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Haras JP Destaque na raça Mini-Horse Entrevista Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Marchador e Nelore celebram fim de ano em suas edições Fest. Dezembro 2012 • n°5

Haras JP · Frederico Bocchi Siqueira Eu amei a 4ª edição da revista Mercado Rural. ... O processo de produção de rainhas, já praticado por muitos apicultores no

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Haras JPDestaque na raça Mini-Horse

Entrevista Ministro da Agricultura,

Mendes Ribeiro

Marchador e Nelore celebram fim de ano em suas edições Fest.

Dezembro 2012 • n°5

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2 Dezembro 2012 3Dezembro 2012

O agronegócio reunido no mais novo veículo de comunicação do mercado rural brasileiro.

www.revistamercadorural.om.br [email protected]

É tempo de agradecer e reconhecer...

Agradecemos a todos os anunciantes e parceiros que estiveram conosco em 2012.

Contamos com a continuidade da parceria no próximo ano!

Feliz natal e um próspero ano novo!

Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier

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4 Dezembro 2012 5Dezembro 2012

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Editorial

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Giro Rural

A Revista não se responsabiliza por conceitos ou informações contidas em artigos assinados

por terceiros.

Ano I - nº V - DEZEMBRO - 2012

RedaçãoUnique Comunicação e Eventos Av. Barão Homem de Melo - 4.500/324 - Estoril BH/MG - Tel.: (31) 3653-0633 [email protected]

Editora e jornalista responsávelAmanda Ribeiro - MT10662/[email protected]

Diretor ComercialMarcelo [email protected].: (31) 3063-0208 / 9198-4522

ColaboraçãoPress Comunicação, CCAS, Alfapress Comunicação, Embrapa, Ministério da Agricultura, Zoovet, Publique, Souza Sociedade de Advogados, Buriti Sócioambiental, Reabipet.

Direção de ArteStella Prada Ramenzoni [email protected]

AssinaturasUnique Comunicação e Eventos

PeriodicidadeTrimestral

Tiragem 5.000 exemplares

ImpressãoGráfica Del Rey

Distribuição Vip

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Entrevista

Eventos

PersonagemMila de Carvalho Laurindo e Campos

Ministro Mendes Ribeiro Jr

Como ter uma mini horta ou jardim no apartamento

Irrigação é a aposta do governo para aumentar produtividade

A cavalgada e o meio ambiente:conhecer para preservar

Haras PequerruchoDestaque na seleção da raça Pônei

Inseminação artificial em abelhas

Geada negra

Pecuária acelera uso de tecnologia

Chá verde

Aproveitamento de água das chuvas, uma solução para os que sofrem com a falta dela

Morcegos. A transmissão de vírus rábico por morcegos frugívoras

TurismoViagens à cavalo

Sempre vivas

Haras Terra Natal

MARCHADOR FESTO Oscar da raça Mangalarga Marchador

Embrapa entrega sementes de milhoa povo indígena do Xingu

A questão do Funrural e seus reflexos para o produtor rural

Os obstáculos a serem superados pelo Agro

Feileite 2012

Cientistas do ITAL apresentam resultados favoráveis à raça

Haras TarumãTradição na raça Jumento Pêga

Rancho Bela Vista Exemplo na criação de ovinos

Tênis

Produtores rurais mineiros terão salto tecnológico na emissão de documentos

Sardinha

Empresa Mineira desenvolve cerveja de cana

Como iniciar um criatório de animais silvestres ou exóticos

Fazenda Pedrões

Tecnologia verde

Acupuntura na veterinária

13ª edição da Nelore Fest

ReceitaCarne seca com banana

Mercado Pet Furão

Criações ExóticasHedgehog, um animal diferente!

AutomóveisCarros híbridos chegam ao mercado brasileiro

Haras Portão dos Motta1ª Copa de Marcha Pampa BHIV Marchador FestVisita ao Haras Falupa

Conheci a revista de maneira inusitada, presenteada pela

minha irmã caçula que conhece meu gosto pelo meio rural. Sou

advogado, mas tenho fazenda e, apesar de não lidar muito, tenho

bastante interesse em temas relacionados ao meio rural.

Gostei muito da revista.Frederico Bocchi Siqueira

Eu amei a 4ª edição da revista Mercado Rural.

Sensacional! Parabéns!Ana Beatriz Ramos

Juiz de Fora/MG

Parabéns pela revista. Linda e com fotografias espetaculares.

Muito sucesso pra vocês. Nadja Ferreira

Magalhães FenelonMarbrasa Mármores

e GranitosPietra Fina/MG

C@rtasAcesse o Facebook e deixe

sua crítica ou sugestão

Curta nossa página

Mercado Rural

Chegamos ao final de mais um ano, mas esse foi especial.2012 foi um ano de muito trabalho e dedicação da equipe Mercado Rural, trabalhando para fazer cada edição melhor. 2012 foi o o início de uma estória que completa agora um ano de existência.

Estamos colhendo os frutos que plantamos, frutos esses que estão nos elogios que recebemos, no carinho dos nossos leitores, nos amigos que fizemos e nos anunciantes que acreditam no potencial da revista. Mas ainda temos o que plantar e continuaremos firme nessa caminhada.

Final de ano é sempre tempo de agradecer, de refletir. De comemorar o período natalino com a família e amigos, de agradecer pelas conquistas, de nos desculparmos pelos erros, de refletirmos sobre o ano que passou. Hoje, a equipe da revista Mercado Rural agradece imensamente aos que acreditaram na sua capacidade e potencial de divulgação. Agradecemos aos anunciantes, os fieis que estão conosco desde a primeira edição e também a todos aqueles que estiveram nela, mesmo que em apenas uma. São graças aos nossos anunciantes que fazemos da Mercado Rural um veículo cada vez melhor, atingindo maior alcance, mais elogiado e crescendo sempre mais.

Agradecemos também a todos os colaboradores que contribuem com cada reportagem, entrevista, envio de artigo, de material, ilustrações, enfim, a cada um que de certa maneira contribui com nossas páginas.

Que venha 2013! Esperamos que aos que acreditaram no projeto Mercado Rural, possam continuar unidos conosco nessa parceria em prol do agronegócio brasileiro. Estamos ansiosos para a chegada do próximo ano na continuidade e empenho, para fazer da revista Mercado Rural, cada vez melhor para nossos leitores.

Desejamos um feliz natal e um próspero ano novo.

Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier

Destaque34Haras JP

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continuamos com a meta de erradicar a febre aftosa do rebanho brasileiro até 2014 e, assim, facilitar o trâmite de nego-ciações para exportação da carne brasi-leira. Em relação ao abastecimento, espe-ramos lançar em 2013 o Plano Nacional de Armazenagem, para resolver gargalos históricos de abastecimento no Brasil.

MR: Quais os maiores entraves para o crescimento do agronegócio nos próximos anos?

Precisamos resolver questões como infraestrutura e logística para tornar os produtos agropecuários mais competi-tivos nos mercados interno e externo. O Governo Federal está fazendo sua parte e lançou este ano o Programa de Investi-mentos em Logística, que prevê alocação de recursos de R$ 133 bilhões nos próxi-mos anos para a construção de portos, estradas, ferrovias e apoiar o desenvolvi-mento de hidrovias. Outras questões en-volvem problemas com irrigação. Quere-mos levar soluções para localidades que sofrem com déficit hídrico.

Ministro da agricultura, Pecuária e Abastecimento fala à revista Mercado Rural

sobre o ano de 2012 para o agronegócio brasileiro e as expectativas para o próximo.

MR: Como foi o ano de 2012 para o agronegócio brasileiro?

Extremamente positivo e com resul-tados históricos. Primeiro, com o anúncio da maior safra de grãos da história deste País, que alcançou 165,9 milhões de tone-ladas. O Valor Bruto de Produção (VPB) das principais lavouras este ano, até setembro, também registrou recorde de R$ 232,5 bi-lhões. Outro recorde esperado é quanto às exportações do setor este ano, que deve ser próximo de US$ 100 bilhões. Houve ainda avanços quanto à vacinação de ani-mais contra a febre aftosa e na área de pes-

quisas com a Embrapa. E queremos auxi-liar ainda mais o produtor nesta nova safra. Por isso foi lançado o maior Plano Agrícola e Pecuário de todos os tempos, que dispo-nibilizará R$ 115,25 bilhões entre julho de 2012 e junho de 2013, com taxas de juros reduzidas de 6,75% para 5,5% ao ano.

MR: Quais as perspectivas para o próximo ano no contexto da agricul-tura, pecuária e abastecimento?

Espera-se uma nova safra positiva, que deve ultrapassar 170 milhões de toneladas de grãos. Quanto à pecuária,

MR: Quais as perspectivas do Mapa em relação à produção do Bio-diesel e crescente demanda por ele?

O papel do Mapa relativo ao progra-ma brasileiro de biodiesel está relacio-nado às políticas públicas que possam garantir a oferta de matéria-prima para a produção deste biocombustível. Hoje, a produção de biodiesel está, fundamen-talmente, baseada no aproveitamento do óleo de soja. Já existe uma capaci-dade instalada de produção que supera bastante a demanda atual baseada na mistura de 5% no diesel mineral. No en-tanto, há um debate atual para a revisão do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), sendo uma das mu-danças propostas a de aumentar o nível de mistura para 7% em 2013 e gradativa-mente elevar este percentual até chegar a 20% em 2020. A visão do Ministério é que a revisão do PNPB deve levar em conta as-pectos importantes como: dimensão do envolvimento da agricultura familiar; di-versificação e desconcentração geográfi-ca das culturas; o volume de produção de

Entrevista

matérias primas; a qualidade do biodiesel; a sistemática de leilões; os custos de pro-dução do biodiesel, entre outros. Estamos participando deste debate de revisão do PNPB de forma ativa e, pensando no su-cesso do Programa no longo prazo, está sendo feito um trabalho de pesquisa pela Embrapa para garantir a oferta de maté-ria-prima que atenda de forma sustentá-vel às necessidades de biodiesel do Brasil.

MR: Em que contempla o progra-ma do Governo para o enfrentamen-to da grande seca?

O Ministério da Agricultura tem feito um grande esforço este ano para auxiliar os pequenos produtores das regiões Sul e Nordeste, afetadas pela estiagem. Por isso a prioridade tem sido a realização de ven-das balcão a preços abaixo do mercado. Os estados e municípios nordestinos afetados pela seca deste ano também poderão de-cidir se prorrogam ou suspendem a vacina-ção contra a febre aftosa - dependendo das condições do gado. Temos ainda reforçado as pesquisas em irrigação para auxiliar aos agricultores a continuarem produzindo.

MR: No mês de novembro houve uma missão oficial à China. Quais fo-ram os objetivos da viagem?

Durante a visita, ocorreu um encon-tro com representantes da Administra-ção Geral de Qualidade, Inspeção e Qua-rentena (AQSIQ, em inglês) para tratar da habilitação de novos estabelecimentos brasileiros exportadores de carne de aves e suínos. Também promovemos nossos produtos agropecuários no país asiático, por meio de uma missão comercial com a participação de representantes de em-presas do Brasil.

Mendes Ribeiro Jr.

8 Dezembro 2012 9Dezembro 2012

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rada do endófilo, aparelho reprodutor mas-culino) e assim faz-se a retirada do sêmen. Um microscópio e uma seringa de precisão ajudam a coletar só a parte necessária. O processo é repetido inúmeras vezes, e nem todos os zangões têm sêmen.

O processo de produção de rainhas, já praticado por muitos apicultores no Brasil, é fundamental para fazer a insemi-nação; a seleção das matrizes é rigorosa. A rainha escolhida como matriz é levada para o laboratório e introduzida em um tubo para facilitar o manuseio, antes do procedimento, é utilizado gás carbônico que funciona como anestésico. Mesmo com a rainha anestesiada o processo todo exige muita delicadeza. Cuidado-samente, o pesquisador abre a abelha e posiciona a seringa com o sêmen.

Já inseminada ela volta para a colônia com uma marcação que a identifique. 48 horas depois começa a depositar os ovos, são cerca de 500 por dia. As vantagens da técnica aparecem nos números, um au-mento de cerca de 300% de mel produzido. Graças à técnica, a produção de mel, própo-lis e geléia real cresceu muito no país, mas a produtividade média por colmeia continua baixa, entre 20 e 25 quilos de mel por ano.

Para fazer a inseminação, são neces-sários equipamentos especiais e profis-sionais treinados. Apesar do custo alto, o processo, segundo os pesquisadores, pode valer a pena se a despesa for dividi-da por grupos de criadores.

Ainda pouco utilizada no Brasil, a inseminação artificial de abelhas pode ser nos próximos anos, res-

ponsável por um salto da qualidade no sistema de reprodução que ainda hoje acontece de forma bem simples. O as-sunto não é novo, a técnica já frequenta laboratórios de pesquisa das universida-des do Brasil desde a década de 1960, mas só agora começa a dar as caras em uma produção comercial. Por enquanto a inseminação é feita apenas com abelhas africanizadas, aquelas que tem ferrão, mas já existem pesquisas para utilização da técnica com outras espécies.

Através da inseminação artificial é pos-sível fazer a seleção genética e determinar como serão as novas operárias: mais pro-

dutivas, menos agressivas e com caracte-rísticas que as tornem menos vulneráveis às pragas, como o ácaro barroa, que suga o sangue das abelhas que podem depois gerar descendentes com deformidades.

São, no mínimo, oito microlitros de sêmen por rainha, sendo necessário cole-tar o sêmen de cinco a dez zangões, mas, na prática, precisa-se capturar bem mais. A fumaça traz os zangões até a superfície da colmeia. O profissional capacitado sele-ciona pelo menos 30 para cada rainha que pretende inseminar. Todo cuidado é pouco, pois zangões são extremamente sensíveis, não aguentam muito tempo na gaiola e podem morrer com qualquer variação de temperatura. Para extrair o sêmen é neces-sário matar o macho e fazer a eversão (reti-

busca aumentar produtividade

Inseminação artificial em abelhas

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10 Dezembro 2012 11Dezembro 2012

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“É importante que o agricultor esteja sempre

acompanhando as previsões do serviço

de metereologia para se prevenir

tanto das geadas e principalmente da

geada negra”Ciro Antonio Rosolem

“Geralmente tem ocorrido geadas fracas, de baixada, a cada 2 ou 3 anos, geadas for-tes a cada 9 ou 10 anos e geadas severas a cada 18 a 20 anos. A ocorrência é maior quanto mais a sul estiver a região. Tem sido observada principalmente no sul da região Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul. A maior ocorrência de geadas se dá durante o inver-no, de junho a agosto, mas podem ocor-rer geadas, excepcionalmente, em maio e setembro. É importante que o agricultor esteja sempre acompanhando as previsões do serviço de metereologia para se prevenir tanto das geadas e principalmente da gea-da negra”, completa Rosolem.

fica escura, queimada, e morre. É este fe-nómeno que se designa por geada negra.

De acordo com Ciro Antonio Roso-lem, membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), a geada negra não deve ser confundida com a geada “de vento” ou “de capote”, que ocorre com vento muito frio e ge-ralmente afeta uma das faces das plan-tas, ou apenas a copa superior. “Uma das melhores defesas para evitar o prejuízo e a perda da plantação é a irrigação, prin-cipalmente por aspersão. No caso de mudas, a cobertura com papel, plástico, ou até terra também são eficientes. A manutenção do terreno completamente limpo, sem mato ou palha, também aju-da na prevenção de geadas menos seve-ras. Dependendo da geografia da área a queima de serragem salitrada”, explica.

O sul do Brasil sofre mais com esse fe-nômeno. Na década de 70, a geada negra foi responsável pelo fim do ciclo do café no estado do Paraná. Em 2012 a geada negra já causou muitos prejuízos no sul do país.

A geada negra não é geada propria-mente dita. De fato, às gotas de água resultantes da condensação

do vapor de água existente no ar atmosfé-rico e do que provém da transpiração das plantas, em contato com a superfície ter-restre, em especial a superfície das plan-tas, chama-se orvalho. Quando a tem-peratura do ar atinge os 0ºC ou valores inferiores, as gotas de orvalho congelam formando o que se designa por “geada”(o ponto de orvalho é mais baixo do que a temperatura negativa letal para a planta).

Mas quando o ar é extremamente frio e também extremamente seco e o vento tem uma intensidade moderada a forte, não existem condições para a formação de geada, pois o conteúdo em vapor de água atmosférico é muito pequeno e porque o vento forte afasta rapidamente da proximi-dade das plantas o vapor de água prove-niente da transpiração das plantas. Neste caso, em vez de se formar uma película de gelo sobre a planta (geada) dá-se a conge-lação interna da planta, da seiva, a planta

Geada negraFenômeno raro provoca prejuízos às colheitas

Geada negra

12 Dezembro 2012 13Dezembro 2012

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Personagem

Há duas décadas a criadora está à frente da Fazenda Recreio, localizada no noroeste fluminense, na cidade de São José de Ubá, dando continuidade ao trabalho do patriarca Joaquim Ribeiro de Carvalho, que já trabalhava intuitiva-mente alternando os cruzamentos das raças Gir e Holandesa. Hoje a criadora ocupa a liderança no ranking nacional da raça Girolando, mas também desenvolve um trabalho de seleção no Gir Leiteiro e recentemente iniciou-se na raça Guzerá Leiteiro. “Os resultados alcançados em pistas de julgamentos se devem a um somatório de ações, a um conjunto de fatores que envolvem mais de cinqüenta anos de seleção genética, através da im-portação de touros melhoradores e de-pois com a implantação de técnicas de reprodução como inseminação artificial, transferência de embrião e fertilização in vitro. Vale ainda destacar o manejo na

nada com a saúde da glândula mamária e UFC, higiene na ordenha”, conta Mila.

A comercialização de matrizes e tou-rinhos é feita diretamente na Fazenda Recreio e ainda em leilões que a fazenda promove anualmente no mês de maio e também durante a Megaleite, onde Mila Carvalho é uma das Divas do Girolando.

Reconhecida nacionalmente pelo tra-balho que desenvolve, a Fazenda Recreio foi homenageada na Expozebu 2010, pela relevante contribuição com a pecuária de leite nacional em comemoração aos 30 anos da ABCGIL, 25 anos do PNMGL. E em 2011recebeu também homenagem da Embrapa Gado de Leite – CNPGL; quando da comemoração de seus 35 anos.

Questionada sobre o que a faz sentir mais realizada nesse duro trabalho, Mila é enfática: “O Reconhecimento do nosso trabalho, seja através dos resultados dos julgamentos em pista; bem como da satisfação dos nossos clientes, pois como costumo dizer, a fideli-zação do cliente é a certeza de que estamos trilhando o caminho certo”, finaliza.

de grandes organizações, sejam públicas ou privadas, outras são chefes de estado como a nossa presidenta Dilma. As mu-lheres percorreram uma longa trajetória na conquista do seu múltiplo espaço e esse processo continua, pois apesar do nível de escolaridade das mulheres ser maior, o sa-lário comparado com o dos homens para a mesma função ainda é menor”, lamenta.

