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7/25/2019 Higiene Das Mos Dos Manipuladores de Alimentos Dos Estabelecimentos de Restaurao e Bebidas Do Concelho
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Vnia Ferreira Serrazina
Licenciada em Sade Ambiental
Higiene das mos dos manipuladores
de alimentos dos estabelecimentos de
restaurao e bebidas do concelho deAlcobaa
Dissertao para obteno do Grau de Mestre em Tecnologia
e Segurana Alimentar
Orientador: Doutora Ana Lusa Almaa da CruzFernando, Professora Auxiliar, Faculdade de Cincias e
Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Jri:
Presidente: Prof. Doutor Nuno Carlos Lapa dos Santos NunesArguente: Prof. Mestre Ana Cristina Esteves Amaro
Vogal: Prof. Doutora Ana Lusa da Cruz Fernando
Setembro 2013
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
concelho de Alcobaa
Vnia Ferreira Serrazina II
Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e
bebidas do concelho de Alcobaa Vnia Ferreira Serrazina, Faculdade de Cincias e
Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa.
A Faculdade de Cincias e Tecnologia e a Universidade Nova de Lisboa tm o direito, perptuoe sem limites geogrficos, de arquivar e publicar esta dissertao atravs de exemplaresimpressos reproduzidos em papel ou de forma digital, ou por qualquer outro meio conhecido ouque venha a ser inventado, e de a divulgar atravs de repositrios cientficos e de admitir a suacpia e distribuio com objectivos educacionais ou de investigao, no comerciais, desdeque seja dado crdito ao autor e editor.
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
concelho de Alcobaa
Vnia Ferreira Serrazina III
AGRADECIMENTOS
Apesar da dissertao de mestrado ser um documento de carter individual, existiram vrioscontributos que permitiram a sua realizao, apresentando aqui o meu sincero agradecimento.Gostaria antes de mais de agradecer Professora Doutora Ana Lusa Almaa da CruzFernando, orientadora desta tese, pelo apoio, incentivo e disponibilidade demonstrada, quelevaram concretizao deste trabalho.Gostaria ainda de agradecer Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova deLisboa, por me permitir utilizar as suas instalaes e colocar disposio material eequipamentos necessrios h recolha de amostras e anlises microbiolgicas.Agradeo a todas as empresas que aceitaram colaborar com este trabalho, pela disponibilidadee abertura com que me receberam, possibilitando a concretizao deste estudo.Agradeo tambm minha entidade empregadora, Associao Comercial, de Servios eIndustrial de Alcobaa e Regio de Leiria, por me permitirem a frequncia neste Mestrado e
possibilitarem a compensao de horas para proceder ao trabalho de campo destainvestigao.Por fim, agradeo ainda a todos aqueles que direta ou indiretamente possibilitaram a realizaodeste trabalho de investigao e me apoiaram incessantemente.Muito obrigada!
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Vnia Ferreira Serrazina IV
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
concelho de Alcobaa
Vnia Ferreira Serrazina V
RESUMO
A transmisso de contaminao atravs das mos dos manipuladores de alimentos continua a
ser um importante fator de propagao de doenas de origem alimentar. Neste sentido, o
presente estudo pretende avaliar as condies de higiene das mos dos manipuladores no
momento em que se preparam para manusear os alimentos. Pretende-se, tambm, avaliar a
relao das condies de higiene das mos com as caractersticas dos manipuladores, com a
sua formao em matria de segurana alimentar e com as condies existentes no
estabelecimento alimentar.
A populao-alvo deste estudo foi constituda por manipuladores de alimentos de empresas de
restaurao e/ou bebidas do concelho de Alcobaa, incidindo o estudo sobre uma amostra de
73 manipuladores e estabelecimentos. A seleo da amostra foi no probabilstica porconvenincia (formada por sujeitos facilmente acessveis).
Foi elaborada uma lista de verificao de meios e condies disponveis nos estabelecimentos
para a higienizao das mos dos manipuladores, assim como um questionrio destinado
caracterizao de cada operador e que permita uma avaliao dos seus conhecimentos em
matria de segurana na manipulao de alimentos. Em cada estabelecimento, aplicou-se a
lista de verificao, efetuou-se uma zaragatoa s mos do manipulador de alimentos para
verificao da higiene, sendo-lhe aplicado o questionrio de caracterizao individual.
O estudo decorreu entre Janeiro e Setembro de 2013, tendo a recolha de dados e as
zaragatoas s mos dos manipuladores decorrido entre os meses de Fevereiro e Abril de 2013.
Foi efectuada apenas uma visita a cada estabelecimento.
Os dados recolhidos depois de codificados e informatizados foram tratados estatisticamente
recorrendo a softwares estatsticos Excele IBM SPSS Statistics.
Conclui-se que 60,3% dos manipuladores apresentam resultados insatisfatrios no controlo de
higiene pessoal no momento que antecede a manipulao de alimentos, e que no existe
relao entre as condies de higiene das mos dos manipuladores (satisfatrias ou
insatisfatrias) e as suas caractersticas, os seus conhecimentos ou as condies existentes
nos estabelecimentos alimentares. Da surge a necessidade de desenvolver mais estudostentando eliminar os desvios introduzidos por vrios fatores, como instalaes distintas,
diferenas entre o momento de formao e de avaliao do comportamento ou at mesmo
entre diferenas individuais dos manipuladores.
TERMOS CHAVE: HIGIENE; MOS; MANIPULADORES DE ALIMENTOS;CONHECIMENTOS;CONDIES.
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Vnia Ferreira Serrazina VI
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
concelho de Alcobaa
Vnia Ferreira Serrazina VII
ABSTRAT
The transmission of contamination via the food handlers continues to be an important factor in
the spread of foodborne disease. In accordance, the present study aims to assess the food
handler hygiene when preparing to handle food. It is also intended to appraise the hygiene
conditions of the food handler hands associated with their training in food safety and the
conditions of the food establishments.
The target population for this study was the food handlers in the catering and / or beverage
related businesses in the municipality of Alcobaa: the study focus on a sample of 73 handlers
and food premises. The selection of the sample was a non-probabilistic convenience (formed by
food handlers easily accessible).
A checklist was created to verify the resources and the conditions available at the premises for
the food handlers hand hygiene, as well as a questionnaire for the characterization of each
operator that enable an assessment of their knowledge on food safety handling. In each
establishment, the checklist was applied and swabs were taken from the food handler hands in
order to assess the hygiene levels. At the same time the questionnaire was given for an
individual characterization.
The study took place between January and September 2013. The collection of data and swabs
of the food handlers hands was performed between February and April 2013. Only one visit was
made to each facility.
The data collected was coded and computerized and then treated statistically using Excel andstatistical software SPSS Statistics.
It was concluded that 60.3 % of the handlers have unsatisfactory results regarding to the
personal hygiene before handling food, and there is no relation between hygiene of the hands of
the food handlers (satisfactory or unsatisfactory) and their characteristics and knowledge or the
conditions in food premises. This antecipates the need for further studies for trying to eliminate
the deviations introduced by various factors, such as distinct facilities, differences between the
time of the training and assessment of the behavior or even differences between individual
handlers.
KEY WORDS:HYGIENE; HANDS; FOOD HANDLERS; KNOWLEDGE; CONDITIONS.
