Upload
guiaoffshore
View
214
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Magazine related to the brazilian oil and gas industry.
Citation preview
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
1
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
E D I T O R I A L
Ano III 8aedição - Janeiro/Fevereiro 2012
Redação: Marco Antonio Monteiro (Editor),Cristina Soares, Regina Teixeira e PabloVallejos (Repórteres), Marina Lazzarotto(Pesquisa)
Arte e Diagramação: Lourenço Maciel
Publicidade / Comercial: Luiz EduardoJannuzzi ([email protected])
Telefone da Redação (21) 2240-5077
Email: [email protected]
Endereço (sede própria): Rua Evaristo daVeiga, 35 sala 1512 – Centro - Rio de Janeiro– CEP 20031-040
A revista Gui@offshore Magazine é umapublicação da editora MCM ComunicaçãoLtda, proprietária do portal Gui@offshore(www.guiaoffshore.com.br).
A versão digital desta revista pode ser lidano seguinte endereço eletrônico: http://www.guiaoffshore.com.br/revista_gm4.pdf
P&D para todosSem pesquisa e desenvolvimento (P&D) nenhum país do mundo sai do
lugar comum. Na área petrolífera parece que o Brasil aprendeu que
desenvolver tecnologia requer muitos recursos, atração de empresas de
primeira linha e principalmente ambiente de produção com muitos
desafios, sobretudo em se tratando da prospecção no pré-sal. A reunião
destas prerrogativas está prevista no projeto do Parque Tecnológico da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que surge ao lado do Cenpes
(Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello), na Ilha do Fundão,
zona norte da capital fluminense. Esta unidade da Petrobras responde há
40 anos pelas atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e
engenharia básica da empresa, e tem como missão antecipar soluções
tecnológicas inovadoras e sustentáveis para a companhia na área de
petróleo e gás.
A matéria da repórter Regina Teixeira atesta que mais de cinco mil
empregos de alta qualificação serão gerados neste empreendimento. Para
tanto, são calculados investimentos globais de US$ 2 bilhões em novas
unidades de pesquisas no parque, que tem área inicial prevista de 350
mil metros quadrados. A Subsecretária de Estado de Energia, Logística e
Desenvolvimento industrial , Renata Cavalcanti, comenta com
entusiasmo o projeto: “Iremos desenvolver tecnologia para o mundo”.
Uma parte deste mundo já aposta no projeto, a exemplo da GE, Siemens,
Halliburton, Schlumberger, Tenaris Confab e FMC do Brasil, entre outros,
além de laboratórios e centros de excelência, como o Laboratório de
Tecnologia Oceânica da COPPE. Vamos torcer para o seu sucesso!
A tecnologia da Informação é outro segmento atraído pela esperada
demanda que surgirá na indústria petrolífera nacional nos próximos anos.
A americana Middle Point, que trabalha com soluções de software para
área de logística portuária, já aportou no Brasil. A empresa já conquistou
clientes do porte da Vale e Braskem. Agora sai em busca do crescimento
gigantesco que se espera com a movimentação de embarcações que ocorrerá
no país nos próximos anos em decorrência do pré-sal.
A indústria nacional também busca a inovação para crescer. A empresa
Edra, com atuação no segmento de óleo e gás e há 8 anos fornecedora da
Petrobras, desenvolveu uma tubulação específica com o intuito de atender
as exigências do mercado petrolífero/offshore. Ígor Bolorino, Engenheiro
de aplicação da Edra, garante em entrevista exclusiva que a empresa é a
única brasileira a possuir certificação Type Approval da tubulação off-
shore. A tubulação é aplicada a bordo das plataformas e navios na
condução de água salgada, efluentes orgânicos, efluentes químicos, água
de lastro e água produzida. No momento, a empresa está investindo R$
15 milhões na criação de nova unidade industrial para produção de tubos
de grande dimensão.
Boa leitura!
Marco Antonio Monteiro
Editor
E X P E D I E N T E
2
9
12
16
19
21
Parque tecnológico da UFRJtem a ambição de projetar oRio de Janeiro mundialmentena área de petróleo e gás
Edra investe R$ 15 milhõespara produzir tubos degrande diâmetro em novaunidade industrial
Logística portuária noestilo high-tech
Tenaris investe US$ 7milhões para instalarUniversidade Corporativaem São Paulo
Consultoria prevê quefalta de mão de obraqualificada vai seintensificar em 2012
A Nova Cláusula ArbitralProposta pela ANP
2
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Parque tecnológico da UFRJtem a ambição de projetar o Riode Janeiro mundialmente naárea de petróleo e gás
TTTTTecnologiaecnologiaecnologiaecnologiaecnologia
Por Regina Teixeira
Dentre os diversos projetos
anunciados para os próximos anos
no setor de petróleo e gás, um
deles poderá e levar o Rio de
Janeiro à categoria de polo de
desenvolvimento tecnológico. Em
10 anos o Parque Tecnológico da
Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão,
exibirá um desenho radicalmente
diferente do apresentado hoje. No
lugar, estarão funcionando
empreendimentos grandiosos no
setor de petróleo e gás, tendo como
foco a pesquisa e o desenvolvimento
tecnológico. A previsão é que já em
um ano algumas dessas gigantes
do setor estejam se instalando
fisicamente na região.
Mais de cinco mil empregos de alta
qualificação serão gerados. Para
isso, são calculados investimentos
globais de US$ 2 bilhões em novas
unidades de pesquisas no parque.
A estimativa é que a região, que
possui 350 mil metros quadrados de
área, passe a abrigar mais de 200
empresas, entre multinacionais e
empreendimentos de médio e
pequeno porte. A Subsecretária de
Estado de Energia, Logística e Desenvolvimento
industrial , Renata Cavalcanti, comenta com
entusiasmo o projeto: “Iremos desenvolver tecnologia
para o mundo”. Segundo ela, foram diversas as
solicitações de adesão ao projeto por parte de algumas
empresas. “Várias bateram na nossa porta”, conta.
O parque conta há mais de 40 anos com a presença
do Cenpes (Centro de Pesquisas Leopoldo Américo
Miguez de Mello), unidade da Petrobras responsável
pelas at ividades de pesquisa e desenvolvimento
(P&D) e engenharia básica da empresa que tem
como missão antecipar soluções tecnológicas
inovadoras e sustentáveis para a companhia na
área de petróleo e gás.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento e Energia, o
trabalho de inovação e desenvolvimento tecnológico no
Estado do Rio será ampliado com a chegada das
multinacionais.
O projeto reúne várias empresas de base tecnológica
nas áreas de energia, meio ambiente e tecnologia da
Mais de 200 empresas deverãoocupar a Ilha do Fundão, entre essasa EMC², Siemens e BG. As pequenase médias empresas também serãocontempladas no projeto
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
3
informação, como a Petrobras (Cenpes), GE, Siemens,
Halliburton, Schulumberger, Tenaris Confab e FMC do
Brasil, entre outros, além de laboratórios e centros de
excelência, como o Laboratório de Tecnologia Oceânica
da COPPE.
As empresas que se instalarem no parque terão como
vizinhos alguns dos mais importantes centros de
pesquisas tecnológicos do país: Centro de Tecnologia
Mineral (CETEM), o Instituto de Engenharia Nuclear
(IEN), o Centro de Pesquisa em Energia Elétrica (CEPEL)
e o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). Todas
terão laboratórios próprios, mas também poderão
utilizar as instalações da Universidade.
Além do fato de projetar mundialmente o Estado do Rio
como agente de desenvolvimento tecnológico, além dos
doutores e mestres contratados o projeto tem a ousadia
de incrementar a relação da universidade (alunos e
corpo acadêmico) com empresas de inovação. Uma
discussão bastante antiga no meio acadêmico. Para isso,
haverá parceria de pesquisa com professores e alunos
universitários.
Aliás, o sucesso desta empreitada é condição sine qua
non para que o Estado alcance o desenvolvimento
tecnológico.
Perfil dos empreendimentos
A EMC² Brasil, ligada ao grupo multinacional norte-
americano EMC² Corporation, líder mundial no
desenvolvimento e fornecimento de sistemas de
informação, software e serviços, irá investir US$ 100
milhões no Brasil para instalar um Centro de Pesquisas
em Ciência de Big Data.
A EMC² foi uma das três empresas vencedoras do último
lote da licitação promovida pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), em junho passado, para ocupar
terrenos do Parque Tecnológico da Coppe, na Ilha do
Fundão. As outras são as multinacionais Siemens e BG.
A alemã Siemens é a maior companhia de produtos
eletrônicos do mundo e atua, entre outros setores, em
infraestrutura do setor energético.