A Fazenda Recreio produz 2.000 litros de leite/dia, com uma média de 20 Kg/vaca/dia, em regime semi-intensivo, 2 or-denhas. A alimentação do rebanho consis-te na estação das águas em pastejo rotacio-nado e complementação de concentrado em função da produção, avaliada em con-trole leiteiro mensal e na estação seca, pas-tejo rotacionado, cana corrigida com uréia, silagem de sorgo e complementação com concentrado, tudo isso supervisionado de perto pela criadora. “Fornecemos nosso leite para a LBR- Lácteos Brasil S. A, a maior companhia privada de produtos lácteos do País, e existe um sistema de valorização da qualidade do leite baseado na média men-sal dos resultados das análises dos teores de proteína, gordura, CCS e UFC. O nosso maior foco está no controle da CCS, relacio-

criação dos animais que possibilita um melhor desenvolvimento e precocidade reprodutiva; o que garantiu a conquis-ta do grande campeonato em Resende 2009, com a matriz Qualidade FR Recreio que contava a época, com apenas vinte seis meses de idade”, comemora.

A rotina na Fazenda Recreio consis-te na liderança do trabalho de campo: determinação de serviços, acompanha-mento da ordenha, controle leiteiro, co-leta de dados zootécnicos, manejo dos lotes nas pastagens, controle sanitário e o trabalho de escritório: escrituração zootécnica, controle reprodutivo, aca-salamentos, fluxo de caixa e compra de insumos. “Trabalhamos com uma equipe de funcionários que precisam estar esti-mulados, satisfeitos, com funções diver-sas, mas com um objetivo em comum: otimizar a produção de leite”, conta Mila.

Ser uma mulher de destaque no meio de agrobusiness é mérito para poucas, mas Mila ressalta que encara seu trabalho como qualquer profissão e que muitas pes-soas se surpreendem com sua atividade,o que deveria ser encarado com naturali-dade. “Hoje várias mulheres são chefes

A Fazenda Recreio desenvolve suas atividades focada na produção leiteira, mas há quatro anos par-

ticipando de julgamentos em pista, para dar maior visibilidade ao plantel, vem conquistando grandes prêmios, inclusive os títulos de melhor criador/expositor ge-ral da raça Girolando na Megaleite e Feilei-te, no ano de 2012, o que assegurou atu-almente a liderança no ranking nacional.

O envolvimento da criadora Mila de Carvalho com o agronegócio vem de ber-ço, a pecuária de leite, desde sempre, foi desenvolvida por sua família, pioneira nas técnicas de reprodução e melhoramento genético. O interesse pela atividade foi se desenvolvendo ao longo de sua vida. Mila aprimorou seus conhecimentos cursando Agronomia na Universidade Federal de Vi-çosa e complementando com o Mestra-do em Zootecnia, na área de Nutrição de ruminantes,forragicultura e pastagens.

Criadora à frente da Fazenda Recreio celebra

bom momento na criação de gado leiteiro

Mila de Carvalho

Laurindo e Campos

A vocação que veio de berço. Megaleite2012 - melhor criador/expositor geral da raça girolando e melhor criador 5/8H

Sede da Fazenda Recreio

Feileite 2012: Mila e o funcionário Douglas- melhor criador/expositor geral da raça girolando, melhor criador 5/8 e melhor expositor 5/8

14 Dezembro 2012 15Dezembro 2012

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para atender demanda e destinar área para agricultura, aponta Rally

Pecuária acelera uso de tecnologia

Nos próximos dez anos, para cada 10 quilos de aumento no con-sumo mundial de carne, 3 quilos

deverão ser produzidos no Brasil. Além de garantir o suficiente para atender essa de-manda, a pecuária terá que disponibilizar área para a expansão da agricultura. No ritmo atual de uso de tecnologia e cresci-mento de produtividade, a pecuária desti-naria 8,6 milhões de hectares de pastagens para a agricultura. No entanto, projeções da Agroconsult apontam que, até 2022, as atividades de grãos, cana-de-açúcar e florestas plantadas exigirão 15,3 milhões de hectares novos. A expectativa da Agro-consult é de que 82% dessa área – 12,5 mi-

restamento. Nas entrevistas, 86% dos pro-dutores querem reformar 14,5% das pas-tagens ao ano; desses, 34,7% pretendem usar agricultura no processo de reforma.

Mesmo assim é importante ressal-tar algumas limitações técnicas de pro-dutividade em grande parte das pasta-gens. Essas considerações precisam ser apontadas aos produtores para evitar que frustrações acabem por gerar des-confiança quanto aos benefícios da inte-gração. Um dos fatores limitantes para a produtividade agrícola de alta perfor-mance – a altitude – indica que somente 17,8% das pastagens amostradas estão em altitudes elevadas. Isso indica que a

produtividade nessas regiões da integra-ção lavoura-pecuária pode ficar aquém das expectativas dos produtores.

Apesar dos inquestionáveis bene-fícios da integração, as alternativas de melhorar diretamente as pastagens são viáveis e desejáveis. No entanto, o le-vantamento do Rally da Pecuária 2012 identificou que apenas de 3% a 7% dos pastos precisariam de reforma imediata. Entre 16% e 20% da área podem passar por recuperação (sem revolvimento do solo) que, em média, custa aproxima-damente 60% do valor de uma reforma. Essa observação permite concluir que há um espaço enorme de oportunida-des para o produtor economizar ado-tando técnicas economicamente mais eficientes para lidar com as pastagens.

A maneira como o pecuarista lida com o pasto, conforme a amostragem, já aponta a propensão para adotar mais tecnologia. Dos produtores entrevista-dos, 42% fazem fertilização, das pasta-gens em superfície, em alguma medida. Essa é uma das razões que tornam o confinamento uma ferramenta neces-

lhões de hectares – venham de pastagens e apenas 18% - 2,8 milhões de hectares – de supressão de vegetação nativa, ficando clara a necessidade de a pecuária aumen-tar o ritmo com que vem agregando tec-nologia e incremento de produtividade.

A integração lavoura–pecuária–flo-restas é uma tendência que vem se con-firmando na amostragem do Rally da Pe-cuária, expedição técnica que percorreu, entre agosto e outubro de 2012, 52 mil quilômetros por nove Estados, que repre-sentam 75% do rebanho bovino e 85% da produção de carne. O levantamento identificou que 11% das áreas visitadas já estão cobertas com agricultura ou reflo-

Previsão é de que, em uma década, 12,5

milhões de hectares de pastagens deverão ser transferidos para ativi-dades de grãos, cana--de-açúcar e florestas

sária, pois permite o aumento de tecno-logia nas pastagens. Na amostra foram identificadas 549 mil cabeças confina-das, que representam um aumento de 6% em relação ao confinado pelos mes-mos produtores no ano passado. Desse total, 88,5% são usados como estratégia

de terminação nas propriedades.Além dos avanços no uso de confina-

mento e de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), o Rally constatou que 64% dos produtores entrevistados usam sal proteinado na seca e 44,5% no perío-do chuvoso. A propensão dos pecuaristas em implementar tecnologias como essas confirma o cenário traçado pela Agrocon-sult para os próximos dez anos. O suporte das áreas de pastagens deverá aumentar na ordem de 12% a 15%, enquanto a produtividade por área aumentará na ordem de 40% a 45% no mesmo perío-do. A intensificação zootécnica será mais rápida do que a agronômica. “O Rally da Pecuária 2012 atingiu uma amostragem melhor, se comparado a de 2011. Mesmo assim não é possível diagnosticar a pecu-ária nacional, estimando uma média. A resposta que conseguimos é ‘para onde a pecuária está indo’”, diz Maurício Palma Nogueira, coordenador da expedição.

16 Dezembro 2012 17Dezembro 2012

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vasos limpos, retirando galhos, folhas e flores mortas e, por último, efetuar podas sempre que necessário.

Para montar os vasinhos, você vai precisar de vaso com furos para drenar a água, pedrinhas para ajudar na drena-gem, pedrinhas para cobrir e decorar o vaso e uma mistura de terra + humus de minhoca + areia (o solo deve ser mais are-noso para esse tipo de planta).

O solo para o cultivo deve ser rico em matéria orgânica e com uma boa aeração. Em geral, aconselha-se uma proporção de 20% de matéria orgânica em um solo fértil. A temperatura ambiente é um com-ponente importante, pois pode variar bas-tante, mesmo dentro de um apartamento. Os locais muito quentes devem ser evita-dos, da mesma forma que locais mais frios. As plantas mais cultivadas em apartamen-tos se desenvolvem melhor em tempera-turas mais altas, entre 20 e 25ºC.

Coloque as pedrinhas no fundo do vaso e coloque a mistura de terra por cima. Se você comprou mudas, faça uma camada de terra, coloque as mudas, pre-encha os espaços com mais terra e cubra a terra com pedrinhas, elas vão ajudar a manter a umidade e deixar o vasinho

Se você acha que ter horta é só pra quem mora em casa e tem quintal, está muito enganado. Além de de-

corar o apartamento você vai ter tempe-rinhos sempre frescos e sem agrotóxicos. Então, que tal montar a sua própria horta de apartamento?

O cultivo de plantas ornamentais, flores e mini hortas em apartamentos é uma oportunidade de lazer para quem cuida, uma forma de deixar o ambiente mais alegre, vivo e fazer uma composição decorativa interessante. Além de ser uma forma bem bacana de trazer a natureza

mais para perto de si, uma mini-horta dei-xa a casa mais bonita e cheirosa de forma sustentável e ajuda a inserir alimentos e temperos mais frescos, saborosos e livres de agrotóxicos no cardápio.

São vários os temperos e ervas que podem ser cultivados em vasos: cebolinha, salsinha, manjericão, alecrim, orégano, co-entro, dentre outros. Alguns você encontra em lojas de jardinagem na forma de mu-das, ou em sementes que você encontra em qualquer mercado. Você pode usar vaso, latinhas ou floreiras, desde que o re-cipiente tenha pelo menos 20 cm de pro-

fundidade. É legal daqueles que possuem buraquinhos no fundo, pra drenar a água.

É claro que ao cultivarmos plantas em um apartamento devemos levar em consideração algumas limitações e, prin-cipalmente, conhecermos as técnicas en-volvidas, para que o resultado final seja o desejado. Escolha um lugar que pegue sol direto durante uma parte do dia para dei-xar suas plantinhas ou mini horta, como varandas por exemplo. O local disponível vai determinar os tipos de plantas e flores mais indicadas e os locais do apartamen-to mais apropriados para o seu cultivo.

Se optar por plantas, o gerânio e a azaléia, por exemplo, devem ficar parte do dia expostas ao sol. Já a maria-sem--vergonha e a prímula se desenvolvem melhor em local sombreado. As orquí-deas são uma boa opção para aparta-mentos, desde que possam ficar em local com bastante iluminação, mesmo sem sol direto sobre elas. Samambaias neces-sitam de uma quantidade bem maior de água que os cactus, que pouco precisam ser regados. Além desses cuidados, deve-mos manter as plantas livres de doenças, fungos e parasitas e, ainda, manter os

bem mais bonito. Se são sementes, colo-que pedras e a mistura de terra no vaso, espalhe as sementinhas e cubra com mais um dedo de terra. Regue com fre-quência. Depois de alguns dias, você vai começar a ver brotos verdinhos nascen-do no seu vaso.

no apartamento

Fonte: Agência Estado

Como ter uma mini horta ou jardim

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18 Dezembro 2012 19Dezembro 2012

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Para atender as essas demandas, o Gover-no, por meio do Plano Agrícola e Pecuário 2012/13, já disponibiliza uma linha de fi-nanciamento para o incentivo à irrigação, com juro subsidiado e carência de três até 12 anos para pagamento. Além do crédito mais barato, as taxas variam entre 5% e 5,5%, o Ministério garantiu no Plano Plurianual/2012-2015 recursos de R$ 4 bi-lhões. O objetivo das ações é aperfeiçoar as políticas voltadas à irrigação para am-pliar a área irrigada, aumentar a produti-vidade e contribuir para a contenção do avanço da fronteira agrícola.

Para o secretário de Desenvolvimen-to Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, o uso da irrigação é um dos itens mais

As novas tecnologias de irrigação são ferramentas importantes para impulsionar a produtividade

agrícola de pequenas, médias e grandes propriedades rurais. Atento a isso, o mi-nistro da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento, Mendes Ribeiro Filho, determi-nou a implementação de uma política de irrigação para o campo. O objetivo é o aumento da produtividade e da produ-ção de grãos e carne sem desmatamento.

Hoje, o Brasil tem uma área plantada de 68 milhões de hectares de grãos, frutas e fibras. Na pecuária, o espaço no campo é de 180 milhões de hectares. A execução da política de irrigação é para justamente tornar mais intensivo o uso dessas áreas, reduzindo a pressão por novos espaços.

é a aposta do Governo para aumentar produtividade

Irrigação

importantes para a modernização e o aumento da produtividade da agricul-tura brasileira. Segundo ele, a utilização dessa tecnologia permite o uso intensivo dos solos reduzindo a pressão por aber-tura de novas áreas, além de qualificar a lavoura. O crescimento das áreas irriga-das é apontado como um dos principais fatores que garantiram o suprimento de alimentos em décadas de explosão de-mográfica. “O Ministério está trabalhando com vistas a ampliar o uso dessas novas tecnologias no campo”, salientou Rocha.

Dados mostram que o setor agropecu-ário é o maior consumidor de água em todo planeta, correspondendo a 70% da água doce existente, enquanto o uso doméstico responde por aproximadamente 10%, sen-do o restante consumido pela indústria.

20 Dezembro 2012 21Dezembro 2012

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Aproveitamento de água das chuvas,

Fonte: Feagri/Unicamp- Curso de engenharia agrícola

As cisternas para a captação de água da chuva representam uma solução de acesso a recursos hídri-

cos que provoca grandes e importantes impactos nas condições de vida da popu-lação de regiões que sofrem com falta de água, destinadas à população rural de bai-xa renda. Nesse período, o acesso à água normalmente ocorre por meio de barrei-ros, açudes e poços que ficam a grandes distâncias e possuem água de baixa ou baixíssima qualidade, provocando várias doenças e enfermidades nas populações que se vêem obrigadas a consumir água proveniente dessas fontes.

Mas estudos tem demonstrado que é possível diminuir os efeitos da baixa dis-ponibilidade de recursos hídricos no pe-

ríodo de seca com o armazenamento de água da chuva. Diversas iniciativas de im-plantação de mecanismos de captação e de construção de reservatórios foram im-plementadas e amplamente difundidas.

A cisterna é uma tecnologia simples para captação de água da chuva e tem se constituído em uma alternativa apropria-da para oferecer água de qualidade e em quantidade para o consumo humano, além de evitar outros problemas, como as longas caminhadas para a busca de água pelas mulheres e crianças em bar-reiros cuja água, regra geral, é imprópria para consumo humano. De tecnologia simples, a cisterna é construída junto ao domicílio da família, aproveitando--se do escoamento de água do telhado

Construção de cisterna em ferro cimento

A construção segue os procedimentos básicos da construção de cisterna com fôr-ma: no local da construção se retira a camada que contém matéria orgânica – normal-mente em torno de 20 cm - e compacta o solo.

Em seguida são colocadas duas camadas, de sete centímetros cada, uma de seixo rolado, outra de areia grossa (lavada), ambas compactadas, que servem de fundação.

Dentro da camada seguinte, do contra-piso, é colocada e fixada a tela de alambrado (com dimensões de 2,00m de altura e 3,2m de diâmetro), Figura 1. Deve-se ter o cuidado de unir bem a parcela do concreto colocado do lado externo do cilindro de tela com a parte interna, Figura 2. O cilindro de tela precisa ser nivelado com nível de mangueira.

O passo seguinte, a colocação da primeira camada de argamassa, para estabilizar a tela e permitir a aplicação das camadas estruturais e vedantes.

Usa-se então sacaria para cebola. A malha é bastante fina e não deixa a argamassa cair para o outro lado na hora da aplicação e é suficientemente resistente para poder ser bem ajustado e esticado em torno do alambrado. São necessário 25 sacos de cebo-la, previamente bem lavados que serão fixados com fitilho sintético, uma volta a cada cinco centímetros, Figura 3.

Com uma espátula flexível de náilon se aplica a primeira camada de argamassa, para estabilizar a tela de alambrado, Figura 4. A sacaria não é colocada como elemen-to estrutural, mas sim, como simples suporte para sustentar a aplicação da primeira camada de massa.

O teto é unicamente formado por 17 segmentos de placas, com armação de tela de alambrado e uma espessura de uma polegada. A figura 5 mostra os segmentos de tela cortados, e a Figura 6 a aplicação da segunda camada de argamassa na camada inferior ainda fresca.

As placas por fim, são apoiadas no centro da cisterna em uma escora, Figura 7, colocadas nas suas posições em forma de um telhado inclinado.

Após rejuntar e fixar as placas entre si e na parede da cisterna com argamassa, Figura 8, segue a colocação do piso, na espessura de três centímetros, tudo com traço de uma parte de cimento para três de areia grossa.

No final, nas paredes internas e no piso se aplica uma demão de nata de cimento.

(por meio de calhas instaladas no mes-mo) para propiciar o armazenamento, o que minimiza as perdas decorrentes do transporte e a contaminação decorren-te do manejo inadequado. Dessa forma, além de proporcionar melhores condi-ções para a população beneficiária, o consumo de água da cisterna reduz a incidência de contração de doenças de veiculação hídrica, bastante comuns na utilização de água dos barreiros ao ar livre e da água salobra de alguns poços.

A chuva não é regular, e o solo não absorve a água, que evapora rapida-mente, daí se faz a importância captar a água das chuvas e armazená-la para a estiagem. O tamanho da cisterna varia de acordo com o número de pessoas da casa e do tamanho do telhado.

Estudos mostram que cisternas po-dem garantir água potável para a família beber e cozinhar por oito meses. Uma família de cinco pessoas terá água para beber por até um ano, com 200 mm de chuva por ano. Segundo técnicos da ONG dos funcionários do Banespa que trabalham com o Projeto Cisternas, os custos atuais variam bastante, de um mí-nimo de R$ 844,00, até o máximo de R$ 1.200,00. Há construções de R$ 880,00 a R$ 900,00, até R$ 1.111,00.

Os materiais necessários são cimento, areia, ferro, arame, brita, vedacit, calhas de zinco, pano, canos de PVC e joelho de PVC e supercal. As cisternas podem ar-mazenar 10 mil, 15 mil, 16 mil, até 20 mil litros. A mão-de-obra é a própria família, que precisa aprender não só a construir a cisterna, mas como fazer sua manuten-ção e como tratar a água. Pedreiros são treinados para fazer cisternas. Pela obra podem receber R$ 100,00, muito acima da média do sertão. Dá-se preferência a pedreiros da própria comunidade.

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5Figura 6Figura 7Figura 8

uma solução para os que sofrem com a falta dela.

