.507 26.222Média Brasil 1.420 27.000

CARACTERÍSTICAS DOS HÍBRIDOSDO PORTFÓLIO MORGAN VOLTADOS PARA A PRODUÇÃO DE LEITE

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SILAGEM DERESULTADOS

MG580MG58020A5520A55

30A9130A91

MG652MG65220A7820A78

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