Haroldo e Luciana Aguiar - Baixa Renda

7/26/2019 Haroldo e Luciana Aguiar - Baixa Renda

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Comunicao PopularModo de Usar

Haroldo da Gama Torrese Luciana AguiarData Popular

Seminrio GVcevConhecendo o Consumidor de Baixa Renda

17 Junho 2004


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O que precisamos considerar

para uma comunicao efetivapara as classes populares?

Valores

Modo de agir

Barreiras de acesso

Estilo

Esttica


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As pessoas menos escolarizadastm um comportamento mais

conservador quando comparado atitude liberal da elite brasileira

do Sudeste

Valores


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VALORES UM ABISMO

42

20

Pena de

morte

25

64

Greve

14

42

Direito ao

aborto

30

71

Manifestaesde rua

Pesquisa Data Popular, maio de 2004 So Paulo 900 questionrios

Cons

ervado

rismo

Primrioincompleto Superior Primrioincompleto Superior


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Para que o casamento seja slido, omarido deve assumir o papel de lder,sendo o cabea da casa, ao par que amulher deve manter-se numa posio deauxiliadora, sendo o corao de seu lar.

Ester Bezerra, Folha Universal,30/04/2004 p. 7B

Cons

ervado

rismo

Este abismo pode ser ainda maisprofundo se considerarmos ocomponente religioso


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Conse

qnciaparacomunicao

Um comunicador: Ratinho

Refora valores conservadores focados em:

Unio familiar Dever

Sorte

F

Honra

Justia

Respeito Apesar de usar um estiloconsiderado escatolgico, oprograma do Ratinho tem odiscurso sobre o justo como a

tnica de sua atraoFonte: Riccio 2003: 148


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Conse

qnciaparacomunicao

Nem sempre os consumidores seidentificam com os valores implcitos em

certos comerciais

Aquele carro bonito, eu nem gosto, no pra mim.Mulher, classe C, So Paulo.

Imagine! Se eu for abrir uma conta ali (Banco X) vo metratar como tratam os aposentados. Terei que pegar fila,

no serei bem tratada.

Mulher, classe C, So Paulo

Usar ou no a noo de

aspiracional?


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Modo de agir

A cultura popular brasileira

valoriza o contato face a face


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Bar

Pelada Cabeleireiro

Barbearia

Feira

Padaria Excurses

Casamentos, batizados

Festas religiosas

Ensaios de escola de samba Baile funk

Aniversrios

Igreja

Escola Construo em mutiro

A lgica do pedao

C

ONTA

TOF

ACE

AF

ACE

Espaos, lugares e eventos onde ocorre a trocade informaes e a formao de opinio

Informao sobre trabalho,

poltica, futebol e dicas sobreconstruo

Notcias e avisos sobre eventos

E


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Pontos de contato

De acordo com a estimativado proprietrio da Fanoel

Leal Promoes, empresaque se dedica entre outrascoisas a organizar

campeonatos de futebol devrzea, s na regio de Santo

Amaro (SP) h 1.600 times.(Magnani, 2003).

CONTATOF

ACEA

FACE

o


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Conse

qnciaparacomunicao

A comunicao precisa

considerar a importncia docontato face a face

Programas de rdio e auditrio com este estilo:

- Voc fala de onde, Helena?

- De Santo Amaro.- Como vai o povo querido de Santo Amaro?Programa Hlio Aguiar - Rdio Record

Dialoga diretamente com a lgica do pedao

o


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Conse

qnciaparacomunicao

-Dona Maria, de onde voc ?- Eu sou de T a u b a t.- Ah de T a u b a t. Al T a u b a t!

- A Sra. quer mandar um oi para algum de T a u b a t?Programa Slvio Santos - SBT

Aposta na lgica da repetio, prprias datradio oral (cordel, canes populares,repente, hip hop, etc.)

Um comunicador: Slvio Santos

o


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Comunicar para a classe A

Tem como critrio criar um conceito focado noque exclusivo: a caneta Montblanc, o Mercedes

Classe A, o Servio Uniclass. O consumidor quer se diferenciar da massa ede seus pares.

Comunicar para as classes populares Pode ter como critrio criar um conceito deincluso, de pertencimento ao grupo.

O consumidor tem por hbito socializarinformaes sobre consumo e oportunidade decompra.C

onse

qnciapara

comunicao

o


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Pesquisa Data Popular - Classes CD, So Paulo, 2004

Boa parte de seus amigos e colegas tem umproduto que voc deseja, mas ainda no tem.

