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Introdução
A Cadeira de Metodologia Investigação Científica é uma das cadeiras que faz parte do
currículo de formação dos estudantes da Academia Militar. É uma cadeira transversal,
por funcionar em todos os cursos e especialidades processo de Ensino-Aprendizagem.
A Investigação Científica é um procedimento formal, com método de pensamento
reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui o caminho para se conhecer a
realidade ou descobrir verdades parciais.
Ela pretende apetrechar os estudantes de saberes que lhes permitam desenvolver
trabalho de investigação científica usando as metodologias próprias, isto por um lado, e
por outro, capacitá-los de modo a saberem analisar criticamente as abordagens
metodológicas ao nível da validade e fiabilidade dos resultados obtidos da investigação
social. Ajuda a desenvolver capacidade criativa e reflexiva na construção de
conhecimentos científicos; fornecer os conhecimentos básicos acerca dos conceitos,
métodos e técnicas de investigação científica.
Em função disso, ela se orienta para múltiplos fins tais como: desenvolver habilidades
cognitivas e psicomotoras na busca sistemática de factos para orientar a solução dos
problemas; potencializar os iniciantes com conhecimentos no domínio da investigação
pura e aplicada, desenvolver a capacidade de analisar e Interpretar os resultados da
pesquisa. Auxilia o pesquisador iniciante (caso de estudantes da AM) saber relacionar os
conhecimentos teóricos adquiridos no processo de Ensino-Aprendizagem com a
aplicação prática a nível : definição de problemas de investigação científica; formulação
de objectivos; hipóteses; revisão bibliográfica; desenho metodológico; tratamento, análise
e interpretação de dados e elaboração de relatório.
Este guia de estudo destina se a docentes e estudantes como um instrumento de consulta
permanente e como de orientação pragmática.
1
Não é um guia acabado, mas um início que continuamente exigirá a reelaboração e
critica permanente para corresponder o dinamismo da ciência e da sociedade. Portanto, a
reformulação, actualização e correcção contínuo por todos os leitores e por todos os
académicos será uma exigência constante.
É uma urgência académica temporal que vale pena explorar de forma dialéctica, porque
desde cedo criam-se as potencialidades para que os estudantes possam agir com uma
parcial autonomia e de forma metódica no tratamento dos trabalhos no processo de
Ensino-Aprendizagem e de graduação.
O guião é composto pelos itens relacionados com os procedimentos didácticos, o roteiro
de uma pesquisa científica, e os seus pontos pragmáticos.
1. Procedimentos Didácticos
Antes de se mergulhar directamente na metodologia de investigação científica, vale pena
iniciar por alguma síntese acerca da leitura e citações como uma introdução a alguns
postulados didácticos na ordem que se segue.
1.1 Leitura
ler significa conhecer, interpretar, decifrar. A maior parte dos conhecimentos é obtida
através de leitura, que possibilita não só a ampliação, como também o aprofundamento
do saber em determinado campo sociocultural ou científico.
Ler significa igualmente eleger, escolher, ou seja, “distinguir os elementos mais
importantes daqueles que não são e, depois optar pelos mais representativo e mais
sugestivo” SALVADOR, (1980:100) Apoud, LAKATOS e MARCONI (1992;15).
2
Sendo os textos uma fonte inesgotável de ideias e conhecimentos, deve-se ler muito e
continuamente. Porém, não basta ler indiscriminadamente, é preciso pois saber ler. A
leitura é válida somente quando bem assimilada. Tanto o estudante quanto o intelectual
precisam ler constantemente.
1.1.1 Importância da leitura
A leitura constitui-se como um dos factores decisivos do estudo e imprescindível
em qualquer tipo de investigação científica. Favorece a obtenção de informações já
existentes, poupando de certo modo o trabalho da pesquisa de campo ou experimental.
A leitura propicia a ampliação de conhecimentos, abre horizontes na mente de quem a
exercita, aumenta o vocabulário, permitindo melhor entendimento do conteúdo das obras.
Através dela pode-se obter informações básicas e/ou específicas.
Pode-se dizer que a leitura tem dois objectivos principais:
Serve como meio eficaz para o aprimoramento e aprofundamento dos estudos e
aquisições de cultura geral. Todavia, impõe-se uma selecção para a leitura, em
razão da quantidade e qualidade dos livros e outros materiais em circulação
Não se tem condições físicas e tempo para se ler tudo, logo, nem tudo que há
merece ser lido.
Gagliano ( 1979:85) Apoud LAKATOS e MARCONI (1992;15) afirma que “ toda
leitura tem sempre um destino, não caminha a esmo. Esse destino pode ser a busca, a
assimilação, a retenção, a crítica, a comparação, a verificação e a integração de
conhecimento”.
1.1.2 Natureza da Leitura
LAKATOS e MARCONI (1992;16) destacam três espécies de leitura : para
entretenimento ou distracção ( visando apenas ao divertimento, passatempo, lazer, sem
maiores preocupações com o aspecto do saber); para aquisição de cultura geral-
erudição- informativa (tomar conhecimento de modo geral do que ocorre no mundo,
3
mas sem grande profundidade – engloba livros, revistas e jornais, as notícias e outras
fontes) ; para ampliação de conhecimento em determinado campo do saber-
aproveitamento ou formativa ( finalidade é aprender algo de novo ou aprofundar
conhecimentos anteriores) Exige do leitor atenção e concentração. Essa espécie de leitura
deve ser efectuada em livros e revistas especializados.
Como se pode depreender, as duas primeiras não exigem praticamente um grande
esforço intelectual, ao passo que a última requer atenção especial e concentração.
1.2 Identificação
Para uma busca de material para leitura, comum a todos os leitores deve-se ler:
a) o título – porque o título estabelece o assunto e, às vezes a intenção do autor,
b) a data da publicação – para certificar-se de sua actualização ou aceitação e/ou
pelo número de edições,
c) a ficha catalográfica – a fim de verificar as credenciais ou qualificações do
autor,
d) a “orelha”- onde geralmente se encontra uma apreciação da obra
e) o índice ou sumário – para se ter uma ideia da divisão e tópicos abordados,
f) a introdução ou prefácio – procurando encontrar indícios da metodologia e
objectivos do autor
g) a bibliografia – final e as citações de rodapé – tendo em vista as obras
consultadas.
1.3 Procedimento para uma leitura proveitosa
Tendo sido seleccionada a obra e/ou texto, procede-se à sua leitura integral do mesmo,
para se ter uma visão do todo,
Reler o texto, assinalando ou anotando palavras ou expressões desconhecidas, valendo-se
de um dicionário para esclarecer seus significados,
Tiradas as dúvidas, fazer nova leitura, visando à compreensão do todo. Se necessário,
consultar fontes secundárias,
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Tornar a ler, procurando a ideia principal ou palavra-chave, que tanto pode estar explícita
quanto implícita no texto, às vezes, confundida com aspectos secundários ou acessórios,
Localizar acontecimentos ou ideias, comparando-os entre si e procurando semelhanças e
diferenças existentes,
Agrupá-los pelo menos por uma semelhança importante e organizá-los em ordem
hierárquica de importância,
Interpretar as ideias e/ou fenómenos, tentando descobrir conclusões a que o autor chegou
e depreender possíveis ilações.
Ler significa conhecer, interpretar, decifrar, eleger, escolher
Portanto, distinguir os elementos mais importantes daqueles que não são e, depois optar
pelos mais representativo.
2. Como encaminhar uma Pesquisa
2.1 O que é Pesquisa Científica ?
São inúmeros os conceitos sobre pesquisa, pois os estudiosos ainda não chegaram a um
consenso sobre o assunto. Entretanto, há uma tentativa de dar o significado desta palavra
conforme alguns autores:
Gil (1946:19) entende por Pesquisa científica "o procedimento racional e sistemático
que tem como objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos ".
5
A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao
problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de
desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.
Ander-Egg ,(1978:28), apoud MARCONI e LAKATOS (2002:17)
“é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite
descobrir novos factos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo de
conhecimento.
Portanto, a pesquisa é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo,
que requer um tratamento científico e se constitui o caminho para se conhecer a
realidade ou descobrir verdades parciais”.
Para ECO (2001:52), uma pesquisa é científica quando responde aos seguintes
requisitos:
a) A pesquisa debruça-se sobre um objecto reconhecível e definido de tal modo que
seja igualmente reconhecível pelos outros;
b) A pesquisa deve dizer coisas que não tenham já sido ditas ou rever com uma
óptica diferente coisas que já foram ditas;
c) A pesquisa deve ser útil aos outros;
d) A pesquisa deve fornecer os elementos para a confirmação e para a rejeição das
hipóteses que apresenta
2.2 Porque se faz pesquisa ? ou melhor, para que pesquisar ?
A maioria das pesquisas podem ter seguintes objectivos:
Razões de ordem prática (resolver problemas específicos, gerar ou avaliar teorias
existentes) e razões de ordem intelectual.
2.2.1 Razões de ordem prática
2.2.1.1 Pesquisa para resolver problemas.
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Esse tipo de pesquisa está dirigido para identificar e resolver problemas práticos.
Portanto, baseada no desejo de conhecer para agir, por isso é chamada de pesquisa
aplicada.