O grupo britânico BG é líder mundial em gás natural,
com faturamento anual de US$ 17 bilhões, e é o principal
sócio da Petrobras na Bacia de Santos.
A previsão é que a Siemens, GB e EMC² devem estar
instaladas no Rio em um ano e meio, gerando cerca de
mil empregos para mestres e doutores. Quando isso
acontecer, serão 10 as empresas
atuando em conjunto com a UFRJ,
o que transformará o Parque
Tecnológico da Ilha do Fundão no
maior do mundo em pesquisas do
setor de petróleo e gás, informa a
Secretaria de Desenvolvimento.
“A escolha do Rio de Janeiro por
essas empresas demonstra que o
estado virou uma grife do setor de
petróleo e gás, que tem capacitação
e mão de obra adequada, o que é
um diferencial no Brasil”, atesta
Renata Cavalcanti.
A Siemens prevê empregar 800
pessoas, todas de nível PHD. “É
uma virada do Estado”, ressalta a
Subsecretária.
O centro de pesquisa, o primeiro
da EMC² na América Latina,
será instalado num espaço de
três mil metros quadrados, com
foco nos setores de petróleo e gás,
mídia e entretenimento e
ciências biomédicas.
Renata Cavalcanti, Subsecretária da Secretaria de Desenvolvimento: “Aescolha do Rio de Janeiro por essas empresas demonstra que o estadovirou uma grife do setor de petróleo e gás"
4
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
A EMC² Brasil planeja criar três
funções no Parque Tecnológico:
Centro de Pesquisa Aplicada, que
investigará e definirá necessidades
e requisitos de Big Data nos fluxos
de trabalhos científicos; Laboratório
de Soluções, um laboratório de
pesquisa e desenvolvimento totalmente
equipado com um complemento total
de produtos de armazenamento,
interconexões, produtos de softwares,
infraestrutura de rede e servidores; e
Centro de Apresentações Executivas,
que exibirá produtos e soluções da
multinacional de parceiros.
A empresa, há 12 anos, se instalou
em Hortolândia, interior de São
Paulo, onde produz, desde 2003,
equipamentos em parceria com a
Dell e, iniciou, em 2008, estratégia
de fabricação nacional em parceria
com a empresa Celéstia, além de
criar um centro de pesquisa e
desenvolvimento em parceria com
o Instituto de Pesquisas Eldorado.
Embalada pelo sucesso das
atividades no país, a EMC²
Corporation vai investir US$ 100
milhões no Brasil nos próximos cinco
anos para reforçar sua capacidade
de pesquisa e desenvolvimento
(P&D), vendas, serviços e fabricação
de softwares para atender com mais
eficiência o mercado brasileiro, em
franco crescimento. A empresa
planeja dobrar a operação brasileira
em três anos e o Centro de
Pesquisas na Ilha do Fundão, cuja
instalação deve começar ainda
este ano com prazo de conclusão
previsto para um ano e meio, faz
parte desta estratégia.
A EMC² Corporation, sediada em
Hopkington, Massachusetts, nos
Estados Unidos, tem 43 mil
funcionários em mais de 80 países.
Em 2009, registrou faturamento
de US$ 14 bilhões.
Pequenas empresas se instalam noParque Tecnológico da UFRJ
Conselho Diretor aprova seis novas empresas emprédios compartilhados, e quatro delas sãograduadas pela Incubadora da Coppe
O Parque Tecnológico da UFRJ não é umambiente só para grandes empresas, aexemplo das gigantes do setor do petróleoque já estão lá. Seis novas empresas(Aquamet, Ambidados, Ambipetro,Inovax, Virtualy e Maemfe) foramrecém-aprovadas pelo Conselho Diretorpara ocupar espaços em prédioscompartilhados do Parque. Dessas, quatrosão empresas graduadas da Incubadora deEmpresas da COPPE/UFRJ, e duas delassão spin-off de laboratórios da própriauniversidade.
Para elas, todas de base tecnológica evoltadas para a inovação, entrar no Parqueda UFRJ representa a oportunidade de seestar perto dos centros de P&D da UFRJ edas grandes empresas ali instaladas, econtinuar a crescer dentro de um ambientede inovação. Para o Conselho Diretor,ter pequenas empresas ao lado das grandesaumenta a diversidade de empreendimentos.
Perfil das empresas:
Aquamet - A Aquamet é uma empresaresidente na Incubadora de Empresas daCOPPE/UFRJ desde outubro de 2007. Atuano desenvolvimento de serviços e produtospara área de meteorologia, entre eles ocálculo de garantia física paraaproveitamento energia eólica, qualidadedo ar, dispersão de óleo do mar,planejamento e operação de usinashidrelétricas, comercialização de energia emonitoramento ambiental operacional.Alguns de seus produtos surgiram a partirde pesquisas no LAMCE (Laboratório deMétodos Computacionais em Engenharia).
Ambidados - A Ambidados foi criada em2007, a partir de um spin-off do LIOc(Laboratório de InstrumentaçãoOceânica), e instalada na Incubadora deEmpresas da COPPE/UFRJ. Atuante nossetores offshore, onshore e inshore, aAmbidados oferece serviços e produtospara a indústria de petróleo e gás, comfoco no monitoramento ambiental. Em
2010, a empresa ganhou o prêmio RioExport na categoria revelação pequenaempresa. Neste ano, as exportações daAmbidados somaram US$580 mil.
Inovax - A Inovax desenvolve soluçõesem telecomunicações para uso profissionalde alta performance, com ênfase especialno segmento de mesas de operaçõesfinanceiras e centros de decisão. A empresaatua no mercado de EngenhariaEletrônica, Telecomunicação e TI desde1989, desenvolvendo produtos ou soluçõeson-demand. No inicio de 2007, a Inovaxinstalou seu núcleo de pesquisa edesenvolvimento na Incubadora deEmpresas da COPPE/UFRJ.
Virtualy - A Virtuly, empresa residente naIncubadora da Coppe/UFRJ desde 2009, éum spin-off do Laboratório de MétodosComputacionais em Engenharia - LAMCE/COPPE. A empresa é especializada nodesenvolvimento de diversos simuladores- de aviões a guindastes. Seus produtos sãoos primeiros simuladores desenvolvidoscom tecnologia totalmente nacional.
Ambipetro – Criada em 2003 pelosfundadores da OceanSat, empresa graduadana Incubadora de Empresas da COPPE/UFRJ que foi vendida, a Ambipetro éespecializada em prover soluções para ossetores de energia e meio ambiente. Seusprodutos e serviços são focados emmedições meteo-oceanográficas realizadasatravés de satélites, sensores e radares. APetrobras é um dos principais clientes.
Maemfe: Empresa metalúrgica com 26anos de experiência na transformação demateriais em produtos. Fundada por umex-aluno da COPPE, a Maemfe édesenvolvedora e fornecedora de peçaspara os mais variados setores, inclusiveempresas inovadoras. O centro no Parqueestará focado apenas em P&D, deixandoas atividades industriais para outroscentros. Já existem parcerias firmadasentre a empresa e setores da UFRJ.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
5
6
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
UFRJ Science Park has the ambition to launch Rio deJaneiro worldwide in the oil and gas sector
Among the several projects announced
for the next years in the oil and gas in-
dustry, the most ambitious one may
place Rio de Janeiro in the category of
technological development hub. In 10
years, the Science Park of the Federal
University of Rio de Janeiro (UFRJ), at
Ilha do Fundão, will present a design
dramatically different from the present
one. Instead, there will be huge enter-
prises working in the oil and gas indus-
try with focus on research and techno-
logical development. It is expected that
within one year some of the giants of
such industry will be physically settling in the region.
Over five thousand high qualification jobs will be generated.
Global investments of US$ 2 billion in new research units at the
park are reckoned for this to happen.
The estimation is that the region, which has 350 thousand
square meters, starts to house more than 200 companies, such as
multinationals and small and medium sized enterprises. The
Undersecretary of the State for Energy, logistics and industrial
development, Renata Cavalcanti, comments on the excitement
with the project: "We will develop technology for the world". Ac-
cording to her, several requests were made by some companies to
take part in the project. "Several came to us", she says.
For more than 40 years, the Science Park has had Cenpes (Leopoldo
Américo Miguez de Mello Research Center), a Petrobras' unit re-
sponsible for research and development (R&D) activities and the
basic engineering of the company whose mission is to advance
innovative and sustainable technology solutions in the oil and
gas sector.
According to the Secretariat of Development and Energy, the tech-
nological innovation and development work in the State of Rio
More than 200 companies are expected tobe settled in Ilha do Fundão, among whichEMC², Siemens, and BG. Small andmedium-sized companies will also becontemplated in the project
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
6
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
7
will increase with the arrival of the multinationals.
