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CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico.. Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779 Use Input – Consultoria Página 65 Curso COMPUTER – INSIGHT O VERDADEIRO FUNCIONAMENTO DO PC Neste capítulo, abordaremos uma linguagem bastante técnica e real de todos os componentes empregados na montagem e funcionamento da CPU e de seus periféricos internos e externos. Também adentraremos no mundo dos segredos mais ocultos do Windows95 e 98 além de aprendermos a configurar cada peça do hardware de seu computador de maneira correta e aprender o real significados das siglas mais usadas no mundo da informática. Ver um computador funcionando já faz parte do cotidiano. Trabalhar com um processador de textos, controlar as contas bancárias ou navegar pela lnternet tornaram-se atividades corriqueiras, que não exigem praticamente nenhum conheci- mento técnico sobre o funcionamento do compu- tador. Em inúmeras ocasiões, o PC transforma- se num instrumento de uso tão habitual que seus usuários até se esquecem da enorme quantidade de tecnologia que torna possível o funcionamento da máquina. Embora o PC seja ligado com um aperto de botão, com a mesma simplicidade com que se liga um televisor, sua estrutura interna não pode ser explicada como um circuito elétrico convencional, em que a cor- rente que o alimenta faz os componentes se ativarem e começarem a funcionar. No compu- tador, cada componente tem determinadas tare- fas e depende dos demais para desempenhar seu papel, que é essencialmente o de processar a informação que recebe. Em linhas gerais, o funcionamento de um PC divide-se em quatro grupos de tarefas. A CPU processa os dados que recebe, a memória armazena a informação (tanto a processar quanto já processada), as portas de entrada recebem a informação a ser processada ou armazenada e as portas de saída enviam a informação, após seu proces- samento, para fora do computador. Para que esse sistema funcione, todos os elementos que compõem o computador devem comunicar-se entre si, de tal modo que a informação possa circular entre os distintos grupos de tarefas. Dessa comunicação interna se encarrega o bus do sistema , que interliga os componentes básicos do PC, conforme mostra a figura. Pentium K5 e K6, e chlpsets Os computadores atuais estruturam-se in- ternamente em função do microprocessador e do chipset, um conjunto de chips que interliga e gerencia os diferentes buses de dados existen- tes na placa-mãe. Os PCs com microprocessa- dores da família lntel Pentium ou AMD K5 e K6 têm um bus do sistema que conecta a RAM, o micro-processador e a memória cache de segundo nível a uma freqüência de 66 MHz, embora algumas placas- mãe de última geração cheguem a alcançar 100 MHz. Essa freqüência indica a velocidade, em ciclos por segun- do, em que o bus pode fazer a comunicação, enviando ou recebendo um dado por ciclo. A largura de banda de um bus indica o tamanho do dado que é enviado em cada ciclo, ou seja, o número de bits que se transmitem em paralelo em cada envio — normalmente 8, 16, 32 ou 64 bits. O volume máximo da informação que um bus pode transmitir é calculado em função da largura de banda e da freqüência de trabalho, que definem o número de bits BUS DO SISTEMA: Linhas ou Vias de comunicação situadas na placa-mãe que transportam os dados entre o microprocessador e os outros componentes do PC. PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com

Hardware - Montagem - Verdadeiro Funcionamento

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CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

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O VERDADEIRO FUNCIONAMENTO DO PCNeste capítulo, abordaremos uma linguagem bastante técnica e real de todos os componentes empregados namontagem e funcionamento da CPU e de seus periféricos internos e externos. Também adentraremos no mundodos segredos mais ocultos do Windows95 e 98 além de aprendermos a configurar cada peça do hardware de seucomputador de maneira correta e aprender o real significados das siglas mais usadas no mundo da informática.Ver um computador funcionando já faz parte docotidiano. Trabalhar com um processador detextos, controlar as contas bancárias ou navegarpela lnternet tornaram-se atividades corriqueiras,que não exigem praticamente nenhum conheci-mento técnico sobre o funcionamento do compu-tador. Em inúmeras ocasiões, o PC transforma-se num instrumento de uso tão habitual queseus usuários até se esquecem da enormequantidade de tecnologia que torna possível ofuncionamento da máquina. Embora o PC sejaligado com um aperto de botão, com a mesmasimplicidade com que se liga um televisor, suaestrutura interna não pode ser explicada comoum circuito elétrico convencional, em que a cor-rente que o alimenta faz os componentes seativarem e começarem a funcionar. No compu-tador, cada componente tem determinadas tare-fas e depende dos demais para desempenharseu papel, que é essencialmente o de processara informação que recebe. Em linhas gerais, o