Por exemplo:
Na educação
- Detectar a eficiência de diversos métodos de ensino.
- Identificar as causas da evasão feminina no ensino básico (caso de Moçambique)
No campo militar
- Detectar a eficiência das diferentes estratégias e tácticas utilizadas pelas subunidadse
e/ou unidades militares em diferentes tipos de combate.
- Identificar as consequências do emprego de multi-armas no combate moderno
2.2.1.2 Pesquisas para formular teoriasOs pesquisadores estudam um problema
cujo supostos teóricos não estão claros ou são difíceis encontrar. 2.2.1.3
Pesquisas para testar teoriasNão existe grande diferença entre pesquisas para
formular teorias e pesquisas para testar teorias, estas últimas exigem formulação
precisa.2.2.2 Razões de ordem intelectualAs razões de ordem intelectual decorrem do
desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer, pesquisa pura. Ela busca o
progresso da ciência, procura desenvolver os conhecimentos científicos sem a
preocupação directa com suas aplicações e consequências práticas. Seu
desenvolvimento tende a ser bastante formalizado e objectiva à generalização, com
vista na construção de teorias e leis1 A pesquisa de ordem intelectual “pura” assim
como de ordem pratica “aplicada” exigem o mesmo cuidado, tanto no uso das
metodologias e técnicas, como no preparo da pessoa do pesquisador.2.3 Qualidades
pessoais do PesquisadorO êxito de uma pesquisa depende fundamentalmente de
certas qualidades intelectuais e sociais do pesquisador, de entre as quais podem ser: a)
conhecimento do assunto a ser pesquisado;b)curiosidade;c) criatividade;d)
integridade intelectual;e) atitude autocorrectiva;f) sensibilidade social;g) imaginação
disciplinada;h) perseverança e paciência;i) confiança na experiência2.4 Os elementos
1 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4.ed. S.P.:Atlas, 1992
:pág 43
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de um projecto de PesquisaNão há, evidentemente, regras fixas acerca da
elaboração de um projecto de pesquisa. Sua estrutura determinada pelo tipo de
problema a ser pesquisado e também pelo estilo de seu autores. É necessário que o
projecto esclareça como se processará a pesquisa, quais as etapas que serão
desenvolvidas e quais os recursos que devem ser alocados para atingir seus
objectivos. É necessário também, que o projecto seja suficientemente detalhado para
proporcionar a avaliação do processo de pesquisa.Os elementos habitualmente
requeridos num projecto podem ser os seguintes:• Formulação do Problema;•
Construção de hipóteses;• Especificação dos objectivos;• Identificação do tipo de
pesquisa;• Selecção da amostra;• Elaboração dos instrumentos e determinação da
estratégia de colecta de dados; • Determinação do plano de análise dos dados•
Previsão da forma de apresentação dos resultados• Cronograma da execução da
pesquisaHá muitos factores que concorrem para que o projecto de uma pesquisa seja
simples e / ou complexo. Portanto, depende de objectivos, custos, nível de
participação da população e outros.Rigorosamente, um projecto só pode ser
definitivamente elaborado quando se tem o problema claramente formulado, os
objectivos bem determinados, assim como o plano de colecta e análise dos dados.2.5
Roteiro de uma Pesquisa3. Tipos ou níveis de Pesquisa a) Pesquisas
Exploratórias Estas pesquisas têm como objectivo proporcionar maior familiaridade
com o problema, com vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. O
objectivo principal é o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.O
levantamento bibliográfico, entrevistas a pessoas experimentadas no caso, análise de
exemplos constituem aspectos fundamentais deste tipo de pesquisa.b) Pesquisa
BibliográficaÉ desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicosc) Colecta Documental colecta de dados
restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes
primárias. Estas podem ser recolhidas no momento em que o facto ou fenómeno
ocorre, ou depois. Fontes de Documentos:- Arquivos Públicos (Municipais,
Provinciais, Nacionais), que contêm: documentos oficiais, publicações parlamentares,
documentos jurídicos, e outros. - Arquivos Particulares
(domicílios particulares, instituições de ordem pública e/ou privada
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Fontes Estatísticos
característica da população ( idade, sexo, raça, escolaridade, profissão, religião,
estado civil, renda etc)
- Factores que influenciam o tamanho da população ( fertilidade, nascimentos,
mortes, doenças, suicídios, emigração, imigração, Distribuição da população
( habitat rural e urbano, densidade demográfica e outros)
- Factores económicos, Moradia, Meios de comunicação etc
d) Pesquisas Descritivas
Têm como objectivo primordial a descrição das características de determinada
população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis;
exemplo: estudar as características de um grupo ; sua distribuição por idade, sexo,
procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental e outros aspectos.
e) Pesquisas Explicativas
. O fundamental deste tipo de pesquisa é identificar os factores que condicionam a
ocorrência dos fenómenos e explicar as razões, o porquê das coisas.
4. Formulação de um problema de Pesquisa
4.1 Definição do Problema
A conceituação adequada de problema não constitui tarefa fácil, em virtude das diferentes
acepções que envolve este termo. Segundo o novo Dicionário Aurélio da língua
portuguesa o problema é:
• Questão não solvida e que é objecto de discussão, em qualquer domínio do
conhecimento;
• Questão matemática proposta para que se dê a solução;
• Proposição que vai ser tratada ou demonstrada;
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Que fique claro que nem todo problema é passível de tratamento científico. Isto significa
que para se realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar, verificar se o problema
cogitado se enquadra na categoria de científico.
Segundo Kerlinger (1980:33) citado por GIL (1991:26) a maneira mais prática para
entender o que é um problema científico consiste em considerar primeiramente aquilo
que não é problema científico. Exemplos:
a) Problemas de Engenharia
-" Como fazer para melhorar os transportes urbanos?”;
-" O que pode ser feito para melhorar a distribuição de renda" ;
- " Como aumentar a produtividade no trabalho?" .
Nenhum destes constitui rigorosamente um problema científico, pois, sob forma em que
são propostos, não possibilitam a investigação segundo os métodos próprios da ciência.
Referem-se como fazer algo de maneira eficiente. A ciência pode fornecer sugestões e
inferência acerca de possíveis respostas, mas não responder directamente a esses
problemas. Eles não indagam as causas e consequências, mas indagam acerca de como
fazer as coisas.
b) Problemas de Valor- “Os Comandantes das companhias devem dar palmadas nos
estudantes ?”;
- “Filhos de camponeses são melhores que os de operários”;
- “É bom adoptar jogos e simulações como técnicas didácticas?”.
Não são científicos os problemas que indagam se uma coisa é boa, má, desejável,
indesejável, certa ou errada, melhor ou pior que outra, se deve ou deveria ser feito etc.
Embora não se possa afirmar que o cientista nada tenha a ver com estes problemas, o
certo é que a pesquisa científica não pode dar respostas a questões de engenharia e de
valor porque sua correcção ou incorrecção não é passível de verificação empírica.
4.2 Como Formular um Problema Científico?
Formular um problema científico não constitui tarefa fácil. Todavia, não há como deixar
de reconhecer que o treinamento desempenha papel fundamental nesse processo.
Formulação de problema não se faz mediante a observação de procedimentos rígidos e
sistemáticos. No entanto, existem algumas condições que facilitam essa tarefa, tais como:
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estudo da literatura existente, discussão com pessoas que acumulam muita experiência
prática no campo de estudo e o exercício sistemático de pesquisa científica.
A experiência acumulada dos pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de
certas regras práticas para a formulação de problemas científicos, tais como:
a) o problema deve ser formulado como pergunta;
b) o problema deve ser claro e preciso;
c) o problema deve ser empírico
d) o problema deve ser susceptível de solução;
e) o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável.
De modo geral, o pesquisador inicia o processo da pesquisa pela escolha de um tema, que
por si não constitui um problema. Ao formular perguntas sobre o tema, provoca-se a sua
Problematização GIL (1991:30).
4.2.1 Problematização
a) clarifica o objecto de estudo
b) Manifestação da situação / característica do fenómeno
c) Contextualização do problema / o que está acontecendo realmente e/ou o que
aconteceu
d) Colocação do problema real
NB: Numa investigação científica recomenda-se que haja uma relação entre tema,
problema, objectivos, hipóteses e técnicas de colecta de dados
4.2.2 Justificativa
A justificativa consiste na apresentação, de forma clara e sucinta, das razões de ordem
teórica e/ou prática que justificam a realização da pesquisa.
No caso de pesquisas de natureza científica ou académica, a justificativa deve indicar:
a) modo como foi escolhido o fenómeno para ser pesquisado e como surgiu o problema
levantado para o estudo;
b) o estágio de desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao tema;
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c) as contribuições que a pesquisa pode trazer com vistas a proporcionar respostas aos
problemas propostos ou a ampliar as formulações teóricas a esse respeito. Portanto, a
relevância social, científica e/ou académica do problema a ser investigado, a
possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada pelo tema.
No caso de pesquisas de natureza prática, a justificativa deve considerar os objectivos da
instituição e os benefícios que os resultados da pesquisa poderão proporcionar.
No entanto, não existe nenhuma regra rígida quanto a sua sequência, exclusão ou
inclusão de itens ao conteúdo da justificativa.