The project gathers several technology based companies in the
energy, environment, and technology information areas, such
as Petrobras (Cenpes), GE, Siemens, Halliburton, Schlumberger,
Tenaris Confab, and FMC do Brasil, among others, in addition to
laboratories and excellence centers, such as COPPE's Ocean Tech-
nology Laboratory.
The companies settling at the science park will have as neigh-
bors one of the most important technological research center in
the country: Center for Mineral Technology (CETEM), the Insti-
tute of Nuclear Engineering (IEN), the Center for Research in
Electricity (CEPEL), and the Research Center of Petrobras
(Cenpes) All of them will have their own laboratories, but they
may also use the University's facilities.
In addition to the fact of launching the State of Rio de Janeiro as
a technological development agent as well as Masters and PhDs
contracted, the project has the audacity to increase the relation-
ship of the University (students and academic staff) with the
innovative companies. A very old discussion in the academic
area. To achieve this goal, there will be research partnership with
professors and university students.
The success of such endeavor is a fundamental condition for
the State of Rio to reach the technological development.
Enterprise Profile
EMC² Brasil, linked to the North-American multinational
group EMC² Corporation, a worldwide leader in the develop-
ment and provision of information systems, software and ser-
vices will invest US$ 100 million in Brazil to install a Big Data
Research Center.
EMC² was one of the three companies that won the last batch
of the bid organized by the Federal University of Rio de Janeiro
(UFRJ) on June 6th to occupy the lands of Coppe's Science Park
in Ilha do Fundão. The others are Siemens and BG multina-
tionals. Germany's Siemens is the largest electronics com-
pany in the world and operates in the infrastructure of the
energy sector, among others.
The British group BG is world leader in natural gas with an-
nual sales of US$ 17 billion and is the major partner of
Petrobras in Santos Basin.
Siemens, GB, and EMC² are expected to be settled in Rio within
a year and a half, generating around one thousand jobs for
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
8
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Masters and PhDs. When this happens,
10 companies will be working together
with the UFRJ, which will make the Sci-
ence Park in Ilha do Fundão the largest
in the world in research of the oil and gas
industry, as informed by the Secretariat
of Development.
The choice of Rio de Janeiro by these com-
panies shows that the state has become a
brand of the oil and gas sector, with
training and proper workforce, which is
a differential in Brazil", says Renata
Cavalcanti.
Siemens expects to employ 800 people, all
of them having PhD level. "It is a trans-
formation of the State of Rio", emphasize
the Undersecretary.
The research center, the first one of
EMC² in Latin America, will be settled
in a three thousand square meter area,
with focus on the oil and gas sector, me-
dia and entertainment and biomedical
sciences.
EMC² Brasil plans to create three func-
tions at the Science Park: Applied Re-
search Center, which will investigate
and define the needs and requirements
of Big Data in the scientific work flows;
Solution Laboratory, a research and de-
velopment laboratory fully equipped
with a total complement of storage prod-
ucts, interconnects, software products,
network infrastructure and servers; and
Center of Executive Presentations,
which will display products and solu-
tions of multinational of partners.
For 12 years, the company settled in
Hortolândia, inner São Paulo, where it
makes equipment, since 2003, in a part-
nership with Dell. In 2008, it started the
strategy of national manufacturing in
partnership with Celéstia, in addition to
creating a research and development
center in partnership with the Eldorado
Research Institute.
Due to the success of activities in the
country, EMC ² Corporation will invest
US $ 100 million in Brazil over the next
Small businesses also take part in theTechnology Park of UFRJThe UFRJ Technology Park is not only an environment for large companies, like the oil
giants that are already there. Six new companies (Aquamet, Ambidados, Ambipetro,
Inovax, and virtualy Maemfe) were approved by the Board Council to share space in the
park buildings.
For them, all technology-based and focused on innovation entering the Park, represents
the opportunity to be near the centers of R & D UFRJ and large companies installed
there, and continue to grow in an environment of innovation. For the board, having
small companies among the big companies increases the diversity of projects.
Companies profiles:
Aquamet - The Aquamet is a company resident in the Business Incubator of COPPE /
UFRJ since October 2007. Works in the development of services and products to the area
of meteorology, including the calculation of physical guarantee for wind energy use,
air quality, dispersion of oil from the sea, planning and operation of hydroelectric plants,
energy trading and operational environmental monitoring. Some of its products have
emerged from research in the LAMC (Laboratory of Computational Methods in Engineer-
ing) .
Ambidados - The Ambidados was created in 2007 from a spin-off Lioce (Ocean Instru-
mentation Laboratory), and installed in the Business Incubator of COPPE / UFRJ. With
target in offshore and onshore areas, the Ambidados offers services and products for the
oil and gas industry, focusing on environmental monitoring. In 2010, the company won
the best Newcomer Rio Export small business. This year, exportstotaled US$ 580.000.
Inovax - The Inovax develops solutions for professional use in telecommunications,
high performance, with special emphasis on the segment tables of financial operations
and decision-making. The company operates in the Electronic Engineering, Telecommu-
nications and IT since 1989, developing products or solutions on demand. In early 2007,
the installed Inovax its core research and development in the Business Incubator of
COPPE / UFRJ.
Virtualy - The Virtuly, a company resident in the incubator of Coppe / UFRJ since 2009,
is a spin-off of the Laboratory of Computational Methods in Engineering - LAMC / COPPE.
The company is specialized in the development of several simulators - the aircraft cranes.
Its products are developed with the first simulators developed technology.
Ambipetro - Built in 2003 by the founders of Oceansat, the company graduated from the
Business Incubator COPPE / UFRJ, Ambipetro specializes in providing solutions to the
energy and the environment. Its products and services are focused on weather and oceano-
graphic measurements made from satellites, sensors and radars. Petrobras is one of the
main customers.
Maemfe: Metallurgical Company with 26 years of experience in transforming materi-
als into products. Founded by a former student at COPPE, Maemfe is a developer and
supplier of parts for various industries, including innovative companies. The center in
the Park will focus only on R & D, leaving the industrial activities to other centers.
There are already agreements between the company and sectors of the UFRJ.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
five years to strengthen its capacity for
research and development (R&D), sales,
services and software manufacturing in
order to meet more effectively the boom-
ing Brazilian market. The company
aims to double the Brazilian operation
in three years and the Research Center
in Ilha do Fundão, whose settlement is
expected to be started still in this year
and concluded within one year and a
half, is part of the strategy.
EMC² Corporation, headquartered in
Hopkington, Massachusetts, United
States, has 43 thousand employees in
more than 80 countries. In 2009, the
company had sales of US$ 14 billion.
8
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
9
Edra investe R$ 15 milhões paraproduzir tubos de grande diâmetroem nova unidade industrial
NegóciosNegóciosNegóciosNegóciosNegócios
A empresa Edra está construindo
uma nova planta industrial, com
capacidade produtiva de 200 km
de tubos de grande diâmetro por
ano e que resultará em aumento
de 25 a 30% da capacidade
produtiva total da empresa. Os
investimentos para construção da
nova fábrica e nos equipamentos
giram em torno R$ 15 milhões. O
principal diferencial desta nova
fábrica, situada em Ipeúna,
interior de São Paulo, é seu elevado
grau de automação, que reduzirá o
consumo energético, tornando o
processo produtivo muito mais
vantajoso e econômica e
ambientalmente correto.
A Edra, com atuação no segmento de óleo e gás há 8 anos,
já é tradicional fornecedora da Petrobras. Para atender o
segmento petrolífero/offshore, desenvolveu uma
tubulação específica com o intuito de atender as
exigências deste mercado, o que levou a empresa a buscar
a certificação deste produto por organismos capacitados
e atuantes neste mercado. Ígor Bolorino, Engenheiro de
aplicação da Edra, garante que a empresa é a única
brasileira a possuir Type Approval da tubulação offshore.
A tubulação é aplicada a bordo das plataformas e navios
na condução de água salgada, efluentes orgânicos,
efluentes químicos, água de lastro e água produzida.
“A Edra possui CRCC e cadastro nas diversas unidades de
negócios da Petrobras bem como nas outras empresas
atuantes no mercado offshore. A tubulação Edra atende
as plataformas e navios, bem como terminais marítimos
e refinarias”, explica Bolorino.
Nesta nova unidade industrial, a
empresa adotará tecnologia
italiana na fabricação de tubos em
PRFV (plástico reforçado com fibra
de vidro). Essa tecnologia refere-se
a uma máquina composta de um
eixo central horizontal, sobre o qual
são fixados discos que delimitam o
diâmetro do tubo a ser produzido.