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Vnia Ferreira Serrazina VIII
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
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Vnia Ferreira Serrazina IX
NDICE GERAL
1 Introduo .............................................................................................................................. 1
1.1 Boas prticas gerais para a obteno de alimentos seguros ....................................... 1
1.2 Higienizao das mos dos manipuladores de alimentos ............................................ 6
1.2.1 Requisitos tcnico-funcionais para a higienizao das mos ............................. 11
1.2.2 Procedimento de higienizao das mos dos manipuladores ............................ 17
1.2.3 Verificao da eficcia da higienizao das mos .............................................. 19
1.3 Formao no setor alimentar ...................................................................................... 231.4 Importncia dos estabelecimentos de restaurao e bebidas no setor alimentar ...... 26
1.5 Proposta de estudo ..................................................................................................... 28
2 Materiais e Mtodos ............................................................................................................ 31
2.1 Desenho do estudo ..................................................................................................... 31
2.2 Lista de verificao ...................................................................................................... 32
2.3 Questionrio ................................................................................................................ 32
2.4 Anlises microbiolgicas ............................................................................................. 33
2.5 Anlise estatstica........................................................................................................ 34
3 Resultados ........................................................................................................................... 37
3.1 Caracterizao dos locais de recolha de dados ......................................................... 37
3.2 Caracterizao dos meios e condies dos estabelecimentos .................................. 38
3.3 Caracterizao dos manipuladores de alimentos ....................................................... 44
3.4 Caracterizao do conhecimento dos manipuladores ................................................ 47
3.5 Caracterizao das condies de higiene das mos dos manipuladores .................. 52
3.6 Relaes entre as condies de higiene das mos e as diferentes variveis ............ 56
4 Discusso e Concluso ....................................................................................................... 81
5 Bibliografia e Referncia Bibliogrficas ............................................................................... 85
6 Anexos ................................................................................................................................. 91
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Vnia Ferreira Serrazina X
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
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Vnia Ferreira Serrazina XI
NDICE DE FIGURAS
Figura 1.1-reas das mos que podem ficar mal lavadas aps uma lavagem inadequada
(Batista e Saraiva, 2003) ............................................................................................................. 18
Figura 3.1-Distribuio dos estabelecimentos por tipo de atividade ........................................... 37
Figura 3.2-Distribuio dos manipuladores de alimentos de acordo com o sexo ...................... 45
Figura 3.3-Distribuio dos manipuladores de alimentos segundo a idade ............................... 45
Figura 3.4-Distribuio dos manipuladores de alimentos segundo os anos de servio ............. 46
Figura 3.5-Distribuio dos manipuladores de alimentos segundo a categoria profissional ...... 46
Figura 3.6-Distribuio dos manipuladores de alimentos segundo o nvel de ensino ................ 47
Figura 3.7-Distribuio dos manipuladores de alimentos com e sem formao em matria de
higiene dos gneros alimentcios ................................................................................................ 47
Figura 3.8-Distribuio das respostas questo 7, quanto ao conhecimento ........................... 48Figura 3.9-Distribuio das respostas questo 8, quanto ao conhecimento ........................... 48
Figura 3.10-Distribuio das respostas questo 9, quanto ao conhecimento ......................... 49
Figura 3.11-Distribuio das respostas questo 10, quanto ao conhecimento ....................... 50
Figura 3.12-Distribuio das respostas questo 11, quanto ao conhecimento ....................... 50
Figura 3.13-Distribuio das respostas questo 12, quanto ao conhecimento ....................... 51
Figura 3.14-Distribuio das respostas questo 13, quanto ao conhecimento ....................... 51
Figura 3.15-Distribuio dos resultados da contagem de microrganismos totais viveis a 30C
de acordo com o critrio 1 ........................................................................................................... 54
Figura 3.16-Distribuio dos resultados da contagem de microrganismos totais viveis a 30C
de acordo com o critrio 2 ........................................................................................................... 55
Figura 3.17-Distribuio dos resultados da contagem de Enterobacteriaceasde acordo com o
critrio 1 ....................................................................................................................................... 55
Figura 3.18-Distribuio dos resultados da contagem de Enterobacteriaceasde acordo com o
critrio 2 ....................................................................................................................................... 55
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
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Vnia Ferreira Serrazina XII
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
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Vnia Ferreira Serrazina XIII
NDICE DE TABELAS
Tabela 1.1-Critrios microbiolgicos propostos por rgos oficiais, entidades cientficas ou
definidos por estudos cientficos. ................................................................................................ 22
Tabela 3.1-Localizao dos estabelecimentos em estudo por freguesias ................................. 37
Tabela 3.2-Abastecimento de gua nos estabelecimentos ........................................................ 38
Tabela 3.3-Requisitos estruturais da zona de manipulao de alimentos ................................. 39
Tabela 3.4-Meios para higienizao das mos da zona de manipulao de alimentos............. 40
Tabela 3.5-Meios para secagem das mos da zona de manipulao de alimentos .................. 40
Tabela 3.6-Requisitos estruturais da instalao sanitria de pessoal ........................................ 41
Tabela 3.7-Meios para higienizao das mos da instalao sanitria de pessoal ................... 42
Tabela 3.8-Meios para secagem das mos da instalao sanitria de pessoal ........................ 43
Tabela 3.9-Comportamento de higiene pessoal ......................................................................... 44Tabela 3.10-Valor do conhecimento geral dos manipuladores de alimentos quanto
higienizao das mos ................................................................................................................ 52
Tabela 3.11 Resultados das contagens dos microrganismos totais viveis a 30C e das
Enterobacteriaceas, expressos em unidades formadoras de colnias por centmetro quadrado
(ufc/cm2) ...................................................................................................................................... 52
Tabela 3.12-Contingncia das variveis categoria profissional versus condies de higiene das
mos ............................................................................................................................................ 57
Tabela 3.13-Teste Qui-quadrado hiptese 4.1 ........................................................................... 57
Tabela 3.14-Contingncia das variveis idade versus condies de higiene das mos ............ 57
Tabela 3.15-Teste Qui-quadrado hiptese 4.2 ........................................................................... 57
Tabela 3.16-Contingncia das variveis sexo versus condies de higiene das mos ............. 58
Tabela 3.17-Teste Qui-quadrado hiptese 4.3 ........................................................................... 58
Tabela 3.18-Contingncia das variveis anos de servio versus condies de higiene das mos
..................................................................................................................................................... 58
Tabela 3.19-Teste Qui-quadrado hiptese 4.4 ........................................................................... 58
Tabela 3.20-Contingncia das variveis nvel de ensino versus condies de higiene das mos
..................................................................................................................................................... 59Tabela 3.21-Teste Qui-quadrado hiptese 4.5 ........................................................................... 59
Tabela 3.22-Contingncia das variveis formao versus condies de higiene das mos ..... 59
Tabela 3.23-Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 5.1...................................... 60
Tabela 3.24-Contingncia das variveis conhecimento sobre microrganismos versus condies
de higiene das mos ................................................................................................................... 60
Tabela 3.25-Teste Qui-quadrado hiptese 5.2 ........................................................................... 60
Tabela 3.26-Contingncia das variveis conhecimento sobre o tipo de gua de abastecimento
versus condies de higiene das mos ...................................................................................... 60
Tabela 3.27- Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 5.3..................................... 61
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
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Vnia Ferreira Serrazina XIV
Tabela 3.28-Contingncia das variveis conhecimento sobre a necessidade de higienizao
das mos em diferentes momentos versus condies de higiene das mos ............................. 61
Tabela 3.29-Teste Qui-quadrado hiptese 5.4 ........................................................................... 61
Tabela 3.30-Contingncia das variveis conhecimento sobre as condies de sade que no
so consideradas aceitveis para manipular alimentos versus condies de higiene das mos
..................................................................................................................................................... 61
Tabela 3.31-Teste Qui-quadrado hiptese 5.5 .......................................................................... 62
Tabela 3.32-Contingncia das variveis conhecimento sobre a possibilidade de manipulao de
alimentos quando se apresenta uma inciso na pele versus condies de higiene das mos . 62
Tabela 3.33-Teste Qui-quadrado hiptese 5.6 ........................................................................... 62
Tabela 3.34-Contingncia das variveis conhecimento sobre os cuidados a ter para proteo
de inciso/corte versus condies de higiene das mos ............................................................ 63
Tabela 3.35-Teste Qui-quadrado hiptese 5.7 ........................................................................... 63
Tabela 3.36-Contingncia das variveis conhecimento sobre os passos para higienizao das
mos versus condies de higiene das mos ............................................................................ 63
Tabela 3.37-Teste Qui-quadrado hiptese 5.8 ........................................................................... 63
Tabela 3.38-Contingncia das variveis existncia de torneiras com sistema de acionamento
no manual na zona de manipulao de alimentos versus condies de higiene das mos .... 64
Tabela 3.39-Teste Qui-quadrado hiptese 6.3 ........................................................................... 64
Tabela 3.40-Contingncia das variveis existncia de lavatrio com gua quente e fria ou pr-
misturada na zona de manipulao de alimentos versus condies de higiene das mos ....... 65