NB.
Em geral, a justificativa deveria ter, no máximo, duas páginas e não inclui citações.
A justificativa é pessoal ( RICHARDSON, 1999:57 ).
4.2.3.Delimitação
É imperioso estabelecer as balizas do estudo
a) espacial ( local do tema / problema e o da pesquisa)
b) Temporal ( tempo em que ocorre o tema / problema)
- Deve-se explicar e / ou justificar devidamente os pontos descritos acima.
5. Formulação de Objectivos da Pesquisa
Toda pesquisa deve ter um objectivo determinado para saber o que se vai procurar e o
que se pretende alcançar.
Respondem às perguntas: por quê ? Para quê ? Para quem ?
O objectivo torna explícito o problema, aumentando os conhecimentos sobre determinado
assunto.
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Nessa etapa, explicam-se os objectivos gerais e específicos a serem utilizados durante a
investigação. Esses deverão ser extraídos directamente dos problemas levantados na
pesquisa.
5.1 Objectivos Gerais
Definem, de modo geral, o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa.
Exemplo 1: estudo sobre os factores que contribuem para o êxodo rural (cidade de
Nampula).
Objectivo geral: identificar os factores que contribuem para o êxodo rural (cidade de
Nampula).
Exemplo2: Desistência missiva da rapariga no EP2 no Distrito de Gorongosa.
Objectivo Geral: Analisar a concepção cultural do género pela comunidade do distrito.
RICHARDSO ( 1999: 63) diz que usualmente, em uma pesquisa exploratória o
objectivo geral começa pelos verbos: conhecer, identificar, levantar, e descobrir; em uma
pesquisa descritiva, inicia com os verbos: caracterizar, descrever e traçar; e em uma
pesquisa explicativa começa pelos verbos: analisar, avaliar, verificar, explicar etc.
5.2 Objectivos específicos
Definem etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objectivo geral.
Exemplo 1:
- levantar informações sobre o êxodo rural (cidade de Nampula);
- Identificar factores que contribuem para o êxodo rural
(cidade de Nampula)
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Exemplo 2
- Levantar informações sobre a cultura da comunidade quanto ao género;
- Explicar a concepção cultural da comunidade acerca da mulher.
Na formulação de objectivos deve-se ter em conta o seguinte:
a) O objectivo deve ser claro, preciso e conciso.
b) O objectivo deve expressar apenas uma ideia.
6. Construção de Hipóteses
6.1 O que são hipóteses ?
- São as proposições testáveis que podem vir a ser a solução do problema;
- São respostas antecipadas a solução do problema.
- Soluções tentativas, previamente seleccionadas do problema de pesquisa.
- “ Em muitos casos, as hipóteses são palpites que o investigador possui sobre a
existência de relações entre variáveis”( VERMA e BESRD, (1981:184) Apoud BELL
( 1997:35).
6.2 Requisitos básicos para formulação das hipóteses
As hipóteses devem ser conceitualmente claras, específicas, empíricas e compreensíveis,
isto é, não devem incluir conceitos complexos que dificultem a compreensão. Além
disso, os conceitos empregados devem ser precisos, rigorosos e previamente definidos
para evitar ambiguidades:
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Exemplo de hipótese ambígua:
• O desaquecimento da economia leva as empresas a desenvolverem políticas de
contenção de pessoal.
Exemplo de hipótese clara
• A queda da produção industrial contribui para o desemprego.
6.3 As hipótese são necessárias em todas as pesquisa ?
Rigorosamente, GIL (1991:43) todo procedimento de colecta de dados depende da
formulação prévia de uma hipótese.
Ocorre que em muitas pesquisas as hipóteses não são explícitas. Todavia, nestes casos, é
possível determinar as hipóteses subjacentes, mediante a análise dos instrumentos
adoptados para a colecta dos dados.
Por exemplo, de uma pesquisa em que tenha sido formulada a seguinte questão: “Onde
você compra suas roupas ?” Está implícita a hipótese de que a pessoa compra suas
roupas, não as confeccionando em sua própria casa.
Portanto, em algumas pesquisas as hipóteses são implícitas e em outras são formalmente
expressas.
6.4 Tipos de Hipóteses
Existem duas classificações de hipóteses utilizadas em ciências sociais.
Elas podem ser classificadas segundo o número de variáveis e a relação entre elas e
segundo a natureza das hipóteses. Neste programa falaremos substancialmente da
primeira classificação.
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6.5 hipótese com uma variável
a). Os camponeses não se interessam pela política
Variável: interesse pela política.
Indicadores: ( não vão ao voto, recenseamento, negam os cargo políticos etc)
b). Menos de 30% das raparigas concluem o EP2 no campo
Variável: Conclusão de estudos.
Indicadores ( efectivos das turmas, desistências, casamentos prematuros e outros )
c). A renda mensal dos trabalhadores domésticos em Moçambique é de três vezes inferior
que salário mínimo.
Variável: renda mensal
Indicadores ( despesas mensais, oferta e procura)
6.6 hipótese com duas ou mais variáveis e uma relação de associação
• As mulheres são mais conservadores que os homens
Variáveis: sexo e conservadorismo
Tipo de relação: superioridade
Indicadores ( fidelidade, moralidade, educação da família etc)
• Os alunos que apresentam bom aproveitamento em Matemática também os
apresentam na Física.
Variáveis: aproveitamento escolar em matemática e física
tipo relação: igualdade
Indicadores (boas notas, despensas aos exames, aprovações, etc)
• a participação política dos idosos é menor que a participação dos jovens
Variáveis: idade e participação política
Tipo de relação: inferioridade
6.7 hipótese com duas ou mais variáveis e uma relação de dependência
a) O êxodo rural é influenciado pelas condições da urbe
Variável dependente: O êxodo rural
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Variável independente: condições da urbe
Indicadores ( muita mão de obra activa na zona de imigração, formigueiro juvenil,
banditismo, prostituição infantil, etc.)
7. Revisão da Bibliografia2 (Revisão da Literatura)
Não existe hoje em dia pesquisa que começa da estaca zero. É recomendável e é
imprescindível procurar fontes documentais ou bibliográficas sob o risco de despender
esforços em ideias ou trabalhos já pesquisados.
A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite salientar a
contribuição da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar
comportamentos e atitudes.
Portanto, familiariza o autor com o tema, evita a repetição de estudos e enquadra o estudo
num modelo ou teoria.
2 Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4.ed. S.P.:Atlas, 1992,
pág 11017
8. Procedimentos (Desenho) Metodológicos
O pesquisador deve dizer o tipo de pesquisa pretende realizar, para facilitar o
alinhamento do seu projecto. Idealiza as metodologias a utilizar para levar a cabo a sua
pesquisa.
Porque os termos: Métodos, técnicas e instrumentos de pesquisa, têm criado nos
estudantes e nos novos pesquisadores alguma confusão, convêm nesse espaço tentar
minimizar essa confusão de termos.
► Método
“Sentido etimológico – do grego méthodos ( meta = além de, após de + ódos =
caminho ).
Portanto, seguindo a sua origem, método é o caminho ou a maneira para chegar
determinado fim ou objectivo” ( RICHARDSON, 1999:22)
RODRÍGUEZ (1996: 12) o método científico é a cadeia ordenada de passos (acções)
baseada em um aparelho conceptual determinado e em regras que permitem avançar no
processo de conhecimento, desde o conhecido ao desconhecido.
NÉRICI (1980:15) citado por LAKATOS e MARCONI (1991:40) “método é o conjunto
coerente de procedimentos racionais ou prático-racionais que orienta o pensamento
para serem alcançados conhecimentos válidos”.
Portanto, método refere-se o caminho pelo qual se chega a determinado resultado; a
forma de proceder ao longo de um caminho; um procedimento regular, explícito e
possível de ser repetido para conseguir-se alguma coisa, seja material ou conceptual.
A característica distintiva do método é a de ajudar a compreender, no sentido mais amplo,
não os resultados da investigação científica, mas o próprio processo de investigação.
Nas investigações, em geral, nunca se utiliza apenas um método ou uma técnica, e nem
somente aqueles que se conhece, mas todos os que forem necessários ou apropriados para
determinado caso. Na maioria das vezes, há uma combinação de dois ou mais deles,
usados concomitantemente.
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Em ciências sociais existem métodos gerais e específicos.
Métodos Gerais das Ciências Sociais de ( Abordagem) Dedutivo, Indutivo,
Hipotético-dedutivo, Dialéctico e fenomenológico 3.
Método Dedutivo - é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. Parte
de princípios reconhecidos como verdadeiros e induscutíveis e possibilita chegar a
conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua l’ogica.
O protótipo do raciocínio dedutivo é o silogismo, que, a partir de duas proposições
chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, chamada
conclusão.
Por exemplo:
Todo homem é mortal (premissa maior)
Almeida é homem (premissa menor)
Almeida é mortal ( conclusão)
Método Indutivo - procede inversamente. Parte do particular e coloca a generalização
como um produto posterior do trabalho de colecta de dados particulares.
De acordo com o raciocínio dedutivo, a generalização não deve ser buscada
aprioristicamente, mas constatada a partir da observação de um número de casos
concretos suficientemente confirmadores da suposta realidade..