Além disso, o processo de
enrolamento contínuo possibilita a
aplicação de outros materiais como
o véu de vidro ou véu de poliéster,
usados para aumentar a resistência
à abrasão, resistência química e
acabamento do tubo. “Para
garantir todas estas características,
o controle deste processo precisa ser
10
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
feito com bastante precisão”,
afirma Bolorino.
O engenheiro explica que o processo
de fabricação dos tubos de grande
diâmetro, em geral, consiste em
três estágios: liner e estrutura, cura,
calibração e corte. “Em primeiro
lugar é aplicado o filme
desmoldante, seguido do véu que
compõe o liner (camada interna).
Em seguida, das fibras de vidro de
várias formas e padrões, que são
embebidas na matriz da resina de
poliéster. As camadas estruturais
são feitas de vidro e resina e o núcleo
é formado por uma camada pura
de sílica. Depois do tubo formado
sobre o mandril, ele é curado e em
seguida cortado no comprimento
requerido. As extremidades do tubo
são calibradas para acoplar na
luva”, explica Ígor
Vantagens
Entre as características e vantagens
destes tubos estão a resistência a
corrosão, baixo peso (ele representa
¼ do peso do ferro e 1/10 do peso do
concreto), características hidráulicas
superiores, acoplamentos precisos
com vedantes lastomêricos e
tecnologia avançada.
A resistência a corrosão garante
vida útil longa e eficaz ao produto;
elimina a necessidade de
coberturas, revestimento, proteção
catódica, envoltórios ou outras
formas de proteção adicional, e
oferece baixo custo de manutenção,
além de manter as características
hidráulicas ao longo do tempo.
O baixo peso acarreta em um menor
custo de transporte e elimina o uso
de equipamentos para manuseio da
tubulação. Já a diversidade do
comprimento traz como benefícios
a necessidade de um número menor
de conexões e tempo de montagem,
além do maior número de tubos
transportados por caminhão,
acarretando em menor custo de
transporte. A superfície interna
extremamente lisa, o baixo atrito
que acarreta em menor gasto com
energia para o bombeamento e
reduz o custo operacional, baixa
incrustação e excelente resistência
à abrasão, garantem a superioridade
hidráulica do produto.
Os acoplamentos precisos com
vedantes lastomêricos permitem
um eficiente sistema de união que
evita infiltrações e vazamentos,
acoplamento fácil e redução no
tempo de montagem, além da
absorção de pequenas mudanças de
direção. “Já o uso da tecnologia
avançada permite uma
diversificada gama de pressões e
classes de rigidez para atender as
exigências requeridas, celebridade
de onda menor do que outros
materiais de tubulação que podem
significar menor custo ao projeto
por conta do golpe de aríete,
qualidade de produto elevado e
consistente com padrões mundial
de desempenho de produto”,
comenta Bolorino.
Aplicações
O produto possui diversas
aplicações: captação e distribuição
de água e sistema de coleta de
esgotos sanitários e emissários,
águas pluviais, condutos forçados
para hidrelétircas, emissários e
captação de água do mar;
circulação de água de resfriamento,
recuperação de linha e linha de
ventilação e refrigeração de usina
de energia, aplicações industriais,
Instalação não destrutiva ou sem
escavação, irrigação e agricultura,
dessalinização, mineração e
sistemas de refrigeração.
A Edra tem 37 anos de existência e
atua nos segmentos de tubos e
conexões, reservatórios, tanques de
transporte rodoviário, estações de
tratamento e peças especiais. Seus
produtos são comercializados aos
setores sucroalcooleiro, de
saneamento e nas indústrias
petrolífera/offshore, química,
petroquímica, farmacêutica, de
papel e celulose, irrigação,
alimentação e bebidas
Atualmente, a Edra (http://
www.Edra.com.br) gera mais
de 500 empregos diretos e
possui representantes em toda
América Latina.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
11
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Edra invests R$ 15 million to producelarge diameter pipes in new plantEdra is building a new plant with a annual production capacity
of 200 km of pipes with large diameter , which will result in an
increase from 25 to 30% of the total productive capacity of the
company. Investments for construction of new plant and equip-
ment are around R$ 15 million. The main distinguishing fea-
ture of this new plant, located in Ipeúna, São Paulo, is its high
degree of automation that will reduce energy consumption,
making the process much more productive and economically
beneficial and environmentally friendly.
The company, with operations in the oil and gas for 8 years, is a
traditional supplier to Petrobras. To meet the segment oil / off-
shore, has developed a specific pipe in order to attend the demands
of this market, which led the company to seek certification of this
product by trained and active in this mar-
ket. Igor Bolorino, Edra´s Application En-
gineer, guarantees that it is the only na-
tional company to have Type Approval of the
offshore pipeline. The tubing is applied on
board of ships and platforms in the conduct
of salt water, organic waste, chemical waste,
ballast water and produced water.
"Edra has CRCC certification and registration in the various
business units of Petrobras and other companies in the offshore
market. The tubing attends platforms and ships, as well as
marine terminals and refineries, "explains Bolorino.
The new plant will adopt Italian technology in the manufacture
of FRP pipes (plastic reinforced with fiberglass). This technol-
ogy refers to a machine composed of a horizontal axis, on which
are fixed disks that surround the pipe diameter to be produced.
In addition, the continuous winding process allows the applica-
tion of other materials such as glass veil or veil made of polyes-
ter, used to increase the abrasion resistance, chemical resistance
and finish of the tube. "To ensure all these features, the control
of this process needs to be done very accurately," says Bolorino.
The engineer explained that the process of manufacture of large
diameter pipes, in general, consists of three stages: structure
and liner, curing, grading and cutting. "First the film release
agent is applied, followed by the veil that makes up the liner
(inner layer). Then, the glass fibers of various shapes and pat-
terns that are embedded in polyester resin matrix. The struc-
tural layers are made of glass and resin and the core is formed by
a layer of pure silica. After the tube formed on the mandrel, it is
cured and then cut to required length. The ends of the tube are
calibrated to engage in sleeve, "explains Igor.
Advantages
Among the features and benefits of these pipes are corrosion
resistance, low weight (it represents ¼ of the weight of iron and
1 / 10 the weight of concrete), superior hydraulic characteris-
tics, couplings with seals lastomeric accurate and advanced
technology.
The corrosion resistance ensures long life and product effective-
ness, eliminates the need for roofing, coating, cathodic protec-
tion, wraps or other forms of additional protection, and offers
low maintenance costs, while maintaining the hydraulic char-
acteristics over time.
The low weight leads to a lower cost of transportation and elimi-
nates the use of pipe handling equipment. Since the length di-
versity brings benefits as the need for a
smaller number of connections and as-
sembly time, besides the greater number
of tubes carried by truck, resulting in
lower cost of transportation. The inner
surface extremely smooth, low friction
which results in lower energy costs for
pumping and reduces operating cost, low
fouling and excellent abrasion resistance,
superior hydraulics ensure the product.
The precise couplings with seals lastomêricos allow efficientjoining system that prevents leaks and spills, easy coupling andreduction in assembly time, and the absorption of small changesin direction. "But the use of advanced technology allows a di-verse range of pressure and stiffness classes to meet the speci-fied requirements, wave generation smaller than other pipingmaterials that can mean lower cost to the project due to waterhammer, product quality high and consistent with global stan-dards of product performance, "said Bolorino.
Applications
The product has several applications: collection and water dis-tribution and collection system and sewage outfalls,stormwater, emissaries and capture of sea water, cooling watercirculation, recovery line and vent line cooling and power plant,industrial applications, Installation or without non-destruc-tive excavation, irrigation and agriculture, desalination, min-ing and cooling systems.
The Edra is 37 years old and operates in the segments of pipesand fittings, tanks, road tanks, treatment plants and specialparts. Its products are sold to the sugar and alcohol industries,sanitation and in the oil / offshore, petrochemical, pharmaceu-tical, pulp and paper, irrigation, food and beverages segments.
Currently, Edra (http://www.Edra.com.br) generates more than500 direct jobs and has representatives throughout Latin America.
The new industrial plant willresult in an increase from 25to 30% of the total productivecapacity of the company.
11
12
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Logística portuária noestilo high-tech
TTTTTecnologia da Informaçãoecnologia da Informaçãoecnologia da Informaçãoecnologia da Informaçãoecnologia da Informação
O Portal Middle desembarcou noBrasil com objetivo de solidificarpresença no mercado portuárionacional. A empresa com sede nacapital mundial do petróleo,Houston, Texas, e escritório recéminstalado no Rio de Janeiro,desenvolve soluções em softwarepara área de logística portuária, queoferecem visão ampla sobreinformações em tempo real dacadeia produtiva como um todo.Acompanham desde condiçõesmarítimas (onda, vento, correntes,marés), até a agendamento denavios (entrada, saída e gestão deatracações, administrativo efinanceiro), automação terrestrecom descarregamento e carregamentodos navios, e outras diversas funções.
