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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2014 A11 Metrópole ‘Rolezinho’ Manifestantes fazem churrasco na frente de shopping. Pág. A14 Vídeo. Moradores resistem em fazer obras necessárias Fabiana Cambricoli ENVIADA ESPECIAL / SÃO SEBASTIÃO Casas de mais de 200 metros quadrados, com quatro dor- mitórios e piscina, localiza- das em condomínios na beira da praia e cujo valor pode che- gar a R$ 11 milhões. Quem vê tanto luxo e exclusividade não imagina que imóveis des- se tipo descartem esgoto irre- gularmente, mesmo tendo à sua disposição uma rede cole- tora de dejetos. Dados da Companhia de Sa- neamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) apontam que as cidades litorâneas têm cerca de 25 mil imóveis nessa situação. Considerando que ca- da residência produz, em mé- dia, 500 litros de esgoto por dia, o litoral tem hoje 12,5 milhões de litros de dejetos que deve- riam estar sendo tratados, mas, ao contrário, estão contaminan- do água e solo. Na maioria dos casos, são resi- dências construídas antes de a região receber uma rede coleto- ra de esgoto e que não fizeram a ligação ao serviço após ele co- meçar a ser oferecido. “Alguns são moradores de áreas mais carentes, que não têm condições de arcar com os custos das obras necessárias pa- ra a adaptação do imóvel. Mas há também muitos casos de imóveis de alto padrão que não fazem a ligação porque não que- rem mexer na estrutura da casa ou não querem ter acréscimo na conta”, diz Pedro Fernando Ponce, gerente de divisão de Ca- raguatatuba da Sabesp. O muni- cípio é o que tem o maior núme- ro de imóveis com ligações pen- dentes: 7.880. Parte delas está em bairros de classe média alta, como Centro, Martim de Sá e Indaiá, onde há rede coletora há mais de 15 anos. A Sabesp não cobra para fazer a ligação da casa à rede coletora, mas o morador precisa gastar, em média, R$ 1,8 mil com a refor- ma do imóvel para que ele possa ser conectado à tubulação. O proprietário tem um prazo de 30 dias para solicitar a conexão após ser comunicado pela Sa- besp sobre a liberação da rede coletora em seu bairro. Morado- res de baixa renda podem parti- cipar de um programa estadual em que as obras são gratuitas. São Sebastião. Na praia da Ba- leia, uma das mais badaladas de São Sebastião, no litoral norte, a rede de coleta de esgoto foi liberada para conexão em outu- bro, mas dezenas de condomí- nios ainda não estão ligados. Em um deles, na beira da praia e onde cada uma das qua- tro casas vale cerca de R$ 11 mi- lhões, o esgoto é descartado e tratado por meio de uma fossa séptica. Um dos funcionários do local diz que o condomínio já providenciou a regularização com a Sabesp, mas que as obras ainda não foram feitas porque estão vetadas durante a tempo- rada. “Os moradores não que- rem reformas durante o perío- do de férias porque é o período que eles vêm para cá. Agora, só depois do carnaval”, disse. Em toda a cidade, há 2.743 casas que não solicitaram a conexão, o terceiro maior número do lito- ral. Na segunda posição, apare- ce São Vicente, na Baixada San- tista, com 5,6 mil imóveis nessa situação. Condomínios de luxo jogam esgoto irregular no litoral de São Paulo estadao.com.br/e/litoralesgoto NA WEB DIEGO ASSIS Qualidade das praias. São 12,5 milhões de litros de dejetos por dia que deveriam estar sendo tratados, mas, ao contrário, estão contaminando água e solo, segundo dados da Sabesp; ao todo, as cidades litorâneas têm cerca de 25 mil imóveis nessa situação É difícil convencer morador sobre obra, diz Sabesp Pág. A12 Areia. 2.743 casas não solicitaram conexão em São Sebastião, 3º maior número, atrás de Caraguatatuba e São Vicente TIAGO QUEIRO+Z/ESTADÃO

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2014 A11

Metrópole ‘Rolezinho’Manifestantes fazemchurrasco na frente deshopping. Pág. A14

Vídeo. Moradoresresistem em fazerobras necessárias

Fabiana CambricoliENVIADA ESPECIAL / SÃO SEBASTIÃO

Casas de mais de 200 metrosquadrados, com quatro dor-mitórios e piscina, localiza-das em condomínios na beirada praia e cujo valor pode che-gar a R$ 11 milhões. Quem vêtanto luxo e exclusividadenão imagina que imóveis des-se tipo descartem esgoto irre-gularmente, mesmo tendo àsua disposição uma rede cole-tora de dejetos.