Método hipotético-dedutivo – Quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado
assunto são insuficientes para a explicação de um fenómeno, surge uma inquietação – o
problema. Para tentar explicar a dificuldade expressa no problema, são formuladas
conjecturas ou hipóteses.
Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou
falseadas. Falsear significa tentar tornar falsas as consequências deduzidas das hip’oteses.
Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo confirmar a hipótese, no método
hipotético-dedutivo ao contrário, procura-se evidências empíricas para confirmá-la.
3 ? GIL, António Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (1994:31-33).19
Método Dialéctico - como lógica do pensamento, ligando todos os fenómenos
( acontecimentos anteriores, presentes, os possíveis no futuro, etc). É o método de
investigação da realidade
Os princípios da abordagem dialéctica residem no seguinte4:
- princípio da unidade e luta dos contrários
- princípio da transformação das mudanças quantitativas em qualitativas
- princípio da negação da negação
Método Fenomenológico - consiste em mostrar o que é dado e em esclarecer este dado.
Orientado totalmente para o objecto. Interessa-se por aquilo que é, e não o que estará por
detrás disto ou daquilo. Não é dedutivo nem empírico. Não explica mediante leis nem
deduz a partir de princípios, mas considera imediatamente o que está presente
consciência objecto.
Métodos Específicos das Ciências Sociais (de Procedimentos) – experimental,
observacional, comparativo, estatístico, clínico, estudo de caso, hist’orico, funcionalista,
estruturalista e outros.
► Técnica
Técnica é um conjunto de preceito ou processos de que se serve uma ciência ou arte; é a
habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prática.
No item relacionado com a colecta de dados será abordado com substância este aspecto.
4 ? GIL, António Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (1994:34-36).
20
► Instrumento
Os instrumentos da pesquisa constituem os materiais ao serviço das técnicas de pesquisa.
Eles são organizados de acordo com a técnica a aplicar. Na colecta de dados serão
mencionados com mais clareza.
8.1 População / Universo
Usualmente, fala-se de população ao se referir todos os habitantes de determinado lugar.
Em termos estatísticos, população pode ser o conjunto de indivíduos que trabalham e ou
habitam em um mesmo lugar, os estudantes em uma mesma universidade, toda a
população de refrigerantes de uma fábrica, todos os cabritos de determinada região do
país, os empregados de uma fábrica etc.
Cada unidade ou membro de uma população, ou universo, denomina-se elemento, e que
quando se toma certo número de elementos para averiguar algo sobre a população a que
pertence, fala-se de amostra.
8.2 Amostragem
Denomina-se amostragem o processo de selecção e escolha dos elementos de uma
população para constituir uma amostra. Por amostra entende-se um subconjunto da
população por meio do qual é possível estimar as características dessa população.
21
8.2.1 Vantagens da amostragem na pesquisa científica:
8.2.1.1 Custo reduzido
Como Os dados de um levantamento por amostragem são obtidos de uma fracção da
população, os custos são bem
menores que os de um censo integral
8.2.1.2 Rapidez
Nas pesquisa por amostragem os dados podem ser colectados, tabulados e analisados
com rapidez muito maior que nos censos completos. Este aspecto é fundamental,
quando se tem urgência nas informações. Mesmo admitindo-se que os dados obtidos a
partir da totalidade da população sejam mais precisos, é possível que percam parte de
seu valor em função do tempo decorrido entre a colecta e a análise dos dados.
8.2.1.3 Exactidão
Nos levantamentos por amostragem torna-se possível utilizar pessoal com melhor
qualificação e treinamento, bem como exercer maior controle na supervisão dos trabalhos
de colecta e tabulação dos dados. Em virtude da consequente redução do volume de
trabalho, a amostragem pode proporcionar resultados mais exactos que a contagem total.
8.2.2 Tipos de Amostragem
Existem diversos critérios de classificação de amostras, mas, em geral, dividem-se em
dois grandes grupos: amostras probabilísticas e não probabilísticas
Os tipos de Amostragem probabilísticas mais usuais são: aleatória simples, sistemática,
estratificada, por conglomerado e por etapas. Dentre os tipos de amostragem não
prbabilística, os mais conhecidos São: Acidentais, Intencionais ou de Selecção Racional.
8.2.2.1 Amostragem Aleatória Simples
A amostragem aleatória simples também conhecida por amostragem casual, é o
procedimento básico da amostragem científica. Pode-se dizer mesmo que todos os outros
procedimentos adoptados para compor amostras constituem variações deste.
A amostragem aleatória simples consiste em atribuir a cada elemento da população um
número único para depois seleccionar alguns desses elementos de forma casual.
22
Para que uma amostra seja aleatória, os elementos da população devem ter uma
probabilidade igual ou conhecida, distinta de zero, de ser seleccionados para formar parte
da amostra.
Para cumprir esse princípio, é necessário possuir uma lista completa dos elementos que
formam parte da população, de tal maneira que por meio de um método apropriado se
possa seleccionar ao acaso aqueles elementos que constituirão a amostra. Os métodos
utilizados podem ir desde o uso de simples dados para sorteio até as tabelas de números
aleatórios criados cientificamente que aparecem em alguns livros de estatística.
23
8.2.2.1.1 Vantagens da amostra aleatória simples:
- requer mínimo conhecimento da população;
- é simples de calcular
- facilita análise
8.2.2.1.2 Desvantagens:
Não garante inclusão de casos minoritários em populações muito
grande.
8.2.2.2 Amostra Acidental
Amostra acidental é um subconjunto da população formado pelos elementos que se pode
obter, porém, sem nenhuma segurança de que constituam uma amostra exaustiva de todos
os possíveis subconjuntos do universo.
Com base em uma amostra acidental, não é possível generalizar em termos da população,
visto que não se pode ter nenhuma certeza de que ela seja representativa do universo a
que pertence.
Uma amostra acidental pode ser de utilidade em um primeiro contacto com um problema
de investigação, quando o pesquisador ainda não tem suficiente clareza sobre as variáveis
a considerar.
As conclusões a que chegar com uma amostra acidental poderão levá-lo a estabelecer
hipóteses susceptíveis serem contrastadas em trabalhos futuros.
Na elaboração de itens de questionários, entrevistas ou testes, é conveniente utilizar,
antes de sua aplicação definitiva, amostras acidentais para comprovar a validez de
linguagem ou de problemas relacionados com os objectivos do instrumento.
Exemplos desse tipo de amostra:
- Os pacientes que têm sido atendidos em um determinado hospital;
24
- Opinião dos líderes sobre a sua comunidade
- As crianças disléxicas de um estabelecimento educacional
8.3 COLECTA de DADOS
Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas
seleccionadas, a fim de se efectuar a colecta dos dados previstos.
É tarefa cansativa e toma, quase sempre, mais tempo do que se espera. Exige do
pesquisador paciência, perseverança e esforço pessoal, além do cuidadoso registo dos
dados e de um bom preparo anterior.
“O rigoroso controle na aplicação dos instrumentos de pesquisa é factor fundamental para
evitar erros e defeitos resultantes de entrevistadores inexperientes ou de informantes
tendenciosos”( MARCONI E LAKATOS, 2002:31/32).
São vários os procedimentos para a realização da colecta de dados, que variam de acordo
com as circunstâncias ou com o tipo de investigação. Em linhas gerais, as técnicas de
pesquisa são:
• Colecta documental
• Observação
• Entrevista
• Questionário
• Formulário
• Sociometria
• Análise de conteúdo
• História de vida e outras
• Pesquisa Bibliográfica
25
a) Colecta Documental - colecta de dados restrita a documentos, escritos ou não,
constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser recolhidas no
momento em que o facto ou fenómeno ocorre, ou depois.
Fontes de Documentos:
b) Arquivos Públicos (Municipais, Provinciais, Nacionais), que
contêm documentos oficiais, publicações parlamentares, documentos jurídicos, e outros.
c)Arquivos Particulares (domicílios particulares, instituições de ordem pública e/ou
privada)
d) Fontes Estatísticos
• característica da população( idade, sexo, raça, escolaridade, profissão, religião,
estado civil, renda etc.)
• Factores que influenciam o tamanho da população ( fertilidade, nascimentos,
mortes, doenças, suicídios, emigração, imigração, etc)
• Distribuição da população ( habitat rural e urbano, densidade demográfica e
outros)
• Factores económicos, Moradia, Meios de comunicação etc.
e) Observação - Técnica que para a obtenção de informações utiliza os sentidos.
Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar factos au fenómenos que
se deseja estudar.
É um elemento básico de investigação de investigação científica, utilizado na pesquisa de
campo e se constitui na técnica fundamental da antropologia
26
f) Entrevista - de acordo com Goode e Hatt “consiste no desenvolvimento de precisão,
focalizarão, fidedignidade e validade de um certo acto social como a conversação”. É
um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito
de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um
procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de dados ou para ajudar no
diagnostico ou no tratamento de um problema social.
g) Questionário - é um instrumento de colecta de dados constituído por uma série
ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do
entrevistador. Em geral, o pesquisador envia o questionário ao informante, pelo correio
ou por um portador; depois de preenchido, o pesquisador devolve-o do mesmo modo.