Tabela 3.41-Teste Qui-quadrado hiptese 6.4 ........................................................................... 65Tabela 3.42-Contingncia das variveis existncia de recipientes para colocao de resduos
com acionamento no manual na zona de manipulao de alimentos versus condies de
higiene das mos ........................................................................................................................ 65
Tabela 3.43-Teste Qui-quadrado hiptese 6.5 ........................................................................... 65
Tabela 3.44-Contingncia das variveis disponibilidade de detergente para higienizao das
mos na zona de manipulao de alimentos versus condies de higiene das mos .............. 66
Tabela 3.45-Teste Qui-quadrado hiptese 6.6 ........................................................................... 66
Tabela 3.46-Contingncia das variveis disponibilidade de desinfetante para higienizao das
mos na zona de manipulao de alimentos versus condies de higiene das mos .............. 66
Tabela 3.47-Teste Qui-quadrado hiptese 6.7 ........................................................................... 66
Tabela 3.48-Contingncia das variveis disponibilidade de detergente e desinfetante para
higienizao das mos na zona de manipulao de alimentos versus condies de higiene das
mos ............................................................................................................................................ 67
Tabela 3.49-Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 6.8...................................... 67
Tabela 3.50-Contingncia das variveis disponibilidade de lcool gel para higienizao das
mos na zona de manipulao de alimentos versus condies de higiene das mos .............. 67
Tabela 3.51-Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 6.9...................................... 67
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
concelho de Alcobaa
Vnia Ferreira Serrazina XV
Tabela 3.52-Contingncia das variveis disponibilidade de outro meio para higienizao das
mos na zona de manipulao de alimentos versus condies de higiene das mos .............. 68
Tabela 3.53-Teste Qui-quadrado hiptese 6.10 ......................................................................... 68
Tabela 3.54-Contingncia das variveis disponibilidade de papel descartvel para secagem das
mos na zona de manipulao de alimentos versus condies de higiene das mos .............. 68Tabela 3.55-Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 6.11 ................................... 68
Tabela 3.56-Contingncia das variveis disponibilidade de outro meio para secagem das mos
na zona de manipulao de alimentos versus condies de higiene das mos ........................ 69
Tabela 3.57-Teste Qui-quadrado hiptese 6.14 ......................................................................... 69
Tabela 3.58-Contingncia das variveis existncia de instalaes sanitrias de pessoal
separadas das destinadas ao pblico versus condies de higiene das mos ......................... 69
Tabela 3.59Teste Qui-quadrado hiptese 6.15....................................................................... 70
Tabela 3.60-Contingncia das variveis existncia de torneiras com sistema de acionamento
no manual na instalao sanitria de pessoal versus condies de higiene das mos ........... 70
Tabela 3.61-Teste Qui-quadrado hiptese 6.17 ......................................................................... 70
Tabela 3.62-Contingncia das variveis existncia de lavatrios para higienizao das mos
com gua quente e fria ou pr-misturada na instalao sanitria de pessoal versus condies
de higiene das mos ................................................................................................................... 71
Tabela 3.63-Teste Qui-quadrado hiptese 6.18 ......................................................................... 71
Tabela 3.64-Medida de Associao V de Cramer. ..................................................................... 71
Tabela 3.65-Contingncia das variveis existncia de recipientes para colocao de resduos
com acionamento no manual na instalao sanitria de pessoal versus condies de higienedas mos ..................................................................................................................................... 72
Tabela 3.66-Teste Qui-quadrado hiptese 6.19 ........................................................................ 72
Tabela 3.67-Contingncia das variveis disponibilidade de detergente para higienizao das
mos na instalao sanitria de pessoal versus condies de higiene das mos ..................... 72
Tabela 3.68-Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 6.20 ................................... 72
Tabela 3.69-Tabela de contingncia das variveis disponibilidade de desinfetante para
higienizao das mos na instalao sanitria de pessoal versus condies de higiene das
mos ............................................................................................................................................ 73
Tabela 3.70Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 6.21 ................................. 73
Tabela 3.71-Contingncia das variveis disponibilidade de detergente e desinfetante para
higienizao das mos na instalao sanitria de pessoal versus condies de higiene das
mos ............................................................................................................................................ 73
Tabela 3.72-Teste Qui-quadrado hiptese e teste exato de Fisher 6.22.................................... 73
Tabela 3.73-Contingncia das variveis disponibilidade de lcool gel para higienizao das
mos na instalao sanitria de pessoal versus condies de higiene das mos ..................... 73
Tabela 3.74-Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 6.23 ................................... 74
Tabela 3.75-Contingncia das variveis disponibilidade de outro meio para higienizao dasmos na instalao sanitria de pessoal versus condies de higiene das mos ..................... 74
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Higiene das mos dos manipuladores de alimentos dos estabelecimentos de restaurao e bebidas do
concelho de Alcobaa
Vnia Ferreira Serrazina XVI
Tabela 3.76-Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 6.24 ................................... 74
Tabela 3.77-Contingncia das variveis disponibilidade de papel descartvel para secagem das
mos na instalao sanitria de pessoal versus condies de higiene das mos ..................... 75
Tabela 3.78-Teste Qui-quadrado hiptese 6.25 ......................................................................... 75
Tabela 3.79-Contingncia das variveis disponibilidade de toalhas de rolo circulante para
secagem das mos na instalao sanitria de pessoal versus condies de higiene das mos
..................................................................................................................................................... 75
Tabela 3.80Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 6.26 ................................. 75
Tabela 3.81-Contingncia das variveis disponibilidade de secadores de ar para secagem das
mos na instalao sanitria de pessoal versus condies de higiene das mos ..................... 76
Tabela 3.82-Teste Qui-quadrado e teste exato de Fisher hiptese 6.27 ................................... 76
Tabela 3.83-Contingncia das variveis disponibilidade de outro meio para secagem das mos
na instalao sanitria de pessoal versus condies de higiene das mos ............................... 76
Tabela 3.84-Teste Qui-quadrado hiptese 6.28 ........................................................................ 76
Tabela 3.85-Contingncia das variveis manuteno das unhas curtas e limpas versus
condies de higiene das mos .................................................................................................. 77
Tabela 3.86-Teste Qui-quadrado hiptese 6.29 ......................................................................... 77
Tabela 3.87-Contingncia das variveis ausncia de adornos pessoais versus condies de
higiene das mos ........................................................................................................................ 77
Tabela 3.88-Teste Qui-quadrado hiptese 6.30 ......................................................................... 77
Tabela 3.89-Contingncia das variveis leses cutneas protegidas versus condies de
higiene das mos ........................................................................................................................ 78Tabela 3.90-Teste Qui-quadrado hiptese 6.31 ........................................................................ 78
Tabela 3.91-Contingncia das variveis uso de luvas descartveis versus condies de higiene
das mos ..................................................................................................................................... 78
Tabela 3.92-Teste Qui-quadrado hiptese 6.32 ......................................................................... 78
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Vnia Ferreira Serrazina XVII
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AHRESPAssociao da Hotelaria, Restaurao e Similares de Portugal
ASAE - Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica
CAC - Comisso do Codex Alimentarius
FAOOrganizao das Naes Unidas para a Agricultura e Alimentao
FDA - Food and Drug Administration
HACCPHazard Analysis and Critical Control Point
INEInstituto Nacional de Estatstica
OMSOrganizao Mundial de Sade
WHOWorld Health Organization
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Vnia Ferreira Serrazina XVIII
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1 INTRODUO
1.1 BOAS PRTICAS GERAIS PARA A OBTENO DE ALIMENTOS SEGUROS
A Comisso do Codex Alimentarius (CAC), no Cdigo de Prticas Internacionais
Recomendadas, revisto em 2003, refere que as pessoas tm o direito de confiar que os
alimentos que consomem so seguros e adequados. Os principais responsveis pela
segurana dos gneros alimentcios so definidos, pelo Regulamento (CE) n 852/2004 de 29
de Abril, como sendo todos os operadores do setor alimentar. Segundo a CAC (2003), todos os
intervenientes, incluindo agricultores e produtores de animais, fabricantes e processadores,
manipuladores de alimentos e at os consumidores, tm a responsabilidade de assegurar que
os alimentos so seguros e adequados ao consumo.
Numa sociedade cada vez mais exigente com os vetores da qualidade, a rea alimentar noconstitui exceo, tornando-se os parmetros inerentes segurana alimentar, cada vez mais
restritivos e rigorosos, formando balizas facilmente reconhecidas pelo consumidor em geral
(Machado, 2011). De acordo com Forsythe (2000), os consumidores exigem qualidade,
ausncia de conservantes e alimentos seguros. Isto demonstra que os consumidores
encontram-se atualmente mais sensibilizados para a importncia da segurana alimentar como
elo fundamental para assegurar a sua sade. A obrigatoriedade de implementao da
metodologia HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Point), a mediatizao das aes de
fiscalizao, os incidentes de segurana alimentar relatados nas ltimas dcadas, a noo de
que os perigos podem ser introduzidos em qualquer ponto da extensa cadeia alimentar e as
alteraes do estilo de vida, com um incremento no consumo de refeies fora de casa
(Fernandes et al., 2012; Beulens et al., 2004, Blaha, 1999, Bruhn, 2005, Nel et al., 2004 e Sun
e Ockerman, 2005 citados por Gomes-Neves et al., 2007), contribuiram para esta
sensibilizao dos consumidores. No entanto, o reconhecimento da importncia da higiene e
da aplicao de boas prticas na manipulao de alimentos, para a proteo da sade pblica
vem de longa data, comprovado pela existncia de legislao Portuguesa relativa a regras de
licenciamento de estabelecimentos alimentares com data de 1929 (IQA, sem data a).
De acordo com a Organizao das Naes Unidas para e Agricultura e Alimentao (FAO) eOrganizao Mundial de Sade (OMS), 2005, a segurana alimentar foi definida como a
situao na qual toda populao tem pleno acesso fsico e econmico a alimentos seguros e
nutritivos que satisfaam as suas necessidades e preferncias nutricionais, para levar uma vida
ativa e saudvel.
As falhas na segurana alimentar tm implicaes significativas, podendo causar insatisfao
aos consumidores e publicidade negativa, impondo substanciais encargos econmicos, sendo
a doena de origem alimentar definida pela OMS, 2004, como uma doena de natureza
infeciosa ou txica causada, ou se pensa ser causada, pelo consumo de alimentos ou de gua.
Os sintomas mais comuns de doenas transmitidas por alimentos incluem dores de estmago,
nuseas, vmitos, diarreia e febre (Forsythe, 2000).