22 Dezembro 2012 23Dezembro 2012

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MORCEGOS A transmissão de vírus rábico

por morcegos frugívoras

alimentam de insetos (insetívoras), todas essas espécies e são só no Brasil mais de 50, têm o hábito de viverem em grupos, por isso chamadas de gregárias, e além disso, cultivam um hábito que lhes é pe-culiar, tal seja, costumam lamberem-se uns aos outros. Por terem a visão bastan-te deficiente, havendo mesmo a hipótese de serem completamente cegos, pos-suem um órgão próprio que substituí a visão, e que funciona como se fosse um aparelho de radar. Há quem diga até, ter o homem neles se inspirado para essa des-coberta, ou invenção.

Como fazem os morcegos para se orientarem, já que não dispõem da visão? Quando em vôo, ou mesmo quando se encontram imóveis pendurados no inte-rior de cavernas ou lugares escuros para os quais tem preferência de se alojarem, costumam os morcegos emitirem verda-deiros guinchos, e para tal fazem vibrar suas cordas vocais, por assim dizer cos-pem junto com a emissão desses sons estridentes no próprio ar atmosférico. Tais ondas (guinchos), por se encontrarem num espectro diferente das ondas sonoras propagam-se pelo ambiente onde se en-contram os morcegos, e ao encontrarem qualquer obstáculo, sofrem o fenômeno chamado de reflexão, ou seja, voltam em sentido contrário, agora em direção ao próprio morcego que emitiu tal guincho.

Possuem os morcegos, alojados nas suas orelhas, um órgão que funciona como antena receptora dessas ondas re-fletidas, que por sua vez não apenas cap-tam referidas ondas como também per-mitem ao morcego saber encontrar-se a sua frente e a uma determinada distância, um objeto que refletiu aquele seu guin-cho. É o mesmo mecanismo utilizado nos aparelhos de radar, para localização de objetos capazes de refletirem ondas de determinadas frequências. É necessário que se frise serem esses guinchos emiti-dos numa frequência diferente daquela das ondas sonoras (audiofrequência), e por isso não audíveis por nós humanos, porém apenas pelos próprios morcegos.

Esses fatos do conhecimento geral e devidamente comprovados pelas ciências físicas e biológicas, permitem então uma explicação cabal da pergunta inicial deste texto de como os morcegos comedores de frutas se infectaram com o vírus rábico?

Um determinado morcego hemató-fago (sugador de sangue), que tenha se alimentado sugando sangue de um ani-mal bovino ou eqüino contaminado pelo vírus rábico, virá fatalmente também a contaminar-se e adoecer de Raiva. Vol-tando após esse repasto sangüíneo ao convívio de outros morcegos, quer sejam estes hematófagos ou não, porém aloja-dos numa determinada caverna, virá con-taminar os demais morcegos, quer pelo próprio habito de lamberem-se entre si, quer pela emissão de seus guinchos no ambiente das cavernas, e junto com es-ses guinchos também saliva, e esta saliva no caso contaminada por vírus rábico, já que agora encontram-se contamina-dos pela Raiva . O ar atmosférico dessas cavernas ficará portanto impregnado de um verdadeiro aerossol contendo além de ar e umidade também vírus rábico,

este o responsável pela propagação da doença a outros animais suscetíveis de se contaminarem, desde que respirem tal ar. Não recebendo sol diretamente, esse ar atmosférico dessas cavernas tem um pe-ríodo maior de infectibilidade, possibili-tando contaminação por lapso de tempo maior que em um ambiente normal.

Comprova a possibilidade de animais suscetíveis se contaminarem apenas res-pirando esse ar impregnado de vírus rábi-co, uma experiência efetuada nos Estados Unidos, onde foram colocados diversos animais tais como raposa, cachorro, gato e outros animais mamíferos, alojados em gaiolas cujas malhas não permitiam tanto o ingresso de morcegos no interior dessas gaiolas, como mesmo terem possibilidade de sugarem sangue desses animais apri-sionados. Sabia-se previamente, encontra-rem-se nessa caverna alojados morcegos contaminados pelo vírus rábico. Ao fim de alguns dias, esses animais alojados em gaiolas vieram a apresentar os sintomas característicos dessa doença e após suas mortes, os exames realizados em seus sistemas nervosos comprovou terem to-dos morrido por haverem se contamina-do com o vírus rábico, no caso, portanto apenas possível se tal contaminação tivera sido através do ar atmosférico.

Dr. Carmello Liberato Thadei, Médico Veterinário

É do conhecimento geral que os mor-cegos hematófagos encontrando--se contaminados podem transmitir

a raiva como qualquer mamífero. Também já foram vistos casos em que foram cap-turados alguns morcegos frugívoros que estavam infectados pelo vírus rábico. Mas como se infectaram com o vírus rábico es-ses morcegos comedores de frutas?

Desde os tempos de Luiz Pasteur, que foi até hoje o cientista que mais pesqui-sou a respeito da Raiva, sabe-se com base nas suas pesquisas que o vírus rábico por razões que lhe são peculiares, encontra--se concentrado na saliva dos animais que estiverem contaminados por essa doença. Sabe-se também, a partir dos trabalhos efetuados por um cientista brasileiro, o médico veterinário gaúcho Silvio Torres, que o morcego hematófago (Desmodus rotundus), também pode se contaminar com o vírus da raiva, e vin-do a sugar sangue de outro animal ma-mífero ou do próprio homem, também pode funcionar como vetor e transmissor dessa terrível doença. É essa espécie de morcego no Brasil, a maior responsável pela transmissão dessa virose aos animais das espécies bovina e eqüina, principal-mente nas regiões mais recentemente desbravadas do nosso interior, como tem sido noticiado casos de raiva que vem ocorrendo nos estados de Mato Grosso do Sul , Goiás e Rondônia.

Tanto o morcego sugador de sangue (hematófago), como todas as espécies de morcegos, inclusive aquelas comedoras de frutas (frugívoras), e mesmo as que se

Fonte: http://www.saudeanimal.com.br

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Chá verde

tempo de infusão também não deve ser maior que 3 minutos.

Estudos indicam que o chá verde é rico em substâncias antioxidantes, chamadas polifenóis, que evitam a ação destrutiva das moléculas de radicais livres que dege-neram as células, auxiliando, por exemplo, na prevenção do câncer, tendo efeito anti--envelhecimento e na queima de gorduras.

O chá verde também é rico em ta-nino, que faz diminuir as taxas do LDL (colesterol ruim) e fortalece as artérias e veias favorecendo a prevenção de doen-ças cardíacas e circulatórias. Possui biofla-vonóides e catequinas: substâncias que bloqueiam as alterações celulares que dão origem aos tumores.

Mas, alerta vermelho para as pessoas que fazem uso sem acompanhamento médico. Muitas pessoas têm ingerido o chá verde indiscriminadamente sem conside-rar os seus efeitos colaterais e cuidados.

O chá verde contém cafeína (a metade da quantidade do que é encontrado no café) e para as pessoas mais sensíveis, seu excesso pode provocar insônia, ansiedade, irritabilidade, dores de estômago, náuseas e palpitações. Especialistas recomendam 300 miligramas de cafeína como uma quanti-dade segura para a maioria das pessoas.

Há várias especulações com relação a outros efeitos nocivos do excesso do consumo chá verde como causar proble-mas renais e diminuir a absorção do ferro, por isso deve ser consumido com mode-ração, orientam os especialistas.

No geral, o chá verde proporciona muitos mais benefícios que malefícios, se consumido moderadamente. Bebê-lo em substituição a outras escolhas menos saudável não é má idéia, mas os cuida-dos com o excesso devem ser tomados. Com certeza, são necessários mais estu-dos para desvendar os mistérios que nor-teiam essa antiga bebida.

O chá verde está na moda. Seus be-nefícios sempre foram reconheci-dos, mas atualmente mais pessoas

estão aderindo a ele por sua contribuição para o emagrecimento e com isso come-çaram a tomá-lo excessivamente. Suas pro-priedades antioxidantes fazem bem à saúde, diminuem o risco de doenças cardiovascu-lares e ainda, ajuda no emagrecimento, mas deve ser tomado com moderação.

O chá verde é um tipo de chá feito a partir da infusão da planta Camellia sinen-

sis. É chamado de verde porque as folhas da erva sofrem pouca oxidação durante o processamento, o que não acontece com as folhas do chá preto. Algumas outras er-vas são vendidas a título de chá verde, po-rém o verdadeiro chá verde é o feito a par-tir da folha do arbusto Camellia sinensis.

A preparação do chá verde difere um pouco dos chás tradicionais. A água não deve estar fervendo, pois do contrário as folhas acabam sendo cozidas e propor-cionando um gosto amargo à bebida. O

26 Dezembro 2012

Destaque na seleção da raça Pônei.

A jovem Gabrielle Caldeira de Sa-les, com apenas 24 anos já é uma criadora de destaque na raça pô-

nei. Tudo começou em um leilão durante uma exposição especializada no Parque da Gameleira em Belo Horizonte. “Fui convidada a participar de um leilão, onde junto com meu tio, adquirimos uma po-tra para presentear seu filho, meu afilha-do, que com um aninho já era fascinado por estes pequenos animais. Desde então

nosso interesse pela raça só aumentou e iniciamos a criação”, conta.

Titular do Haras Belo Vale, em Minas Gerais, a estudante de veterinária é tam-bém criadora de gado Nelore e aves exó-ticas, optou pelos pôneis por serem rústi-cos, dóceis e não precisarem de grandes espaços no manejo. “Sou apaixonada pelos pequeninos, a partir do momento em que nós criadores dedicamos tempo e assumimos responsabilidades, mesmo

não criando com objetivo de comercia-lizá-los, a criação pode se tornar finan-ceiramente viável. A partir do momento em que temos animais bons a comercia-lização do mesmo se torna fácil entre os próprios criadores, em leilões exposições regionais, hoje também temos a venda permanente animais”, disse.

Focada na seleção do seu plantel e em uma genética mais apurada, Gabriele pretende participar de campeonatos em pistas em breve. “Queremos fazer uma sele-ção de animais obtendo um padrão de alto nível, chegando assim com animais top em exposições e leilões. Com certeza estare-mos presentes participando de eventos, pois eles são fundamentais para mostrar ao público como os pôneis realmente são, divulgam a raça e a qualidade dos animais entre os próprios criadores”, completa.

A criação exige dedicação e investi-mentos, mas a criadora garante que vale a pena. “A grande satisfação é chegar à fazenda e ver os animais pastejando li-vremente, e assim que percebem nossa presença logo veem ao nosso encontro demostrando grande carinho fidelidade aos criadores”, comemora.

Haras PequerruchoHaras Pequerrucho

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A cavalgada e o meio ambiente: conhecer para preservar

planícies, atravessando ribeirões e vendo grande diversidade de animais e plantas silvestres pelos caminhos, trilhas e estradas. Durante o trajeto, cada vez mais a consci-ência ecológica está presente: todo o lixo produzido é recolhido e armazenado para posteriormente ser descartado em locais adequados. São gestos como este que, em conjunto, podem fazer a diferença.

Atualmente, os impactos sofridos pelos diversos biomas brasileiros (Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga) têm sido amplamente divulga-dos pela mídia. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE, estima- se que, em 2010, o Brasil produziu 195 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, o que representa um aumento de 6,8% em relação a 2009. Destes resíduos gerados, cerca de 7 milhões de toneladas deixa-ram de ser coletadas e tiveram destino impróprio, ou seja, acabaram em rios,

córregos e terrenos baldios. Locais estes que se tornam impróprios para nadar, pescar, plantar, entre outros. Embora estes números sejam alarmantes e indi-quem a necessidade iminente de adoção de hábitos sustentáveis, a diversidade e a beleza natural do Brasil continuam sendo enormes – como sabem aqueles que per-correm o interior do país nas cavalgadas.

Nesta perspectiva, conhecer e usu-fruir da natureza são fundamentais para o estabelecimento de uma relação em equilíbrio e de respeito que irá assegurar que as gerações futuras tenham acesso as belezas paisagísticas e a diversidade biológica e possam dar continuidade à prática da cavalgada.

Leylane Silva Ferreira*Mariana Gonçalves Moreira*

Há milênios o homem e a nature-za estão em contínua interação. Entretanto, os avanços da explo-

ração dos recursos naturais têm provo-cado desequilíbrios e colocado em risco um grande números de espécies vegetais e animais, bem como os ambientes nos quais vivem. Quando se conhece e se esta-belece um vínculo com a natureza, é bem mais fácil reconhecer a necessidade de sua preservação e adotar práticas sustentáveis. A cavalgada é um ótimo exemplo de rela-ção saudável com o meio ambiente.

A cavalgada é uma prática cultural tradicional presente em todo o território brasileiro. Em vários municípios, as caval-gadas integram o calendário de festas e chegam a atrair milhares de pessoas. São realizadas em grupos e o número de adeptos é crescente. Sua difusão tem sido estimulada por agências de ecoturismo e hotéis-fazenda, que organizam passeios em todas as regiões do país e facilitam o acesso àqueles que vivem no meio urba-no e frequentam pouco o meio rural.

O contato direto com o cavalo é um dos grandes atrativos. No Brasil, são en-contradas diversas raças, entre as quais estão: Campeiro, Campolina, Crioulo, Mangalarga, Quarto de Milha, entre ou-tras. Cavalgar representa uma perfeita integração entre homem e animal e, para esta atividade, o cavalo marchador proporciona maior comodidade no trote devido ao menor impacto. O tempera-mento e a tranquilidade do animal são fundamentais para iniciantes, enquanto a resistência e a disposição são importan-tes para aqueles mais experientes.

Unidos por laços familiares e de ami-zade, cavaleiros e cavaleiras de todas as idades percorrem distâncias por vezes bastante extensas, passando por serras e

* Leylane Silva Ferreira e Mariana Gonçalves

Moreira são especialistas em Gestão Ambiental

e Geoprocessamento e consultoras da Buriti

Socioambiental

28 Dezembro 2012 29Dezembro 2012

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A Sempre-viva é uma planta herbá-cea anual, que cresce de 0,7 a 1,2 m de altura, e folhas bastante deli-

cadas. Suas flores são pequenas, mas bas-tante chamativas, formadas na primavera, suas folhas são extremamente duráveis. Não são comumente cultivadas em vasos devido à alta necessidade de sol direto. Quando plantadas em jardins, são usadas em conjuntos isolados ou renques.

O nome sempre vivas é devido à esca-pos e inflorescências que após terem sido removidos das plantas conservam a apa-rência de estruturas vivas. Entre as sem-pre-vivas comercializadas, predominam espécies das seguintes famílias de mono-cotiled6neas: Eriocaulaceae, Xyridaceae e Gramineae, com maior importância, e Cyperaceae, de importância secundária.

Ocorrentes nos campos rupestres dos altos da Cadeia do Espinhaço, em Minas Gerais e Bahia, nas Serras de Goiás e ainda nos cerrados do Planalto Central, sobres-saem-se as sempre-vivas por sua beleza

e durabilidade. São usadas como orna-mentais, especialmente na decoração de interiores, o que confere a elas alto valor comercial, principalmente no mercado internacional. Seu extrativismo constitui--se em importante atividade econômica nas regiões onde ocorrem, destacando-se como um centro importante de comer-cialização o município de Diamantina, em Minas Gerais, onde se constituem na se-gunda fonte de renda da população local, seguindo- se a mineração de diamantes.

A colheita costuma ser feita por pes-soas das próprias regiões. Na Serra do Cipó, planalto de Diamantina, Serra do Cabral, em Minas Gerais, e Mucugê, na Bahia, entre outras áreas, é muito comum encontrar famílias inteiras no campo, colhendo sempre-vivas na época de flo-ração. Nas serras de acesso mais difícil, distantes de áreas habitadas, como por exemplo na Chapada do Couto, em Fe-lício dos Santos, MG, ocorre o desloca-mento de grupos de coletores que acam-

Sempre vivas

pam durante todo o período de floração das espécies comercializadas, com uma permanência de ate três meses no alto da serra, constituindo verdadeiros núcle-os populacionais temporários.

O material coletado costuma ser reu-nido em pequenos feixes para serem se-cos ao sol. Posteriormente, esse material é vendido a intermediários, que fazem a ligação entre o coletor e o revendedor e/ou exportador. Estes últimos possuem, geralmente, grandes depósitos, onde é feita a manipulação final do produto, incluindo secagem completa das plan-tas, classificação de acordo com o tipo e qualidade, montagem em ramalhetes, pesagem e embalagem. Muitas vezes, as inflorescências são tingidas em cores di-versas, com o uso de corantes artificiais.

Em 2001, foi criado o Plano de Ação para a conservação das Eriocaulaceae do Brasil – PAN Sempre Vivas, que tem como objetivo a manutenção da diversidade de Eriocaulaceae, por meio da diminuição da perda de hábitats e de outras ameaças, es-pecialmente nas áreas de alto endemismo. O PAN definiu cinco metas e 54 ações para a conservação das espécies de Eriocaulace-ae do Brasil, com previsão de implementa-ção até 2016. O monitoramento está sendo supervisionado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga – CECAT/ICMBio.

Sempre vivas

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30 Dezembro 2012 31Dezembro 2012

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Uma das atrações na inauguração foi um Pocket Show com o Neguinho da Beija-Flor e a bateria da escola de samba que escolheu o Mangalarga Marchador para ser homenageado no samba-en-redo do carnaval de 2013 com o tema “Amigo fiel – do Cavalo do Amanhecer ao Mangalarga Marchador”.

No mesmo dia, no hotel Glória em Ca-xambu/MG, aconteceu a noite do Oscar da Raça, em que foram homenageados criadores e expositores que se destacaram no cenário nacional em 2011 e 2012.

O MuseuO Museu Nacional do Cavalo Man-

galarga Marchador é um presente não

Registro da primeira visita aberta para autoridades e imprensa

O IV Marchador Fest, aconteceu entre os dias 15 e 17 de no-vembro, no Sul de Minas Gerais.

Evento conhecido como o “Oscar” da raça é uma realização da ABCCMM (Asso-ciação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador). A inauguração do Museu Nacional Mangalarga Marcha-dor também foi o destaque da edição.

O primeiro dia do IV Marchador Fest foi marcado pela Copa de Marcha Barão de Alfenas. Os julgamentos da competi-ção aconteceram no Parque de Exposi-ções de Caxambu e foram finalizados, no dia 16 de novembro, quando também ocorreu o Leilão de Elite Barão de Alfenas. O remate aconteceu no Hotel Glória, na cidade de Caxambu, com a oferta de 40 lotes entre garanhões, matrizes e embri-ões de genética comprovada.

Como parte da programação do Mar-chador Fest, no sábado, 17 de novembro foi inaugurado o Museu Nacional do Ca-valo Mangalarga Marchador, em Cruzília/MG, um dos acontecimentos mais espe-rado pelos amantes da raça. Durante a solenidade, a ABCCMM lançou, em par-ceria com os Correios, um selo comemo-rativo alusivo ao museu.

MARCHADOR FEST O Oscar da raça

Mangalarga Marchador

só para os apaixonados pela raça, mas para todos os apreciadores da história e da cultura brasileira. Localizado no centro de Cruzília, o Museu funciona no casarão da Fazenda Bela Cruz e abriga preciosos detalhes da raça Mangalarga Marchador como fotografias, objetos, mobiliários, documentos sobre a raça, faixas, troféus, dentre outros artigos.