Esta técnica tem suas vantagens e desvantagens como em todas técnicas de colectas de
dados.
h) Formulário - é um dos instrumentos essenciais para a investigação social cujo
sistema de colecta de dados consiste em obter informações directamente do
entrevistado. Conforme Nogueira (1968;129) citado por MARCONI e LAKATOS
(2002: 112)
“é uma lista formal, catálogo ou inventário destinado à colecta de
dados resultantes quer da observação, quer de interrogatório, cujo
preenchimento é feito pelo próprio investigador, à medida que faz as
observações ou recebe as respostas, ou pelo pesquisado, sob sua
orientação”.
i) Sociometria - é uma técnica quantitativa que procura explicar as relações pessoais
entre indivíduos de um determinado grupo.
2. Análise de Conteúdo - tem como finalidade descrever, sistematicamente, o
conteúdo das comunicações
27
j) História de Vida - é um técnica de pesquisa social utilizada pelos antropólogos,
sociólogos, psicólogos e outros estudiosos, para obter dados
relativos à “experiência íntima ”de alguém que tenha significado importante para o
conhecimento do objecto em estudo. Por meio dessa técnica, procuram-se captar as
reacções espontâneas do entrevistado, em face de certos acontecimentos fundamentais de
sua vida.
Não existe um instrumento padrão que deve ser aplicado em cada trabalho de pesquisa, a
sua utilização depende por um lado dos objectivos que se pretende obter em cada
pesquisa e, por outro, da experiência de cada pesquisador.
l) Pesquisa Bibliográfica - A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange
toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações
avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material
cartográfico etc., até meios de comunicação orais, como: rádio, gravações em fitas
magnética e audiovisuais, filmes e televisão.
Finalidade: colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito
ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que
tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas quer gravadas.
8.4 Elaboração dos dados
Após a colecta dos dados, realizada de acordo com os procedimentos estabelecidos, eles
são elaborados e classificados de sistemática.
Antes da análise e interpretação, os dados devem seguir os seguintes passos:
8.1.Codificação
É a técnica operacional utilizada para categorizar aos dados que se relacionam a
codificação, os dados são transformados em símbolos, podendo ser tabelados e
contados.
A codificação divide-se em duas partes ;
- Classificação dos dados, agrupando-os sob determinadas categorias;
28
- Atribuição de um código, número ou letra, tendo cada um deles significado.
Codificar quer dizer transformar o que é qualitativo em quantitativo, para facilitar não só
a tabulação dos dados, mas também sua comunicação.
8.2. Tabulação
Disposição dos dados em tabelas, possibilitando assim maior facilidade na verificação
das inter-relações entre eles. É uma parte do processo técnico de análise estatística, que
permite sintetizar os dados de observação conseguidos pelas diferentes categorias e
representá-los graficamente. Dessa forma, os dados poderão ser melhor compreendidos e
interpretados com maior rapidez.
Os dados são reunidos de modo que as hipóteses possam ser comprovadas ou refutadas.
9. Análise e Interpretação dos Dados
Uma vez manipulados os dados e obtidos os resultados, o passo seguinte é análise e
interpretação destes, constituindo-se ambas no núcleo central da pesquisa.
Para Best (1972:152) citado por MARCONI e LAKATOS (2002:34 ) “representa a
aplicação lógica dedutiva e indutiva do processo de investigação”.
A importância dos dados está não neles mesmos, mas no facto de proporcionarem
respostas às investigações.
Análise e interpretação são duas actividades distintas mas estreitamente relacionadas e,
como processo, envolvem duas operações importantes que se intendem da seguinte
modo:
29
9.1 Análise
Na análise o pesquisador entra em mais detalhes sobre os dados decorrentes do trabalho
estatístico, a fim de conseguir respostas às suas indagações, e procura estabelecer as
relações necessárias entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas. Estas são
comprovadas ou refutadas, mediante a análise.
9.2 Interpretação
É a actividade intelectual que procura dar um significado mais amplo às respostas,
vinculando-as a outros conhecimentos. Em geral, a interpretação significa a exposição do
verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objectivos propostos e ao
tema. Esclarece não só o significado do material, mas também faz ilações mais amplas
dos dados discutidos.
Na interpretação dos dados da pesquisa é importante que eles sejam colocados de forma
sintética e de maneira clara e acessível.
9.3 Conclusões
Última fase da planificação e organização do projecto de pesquisa, que explicita os
resultados finais considerados relevantes.
As conclusões devem estar vinculadas à hipótese de investigação, cujo conteúdo foi
comprovado ou refutado.
Em termos formais, é uma exposição factual sobre o que foi investigado, analisado,
interpretado; é uma síntese comentada das ideias essenciais e dos principais resultados
obtidos, explicitados com precisão e clareza.
Ao se redigirem as conclusões, os problemas que ficaram sem solução serão apontados, a
fim de que no futuro possam ser estudados pelo próprio autor ou por outros.
30
Em geral, não se restringem a simples conceitos pessoais, mas apresentam inferência
sobre os resultados, evidenciando aspectos válidos e aplicáveis a outros fenómenos, indo
além dos objectivos imediatos.
Uma conclusão pode ser uma repetição de um trecho do relatório que conclua por alguma
coisa, pode ser esse mesmo trecho parafraseado ou pode ser a conjunção particular tirada
ao longo do texto.
Jamais, entretanto, é permitido concluir por algo que, implícita ou explicitamente, não se
encontre, por sua vez, no corpo do relatório – texto e/ou ilustrações.
Sem a conclusão, o trabalho parece não estar terminado. A introdução e a conclusão de
qualquer trabalho científico, via de regra, são as últimas partes a serem redigidas.
Para dar às conclusões o destaque que merecem, elas devem figurar, quando em final de
capítulo, em item próprio, e em capítulo especial e final quando disserem respeito a todo
o conteúdo do relatório.
Portanto, pode concluir-se com base:
- no problema anunciado ou
- nos objectivos da pesquisa ou
- nos resultados do estudo
9.4 Recomendações
Em se tratando de pesquisa aplicada, devem-se fazer recomendações para que outros
interessados possam valer-se das informações ou repetir as experiências e
observações.
Recomenda-se em função da conclusão a que se tiver chegado , por isso:
- diz-se o que foi constatado
- elabora-se recomendações com base na constatação
- explica-se a finalidade da recomendação.
É importante notar que na introdução, no resumo, na conclusão e nas recomendações
dispensa-se citações.
31
10. Relatório
11.1 Estrutura de um relatório de pesquisa
científica.
Marconi e Lakatos. Técnicas de pesquisa.5ed.SP:Atlas,2002; págs. (220- 224)
Redacção e estilo Marconi e Lakatos. Técnicas de pesquisa.5ed.SP:Atlas,2002.
Pág. 225
Para facilitar o trabalho dos docentes e dos estudantes, o autor monta um guião prático
para os trabalhos no processo de Ensino-Aprendizagem e de graduação
Guia prática para apresentação de teses, dissertações, trabalhos de graduação5
I. Ordens dos elementos
1. Estrutura
Um trabalho de graduação é constituído pelas seguintes grandes partes:
a) Pré-Textual
b) Texto ou corpo do trabalho
5 AMARAL Wanda do. Guia para apresentação de teses, dissertações e trabalhos de graduação. UEM.
Maputo , 1994
32
c) Post-Textual
2. A parte Pré-Textual é composta pelos seguintes elementos
► capa (opcional)
► Folha de Rosto
► Índice
► Errata se necessário
► Dedicatória ( opcional)
► Resumo
2.1 . Capa
A Capa vem antes de rosto e deve conter os seguintes elementos
- O título da tese ou do trabalho
- Nome do pesquisador
- Data da submissão
2.2 Folha de Rosto
Evasão da Rapariga no EPC no Posto Administrativo de Anchilo
Frederico Passi
Tese de Licenciatura .... / Mestrado em ...
Submetida à Academia Militar
33
Tutorado por
Prof. Dr. André Gomes
Nampula, Fevereiro 2009
2.3 Índice
O índice dá uma visão de todo o conteúdo e estrutura da tese ou trabalho académico.
Uma boa tabela de conteúdos ou índice é como um sumário de todo o trabalho.
O índice é a lista de todas as componentes da tese ou trabalho académico com indicação
do número da página onde se encontram.
2.4 Errata
Lista de erros, com as devidas correcções e indicação das páginas e, quando possível das
linhas em que os mesmos aparecem. Deve ser impressa numa folha sob o cabeçalho
“Errata”.
2.5 Dedicatória
Texto geralmente curto, no qual o autor presta homenagem ou dedica o seu trabalho a
alguém.
34
2.6 Resumo
O resumo reflecte toda a pesquisa de forma sumária. Ele compõe-se de aspectos com a
ordem que se segue:
a) Tema
b) Objectivo
c) Problema
d) Métodos utilizados para lidar com o problema Resultados obtidos
e) Conclusão alcançada
f) Recomendações apresentadas
NB.O resumo pode ser apenas em uma página
3. Texto ou Corpo do Trabalho
O corpo do trabalho é composto por seguintes partes”
► Introdução
► Problematização
► Justificativa
► Delimitação
► Formulação dos Objectivos
► Formulação de Hipóteses
► Marco Teórico
► Metodologia
► Apresentação análise e Interpretação dos dados
► Conclusão
► Recomendações
Elementos Pôs-textuais
► Bibliografia
► Anexos ou apêndices
3.1 Introdução
a) definição do assunto;
35
b) finalidade / objectivo do trabalho;
c) a ordem de abordagem / principais tópicos sob os quais a exposição será feita..
