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HENRI FAYOL (Teoria Clássica Administrativa - 1916) AS 6 FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA Fayol parte da proposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos: 1. Funções Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa; 2. Funções Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação. 3. Funções Financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais. 4. Funções de Segurança, relacionadas com a proteção e preservação de bens. 5. Funções Contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas. 6. Funções Administrativas, relacionadas com a integração da cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas. CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO A Administra ção não é senão uma das seis funções, cujo ritmo é assegurado pela direção. Mas ocupa tamanho lugar nas funções dos altos chefes que, as vezes, pode parecer que as

Henri Fayol

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Page 1: Henri Fayol

HENRI FAYOL(Teoria Clássica Administrativa - 1916)

AS 6 FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA

Fayol parte da proposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos:

1. Funções Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa;

2. Funções Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação.

3. Funções Financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.

4. Funções de Segurança, relacionadas com a proteção e preservação de bens.

5. Funções Contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e

estatísticas.

6. Funções Administrativas, relacionadas com a integração da cúpula das outras cinco funções.

As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa,

pairando sempre acima delas.

CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO

A Administração não é senão uma das seis funções, cujo ritmo é assegurado pela direção. Mas ocupa tamanho lugar nas funções dos altos chefes que, as vezes, pode parecer que as funções administrativas estejam concentradas exclusivamente no topo da organização, o que não é verdade.

FUNÇÕES UNIVERSAIS DA ADMINISTRAÇÃO

Page 2: Henri Fayol

1. Previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele. Unidade,

continuidade, flexibilidade e previsão são os aspectos principais de um bom plano de ação.

2. Organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa.

3. Comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo e alcançar o máximo retorno de todas

os empregados no interesse dos aspectos globais.

4. Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu negócio e seu

sucesso. Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins.

5. Controle: Consiste na verificação para certificar se todas as coisas acorrem em conformidade

com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é

localizar as fraquezas e erros no sentido de retificá-los e prevenir a ocorrência.

PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL

1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a

eficiência.

2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar

obediência, responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade. Ambos devem estar

equilibradas entre si.

3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos

acordos estabelecidos.

4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o

princípio da autoridade única.

5. Unidade de direção: uma cabeça é um plano para cada grupo de atividades que tenham o

mesmo objetivo.

6. Subordinação de interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem

sobrepor-se aos interesses particulares.

7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e

para a organização em termos de retribuição.

8. Centralização: refere-se a concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização.

9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É o

princípio de comando.

10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.

11. Eqüidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.

12. Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativo sobre a

eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo tanto

melhor.

13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso.

14. Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a

organização.

 

Page 3: Henri Fayol

A teoria Clássica concebe a organização em termos de estrutura, forma e disposição das

partes que a constituem, além do inter-relacionamento entre as partes. Restringe-se apenas

apenas aos aspectos da organização formal.

Para a Teoria Clássica, os aspectos organizacionais são analisadas de cima para baixo (da

direção para execução) e do todo para as partes (da síntese para análise), exatamente ao

contrário da abordagem da Administração Científica.

ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA URWICK

1. investigação

2. previsão

3. planejamento

4. organização

5. coordenação

6. comando

7. controle

ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA GULICK

1. planejamento (planning)

2. organização (organizing)

3. assessoria (staffing)

4. direção (directing)

5. coordenação (coordinating)

6. informação (reporting)

7. orçamento (budgeting)

Nos elementos da Administração (POSDCORD), Gulick aumentara o planejamento,

Page 4: Henri Fayol

organização, comando e coordenação mencionados por Fayol. Porém, os elementos staffing,

reporting e budgeting são aparentemente novos.

Na realidade, a organização para Fayol implica a constituição de duplo organismo material e

social da empresa, o que contém o staffing de Gulick. O reporting participa da previsão e do

controle de Fayol, simultaneamente, porquanto a fase preliminar da previsão se assenta na

pesquisa e documentação, e a fase do controle envolve a apresentação dos dados e

relatórios para a autoridade superior. O budgeting, na concepção moderna, é um

instrumento, tanto de planejamento e previsão, quanto de controle.