Dados da Companhia de Sa-neamento Básico do Estado deSão Paulo (Sabesp) apontamque as cidades litorâneas têmcerca de 25 mil imóveis nessasituação. Considerando que ca-da residência produz, em mé-dia, 500 litros de esgoto por dia,o litoral tem hoje 12,5 milhõesde litros de dejetos que deve-riam estar sendo tratados, mas,ao contrário, estão contaminan-do água e solo.

Na maioria dos casos, são resi-dências construídas antes de aregião receber uma rede coleto-ra de esgoto e que não fizeram aligação ao serviço após ele co-meçar a ser oferecido.

“Alguns são moradores deáreas mais carentes, que nãotêm condições de arcar com oscustos das obras necessárias pa-ra a adaptação do imóvel. Mashá também muitos casos deimóveis de alto padrão que nãofazem a ligação porque não que-rem mexer na estrutura da casaou não querem ter acréscimona conta”, diz Pedro FernandoPonce, gerente de divisão de Ca-raguatatuba da Sabesp. O muni-cípio é o que tem o maior núme-ro de imóveis com ligações pen-dentes: 7.880. Parte delas estáem bairros de classe média alta,como Centro, Martim de Sá eIndaiá, onde há rede coletora hámais de 15 anos.

A Sabesp não cobra para fazera ligação da casa à rede coletora,mas o morador precisa gastar,em média, R$ 1,8mil com a refor-ma do imóvel para que ele possaser conectado à tubulação. Oproprietário tem um prazo de30 dias para solicitar a conexãoapós ser comunicado pela Sa-besp sobre a liberação da redecoletora em seu bairro. Morado-

res de baixa renda podem parti-cipar de um programa estadualem que as obras são gratuitas.

São Sebastião. Na praia da Ba-leia, uma das mais badaladas deSão Sebastião, no litoral norte,a rede de coleta de esgoto foiliberada para conexão em outu-bro, mas dezenas de condomí-

nios ainda não estão ligados.Em um deles, na beira da

praia e onde cada uma das qua-tro casas vale cerca de R$ 11 mi-lhões, o esgoto é descartado etratado por meio de uma fossaséptica. Um dos funcionáriosdo local diz que o condomíniojá providenciou a regularizaçãocom a Sabesp, mas que as obras

ainda não foram feitas porqueestão vetadas durante a tempo-rada. “Os moradores não que-rem reformas durante o perío-do de férias porque é o períodoque eles vêm para cá. Agora, sódepois do carnaval”, disse.Em toda a cidade, há 2.743 casasque não solicitaram a conexão,o terceiro maior número do lito-

ral. Na segunda posição, apare-ce São Vicente, na Baixada San-tista, com 5,6 mil imóveis nessasituação.

Condomínios de luxo jogam esgotoirregular no litoral de São Paulo

estadao.com.br/e/litoralesgoto

NA WEB

DIEGO ASSIS

Qualidade das praias. São 12,5 milhões de litros de dejetos por dia que deveriam estar sendo tratados, mas, ao contrário, estãocontaminando água e solo, segundo dados da Sabesp; ao todo, as cidades litorâneas têm cerca de 25 mil imóveis nessa situação

É difícil convencer moradorsobre obra, diz SabespPág. A12

Areia. 2.743 casas não solicitaram conexão em São Sebastião, 3º maior número, atrás de Caraguatatuba e São Vicente

TIAGO QUEIRO+Z/ESTADÃO

Reabilitação

Reginaldo PupoESPECIAL PARA O ESTADOUBATUBA

O s pinguins-de-maga-lhães que são encon-trados debilitados

ou feridos no período de in-verno nas praias do litoralnorte paulista e recolhidospara reabilitação no Institu-to Argonauta para a Conser-vação Costeira e Marinha eAquário de Ubatuba, passa-rão a ser monitorados por sa-télite pelos pesquisadores

dos dois órgãos e pelo InstitutoNacional de Pesquisas Espa-ciais (Inpe), de São José dosCampos (SP).