3.2 Problematização
a) clarifica o objecto de estudo
b) Manifestação da situação / característica do fenómeno
c) Contextualização do problema / o que está acontecendo realmente e/ou o que
aconteceu
d) Colocação do problema rea
3.3 Justificativa
a) Experiência vivida em relação ao fenómeno
Ex: na minha experiência como docente na Academia Militar pude observar a
presença maciça de rapazes em relação à rapariga apesar do esforço desmedido do
Governo em promover rapariga no processo de Ensino-Aprendizagem
b) Formação do problema que se pretende pesquisar
Após a colocação da experiência, o pesquisador coloca a sua inquietação formulando o
problema.
c) Contribuição do trabalho
d) Contribuição em âmbito académico, científico e social
► Delimitação
► Formulação dos Objectivos
► Formulação de Hipóteses
3.4 Marco Teórico ( Revisão Bibliográfica)
Pesquisa alguma parte hoje da estaca Zero. Mesmo que exploratória, isto é, de avaliação
de uma situação concreta desconhecida, em um dado local, alguém ou um grupo, em
algum lugar, já deve ter feito pesquisas iguais ou semelhantes, ou mesmo
complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida. Uma procura de tais fontes,
documentais ou bibliográficas, torna-se imprescindível para não duplicação de esforços, a
não “descoberta” de factos ou ideia já expressas.
3.5 Metodologia
a) tipo de pesquisa
36
b) universo
c) amostra
d) técnicas de colecta de dados
e) método de apresentação e análise de dados
f) dificuldades encontradas
3.6 Análise e interpretação dos dados
As hipóteses e os respectivos indicadores e variáveis devem servir de subtítulos para a
análise dos dados.
3.7 Conclusão
conclui-se com base:
- no problema anunciado ou,
- nos objectivos da pesquisa ou
- nos resultados do estudo ( confirmação e/ou não confirmação das hipóteses)
3.8 Recomendações
- diz o que foi constatado
- na base da constatação elabora-se recomendação
- explica-se a finalidade das recomendação
3.9 Referências Bibliográficas
Na referência bibliográfica não inclui apenas as publicações ou a literatura citada no texto
ou que conste nas notas de rodapé, mas também toda aquela que tenha servido de suporte
ao trabalho.
Existem vários sistemas de referência bibliográfica. É importante que qualquer, sistema
escolhido seja mantido em toda a referência bibliográfica
A) ESQUEMA
Conforme MARCONI e LAKATOS (2002: 239) e AMARAL, Wanda do (1994:63)
sobre apresentação de referências bibliográficas relativo a livros.
37
Autor / Título / Subtítulo / Edição / Cidade onde foi publicada / Editora / Ano de
publicação / Número de volumes ( indicação de tese ou nota de série). Os elementos
devem ser separados apenas por um espaço.
FRADA, João José Cúcio. Guia prático para elaboração e apresentação de trabalhos
científicos. 2.ed. Lisboa: Edições Cosmos, 1991. 111 p.
B) LIVROS
Autor: pelo último sobrenome, com excepção dos nomes eapanhoís, que entram pelo
penúltimo, e dois sobrenomes.
a) ELEMENTOS ESSENCIAIS
Título: em negrito, sublinhado ou itálico
Subtítulo: se houver, separado do título por dois pontos, sem grifo.
Ex:
REHFELDT, Gládis Knak. Monografia e tese: guia prático. Porto Alegre: Sulina, 1980
b) ELEMENTOS COMPLEMENTARES
O nome do director, tradutor, ilustrador, organizador etc. deve ser acrescentado ao
título, quando necessário, e abreviado : dir., trad., ilustr., org., etc.
O número da edição: que não a primeira. Indica-se o número da edição seguido de ponto
e da abreviatura da palavra edição (ed) no idioma da publicação.
Local de publicação: quando há mais de uma cidade, indica-se a primeira mencionada na
publicação.
Editora: apenas o nome que identifique, eliminando-se as indicações “editor”, “livraria”,
“companhia” etc., desde que dispensável sua identificação.
Ano de publicação:
O número de páginas ou volumes: quando a publicação tem apenas um volume, indica-
se o número de páginas ( não obrigatório), seguido da abreviatura “p”. Quando tem mais
de um volume, indica-se o número deste, seguido da abreviatura “v”.
38
c) citação do livro com autor espanhol
Ex:
ALONSO GARCIA, Manuel. Derecho del trabajo. Barcelona: Bosch, 1960
c) citação de livro com dois autores
Ex:
HENRIQUES, António; MEDEIROS, João Bosco. Monografia no curso de direito.
São Paulo: Atlas, 1999.
d) citação de livro com três autores
Ex:
TAFNER, Malcon Anderson; TAFNER, José; FISHER, Juliane. Metodologia
do trabalho académico. Curriba: Juruá, 1998.
e) citação de livro com mais de três autores
Ex:
SELLTIZ, C. et. al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder,
1965
f) g) citação de livro com o mesmo autor da citação anterior
Ex:
NÉRICI, Imídeo G. Metodologia do ensino superior. Rio de Janeiro: Fundo de
cultura, 1967.
________________. Educaçào e Metodologia .2.ed. Rio de Janeiro: Fundo de
cultura, 1973
39
g) quando uma entidade colectiva assume integral responsabilidade por um trabalho,
ela é tratada como autor.
Ex:
INSTITUITOPANAMERICANO DE GEOGRAFIA E HIST’RIA (Venezuela)
Fuentes Documentales para la independência de América. Caracas, 1976.3.v.
3.10 TESES, DISSERTAÇÕES
AUTOR: Título: Subtítulo. Ano de apresentação. Número de páginas ou Volumes. Nota
relativa a designação da tese, grau, nome da Instituição ou Faculdade, ano em que o
grau foi conferido.
Ex:
SENNE JUNIOR, Murilo. Instrumentação Sísmica para centrais nucleares. 1983. 116 p.
Dissertação, Mestrado, Escola de Engenharia da UFMG, 1983.
FELICIANO, José Fialho. Antropologia Económica dos Thonga do Sul de Moçambique.
Lisboa, 1989. 2 vols. Tese, Doutoramento, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e
da Empresa, 1992.
KUIJER, James Cristian. A Calculational Study on neutron kinetics and thermodynamic
of a gaseous core fission reactor. 1992. 148 p. Tese, Ph. D., Delft University of
Technology, 1992.
3.11 CONFERÊNCIAS, CONGRESSOS E OUTROS ENCONTROS
CIENTÍFICOS
Nome da Conferência, n.º, ano, local de realização ( cidade).
Título... Subtítulo da publicação. Local de publicação ( cidade): Editora, data de
publicação. Número de páginas ou volumes.
40
Ex:
Congresso Internacional de Hegel, 11 1976, Lisboa. Ideia e matéria: Comunicações ao
Congresso de Hgel. Lisboa: Livros Horizonte, 1976. 96 p.
Congresso Internacional de Estudos Pessoanos, 1, 1978, Porto
Actas ... Porto: Brasília Editora, 1979. 725 p.
3.12 PARTES DE PUBLICAÇÕES AVULSAS6
a) CAPÍTULOS DE LIVRO
AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo ou parte (sem grifar). In:
AUTOR DO LIVRO. Título: subtítulo do livro. Menção da Edição. Local de
publicação (cidade): Editora, data. Volume, capítulo, páginas inicial-final da
parte.
Ex:
ALPERS, E. A. The Yao in Malawi: the important of local research.
In: PACHAL, B. The early history of Malawi. London: Longman, 1972. p. 168-
178.
b) Quando o autor do capítulo ou parte for o mesmo da obra principal, referencia-se
a publicação no todo, dando destaque à parte consultada no final da refer6encia
Ex:
6 MARCONI e LAKATOS (2002: 241) e AMARAL, Wanda do (1994:64) sobre apresentação de
referências bibliográficas relativo a capítulos de livros41
PERRINS, C. M. Avian ecology. Glasgow: Blackie, 1983 221 p. cap. 2: Social
Systems, p. 7-32
c) Quando o autor do capítulo ou parte for não o mesmo da obra principal
Ex:
ABRAMO, Peseu. Pesquisa em Ciências Sociais. In: HIRANO, Sedi (Org.).
Pesquisa Social: projecto e planejamento. São Paulo: TAQ, 1979.
d) quando a parte ou o capítulo não tem título próprio e é escrita pelo mesmo autor
da obra principal
Ex:
ESDAILE, Arundel. A studente manual of bibliography.
2.ed.London: Allen & Unwin, 1932. Cap. 6A, p. 178-196.
e) Partes Isoladas ( páginas)
AUTOR DA PUBLICAÇÃO. Título. Edição. Local de publicação (cidade): Editora,
data, n.º das páginas sequenciais e isoladas
Ex:
BIER, O. Bacteriologia e imunologia. 15.ed. São Paulo:
Melhoramento, 1970. p. 806-807, 816, 831.