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Segundo Viegas, 2010, as infees de origem alimentar tm sido a principal causa de doenas
no Homem durante sculos, apesar de se manterem subnotificadas e a sua verdadeira
incidncia desconhecida. Muitos casos de doenas transmitidas por alimentos no so
notificados porque muitos agentes patognicos de origem alimentar causam sintomas leves ou
semelhantes a uma gripe, e a vtima no procura auxlio mdico. Portanto, o nmero de casos
notificados apenas a "ponta do iceberg" no que diz respeito ao nmero real de casos de
intoxicao alimentar (Forsythe, 2000). De acordo com Soares, 2007, a OMS estima que o
conhecimento oficial das doenas de origem alimentar seja de 10% em relao ao total das
ocorrncias, estimando-se que em Portugal aproximadamente 3 milhes de habitantes
adoecem, anualmente, devido ingesto de alimentos contaminados (IQA, sem data b).
A prevalncia das doenas de origem alimentar, segundo Soares, 2007, influenciada por
diversos fatores, nomeadamente por alteraes ambientais, industrializao, estilos de vida,
mudanas de hbitos, comrcio internacional, alongamento da cadeia alimentar,
conhecimentos, atitudes e comportamentos dos manipuladores de alimentos e pela informao
do consumidor.
A doena de transmisso por via alimentar pode resultar de contaminaes por mais de 5 mil
perigos sanitrios diferentes, que podem ser transmitidos pelos alimentos, repartidos entre as
molculas qumicas, os agentes biolgicos e os fsicos (Bernardo, 2006).
Os perigos qumicos podem ter origens diversas e podem ocorrer atravs de contaminaes
ambientais do ar, gua e solo, ou atravs do uso propositado de vrios qumicos, como por
exemplo metais pesados, policlorados bifenil (PCBs), dioxinas,ou furanos, pesticidas, aditivos,
conservantes, medicamentos veterinrios, materiais / embalagens em contacto com osalimentos e produtos de limpeza ou lubrificantes. Podem ainda tratar-se de contaminantes
resultantes do processamento alimentar, como o caso da acrilamida, nitrosaminas, aminas
heterocclicas, ou hidrocarbonetos aromticos policclicos. Ou podem ainda ter a sua origem
nos constituintes naturais dos alimentos, como so a solanina, aflatoxinas, tetradotoxina,
cianeto, alcaloides de pirrolizidina, etc. (Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica, sem
data; Baptista e Venncio, 2003; Machado e Silvestre, 2005). Estes so uma importante fonte
de doenas de origem alimentar, embora os riscos qumicos sejam muitas vezes
descaracterizados e, geralmente, difceis de vincular a um determinado alimento (OMS, 2004).
So principalmente responsveis por doenas crnicas quando a ingesto feita em pequenas
doses ao longo da vida (ex. substncias carcinognicas ou acumulativas), no entanto, quando
ingeridos em doses elevadas so responsveis por doenas sbitas de grande intensidade (ex.
intoxicao por venenos) (Afonso, 2008).
Os perigos fsicos, normalmente descritos como matrias ou objetos estranhos, incluem
qualquer matria fsica que possa causar doena, incluindo trauma psicolgico e danos fsicos
no consumidor, tendo um impacte bastante negativo na imagem do produto e da empresa que
o comercializa (Afonso, 2008). Estes contaminantes podem ter uma origem diversa, desde
objetos que podem estar presentes na matria-prima, at objetos que podem ser introduzidospor via da manipulao dos alimentos, acidentalmente ou no. Estes podem provir dos
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materiais de embalagem, de outros produtos, dos equipamentos, utenslios e dos operadores.
Assim, entre outras causas fsicas, destacam-se os vidros, madeiras, pedras, metais, materiais
de isolamento ou revestimento, ossos, plsticos e objetos de uso pessoal (Baptista e Venncio,
2003).
Os perigos biolgicos so os que representam o maior risco inocuidade dos alimentos, e
neles incluem-se as bactrias (principais responsveis por toxinfeces alimentares), fungos,
vrus e parasitas. Estes organismos encontram-se normalmente associados aos manipuladores
e manipulao dos alimentos, s matrias-primas e ao ambiente circundante. Vrios
organismos so destrudos por via de tratamentos trmicos ou eliminados por filtrao, e
muitos podem ser controlados por prticas adequadas de manipulao e armazenamento,
boas prticas de higiene e fabrico e controlo do tempo e temperatura dos processos (Baptista e
Venncio, 2003; Afonso, 2008).
Para alm destes agentes diretos de doena, devem ser tambm considerados os perigos
nutricionais, que resultam da utilizao inadequada (excessiva ou escassa) de diversos
nutrientes (sal, lcool, acar, gorduras, etc.) responsveis por transtornos metablicos e
orgnicos, como doenas cardiovasculares, diabetes, obesidade e alergias (Bernardo, 2006).
A grande maioria dos surtos de doenas relacionadas com os alimentos so devidos a
contaminantes biolgicos, e no tanto qumicos, fsicos e nutricionais, e por isso so alvo de
maior ateno (Lelieveld et al., 2005).
De acordo com o referido, as matrias-primas podem ser fonte de contaminao. Os produtos
de origem vegetal contm numerosos microrganismos no seu revestimento, que podem
contatar e contaminar os tecidos internos por leses ou retiradas da derme, que podem ocorreratravs do manuseamento durante a colheita, transporte ou preparao. Quanto aos produtos
de origem animal, estes podem ser contaminados no interior dos msculos, que geralmente se
encontram livres de microrganismos, por microrganismos de superfcies e das vsceras, pois os
animais veiculam um grande nmero de contaminantes na pele (especialmente patas, pelos ou
plumas), nas suas vias respiratrias e digestivas, difundidos durante o abate, eviscerao e o
corte de animais, atravs de fissuras na casca nos ovos, por tetas contaminadas, etc.
(Lacasse, 1995; OMS, 2002).
Quanto maior o nmero de microrganismos presentes sobre e dentro do alimento, enquanto
matria-prima, maior a probabilidade de alterao, pois o alimento conservar-se- por um
menor perodo de tempo e os tratamentos de conservao sero menos eficazes (Lacasse,
1995).
Para alm das matrias-primas poderem ser uma fonte de contaminao, pontos posteriores
da cadeia alimentar podem ser importantes na contaminao e propagao de doenas
alimentares (OMS, 2004).
Nesse sentido, a gua pode ser uma potencial fonte de contaminao, sendo a sua qualidade
de grande importncia na contaminao dos produtos alimentares, uma vez que a sua
utilizao essencial desde a produo at ao consumo dos gneros alimentcios, podendoser utilizada para lavar e preparar alimentos e bebidas, para lavagens de recipientes,
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equipamentos, utenslios e mos. ento de salientar a necessidade da gua se encontrar em
bom estado de salubridade, com vista sua utilizao na produo ou higienizao (Lacasse,
1995; Pinto e Neves, 2008). No entanto, de acordo com a OMS, 2002, para alm da gua
contaminada com agentes patognicos ser uma fonte primria de infeo, tambm se deve
considerar que a insuficincia da mesma ir dificultar a higiene pessoal e alimentar e contribuir
para a transmisso de doena.
Segundo Pinto e Neves, 2008, outra potencial fonte de contaminao dos alimentos o solo,
uma vez que composto por matria orgnica em decomposio, por minerais e biomassa,
apresentando-se como um habitat ideal para inmeros microrganismos, podendo contaminar a
matria-prima.
O ar tambm uma fonte de contaminao, pois apesar de no ser um meio propcio ao
crescimento microbiano (por falta de alimento e humidade), nele podem encontrar-se
microrganismos fixos a poeiras ou pequenas gotculas, provenientes de flora da superfcie do
solo, das matrias em decomposio ou da vegetao, levantados pelo vento. importante
controlar a qualidade microbiolgica do ar nas indstrias alimentares, uma vez que os
microrganismos do ar acabaro por se depositar sobre os alimentos diretamente expostos.
Para alm disso deve ainda proteger-se os alimentos, proceder limpeza, evitar excessivas
agitaes de ar, reduzir a carga microbiana do ar por filtrao ou outro mtodo e evitar a
superpopulao (Lacasse, 1995).
Para alm das fontes descritas, pode ocorrer contaminao microbiana durante as diferentes
manipulaes, atravs de utenslios, superfcies e equipamentos mal higienizados que
contactem com os alimentos e os contaminem. Nesse mesmo sentido, uma importante fonte decontaminao dos alimentos so os manipuladores, pois ainda que saudveis, possuem floras
normais e contaminantes sobre a pele, vias respiratrias e digestivas. Assim, o pessoal que
manipula os alimentos, por prticas de higiene deficientes durante a manipulao, pode
contamina-los adicionalmente, o que diversifica a microflora presente e aumenta o nmero total
de germes dos alimentos, sendo por isso necessria formao sobre regras de higiene aos
manipuladores (Lacasse, 1995; Pinto e Neves, 2008).
Segundo anlise da OMS, 2004, os principais fatores que contriburam para os surtos
investigados foram a sujeio do alimento a temperatura inadequada (refrigerao inadequada,
insuficiente reaquecimento, inadequada manuteno a quente, etc.), o uso de matrias-primas
inadequadas / contaminadas, a manipulao inadequada (contaminao cruzada, insuficiente
higiene, etc.) e os fatores ambientais (contaminao por pessoal, por equipamento e utilizao
inadequada dos espaos).