funcionamento de um PC divide-se em quatrogrupos de tarefas. A CPU processa os dadosque recebe, a memória armazena a informação(tanto a processar quanto já processada), asportas de entrada recebem a informação a serprocessada ou armazenada e as portas desaída enviam a informação, após seu proces-samento, para fora do computador. Para queesse sistema funcione, todos os elementos quecompõem o computador devem comunicar-seentre si, de tal modo que a informação possacircular entre os distintos grupos de tarefas.Dessa comunicação interna se encarrega o busdo sistema↓, que interliga os componentesbásicos do PC, conforme mostra a figura.

PPeennttiiuumm KK55 ee KK66,, ee cchhllppsseettssOs computadores atuais estruturam-se in-ternamente em função do microprocessador edo chipset, um conjunto de chips que interliga egerencia os diferentes buses de dados existen-tes na placa-mãe. Os PCs com microprocessa-dores da família lntel Pentium ou AMD K5 e K6têm um bus do sistema que conecta a RAM, o

micro-processador e a memória cache de segundo nível a uma freqüência de 66 MHz, embora algumas placas-mãe de última geração cheguem a alcançar 100 MHz. Essa freqüência indica a velocidade, em ciclos por segun-do, em que o bus pode fazer a comunicação, enviando ou recebendo um dado por ciclo. A largura de banda deum bus indica o tamanho do dado que é enviado em cada ciclo, ou seja, o número de bits que se transmitem emparalelo em cada envio — normalmente 8, 16, 32 ou 64 bits. O volume máximo da informação que um bus podetransmitir é calculado em função da largura de banda e da freqüência de trabalho, que definem o número de bits

↓ BUS DO SISTEMA: Linhas ou Vias de comunicação situadas na placa-mãe que transportam os dados entre omicroprocessador e os outros componentes do PC.

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que o bus pode enviar em determinado períodoou unidade de tempo. Para que o bus do siste-ma possa comunicar-se com os demais dispo-sitivos do PC, o chipset o coloca em contatocom o bus PCI (Peripheral Component Inter-connect, interconexão de componentes perifé-ricos). Para ligar os periféricos ao PC, o busPCI incorpora à placa-mãe slots de expansãopor meio dos quais os periféricos podem fazercontato com ele. Para manter a compatibilidadecom as placas ISA (Industrial Standard Archi-tecture, arquitetura industrial padrão), os chip-set estabelecem uma passarela de conexãoentre o bus PCI e o ISA. Junto aos slots deexpansão PCI costuma haver slots ISA quepermitem ligar periféricos que exigem uma ca-pacidade de transferência muito pequena.

PPeennttííuumm IIII//PPeennttiiuumm IIIIIIOs microprocessadores Pentium II, Celeron esuperiores apresentam, em relação aos Pen-tium e similares, grandes diferenças na estrutu-