3.13 RABALHOS APRESENTADOS EM CONFERÊNCIAS
AUTOR DO TRABALHO. Título: Subtítulo. In Nome da conferência, n.º, ano, local de
realização. Título da publicação ... Subtítulo. Local da publicação (cidade): Editora, data.
Páginas inicial-final do trabalho.
42
Ex:
CASTRO, Yeada P. de. Níveis Sociolinguísticos da interacção de
influências africanas no português. In Encontro Nacional de Linguística, 3,
1978, Rio de Janeiro. Conferências ... Rio de
Janeiro: PUC/RJ, 1978.
LEDIC, I.L. et al. Estimativas de parâmetros genéticos. In Reunião Anual da
Sociedade Brasileira de Zootecnia, 20, 1983, Pelotas. Anais ... Pelotas:
Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1983. p. 225
3.14 PARTES DE PUBLICAÇOES PERIÓDICAS: FASCÍCULOS E ARTIGOS.
A) FASCÍCULOS
Título do Periódico, mês, ano, volume, número.
Ex:
Cadernos de Psicologia, Out. 1984, Vol. 1, n.º 1.
NB A indicação do mês deve ser feita de forma abreviada, na língua de origem do
periódico
b) ARTIGO DE PUBLICAÇÃO PERIÓDICA
AUTOR. Título do Artigo. Título do periódico, mês, ano, n.º
volume , n.º fascículo, páginas inicial-final
Ex:
PARRA, Acúrcio A. H.A.N. O campo de quinherlito de cacuílo (Angola). Garcia de Orta,
sér.de Geologia, 1993, vol. 15, n.º. 1e 2, p. 31-36
c) ARTIGO DE JORNAL
AUTOR. Título do Artigo. Título do Jornal, dia, mês, ano, n.º ou
título do caderno , secção ou suplemento, páginas inicial-final.
Ex:
43
MASCARENHAS, MRIA das Graças. Sua safra, seu dinheiro. O Estado de São
Paulo, 17 Set. 1986. Suplemento Agrícola, p. 14-16
DIS, Adriaan Van. O negar da língua. Demos, 9 nov. 1994. Secção cultural, p. 11.
d) EVENTO EM MEIO ELECTRÓNICO
Ex:
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA da UFPE, 4.ed, 1996, Recife. Anais
electrónicos. Recife: UFPE. 1996. Disponível em : < http::// WWW. PROPESP.
UFPE.BR./ANAIS/ANAIS.HTM >. Acesso em: 21 há. 1997.
Política. In: Dicionário da língua portuguesa. Lisboa: Priberan Informática, 1988.
Disponível em: < site: http: //www //333. Priberan. Pt /didlpo>. Acesso me 8 mar.
1999.
NB. Não se recomenda referenciar material electrónico de curta duração nas redes.
4. Citações
Conforme AMARAL (1994:45) as citações são textos transcritos ou informações
retiradas das publicações consultadas para a realização do trabalho. São introduzidas no
texto com o propósito de esclarecer ou complementar as ideias do autor. A fonte de onde
foi extraída deve ser citada obrigatoriamente, respeitando-se desta forma os direitos do
autor.
Segundo ele, as citações bibliográficas podem ser livres ou textuais.
4.1 Citação Livre
É a reprodução de ideias e informações do documento, sem, contudo, se transcrever as
própria palavras do autor. Há várias forma de se fazer este tipo de citação:
44
a) quando o nome (s) do (s) autor (es) faz parte integrante do texto, menciona-se a
(s) data (s) da (s) publicação (ões) citada (s) , entre parênteses, logo após o nome
do autor.
Ex:
Como lembra Martins (1984), o futuro desenvolvimento da informação está cada
dia mais dependente de um plano unificado de normalização.
Borko & Bernick (1962( realizaram também experiências similares mas
alargaram o emprego do computador até formulação das categorias.
Uma descoberta chave de Zetter et al. (1992) foi que os programas dos ONGs do
norte criaram um outro equilíbrio na distribuição de recursos do programa de
refugiado
b) a indicação da fonte, entre parênteses, pode ser registada no fim da citação, para
evitar a interrupção na sequência do texto;
Ex:
Após esse primeiro isolamento, na Inglaterra, vários casos têm sido descritos em países
como Canadá, Noruega e Finlândia ( Glazer-Brook et al., 1973; Jones., 1981)
c) quando se trata de entidades colectivas conhecidas por sigla, deve citar-se o nome por
extenso acompanhado da sigla na primeira citação e, a partir daí, usar apenas a sigla;
Ex:
A Tab. 2 confirma os dados apresentados anteriormente ( Instituto Nacional de
Investigação Agrária – INIA, 1975
45
Nas citações seguintes deve usar –se apenas a sigla: INIA ( 1975) ou (INIA, 1975
4.2 Citação Textual
É a transcrição literal de textos de outros autores. É reproduzida entre aspas ou destacada
tipograficamente, exactamente como consta do original, acompanhada de informações
sobre a fonte.
a) as citações curtas são inseridas no texto.
Ex:
Onomasiologia é o “ramo da semântica que parte do sentido e procura identificar o nome
ou nomes que lhe estão ligados” ( Ullman, 1967:130)
c) as citações longas (mais de três linhas) devem constituir um parágrafo
independente, recuado e com espaço de entrelinha menor do que aquele que está a
ser utilizado no trabalho;
Ex: Quando falamos, estamos sujeitos a muitas limitaçòes que não existem no caso da escrita ; precisamos manter a atenção do interlocutor ; não podemos sobrecarregar a sua memória; não podemos voltar a apagar o que acabamos de dizer . ( Perini, 1980)
4.3 Citação de citação
Deve ser feito todo o esforço para se consultar o documento original. No entanto, nem
sempre é possível o acesso a certos textos. Nesse caso, pode reproduzir-se informação já
citada por outros autores que tenham efectivamente consultado o documento. Para isso
deve-se proceder da seguinte forma:
no texto, citar o apelido do autor do documento não consultado, seguido das
expressões: apoud “citado por”, “conforme” ou “segundo” e o apelido do
autor do documento efectivamente consultado.
Em nota de rodapé mencionar os dados do documento original
46
Ex:
Marinho7, citado por MARCONI & LAKATOS (1982), apresenta a formulação do
problema como uma fase de pesquisa, que, sendo bem definido, simplifica e facilita a
maneira de conduzir a investigação.
Na listagem bibliográfica deve incluir-se os dados completos do documento
efectivamente consultado.
Ex: MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982.
Quando não se usa nota de rodapé, devem incluir-se duas entradas na listagem
bibliográfica:
- uma relacionando o documento não consultado, seguido da expressão “apoud” (
citado por) e os dados do documento efectivamente consultado
- outra entrada relacionado apenas os dados da fonte consultada.
Ex:
Marinho, Pedro. A Pesquisa em ciências humanas. Petrópolis: vozes, 1980 apoud
MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982
MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982.
5. RECOMENDAÇÕES
7 Marinho, Pedro. A Pesquisa em ciências humanas. Petrópolis: vozes, 1980
47
a) Pode citar-se, após a data ou número da referência, a página de onde se
transcreveu o trecho. O número de página ou é precedido pela abreviatura de
página ou é precedido pelo sinal de dois pontos;
Ex: ULLman (1967, p. 100) considera que palavra não existe senão pelo contexto.
Ou ULLman (1967: 100) considera que palavra não existe senão pelo contexto
O problema da selecção de livros é fornecer ao leitor, cujos interesses e capacidades
são conhecidos, o livro que se ajusta àqueles interesses e capacidades melhor do que
qualquer outro livro (Wellard, 1937, p. 98)
Ou O problema da selecção de livros é fornecer ao leitor, cujos interesses e
capacidades são conhecidos, o livro que se ajusta àqueles interesses e capacidades
melhor do que qualquer outro livro (Wellard, 1937: 98)
b) quando houver coincidência de apelidos de autores, acrescenta-se as iniciais dos seus
nomes próprios;
Ex:
Azevedo, C. ( 1957)
Azevedo, M. ( 1957)
c) quando se tratar de vários trabalhos de um mesmo autor, escritos em datas diferentes,
cita-se o apelido do autor, seguido das datas entre parênteses; para citação de vários
trabalhos de um mesmo autor com a mesma data, usam-se letras minúsculas
acompanhando a data
Ex:
Lagerloff (1934, 1956 e 1937) encontrou 22.08% de machos afectados dessa hipoplasia.
Campbell (1969, 1971, 1972a, 1972b) …
48
d) citação de livros anónimos: de colectâneas sem editor responsável, enciclopédias e
dicionários sem editor em destaque; a entrada é pelo título, não sublinhado.
e) quando se tratar de documentos sem data, citar a expressão s.d., entre parênteses;
Ex:
Machado (s.d.)
TRABALHOS ACADÉMICOS
Existem vários tipos de trabalhos académicos8. Eis alguns tratados de uma forma breve:
Tese de doutoramento – situa-se no fim dos estudos universitários. Vai demonstrar que
o estudante traz algo de novo à ciência, com um contributo válido, original, científico.