ABORDAGEM SIMPLIFICADA DA ORGANIZAÇÃO FORMAL

 

CONCLUSÃO SOBRE FAYOL

As funções da empresa são repartidas em seis nas quais a Administrativas engloba as

funções universais da Administração que são: prever, organizar, comandar, coordenar e

controlar. Essas funções também se estendem nas outras cinco esferas como uma técnica

para estruturar a empresa.

Para Fayol a empresa é analisada em uma estrutura de cima para baixo.

Sua visão é mais gerencial com resultados finais na produção enquanto que a visão de Taylor

é na produção e no operário para resultados na quantidade produtiva.

Fayol complementa a Administração Científica com a Teoria Clássica.

Nessa mesma linha de complementação estão Urwick e Gulick

ABORDAGEM INCOMPLETA DA ORGANIZAÇÃO

Page 5: Henri Fayol

 

BIBLIOGRAFIA:

INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

Idalberto Chiavento

Makron Books - 4a. ed.

HENRI FAYOL(Teoria Clássica Administrativa - 1916)

AS 6 FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA

Page 6: Henri Fayol

Fayol parte da proposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos:

1. Funções Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa;

2. Funções Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação.

3. Funções Financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.

4. Funções de Segurança, relacionadas com a proteção e preservação de bens.

5. Funções Contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.

6. Funções Administrativas, relacionadas com a integração da cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas. 

CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO

A Administração não é senão uma das seis funções, cujo ritmo é assegurado pela direção. Mas ocupa tamanho lugar nas funções dos altos chefes que, as vezes, pode parecer que as funções administrativas estejam concentradas exclusivamente no topo da organização, o que não é verdade.

FUNÇÕES UNIVERSAIS DA ADMINISTRAÇÃO

1. Previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele. Unidade, continuidade, flexibilidade e previsão são os aspectos principais de um bom plano de ação.

2. Organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa.

3. Comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo e alcançar o máximo retorno de todas os empregados no interesse dos aspectos globais.

4. Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu negócio e seu sucesso. Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins.

5. Controle: Consiste na verificação para certificar se todas as coisas acorrem em conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é localizar as fraquezas e erros no sentido de retificá-los e prevenir a ocorrência.

Page 7: Henri Fayol

PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL

1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência.

2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência, responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade. Ambos devem estar equilibradas entre si.

3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos.

4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única.

5. Unidade de direção: uma cabeça é um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo.

6. Subordinação de interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares.

7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição.

8. Centralização: refere-se a concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização.

9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É o princípio de comando.

10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.

11. Eqüidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.

12. Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo tanto melhor.

13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso.

14. Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a organização.

A teoria Clássica concebe a organização em termos de estrutura, forma e disposição das partes que a constituem, além do inter-relacionamento entre as partes. Restringe-se apenas apenas aos aspectos da organização formal.

Page 8: Henri Fayol

Para a Teoria Clássica, os aspectos organizacionais são analisadas de cima para baixo (da direção para execução) e do todo para as partes (da síntese para análise), exatamente ao contrário da abordagem da Administração Científica.

ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA URWICK

1. investigação2. previsão3. planejamento4. organização5. coordenação6. comando7. controle

ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA GULICK

1. planejamento (planning)2. organização (organizing)3. assessoria (staffing)4. direção (directing)5. coordenação (coordinating)6. informação (reporting)7. orçamento (budgeting)

Nos elementos da Administração (POSDCORD), Gulick aumentara o planejamento, organização, comando e coordenação mencionados por Fayol. Porém, os elementos staffing, reporting e budgeting são aparentemente novos. Na realidade, a organização para Fayol implica a constituição de duplo organismo material e social da empresa, o que contém o staffing de Gulick. O reporting participa da previsão e do controle de Fayol, simultaneamente, porquanto a fase preliminar da previsão se assenta na pesquisa e documentação, e a fase do controle envolve a apresentação dos dados e relatórios para a autoridade superior. O budgeting, na concepção moderna, é um instrumento, tanto de planejamento e previsão, quanto de controle.

CONCLUSÃO SOBRE FAYOL

As funções da empresa são repartidas em seis nas quais a Administrativas engloba as funções universais da Administração que são: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Essas funções também se estendem nas outras cinco esferas como uma técnica para estruturar a empresa.