Tudo isso, garante KevinSchroeder, CEO do Portal Middle,ocorre com emprego de tecnologiaspróprias, como o Sistema Dados deIdentificação de Radiofreqüência(RFID na sigla em inglês),tornando mais eficaz e dinâmico ogerenciamento das frotas decaminhões através de conceitos de“Truck Centers” e checkpoints.
"Truck Centers", explica
Schroeder, são locais estratégicos
fora do porto onde ficam caminhões
que, ao receberem autorização de
entrada, passam pelos chamados
checkpoints para um atendimento
mais rápido. É algo semelhante ao
sistema eletrônico de pedágio, em
que se passa pelo posto e o sistema automaticamente
libera a passagem ao codificar que está tudo ok com
aquele determinado veículo.
“Exatamente por conhecermos a demanda do mercado
brasileiro dentro da área portuária e no setor
petrolífero, e com uma visão e experiência do mercado
americano, é que estamos trazendo tecnologias que
solucionem os ‘gargalos’ do processo”, resume Schroeder
nesta entrevista a seguir, concedida por email ao
repórter Pablo Vallejos.
Guiaoffshore: Especifique a experiência do Portal
Middle no que diz respeito ao desenvolvimento de
software.
Schroeder: O Portal Middle vem atuando ao longo dos
últimos anos junto com o estado do Texas no Brasil nos
setores de petróleo e gás, infraestrutura, logística e
capacitação, sobretudo na formação de mão de obra,
por meio de entidades como a Câmara de Comércio de
Houston, a GHP (Greater Houston Partnership), Porto
de Houston (Port of Houston Authority) e Câmara de
Comércio de Austin, capital da Tecnologia da
Informação.
Nossa estratégia está embasada no conhecimento e
experiência do mercado brasileiro e americano, com
objetivo de trazer maior competitividade e eficiência
para solucionar problemas e gargalos com uma visão
de processos – no conceito BPM (Business Process
Management) - operacionais e funcionais de toda cadeia
produtiva da setor de óleo & gás e logístico ( marítimo/
terrestre), de visibilidade e previsibilidade, modelos e
Texana Portal Middle oferecetecnologia inovadora para gestãode frota e controle de carga
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
13
visões diferenciados integrados,
dinâmicos e flexíveis, com foco
nos temas de segurança, qualidade,
produtividade e competitividade.
Guiaoffshore: Com quais
empresas o Portal Middle já mantém
relacionamento comercial no
Brasil?
Schroeder : Portal Middle já
marca presença com seu
“Pacote Tecnológico” junto a
alguns dos principais players do
mercado brasi leiro, tanto nos
setores privados e publico.
Dentre eles estão Suape, com o
projeto Suape Global , SEP
(Secretaria Especial de Portos)
com o projeto VTMIS (Vessel
Traffic Management Information
System), na Fiesp e na Braskem
com projeto logístico, e na Vale,
tanto em projetos logísticos como
em automação, entre outros.
Guiaoffshore: Qual é o
diferencial da tecnologia utilizada
em seus produtos?
Schroeder: Nossas tecnologias são
totalmente integradas e
amigáveis, no conceito “User
Friendly”, escaláveis e com um
curto tempo de implantação e de
forma modular. Ou seja, pode-se
começar com projetos pequenos e
ir crescendo conforme a demanda
e estratégia adotada. O foco é o
aumento de produtividade com
informações em tempo real da
cadeia produtiva como um todo.
Vão desde das condições marítimas
(onda, vento, correntes, marés,
etc), agendamento de navios
(entrada, saida e gestão de
atracações, administrativo e
financeiro), automação terrestre
com descarregamento e
carregamento das embarcações,
carregamento dos vagões trens e
agendamento de caminhões,
utilizando tecnologias próprias
como a RFID, tornando mais eficaz
e dinâmico o gerenciamento das
frotas de caminhões por meio de
conceitos de “Truck Centers” e
checkpoints.
Guiaoffshore: São efetivamente
tecnologias no estado da arte neste
segmento de atuação?
Schroeder: O PortalMiddle traz
para o Brasil tecnologias
inovadoras, hoje homologadas
mundialmente e comprovadas
com cases de sucesso como: Harbor
Lights e NTELX, tecnologias
empregadas na gestão do segundomaior porto dos EUA, por onde
14
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
passam nove mil embarcações porano, quatrocentas em media pormês e com noventa berços. Estasolução faz a gestão de todo Golfodo México. A solução de Truck podefazer o controle de contêineresmovimentados pelo mundointeiro, independentemente dosque passam pelos EUA.
Guiaoffshore: O que atraiu oportal Middle ao Brasil?
Schroeder: Exatamente porconhecermos a demanda domercado brasileiro dentro da áreaportuária e no setor de óleo & gás,e com uma visão e experiência domercado americano, decidimosoferecer aqui tecnologias queresolvam os “gargalos”, que cadavez mais são mencionados e queprecisam ser solucionados hoje,agora, e não tem tempo para oesperar o amanhã.
Guiaoffshore: Vocês estãoprontos para atender a esperadademanda que virá com a efetivaprospecção na área do pré-sal?
Schroeder: Na realidade, oferecemostecnologias já homologadasmundialmente principalmentepelo fato de Houston ser referênciamundial no setor petrolífero.Estamos fazendo um trabalhojunto a GHP nesse sentido, porquesabemos das oportunidades edemandas do setor no mercadobrasileiro. A nossa estratégia seráa de sempre trazer novas tecnologiascom o objetivo de somar, fazerintegrações, de trazer cada vezmais informação em tempo realpara monitorar, com previsibilidade,a cadeia produtiva como um todo,seja ela marítima ou terrestre.
Guiaoffshore: Na visão da PortalMiddle, qual é o futuro do softwaredo mercado petrolífero?
Schroeder: Com a dinâmica do
mercado globalizado, as
tecnologias estão se sofisticando
cada vez mais, porque o mercado
de certa forma impõe este modelo,
e quem não acompanha sofre as
consequências. Entendemos que
a informação é o ativo mais
relevante que uma empresa pode
ter hoje. A informação bem
qualificada e quantificada traz
como benefício imediato uma
tomada de decisão com maior
propriedade, objetivando mitigar
riscos, agindo com previsibilidade.
Por isso, consideramos que uma
informação qualificada e
quantificada, tomada com base em
ações preventivas (de antecipação
ao problema) e não corretivas (pós
problema), é como no anúncio da
MasterCard: “Não Tem Preço”.
Port logistics, style high-tech
Portal Middle brings to Brazilinnovative technology to fleetmanagement and load control
Portal Middle arrived in Brazil in order to solidify mar-ket presence in the national port. The company is basedin the capital of the world's oil, Houston, Texas, andnewly installed in a office in Rio de Janeiro, develop-ing software solutions for port’s logistics, which offer asupply chain broad view of information in real-time.They follow from sea conditions (wave, wind, currents,and tides) to the scheduling of vessels (input, outputand mooring management, administrative and finan-cial), automation, land with unloading and loading ofships, and various other functions.
All this, Kevin Schroeder, Portal Middle CEO, ensures,occurs from the use of proprietary technologies suchas Radio-frequency Identification (RFID), making the
management of truck fleets more effective and dy-namic through concepts like "Truck Center" and check-points. "Truck Centers," Schroeder said, are strategiclocations outside the port where trucks are placed thatpass through the so called checkpoints for a faster ser-vice, in receiving an entry permit. It's similar to elec-tronic toll system, where the vehicle passes throughthe checkpoint and the system automatically releasesthe passage when decoding that everything is okaywith that particular vehicle.
"By knowing the Brazilian market demand within theport area and in the oil sector, and with a vision andexperience of the U.S. market, we can bring technolo-gies that solve the “throat” of the process," saysSchroeder in this interview below, given by mail tothe reporter Pablo Vallejos
Guiaoffshore: Specify the experience of Portal Middleregarding the software development.
Schroeder: The Portal Middle has been working overthe past years, along with the state of Texas in Brazil,in the oil and gas, infrastructure, logistics and train-
14
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
15
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
ing areas, especially in the training of manpowerthrough organizations suck as the Chamber of Com-merce of Houston, the GHP (Greater Houston Partner-ship), Port of Houston (Port of Houston Authority) andthe Chamber of Commerce in Austin, the capital ofInformation Technology.