Inserido no Caminho Velho da Estra-da Real, o Museu, que possui sede pró-pria e apresenta como peculiaridade, o caráter de primeiro Museu território do Brasil, um orgulho para o presidente da ABCCMM, Magdi Shaat. “O Museu é um sonho de todos os criadores. Ele vai agre-gar valor à nossa tradição e história e será um ponto de referência para as pessoas interessadas em resgatar a cultura nacio-nal”, ressaltou.

Secretário Elmiro Nascimento visita museu

Museu Nacional Mangalarda Marchador

foto

s: Eu

gênio

Sávio

Carlos Augusto Reis de Oliveira, titular do Haras Terra Natal.

Haras Terra Natal

O Haras Terra Natal, localizado no município de Inhaúma, a 20 km de Sete Lagoas/MG e a 80 km

da capital Belo Horizonte, iniciou suas atividades há seis anos, se especializando na criação do cavalo Mangalarga Marcha-dor e recebeu este nome por estar locali-zado na propriedade onde nasceu o seu titular, Carlos Augusto Reis de Oliveira, administrador de empresas e um apaixo-nado pela atividade rural.

A escolha dos cavalos da raça Mangalarga Marchador na criação do Haras Terra Natal se deu devido às suas características de exímio mar-chador, comodidade de sela, tempe-ramento, índole e beleza que estes animais possuem. “Como frequenta-dor assíduo de propriedades rurais da família e de amigos desde muito cedo, aprendi a apreciar as virtudes do Mangalarga Marchador, o melhor cavalo do mundo”, disse.

De modo geral, os animais do plantel de Carlos Augusto têm origem na tropa D2, tradicional criatório do Sul de Minas, reconhecido pela qualidade de marcha e cela dos seus animais. O Haras Terra Natal contou no seu início de vida com 4 ani-mais, sendo 1 reprodutor e 3 matrizes, ani-mais estes que já não mais fazem parte do plantel, graças ao trabalho permanente de seleção que vem sendo conduzido com rigor, na busca por animais superiores. A transferência de embriões tem sido um dos recursos utilizados para multiplicar a melhor genética de marcha existente no criatório. Os resultados têm sido muito satisfatórios e contribuem para a maturi-dade e mudança de patamar do plantel.

Por ser de médio porte, o planeja-mento de constituição do Haras Terra Natal previu trabalhar com um número não superior a 30 animais, independente-mente da idade. “Atualmente, estamos, de forma consciente, excedendo este limite

e contando com 41 animais no plantel, in-cluindo aqui aqueles em sociedade”, diz o titular. Carlos completa que o excedente, se deve à sua obstinação em intensificar os trabalhos e atingir mais rapidamente o objetivo de compor o plantel de ani-mais superiores, capazes de surpreender e agradar os amigos e visitantes do haras.

Apaixonado pelo Mangalarga Mar-chador, Carlos pondera que a atividade proporciona grande prazer, em cada fase do processo. “No planejamento dos aca-salamentos, nascimentos da potrada, no reconhecimento dos criadores da quali-dade dos animais produzidos, na confir-mação dos animais ao serem montados e é claro nas premiações em pista”, afima.

Os objetivos de Carlos Augusto na criação são claros: ser reconhecido pe-los criadores do Mangalarga Marchador como um celeiro de produção de animais superiores, capazes de competir e vencer nos eventos da Raça. Como alcançá-los:? “Mantendo os requisitos básicos que nor-teiam as decisões de acasalamento com consistência genética e vocação para marchar”, finaliza o criador.

Consistência genética e vocação para marchar são os requisitos básicos que norteiam as decisões de acasalamentos e seleção dos animais Terra Natal.

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Haras JPUnião, paixão pelos animais e

conquistas na raça Mini-Horse.

O casal Pedro e Lúcia Goulart pos-suem muitas coisas em comum, e uma delas é sem dúvidas a

paixão pelos eqüinos. Muitas famílias abrem mão da agitada vida nas capitais para buscarem mais qualidade de vida no interior e esse foi o caso de Pedro e Lúcia, que optaram na década de 80, em se mudarem da capital paulistana para criarem os filhos na cidade de Ourinhos, divisa com o Estado do Paraná.

O intuito era terem não só maior li-berdade, melhor qualidade de vida, mas, também, integração com a natureza. Foi lá que seus filhos tiveram o primeiro con-

tato mais próximo com animais, especial-mente eqüinos. Começaram a fazer hipis-mo rural e tomar gosto pela equitação. Posteriormente mudaram-se para São José do Rio Preto, também no interior de São Paulo e como não havia nenhuma escola de equitação na cidade resolve-ram então, para poderem continuar pra-ticando hipismo, montar um “Centro Hí-pico” e passar a criar cavalos Brasileiro de Hipismo e Árabe. “Contratamos o profes-sor Nani Boson que dava aulas de equi-tação na Sociedade Hípica de Ribeirão Preto e, assim, nossos filhos Pedro e Neto continuaram o hipismo, sendo que era

minha esposa Lúcia quem dirigia e cuida-va do Centro Hípico e da criação de ca-valos. Nossa vida era, por consequência, toda voltada aos cavalos e, sobretudo às provas de equitação realizadas pela Associação Brasileira de Hipismo Rural (ABHIR), sendo que eles também parti-ciparam de inúmeras competições do CCE (Concurso Completo de Equitação). Entretanto, a vida profissional acabou levando-me de volta a São Paulo, ven-demos o haras de São José do Rio Pre-to e, para que nossos filhos pudessem continuar com a equitação, resolvemos nos associar ao Clube Hípico de Santo

Amaro. Deixaram, então, o hipismo rural e começaram a prática do hipismo clás-sico”, conta Pedro.

A rotina da família girava em torno da equitação, o que segundo Pedro, sem sombra de dúvidas, em muito contribuiu para que tivessem uma adolescência mais saudável e livre das drogas. “O am-biente dos cavalos era tão bom e teve uma influência tão forte na vida de meus filhos, que até hoje eles mantém laços de amizade com os antigos companheiros de montaria”, disse.

O tempo passou, os filhos cresceram, deixaram a equitação, os criadores ven-deram seus animais e tomaram novos rumos profissionais. Assim, aos poucos, a família Goulart foi perdendo o contato com os cavalos até que vieram os netos (João Pedro, Ian, Victoria e Mel) e, em ju-lho de 2010, em uma viagem de férias aconteceu o primeiro contato com os mini horses. “Fomos com João Pedro e Victoria em Socorro, interior de São Paulo, lá tivemos a oportunidade de conhecer um criatório de Mini-Horse localizado no perímetro urbano, numa área inferior a

5.000 metros quadrados. Da visita a alu-dido haras saímos com a compra de dois animais para os netos e com um enorme problema, não tínhamos uma proprieda-de rural para levá-los. Como residíamos num condomínio fechado de chácaras, localizado no Município de Araçarigua-ma cerca de 50 km da Capital, não hesita-mos em construir em 4.230 metros qua-drados nosso criatório, o “Haras JP”, em homenagem ao nosso neto primogênito João Pedro, um amante de cavalos, com apenas cinco anos de idade e que gosta de ser chamado de “peão”, no pomar de nossa casa”, lembra Lúcia.

Apaixonados pela nova criação, Pedro e Lúcia se associaram à Associação Brasi-leira de Criadores de Mini-Horse (ABCMH), adquiriram outros animais e passaram a participar das competições do Campeo-nato Nacional do Mini-Horse. “Sem som-bra a dúvidas, nossa vida ganhou nova dimensão com a vinda dos cavalinhos para nossa casa, vez que estávamos apo-sentados e sentindo que faltava alguma coisa. Hoje nosso tempo é todo tomado com os afazeres do haras e, como sempre

minha esposa Lúcia é quem controla o dia a dia dos animais, o que e quanto devem comer, seu peso (medidos mensalmente numa balança), casqueamento, vacinação, vermifugação e preparação dos mesmos para as exposições. Eu fico mais absorvido com as compras e dando todo o suporte para que o haras funcione sem nada fal-tar”, acrescenta Pedro.

A opção pela raça veio também pelas características dos mini-horses, animais extremamente dóceis, de fácil manejo e ideal para crianças. “Nossos netos João Pedro, Ian e Victoria, todos de seis anos e a mais novinha Mel de três anos freqüen-temente montam sozinhos os animais, bem como os apresentam nas pistas de julgamento, o que nos deixa bastante orgulhosos e felizes, notadamente por ver a perfeita interação animal brinquedo e criança. E, vale acentuar que não só os netos, mas, também, seus pais, participam

Haras JP Mel montando Paloma do JP

João Pedro e Victória posam para a foto com Dalia do JP

Pedro e Lúcia Goulart

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das exposições, fazendo com que toda a família fique envolvida com o clima agra-dável e sadio do campeonato”, comemora.

A criação desses pequenos animais trouxe para as crianças um grande apren-dizado de vida, que elas levarão consigo para sempre. Lições estas, que as partici-pações em pista ensinaram aos jovens netos a real importância das competições. “Lembro-me que no início João Pedro fica-va bravo quando nossos animais não ga-nhavam o primeiro lugar e, aos poucos, foi entendendo e hoje entende perfeitamen-te, que na vida um dia se ganha e outro se perde, lição, tenho certeza, que levará para o resto da vida graças ao Mini-Horse e

suas competições. Recentemente a caçula Mel, na Etapa de Lençóis Paulista, ao ver que sua égua predileta não havia sido pre-miada chegou, para nossa surpresa, para não dizer espanto, indagar ao Zezé Cruz (atual Presidente da ABCMH) porque a mesma não havia sido contemplada com uma roseta. Aos poucos aprenderá, como João Pedro aprendeu, que o sentido maior é competir, que ganhar ou perder é mera conseqüência”, reflete o criador.

Apesar do pouco tempo de criação, o Haras JP já coleciona alguns importantes troféus, fruto de um trabalho sério e foca-do na alta genética da raça. “O prazer que estamos tendo com a criação, para nós um

lazer, não tem cifra que pague, sendo certo que montamos o criatório com o foco de participarmos das exposições do Campe-onato Nacional e ter um plantel pequeno, de boa, se não dizer, de excelente quali-dade. Temos obtido bons resultados. No primeiro ano (2011) fizemos, dentre outras conquistas, a Grande Campeã Nacional Potra Jovem do Futuro “AVARÉ GRAXINHA”. Este ano conseguimos com a égua “GU-GUINÁ FIU-FIU” o título de Grande Campeã Nacional da Raça Adulta e com o garanhão “AVARÉ EXCLUSIVO” o título de Reservado Campeão Nacional da Raça Adulto. Outra compensação é vivenciar o nascimento dos potrinhos, não só um momento de

profunda alegria, mas, por que não dizer, a fonte de receita do criatório, a servir para minimizar seus custos, valendo asseverar que outra fonte é a venda de coberturas. Daí, imprescindível se ter um bom repro-dutor”, pondera Pedro.

Manejo

O Haras JP, está bem próximo da ca-pital São Paulo, o que demonstra como a raça mini horse pode ser criada em pe-quenas chácaras e sítios, nem a necessi-dade de grandes terrenos para o mane-jo. A recomendação de Pedro a quem esteja interessado em iniciar na criação, é formar, do seu jeito, investindo em um profissional que até não tenha conheci-mento com eqüinos, mas goste de tra-balhar com animais. Além disso, Pedro recomenda que o criador deve se instruir através de cursos, veterinários, criadores e pessoas outras do meio eqüestre so-bre nutrição, manejo, controle sanitário, reprodução, dentição eqüina, aprumos, casqueamento para que ele mesmo

possa instruir seus funcionários. “Minha esposa chegou até mesmo a aprender noções de casqueamento para auxiliar nosso funcionário. Importante, também, é a participação em exposições, tanto para você ficar a par do que está acon-tecendo na raça, bem como para se ter uma avaliação do estado dos seus ani-mais, a valorização do seu plantel, isto

para não dizer que é muito prazeroso a convivência com os demais criadores, ou seja, a “família mini-horse” é muito unida, participativa e amiga, valendo destacar o papel de nosso Presidente ZeZé Cruz, em nome de quem agradeço a todos os demais criadores pelos incentivos rece-bidos e que não foram poucos. Se você tem tempo disponível para se doar aos cavalos, um pequeno capital para inves-tir e uma chácara para criá-los, mesmo que não seja grande, crie Mini-Horse, o animal brinquedo. Sua recompensa será ver sua vida preenchida de novos valores, os prêmios das exposições sua moeda e a interação com os seus animais o paga-mento maior. Retorno financeiro é, pelo que vejo, conseqüência de seu trabalho. No caso, aquele que cria visando exposi-ções, obviamente os animais premiados passam a ter um maior valor econômico, valendo acentuar, por derradeiro, como já foi dito, que o melhor pagamento será os dias gostosos que você poderá usufruir, sobretudo se tiver filhos pequenos ou ne-tos, como é o nosso caso”, finaliza.

João Pedro, Ian e Mel

Paulo e Cido com Futuro do JP e Acéu do JPFamília recebe premiação

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Campeões doHaras JP

Guguiná Fiu-Fiu

Avaré Exclusivo

Princesa Do Japão Avaré Graxinha Avaré Harmony

Grande Campeã Nacional Égua AdultaFapi 2012

Grande Campeã Égua AdultaExpolondrina 2012

Grande Campeã Égua AdultaExpobaurú 2012

Reservado Campeão Nacional Cavalo Adulto - Fapi 2012Reservado Grande Campeão Cavalo Adulto - Feinco/Sp 2012

Campeão Cavalo - Expo Londrina 2012Grande Campeão Cavalo Adulto - Facilpa 2012

Reservado Campeão Cavalo - Itápolis 2012

Reservada Campeã Égua AdultaFeinco/Sp 2012

Grande Campeã Nacional Potro Do Futuro Eapic 2011

Reservada Campeã Égua JovemFapi 2012

Grande Campeã Potra JovemFeinco/Sp 2012

Reservada Grande CampeãExpolondrina 2012

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que Indígena do Xingu, solicitando ajuda para recuperarem variedades tradicionais de milho que haviam perdido.

Entramos em contato com a curadora da coleção de milho da Embrapa Milho e Sorgo, Flávia França, que localizou as se-mentes oriundas da aldeia Kayabi, e iniciou o processo de multiplicação, de forma a obter um volume grande de sementes para podermos distribuir ao povo indígena.

Em 2012, na véspera de se iniciar o ano agrícola de 2012/2013, as sementes foram, então, entregues diretamente ao cacique Siranhu e sua comunidade da al-deia Ilha Grande.

Essa ação nos deixou muito felizes, pois é uma prova concreta da relevância da con-servação de espécies vegetais e reforça a importância da complementaridade entre a conservação in situ (no local de origem das espécies) e ex situ (fora do local de origem).

Embrapa e povos indígenas: parceria de sucesso em prol da sustentabilidade

A ação mostrou ainda que, mesmo em uma aldeia muito comprometida com a manutenção dos seus cultivos tradicio-nais como é o caso da Kayabi, fatores in-ternos e externos podem levar a perda de produtos agrícolas. E é neste espaço que a Embrapa, dentro de sua missão de conser-var recursos genéticos para o futuro, pode se inserir com competência e ajudar.

As sementes devolvidas servirão não apenas para a aldeia Ilha Grande, mas também para outras etnias Kayabi do Xingu. A divisão e entrega serão feitas pelo cacique Siranhu, em função da dinâ-mica cultural daquele povo.

Este tipo de ação permite o fortaleci-mento cultural da comunidade atendida, uma vez que garante o resgate de varie-dades tradicionais, com o uso alimentar e folclórico a elas relacionados. Permite ainda que uma diversidade maior de espécies e va-riedades esteja disponível para manejo das comunidades, alem de fortalecer a relação entre a Embrapa e a comunidade, pois mos-tramos na prática que podemos ser parceiros na conservação de suas sementes.

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 47 unida-des da Empresa Brasileira de Pes-

quisa Agropecuária – Embrapa, através de uma ação do Projeto “Fortalecimento cultural e conservação de alimentos tra-dicionais no Parque Indígena do Xingu”, devolveu ao povo indígena Kayabi (al-deia Ilha Grande, Parque Indígena do Xin-gu, MT) sementes de milho tradicionais, que os índios não possuíam mais em fun-ção de fatores de dinâmica cultural e de manejo de suas roças. As sementes foram entregues no final de agosto de 2012, época próxima ao início do ano agrícola de 2012/2013, e serão úteis não apenas à aldeia Ilha Grande, mas também para outras aldeias Kayabi do Xingu.

Essa ação é muito importante e re-presentativa do ponto de vista científico, pois marca o fim de um ciclo (coleta de amostras – conservação – recuperação – devolução). As sementes de milho foram coletadas no ano 2000, em parceria com a Fundação Nacional do Índio – FUNAI, com o objetivo de mapear a situação agrícola das aldeias do Parque Indígena do Xingu. Em 2001, foram enviadas à Em-brapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, onde foram incorporadas ao sistema de conservação de milho, nas câmaras de conservação daquela Unidade.

Em 2010, recebemos uma carta dos índios Kayabi das diversas aldeias do Par-

a povo indígena do Xingu

Embrapa entrega sementes de milho tradicional

*Fábio Freitas e Fernanda Diniz,

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Ação fecha um ciclo muito importante

no processo de conservação e uso

sustentável de recursos genéticos vegetais: coletar, conservar,

recuperar e devolver.

Membros da comunidade observam as variedades recuperadas

de iogurte e queijo como derivados do lei-te de ovelha, a expectativa de um melhor rendimento passava a existir. André correu atrás de conseguir os animais, o que não foi tão fácil em Minas, inclusive por animais de dupla aptidão pela região não ter cultu-ra dessa criação. Enquanto construíamos a infraestrutura, adquirimos 15 animais com aptidão carne com o objetivo de vivenciar o manejo”, conta.

O Rancho Bela Vista tem atualmente animais de dupla aptidão, conseguiu au-mentar o plantel com animais nascidos na própria propriedade, selecionando as melhores ovelhas leiteiras para melhorar geneticamente a criação. “Vendemos o produto para amigos e parentes que nos visitam, e comemos muito iogurte e quei-jo tipo chancliche, estamos crescendo bem devagarinho, mas com o pouco que produzimos, é possível pagar as despesas. Os cordeiros são vendidos para abate ou para se tornarem reprodutores em outras propriedades. As borregas ficam para o crescimento do plantel”, disse a criadora.

Segundo Lara, o manejo não é compli-cado, mas é exigente. As ovelhas ficam a pasto, e no fim do dia retornam ao aprisco,

Uma atividade que desperta o inte-resse no agrobusiness é a criação de ovinos, mas antes de iniciar na

atividade, o criador precisa fazer um bom planejamento e conhecer algumas pecu-liaridades dessa criação. A psicóloga Lara Dias é uma criadora que dá seu exemplo de como o planejamento é importante no sucesso da ovinocultura.

Lara trocou a vida na capital mineira, pela tranquilidade da cidade de Itapece-rica, interior de Minas Gerais, e optou pela criação de ovinos para o sustento familiar. Foi no Rancho Bela Vista, em um terreno pequeno, de 9 hac que Lara e seu sócio no projeto, na época o então estudando de ve-terinária André Dias, encontraram a solução.