Para Fayol a empresa é analisada em uma estrutura de cima para baixo.

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Sua visão é mais gerencial com resultados finais na produção enquanto que a visão de Taylor é na produção e no operário para resultados na quantidade produtiva.

Fayol complementa a Administração Científica com a Teoria Clássica.

Nessa mesma linha de complementação estão Urwick e Gulick.

BIBLIOGRAFIA:

INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO - Idalberto Chiavento - Makron Books - 4a. ed.

Jules Henri Fayol nasceu em 29 de julho de 1841 e viveu até 19 de novembro de 1925, sendo um engenheiro de minas francês, considerado o pai da “Teoria Clássica da Administração”.

Ao contrário de Taylor, que procurava entender e melhorar cada processo individualmente, Jules Henri Fayol tinha uma visão mais ampla, vendo a empresa como um todo e buscando melhores resultados a partir de melhorias organizacionais que começavam “de cima para baixo”, ou seja, ao invés de começar as mudanças no chão da fábrica interferindo no método de trabalho dos operários, ele começava a partir dos cargos mais altos da companhia.

Henri Fayol criou a Gestão Administrativa (ou processo administrativo), onde pela primeira vez chegou-se à conclusão de que as técnicas administrativas poderiam ser aprendidas como disciplina e profissão, através da Teoria Geral da Administração.

Fayol identificou as principais funções da administração de empresas como sendo: Planejar, Organizar, Controlar, Coordenar e Comandar – POCCC.

Fayol diferenciou as funções de administração das demais funções (como finanças e linha de produção) e com isso valorizou o trabalho de gerente / administrador, sendo um precursor na criação dos cargos de “Executivos” que eram profissionais especializados em tarefas gerenciais, que com seus métodos tinham a capacidade de otimizar a empresa de um modo geral. Para validar esta nova forma de gerenciar empresas, Jules Henri Fayol criou 14 princíios que devem ser seguidos para que a administração seja eficaz. São eles:

1. Divisão do Trabalho: dividir o trabalho em tarefas especializadas e destinarresponsabilidades a indivíduos específicos;

2. Autoridade e Responsabilidade: a autoridade sendo o poder de dar ordens e no poder de se fazer obedecer. Estatutária (normas legais) e Pessoal (projeção das qualidades do chefe). Responsabilidade resumindo na obrigação de prestar contas, ambas sendo delegadas mutuamente;

3. Disciplina: tornar as expectativas claras e punir as violações;

4. Unidade de Comando: cada agente, para cada ação só deve receber ordens (ou seja, se reportar) a um único chefe/gerente;

5. Unidade de Direção: os esforços dos empregados devem centrar-se no atingimento dos objetivos organizacionais;

6. Subordinação: prevalência dos interesses gerais da organização;

7. Remuneração do pessoal: sistematicamente recompensar os esforços que sustentam a direção da organização. Deve ser justa, evitando-se a exploração;

8. Centralização: um único núcleo de comando centralizado, atuando de forma similar ao cérebro, que comanda o organismo. Considera que centralizar é aumentar a importância da carga de

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trabalho do chefe e que descentralizar é distribuir de forma mais homogênea as atribuições e tarefas;

9. Hierarquia: cadeia de comando (cadeia escalar). Também recomendava uma comunicação horizontal, embrião do mecanismo de coordenação;

10. Ordem: ordenar as tarefas e os materiais para que possam auxiliar a direção da organização.

11. Equidade: disciplina e ordem justas melhoram o comportamento dos empregados.

12. Estabilidade do Pessoal: promover a lealdade e a longevidade do empregado. Segurança no emprego, as organizações devem buscar reter seus funcionários, evitando o prejuízo/custos decorrente de novos processos de seleção, treinamento e adaptações;

13. Iniciativa: estimular em seus liderados a iniciativa para solução dos problemas que se apresentem. Cita Fayol: “o chefe deve saber sacrificar algumas vezes o seu amor próprio, para dar satisfações desta natureza a seus subordinados”;

14. Espírito de Equipe (União): cultiva o espírito de corpo, a harmonia e o entendimento entre os membros de uma organização. Consciência da identidade de objetivos e esforços. Destinos interligados.

Vida

Fayol era filho de pais franceses. Seu pai André Fayol, um contramestre em metalurgia. Casou-

se com Adélaïde Saulé e teve três filhos, Marie Henriette, Madeleine e Henri Joseph, o último

sempre hostil às ideias do pai.

Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde se reuniam semanalmente pessoas

interessadas na administração de negócios comerciais, industriais e governamentais,

contribuindo para a difusão das doutrinas administrativas. Entre seus seguidores

estavam Luther Guilick, James D. Mooney, Oliver Sheldon e Lyndal F. Urwick.

Também direcionou seu trabalho para a empresa como um todo, ou seja, procurando cuidar da

empresa de cima para baixo, ao contrário das ideias adotadas por Taylor e Ford.

Juntamente com Taylor e Ford são considerados os pioneiros da administração. Sua visão,

diferentemente de Taylor (trabalhador) e Ford (dono), foi a de um Gerente ou Diretor.

Em 1888, aos 47 anos, assumiu a direção geral da mineradora de carvão francesa Commentry-

Fourchambault-Decazeville, em falência. Restabeleceu a saúde econômica-financeira da

companhia.

Após 58 anos de estudos, pesquisa e observação reuniu suas teorias na obra Administração

Industrial Geral (Administration Industrielle et Generale), em 1916. Só foi traduzida para o

inglês em 1949.

Fayol sempre afirmava que seu êxito se devia não só às suas qualidades pessoais, mas aos

métodos que empregava.

1. A Obra de Henri Fayol

Henri Fayol (1841 - 1925) nasceu em Constantinopla e faleceu em Paris. Aos 19 anos formou-se em engenharia de minas indo trabalhar em uma indústria de mineração de carvão e aço - Compagni Comenantry Four Chambault et Decazeville - onde desenvolveu toda

Page 11: Henri Fayol

sua carreira. Começou como engenheiro e terminou como diretor da mesma empresa (1888 a 1918), salvando-a de uma situação difícil.

Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde se reuniam semanalmente pessoas interessadas na administração de negócios comerciais, industriais e governamentais.

Fayol desenvolveu um conjunto de "princípios de administração geral" que considerava útil para toda situação administrativa em qualquer tipo de empresa. No prefácio de seu livro afirma que: "A administração constitui fator de grande importância na direção dos negócios: de todos os negócios, grandes ou pequenos, industriais, comerciais, políticos, religiosos ou de qualquer outra índole. " (Fayol, p.19). Seu livro "Administração Geral e Industrial" (1916) somente foi publicado quando tinha 70 anos e está dividido em duas partes: a primeira trata da importância do ensino da administração e a segunda sobre os princípios e elementos da administração.

A partir da Primeira Guerra Mundial, o Fayolismo adquiriu impulso e popularidade, tornando-se conhecido como "uma escola de chefes". Os outros trabalhos do autor são pouco conhecidos e seus maiores divulgadores são Lyndall Urwick e Luther Gulick.

 

2. A Administração como Ciência

Assim com Taylor, Fayol dedicou sua vida à introdução do método científico na administração das empresas. Entretanto, enquanto Taylor realizou seus estudos partindo das funções do operário chegando às atribuições da gerência, Fayol realizou suas pesquisas no sentido inverso, seguindo uma hierarquia do topo para a base da pirâmide. Outra diferença entre os dois autores, diz respeito a supervisão. Taylor defendia o controle de um operário por diversos supervisores, cada um especializado em um aspecto da tarefa do operário. Já Fayol defendia a conceito de unidade de comando, onde um operário deve ter apenas um chefe.

3. As Seis Funções Básicas da Empresa

 

Fayol distinguiu 6 funções empresariais como o conjunto de operações que toda a empresa possui.

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3.1. Função Técnica - é a função relacionada com a produção de bens ou serviços da empresa (atividade fim). Fayol, não considerava a capacidade técnica como a função primordial de uma empresa.

3.2. Função Comercial - é relacionada com a compra, venda e permuta de matéria-prima e produtos. "A habilidade comercial, unida à sagacidade e à decisão, implica profundo conhecimento do mercado e da força dos concorrentes, grande previsão e, nas empresas importantes, aplicação cada vez mais freqüente de combinações." ( Fayol p.24)

3.3. Função Financeira - é a função que trata da procura e gerência de capitais. Para Fayol o capital é necessário para toda e qualquer atividade da empresa, pois sem capital não é possível pagar os funcionários, adquirir matéria-prima, etc., sendo condição essencial de êxito acompanhar constantemente a situação financeira da empresa. "Nenhuma reforma, nenhuma melhoria é possível sem disponibilidade ou sem crédito" ( Fayol p.24)

3.4. Função de Segurança - visa proteger os bens e as pessoas de problemas como roubo, inundações e obstáculos de ordem social como greves e atentados. "É o olho do patrão o cão de guarda, numa empresa rudimentar; é a polícia e o exército, num Estado." ( Fayol p.25)

3.5. Função de Contabilidade - é relacionada com os registros contábeis.

Revela a situação econômica da empresa sendo um poderoso instrumento de direção.

3.6. Função Administrativa - coordena e sincroniza as demais funções. É distribuída dentro dos níveis hierárquicos. O ritmo da administração é assegurado pela direção, com o fim de conduzir a empresa. Desta forma, Fayol definiu as Funções da Administração.

Prever: desenhar um programa de ação. O programa deve ter unidade, continuidade, flexibilidade e precisão.

Organizar: construir a estrutura, material e social, da empresa.

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Comandar: dirigir o pessoal. Cada um dos diversos chefes tem os encargos e a responsabilidade de sua unidade.

Coordenar: unir e harmonizar as atividades e esforços. Controlar: assegurar que tudo está em conformidade com o

programa adotado, as ordens dadas e os princípios admitidos.

 

Para o desenvolvimento de cada função, Fayol considera necessário um conjunto de qualidades pessoais. Estas qualidades são: ( Fayol p. 27)

1. físicas: saúde, destreza, vigor.

2. intelectuais: aptidão para compreender e aprender, discernimento, força e agilidade intelectual.

3. morais: energia, firmeza, coragem de aceitar responsabilidades, iniciativa decisão, tato e dignidade.

4. cultura geral: conhecimentos variados.

5. conhecimentos especiais: relativos à função.

6. experiência: conhecimento prático.

 

A importância dos elementos constitutivos da capacidade dependem da natureza e a importância da função, bem como, do tamanho da empresa. Se nas empresas rudimentares são reduzidas à extensão das capacidades, nas grandes empresas são exigidas inúmeras capacidades, mas como existe a divisão de funções, cada agente desempenha parte delas. Fayol procurou medir a importância relativa de cada função em cada nível da empresa (nível hierárquico). Mostrou que a capacidade técnica é a principal capacidade dos chefes inferiores de uma grande empresa e dos chefes das pequenas empresas; e que a capacidade administrativa é a principal capacidade dos grandes chefes.

Em resumo, a capacidade técnica domina a base da escala hierárquica enquanto, a capacidade administrativa domina o topo e, à medida que alguém se eleva na escala hierárquica, a importância relativa da capacidade administrativa aumenta enquanto a da capacidade técnica diminui.

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"Em todas as classes de empresas, a capacidade essencial dos agentes inferiores é a capacidade profissional característica da empresa, e a capacidade essencial dos grandes chefes é a capacidade administrativa." (Fayol, p.28)

4. Os Princípios Gerais de Administração

Com o objetivo de delinear a capacidade administrativa, Fayol desenvolveu 14 princípios de administração, afirmando que eles não significavam uma rigidez sendo ..."pois, maleáveis e suscetíveis de adaptar-se a todas as necessidades." (Fayol, p. 43) Os chamados "princípios" de Fayol, devem ser considerados como critérios ou prescrições genéricas. São eles:

Divisão do Trabalho - especialização dos trabalhadores e gerentes para aumentar a eficiência; implica na separação dos poderes.

Autoridade e Responsabilidade - a autoridade pode ser estatutária, inerente à função, e/ou pessoal, derivada da inteligência, do saber e da experiência do chefe. A autoridade implica em responsabilidade, devendo haver sanção - recompensa ou penalidade - no exercício do poder.

Disciplina - respeito as convenções estabelecidos entre a organização e seus empregados. Implica em obediência, assiduidade e no respeito, entre outros. É pois indispensável que haja bons chefes em todos os graus hierárquicos, que as convenções sejam tão claras e eqüitativas quanto possível e que as sanções sejam aplicadas. (Fayol, p.47).

Unidade de Comando - o empregado deve receber ordens de apenas um superior. Há o princípio da autoridade única, pois considera que a dualidade de comando é fonte de conflito.

Unidade de Direção - deve haver um só chefe e um só plano para um grupo de atividades que tenha o mesmo objetivo.

Subordinação dos Interesses Individuais aos Interesses Gerais Remuneração do Pessoal - a remuneração deve ser justa e

garantir a satisfação para os empregados e para a empresa. Centralização - concentração da autoridade. Nos pequenos

negócios, em que as ordens do chefe vão diretamente aos agentes inferiores, a centralização é absoluta; nas grandes empresas o chefe está separado dos empregados subalternos por longa hierarquia havendo intermediários obrigatórios.

Hierarquia ou cadeia escalar - linha de autoridade do escalão superior ao inferior. As comunicações se dão através de uma via hierárquica.

Page 15: Henri Fayol

Ordem – material: há um lugar para cada coisa e cada coisa deve estar em seu lugar. E ordem social: há um lugar para cada pessoa e cada pessoa deve estar em seu lugar.

Equidade - justiça. Estabilidade e Duração do Pessoal - a rotatividade tem um

impacto negativo sobre a eficiência da organização (empresa). Iniciativa - capacidade de montar um plano e assegurar seu

sucesso.

..."manter a iniciativa de todos, dentro dos limites impostos pelo respeito da autoridade e da disciplina" (Fayol, p.62).

União do Pessoal ou Espírito de Equipe - o bom relacionamento entre as pessoas fortalece a organização. Entretanto, é indispensável observar a unidade de comando.

 5. Críticas à Obra de Fayol  

As críticas feitas a Fayol dizem respeito a sua pouca originalidade na definição dos princípios gerais da administração; concepção da organização com ênfase exagerada na estrutura; insistência pela utilização da unidade de comando e centralização da autoridade denotando a influência das antigas concepções militares e eclesiásticas. Ainda com relação a sua obra, pode-se ressaltar a importância que o autor dá para a hierarquização, permitindo a iniciativa por parte do funcionário somente dentro da faixa da pirâmide onde ele se insere.

Conforme Chiavenato (p.161-168) deve-se ainda considerar:

o Abordagem simplificada da organização formal: com princípios contraditórios e normativos (como deve ser).

o Ausência de trabalhos experimentais: "... Fayol fundamenta seus conceitos na observação e no senso comum. Seu método é empírico e concreto, baseado na experiência direta e no pragmatismo." (Chiavenato p.164)

o Extremo racionalismo na concepção da administração: como um conjunto de princípios universalmente aceitos, visando a eficiência máxima da organização.

o Abordagem incompleta da organização: pois não foram consideradas as organizações informais.

o Abordagem típica da teoria da máquina: a organização era considerada sobre o prisma do comportamento mecânico

Page 16: Henri Fayol

de uma máquina; o modelo administrativo corresponde a divisão mecânica do trabalho (parcelamento de tarefas)

o Abordagem da organização como um sistema fechado.

 

  6. Bibliografia:  

LODI, Jõao Bosco. História da administração. 9ª edição, São Paulo, Pioneira, 1987

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3ª edição, São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1983

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração: abordagens prescritivas e normativas da administração. vol.1, 5ª edição, São Paulo, Macron Books, 1997

FAYOL, Henri- Administração Industrial e Geral: previsão, organização, comando, coordenação e controle. 10ª edição, São Paulo, Atlas ,1989

Jules Henri FayolNascido a 29 de julho de 1841 em Istambul e falecido a 19 de novembro de 1925 em Paris, formou-se em Engenharia de Minas pela École Nationale Supérieure des Mines em Saint-Étienne. Com 19 anos começou a trabalhar como engenheiro de minas na Compagnie de Commentry-Fourchambeau-Decazeville em Commentry (veja fotos da época no menu Imagens deste site) que se encontrava a beira da falência. Em decorrência de seu trabalho como gestor, onde levou a empresa a um novo patamar de resutados, foi promovido a diretor em 1888, quando a empresa já contava com cerca de 1000 funcionários, e manteve-se na posição até 1918.