De entre estes fatores referidos possvel destacar a importncia da contaminao cruzada,
que segundo a CAC, 2003, consiste na transferncia de agentes patognicos de alimentos
contaminados para outros que no se encontram contaminados, seja por contacto direto, ou
pelos agentes que manipulam os alimentos, por superfcies de contacto ou at atravs do ar.
A segurana alimentar ser mantida principalmente atravs de medidas preventivas, tais comoa implementao de boas prticas de higiene e aplicao de procedimentos baseados nos
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princpios do sistema HACCP e de outras medidas de controlo da higiene (Sun e Ockerman,
2005, citados por Gomes-Neves et al. 2007).
De acordo com a OMS, 2006, j de longa data a advertncia desta Organizao para a
importncia da formao dos manipuladores de alimentos, quanto sua responsabilidade na
segurana alimentar, pois o conhecimento est a par com a preveno.
Nesse sentido, no incio dos anos 90, a OMS publicou As dez regras de ouro para a
preparao de alimentos seguros, no entanto, tornou-se evidente a necessidade de algo mais
simples e de aplicao geral, tendo sido criado em 2001 o posterdas Cinco chaves para uma
alimentao mais segura. Neste documento as boas prticas de higiene e fabrico, essenciais
para manter a higiene e segurana alimentar e minimizar os casos de contaminao alimentar,
so resumidas de forma simples a cinco chaves: manter a limpeza, separar os alimentos crus
dos cozinhados, cozinhar bem os alimentos, manter os alimentos a temperaturas seguras e
utilizar gua matrias-primas seguras (OMS, 2006).
Efetivamente estes so pontos fulcrais e generalistas para a obteno de alimentos seguros,
pretendendo cada chave abranger vrios princpios.
De acordo com a OMS, 2006, a primeira chave, mantenha a limpeza, refere-se no s
higiene pessoal (higiene das mos, utilizao de luvas de proteo, utilizao de fardamento
adequado e limpo e adoo de comportamentos de higiene), como tambm higiene de
instalaes, equipamentos e utenslios (distino e importncia das operaes de lavagem e
de desinfeo, e utenslios e produtos qumicos a utilizar nestas operaes) e proteo das
reas de servio e dos alimentos de insetos, pragas ou outro tipo de animais (proteo dos
alimentos em recipientes fechados ou cobertos, recipientes de resduos tapados, manutenodas instalaes evitando rachas ou buracos, controlo de pragas com produtos que no
contaminem os alimentos e garantir que os animais domsticos se encontram fora das zonas
de preparao).
O enfoque da chave separe alimentos crus de alimentos cozinhados direciona-se
essencialmente para a necessidade de serem tomadas precaues contra a contaminao
cruzada de proteo dos alimentos em diferentes fazes de preparao, separao durante o
armazenamento, e para o uso de diferentes equipamentos e utenslios para alimentos crus e
alimentos prontos a comer.
No sentido de eliminar a carga microbiana da matria-prima fundamental a aplicao da
terceira chave, cozinhe bem os alimentos. Assim para garantir um consumo mais seguro
apontado como fundamental a elevao da temperatura do produto a temperaturas acima dos
70C por um perodo de tempo adequado, no s na sua confeo como tambm no seu
reaquecimento.
Intimamente relacionada com a anterior encontra-se a quarta chave, mantenha os alimentos a
temperaturas seguras, referenciando o intervalo entre os 5 e 60C como a zona de perigo para
os produtos alimentares, salientando no entanto, que abaixo dos 5C apenas retardada a
multiplicao microbiana, no devendo por isso conservar os produtos em refrigerao porperodos prolongados. Esta regra implica que os produtos confecionados, perecveis ou em
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descongelao no devem ser mantidos temperatura ambiente por perodos prolongados,
mas sim sob refrigerao, e quando se pretender manter os produtos confecionados quentes,
estes devem ser conservados a temperaturas superiores a 60C.
Por ltimo a OMS estabeleceu como quinta chave use gua e matrias-primas seguras,
salientando a importncia de utilizar gua potvel para lavagens e adio aos gneros
alimentcios, e de proceder seleo de alimentos, de modo a que sejam seguros nos vrios
momentos, aquisio, receo e utilizao.
Nestas cinco chaves encontra-se ento subentendida a necessidade de cumprir/aplicar as
vrias medidas de preveno ou pr-requisitos, sendo para isso fundamental a formao dos
intervenientes. Destaca-se assim a formao e informao sobre higiene alimentar e dos
manipuladores, de entre as medidas a aplicar na preveno das doenas transmitidas pelos
alimentos. S atravs de eficazes e permanentes programas de formao e consciencializao
dos manipuladores ser possvel produzir e oferecer ao consumidor alimentos seguros,
incuos e com propriedades nutricionais que satisfaam um consumidor cada vez mais
exigente e informado (Calaa, 2003).
1.2 HIGIENIZAO DAS MOS DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS
O termo manipulador de alimentos bastante amplo, segundo CAC, 2003, inclui qualquer
pessoa que manuseie diretamente alimentos, embalados ou no, equipamentos e utenslios
alimentares ou superfcies em contacto com alimentos, e que deve por isso cumprir os
requisitos de higiene alimentar.Segundo a OMS, 1989, a responsabilidade da aplicao e vigilncia das tcnicas de
manipulao dos alimentos cabe a todos, desde os rgos de gesto, at ao consumidor.
Sendo que uma manipulao incorreta e a desobedincia das medidas de higiene por parte do
pessoal que manipula os alimentos pode facilitar a disseminao de microrganismos
patognicos e possibilitar que entrem em contacto com os alimentos, e, em alguns casos, que
sobrevivam e se multipliquem em nmero suficiente para causar doenas de origem alimentar
no consumidor.
Segundo Andrade et al., 2003, tem sido demostrado em vrias pesquisas, a relao existente
entre manipuladores de alimentos e doenas bacterianas de origem alimentar, pois mesmo os
manipuladores saudveis abrigam microrganismos que podem contaminar os alimentos.
De acordo com a Portaria n 149/88 (1988), a preveno das doenas transmitidas pelos
alimentos compreende, entre outras, a medida de proibir a manipulao de alimentos por
pessoas afetadas por doenas e conseguir que os manipuladores cumpram os necessrios
preceitos de higiene.
Nesse sentido devem ento ser adotadas regras de higiene pessoal, que se referem ao estado
geral de limpeza do corpo e roupa dos manipuladores de alimentos (Silva, 2007, citado por
Castro, 2008). Assim, qualquer pessoa que trabalhe num local onde sejam manuseadosalimentos, para no constituir um risco de contaminao, deve manter um elevado grau de
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higiene pessoal (Regulamento (CE) n 852/2004, 2004), e manter comportamentos e modos de
ao adequados (CAC, 2003).
Todo o operador dever ter conscincia que caso se encontre com problemas de sade,
aumenta a possibilidade de contaminao, podendo vir a adulterar os produtos por ele
manipulados e transformados (Pinto e Neves, 2008). Nesse sentido, no deve ser autorizada a
manipulao de gneros alimentcios e entrada em locais onde estes se manuseiem, se houver
probabilidade de contaminao por qualquer pessoa que sofra ou seja portadora de uma
doena facilmente transmissvel atravs dos alimentos ou que esteja afetada, por exemplo, por
feridas infetadas, infees cutneas, inflamaes ou diarreia. O manipulador de alimentos
dever informar imediatamente o operador do setor alimentar de tal doena ou sintomas e, se
possvel, das suas causas, devendo este velar pela interdio de manipulao, sendo
responsvel pelo no cumprimento da mesma (Regulamento (CE) n 852/2004, 2004; Portaria
n 149/88, 1988).
Essa interdio de manipulao obrigar designao do colaborador para outra tarefa que
no envolva manipulao de alimentos ou at a sua suspenso. No entanto, esta situao no
deve prejudicar financeiramente o trabalhador, para que no o desincentive a proceder de
forma honesta informao de quaisquer problemas de sade (OMS, 2002).
No setor alimentar ainda importante dar ateno a manipuladores de alimentos que so
portadores assintomticos, ou seja, que no experimentam sintomas da doena, sendo no
entanto fontes de contaminao (OMS, 2002).
Ainda no que respeita sade dos manipuladores de alimentos, todos devem ser,
periodicamente, alvo de exames de sade, de modo a atestarem aptido para as atividadesdesempenhadas (Lei n 102/2009, 2009). Sabe-se, no entanto, que este tipo de avaliao
mdica garante apenas o estado de sade no momento da avaliao, no permitindo garanti-lo
no futuro, sendo que nada pode fazer contra doenas de carter transitrio que afetem os
manipuladores de alimentos (Food Standards Agency, 2009).
Para alm dos problemas de sade referidos, Pinto e Neves, 2008, referem que qualquer tipo
de ferida, corte ou fissura um local ideal para que os microrganismos patognicos se instalem
e se multipliquem, devendo por isso, tal como referido anteriormente, os manipuladores estar
atentos aos ferimentos e, segundo Batista e Saraiva, 2003, alertar o superior hierrquico que
deve avaliar o procedimento a seguir.