ra dos buses de dados. Visualmente, os Pen-tium ll/Pentium III para SIotl exibem um as-pecto exterior bem diverso do de seus ante-cessores. Um cartucho de plástico abrigatanto o microprocessador como a memóriacache; essa disposição permite que ambospossam comunicar-se, por meio de um businterno, à metade da freqüência do proces-sador. Outra melhora introduzida nos micro-processadores Pentium II que funcionam amais de 350 MHz e nos modelos seguintes éa freqüência do bus do sistema, que passade 66 a 100 MHz, incrementando notavel-mente sua capacidade de transferência e,portanto, o desempenho do PC. Numa escalasuperior, os processadores Pentium lll-Baumentam a freqüência do bus do sistemaaté os 133 MHz. Os processadores PentiumII e superiores incorporam o suporte para obus AGP (AcceIerated Graphics Port, portade gráficos acelerada). Esse bus conecta-seao chipset à freqüência de 66 MHz, emborapossa funcionar em modos especiais quemultiplicam seu fluxo em x2 e x4. Graças aobus AGP, a placa de vídeo deixa de conec-

tar-se ao bus PCI para ligar-se diretamente ao bus do sistema, acelerando enormemente os processos gráficosem 3D.

COMO ACONTECE O BOOT DO PC?Do momento em que o botão de ligar é acionado até que o usuáriopossa começar a trabalhar, ocorre no computador uma sucessão degrande número de operações. Em primeiro lugar, ativa-se o hardware.Uma vez concluído esse processo, inicializa-se o sistema operacional(SO):1) Depois que o botão de ligar do PC é acionado, a corrente elétricachega à placa-mãe vinda da fonte de alimentação da unidade centralde processamento. Paralelamente, a eletricidade atinge as unidadesinternas de armazenamento, acionando seus motores e, assim, provo-

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cando sua inicialização. Com isso, elas estarão totalmente operacionais quando o sistema precisar empregá-lasao final do processo de boot.2) O microprocessador ativa-se tão logo recebe o primeiro sinalelétrico. Nesse processo, ele apaga e zera todos os seus registrose contadores, para evitar que se armazenem dados residuais desessões de trabalho anteriores. Uma vez terminada a fase deacionamento, o micropro- cessador está pronto para executar oprograma de boot, que está armazenado de forma permanente namemória do BIOS.3) Após iniciar o programa de boot contido no BIOS, omicroprocessador interpre- ta-o executando uma série de testes dosistema conhecidos como POST.4) Por meio do bus do sistema, o microprocessador envia sinaispara detectar a presença e o correto funcionamento dos dispositivosconectados ao computador. Os dispositivos plug & play (PnP)

ativam-se e solicitam ao processador os recursos de que necessitampara funcionar. O processador compila todas as demandas dos disposi-tivos, de forma que o sistema operacional, ao ser inicializado, possaenviar-lhes os recursos necessários. Nesse ponto do processo de boot,a placa de vídeo se inicializa e permite que apareçam no monitor asprimeiras mensagens informativas.5) O POST executa com a memória RAM uma série de testes, queconsistem em armazenar e recuperar os dados, comprovando assim ocorreto funcionamento dela.Durante o processo costu-ma aparecer no monitor ocontador da memória, à

medida que o POST avança em sua inspeção.6) Uma das últimas verificações realizadas pelo POST durante o bootdo computador é o teste de funcionamento correto do teclado. Termi-nado esse teste, o usuário pode interromper o processo para reconfi-gurar um ou mais parâmetros do BIOS.7) Encerrados todos os testes do programa de boot armazenado noBIOS, este verifica as unidades de armazenamento disponíveis paradeterminar a unidade de inicialização. Nesta encontra-se o programade inicialização do sistema operacional, que o programa de boot car-regará na memória e executará para poder passar-lhe o controle do PC.Conhecer como funciona o processo de inicialização ajuda a identificar eventuais problemas de boot do

PC. Por exemplo, se ao ligá-lo nada aparece no monitor nem seouve som no alto-falante, é bem provável que os vários progra-mas do BlOS, entre eles os que integram o POST, não tenham seinicializado e, assim, não possam fornecer mensagens ou In-formações de erro. Nesse caso, o problema deve estar no micro-processador ou na placa-mãe. Se nada aparece no monitor masse ouve uma série de apitos, isso significa que o POST detectouum erro antes de iniclalizar a placa de video (passo 4 dos descri-tos anteriormente), que poderia estar mal conectada ou entãodefeituosa.

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