Como resultado de suas experiências como gestor à frente da empresa, uma das maiores da França à sua época, publicou em 1916 seu livro "Administration Industrielle et Générale" um dos marcos da história do pensamento administrativo.O francês Henri Fayol foi dos primeiros a analisar a natureza da atividade empresarial e a definir as principais atividades do gestor: planear; organizar; comandar; coordenar; e controlar. Fez a ligação entre a estratégia e a teoria empresarial e sublinhou a necessidade de aprofundar a gestão e cultivar qualidades de liderança. Fayol defendia que os mesmos princípios podiam ser aplicados em empresas de dimensões diferentes e de todo o tipo - industriais, comerciais, governamentais, políticas ou mesmo religiosas. O autor refinou suas conclusões teoricas para chegar a 14 princípios gerais sobre gestão, que serviram como base para muitos autores subsequêntes elaborarem suas próprias propostas.

 

Bibliografia:Administração Industrial e Geral (título original: Administration industrielle et générale - prévoyance organisation - commandement, coordination – contrôle).

Page 17: Henri Fayol

O FUNDADOR DA TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO.

Jules Henri Fayol, nascido em Istambul em 29-07-1841, filho de pais franceses. Seu pai,

André Fayol, um contramestre em metalurgia. Casou-se com Adélaide Saulé e teve três

filhos, Marie Henriette, Madaleine e Henri Joseph, este sempre hostil as idéias do pai.

Formado em engenharia de Minas em St. Etienne, aos 19 anos, passou a trabalhar em uma

empresa de minas, metalúrgica e carbonífera, onde desenvolveu sua carreira de engenheiro

administrador e como teórico de gestão. Foi considerado o primeiro pensador da gestão e

o pai da idéia da organização estrutural das empresas por funções. Vivendo as

conseqüências da Revolução Industrial, tornou-se Gerente de Minas aos 25 anos.

Fayol, foi um dos teóricos clássicos da Ciência da Administração, foi fundador da Teoria

Clássica da Administração e autor de Administração Industrial Geral.

Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde semanalmente reuniam-se pessoas

interessadas na administração de negócios comerciais, industriais e governamentais,

contribuindo para a difusão das doutrinas administrativas. Entre seus seguidores estavam

alguns nomes como: Luther Guilick, James D. Mooney, Oliver Sheldon e Lyndal F. Urwick.

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Fayol direcionou seu trabalho para empresa como um todo, procurando cuidar da empresa

de cima para baixo, ao contrário das idéias adotadas por Taylor e Ford. Juntamente com

estes, Fayol, são considerados os pioneiros da administração.

Sua visão diferente de Taylor (trabalhador) e Ford (dono), foi a de Gerente Diretor. Em 1888,

aos 47 anos, assumiu a direção geral da mineradora de carvão francesa COMMENTRY-

FOURCHAMBAULT-DECAZEVILLE, que estava em falência. Re-estabeleceu a saúde econômica

financeira da empresa. Após seus 58 anos de estudos, pesquisa e observação, reuniu suas

teorias na obra ADMINISTRAÇÃO INDSUTRIAL GERAL, em 1916.

Seu modelo de administração baseava-se em seis funções ou áreas: produção, comercial,

contabilidade, gestão, administrativa e segurança.

Fayol sempre afirmava que seu êxito se dava não só as qualidades pessoais, mas aos

métodos que empregava. Aposentou-se deixando a empresa dentro de uma situação de

notável estabilidade. Ele empregou seus anos de aposentado para demonstrar as

conseqüências satisfatórias da previsão cientifica e métodos adequados de gerencia.

Page 18: Henri Fayol

Fayol menciona a flexibilidade administrativa, calcada também na experiência e

conhecimentos tácitos, em detrimento de saberes teóricos e posturas rígidas no

planejamento e execução do trabalho

Faleceu em Paris, 19-11-1925.