No entanto, segundo a CAC, 2003, os cortes e as feridas, que no determinem a excluso do
pessoal, devem ser cobertos por pensos apropriados prova de gua, aps a sua desinfeo e
tratamento (Monteiro, 2010). Preferencialmente o material de proteo deve ser colorido, de
modo a facilitar a sua identificao, evitando a sua insero nos alimentos (Pinto e Neves,
2008; Batista e Saraiva, 2003). O manipulador pode ainda recorrer utilizao de luvas para
cobrir a pele danificada, protegendo os alimentos (Food Standards Agency, 2009).
Tal como referido os manipuladores desempenham um papel muito importante na qualidade
microbiolgica dos alimentos, essencialmente nos produtos que necessitam de muitamanipulao (Lacasse, 1995). Segundo a OMS, 1989, as mos so o veculo mais importante
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para a transferncia de microrganismos das fezes, nariz, pele e outros pontos para os
alimentos.
De acordo com a mesma fonte existem estudos epidemiolgicos, sobre Salmonella,
Campylobactere Eschericia coli,que demostram que estes microrganismos podem sobreviver
nas pontas dos dedos ou outras superfcies durante algum tempo, e at mesmo depois da
lavagem das mos. E, segundo Lacasse, 1995, investigadores mostram que os germes
contaminantes sobrevivem aproximadamente trs horas sem lavagem das mos, sendo
suficiente para transferir estes microrganismos para os alimentos, devendo portanto proceder a
uma lavagem frequente das mos.
A importncia da transmisso de doenas infeciosas pelas mos de manipuladores foi
reconhecida na dcada de 1840 por Semmelweis (Snyder, 2010). No entanto, de acordo com
Borgatta, 1989, citado pela mesma fonte, a lavagem e desinfeo das mos para prevenir a
propagao de doenas s foi praticada a partir do sculo XIX, devido a esforos de Pasteur e
Lister.
Segundo Altemeier, 1983, citado por Snyder, 2010, a pele o maior e mais acessvel rgo do
corpo humano, oferecendo proteo, fornecendo uma barreira impenetrvel, entre os tecidos
livres de bactrias do corpo e um ambiente que est contaminada com microrganismos. Esta
constituda por duas camadas, a epiderme e da derme, que se encontram sobre a camada de
tecido subcutneo. A derme e tecido subcutneo so livres de flora microbiana, no entanto, a
flora bacteriana encontra-se ligada e dentro da epiderme e pode fixar-se em folculos pilosos e
em glndulas sudorparas e sebceas (Nobel,1980, Nobel, 1992 e Stern, 1982 citados por
Snyder, 2010). Embora a pele parea suave, a epiderme, na verdade, contm muitasaberturas, fendas e orifcios, que podem oferecer reas de crescimento favorveis para as
bactrias (Nobel,1980 e Nobel, 1992 citados por Snyder, 2010).
Investigadores demonstraram que a microflora da pele varia entre pessoas, mas
notavelmente consistente para cada pessoa ao longo do tempo (Larson, 2001).
De acordo com Almeida et al., 1995, os microrganismos da pele foram estudados por Price,
1938, classificando-os em residentes e transitrios. A flora residente est ligada a camadas
profundas da pele sendo mais resistente remoo, enquanto que a flora transitria coloniza
as camadas superficiais da pele, sendo mais passvel de remoo por lavagens de rotina das
mos (Centers for Disease Control and Prevention, 2002).
Segundo Jumaa, 2005, da flora residente fazem geralmente parte Estafilococos coagulase-
negativo, Corynebacteriumspp e anaerbios, como Propionibacteriumspp..
Os microrganismos patognicos que podem estar presentes na pele como microrganismos
transitrios incluem Escherichia coli, Salmonella spp., Shigella spp. (famlia
Enterobacteriaceae), Clostridium perfringens, Giardia lamblia, vrus Norwalk e vrus da Hepatite
A (Snyder, 2010).
Os microrganismos transitrios so organismos que podem tirar proveito de alguma
perturbao na microflora residente normal, para ganhar uma posio e causar infees,sintomas de doena ou enfermidade. Estes so depositados sobre a pele atravs do contato
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direto ou por aerossol, podendo advir de qualquer tipo de fonte com a qual o corpo teve
contato, e encontram-se nas palmas das mos, dedos e sob as unhas (Snyder, 2010).
Os microrganismos transitrios so motivo de preocupao na manipulao de alimentos,
devido provvel transmisso deste tipo de microflora para os alimentos atravs das mos.
Assim pode ocorrer a propagao de microrganismos patognicos e de deteriorao para os
alimentos, a menos que os microrganismos transitrios sejam removidos das mos com sabo
e gua, utilizando frico mecnica, ou pela aplicao de algum antissptico (Snyder, 2010).
As reas em redor e sob as unhas proporcionam um microambiente que bastante favorvel
ao crescimento microbiano. Nesta zona, muitas vezes, abriga-se uma grande populao
microbiana, sendo mais difcil a sua remoo (McGinley et al., 1988, citados por Snyder, 2010).
De acordo com a OMS, 2002, mais fcil manter as mos limpas com as unhas sempre curtas,
pois as unhas compridas alojam sujidade, podendo ser difcil remov-la. Segundo Forsythe,
2000, por falhas de higiene pessoal, como no lavar as mos depois de
ir instalao sanitria, pode levar acumulao de microrganismos, incluindo patognicos,
sob as unhas. A evidncia de que as unhas mais longas alojam maior nmero de
microrganismos foi demonstrada por Lin et al., 2003, citado por Jumaa, 2005.
As unhas compridas so tambm mais suscetveis de rasgar as luvas, quebrando assim a
barreira protetora que possa ser criada por estas (Jumaa, 2005).
De acordo com a mesma fonte, outras formas de arte e tecnologia de unhas tornaram-se
populares em muitos pases, incluindo prticas de aplicao de material artificial para
extenses, cobertura de unhas com uma camada artificial protetora e decoraes com
aplicaes de pedras ou outras.Segundo Pottinger et al., 1989, Hedderwick et al., 2000, e McNeil et al., 2001, citados por
Jumaa, 2005, as unhas artificiais so mais propensas a ser colonizadas por bacilos Gram-
negativos e leveduras do que unhas naturais. Existindo tambm evidncias de que a lavagem
de unhas artificiais no to eficaz quanto a de unhas naturais.
Assim, de acordo com Jumaa, 2005, existem portanto evidncias suficientes para indicar que
as unhas artificiais e outras pticas decorativas constituem um potencial risco para os
alimentos.
Alm das unhas compridas e/ou com aplicao de produtos de beleza, a utilizao de adornos
por manipuladores de alimentos, so tambm fatores de risco para a contaminao dos
alimentos. Os adornos dificultam as operaes de higienizao das mos, pois o desinfetante
no consegue atingir toda a superfcie das mos, ou em alguns casos so inativados na
presena de sujidades que possam estar presentes nas mos dos manipuladores decorrentes
da presena desses adornos (Silva, 2008, citado por Abreu et al., 2011). Assim, segundo CAC,
2003, os adereos pessoais como joias, relgios ou outros, no devem ser usados nas reas
de manipulao de alimentos, pois representam um perigo para a segurana e adequao dos
alimentos.
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No entanto, de acordo com U.S. Public Health Service e Food and Drug Administration, 2009, e
Batista e Saraiva, 2003, pode ser permitido, na manipulao de alimentos, o uso da aliana de
casamento, caso se trate de um anel simples e liso.
Estudos de Hoffman et al., 1985, e Trick et al., 2003, citados por Jumaa, 2005, mostram que a
pele debaixo de anis tem mais microrganismos do que o controle, que o nmero de
microrganismos aumenta com o nmero anis usados, sugerem que o uso de anis um
importante fator de risco para o transporte de bacilos Gram-negativos e Staphylococuus aureus
nas mos, e existe tambm evidncia de que os organismos encontrados em anis podem ser
transportados durante muitos meses. Apesar de existir poucos estudos que diferenciem a
eficcia das operaes de higiene das mos com e sem a utilizao de anis, Salisbury, 1997,
referenciado por Jumaa, 2005, num modelo experimental de lavagem das mos, contaminadas
artificialmente, utilizando manipuladores de alimentos como objeto de estudo, obteve
resultados ligeiramente menos eficazes em portadores de anis.
Assim, no caso do manipulador usar aliana, esta deve ser lavada de cada vez que se lavem
as mos, pois, tal como referido, constitui um local onde a sujidade se pode alojar, criando
condies para o desenvolvimento de microrganismos (Batista e Saraiva, 2003).
Em caso de perda de qualquer adorno numa zona de manipulao de alimentos, o operador
deve comunicar de imediato ao seu superior hierrquico, pois ao cair podem incorporar-se nos
alimentos que esto a ser manipulados, levando contaminao dos mesmos (Pinto e Neves,
2008).