Diante dessa situao, o que voc prefere?

Conse

qnciapara

comunicao

43%

57%

Comprar um produto igual e fazer parte do grupoComprar outra marca para ser diferente do resto


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Barreiras ao acesso

O consumidor popular encontrabarreiras simblicas ao acesso a

bens e servios que deseja

V o c s a b e q u a n t o q u e i s t o c u s t a ? Vendedor numa loja de vesturio

O


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BARRE

IRAS

AOA

C

ESSO

44 56

49 51

53 47

69 32

88 12

90 10

Carteira deidentidade

Comprovante de

residncia

Comprovante derenda

Portas giratrias

Bolsas lacradas

Fucionrios muitoprximos

SIM NO

Entendem como smbolo de desconfiana osseguintes critrios de segurana:

Pesquisa Data Popular - Classes CD, So Paulo, 2004

O


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BARRE

IRAS

AOA

C

ESSO

Baixa auto-estima

Um vez fiquei esperando meu marido em umaloja e o vendedor comeou a me olhar, pensandoque eu estava querendo roubar alguma coisa.

Resultado, eu nunca mais voltei naquela lojaMulher, Classe C, 40 anos.

... Ento (os vendedores) olham a gente comsacolinha de plstico e j acham que a gente vaiassaltar, mas no por a porque quem assalta

no tem placa, pode usar terno e gravata[...]

Minha sacolinha de plstico est mais cheia doque a de muita gente que tem bolsa chique.

Mulher, Classe C, 50 anos ou mais.

O


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Capacidade de viabilizar o sonho deconsumo por meio do acesso ao crditopara pessoas que no preenchem os pr-

requisitos tradicionais.

De cada 100 clientes, cerca de 70 no tm comocomprovar renda. So vendedores ambulantes,empregadas domsticas e pedreiros com ganhosequivalentes a 2 salrios mnimos mensais.

Fonte: Revista Exame, 01/02/04.

BARRE

IRAS

AOA

C

ESSO

Um segredo das Casas Bahia:proporcionar acesso

o


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Os ricos na mdia

Nunca fazem nada, sfalam da vida alheia

Esto sempre arrumados

Ficam o dia inteiro em

casa Desprezam os

empregados

Os pobres na mdia

Esto sempretrabalhando

So sempreempregados

Moram sempre emlugares simples

Tm mal gosto

Colocam o pobre de mal gosto.Esculacham o visual do pobre.Mulher, 34 anos, classe C, So Paulo.

Esse consumidor/espectadordesconfiado, percebe que:

Algumas propagandas tambm reforam apercepo do isso no para mim, acentuando as

barreiras ao acesso

Conse

qnciapara

comunicao


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Estilo

A cultura popular tem um estilo

prprio, que se expressatambm no varejo

O O i l l i i li t


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ES

TILO O visual popular no minimalista...

Oscar Freire

O d


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ES

TILO exagerado,

extravagante,

farto

Jos Paulino

O


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ES

TILO

O exagero no varejo popular de alimentos

Rua Mau, Luz Supermercado em NY

O


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ES

TIL O exagero visual

como smbolo de

fartura

LO


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ES

TIL A fartura como um estilo

no varejo popular

o


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Conseqnciapara

comun

ica

A fartura como um estilo

A comunicao para classes popularespode se beneficiar da fartura como umestilo que tambm est presente na casa,

na comida, na geladeira.

Como em geral ocorre nas famlias de trabalhadores, a

hospitalidade mede-se, entre outras coisas, pelaabundncia de comida e bebida que se oferece s visitas.

A mesa farta e os pratos redundantes: macarro, arroz,feijo, frango, carne e salada(Magnani, 2003:118)


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Esttica

A esttica popular no trivial.

Opera com a reinveno deformas, cores e texturas,

mantendo a conexo com amemria.

dAR


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Formas surpreendentes

ES

TTIC

A

POP

ULA

Estevo SilvaGaudi de Paraispolis

AR

E i i


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ES

TTIC

A

POP

ULA Expresses improvveis

Jorge Fonseca

Desfile da Blue Manno Fashion Rio

AR


30/33

Cores inusitadas

ES

TTIC

A

POP

ULA

Alagoas Minas Gerais

AR

Mi i li t


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ES

TTIC

A

POP

ULA Minimalismo na representao

figurativa

Par Gois

Paraba

AR

E i l d lt


32/33

ES

TTIC

A

POP

ULA Exagero visual como expresso da cultura


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Tel: (11) 3842-0088

[email protected]

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