O projeto, inédito no Brasil,foi colocado em prática comoteste na sexta-feira passada,quando o Aquário de Ubatuba eo instituto soltaram 37 pin-guins da espécie, a 150km da cos-ta do litoral norte, entre Ubatu-ba e Ilhabela. Um dos pinguins,apelidado de “Capitão” pelospesquisadores, em alusão ao de-senho animado Madagascar, le-vou acoplado em seu dorso um

GPS, em formato de antena,que permitirá o monitoramen-to em tempo real de sua localiza-ção e da temperatura corpóreae da água.

“Os pinguins passam por umlongo processo de reabilitação,que muitas vezes chega a seismeses. Após recuperados, reali-zamos a soltura, mas não sabe-mos o que ocorre depois”, expli-ca o oceanógrafo Hugo Gallo,diretor do Aquário de Ubatubae coordenador da operação. Asoltura mobilizou um navio-pa-trulha da Marinha do Brasil,com 34 tripulantes, além de ve-terinários e biólogos dos dois ór-gãos. A operação durou 15 horase os animais foram soltos emuma localidade próxima das pla-taformas de petróleo.

As medições, neste primeiromomento, serão feitas três ve-zes por semana, a cada 48 horas.

SegundoGallo, o ponto de sol-tura foi previamente calculadopelo Inpe com base em dadosdo satélite Argos para que os ani-mais encontrassem uma corren-te marítima que os levassem devolta à costa da Patagônia argen-tina e Ilhas Malvinas, de ondemigraram para o Brasil. “É co-mo se os deixássemos em umrio abaixo. Agora, a própria cor-renteza os levará de volta paracasa.” Um dos pinguins, porém,não acompanhou o grupo e foinovamente recolhido.

O oceanógrafo conta que onúmero de pinguins encontra-dos no litoral brasileiro aumen-tou. Não se sabe ainda o quantoa ação humana (poluição domar e pesca predatória) tem in-terferido na sobrevivência des-ses animais durante a migraçãoanual. Em 2013, 62 pinguins fo-ram tratados e liberados.

● No litoral, uma das consequên-cias do descarte indevido de es-goto é a contaminação das águasda praia.

Reportagem do Estado publica-da no mês passado mostrou queo índice de praias paulistas quepermaneceram próprias parabanho em todas as semanas doano caiu pela metade entre 2012e 2013, segundo dados da Com-panhia de Tecnologia de Sanea-mento Ambiental (Cetesb). Noano retrasado, 35% das praias

monitoradas pelo órgão consegui-ram manter a bandeira verde du-rante os 12 meses. No ano passa-do, esse índice caiu para 15%.

Maior queda. São Sebastião, nolitoral norte de São Paulo, foi omunicípio que registrou a maiorqueda na qualidade das praias.Na cidade, o índice de praias quetiveram bandeira verde durantetodo o ano passou de 56%, em2012, para 10%, em 2013.

Segundo a Cetesb, uma dascausas que explicam a piora nosresultados da qualidade do maré o alto índice de esgoto não tra-tado, provocado pela rede de co-leta insuficiente e pelos imóveiscom ligações pendentes.