Por prevalecer o problema das doenas de origem alimentar transmitidas por contaminao
fecal-oral, os consumidores exigem que os funcionrios do setor alimentar usem luvas, paraservir ou preparar alimentos (Snyder, 2010). O propsito percebido para o uso de luvas evitar
a transferncia de microrganismos patognicos que podem permanecer na superfcie dos
dedos, acreditando que os alimentos manipulados com luvas so mais seguros do que quando
estas no so utilizadas. No entanto, no existe nenhuma evidncia documentada de que os
alimentos servido com as mos enluvadas so mais seguros do que os servidos com as mos,
pois as luvas podem ser contaminadas da mesma forma que as mos (Batista e Saraiva, 2003;
Lues e Tonder, 2007; Food Standards Agency, 2009; Snyder, 2010). Contradizendo a hiptese
de que a manipulao dos alimentos com luvas confere segurana, surge o estudo de Tartler e
Fortuna, 2012, que apresenta resultados onde a contaminao por coliformes totais e
termotolerantes maior e mais frequente nas luvas do que nas mos dos manipuladores.
A falsa sensao de segurana que o uso de luvas confere ao manipulador, um dos
argumentos contra a sua utilizao, pois, apesar do seu uso, pode ocorrer contaminao
cruzada (Batista e Saraiva, 2003).
Assim, os manipuladores de alimentos que usam luvas, devem receber formao para
apreender que os microrganismos aderem s superfcies de luvas e, portanto, as luvas, tal
como acontece com as mos inadequadamente higienizadas, podem ser veculos de
contaminao cruzada (Snyder, 2010).
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Para minimizar a contaminao cruzada fundamental que as luvas descartveis sejam
substitudas com frequncia, e utilizadas para uma nica tarefa, devendo ser descartadas
quando se encontrem sujas, danificadas ou quando ocorram interrupes de operaes.
Assim, a frequncia de mudana de luvas depende de vrios fatores, no sendo possvel
estabelecer diretrizes genricas (Snyder, 2010). No entanto, segundo Batista e Saraiva, 2003,
em determinadas situaes conveniente a mudana de luvas em intervalos de 30 minutos.
Existem ainda muitas questes sobre a possibilidade e a viabilidade de higienizar as luvas,
ainda no tendo sido definidos os regulamentos sobre lavagem das mos com luvas e
reutilizao de luvas na rea alimentar (Snyder, 2010). Doebbling et al., 1988 e Adams et
al.,1992, referenciados por Snyder, 2010, demonstraram ainda que os microrganismos aderem
superfcie das luvas no sendo facilmente removidos.
Para alm da frequncia de substituio das luvas, uma correta higienizao das mos
constitui o outro elemento fundamental para a reduo da contaminao dos produtos
alimentares (Batista e Saraiva, 2003, Lues e Tonder, 2007).
Os manipuladores devem higienizar e secar as mos antes de colocar as luvas e aps a sua
remoo, no entanto, como evidenciado pelos estudos de Paulson, 1996 e de Snyder 1994
citados por Snyder, 2010, isto nem sempre acontece, acabando por se encontrar contaminao
tanto o interior como o exterior das luvas.
O ambiente desenvolvido no interior da luva, com a superfcie da pele hmida, quente e
protegida, muito favorvel multiplicao de microrganismos patognicos, tais como
Staphylococuus aureuse Escherichia coli. Assim, qualquer furo, rasgo ou porosidade de uma
luva permitem a entrada e sada de microrganismos (Snyder, 2010; Lues e Tonder, 2007).Ento, para que o recurso s luvas na manipulao de alimentos seja vantajoso e minimize a
contaminao cruzada necessrio que se proceda a uma correta higienizao das mos
antes de as calar, que se desinfete as luvas, que as tarefas sejam desempenhadas sem
interrupo, e que estas sejam substitudas frequentemente.
Todos os fatores referidos so fundamentais e devem ser atendidos para uma adequada
higienizao das mos, pois tm nela uma influncia direta.
1.2.1 REQUISITOS TCNICO-FUNCIONAIS PARA A HIGIENIZAO DAS MOS
fundamental a disponibilidade permanente e adaptada s necessidades de meios ou
requisitos tcnicos e funcionais que permitam uma correta higienizao das mos dos
manipuladores de alimentos.
Conforme o estabelecido no Captulo I, do Anexo II, do Regulamento (CE) n 852/2004, 2004,
sobre os requisitos gerais aplicveis s instalaes do setor alimentar, deve existir um nmero
adequado de lavatrios devidamente localizados e indicados para a lavagem das mos.
Nesse mesmo sentido, de acordo com a Portaria n 215/2011, 2011, que estabelece os
requisitos especficos relativos a instalaes e funcionamento dos estabelecimentos de
restaurao ou de bebidas, as reas de servio como as cozinhas, copas e zonas de fabrico
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devem estar equipadas com lavatrios e torneiras com sistema de acionamento no manual
destinadas higienizao das mos, podendo, sempre que necessrio, existir apenas uma
torneira com aquele sistema na cuba de lavagem da copa suja, quando se trate de zonas
contguas ou integradas.
Estes estabelecimentos devem dispor de instalaes sanitrias destinadas ao uso do pessoal,
separadas das zonas de manuseamento de alimentos, dotadas de lavatrios com sistema de
acionamento de gua no manual (Portaria n 215/2011, 2011).
A existncia de instalaes sanitrias destinadas ao uso do pessoal no obrigatria nos
estabelecimentos integrados em rea comercial, empreendimento turstico ou habitacional que
disponha de instalaes reservadas, equipadas e adequadas ao uso do pessoal do
estabelecimento, nem nos estabelecimentos com rea total igual ou inferior a 100 m2, desde
que as instalaes sanitrias destinadas ao pblico observem os requisitos exigidos para as
instalaes do pessoal.
Ainda segundo o Regulamento (CE) n 852/2004, 2004, os lavatrios para a lavagem das mos
devem estar equipados com gua corrente quente e fria, gua esta que deve ser potvel, de
modo a garantir a no contaminao dos gneros alimentcios.
portanto fundamental que os estabelecimentos de restaurao ou de bebidas possuam
infraestruturas bsicas de fornecimento de gua. No entanto, sempre que no exista rede
pblica de abastecimento de gua, os estabelecimentos devem dispor de reservatrios de
gua prprios, com capacidade suficiente para satisfazer as necessidades correntes dos
servios que prestam. Para isso, a captao e a reserva de gua devem possuir adequadas
condies de proteo sanitria e o sistema ser dotado dos processos de tratamentorequeridos para potabilizao da gua ou para a manuteno dessa potabilizao, de acordo
com as normas de qualidade da gua para consumo humano definidas na legislao aplicvel,
devendo para o efeito ser efetuadas anlises fsico-qumicas e microbiolgicas por entidade
devidamente credenciada, de acordo com o disposto no Decreto -Lei n. 306/2007, 2007.
Quando for utilizada gua no potvel para, por exemplo, o combate a incndios, a produo
de vapor, a refrigerao ou outros objetivos similares, a gua deve circular em sistemas
separados, devidamente identificados. A gua no potvel no poder ter qualquer ligao
com os sistemas de gua potvel, nem possibilidade de refluxo para esses sistemas
(Regulamento (CE) n 852/2004, 2004).
Para alm do anteriormente referido, os lavatrios para a lavagem das mos devem estar
equipados com materiais de limpeza das mos e dispositivos de secagem higinica
(Regulamento (CE) n 852/2004, 2004).
Os microrganismos que se encontram sobre a pele das mos podem ser removidos atravs da
remoo fsica com gua e sabo e/ou pela desinfeo com um agente antimicrobiano.
Ao selecionar produtos de higiene das mos deve considerar-se fatores que podem afetar a
eficcia global desses produtos, a eficcia relativa dos agentes anti-spticos contra vrios
patognicos e a aceitao por parte dos colaboradores, pois se o produto no for bem aceite
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pode ser um impedimento lavagem frequente das mos (Centers for Disease Control and
Prevention, 2002).
O sabo comum, sem ou com baixas concentraes de produto antimicrobiano, tem uma
atividade de limpeza atribuda s suas propriedades detergentes, que resultam na remoo de
lpidos, sujidade visvel e substncias orgnicas das mos. No entanto, atravs da lavagem das
mos com sabo comum, pode remover flora transitria, apesar de existirem estudos que
indicam que estes no conseguem remover bactrias patognicas da pele (WHO, 2009a).
Salienta-se no entanto que a eficcia da prtica de lavagem das mos com gua e sabo,
depende da tcnica utilizada e do tempo gasto durante o procedimento (Larson, 1996, citado
por Kawagoe, 2009).
Quanto eficcia do uso de antisspticos na higienizao dos manipuladores de alimentos tem
vindo a ser demonstrada por estudos (Almeida et al., 1995).
A atividade antimicrobiana dos lcoois, em geral, decorre da capacidade de desnaturar
protenas. Os lcoois tm uma excelente atividade germicida in vitro contra bactrias Gram-
positivas e Gram-negativas, incluindo organismos patognicos e vrios fungos (WHO, 2009a).