Our strategy is predicated on knowledge and experi-ence in the Brazilian and American markets, with theobjective of bringing greater competitiveness and ef-ficiency to solve problems and throats with a vision onoperational and functional process - the BPM (BusinessProcess Management) concept - of all production chainin the oil & gas and logistics (sea / land) sectors, onvisibility and predictability, on integrated, dynamicand flexible differentiated models and approaches, fo-cusing on safety, quality, productivity and competi-tiveness.
Guiaoffshore: With which companies the PortalMiddle already maintains business relationships inBrazil?
Schroeder: Portal Middle already has a presence withits "Technological Packages" with some of the key play-ers in the Brazilian market, both in private and publicsectors. Among them are Suape with the project SuapeGlobal, SEP (Special Secretariat for Ports) with theproject VTMIS (Vessel Traffic Management Informa-tion System), with the Fiesp’s and Braskem’s logisticsdesign, and with Vale, both in automation and logis-tics projects and others.
Guiaoffshore: What is the differential in the tech-nology used on your products?
Schroeder: Our technologies are fully integrated,"User Friendly", scalable and with a short and modu-lar implementation time. That is, you can start withsmall projects and grow accordingly to the demandand strategy. The focus is to increase productivitywith real-time information of the supply chain as awhole. The information ranges from the sea conditions(wave, wind, currents, tides, etc.), scheduling of ves-sels (input, output and mooring management, admin-istrative and financial), automation, land with un-loading and loading of vessels, loading the wagontrains and scheduling trucks using proprietary tech-nologies such as RFID, making management of truckfleets more effective and dynamic through the "TruckCenter" and checkpoints concepts.
Guiaoffshore: Are those really state-of- the- art tech-nologies in this market segment?
Schroeder: The Portal Middle brings innovative tech-nology to Brazil, now approved worldwide and withdocumented success stories such as: Harbor Lights andNTELX, technologies employed in the management ofthe second largest U.S. port, through which nine thou-sand boats pass each year, four hundred and ninety
cribs, on average, a month. This solution manages theentire Gulf of Mexico. The Truck solution can controlthe containers handled throughout the world, regard-less of those passing by the U.S..
Guiaoffshore: What attracted the Portal Middle to Bra-zil?
Schroeder: By knowing the demand of the Brazilianmarket within the port area and in the oil & gas seg-ment, and with a vision and experience of the U.S.market, we decided to offer technologies that solve the"throats", which are increasingly mentioned and needbe solved today, now, there’s no time to wait.
Guiaoffshore: Are you ready to meet the expected de-mand that will come with effective prospecting of thepre-salt?
Schroeder: In fact, we offer technologies already ap-proved worldwide mainly because Houston is a worldreference in the oil sector. We are doing a work withthe GHP in that sense, because we know the opportuni-ties and demands of the sector in the Brazilian market.Our strategy is to always bring new technologies inorder to add, integrate, bring more real-time informa-tion to monitor the supply chain with predictability,be it sea or land.
Guiaoffshore: In the Portal Middle’s vision, what isthe future of software in the oil market?
Schroeder: With the dynamics of the globalized mar-ket, the technologies are becoming increasingly sophis-ticated, because the market somehow imposes thismodel, and who does not follow it suffers the conse-quences. We understand that the information is themost important asset a company can have today. Wellqualified and quantified information brings the imme-diate benefit of decision-making with greater property,in order to mitigate risks and to act with predictabil-ity. For that reason, we believe that qualified and quan-tified information, made in a based-decision on pre-ventive actions (in anticipation of the problem) andnot corrective (post problem), is like the MasterCardadvertisement: "Priceless".
15
16
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Tenaris investe US$ 7 milhõespara instalar UniversidadeCorporativa em São Paulo
Recursos HumanosRecursos HumanosRecursos HumanosRecursos HumanosRecursos Humanos
A Tenaris investiu U$S 7 milhões
p a r a c o n s t r u ç ã o e a c o m p r a
de equipamentos para sua
Universidade Corporativa, numa
área construída total de 1.900 m²,
em Pindamonhangaba (SP). A sede
da TenarisUniversity, nome
oficial do projeto, possui auditório,
salas de aula, salas de informática, cafeteria e
dependências para o setor administrativo.
A expectativa é de que, a cada ano, passem pelos cursos
mais de três mil pessoas, sendo 80% funcionários da
Tenaris e o restante vindos de fora, como clientes e
fornecedores da companhia.
De acordo com o CEO da Tenaris, Paolo Rocca, a proposta
da empresa é se diferenciar pela excelência em
capacitação, inovação e desenvolvimento de produtos
e processos. “Cada vez mais, a educação tem se tornado
um fator-chave para que a Tenaris tenha uma cultura
corporativa única e uma identidade comum. Por meio
dela, promovemos a integração global e o alinhamento
de conhecimento, processos e valores da Tenaris em
todos os países em que atuamos. Um sistema industrial
e de gestão únicos nos permite oferecer amplo
desenvolvimento a nossos funcionários, além de
produtos com mais tecnologia e inovação a nossos
clientes”, afirma.
“Em um momento de fortes investimentos no Brasil,
precisamos estar preparados para atender à demanda
do mercado. Isso envolve tanto questões operacionais e
tecnológicas, como o desenvolvimento dos nossos
profissionais”, concluiu.
Além desta sede, inaugurada no fim de 2011, as outras
sedes da universidade corporativa da Tenaris
Paolo Rocca, CEO da Tenaris: "Nossa proposta é a de se diferenciarpela excelência em capacitação, inovação e desenvolvimento deprodutos e processos“
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
17
18
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
encontram-se na Itália, México
e Argentina. Por ano, a Tenaris
University capacita mais de 24.000
funcionários, em todos os países
onde a Tenaris está presente, em mais
de 1.200.000 horas de treinamento.
A universidade conta com
aproximadamente 870 professores
internos e 1.500 externos, e oferece
aulas presenciais, cursos e-
learning, webinars e webcasts e
capacitação no posto de trabalho.
A sede da TenarisUniversity no
Brasil também atuará por meio de
parcerias com instituições de
ensino, como, por exemplo, o
Serviço Nacional e Aprendizagem
Industrial – Senai.
Tenaris invests US$ 7 million to installits Corporate University in São Paulo
Tenaris has invested U.S. $ 7 million for construc-
tion and purchase of equipment for your Corporate
University, that occupies an area of 1,900 m² in
Pindamonhangaba (SP). The TenarisUniversity, the
official name of the project, has an auditorium, class-
rooms, computer rooms, cafeteria and facilities for
the administrative sector.
The expectation is that each year the courses will
attend more than three thousand people, 80% of
T e n a r i s e m p l o y e e s a n d c o m p a n y ' s c u s t o m e r s
and suppliers.
According to the CEO of Tenaris, Paolo Rocca, the
company's proposal is to differentiate for excellence
in training, innovation and development of products
and processes. "Increasingly, education has become a
key factor that Tenaris has a unique corporate cul-
ture and a common identity. Through it, we promote
global integration and alignment of knowledge, pro-
cesses and values of Tenaris in all countries where we
operate. Industrial system and a single management
allows us to offer our employees comprehensive de-
velopment, in addition to products with more tech-
nology and innovation to our customers, "he says.
"At a time of heavy investment in Brazil must be
prepared to meet market demand. This involves both
operational and technological issues such as the de-
velopment of our professionals, "he said.
In addition to this headquarters, opened in Novem-
ber 2011, the other university's corporate headquar-
ters are Tenaris in Italy, Mexico and Argentina. For
years, the TenarisUniversity trains more than
24,000 employees in all countries where Tenaris is
present in more than 1.2 million hours of training.
The university has about 870 teachers and 1,500
internal and external, and works through classes, e-
learning courses, webinars and webcasts and train-
ing on the job. The headquarters will also serve
TenarisUniversity in Brazil through partnerships
with educational institutions, for example, the Na-
tional Industrial Apprenticeship Service - Senai.
18
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
19
Consultoria prevê que falta demão de obra qualificada vai seintensificar em 2012
Recursos HumanosRecursos HumanosRecursos HumanosRecursos HumanosRecursos Humanos
Em 2011, no setor de empregos, os
números podem não ter alcançado
o patamar projetado, mas foram
aceitáveis e a demanda por
profissionais qualificados vai
prevalecer em 2012, mesmo com
a crise internacional. A opinião é
da Human Brasil, empresa
especializada na seleção e
recrutamento de talentos,
formação, desenvolvimento e
consultoria estratégica de pessoas
nas organizações.
“O nível de emprego não atingirá
os 3 milhões, como originalmente
imaginado no início de 2011,
porém, já passada a casa dos 2
milhões, seguiu firme até o fim do
ano. Com contratações de efetivos,
e não apenas temporários,
chegaremos a aproximadamente
2,5 milhões de postos”, afirma o
Diretor de Operações da Human
Brasil, Fernando Montero da
Costa.
De acordo com o consultor de RH,
a expectativa é que este ano o
cenário seja parecido, com bom
desempenho dos setores de
infraestrutura, em especial a área
de energia, construção civil,
comércio e serviços. “Em 2012, acreditamos que
seguirá dentro desse mesmo patamar, mas, dadas as
circunstâncias de mercado, principalmente o
internacional, talvez ainda não chegue ao tão sonhado
nível de 3 milhões.”
Áreas em ascensão
Na Human Brasil, de cada 10 vagas neste ano, 7 eram
para cargos técnicos e especialistas e 3 para áreas
comerciais ou administrativas.
“E para a área técnica, com ou sem crise internacional,
o mercado continuará aquecido, pois falta mão de obra
qualificada. Essa tendência seguirá durante 2012, já
que a velocidade com que as faculdades formam novos
profissionais não atende à do crescimento da demanda,
fator esse que se agrava quando o mercado requer maior
nível de senioridade dos candidatos”, diz Fernando
Montero da Costa.
O consultor acredita que em 2012 o Brasil, apesar da
conjuntura econômica internacional, seguirá em uma
condição avantajada em nível de emprego em relação
a outros países. E poderá até superar as expectativas,
considerando-se o decréscimo da taxa de desemprego
para patamares ao redor de 5% a 6%.
“Outro fator que favorece para esse cenário é o interesse
crescente dos países estrangeiros no Brasil para
investimento. Isso nós sentimos no dia-a-dia, com o
aumento de empresas de fora que chegam ao País para
contratar seus primeiros profissionais e montar sua
estrutura de operação em solo brasileiro.”
20
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
Experiência
Fundada na Espanha, em 1988, a
Human Management Systems é
uma empresa prestadora de
serviços em consultoria,
recrutamento e seleção de pessoas.
Abriu uma unidade na China,
firmou parcerias em diversos
outros países e em 2008 chegou
ao Brasil, com escritórios em São
Paulo-SP e Macaé-RJ.
Para consolidar-se no território
brasileiro, associou-se à
InterAction Plexus, empresa que
atua desde 1995 nos segmentos
de consultoria e treinamento em
negócios e sistemas de gestão.
No Brasil, a Human abriu sua
unidade no Brasil com foco futuro
na expansão para a América
Latina, onde já prestava serviços
diretamente de sua matriz
européia. Hoje a multinacional
conta com mais de 130 profissionais
em diversos países.
In 2011, the numbers in the employment sector may
not have reached the level projected, but were accept-
able and the demand for skilled professionals will pre-
vail in 2012, despite the international crisis. This is
the opinion of Human Brazil, a company specializing
in the selection and recruitment of talent, training,
development and strategic consulting for people in or-
ganizations.
"The level of employment will not reach 3 million, as
originally envisioned in early 2011, however, already
past the number of two million, followed steadily until
the end of the year. With the hiring of personnel, and
not just temporary, we will reach approximately 2.5
million jobs, "says Operations Director of Human Bra-
zil, Fernando Montero Coast.
According to the HR consultant, the expectation is that
in 2012 the scenario will be similar, with good perfor-
mance of the sectors of infrastructure, speacially en-
ergy sector, construction, trade and services. "In 2012,
we believe that follow within that same level, but given
the circumstances of the market, especially interna-
tionally, the so desired level of 3 million may not be
reachead."
At Human Brazil, for every 10 jobs this year, seven
were for technical positions and specialists and 3 for
commercial or administrative.
"And for the technical area, with or without interna-
tional crisis, the market will continue to increase, be-
cause the lack of skilled labor. This trend will continue
during 2012, as the speed with which new professional
gets in the market does not meet the increased demand,
a factor that is aggravated when the market requires a
higher level of seniority of the candidates, "says
Fernando Montero Coast.
The consultant believes that in 2012 Brazil, despite
the international economic situation, will follow in an
advantageous condition of employment in relation to
other nations. And may even exceed expectations, con-
sidering the decrease in the unemployment rate to lev-
els around 5% to 6%.
"Another factor that favors for this scenario is the in-
creasing interest of foreign investment in Brazil. This
we feel on a day-to-day, with the increase of companies
coming from outside the country for his first profes-
sional contract and assemble your structure operating
on Brazilian soil. "
Expertise
Founded in Spain in 1988, Human Management Sys-
tems is a provider of services in consulting, recruit-
ment and selection of people. It opened a unit in China,
has partnered in several other countries and arrived
in Brazil in 2008, with offices in São Paulo-SP and
Macae-RJ, due to the oil and gas industry.
To establish itself in Brazil, has teamed up with
InterAction Plexus, a company operating since 1995
in the sectors of consulting and training in business
and management systems.
Consulting predicts that lack of skilledlabor will intensify in 2012
20
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
21
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
A Nova Cláusula ArbitralProposta pela ANP
ArtigoArtigoArtigoArtigoArtigo
A Lei 9.478/97, que instituiu a abertura do mercado
de exploração de petróleo e gás no Brasil, estabeleceu
uma série de princípios e regras para disciplina dos
contratos de concessão a serem firmados pela Agência
Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis – ANP com
os concessionários.
O contrato de concessão, como se sabe, instrumentaliza
a relação jurídica entre Governo e empresas para a
exploração de petróleo e gás no Brasil, com exceção das
áreas do pré-sal, sendo, portanto, fundamental que sua
estrutura básica seja regulada diretamente por Lei.
É exatamente o que faz o artigo 43 da Lei 9.478/97, ao
estabelecer 12 cláusulas essenciais ao contrato de
concessão, dentre as quais se encontra a previsão de
cláusula que trate das “regras sobre solução de
controvérsias, relacionadas com o
contrato e sua execução, inclusive
a conciliação e a arbitragem
internacional”.
Desse modo, observa-se que a
inserção de regras sobre a
utilização de arbitragem em todos
os contratos de concessão para
exploração de petróleo e gás,
excluindo da apreciação do Poder
Judiciário questões envolvendo
a agência reguladora e o
concess ionário , é mandatória
e foi estipulada em todas as
rodadas de licitação existentes
até a data presente.
A discussão que pairou em várias
rodadas de licitações, em razão da estrutura contratual
apresentada, dizia respeito à dinâmica entre a cláusula
de eleição de foro e o compromisso arbitral. Houve
rodadas em que a primeira apareceu como regra e a
arbitragem, a exceção, o que importou em severas
críticas por parte das agentes atuantes no setor.
Posteriormente, contudo, a arbitragem acabou
estabelecida como a regra, e o foro de eleição, a exceção,
já que outra dinâmica importaria em perda, quase que
total, da eficácia do compromisso arbitral.
A adoção da arbitragem ad hoc com base nas regras do
regulamento da ICC (International Chamber of Com-
merce) – e não da arbitragem institucional perante
uma instituição brasileira-, por outro lado, sempre
esteve presente nas cláusulas de arbitragem, tendo
ganhado destaque nas últimas
rodadas, o que é consentâneo
com a experiência de atuação
multinacional de muitas das
empresas atuantes no setor.
E m b o r a a s n o r m a s s o b r e
arbitragem da ICC sejam bastante
extensas, as principais regras
que podem influenciar um
procedimento arbitral já têm
estado presentes no próprio
contrato de concessão. Neste
sentido, ao se adotar as regras
estabelecidas no regulamento da
ICC, permite-se: (i) estabelecer o
procedimento a ser seguido du-
rante a arbitragem, previamente
André Osório Gondinho: Sócio da área deContencioso e Arbitragem de Doria, Jacobina,Rosado e Gondinho Advogados Associados
*André Osório Gondinho e Renata de Freitas Carvalho
22
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
conhecido pelas partes contratantes, e (ii) suprir lacu-
nas na falta de algum indicativo não previsto nas
cláusulas do contrato de concessão. Ademais, ao optar
pelas regras de arbitragem da ICC, a ANP oferece
segurança jurídica ao concessionário, pois tratam-se
de regras internacionais amplamente conhecidas pela
comunidade jurídica e comercial.
No entanto, e apesar de toda a tradição das rodadas
anteriores, a ANP introduziu na do contrato de
concessão para a 11ª rodada significativa alteração na
cláusula de arbitragem.
Trata-se da alínea “f”, que prevê, agora, que a ANP
não adiantará qualquer valor referente à instauração
e funcionamento do procedimento arbitral, até que seja
proferida a sentença arbitral, ficando a cargo do
concessionário adiantar todos os valores até a prolação
da sentença arbitral.
A mudança procedida pela ANP na redação da cláusula
arbitral importa em inegável retrocesso à dinâmica
contratual que se vinha estabelecendo ao longo dos anos,
em prol da segurança de empresas atuantes no ramo
do petróleo e gás que viessem a contratar com o Poder
Público.