Tese de licenciatura ou mestrado – Este trabalho é geralmente uma dissertação que
pode ter tido origem num seminário, só que é feito com mais meios de trabalho e de
investigação. Este tipo de trabalho científico deve mostrar maturidade científica, apuro
técnico e capacidade de utilização das fontes, denotando rigor científico.
Trabalho Curricular - para as diferentes disciplinas no decorrer duma licenciatura –
deve mostrar, para além do conhecimento da metodologia científica, a apresentação
das matérias dadas e a operatividade dos conhecimentos adquiridos.
8 AZAVEDO, Carlos ª Moreira e outros. Metodologia Científica. 3.ed.Porto: C Azavedo, 199649
A apresentação física dos trabalhos merece muito cuidado, já que interfere com a
qualidade da disposição para a leitura.
Os trabalhos devem ser cuidadosamente dactilografados a dois espaços, sem erros. Vele-
se pelo aspecto estético de cada página, tornando-a apetecível para a leitura.
As margens devem ser respeitadas segundo o esquema seguinte:
4
50
3,5 2
3,5
Margens ( em centímetros) a respeitar quando um trabalho é dactilografado.
A página de rosto ou página de título deve conter os seguintes elementos:
Nome da Universidade, faculdade, Instituto ou Academia
Nome do estudante
Tipo de trabalho
Nome do orientador Ano
51
Quando ao título, é importante ter em conta o seguinte: o título sendo claro, conciso e
breve, deve no entanto ser também atraente, suscitando interesse, e descrever o objecto de
forma precisa, localizando-o no tempo e no espaço. Se necessário, pode-se utilizar um
complemento de título.
Exemplo da página de rosto
ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”
Titulo do Trabalho
Nome do Estudante
Trabalho para a Cadeira de
Metodologia Científica do
Docente ........
52
Nampula
2008
NOTAS DE RODAPÉ9
6.1 Finalidade
As notas de rodapé destinam-se a prestar esclarecimentos ou tecer considerações que não
devem ser incluídas no texto, para não interromper a sequência lógica da leitura. Devem
9 AMARAL, (1994:53)53
ser reduzidas ao mínimo e situar-se em local tão próximo quanto possível do texto, não
sendo aconselhável reuni-las todas no fim de capítulos ou da publicação.
6.2 Há dois tipos de notas de rodapé
a) Bibliográficas
São utilizadas para indicar fontes bibliográficas que permitem a comprovação ou
ampliação de conhecimentos do leitor. Indicam textos relacionados com as afirmações
contidas no trabalho, remetendo o leitor a outras partes do mesmo trabalho ou outros
trabalhos para comparação de resultados. Nas notas de rodapé podem também ser
incluídas a tradução de citações feitas em língua estrangeira ou indicação da língua
original de citações traduzidas.
b) Explicativas
Referem-se a comentários, e/ou observações pessoais do autor. Por exemplo, concessão
de bolsas e auxílios financeiros para realização da investigação, nomes de instituições,
endereços, títulos do autor e outros. São também usadas para indicar dados relativos a
comunicação pessoal, a trabalhos não publicados e originais não consultados, mas citados
pelo autor
6.3 Apresentação
As notas de rodapé localizam-se na margem inferior da mesma página onde ocorre a
chamada numérica no texto. São separadas do texto por um traço contínuo de 4 cm e
dactilografadas em espaços simples e com caracteres menores do que os usados no texto.
Usa-se espaço duplo para separar as notas entre si.
54
Ex:
_________________________
¹ MARCONI e LAKATOS (2002: 241) e AMARAL, Wanda do
(1994:64) sobre apresentação de referências bibliográficas relativo a capítulos de
livros
2 AMARAL, (1994:53)
6.4 Notas bibliográficas
As notas de indicação bibliográfica devem conter o apelido do autor, título (opcional),
data da publicação e outros dados para localização da parte citada.
Ex:
_______________________
¹ MACHADO, 1884. p. 81
² Dias, 1964. VOL. 2, P. 7
³ Saraiva 1985, vol3, cap. 2 p. 117-120
Conclusão
O fim do percurso proposto
55
Consciente de todas as prováveis imperfeições neste guia de estudo contudo, espero ter
conseguido atingir o que me havia proposto desde o início deste estudo e no decorrer do
processo de Ensino-Aprendizagem, proporcionar nos meus estudantes e no leitor um
compacto que sirva de um auxílio na compreensão teórico e pragmático na cadeira de
Metodologia de Investigação Científica.
O guia está elaborado de forma a facilitar o esforço na compreensão e na assimilação dos
aspectos que foram abordados no processo de Ensino-Aprendizagem.
Na formação dos futuros oficiais para a defesa da Pátria Amada todo o esforço para
garantir a qualidade é pouco.
Os estudantes e leitores têm uma ferramenta suficiente, prática e global para daí voar por
si só. Quer dizer, ensinar a pescar o peixe e não ensinar a comer o peixe pescado.
Bibliografia
AMARAL Wanda do. Guia para apresentação de teses, dissertações e trabalhos de
graduação. UEM. Maputo , 1994
AZEVEDO, Carlos A. Moreira e outro. Metodologia Científica. 3ed. Porto: T.
Académicos,1996
BELL, Judith. Como realizar um projecto de Investigação. Lisboa:Gradiva,1997
ECO, Umberto. Como se faz uma tese em ciências humanas. 8ed.Lisboa:Presença,1997
GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 3ed.SP:Atlas,1991
_ Métodos e técnicas de Pesquisa social 5ed. S.P.: ATLAS, 1999
MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 5.ed. SP: Atlas, 2002
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Ciência e conhecimento científico: métodos científicos. Teorias, hipóteses e variáveis. 2.ed. S.P.: Atlas 1991
56
_ Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. 4.ed. S.P.: Atlas, 1992
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. S.P.: Atlas, 1999
ÍNDICE
Introdução -------------------------------------------------------------------------1
1. Procedimentos Didácticos ---------------------------------------------------------------- 3
1.1 Leitura -------------------------------------------------------------------------------3
1.1.1 Importância da Leitura ------------------------------------------3
1.1.2 Natureza da Leitura ---------------------------------------------4
1.2 Identificação ------------------------------------------------------------------------5
1.3 Procedimento para uma leitura proveitosa -------------------------------------5
57
2. Como encaminhar uma pesquisa ---------------------------------------------------------7
2.1 O que é uma pesquisa científica ------------------------------------------------ 7
2.2 Porquê se faz pesquisa ? ---------------------------------------------------------8
2.2.1 Razões de ordem Prática ------------------------------------------8
2.2.2.Razões de ordem Intelectual -------------------------------------9
2.3 qualidades pessoais do pesquisador -------------------------------------------10
2.4 Os elementos de uma pesquisa -------------------------------------------------10
2.5 Roteiro de uma pesquisa --------------------------------------------------------11
3. Tipos / Níveis de Pesquisa ---------------------------------------------------------------12
4. Formulação de um problema de pesquisa ----------------------------------------------14
4.1 Definição do problema ----------------------------------------------------------14
4.2 Como formular um problema ---------------------------------------------------15
4.2.1 Problematização --------------------------------------------------16
4.2.2 Justificativa --------------------------------------------------------16
4.2.3 Delimitação -------------------------------------------------------17
5. Formulação de Objectivos de Pesquisa ----------------------------------------------- 18
5.1 Objectivos Gerais --------------------------------------------------------------- 19
5.2 Objectivos Específicos --------------------------------------------------------- 19
6. Construção de Hipóteses --------------------------------------------------------------- 20
6.1 O que são hipóteses ------------------------------------------------------------ 20
6.2 Requisitos básicos na formulação de hipóteses ---------------------------- 20
7.3 As hipóteses são necessárias em todas as pesquisas ? --------------------- 21
6.4 Tipos de hipóteses -------------------------------------------------------------- 21
7. Revisão da Bibliografia ( Marco Teórico ) ------------------------------------------ 23
8. Procedimento ( Desenho) Metodológico --------------------------------------------- 24
8.1 População / Universo ---------------------------------------------------------- 27
8.2 Amostragem --------------------------------------------------------------------- 27
8.3 Colecta de dados ---------------------------------------------------------------- 31
8.4 Elaboração dos dados ---------------------------------------------------------- 35
9. Análise e Interpretação dos dados ----------------------------------------------------- 36
58
9.1 Análise -------------------------------------------------------------------------- 37
9.2 Interpretação ------------------------------------------------------------------- 37
9.3 Conclusões --------------------------------------------------------------------- 37
9.4 Recomendações --------------------------------------------------------------- 39
Guia prático para apresentação de teses, dissertação, trabalhos de graduação ---------- 40
Referências bibliografia ------------------------------------------------------------------------- 45
Citação ---------------------------------------------------------------------------------------------53
Algumas regras ( recomendações) -------------------------------------------------------------56
Trabalhos académicos ---------------------------------------------------------------------------58
Notas de rodapé ----------------------------------------------------------------------------------62
Conclusão -----------------------------------------------------------------------------------------62
Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------------65
GREIA, José
59
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
( GUIA PARA O ESTUDO REVISTO E CORRIGIDO )
NAMPULA, 2008
60