FalecimentosConceição Milhan Martins –Dia 13, aos 99 anos. Filha de IzabelArcas e Pedro Milhan. Deixa os fi-lhos Alcides e Marcilio. O enterro foirealizado no Cemitério São Pedro.Antonia Ferreira – Dia 13, aos 90anos. Filha de Antonia Rufino Ferrei-ra e Francisco Rufino Ferreira. Dei-xa as filhas Terezinha e Maria. O en-terro foi realizado no Cemitério daVila Formosa.Francisca Alves de Sousa – Dia13, aos 87 anos. Filha de Amelia Go-mes de Sá e João Alves de Nobre-ga. Deixa os filhos Maria Auxiliado-ra, Amelia, Flavinete, Maria do So-

corro e Geraldo. O enterro foi reali-zado no Cemitério da Vila Nova Ca-choeirinha.Apparecida Hernica Buriozzi –Dia 13, aos 83 anos. Filha de Amabi-le Pivelli e Jorge Hernica. Deixa osfilhos Aparecido, Antonio, Norma,Jorge Luiz, José Luiz, Suely, An-dreia, Zevanildo, Aldovir e familia-res. O enterro foi realizado no Cemi-tério do Carmo.Leticia Baptista Junqueira –Dia 13, aos 79 anos. Filha de Custó-dia Baptista. Deixa a filha Leticia. Oenterro foi realizado no CemitérioParque dos Pinheiros.

Djanira Belarmina dos Santos– Dia 13, aos 70 anos. Filha de Belar-mina Maria da Silva e Josue Gonza-ga da Silva. Deixa os filhos Ivone,Ivan Luiz, Ivanildo, Ileide, Ieda,Ivania, Israel, Isaque, Ivaldo e Ia-ra. O enterro foi realizado no Cemi-tério Santo Antonio.Carlos Cezar Franco – Dia 16,aos 84 anos. Filho de Dalva CezarFranco e Nicanor Dehn Franco. Eracasado com Maria Aparecida deCarvalho Franco. Deixa a filha Leo-nor e o neto Pedro. O corpo foi tras-ladado para o Crematório da Vila Al-pina.

Bevel Leib Rozenbaum – Aos80 anos. Filho de Raizla Rozenbaume Benjamin Rozenbaum. Era casadocom Elza Bart Rozenbaum. Deixa osfilhos Heidi, Auro, Evelyn, netos e fa-miliares. O enterro foi realizado noCemitério Israelita do Butantã.Otavio Francisco Soares – Dia13, aos 76 anos. Filho de Hilda Fer-nandes dos Santos. Deixa os filhosCarlos Roberto, Gilberto Francisco,Maria da Penha e Roberto Francis-co. O enterro foi realizado no Cemi-tério Vale da Paz.Antonio Carneiro de Oliveira –Dia 13, aos 75 anos. Filho de Maria

Alves Ferreira e Vicente Vidal Car-neiro. Não deixa filhos. O corpo foitrasladado para o Crematório da Vi-la Alpina.Silvino Alves Gonçalves – Dia13, aos 75 anos. Filho de ManuelGonçalves. Não deixa filhos. O enter-ro foi realizado no Cemitério da VilaFormosa.Eduardo Salim Rizkallah – Dia13, aos 73 anos. Filho de Alice Sa-lim Rizkallah e Salim Rizkallah Jor-ge. Não deixa filhos. O enterro foirealizado no Cemitério da Consola-ção.Pedro Urias da Silveira – Dia 13,

aos 65 anos. Filho de Olivia Camposda Silveira e Silvestre Urias da Sil-veira. Deixa os filhos Alessandro,Alessandra e Thiago. O enterro foirealizado no Cemitério da Saudade.

MISSASIgnez Delza Scorsafava – Ama-nhã, às 18h30, na Igreja do Santíssi-mo Sacramento, na Rua Tutóia,1.125, Paraiso (1 mês).Beatriz Carvalho Costa de Oli-veira – Amanhã, às 19 horas, naParóquia Nossa Senhora Mãe doSalvador - Igreja da Cruz Torta, naAv. Prorofessor Frederico HermannJúnior, 105, Alto de Pinheiros (30dias).Juca Soares de Mello – Hoje, às12h45, na Igreja Nossa Senhora doBrasil, Praça Nossa Senhora do Bra-sil, 1, Jardim América (7ºdia).Paulo Matos Peixoto – Amanhã,às 15 horas, na Igreja de São Fran-cisco de Assis, no Largo São Fran-cisco, 133 (7º dia).Walter Loureiro – Amanhã, às17h30, na Igreja Nossa Senhora doCarmo da Aclimação, na Rua BrásCubas, 163, Aclimação (7º dia).Carlos Cezar Franco – Dia 22, às19 horas, na Paróquia Santa Teresi-nha, na Rua Maranhão, 617, Higienó-polis (7º dia).Dr. Plinio Luchesi Pimenta –Dia 22, às 20 horas, na Igreja Nos-sa Senhora do Perpétuo Socorro,na Rua Honório Libero, 90, JardimPaulistano (30 dias).