Parte desse retrocesso pode ser atribuída, mas não
justificada, à burocracia imposta aos entes da
Administração Direta no manejo de suas verbas e
orçamentos.
A ANP, constituída sob a forma de autarquia, está
sujeita a procedimentos e restrições legais que acabam
por interferir, diretamente, na sua capacidade de
disponibilizar verbas que não estejam previamente
aprovadas em seu orçamento.
Entretanto, em que pesem tais dificuldades,
entendemos que as mesmas deveriam ser enfrentadas
diretamente pela Agência, por meio dos competentes
mecanismos legais orçamentários, e não mediante a
simples imposição do ônus para o concessionário.
Pois, para se subtrair do dever de arcar com as custas
da arbitragem, a ANP resolveu criar norma contratual
que faz recair tais ônus exclusivamente sobre o
concessionário, o que importa em flagrante
desequilíbrio contratual.
Por outro lado, a nova postura da ANP, é contraditória
com o regulamento que escolheu para regular o
procedimento arbitral, isto é, as normas da ICC. Ob-
serve-se, neste sentido, que o art. 5º da Lei de
Arbitragem (Lei 9.307/96) determina que, se as partes
elegerem as regras de alguma entidade especializada,
então o procedimento arbitral deverá respeitar tais
regras. Igualmente, o art. 21 da referida lei prevê que
a arbitragem “obedecerá ao procedimento estabelecido
pelas partes na convenção de arbitragem”. Ora, se o
contrato de concessão estipula, expressamente, a
adoção do regulamento da ICC, deve o procedimento
nele descrito ser integralmente respeitado.
Ora, se o regulamento da ICC estipula, em seu art. 30,
o pagamento das custas em parcelas iguais por ambas
as partes, a disciplina proposta pela ANP acaba sendo
contraditória e de legalidade duvidosa perante os
artigos 5º e 21 da Lei de Arbitragem brasileira.
A não adequação da nova cláusula arbitral proposta
pela ANP torna-se ainda mais patente ao se considerar
a possibilidade de, em alguns casos, a instauração do
procedimento arbitral vir a ocorrer por iniciativa da
própria autarquia, e não do concessionário. Nessas
hipóteses, a ANP desencadearia o procedimento à sua
conveniência, sem suportar qualquer custo, o que é
totalmente inaceitável.
Por essas razões, a sugestão de cláusula arbitral
apresentada pela ANP para 11ª rodada representa,
em nosso sentir, lamentável retrocesso e inegável
ofensa ao interesse público. Não é demais relembrar
que a cláusula de arbitragem está inserida em
contrato sobre o qual não podem as partes
transacionar, apenas aderir. Em muitas situações, a
nova regra introduzida pela ANP pode vir a
inviabilizar a própria eficácia da convenção de
arbitragem, acarretando no sepultamento da norma
que a própria Lei do Petróleo entendeu por definir como
essencial ao contrato de concessão.
*André Osório Gondinho e Renata de Freitas Carvalho,respectivamente, sócio e advogada da área deContencioso e Arbitragem de Doria, Jacobina, Rosado e
Gondinho Advogados Associados.
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
23
GUIAOFFSHORE MAGAZINE
The New Arbitration ClauseProposed by ANP*André Osório Gondinho e Renata de Freitas Carvalho
Law 9.478/97, which established the deregulation of
the oil and gas industry in Brazil, created a series of
principles and rules of discipline for contracts to be
signed by the National Agency of Petroleum, Gas and
Biofuels - ANP with dealers.
The concession contract, as is known, exploits the legal
relationship between the government and companies
to explore oil and gas in Brazil, with the exception of
the pre-salt areas, is therefore essential that their ba-
sic structure is directly regulated by law .
It is exactly what makes the article 43 of Law 9.478/
97, by establishing 12 essential clauses to the conces-
sion contract, among which is the prediction of a clause
that deals with the "rules for the solution of controver-
sies relating to the contract and its execution , includ-
ing conciliation and international arbitration. "
Thus, it is observed that the in-
clusion of rules on the use of arbi-
tration in all concession contracts
for oil and gas, excluding consid-
eration of the Judiciary issues in-
volving the regulator and opera-
tor, is mandatory and all was set
at the existing bidding rounds up
to date.
The discussion that hovered over
several rounds of bidding, because
of the contractual framework pre-
sented concerned the dynamics
between the choice of forum clause
and arbitration. There were rounds in which first ap-
peared as a rule and arbitration, the exception, what
mattered in severe criticism from agents working in
the sector. Later, however, arbitration established just
as the rule, and the seat of election, except, as another
dynamic mind losing almost total effectiveness of the
arbitration.
The adoption of ad hoc arbitration under the rules of
the Regulation of the ICC (International Chamber of
Commerce) - and not of institutional arbitration be-
fore a Brazilian institution, on the other hand, was al-
ways present in arbitration clauses, having gained
prominence in the later rounds , which is consistent
with the experience of work of many multinational
companies in the sector.
Although the ICC arbitration
rules are quite extensive, the
main rules that can influence an
arbitration already have been
present in the concession agree-
ment. In this sense, by adopting
the rules in the regulation of the
ICC, it is allowed: (i) establish the
procedure to be followed during
the arbitration, previously
known by the parties, and (ii) to
fill gaps in the absence of any in-
dication unanticipated clauses in
the concession contract. More-
over, by opting for the ICC arbi-
Renata de Freitas Carvalho: lawyer the area ofLitigation and Arbitration Doria, Jacobina, Rosadoand Gondinho Law Firm.
23
24
GUIAOFFSHORE MAGAZINEGUIAOFFSHORE MAGAZINE
tration rules, the PA provides legal certainty to the
dealer, since these are widely known by the interna-
tional rules and commercial legal community.
However, despite all the tradition of previous rounds,
the ANP introduced in the concession contract for the
11th round significant change in the arbitration
clause.
This is the "f", which provides for, now that the PA is
not worth any amount relating to the establishment
and operation of the arbitration until the arbitration
award is made, leaving it to the dealer all advance
funds until delivery the award.
The move preceded by ANP in the drafting of the arbi-
tration clause matter undeniable setback to the dy-
namic contract that had been achieved over the years,
for the sake of security companies in the oil and gas
industry to come to contract with the government.
Part of this setback can be attributed, but not justified,
the bureaucracy imposed on entities of direct admin-
istration in the management of its funds and budgets.
The ANP, in the form of constituted authority, is sub-
ject to legal restrictions and procedures that ultimately
interfere directly in its ability to provide funds not
previously approved in its budget.
However, in spite of these difficulties, we believe that
the same should be addressed directly by the Agency,
through the competent legal budgetary mechanisms,
and not by the simple imposition of the burden to the
dealer.
Well, to avoid the duty to bear the costs of arbitration,
the NPA decided to create standard contract that
makes such burden fall solely on the dealer, what
matters in flagrante contractual imbalance.
On the other hand, the new stance of the ANP, is in-
consistent with the regulation chose to govern the ar-
bitration, ie, the rules of the ICC. Note in this sense
that art. 5 of the Arbitration Law (Law 9307/96) states
that if the parties agree to the rules of some specialized
entity, then the arbitration shall comply with such
rules. Also, the art. 21 of the Act provides that arbitra-
tion "shall comply with the procedure established by
the parties to the arbitration agreement." Now, if the
concession contract stipulates expressly the adoption
of the regulation of ICC, the procedure described
therein should be fully respected.
Now, if the ICC regulation stipulates in its article. 30,
payment of fees in equal shares by both the discipline
proposed by the ANP ends up being contradictory and
dubious legality before the Articles 5 and 21 of the
Arbitration Law of Brazil.
The unsuitability of the new arbitration clause pro-
posed by the ANP becomes even more apparent when
considering the possibility that in some cases, the es-
tablishment of the arbitration proceedings expected to
occur at the initiative of the city itself, not the dealer.
In these cases, the ANP would trigger the procedure at
your convenience, without paying any cost, which is
totally unacceptable.
For these reasons, the suggestion presented by the ar-
bitration clause to ANP Round 11 represents, in our
experience, unfortunate and undeniable setback of-
fense to the public interest. It is noteworthy that the
arbitration clause is inserted in the contract on which
the parties can not negotiate, just join. In many situa-
tions, the new rule introduced by ANP might derail
the very effectiveness of the arbitration agreement,
resulting in burial of the standard that the law itself
Petroleum understood as essential to define the conces-
sion contract.
*André Osório Gondinho and Renata de Freitas
Carvalho, respectively, a partner and advocate in the
area of Litigation and Arbitration Doria, Jacobina,
Rosado and Gondinho Law Firm.
24