Atravs do documento publicado pela Food and Drug Administration (FDA) em 2003, no se
deve considerar a substituio da lavagem das mos com gua e sabo pelo uso de lcool. A
preocupao com a prtica do uso de produtos base de lcool em substituio da lavagem
das mos com gua e sabo nos estabelecimentos alimentares podem ser resumidos nos
seguintes pontos: no tm atividade contra esporos bacterianos ou oocistos de protozorios, e
tm atividade muito fraca contra alguns vrus sem invlucro; os ingredientes utilizados no gel
para as mos base de lcool no servio de alimentos, como o caso do hidratante para evitara irritao da pele, entre outros, devem ser aprovados como aditivos alimentares indiretos, pois
podem ser-lhes adicionados; a manipulao de alimentos encontra-se associada prevalncia
das mos molhadas e contaminadas com material proteico ou gordo, sendo que de acordo com
estudos a humidade das mos, bem como os materiais proteico e gordos interferem com a
eficcia do produto base de lcool, neutralizando-o. Todavia o lcool gel deve ser utilizado
como opo em situaes em que no esto disponveis gua e sabo, pois certamente
melhor do que nada (WHO, 2009a; Simonne, 2005).
Quanto aos sabes antimicrobianos, estes contm um agente antissptico para auxiliar a
reduo de microrganismos, em adio remoo mecnica, no entanto, um importante fator
para a sua eficcia a concentrao do produto e o perodo de tempo de atuao sobre a pele
(Simonne, 2005).
Segundo Snyder, 2010 e Simonne, 2005, os ingredientes qumicos mais comuns em sabonetes
antimicrobianos so a Clorexidina, os Iodforos, o Triclosan e o Cloroxilenol.
A Clorexidina, na forma de Glucinato de Clorexidina, um agente antimicrobiano que tem boa
atividade contra bactrias Gram-positivas, um pouco menor atividade contra bactrias Gram-
negativas e fungos, e no esporicida. In vitroapresenta atividade contra vrus com invlucro,
mas substancialmente menor atividade contra vrus sem invlucro. A atividade antimicrobianada clorexidina no se apresenta to rpida como a dos produtos base de lcool. A sua
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atividade antimicrobiana minimamente afetada pela presena de material orgnico. A
frequncia de irritao da pele depende da concentrao, com maior probabilidade para
produtos que contm 4% de clorexidina e quando utilizados com frequncia para a
higienizao das mos, no sendo comuns reaes alrgicas (WHO, 2009a; Kawagoe, 2009;
Centers for Disease Control and Prevention, 2002).
Os iodforos tm um bom efeito imediato e persistente e apresentam atividade bactericida
contra bactrias Gram-positivas, Gram-negativas e algumas bactrias formadoras de esporos,
e so ativos contra vrus e fungos. Nas concentraes normalmente usadas em produtos
antisspticos os iodforos no tm atividade esporicida. A atividade antimicrobiana dos
iodforos significativamente reduzida na presena de substncias orgnicas. Os iodforos
causam mais dermatite de contacto irritativa que outras solues antisspticas geralmente
utilizadas para higienizao das mos (Snyder, 2010; WHO, 2009a; Centers for Disease
Control and Prevention, 2002).
O agente antimicrobiano Triclosan tem uma gama de atividade antimicrobiana bastante ampla,
sendo bacteriosttico com concentraes inibitrias mnimas. A atividade do triclosan contra
organismos Gram-positivos maior do que contra bacilos Gram-negativos, e possui pouca
atividade contra os fungos filamentosos. Este agente apresenta uma velocidade de ao
intermdia, atividade persistente na pele, e a suaatividade no substancialmente afetada por
matria orgnica. A maioria dos produtos que tm na sua composio menos de 2% de
triclosan so bem toleradas e raramente causam reaes alrgicas (WHO, 2009a; Kawagoe,
2009; Centers for Disease Control and Prevention, 2002).
O Cloroxilenol outro composto antimicrobiano encontrado em alguns sabonetesantibacterianos. Este, in vitro, apresenta uma boa atividade contra microrganismos Gram-
positivos e uma atividade intermdia contra bactrias Gram-negativas e certos vrus. A
atividade antimicrobiana de cloroxilenol minimamente afetada pela presena de material
orgnico, e este agente geralmente bem tolerado, sendo raros os casos de reaes alrgicas
(WHO, 2009a; Centers for Disease Control and Prevention, 2002).
Segundo Snyder, 2010, muitas agncias reguladoras probem o uso de sabonetes slido/em
barra para lavar as mos, pela possibilidade de disseminar contaminao, e aceitam o uso de
sabonetes lquidos ou detergentes. No entanto, o uso de sabo lquido no demonstrou ser
melhor para a remoo de microorganismos que o uso de sabo em barra.
O sabo lquido encontra-se disponvel em recipientes distribuidores ou garrafas, existindo
estudos que tm mostrado que os distribuidores devem ser substitudos e no reposto (Snyder,
2010), pois o produto torna-se passvel de contaminao, devendo ento optar por
dispensadores descartveis, ou facilmente removveis permitindo ser submetidos
higienizao e secagem completa antes de serem cheios (Kawagoe, 2009). De acordo com a
mesma fonte os dispensadores de produtos base de lcool devem ser projetados de modo a
minimizar a sua evaporao e manter a concentrao inicial.
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Assim, para minimizar o risco de contaminao cruzada, os dispensadores de sabo comum
lquido e produto antissptico devem preferencialmente ser modelos descartveis, com
acionamento no manual (por cotovelos, ps ou clula fotoeltrica) (Amorim et al., 2009).
Outro aspeto que deve ser considerado quando a barreira protetora da pele comprometida,
devido a prticas de higiene das mos frequentes, a pele pode tornar-se seca, irritada, com
leses ou outros danos que tm como consequncia o aumento do risco de abrigo e
transmisso de microrganismos, pois a quantidade de microrganismos existentes na pele
danificada muitas vezes superior aos que se podem encontrar na pele saudvel, e ainda
porque higienizar a pele danificada torna-se menos eficaz (Larson, 2001). Nesse sentido,
segundo a WHO, 2009a, da lavagem das mos pode resultar num aumento paradoxal de
bactrias na pele, devido sua irritao e secura, podendo ser evitada pela juno de
compostos humectantes.
Para minimizar os danos da higienizao frequente das mos (secura e irritao), h uma
tendncia para os colaboradores pretenderem usar loes hidratantes para as mos. No
entanto, o uso de loes para as mos na produo de alimentos e nas unidades de servio de
alimentao desencorajada devido possibilidade de contaminao dos gneros alimentcios
por esses produtos (Snyder, 2010).
Outra tarefa essencial no processo de higienizao das mos a secagem das mos, pois
sabe-se que a ocorrncia de transmisso de bactrias mais provvel a partir de mos
molhadas (Huang et al., 2012).
No entanto, o Regulamento (CE) n 852/2004, 2004, apenas indica que devem existir
dispositivos de secagem higinica, no especificando qual o mais adequado, e de acordo comHuang et al., 2012, parece haver pouco consenso sobre o mtodo de secagem das mos mais
higinico.
Os meios comuns utilizados para secagem das mos so as toalhas de papel, as toalhas de
pano contnuas, os secadores de ar quente e os secadores de jato de ar (ar forado a alta
velocidade, temperatura ambiente), podendo ainda ser secas pelo ar, atravs de evaporao
(Snyder, 2010; U.S. Public Health Service e Food and Drug Administration, 2009).
A preferncia do utilizador quanto ao mtodo de secagem um ponto que deve ser
considerado na escolha do mtodo a adotar, pois implicar maior adeso secagem das
mos, e portanto ser um mtodo mais seguro. De acordo com Huang et al., 2012, foram
efetuados estudos na Austrlia, Europa e Amrica do Norte que demostram que o mtodo
eleito para secagem das mos a secagem com toalhas de papel. Ainda de acordo com o
estudo Europeu na preferncia dos utilizadores seguem-se os secadores de ar quente (28%) e
as talhas de rolo de pano (10%). No levantamento Norte-americano encontra-se em segundo
lugar os secadores de jato de ar (25%), seguindo-se dos secadores de ar quente (16%), e as
toalhas de rolo de pano (1%).
Existem vrios estudos de comparao de eficcia de remoo de microrganismos pelos
diferentes mtodos de secagem das mos, sendo que e Knights et al., 1993, citados porJumaa, 2005, e Gustafson et al., 2000, sugerem que no existem diferenas na eficincia de
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remoo de bactrias quando so secas com toalhas de papel, toalhas de pano, ar quente
forado ou por evaporao espontnea. No entanto, existem outros estudos que indicam que a
secagem com ar quente tem a capacidade de aumentar a contaminao bacteriana das mos,
enquanto a secagem com toalhas de papel provoca uma ligeira diminuio do nvel de
contaminao (Montville et al., 2002). Neste sentido, referenciando vrios estudos tambm
Snyder, 2010, indica que os secadores de ar quente conduzem a um aumento significativo das
bactrias nas mos. De acordo com outro estudo citado pelo mesmo autor, observou-se que
foram isoladas bactrias no bocal de fluxo de ar e na entrada de ar de vrios secadores