Dificuldadeé convencermorador,diz SabespOutro problema é que muitos proprietáriossão veranistas e só aparecem na temporada

SÃO SEBASTIÃO

A Companhia de Saneamen-to Básico do Estado de SãoPaulo (Sabesp) afirma que aprincipal dificuldade é con-vencer os proprietários dos25 mil imóveis que ainda es-tão sem conexão com a redede esgoto a fazer as obras pa-ra se regularizarem. O supe-rintendente da Sabesp no lito-ral norte, José Bosco Fernan-des de Castro, diz que a com-panhia tem buscado o diálo-go com os moradores, já quenão tem o poder de obrigá-los a fazer a conexão.

“Uma das nossas dificulda-des é mostrar ao morador quemesmo que ele tenha uma fossamuito bem feita, a rede coletoraé sempre a melhor opção. A fos-sa pode extravasar, além de con-taminar o lençol freático”, dizele. “Outra dificuldade é quemuitos proprietários são vera-nistas, só aparecem na casa naépoca de temporada, então fica

difícil contatá-los”, afirma.Segundo Castro, a Sabesp

também tem alertado as vigilân-cias sanitárias municipais e oMinistério Público sobre as ca-sas não conectadas à rede. A le-gislação permite que as prefeitu-ras multem os proprietários decasas que não se conectaram.

Questionadas pelo Estado, ascidades dizem que fiscalizam efazem autuações. A Prefeiturade Caraguatatuba afirmou querealiza vistorias com base em lis-tagem de imóveis enviada pelaSabesp. A administração dizque, em 2013, fiscalizou 3.745propriedades, autuou 477 delase multou 25. O valor da penalida-de é de até R$ 1.683,20.

A prefeitura de São Sebastiãodiz que também tem fiscalizadoe multado os imóveis, mas res-saltou que a característica urba-nística da cidade faz com quemuitas casas estejam em nívelinferior à rede coletora, o queobriga o morador a instalarbombas para que o esgoto suba

até a tubulação.A prefeitura de São Vicente

também afirma vistoriar resi-dências, mas que, na maioriados casos, o problema não é dosmoradores. “Nem todas as re-des entregues foram liberadaspela Sabesp para que as casas seconectassem”, diz Willys Vicen-te Carneiro, diretor da Secreta-ria de Obras e Meio Ambiente.

A Sabesp afirma que o levanta-mento do número de ligaçõespendentes considera locaiscom rede coletora disponível eque está investindo R$ 20 mi-lhões em novas redes na cidade.

Obras gratuitas. Moradoresque não fizeram a conexão doimóvel à rede de esgoto e quenão têm condições de arcarcom as despesas da reforma doimóvel podem se cadastrarnum programa da Sabesp noqual as obras são feitas gratuita-mente pela companhia em par-ceria com o governo do Estado.

Para ser beneficiado pelo pro-

grama Se Liga na Rede, o mora-dor deve ganhar até três salá-rios mínimos por mês.

Em Caraguatatuba, parte dascasas com ligações pendentes

está em áreas mais pobres, co-mo o bairro Perequê-Mirim.

“A rede coletora do bairro foiliberada pela Sabesp em agostoe cobre uma área com 4 mil ca-

sas. Até agora, poucas fizeram aconexão. Esperamos que o pro-grama atenda 1,2 mil imóveisnessa região”, diz Pedro Fernan-do Ponce, gerente de divisão deCaraguatatuba da Sabesp.

Morador do Perequê-Mirimhá 40 anos, o pedreiro Antoniode Oliveira Costa, de 67 anos,foi um dos atendidos. “Até ago-ra, o esgoto ia para a fossa queeu mesmo fiz quando construí acasa. Modéstia à parte, foi mui-to bem feita porque durou atéhoje, mas sempre tem o proble-ma de transbordar, juntar mos-quito. É melhor ter a rede, né?”