Com pouco espaço, a criação de ove-lhas para abate seria o ideal, mas mesmo assim, as contas do investimento versus re-torno não fechavam. Era necessário agre-gar valores. E isso foi feito, através da esco-lha de ovelhas com dupla aptidão, carne e leite. “Acrescentamos a fabricação artesanal

Rancho Bela Vista Exemplo de iniciação na criação de ovinos

momento de observar alguma possível al-teração nos animais. O que mais a preocu-pa são as verminoses. “O fato de estarem vermifugadas não garante 100% o contro-le, é necessário observar os primeiros sin-tomas para salvar nossos amores. Na ten-tativa de minimizar o problema, as quatro vacas da propriedade ficam a pasto junto com as ovelhas, e trabalhamos com rodí-zio de piquetes. As ovelhas em lactação ficam sempre no aprisco, se alimentam de cana e capim e recebem suplemento de feijão guandu, plantado na propriedade e farelo de milho, soja e trigo. No primeiro ano de experiência com a criação, tivemos leite apenas em um período, hoje com a estação de monta temos de 3 a 6 litros to-dos os dias do ano. Com 5 litros de leite, fabricamos 40 potes de iogurte dia ou 2 kilos de queijo tipo chancliche”, explica.

Lara completa que com a possibilidade do registro do produto no Instituto Minei-ro de Agricultura (Ima), através da agroin-dustria familiar, poderá adquirir mais ove-lhas leiteiras, para aumentar a produção e entrar no mercado formal, com a esperan-ça de receber o retorno do investimento. “Sempre focamos no carinho da produção familiar, artesanal e natural. Nossas delícias, são resultado de pesquisas constantes, de um manejo pautado no respeito ao ani-mal, na músicalidade sentida por nós a cada ‘beé’, sonorizado, na música tocada quando as ovelhas retornam ao aprisco a cada pôr do sol”, finaliza.

A criadora Lara Dias no aprisco.

Rancho Bela Vista

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do STF não o atingiu, uma vez que tem natureza jurídica diferente do FUNRURAL.

Lado outro, como a decisão Plenária não apresentou os efeitos da modulação prevista na Constituição de 1988, seus efeitos retroagem à data de vigência da lei que foi julgada inconstitucional e, com isso, abriu uma oportunidade para que os contribuinte do FUNRURAL recorres-sem ao Poder Judiciário, acaso tenham pago a contribuição de forma indevida. Ocorre que muitas pessoas não recorre-ram ainda a essa questão de inconstitu-cionalidade ao Poder Judiciário, uma vez que o teor da decisão do Plenário do STF somente alcança as partes envolvidas.

Entrementes, insta também relem-brar que os médios e grandes produto-res sofrem o desconto do denominado “FUNRURAL”, de maneira compulsória, no momento em comercializam suas produ-ções, sejam de grãos; de gado; de aves; de algodão; de madeiras; dentre outros produtos; ficando ainda compelidos ao recolhimento da contribuição previden-ciária incidente sobre a folha salarial de seus empregados.

Destarte, quem eventualmente de-senvolve suas atividades como pessoa jurídica e venha a ter a retenção; também poderá reivindicar a devolução. Muito embora não seja a mesma situação da decisão do STF em comento; todavia a inconstitucionalidade torna-se ainda

Um assunto que havia gerado muita discussão em momento pretérito, mas que ainda torna-se

importante trazer à colação novamente, diz respeito à inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei Ordinária Federal n. 8.540, de 1992, que havia criado a obrigação tri-butária do empregador rural de recolher a contribuição (espécie tributária) em fa-vor do Fundo de Assistência ao Trabalha-dor Rural (FUNRURAL).

Malgrado já tenha se passado dois

anos em que o Ministro Marco Aurélio (Processo – RE 363852), na qualidade de relator do processo, manifestou pela inconstitucionalidade da cobrança da exação, conquanto que a lei que na épo-ca instituiu a obrigação previdenciária (tributária) era uma lei “ordinária”, quando deveria ser por meio de uma lei “comple-mentar”, conforme dispõe a Constituição Federal por meio de seu artigo 195, § 4º .

Sobejamente, o FUNRURAL ou Con-tribuição Social Rural se consiste em uma

mais gritante e, por seu turno, vem sendo reconhecida pelos Tribunais como bitri-butação; comportando do mesmo modo a suspensão da cobrança da exação, bem como a devolução do recolhimento in-devido nos últimos 05 (cinco) anos; con-siderando ainda que nesse caso, a alíquo-ta é de 2,5% sobre a receita bruta.

Cumpre ainda afirmar que aqueles que trabalham como pessoa física e que, não se enquadram como segurado espe-cial, não possuindo empregados, ainda assim tem seu direito garantido; vez que a Receita Federal reconhece que não existe previsão legal para a cobrança nesses ca-sos. Todavia, em se tratando do segurado especial, este não faz jus. Importante ain-da frisar que o reconhecimento da ilega-lidade do FUNRURAL não colide com os benefícios dos produtores rurais e, muito menos com os de seus empregados, por-quanto encontram-se amparados pelo Regime Único da Seguridade Social que foi criado pela Carta Magna de 1988.

Por todo o discorrido, chega-se à conclusão de que o Produtor Rural para que possa ter seu direito garantido de suspensão da retenção dos valores inde-vidamente cobrados à título da aludida contribuição, deverá postular e juízo, for-mulando ainda o pedido de devolução dos valores que lhes foram descontados nos últimos 05 (cinco) anos.

* Cláudio Luiz Gonçalves de Souza, Mestre em Direito e Professor na PUCMINAS. Sócio Titular da Souza Sociedade de Advogados.

A questão do Funrurale seus reflexos para o

produtor ruralA questão do Funrural

contribuição social com o fito de custear a seguridade (INSS) de forma geral. Com efeito, referido tributo é cobrado sobre o resultado bruto da comercialização rural (de 2,3% a 2,85%) e, da mesma sorte, des-contado, pelo adquirente da produção no momento da operação comercial.

Sendo assim, o Plenário do STF na-quela ocasião decidiu, em caráter defini-tivo, que a cobrança do FUNRURAL dos contribuintes Pessoas Naturais e com empregados, cuja alíquota é de 2,1% da receita bruta decorrente das vendas efetuadas por esses produtores rurais, é completamente indevida.

Isso se verifica porquanto a alíquo-ta do FUNRURAL é de 2,0% para o INSS, acrescido de 0,1% para o RAT; havendo ainda 0,2% para o SENAR, o que perfaz um total de 2,3% sobre o valor total das vendas dos produtos rurais efetuadas pe-los produtores qualificados na condição de pessoas naturais.

Não obstante, torna-se importante relembrar que no que tange à contribui-ção de 0,2% para o SENAR, este não in-tegra o FUNRURAL e, portanto, a decisão

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O criador Luiz Felippe Haddad, titu-lar do Haras Tarumã, localizado em Guaraciaba, Zona da Mata Minei-

ra, é um grande conhecedor dos Jumentos Pêga e sempre esteve muito envolvido na raça. Haddad começou a criar em 1987 e foram seis anos à frente da Associação Bra-sileira dos Criadores de Jumentos Pêga.

A introdução na raça veio por inter-médio do avô de sua esposa, Sr. Waldemar Urbano (prefixo Walmar) da cidade de Passa Tempo/MG. “Sr. Waldemar foi meu grande inspirador, foi dele que adquiri meu primeiro Pêga. Sr. Waldemar foi um dos fundadores da Associação Brasileira dos Criadores de Jumentos Pêga em 1947 e da Associação Brasileira dos Criadores

do Cavalos Campolina. Grande seleciona-dor de ambas as raças”, disse Haddad.

Buscando sempre bons jumentos e muares Pêga de boa morfologia, estrutu-ra e principalmente animais marchado-res, o Haras Tarumã vai fazendo história na raça. Os anos à frente da Associação Brasileira, fez de Luiz Haddad um grande conhecedor dos animais, que em muito contribuiu para o crescimento e difusão do Pêga no Brasil.” De 2004 a 2010, jun-to com alguns diretores fizemos uma boa administração, divulgando mais a raça, aumentando o número de sócios, o registro de muares junto ao Mapa, sa-neando a parte financeira da associação, dentre outras coisas”, conta.

Tradição na raça Jumento PêgaHaras Tarumã

De acordo com Haddad, um marco para a Pêga foi a decisão da Associação quanto à exigência do registro de ani-mais para participar de exposições ou concursos de marcha oficiais da raça, com a condição de ser sócio da ABCPê-ga e estar quite com seus compromissos para concorrer às premiações. “O Pêga foi se profissionalizando. Os criadores pas-saram a selecionar mais criteriosamente seus produtos. No caso de muares, os cruzamentos deixaram de ser feitos com quaisquer éguas, como se fazia em ou-tras épocas e o criador passou a escolher criteriosamente uma boa matriz para co-locar em um bom jumento”, explicou.

Questionado sobre a importância de participar de exposições Haddad afirma que elas são excelentes para fazer uma comparação com os outros criatórios, novos contatos, novas amizades e apri-morar os conhecimentos técnicos. O alto custo de manutenção de uma criação grande e a dificuldade de encontrar mão de obra especializada são, segundo Ha-ddad, os maiores entraves da criação.

Luiz Felippe Haddad, titular do Haras Tarumã.

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favoráveis à raçaCientistas do ITAL

apresentam resultados

Durante o Workshop Blonel, pro-movido pelo ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos, no

mês de novembro em Campinas (SP), a equipe de cientistas internacionais che-fiada pelos também professores, Expedi-to Tadeu Facco Silveira e Márcia Mayumi, apresentou os resultados do abate téc-nico realizado em agosto deste ano, na planta piloto do CTC – Centro de Tecno-logia de Carnes, órgão oficial responsável pela pesquisa e desenvolvimento de car-nes, do Governo do Estado de São Paulo.

O trabalho teve como escopo a ob-tenção de valores de composição corpo-ral e de carcaça e avaliação de tipificação de dois bovinos puros da raça Nelore,

comparativos a outros dois de cruzamen-to industrial da raça Blonel com Nelore.

Os animais que participaram da pro-va eram machos inteiros, aleatoriamente apartados do lote contemporâneo de bezerros nascidos entre agosto e outu-bro de 2010 na Fazenda São José, loca-lizada no município de Amparo (SP), do pecuarista Fernando Lacerda de Camar-go, criados em mesmos pastos até o aba-te com a idade média de 23 meses.

Para abrir o evento, foi convidado o proprietário do plantel fundador da raça Blonel, Eduardo da Rocha Leão, atual pre-sidente da ABBlonel, que lembrou os vin-te anos já transcorridos desde o início em sua Fazenda Santo Antônio do Império, no

município de Pedreira (SP), de seus primei-ros acasalamentos entre as raças Blonde D’Aquitaine (BLO) e Nelore (NEL), visando a formação da raça BLONEL (5/8 BLO com 3/8 NEL), que no ano de 2005 se tornou a mais nova raça bovina do mundo, com a obten-ção da homologação do MAPA-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

No evento, o professor Expedito Ta-deu, comentou que apesar de cientifi-camente ainda reduzida, a amostragem resultou em ampla vantagem para os bovinos de cruzamento industrial da raça Blonel com Nelore, indicando que a pes-quisa deverá continuar com um número cada vez maior de animais, antecipando o anúncio de que os próximos abates téc-nicos já foram acertados com a realização de provas entre lotes de fêmeas e tam-bém entre lotes de machos castrados.

Na oportunidade, foram apresenta-dos pelos cientistas do ITAL, os diversos resultados oficiais comparativos, todos favoráveis à utilização da genética Blonel.

Dom Blonel

Raça BlonelRaça genuinamente brasileira, foi sin-

tetizada pelos graus sanguíneos de 5/8 Blonde e 3/8 Nelore, após mais de uma década de seu desenvolvimento, sendo reconhecida e homologada pelo Ministé-rio da Agricultura no ano de 2005.

A busca pelo bovino de corte ideal para países de clima tropical como o Bra-sil fez surgir o Blonel. De pelagem curta e clara, mas de pele e cascos escuros, sinônimos de rusticidade, tanto os ani-mais puros como seus cruzamentos pos-

suem extrema padronização, de forma quase cilíndrica e traseiro bem muscu-loso, com dorso e lombo de grande es-pessura e elevado comprimento corpo-ral, estruturado em ossos finos porém fortes, características que lhes conferem excepcionais rendimentos de carcaça e também na desossa.

Os resultados potencializados na raça Blonel, advindos da heterose gené-tica do europeu Blonde, fundindo suas qualidades máximas de carne, preco-cidade e conversão alimentar, com as de rusticidade, praticidade e adaptabilidade do indiano Nelore, foram obtidos através da biotecnologia dos tempos modernos, sempre com a utilização de sêmen de touros provados em testes de progênie.

Durante todo o processo de forma-ção da raça, as pesquisas passaram pelas mais rigorosas testagens e certificações, desde sua concepção até a degusta-ção. Aprovado com grau de excelência em abate “Kosher”, este produto híbrido Blonde x Nelore, também foi considerado como “Tipo Padrão” por renomada rede de restaurantes, especializada em carnes grelhadas e obteve “Máxima Premiação” em abate de vitelos.

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Um sistema de produção agrícola deve ser sustentável. Antes de qualquer coisa, deve ter sustentabi-

lidade econômica, o que permitirá investi-mentos para se conseguir sustentabilidade social e ambiental. Sistemas de produção como o de Integração Lavoura-Pecuária, ou mesmo Integração Lavoura-Pecuária--Floresta representam a evolução mais re-cente da agricultura.

Embora a utilização de maior número de espécies forrageiras se constitua numa evolução do sistema de produção em re-lação ao uso exclusivo da braquiária, com a diversificação, há necessidade de melhor qualidade de gerenciamento do que nos sistemas mais simples. Algumas vezes, a não adoção de algumas técnicas ou espé-cies em rotação se deve mais à deficiência de gerenciamento e (ou) máquinas do que ao clima, por exemplo. Um problema

adicional é a instabilidade dos mercados e a falta de gerenciamento da comerciali-zação. A falta de pessoas capacitadas para um bom gerenciamento do sistema tem sido um dos entraves ao seu desenvolvi-mento. Aliás, a falta de gente qualificada tem sido um obstáculo ao crescimento de diversas áreas de atividade no Brasil.

Um problema observado na maioria das propriedades que desenvolvem algum desses sistemas de produção agrícola é a dependência do uso de adubo nitrogenado. Mesmo com custo maior, o resultado eco-nômico do uso de maiores doses de nitro-gênio pode ser vantajoso. Uma fazenda que utilizaria num sistema convencional entre 60% a 80% dos seus recursos, passa a utilizar cerca de 90% a 95% de seus recursos num sistema integrado. Desta forma, um melhor entendimento da dinâmica de nitrogênio nos sistemas seria importante para tentar

Os obstáculos a serem superados pelo Agro

melhorá-lo. Por outro lado, muitas proprie-dades, mesmo com alto nível tecnológico, ainda persistem procedimentos em que o mais básico da ciência agronômica é ne-gligenciado. Por exemplo, apesar do vo-lume de resultados mostrando a falta de resposta aos micronutrientes em diversas situações, o uso de zinco, manganês, boro, e por vezes outros micronutrientes, ainda é generalizado. A análise de solo para fins de fertilidade nem sempre é feita todos os anos, e raramente se encontra um resulta-do na profundidade de 20 cm a 40 cm, o que ajudaria no diagnóstico de, por exem-plo, falta de enxofre. Mas, a quantidade de fertilizantes utilizada nem sempre leva em conta o resultado da análise de terra.

.

*Ciro Antonio Rosolem

*Membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) e professor titular da Faculdade de

Ciências Agrícolas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCA/Unesp Botucatu).

Os obstáculos

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considerado o Oscar da pecuária leiteira, é uma iniciativa da união das principais empresas do setor de produção animal. Alexandre Alves, diretor da unidade de pecuária da MSD Saúde Animal, lembrou que o objetivo do evento é reconhecer os destaques do setor e enfatizar a atividade do produtor e de toda a cadeia do leite. “A Feileite é uma oportunidade de mos-trar cases de sucesso”, resumiu Donário Almeida, do Canal Rural.

Os torneios leiteiros da 6ª Feileite 2012 contaram com a participação das raças Gir Leiteiro, Girolando, Guzerá, Sindi, Jersey e Simental. O grande destaque da compe-tição foi a matriz girolando Dengosa Wil-dman com média superior a 100 kg/dia.

A opinião entre os organizadores e público foi unânime, de que “cada vez

Feileite2012

Realizada entre os dias 19 e 23 de novembro, no Centro de Exposi-ções Imigrantes, em São Paulo, SP,

a Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (6ª Feileite 2012), reuniu e mobi-lizou produtores e profissionais de vários elos que envolvem a pecuária leiteira, in-teressados em acompanhar a evolução das raças e conhecer os trabalhos rea-lizados por órgãos públicos e privados para o incremento de novas técnicas de sanidade, genética, manejo e preserva-ção ambiental.

O evento teve como destaque o 1º Congresso Via Láctea, realização do Agro-centro, reuniu especialistas dos diversos elos da cadeia do leite para mostrar o atual panorama e perspectivas do se-tor. A 3ª edição do Troféu Balde de Ouro

mais, a Feileite se consolida como pólo para difusão de pesquisa, tecnologia e produtos”, afirmou Décio Ribeiro dos Santos, diretor do Agrocentro. “A Feileite é um local apropriado para o intercâm-bio de informações entre produtores e empresas do setor”, acrescentou Carla Tuccilio, coordenadora de Agronegócio do Agrocentro.

O gerente nacional de vendas e ser-viços da CRV Lagoa, Antonino Bosco de Resende afirmou que a Feileite é uma fei-ra tradicional, extremamente importante dentro do negócio leite, com a presença de boa parte da cadeia produtiva do Brasil. “Principalmente com presença significati-va de criadores de vários pontos do país, realizamos um bom número de negócios”, disse Antonino Bosco de Resende.

A 6ª Feileite reuniu mais de 2.000 animais de raças leiteiras provenientes de criatórios de todo País e se destacou pela extensa programação: julgamen-tos, concursos leiteiros, leilões e cerca de 100 eventos paralelos. O evento contou com a presença de mais de 20 mil visi-tantes, dentre pecuaristas, profissionais liberais e técnicos, executivos, estudan-tes, zootecnistas, veterinários, agrôno-mos, consultores, tratadores e outros interessados no setor. Estrangeiros tam-bém prestigiaram a feira.

Além da presença de animais das raças Gir Leiteiro, Simental Leiteiro, Gi-rolando, Bufálos, Guzerá Leiteiro, Jersey, Holandês e Sindi, paralelamente ao even-

to, foi realizada a Expande (Exposição de Pequenos Animais e Derivados). Durante a feira, foram realizados nove leilões. Des-tes, 6 de gado leiteiro, das raças Girolan-do, Gir Leiteiro, Misto (Holandês e Jersey) e Simental e 2 de ovinos (Sufkolk e Dor-per). A novidade foi o Leilão de Tratores e Implementos Agrícolas.

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Nelore Fest13ª edição da

A Nelore Fest 2012 reuniu dia 13 de dezembro, no restaurante Le-opoldo na capital São Paulo, os

principais representantes da agropecuá-ria brasileira. A cadeia produtiva da carne bovina esteve representada por selecio-nadores de genética, criadores, recriado-res, invernistas e confinadores, frigoríficos e estabelecimentos de varejo da recém lançada carne Seara Nelore. Personalida-des, grandes empresários e investidores do mercado agropecuário e de capitais marcaram presença no evento.

Além das tradicionais homenagens chamadas de Oscar da Pecuária, da entre-ga dos troféus aos grandes campeões do Ranking Nacional Nelore e Nelore Mocho, aos melhores criadores e expositores dos Rankings Regionais e aos vencedores do Circuito Boi Verde, a edição 2012 do evento contou com algumas novidades. Entre elas, a celebração dos resultados e premiação dos vencedores da nova ferramenta de integração entre os criadores de diferentes regiões do país, batizada de Copa do Atlân-tico, e o retorno da premiação dos vence-dores do Ranking Nacional Nelore Mocho.

O Ranking Nacional é o indicador de consulta indispensável para o segmen-to de seleção do Nelore – raça de maior expressão no rebanho bovino de corte do país. Além de ser uma ferramenta de comparação entre animais e, portanto, de identificação de animais superiores, o cam-

peonato consolidou-se ao longo dos anos como um excelente instrumento de valori-zação de seus participantes. Na temporada 2011/2012 o Ranking Nacional contabili-zou 158 exposições, que contaram com a participação de 2.823 expositores e 23.111 animais expostos, em 18 estados do País.

Em 2012 o Circuito Boi Verde de Jul-gamento de Carcaças, realizou a maior etapa da história com 2.141 animais avaliados na etapa promovida na unida-de Marfrig - Mineiros/GO. Durante todo ano foram avaliados 6.964 animais, sendo quatro dessas etapas realizadas em uni-dades do Grupo Marfrig e uma em cada um dos demais frigoríficos: Frisa, JBS e Frigomerc (Paraguai).

O Programa Nelore Natural também lo-grou êxito e registrou crescimento recorde histórico em 2012 com mais de 200 novos sócios e um incremento de 160% até o mês de agosto/2012, quando comparado com o mesmo período do ano passado. O PQNN, está presente em quatro estados brasileiros com volume médio de abate mensal de 25.000 mil animais. A produção de carne Seara Nelore Natural deste ano já chega a 180,5 mil toneladas. Os produtores asso-ciados da ACNB e participantes do Progra-ma podem ser premiados de acordo com a qualidade dos animais ofertados para o abate. Em 2012, O Marfrig Group já soma R$ 4,2 milhões de premiação paga aos sócios participantes do programa com uma média de R$ 32,89 por animal premiado.

Evento celebrou os grandes destaques da raça

Sua origem foi em meados do sécu-lo XIII, na França, mas foi o Rei da Inglaterra Henrique VIII, praticante

da modalidade, que ajudou a difundir o esporte pelo mundo.

Atualmente o tênis ganhou muitos pra-ticantes e cresce cada vez mais. Pode ser pra-ticado por duplas ou apenas dois oponen-tes. O objetivo é rebater a bola e para marcar um ponto, é preciso fazer com que a bola toque o piso, no lado do campo adversário. A pontuação se divide em games e sets.

O esporte não tem idade, jovens pequeninos a partir de cinco anos já po-dem praticá-lo. O empresário e professor Marcelino Corrêa, está há 10 anos no mercado esportivo comandando a Aca-

demia Mineira de Tênis (AMT),na cidade de Nova Lima, Minas Gerais. Marcelino conta que em sua academia, o principal foco é na categoria infanto juvenil, faixa etária de idade, para disputar o calen-dário oficial. Ele conta que por ano, em média dois alunos tem a oportunidade de conciliar, estudo e aperfeiçoamento do esporte nos Estados Unidos. “Com o intercambio universitário o atleta apren-de uma segunda língua, participa de grandes eventos e ainda voltar com uma formação”, conta.

Segundo o professor, a idéia de criar o programa de intercambio surgiu da própria demanda dos jovens atletas, inte-ressados em seguir a carreia profissional e

com poucas opções de grandes torneios nacionais, o programa é uma possibilida-de de continuidade. O tenista que dedica grande parte da juventude nas quadras tem no intercambio uma oportunidade de profissionalização.

Outro diferencial do tênis é o treina-mento de atletas cadeirantes para com-petições. “O tênis também é um esporte que interage com alunos deficientes físi-cos. Os resultados são vistos nas quadras. Cristofher Paytg, atleta da academia é um dos principais competidores do Estado. No ranking é o número três de Minas Ge-rais e cinco do Brasil”, conta Marcelino.

O tênis é um esporte que proporcio-na grande sociabilidade, gera negócios e torna-se um encontro de amigos. Uma novidade no esporte que está sendo or-ganizada pela AMT para 2013, é a criação do triatlo esportivo que envolve três mo-dalidades em um único evento: hipismo, golfe e tênis. “As competições acontecerão simultaneamente, tendo como objetivo principal diversão para atender um público que é comum aos três esportes”, finaliza.

Tenis, o esporte que conquista

cada vez mais adeptos

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Foto

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aral

Produtores rurais mineiros

podem ser feitas via computador, smar-tphones, tablets, terminais móveis eletrô-nicos ou qualquer outro dispositivo. A so-licitação será autenticada e direcionada por uma central, que encaminhará os da-dos para os órgãos de defesa, como IMA em Minas Gerais, que emitirão as guias ou liberarão os pagamentos, dependen-do do tipo de serviço solicitado.

O Cartão atua em cima da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), um sistema informatizado elaborado pela CNA e geri-do pelo Ministério da Agricultura e Pecu-ária (MAPA). A PGA integra bases de dados dos órgãos de defesa de todos os Estados, garantindo agilidade na obtenção de infor-mações, com transparência e segurança.

O produtor poderá fazer a solicitação e impressão da GTA de qualquer lugar do mundo, a qualquer dia e horário, com possibilidade de pagamento automati-camente por sistema pré-pago ou por boleto bancário online. O sistema trará assim facilidade, economia de tempo e dinheiro, uma vez que dispensa presença física (com deslocamentos por trajetos muitas vezes longos e estradas precárias), extingue a dependência do produtor aos horários de funcionamento dos escritó-rios de defesa e reduz custos na emissão de documentos.

terão salto tecnológico na emissão de documentos via internet

permitirá ao produtor rural economizar tempo e dinheiro para a realização de consultas e emissão de documentos, como a Guia de Trânsito Animal (GTA), a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) e o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), eliminando a necessidade de des-locamento até órgãos emissores como a Receita Estadual, órgãos de Defesa Sani-tária animal e vegetal, entre outros.

Todas as operações com o Cartão do Produtor poderão ser realizadas eletroni-camente, sem que os produtores rurais precisem se deslocar de suas proprie-dades. As solicitações de documentos

O homem do campo está cada vez mais inserido na era digital e, em Minas, os produtores rurais

mineiros contam agora com mais uma ferramenta tecnológica para facilitar a gestão de sua propriedade. Cerca de 300 representantes de Sindicatos Rurais de diversas regiões do Estado acompanha-ram em Belo Horizonte, o lançamento do Cartão do Produtor Rural CNA CARD, pro-messa de salto tecnológico para o setor.

Fruto de uma parceria entre a Fede-ração da Agricultura e Pecuária do Esta-do de Minas Gerais (FAEMG) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o cartão

BenefíciosO presidente da FAEMG, Roberto Si-

mões lembrou que Minas terá maior fa-cilidade na implantação do cartão por já contar com um trabalho integrado da Fe-deração com a Secretaria de Agricultura e suas vinculadas. “É um primeiro passo, a entrada do produtor rural na vida mo-derna, no processamento eletrônico e na convergência de todas as informações. É para onde os setores econômicos têm migrado, e a agricultura agora também estará firme nessa caminhada que, com certeza, nos trará tantas facilidades com cada vez mais benefícios”.

A ampliação das funcionalidade do cartão também foi destacada pelo dire-tor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, que lembrou do objetivo de se agregar, em breve, o setor fazendário no meca-nismo, possibilitando a emissão também de notas fiscais eletrônicas. ““Esse novo sistema vai colaborar com a segurança

da informação, preservando o produtor e o estado, além de prestar transparência para as missões que nos visitam visando à importação para outros estados e países”.

Elmiro Nascimento, secretário de Es-tado de Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento lembrou que Minas tem avan-çando a largos passos e o agronegócio, que tem um papel fundamental na eco-nomia, reflete bem esse avanço. “O CNA Card representa uma enorme moderni-

zação que, com certeza, irá agregar va-lor à produção, baixando custos. O meio rural tem investido e apostado muito no avanço da tecnologia, não apenas no au-mento de produtividade e qualidade dos produtos mas, como vemos aqui hoje, numa gestão cada vez mais competente e inovadora”.

Os mineiros já podem se cadas-trar para receber o CNA Card pelo site www.cnacard.com.br

Roberto Simões, Altino Rodrigues e Elmiro Nascimento realizaram a entrega simbólica do cartão CNA Card

a Ivanir Julio da Silveira, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Formiga, escolhido por ser um dos

mais antigos produtores presentes ao evento.

56 Dezembro 2012 57Dezembro 2012

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SardinhaEla não tem a nobreza de um dou-

rado ou de um badejo, nem o charme de um tambaqui ou de

um tucunaré. Mas a sardinha, um peixi-nho pequeno, saboroso e popular, que já foi qualificado como pescado de tercei-ra categoria, chega a bater o sofisticado salmão como fonte de ômega 3, um dos maiores responsáveis pelo bom funcio-namento do coração.

Pura ou em conserva, em forma de patê ou como recheio de sanduíche, costuma quebrar um galho e tanto em qualquer cozinha e vem, aos poucos, conquistando paladares mais exigentes. Ela foi um dos primeiros tipos de alimen-to a ser enlatado no início do século 19, quando o general francês Napoleão re-conheceu a importância de se preservar alimentos em épocas de racionamento.

A sardinha espalhou-se pelo mundo a partir dos mares da Sardenha, uma ilha no mediterrâneo, e hoje ocupa um espa-ço privilegiado nas águas e no prato dos brasileiros. No Brasil, de acordo com os dados mais atualizados do Ministério da Pesca, em 2010 foram capturadas 62.134 toneladas de sardinha verdadeira, espé-

cie considerada em extinção, número 25% menor que os dados de 2009 quan-do foram produzidas cerca de 83.286 t, mas mesmo assim a sardinha ocupa os primeiros lugares no ranking de produ-ção ´pesqueira extrativista marinha.

De acordo com o Ministério, este declínio foi responsável por aproximada-mente 50% da redução total observada na produção pesqueira marinha nacional em 2010. Vale ressaltar que as variações anuais da captura da sardinha-verdadeira são decorrentes de alterações da abun-dância que são relacionadas ao suces-so do recrutamento do estoque, o qual pode ser fortemente afetado por oscila-ções na estrutura oceanográfica da costa sudeste-sul do Brasil.

A atual produção de sardinha no Bra-sil apresentou grande crescimento nos últimos anos, e houve um árduo trabalho para aumentar sua produção. Em 2002, a produção não ultrapassou 22 mil tonela-das; em 2004, ficou em 24 mil. A sardinha tem altas taxas de fecundidade e cresci-mento rápido, mas vive no máximo qua-tro anos e apresenta altas taxas de mor-talidade natural. O Ministério da Pesca,

explica que houve um enorme trabalho para entender a biologia da espécie, criar mecanismos de ordenamento e planejar a pesca de curto e médio prazos.

Hoje, o problema é diferente: nossa indústria pesqueira não possui capaci-dade para estocar, processar e congelar a sardinha capturada no Brasil. São cap-turas diárias de até 1200 toneladas, mas a capacidade média diária da indústria é de apenas 400 toneladas. O resultado é a perda significativa da produção e a que-da no preço médio de vendas.

Outro gargalo tem sido o transporte, uma vez que as maiores capturas vêm se concentrando no estado do Rio de Janei-ro, onde a capacidade de congelamento é reduzida a cerca de 100 toneladas/dia. É por isso que o Brasil continua importando tanta sardinha para atender ao mercado nacional, em 2010 foram importadas do Marrocos cerca de 31.000t, cujo produto apresenta bom preço de venda, sendo que os maiores volumes são direcionados para o abastecimento da indústria de conservas.

A solução para o problema talvez seja investir no aumento da capacidade de pro-cessamento de pescado da indústria de enlatados. Uma solução que exige plane-jamento cuidadoso. Afinal, a indústria, revi-gorada, corre o risco de ficar ociosa se não estiver preparada para processar outros tipos de pescado (como a anchoíta) nos períodos em que os estoques de sardinha estiverem naturalmente em baixa.

58 Dezembro 2012 59Dezembro 2012

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A tradicional Fazenda Pedrões fi-cou conhecida por fazer parte do sucesso da literatura brasilei-

ra ‘Grande Sertões Veredas”, interpretado na Rede Globo por Tony Ramos e Bruna Lombardi e “ Manuelzão e Miguilin” de Guimarães Rosa. O folclórico Manuelzão era vaqueiro da fazenda Pedrões.

Localizada a beira do Rio São Francis-co, na cidade de Três Marias, Minas Gerais, a Fazenda Pedrões atualmente está dedi-cada à criação da raça Quarto de Milha.

De propriedade do advogado e em-presário Adevailde Veloso, à frente do Grupo Vitória da União, a estrutura da fazenda é de brilhar os olhos. São 1.500 hectares de terra, 20 lagoas; inclusive com nascentes, 3.000 metros de beira do Rio São Francisco, 2.600 metros de frente para o asfalto, 85km de cerca aroeira em arame liso,baias e piquetes em uma es-trutura adequada para criação de gados e cavalos, 15 suítes e mais 8 casas de colo-no, e um alambique onde já foi produzida a famosa cachaça Rainha dos Pedrões. “A Fazenda Pedrões tem estrutura de hotel. Já hospedamos diversos atores conheci-dos, como Oscar Magrini, Tiago Lacerda, Humberto Martins, Daniele Cicareli, den-

Seleção da raça Quarto de Milha

Fazenda

PedrõesPedrõestre muitos outros”, conta Veloso.

Iniciando na criação da raça quarto de Milha, Veloso afirma ter optado pela raça por sua beleza e adquiriu alguns animais do ami-go e vizinho de fazenda, o belga Jonhy. Atu-almente seu plantel conta com 36 animais belos animais Quarto de Milha e Veloso está otimista com a criação. “Crio por hobbie essa bela raça! Meus planos são continuar me dedicando à criação e retomar a produção da cachaça Rainha de Pedrões, que é muito conhecida na região”, conclui.

60 Dezembro 2012 61Dezembro 2012

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A premiada Cervejaria Wäls, eleita a Melhor Cervejaria do Ano de 2012 da América do Sul no The Great

South Beer Cup durante o 4º festival da cer-veja, em Blumenau, Santa Catarina, se uniu a uma das maiores autoridades do mundo em cerveja, Garret Oliver, para a produção de uma cerveja exclusiva. Os irmãos José Felipe Carneiro e Tiago Carneiro, sócios da Wäls, na cidade de Belo Horizonte/MG, apostam nes-ta parceria como forma de firmar ainda mais a Wäls como uma empresa inovadora quan-do o assunto é produção de cerveja.

Garret Oliver veio ao Brasil produzir a primeira cerveja feita a base de cana de açúcar. O conceito é fazer uma cerveja que transmita a ligação do povo brasileiro com a cana de açúcar, que normalmente é associada apenas para a produção da cachaça, através da fermentação do cal-do. “O que nós queremos é mostrar que somos capazes de produzir cerveja de

qualidade de renome internacional. Den-tro do Brasil, temos cervejas que podem ser comparadas com as melhores cerve-jas internacionais”, revela José Felipe.

A receita é uma cerveja do estilo Sai-son, típico do interior da Bélgica, com aromas frutados, leve acidez, alta carbo-natação e teor alcoólico entre 6% e 8%, um pouco acima da cerveja pilsen, a mais comum. A novidade é que para a pro-dução serão utilizados, além dos maltes especiais, lúpulos nobres e levedura tipi-camente Belga, um ingrediente brasileiro muito típico do interior de Minas Gerais, o caldo de cana de açúcar. Serão utilizados aproximadamente 700 kg de cana de açú-car. A parceria com a conceituada cachaça mineira Vale Verde, forneceu uma safra es-pecial da cana de açúcar produzida na fa-zenda de Emeraldas-MG. “É um plantio es-pecial, que faz com a cana tenha um alto índice de açúcar”, completa o empresário.

O produto será encontrado a partir de janeiro, em casas especializadas e super-mercados com venda de cervejas espe-ciais em todo Sudeste e Sul do Brasil , e no Distrito Federal. O preço da garrafa será em torno de R$ 18,00. “Essa cerveja foi fei-

ta com foco no consumidor brasileiro, mas será exportada devido a alta demanda e interesse que o mercado internacional de-monstrou”, comemora José Felipe.

O mestre Garret OliverGarrett Oliver é uma das maiores autori-

dades do mundo em cerveja, mestre cerve-jeiro da The Brooklyn Brewery, editor-chefe do The Oxford Companion to Beer, autor do The Brewmaster’s Table. Garrett começou a fazer cerveja profissionalmente na Ma-nhattan Brewing Company em 1989 como aprendiz, e foi indicado mestre cervejeiro de lá em 1993. Logo ficou conhecido nacional e internacionalmente por suas interpreta-ções saborosas de estilos tradicionais de cervejas, assim como um palestrante e es-critor ávido e divertido.

Ele já promoveu mais de 800 degus-tações de cerveja, jantares e demons-trações culinárias em 14 países. Escreve regularmente para periódicos de gas-tronomia, de cerveja e é reconhecido internacionalmente como um expert em estilos tradicionais de cervejas e suas afi-nidades com a boa comida. No final de 1994, Garret entrou para a The Brooklyn Brewery como mestre cervejeiro. Muitas de suas cervejas ganharam prêmios na-cionais e internacionais.

cerveja de cana Empresa mineira desenvolve a primeira

foto

: Divu

lgaçã

o Wäls

.

Bebida pioneira fabricada em Belo Horizonte custará R$ 18 reais a garrafa de 375 ml.

A criação comercial de espécies brasi-leiras e exóticas, visa criadores que desejam reproduzir esses animais em cativeiro para comercialização de carne, pele ou com a finalidade de animais de estimação. Até a presente data, não há liberação por parte do IBAMA da comercialização de espécies da fauna brasileira para venda como animais de estimação. Entretanto, a criação de espécies da fauna exótica está devidamente permi-tida pela Instrução Normativa 18, de 30 de dezembro de 2011, e aves como o papagaio do congo, cacatuas, ring necks, ecletus, ro-selas e lóris são alguns exemplos de animais exuberantes, inteligentes e que possuem um alto valor de venda no mercado.

Em 8 de dezembro de 2011, foi publi-cada a Lei Complementar 140, que repassa ao estado as atribuições ora antes designa-das ao IBAMA, e entre elas, o controle de implantação dos criatórios. Atualmente, esta lei se encontra em processo de trans-

Estima-se que, por ano no Brasil, aproximadamente 200 mil animais silvestres sejam apreendidos pelo

IBAMA. Deste total, apenas uma pequena quantidade tem condição de voltar à na-tureza, os demais permanecem nas de-zenas de Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) espalhados pelo país, aguardando a destinação a criatórios de-vidamente registrados no Órgão.

Estes são, segundo a IN 169 de 20 de fevereiro de 2008, divididos em diversas ca-tegorias dependendo do objetivo da cria-ção, sendo os dois tipos mais comumente pretendidos, o mantenedor e o comercial de fauna silvestre. O primeiro é recomen-dando às pessoas que desejam criar e man-ter animais silvestres sem que ocorra a re-produção. Dentre as espécies usualmente pretendidas, destacam-se araras, tucanos, papagaios, pequenos primatas e répteis, como a iguana e o cágado tigre d’água.

Como iniciar um criatório de animais silvestres ou exóticos

ferência em alguns estados do país. Hoje, para o registro do cadastro e regularização do criatório, é necessária a obtenção da Autorização Prévia (AP), emitida após o ca-dastro das espécies desejadas. Em seguida, deve ser elaborado um projeto técnico por profissional competente, constando todas as informações solicitadas pelas Instruções Normativas vigentes. Com a aprovação do projeto, será emitida a Autorização de Instalação (AI) e, após a construção das instalações embasadas pelo projeto téc-nico, será solicitada a vistoria ao criatório. Quando aprovado, é emitida então a Au-torização de Manejo (AM), etapa final do registro, estando o criatório apto a receber os animais ou realizar vendas.

É importante ressaltar que as criações de animais silvestres em cativeiro são uma importante ferramenta de conser-vação da fauna, ao manter vivo o patri-mônio genético de diferentes espécies e diminuir a busca por animais retirados ilegalmente da natureza, fornecendo para a sociedade, animais de origem le-gal. Como diria Charles Darwin: “A com-paixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana.”

* Lívia Denilli de Araújo é Bióloga da ZOOVET CONSULTORIA LTDA

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economia de cadeia sustentável e para as quais a questão ambiental e produtos de alto desempenho são levados a sério.

Com diferentes aplicações, empre-sas como a Embraer, Quip Engenharia, ThyssenKrupp Elevadores, Companhia Siderurgica do Atlantico, ALL, Polimetal, Camargo Correa, Maquinas Sanmartin, Superpesa e a WEG Motores, entre outras, já iniciaram a substituição dos lubrifican-tes e graxas minerais por produtos biode-gradáveis e atóxicos de origem vegetal.

De acordo com o diretor executivo (CEO) da VGBIO, Roberto Uyvari Jr os bio-lubrificantes além de apresentarem maior rendimento do que os lubrificantes mi-nerais e sintéticos em diversas aplicações, não agridem o meio ambiente, pois a sua degradabilidade varia entre 28 e 40 dias. “Outras vantagens são a economia em função do aumento do ciclo de vida do produto e a redução do descarte de resí-duos, o fim das multas ambientais e todos os transtornos causados pelos produtos que agridem à saúde e à natureza”, explica.

Os excelentes resultados na aplicação dos produtos vegetais induziram empre-sas a novos estudos e pesquisas para o atendimento de diversos mercados e aplicações, entre elas o uso de óleos ve-getais no setor de mineração, especial-

Os biolubrificantes chegam às grandes indústrias nacionais tra-zendo inúmeros benefícios ao

meio ambiente e vem conquistado esse importante mercado e atraindo as maio-res companhias de diversos segmentos, cada vez mais preocupadas com a nova

Tecnologia verde

mente na aplicação de perfuração de rochas, e nos equipamentos e esteiras transportadoras de minério. No merca-do de agronegócio o novo produto está sendo requisitado para os equipamentos de movimentação de terra (tratores, co-lheitadeiras, plantadeiras etc.).

Nas usinas de álcool e açúcar, o produ-to pode ser utilizado em equipamentos de moenda para a fabricação de álcool e açú-car e nos equipamentos de colheita me-canizada. Nos portos, sua aplicação é reco-mendada nas esteiras transportadoras para embarque de grãos a fim de evitar a con-taminação dos alimentos, pois o óleo vege-tal, além de biodegradável, tem também a característica de atender a especificação de grau alimentício. Também a aplicação pode ser feita nas defensas de portos e cabos de aço dos guindastes que movimentam os containers, pois nestes locais existem sérios riscos de contaminação da água do mar.

Os novos produtos sustentáveis têm obtido grande sucesso em diferentes segmentos nos quais o seu rendimento mostra-se superior ao dos óleos de ori-gem mineral e sintética e por garantir uma série de benefícios econômicos e de produtividade para os seus clientes. En-tre eles, Roberto Uyvari cita a eliminação do efeito tramping oil nas maquinas de usinagem de metais, o que gera custos adicionais com paradas para manuten-ção e limpeza, o descarte do resíduo e os problemas ambientais relacionados à destinação deste resíduo.

“Na área de metal working (usinagem de metais) o rendimento é 30% maior do que os similares minerais e sintéticos. No caso de óleo para perfuração o rendimento chega a 200%, além da grande vantagem de contribuir com redução da possibilida-de da contaminação direta dos lençóis fre-áticos por ser um produto biodegradável e atóxico”, completa Roberto Uyvari Jr.

Grandes empresas optam pelos

biolubrificantes vegetais, colaborando com a

cadeia sustentável Roberto Uyvari Jr,

diretor executivo da VGBIO

Tecnologia verde

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Para 15 pessoasTempo de preparo: 2 horas

Receita

Carne seca com bananaModo de preparar

Dessalgue a carne seca.

Pique-a em pedaços quadrados grandes

de 4 cm, retirando o excesso de gordura.

Reserve.

Em um caldeirão médio esquente o óleo

e frite nele metade das cebolas e o alho.

Acrescente 3 tomates já picados, a polpa

de tomate, a água, o louro e o mel.

Deixe ferver por uns 10 minutos.

Acrescente a carne reservada. Deixe

ferver bem até reduzir o molho, sem

mexer. Prove o sal e as pimentas.

MontagemEm 2 panelas médias (devem ser

de barro ou pedra, pois a comida

será servida nelas), faça camadas

de carne, bananas cruas e cortadas

transversalmente em quatro, tomate

cru, cheiro-verde e cebola picada.

Regue com o molho do caldeirão,

tampe e leve ao fogo por uns 10

minutos.

Acompanhamentos: arroz branco,

couve refogada e tutu de feijão.

Ingredientes

• 2 kg de carne seca

• 3 colheres (de sopa) de óleo

• 3 cebolas grandes picadas

• 3 dentes de alho

• 6 tomates maduros picados

• 1 caixa de 500 ml de polpa de tomate

• 1 xícara (de chá) de água

• 1 folha de louro

• 1 colher de sobremesa de mel

• 5 bananas bem maduras (recomenda-se

a banana goiana, também conhecida

por salta velhaca. Ela é fina e comprida. Deve

ser usada quando a casca fica bem preta,

como se estivesse estragada, mas não está.

Tem consistência semelhante à da banana

da terra, boa de fritar)

• 1 xícara (de chá) de cheiro-verde picadinho

• sal, pimenta-do-reino e pimenta ardida

O mercado dos veículos elétricos - puros ou híbridos, que também contam com motor a combus-

tão, ou seja, movido à gasolina -, ainda é incipiente no Brasil, mas terá alguns no-vos produtos para disputar a preferência do consumidor a partir de 2013.

O carro é silencioso e a emissão de poluentes é 40% menor, porque o mo-tor é híbrido, funciona com gasolina e eletricidade. Em baixa velocidade, é uma bateria que manda energia para o motor. E toda vez que o motorista tira o pé do acelerador, o movimento do carro pro-duz eletricidade para completar a carga. Quando é preciso aumentar a velocidade, a gasolina começa a ser usada automati-camente para dar mais força ao motor e, ao mesmo tempo, recarregar a bateria.

As montadoras, aos poucos, ampliam suas apostas nesse segmento, mas ainda esperam que, ao longo do tempo, o con-

sumidor se adapte à tecnologia e, princi-palmente, que o governo federal ofereça incentivos às vendas desses carros, me-nos poluentes.

Os paulistanos já podem conferir de perto alguns modelos rodando pelos ta-xistas, previstos no programa da Prefeitura que incentiva empresas frotistas a adquiri-rem com descontos veículos com motori-zação de baixo consumo e emissões.

O modelo é o Prius da Toyota, pou-co conhecido no Brasil, mas de grande sucesso no exterior. O carro híbrido da

Toyota foi o primeiro do gênero a estre-ar no mercado mundial, em 1997, e suas vendas já passaram das 3,2 milhões de unidades, o que faz dele o principal mo-delo de sua categoria. No mês de dezem-bro em São Paulo, 20 carros como esses começaram a circular pela cidade e até maio de 2013 serão 116, número ainda incipiente, mas o preço não é convidati-vo, cerca de R$120 mil.

Especialistas e representantes das montadoras consideram que a tendên-cia dos carros híbridos vai ‘pegar’ no Bra-sil nos próximos cinco anos, sendo que essa aceitação, inicialmente, deve ocorrer apenas em modelos importados inter-mediários ou de luxo, e não nos popula-res, para pessoas com poder aquisitivo e consciência ambiental.

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Carros híbridos chegam ao mercado brasileiro

Automóveis

Culináriarural

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Turismo

Viagens à cavaloum negócio que galopa pelo mundo, mas que ainda

anda com rédea curta no Brasil.

*Paulo Junqueira Arantes cavaleiro profissional e Diretor da

agencia Cavalgadas Brasil Um nicho de mercado que só no Reino Unido conta com 20 mil clientes realizando pelo menos

uma viagem internacional à cavalo por ano, tinha o Brasil até bem pouco tempo fora de seu mapa.

O mercado de viagens à cavalo é uma atividade ainda nova e pouco conhecida no Brasil; na Europa e America do Norte já esta bem estruturada e tem mais de 25 anos de tradição.

Fundada em 1995, a maior agência especializada em viagens a cavalo no mundo, In The Saddle, esta baseada na

Inglaterra, tem escritório nos Estados Uni-dos e representantes em 7 países (Austrá-lia, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Holanda, Italia e Noruega). A empresa só começou a trabalhar com o Brasil em 2009. O fato surpreende quando se constata que a agência começou a vender destinos da Argentina e do Chile em 1997, do Peru em 2006 , do Equador em 2007 e do Uru-guai em 2008. Ou seja, o Brasil apesar de ter mais cavalos que todos esses países juntos, não ter as limitações climáticas que eles tem, e contar com grande diver-sidade de belezas naturais para oferecer,

Fiz essa viagem ano passado, caval-gada que começa em Ushuaia (também conhecida como fim do mundo). Saindo do Centro Hípico de Adolfo e Laura, ini-ciamos a subida da montanha, com ven-tos muito fortes e cortantes, comuns na região. Cruzamos rios, bosques e atraves-samos pontes rudimentares, até alcan-çarmos o topo e sermos brindados com uma vista espetacular para a cidade de Ushuaia e o Canal de Beagle, tendo por pano de fundo a Cordilheira dos Andes. Esta é uma região de muitas histórias de aventureiros e o Adolfo sem dúvidas é um deles, todos os anos empreende a Expedição Fim do Mundo na Península Mitre, digna do nome.

De Ushuaia seguimos para El Calafate, destino turístico consagrado por seu Gla-ciar – Perito Moreno. Como estava numa viagem de pesquisa e organização de ro-teiro, passei alguns dias fazendo uma das cavalgadas mais difíceis de minha vida.

Os dias nessa época do ano são lon-gos na região (com luz até 11 da noite) e resolvi estender os percursos ao máximo,

cavalgando em média 10 horas por dia. Mas valeu a pena, subimos montanhas aonde encontramos partes cobertas com neve e vistas incríveis, tanto para as cordilheiras chilenas com destaque para Torres Del Pane, como para o Glaciar Peri-to Moreno, um espetáculo à parte. Muitas travessias foram difíceis e em alguns mo-mentos tivemos que baixar a montanha a pé. Os cavalos ajudaram muito, são fortes e rústicos, acostumados com o terreno difícil e em alguns lugares até perigoso. Os cavalos crioulos (cruzados com raças de tração) da região pesam cerca de 500 a 600 kg e passam parte do ano solto nos campos e montanhas cobertas de neve.

Foram 10 dias em que enfrentamos desafios numa aventura com alto grau de dificuldade, fizemos amizade com o pes-soal da região e tivemos oportunidade de ter uma relação muito estreita com nossos cavalos. Ao final a alegria de ver que todos os obstáculos foram superados, e que con-seguimos organizar uma viagem, que sem dúvida, é uma das melhores cavalgadas que qualquer um pode fazer na vida.

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não havia conseguido entrar neste inte-ressante mercado.

A falta de profissionalismo, traduzido em qualidade e segurança, é o motivo aponta-do pelas mais de dez agências no mundo que hoje vendem alguns dos seis destinos brasileiros estruturados para viagens à cava-lo. São eles: Aparados da Serra – RS; Fazen-das Históricas de Café – SP; Estrada Real – MG; Serra Fluminense- RJ; Pantanal Sul – MS e Costa do Descobrimento – BA.

Considerando que o Brasil tem o quar-to plantel de cavalos do mundo e que o agronegócio cavalo movimenta toda uma cadeia da economia e é grande empre-gador de mão de obra, esta atividade de turismo equestre deve ser observada com mais atenção por todos aqueles envolvi-dos com a indústria de cavalos.

Observando- se as estatísticas dos clientes ingleses desta atividade pode-se perceber que os números não surpreen-dem somente pela quantidade mas tam-bém pelo gênero.

Do total de clientes da In The Saddle, 74% sao mulheres e 26% são homens. Os clientes individuais 25% , duas pessoas 39% e grupos de 3 ou mais 36%.

Cavalgada pelo fim do mundoNada melhor do que colocar o pé no

estribo e programar uma cavalgada num dos lugares mais lindos do mundo, a Pa-tagônia. Ela é muito grande e tão bonita no Chile quanto na Argentina, país aonde se estende desde a região de Bariloche ate o extremo sul do continente.

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A definição de acupuntura como técnica da Medicina Tradicional Chinesa, que consiste na estimu-

lação de pontos específicos do corpo, utilizando para isso a inserção de agu-lhas (acupuntura propriamente dita) , pressão manual através da massagem, ventosa e até mesmo o calor provenien-te da queima da moxa ( moxabustão), é conhecida por grande parte das pesso-as. Assim como a sua definição, o poder dessa eficiente técnica como tratamen-to de doenças também é amplamente conhecido.

A filosofia de tratar o doente e não a doença faz com que muitos humanos busquem essa alternativa para alcançar a cura, ou o equilíbrio tão preconizado pelos orientais.

O que muitos ainda não sabem é que os nossos amigos de quatro patas

também podem desfrutar da acupuntu-ra como alternativa de tratamento para as mais diversas patologias que eles apresentam, e assim também alcançar esse equilíbrio.

Pesquisas recentes na veterinária comprovam a eficácia do tratamento com acupuntura em patologias que causam dor como a displasia coxo fe-mural ou do cotovelo e as artrites e ar-troses. Também foi evidenciado através dos estudos, boa resposta ao seu uso no tratamento de cinomose, em distúrbios imunológicos e reprodutivos.

Embora a maior parte das pesquisas realizadas na veterinária se concentrem na ação da acupuntura na dor, sua in-dicação não se restringe apenas a esse uso. De maneira muito eficaz também é indicada para o tratamento de desor-dens neurológicas como as causadas

Acupuntura na veterinária Flávia Giovani Saraiva,

Médica Veterinária da Reabipet.

Acupuntura pelas hérnias de disco, a epilepsia (redu-zindo a dose de anticonvulsivante), as sequelas de cinomose, paralisias e pare-sias e incontinência fecal e urinária.

Ainda pouco conhecido é o seu uso em situações de refratariedade à terapia convencional onde os medicamentos alopáticos já não produzem o efeito de-sejado. Neste caso a acupuntura pode ser associada ao tratamento ou subs-tituída. Problemas crônicos, como os de pele tão comum em nossos amigos peludos, podem ser controlados de ma-neira eficaz com a inserção das agulhas. De maneira igualmente eficaz, os pro-blemas crônicos cardíacos, respiratórios, renais podem ser também controlados com o uso da acupuntura.

A associação do tratamento conven-cional à acupuntura pode acelerar o pro-cesso de cura e aumentar a qualidade de vida dos pacientes, como acontece, por exemplo, naqueles submetidos à qui-mioterapia para tratamento do câncer.

A alegria que um cão ou gato demons-tra ao ter seus movimentos devolvidos, sua dor curada ou o problema que afetava sua qualidade de vida solucionado pela acu-puntura, é algo indescritível que somente o proprietário que teve seu melhor amigo recuperado pode testemunhar.

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em sua maioria secas, sem semente, como uva passa, banana e pera. Mas se notar qualquer alteração nas fezes suspenda o que você havia dado de diferente.

Na higienização eles podem ser ensi-nados a utilizar a caixa de areia, pode não ser uma tarefa tão simples e exige um pouco da sua compreensão, porém são animais inteligentes e aprendem.

Gostam muito de banhos, mas não se recomenda a frequência, sendo mensal-mente o ideal, já que sua pele é extrema-mente seca. É recomendado o uso de xam-pus próprios e sempre banhar o animal em água morna, secando, não esquecendo de cortar as unhas, mas com cuidado para não cortar a veia, se necessário peça auxilio a outra pessoa ou vá ao veterinário.

FurãoAdotar mamíferos, como um fu-

rão é uma alternativa para quem quer um pet não-convencional.

O mais difícil nestes animais é que eles são curiosos e costumam fuçar em tudo.

O furão é um mamífero carnívoro da família dos Mustelídeos utilizado como animal de estimação em vários países do mundo. Ao contrário do que algumas crenças populares indicam, os furões não são roedores. Dotados de energia, curio-sidade e potencial para o caos durante toda a vida, vigiam constantemente o ambiente que os rodeia, sendo tão che-gados às pessoas quanto os gatos (desde que, a exemplo destes, o dono saiba criar e cativar os bichinhos), entregando-se ati-vamente às brincadeiras com seus donos.

Primos de gambás e lontras, o fu-rão ganhou a domesticação há muitos anos atrás, sendo um animal com tem-peramento brincalhão, tanto em bando quanto com humanos. São animais ex-tremamente curiosos e não perdem esse temperamento com o passar da idade.

Eles são capazes de reconhecer o dono, e gostam muito de passear, precisam brin-car e correr, o que faz se assemelharem em alguns aspectos com cães e gatos.

Para alimentá-los existem rações espe-cializadas, não sendo aconselhado o uso de rações de outros animais, já que os valores nutricionais de um e de outro são diferen-tes. O alimento, assim como a água, deve estar à disposição do animal o dia inteiro, e é aconselhável também dar algumas frutas,

Mercado PetÊ importante limpar também as ore-

lhas pelo menos uma vez ao mês com um óleo especial evitando assim que ácaros procriem.

Normalmente as pessoas que adotam os furões costumam deixá-lo em gaiolas, raramente soltos pela casa, o que pode re-presentar um grande risco, já que adoram se enfiar nos lugares menos explorados da casa, com sua curiosidade fuça em tudo. O ideal são as gaiolas com grades de metal, que proporcionam um ambiente arejado, evite aquários ou caixas de madeira.

A gaiola deve ter uma caminha, que pode ser uma toalha velha ou panos que não se use, mas verifique o material, para evitar que as unhas dele se enganchem. Além da comida, da água e da caixa de areia é interessante também colocar brinquedos, uma rede é bastante co-mum, onde eles gostam muito de deitar, além de túneis, sem esquecer de deixar um espaço livre nessa gaiola, onde esses animais gostam muito de se esticar.

Mas atenção, antes de comprar um pet diferente, se informe junto ao Ibama a permissão para a criação destes animais pois algumas legislações não permitem a

criação de determinadas espécies. O órgão também orienta os interessados a checa-rem com a unidade local da instituição se a loja procurada possui registro e está dentro da lei. Outro conselho dado pelo instituto

do meio ambiente é pedir a nota fiscal na hora de comprar o animal. A nota fiscal é a garantia de que o consumidor não come-teu crime ambiental e não comprou um bicho contrabandeado, indica o Ibama.

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sete e dez em cativeiro. Seu peso varia entre os 250gr e os 500gr e medem de 13 a 23 cm. Existem vários tipos de cores para os ouriços pigmeus africanos. Pos-suem 36 dentes, semelhantes a outros insectívoros e a sua temperatura oscila entre os 32 e os 34 graus. Seu maior ini-migo é o frio e por isso é essencial que ele viva em uma temperatura cerca de 24 graus, para isso deve-se manter um calor artificial quer através de mantas térmicas, lâmpadas de cerâmica ou discos de calor.

Quando se sentem ameaçados, se transformam em uma bola de espinhos. Sua visão é ruim e isso o obriga a ter como sentido principal o olfato.

ManejoOs ouriços são animais solitários e se-

ria muito pouco aconselhável colocar dois ouriços na mesma casinha, que deve me-dir no mínimo 60 de comprimento 20/30

um animal diferente!

Hedgehog, Quem não se lembra do famoso

personagem Sonic, dos jogos de vídeo games? O engraçadi-

nho hedgehog conquistou milhares de crianças e adolescentes em todo o mun-do e ajudou a popularizar a espécie de ouriço terrestre.

Originário das estepes e savanas da África Central, mais conhecidos no Brasil como ouriço pigmeu africano, esses pe-quenos animais têm sido criados como animais de estimação. Sua aparência exótica, porém cativante, ajudou muito

na popularização do animalzinho nos Estados Unidos e agora também no Bra-sil. Entretanto a criação de animais só é autorizada pelo Ibama, de animais que entraram no Brasil até o ano de 1998.

Os ouriços, ou hedgehog, são ani-mais insectívoros, mamíferos primitivos, surgidos há cerca de 100 milhões de anos. Tem o corpo coberto de espinhos que não produzem qualquer tipo de ve-neno e o focinho comprido.

Os hedgehog podem viver de três a quarto anos em estado selvagem e entre

Criações exóticas

altura e 40 de profundidade podendo ter um segundo piso, mas com cuidado para não caírem. Atenção também com algu-mas gaiolas com grades que podem ferir as suas patinhas e focinhos. Deve lavar a casinha todas as semanas e dar de comer e beber todos os dias.

Alguns acessórios que pode ter na sua casinha são comedouros e bebedou-ros que pode ser de pipeta para facilitar a utilização. Fazer uma toca ou ninho pode ser interessante para que os ouriços dur-mam com mais aconchego.

AlimentaçãoVários autores e criadores dizem que

os ouriços em contato com a natureza consomem uma variedade de insetos e pequenos vertebrados. Alguns criadores dão frutas, legumes, pedaço de queijo, carne, ovos cozidos e grilos, que são um grande petisco. Já criadores como os espanhóis ou os ingleses, dizem que alguns desses alimentos fazem mal, ao seu sistema digestivo. O consenso surge com a alimentação para gatinhos como opção, uma dieta rica e equilibrada em proteína e gordura. Para um ouriço adul-to, ração de gato “light” ou sénior com pouca proteína e pouca gordura, ou ra-ção própria para ouriço.

HigieneÉ fundamental ter uma boa limpeza

das gaiolas ao menos uma vez por sema-na, substituir o material com que se forra o chão e o espaço destinado às suas ne-cessidades. Importante também manter sempre limpa a toca ou ninho de dormir.

Não há consenso sobre banho, mas é necessário cortar e aparar as unhas trasei-ras dos hedgehogs.

Não há no mercado vacinas apropria-das para esse tipo de animal, mas é acon-selhável leva-lo ao veterinário especialis-

ta em animais exóticos para desparasitar, pois segundo especialistas, são animais suscetíveis a numerosos parasitas inter-nos e externos, problemas de pele e pro-blemas respiratórios e gastrointestinais.

Criadores alertam para a obesida-de, dieta imprópria e super alimentação pode resultar num ouriço obeso.

O temperamento dos hedges é outro atrativo. Alguns são mais ativos e brinca-lhões, outros bem tímidos e até dormi-nhocos, mas, de modo geral, são todos dóceis e sociáveis.

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Flávio Andrade, Leo Fares, Aureliano Espirito Santo e Gustavo Rosenburg.

Helvécio Rosenburg, Carlos Augusto, Gustavo Rosenburg e Camilo Leão.

Camilo Leão, Helvécio Rosenburg, Leonardo Motta, Carlos Augusto e Gustavo Motta.

Aloísio Ribeiro, Aloisio Cid e Diego Vitral

Evento / Confraternização

No dia 01 de dezembro no Parque da Gameleira foi realizada a 1ª Copa de Marcha Pampa BH, evento realizado pela ABCPampa, na ocasião estiveram presen-tes vários criadores para comemorar o evento com um churrasco.

Dupla Sertaneja Toninho e Cleytiano

Jose C. Manetta, Frederico Salgado,Alvaro Santi e Aroldo Rodrigues

Heloísa Ventura e Wagner Ventura.Juliana Souza, Rodrigo Zica e Luccas Souza.José Carlos Manetta entregando a premiação.

Caroline Resende, Jacqueline Alexandre, Leila Rosemberg e Altair Gomes

1ª Copa de Marcha Pampa BH

Marcelo Lamounier, Marcio Vinicius e Gustavo Motta.

Gustavo Motta, Henrique Fonseca, e Flávio Andrade

Paulinho, Leonardo Motta e Pedro.

Evento / Comemoração

No dia 15 de dezembro, o criador de Mangalarga Marchador, Leonardo Motta, juntamente com seu irmão Gustavo, recebeu amigos, familiares e criadores para co-memorar seu aniversário com um almoço no Haras Portão dos Motta.

Durante a comemoração, o criador fez uma apresentação com grande estilo de sua tropa de marchadores e muares.

Dupla Sertaneja Toninho e Cleytiano

Leonardo e Gustavo Motta

Gustavo Motta, Camilo Leão, Fernando Vasconcelos, Filhos e Carlos Augusto.

Leonardo Motta comemora aniversário no seu Haras Portão dos Motta.

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boi vitorio

Evento / Confraternização

No dia 29 de setembro, o diretor co-mercial da revista Mercado Rural, Marcelo Lamounier, juntamente com alguns cria-dores, estiveram no Haras Falupa, dos ir-mãos Paulo Henrique e Fabio Junior para conhecer esse grande e autêntico criatório da raça Mangalarga Marchador.

Os convidados ficaram encantados com o que viram “Excelente tropa, que vale a pena ser montada. O verdadeiro e autentico cavalo de sela marchador”, co-mentou Lamounier.

Talisca dos Três Tombos, Olaff Costa, Fabio Junior, Carlos Augusto, Marcelo Lamounier, Paulo Henrique e Imperatriz da Falupa.

Carlos Augusto, Olaff Costa (Padinho), Paulo Henrique, Frederico Salgado e Fabio Junior.

Carlos Augusto, Paulo Henrique, Fabio Junior e Jorge Henrique.

Carlos Augusto, Frederico Salgado, Fabio Junior, Olaff Costa e Ranon.

Gabriela, Paulo Henrique, Marcelo Lamounier, Jorge Henrique e Frederico Salgado.

Irmãos Falupa - Fabio Junior e Paulo Henrique.

Visita ao Haras Falupa

Ailton Pupio e Carlos Melles. Ao fundo, o jornalista Paulo Leite Adolfo Géo, Lilian Géo

Maurício Zacarias e Antônio Sérgio Quadros Barbosa

Evento / Confraternização

A quarta edição do Marchador Fest, reuniu na segunda quinzena de novembro de 2012, no Hotel Glória, em Caxambu (MG), 1.500 con-vidados. O evento, promovido pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalar-ga Marchador (ABCCMM), homenageou os melhores do Ranking Nacional do último ano equestre 2011/2012. Durante a solenidade, foi firmado convênio entre a ABCCMM e a Obra Social Nossa Senhora da Glória – Fazenda Espe-rança. Com isso, funcionários, associados e pes-soas ligadas à raça poderão usufruir dos bene-fícios da entidade. A festa de confraternização contou com a apresentação de Neguinho da Beija-Flor e bateria. O Mangalarga Marchador será o tema da escola de samba no Carnaval de 2013. Na programação do IV Marchador Fest também ocorreram a Copa de Marcha Barão de Alfenas, o Leilão Elite Barão de Alfenas e a inauguração do Museu Nacional do Mangalar-ga Marchador, em Cruzília (MG). Confira as fotos de Bruno Figueiredo Odin e Roberto Pinheiro.

Magdi Shaat, Ana Cristina Marquito e Carlos Augusto Karam

Eros Biondini, Adalberto Barbosa, Patrícia Barbosa José Luiz Cruz, Rina Gazzinelli, Suzana Simões

Diretoria da ABCCMM. Antônio Sérgio Quadros Barbosa, Magdi Shaat, Breno Patrus, José Luiz Cruz, Carlos A. Karam, Paulo Nóvoa e Vicente Araújo Neto

Paulo Nóvoa, Victória Pelegrino e Vicente Araújo Neto

IV MARCHADOR FEST

Baques Vladimir Carvalho, Priscila Pimenta, Breno Patrus

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ADM. CIRO RIBEIRO DA SILVA(37) 3341-1354(37) 9988-1071(37) 9921-3593(37) 8806-1647

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Minas Gerais se consolida como a maior produtora de própolis do paísO estado de Minas Gerais ocupa, desde o ano de 2000, a posição de maior pro-dutor de própolis do país e é atualmente responsável por quase 70% da quantida-de total da substância em todo o Brasil. Enquanto a produção nacional gira em torno de 40 toneladas anuais, Minas, so-zinha, coleta 29 toneladas por ano.O presidente da Federação Mineira de Apicultura e da Cooperativa Nacional de Apicultura (Conap), Irone Martins Sam-paio, afirma que há diferentes fatores que explicam a liderança do estado no segmento, entre eles a rentabilidade e a procura internacional pela própolis. “En-quanto um quilo de mel é vendido a R$ 5,00, um quilo da própolis sai a R$ 150,00. O mel só é coletado duas vezes ao ano e a própolis, toda semana. Além disso, Mi-nas tem se tornado referência mundial na qualidade de sua própolis e hoje esse já é o produto apícola com maior volu-me em exportações”, informa Sampaio.Em 2013, a Conap pretende ampliar sua presença no mercado externo incentiva-da pela aceitação positiva de seus produ-tos, sobretudo a própolis. Atualmente a cooperativa exporta mensalmente cerca de 400 kg da substância e de produtos in natura, mas a demanda internacional é ainda maior. Segundo Sampaio, é ne-cessário escalonar o atendimento aos pedidos pois eles chegam a 600 kg / mês.

O projeto Brasafrica, que tem como visão a transformação do campo, teve início do ano de 2010, após estudo de campo com análises qualitativas e quantitativas, e tem como principal objetivo estimular o desenvolvimento da pecuária, agricultura e agroindús-tria em Angola, um país que vem apresentando um crescimento expressivo frente à economia mundial.

Com mais de 60 anos no setor, a Coimma, uma empresa de tradição e peso no Brasil, esteve presente onde levou todo o seu conhecimento e experiência a fim de colaborar para o crescimento do setor em Angola.

O Clube Virtual do Mangalarga Marchador- CVMM, realizou no mês de novembro a Cavalgada Raízes 2012, que saiu e retornou na Fazenda Morro Grande, em Baependi/MG em um percurso de 22km. Estiveram presentes no grupo, os criadores Helvécio Rosenburg, Bernardo Junqueira e Pedrosa.

Líder no segmento de troncos e balanças, a Coimma participou em Angola da Semana Brasafrica 2012

Presidente da ABCZ e deputados federais participam de reuniões em Brasília

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Cavalgada Raízes 2012

Giro RuralCarne bovina de Minas busca recuperação no mercado externo

Trabalho da Embrapa sobre modelagem matemática aplicado ao cálculo do volume de água cinza necessário para diluir agrotóxicos na água é premiado em congresso

Da esquerda para a direita, o quinto é o Sr. Silvio Junior, anfitrião e diretor da Brasafrica, com os gerentes das empresas brasileiras

O presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), Eduardo Biagi, este-ve em Brasília/DF no dia 21 de novembro para participar de uma reunião com o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, onde foram tratados vários assuntos de interesse dos criadores de zebu. Acompanhado dos deputados federais Abelardo Lupion, José Silva e Paulo Piau, do prefeito eleito de Londrina e associado da ABCZ, Alexandre Kireeff e do superintendente geral da ABCZ, Agrimedes Albino Onório, Biagi aproveitou a oportunidade para mostrar as ações da ABCZ em prol da divulgação da necessidade da recuperação de pastagens degradadas, em especial a divulgação do Programa ABC do Governo Federal.

As vendas externas de carne bovina, nos dez primeiros meses de 2012, somaram US$ 280,7 milhões, receita 9,2% superior à registrada em idêntico período do ano passado. As informa-ções são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). De acor-do com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o valor registrado nos primeiros dez meses de 2012 é o segundo maior da série iniciada em 2001. “O maior valor obtido com as exportações de carne bovina por Minas foi US$ 295,7 milhões, cifra registrada em 2007, antes do início dos problemas na economia in-ternacional, deflagrados no segundo semestre de 2008”, informa Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da Superintendência de Política Economia Agrícola (Spea). Rússia, Chile e Hong Kong foram os principais destinos da car-ne exportada por Minas. Os três países, juntos, absorveram 57,6% das exportações mineiras.Um dos fatores que contribuíram para a nova marca este ano foi o aumento das vendas para a Rússia. As compras daquele país aumentaram 66,3% na comparação entre os primeiros dez meses de 2011 e 2012 e atingiram US$ 106,7 milhões. O valor corresponde a 38% da receita obtida com as vendas externas totais de carne por Minas no período analisado.

O trabalho Mathematical model to estima-te the volume of grey water of pesticide mixtures, desenvolvido pelos pesquisado-res Lourival Costa Paraíba, Ricardo Antônio Almeida Pazianotto, Alfredo José Barreto Luiz, Aline de Holanda Nunes Maia e Clau-dio Martín Jonsson, da Embrapa Meio Am-biente (Jaguariúna, SP) foi premiado em primeiro lugar na categoria Profissional no XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia - Ecotox 2012, realizado entre 25 e 28 de se-tembro de 2012 em Pernambuco.

O modelo premiado supõe que a água é contaminada pela mistura dos agrotó-xicos e usa em seus cálculos valores de concentrações letais dos agrotóxicos em organismos indicadores da qualidade da água (algas, peixes e micros crustáceos). Assim, o modelo calcula o volume total de água que seria necessário para diluir a carga da mistura dos agrotóxicos e man-ter a água em padrões pré-definidos de qualidade para a vida aquática e para o homem.

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Projeto de monitoramento para gestão ambiental do Reservatório de Furnas começa nova etapa Em 12 e 13 de novembro, na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), a equipe do projeto Desenvolvimento de Sistema de Monitoramento para Gestão Ambiental da Aquicultura no Reservatório de Furnas, em parceria com o Ministério da Pesca e Aqui-cultura (MPA), Instituto Nacional de Pesqui-sas Espaciais (Inpe), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Embrapa Agropecuária Oes-

te (Dourados, MS), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e a Associação de Produtores de Capitólio rea-lizaram a IV Reunião Técnica e o I Workshop do Projeto Furnas. O foco central foi apresentar os contextos institucionais de contribuição ao projeto e os resultados das atividades realizadas durante 2012, aproveitando os dados para classifica-ção dos atributos técnicos para escolha dos locais de fundeio (ancoragem) da platafor-ma principal e das 5 plataformas secundárias para monitoramento de parâmetros limno-lógicos (tudo o que diz respeito a estudos de lagos) e meteorológicos em alta frequência, em tempo quase real com registro de da-dos a cada 10 minutos. Também será feito o acompanhamento do desempenho zootéc-nico, coleta de sedimentos para análise de metais, avaliação do uso do entorno e coleta de água, dentre outras análises.

Agenda Rural

Giro RuralProdutor de tilápia em tanque rede no reserva-tório de Furnas no braço do Rio Sapucaí

Janeiro 19/01 a 03/02 64ª Festa do Figo e 19ª Expogoiaba Valinhos SP

23/01 a 27/01 FEOVELHA 2013 - Feira e Festa Estadual da Ovelha Pinheiro Machado RS

23/01 a 26/01 15º Itaipu Rural Show Pinhalzinho SC

25/01 a 26/01 Show Safra 2013 Lucas do Rio Verde MT

Fevereiro 14/02 a 24/02 Expoinel Minas 2013 Uberaba MG

19/02 a 21/02 XXXVI Congresso Paulista de Fitopatologia São Paulo SP

19/02 a 19/02 29ª. Reunião Anual do Ensaio de Proficiência IAC para Laboratórios de Análise de Solos

Campinas SP

Março 01/03 a 01/03 8º Leilão Haras Peniche e Convidados - Embriões Armação de Búzios RJ

15/03 a 23/03 50° EXPOPASSOS Passos MG

19/03 a 22/03 Femec - Feira de Máquinas, Equipamentos e Implementos Agricolas no Camaru

Uberlândia MG

20/03 a 22/03 Expoagro Afubra 2013 Rio Pardo RS

02/03 a 02/03 8º. Leilão Peniche e Convidados - Animais Búzios RJ

Residencial aventura comemora 12 anos de sucessoDesde o ano 200 atuando no setor de moto home, o Residencial Aventura co-memora sua consolidação no mercado e é hoje referência em veículos adapta-dos no estilo moto home. Atualmente a empresa conta com 15 veículos nos es-tilos macro, micro e médio adaptados como residência, camarim, alojamento, estúdio, clínica e o residencial vip. O proprietário da empresa Dimas Tadeu, comemora: “Já são 12 anos de muito trabalho, sucesso e estabilidade”, disse.

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