No bairro, há situações pio-res do que as casas com fossa.Em algumas áreas, o esgoto élançado em valas e os dejetosficam a céu aberto. Segundo aSabesp, o programa Se Liga NaRede já atendeu 374 imóveis nolitoral norte e outros 976 na Bai-xada Santista. Para aderir aoprograma, o morador deve pro-curar a agência da Sabesp de suaregião. / FABIANA CAMBRICOLI

Falta de tratamentocompromete aqualidade da praia

PINGUINS SERÃOSEGUIDOS POR GPSPesquisa vai estudar o que acontece após soltura

Para publicar anúncio fúnebre: Balcão Iguatemi – Shopping Iguatemi 1a - 04, tel. 3815-3523 / fax 3814-0120 – Atendimento de 2ª a sábado, das 10 às 22 horas, e aos domingos, das 14 às 20 horas.Balcão Limão – Av. Prof. Celestino Bourroul, 100, tel. 3856-2139 / fax 3856-2852 – Atendimento de 2ª a 6ª das 9 às 19 horas. Só serão publicadas notícias de falecimento/missa encaminhadas pelo [email protected], com nome do remetente, endereço, RG e telefone

Serviço funerário da Prefeitura:0800-109850 (24 horas)www.prefeitura.sp.gov.br/servicofunerario

A família do

convida para a S. Missa de 30º dia a ser celebrada na Paróquia de SãoJosé, na Rua Dinamarca, 32, em São Paulo, às 11:00 horas

do dia 24 de janeiro de 2014.

Dr. Pierre Godfroid Joseph Ciriadès

A família de

Lucia Bicudo Dreyfussagradece as manifestações de carinho e amizade recebidas e convida para a missa de 7º dia que será celebrada dia 20/01, às 18:00 horas na Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja, Alameda Franca, 889 - Jardim América.

Maria Beatriz (Bebê), Maria Beatriz, Ana Isabel, Ana Teresa, Fernando e netos Felipe,Guilherme, Ana Beatriz, Ana Vitória

e Ana Carolina do querido

ROBERTO BROTERO DE BARROSagradecem as manifestações recebidas e convidam

para a Missa, que se realizará dia 22/01/2014, 4ª feira, às 12 horas, na Igreja São José,

Rua Dinamarca nº 32- Jd. Europa.

A família do

Recorda com afeto o primeiro aniversário do seu falecimento e convida para a S.Missa a ser celebrada na Paróquia de São José, na Rua Dinamarca, 32, em São

Paulo, às 11:00 horas do dia 24 de janeiro de 2014.

Eng. Paolo Emilio Maurizio Augusto Chiarottino

62.7188.63344.54839.35019.53529.62315.4655.81429.45520.74654.626

7.880 5.600 2.743 1.721 1.593 1.330

27.071

1.194 1.178 886 323 281 136 53

62.158

● Número de imóveis localizados em áreas com rede coletora de esgoto, mas que não se conectaram à ela

PERUÍBE ITANHAÉMMONGAGUÁ PRAIA GRANDE SANTOSSÃO VICENTE CUBATÃO

UBATUBACARAGUATATUBA

SÃO SEBASTIÃO

GUARUJÁ

ILHABELA

ITANHAÉM

MONGAGUÁ

PRAIA GRANDEPERUÍBE

SANTOSSÃO VICENTE

CUBATÃO

GUARUJÁ BERTIOGASÃO SEBASTIÃO ILHABELACARAGUATATUBA UBATUBA

3

4 5 6

9

10

11

12

1415

13

7 8

SPMG

RJPR

0 200km

OCEANOATLÂNTICO

SP

RJ

INFOGRÁFICO/ESTADÃOFONTE: SABESP

ESGOTO CLANDESTINO

TOTAL

TOTAL

IMÓVEIS COBERTOSPELA REDE

CASAS NÃO CONECTADAS

419.742

24.918

Casa. Grupo foi solto a 150 km da costa do litoral norte

REGINALDO PUPO / ESTADÃO

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A12 Metrópole SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO