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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA THIAGO ALMEIDA RODRIGUES HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA REGULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA COMO MEDIDA DE PREVENÇÃO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA. Brasília 2016

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

THIAGO ALMEIDA RODRIGUES

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA

REGULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA COMO MEDIDA DE PREVENÇÃO NA

INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA.

Brasília

2016

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Thiago Almeida Rodrigues

Hipertensão arterial sistêmica

Uma revisão narrativa sobre a importância da prática regular de educação física como

medida de prevenção na infância e na adolescência.

Trabalho de conclusão de curso

apresentado como requisito parcial para a

obtenção do grau de Licenciado em

Educação Física pela Universidade de

Brasília

Orientadora: Lídia Mara Aguiar Bezerra

de Melo

Brasília

2016

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Thiago Almeida Rodrigues

Hipertensão arterial sistêmica

Uma revisão narrativa sobre a importância da prática regular de educação física como

medida de prevenção na infância e na adolescência.

Trabalho de conclusão de curso

apresentado como requisito parcial para a

obtenção do grau de Licenciado em

Educação Física pela Universidade de

Brasília

Orientadora: Lídia Mara Aguiar Bezerra

de Melo

BANCA DE AVALIAÇÃO

________________________________________

Prof. Dra. Lídia Mara Aguiar Bezerra de Melo

________________________________________

Prof. Dra. Rita de Cássia

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Dedicatória

Dedico o presente trabalho primeiramente à Deus, por todo auxilio que me deu

em momentos de dificuldade. Aos meus professores, principalmente à minha orientadora,

que foram de extrema importância para a caminhada rumo a formação acadêmica. Dedico

também aos meus familiares, amigos, e principalmente namorada que esteve comigo em

cada dia, me auxiliando em cada obstáculo que encontrava nessa jornada. Por fim, dedico

a todos meus colegas de profissão, que possam se debruçar um pouco sobre o tema, e que

isso os ajude em uma melhor abordagem no público abordado nesse estudo.

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Agradecimentos

Cabem aqui, agradecimentos a todos que foram mencionados na dedicatória, pela

forma em que cada um contribuiu para a conclusão do presente trabalho de conclusão de

curso. Mais uma vez agradeço pelo acolhimento da professora Lídia Bezerra, que me

acolheu como seu orientando, fez um ótimo trabalho de orientação, e aqui estou hoje!

Agradeço também, a todos meus professores que de alguma forma fizeram a diferença na

minha formação acadêmica e, principalmente, humana!

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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA: Uma revisão narrativa sobre a

importância da prática regular de educação física como medida de prevenção na

infância e na adolescência.

Thiago Almeida Rodrigues

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo identificar os principais fatores de risco para o

desenvolvimento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) em crianças e adolescentes, assim

como as melhores formas de se tratar e principalmente, prevenir essa doença. Foi observado

que os maiores fatores de risco para o desenvolvimento da HAS são a obesidade, os baixos

níveis de atividade física e fatores psicológicos também. Foi observado também que vários

estudos têm como a atividade física, um grande fator a se atentar tanto para a prevenção

quanto para o tratamento da HAS em crianças e adolescentes. O exercício físico aeróbio foi

visto como a melhor alternativa, nos dias atuais, para o tratamento da HAS. Exercícios

anaeróbios precisam se estabelecer em estudos nessa área para uma prescrição nesse público.

Palavras-chave: hipertensão arterial, crianças, escolares, adolescentes, sedentarismo,

hábitos alimentares, obesidade.

ABSTRACT

The present work had as objective to identify the main risk factors for the development of

systemic arterial hypertension in children and adolescents, as well as the best way of dealing

with it and especially prevent this disease. It was observe that the major risk factors for the

development of systemic arterial hypertension are obesity, low levels of physical activity

and psychological factors. It has also been observe that several studies have physical activity

as a great factor to consider both for prevention and for the treatment of systemic arterial

hypertension in children and adolescents. Currently, aerobic physical exercise was seen as

the best alternative for the treatment of systemic arterial hypertension. Anaerobic exercises

need to be established in studies in this area for a prescription to treat this public.

Keywords: Arterial hypertension, children, schoolchild, adolescents, sedentarism, eating

habits, obesity.

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Sumário

1- Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

2- Metodologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

3- Resultados e Discussão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

4- Conclusões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

5- Referências Bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

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1- Introdução

Segundo CANTONI (2004), a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença

crônica que apresenta elevados níveis da PA (DC x RVP) onde o esforço para que o sangue

circule internamente nos vasos sanguíneos se torna maior que o normal. A OMS (2013) diz

que a HAS contribui para 9,4 milhões de mortes anuais por doenças cardiovasculares no

mundo, além de aumentar os riscos para insuficiência renal, cegueira e Acidente Vascular

Cerebral (AVC). No Brasil 15% a 20% da população adulta pode ser considerada hipertensa

(Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial, 1999).

A HAS está frequentemente associada às alterações funcionais e/ou das estruturas

dos órgãos alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e alterações metabólicas

(Diretrizes Brasileiras de Hipertensão VI, 2010). Segundo um estudo de EWALD e

HALDEMAN (2016), esses acometimentos podem ser observados em crianças e

adolescentes, pois a HAS primaria está associada ao nível reduzido de atividade física, ao

sobrepeso, à ingestão inadequada de frutas e vegetais e ao consumo em demasiado de sódio,

de álcool e de gordura. Assim como em adultos, as crianças e adolescentes com HAS podem

evoluir para lesão de órgãos-alvo, até mesmo hipertrofia ventricular esquerda (SILVA, M.

A. M. et al., 2007).

Segundo dados de um estudo de ROSA e RIBEIRO (1999), a prevalência de HAS

em crianças e adolescentes está em torno de 2 a 3%, dados baseados em sintetizações de

estudos nacionais e internacionais em diferentes regiões do globo. Já em um estudo um

pouco mais recente, de LEITE et. al. (2007), diz que apesar de a HAS estar mais presente na

idade adulta, a sua prevalência nas fazes da infância e da adolescência pode variar de 2% a

13% em diferentes regiões do mundo.

ROSA e RIBEIRO (1999), dizem que apesar de apresentar-se mais em adultos e

idosos, necessita-se voltar atenção em um público mais jovem, pois os fatores sedentarismo

e a obesidade nas populações escolares é preocupante. MOURA, A. A. et al. (2004), fala

sobre a obesidade que se mostra um fator de risco em vários estudos, onde a prevalência de

pressão arterial elevada em estudantes com sobrepeso e com risco de sobrepeso foi 9,4 maior

que os com HAS ausente.

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Hábitos inadequados como alimentação rica em açucares e gordura, contribuem para

o aumento de peso e risco cardíaco, bem como a diminuição do nível de atividade física

potencializa o risco para desenvolvimento de HAS ainda na infância e na adolescência

(Diretrizes Brasileiras de Hipertensão VI, 2010). Por esse motivo, é importante a ação

preventiva para esse público para que evite que evolução para a condição hipertensos

crônicos, doenças cardiovasculares e acidente vascular encefálico (LOURENÇO, R. A.,

MOTTA, L. B., 1999).

Apesar da HAS ter uma incidência maior na vida adulta, torna-se importante estudar

e conhecer os comportamentos que encaminham crianças e adolescentes para o

acometimento no sistema cardiovascular mencionado acima. Dessa forma, profissionais da

área de saúde poderão atuar de forma preventiva, como por exemplo os professores de

educação física que, em ambiente escolar, prescreverão coerentemente o ensino da prática

regular de exercício físico voltado para a saúde, para que eles possam utilizar o aprendizado

para o resto da vida.

Portanto, o objetivo do presente estudo é compreender como os hábitos de vida

relacionados à saúde, contribuem para o desenvolvimento da HAS em escolares desde a

infância até a adolescência, por meio de uma revisão narrativa.

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2- Metodologia

Se trata de um estudo de revisão narrativa de literatura. Sendo assim definiram-se

etapas para o estudo: questão problema, objetivos da pesquisa, critérios de inclusão das

publicações, definição das bases de dados, seleção dos estudos, extração das informações,

formação do banco de dados, avaliação dos estudos incluídos na revisão, discussão dos

resultados encontrados.

Foram procurados artigos científicos nos seguintes bancos de dados: MEDLINE,

PUBMED e SCIELO.

Critérios de inclusão

Foram incluídos na revisão, artigos científicos, consensos e manuais que tratassem

sobre hipertensão arterial, e que de preferência abordassem a infância e adolescência. Foram

utilizadas as seguintes palavras chave:

-Fisiologia hipertensão arterial

-Hipertensão arterial em crianças

-Hipertensão arterial em escolares

-Hipertensão arterial em adolescentes

-Sedentarismo hipertensão arterial em crianças

-Sedentarismo hipertensão arterial em adolescentes

-Hábitos alimentares e hipertensão arterial em criança

-Hábitos alimentares e hipertensão arterial em adolescentes

-Obesidade e hipertensão arterial em crianças

-Obesidade e hipertensão arterial em adolescentes

E em Inglês:

Arterial hypertension physiology

Arterial hypertension in children

Arterial hypertension in schoolchildren

Arterial hypertension in adolescents

Sedentarism arterial hypertension children

Sedentarism arterial hypertension in adolescents

Eating habits and arterial hypertension in children

Eating habits and arterial hypertension in adolescents

Obesity and arterial hyppertension in children

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Obesity and arterial hyppertension in adolescentes

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3- RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados 142 estudos com as palavras chave Hipertensão arterial em

crianças e adolescentes, 30 estudos com as palavras Hipertensão arterial em adolescentes e

103 estudos com as palavras chaves obesidade, hipertensão, atividade física, e crianças e

adolescentes.

Desses foram selecionados 30 artigos para serem discutidos de acordo com os tópicos

abaixo:

Fisiologia da HAS

A Pressão arterial é, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH, 2016), a

força com que o sangue advindo do miocárdio exerce sobre as paredes dos vasos sanguíneos.

Quando resistência sobre a passagem do sangue nas artérias se eleva dar-se o nome de

hipertensão. A HAS, que é comumente chamada de pressão alta, é a situação onde a pressão

arterial, sistematicamente, se encontra igual ou maior que 14 por 9. Já crianças e adolescentes

de até 12 anos com pressão arterial maior ou igual à 120/80 devem ser considerados pré-

hipertensos, segundo THELMA (2008). A pressão elevada tem várias causas, como a

ingestão demasiada de sódio, gorduras e açucares. Além de uma vida com práticas

sedentárias, que pode se iniciar já na infância.

No Brasil, LEITE et al. (2008), aponta que a prevalência da HAS em crianças e

adolescentes tem aumentado, seu valor varia de 2 a 13%. Nesse mesmo estudo, identificaram

44,7% dos indivíduos com pressão arterial elevada. Porém no estudo de OLIVEIRA et al.

(1999) é encontrado 16,2% de prevalência de HAS, e SILVA et al. (2005) encontram 7,7%

em uma população de crianças e adolescentes.

A hipertensão arterial, segundo Neder e Borges (2006), é uma das principais causas

determinantes de morbidade e mortalidade cardiovasculares, além disso, tem sido observado

um crescente interesse para esse problema em crianças e adolescentes. No mesmo estudo,

diz que entre as doenças crônicas não transmissíveis, a HAS é a de maior incidência.

Segundo OLIVEIRA et al. (1999), há grandes indícios de que a hipertensão arterial

sistêmica que é encontrada no adulto é uma doença que, em grande parte dos casos, inicia-

se na infância. Crianças com níveis de PA considerados elevados, mesmo que dentro dos

níveis considerados normais, tem uma grande propensão de evoluir ao longo da vida,

tornando-se uma criança com mais chances de se tornar um adulto hipertenso. Na

adolescência, RAMANATHAN et al. (2016) discursa que o risco se mantém, se não

identificada a HAS na infância, ela pode evoluir e se estabelecer com mais prejuízos no

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adolescente. Com o indivíduo mais próximo da fase adulta, fica cada vez mais difícil mudar

o quadro de risco, vendo que a doença se estabelece por conta de práticas tanto alimentícias

quanto da vida sedentária.

Assim como na fase adulta, a HAS é considerada fator de risco para desenvolvimento

de outras complicações, e ainda estar associada à elas. Segundo SALGADO e

CARVALHAES (2003), a aterosclerose, que é geralmente tida no adulto, também pode

iniciar-se na infância. Outra consequência seria a hipertrofia ventricular esquerda (HVE),

pois existe uma relação direta entre a PA e o tamanho do ventrículo esquerdo em crianças,

ou seja, o tamanho aumenta em relação com o aumento da PA (SOROF, 2002).

Portanto, torna-se importante a identificação e o tratamento da HAS em crianças e

adolescentes, pois ela, em grande parte dos casos, não se inicia já na fase adulta, mas antes,

de forma silenciosa e evolui ao longo da vida (OLIVEIRA et al., 1999).

Fatores Contribuintes

a) Obesidade

Um dos maiores indicadores de mudanças metabólicas no organismo humano, em

todas as fases, segundo EWALD e HALDEMAN (2016), seria a glicemia, onde maiores

níveis de insulina são secretados nas correntes sanguíneas, o que acarreta na resistência à

insulina (RI), comumente chamada hoje de Síndrome Metabólica (SM). Essa RI pode evoluir

e acarretar a uma diabetes tipo 2, que isolada, ou combinada com a HAS, gera grandes

prejuízos à saúde (ARAUJO, BRITO e CRUZ, 2000).

A obesidade, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

(2016), é caracterizada pelo grande acumulo de gordura corporal em um indivíduo, para seu

diagnóstico é usado, entre outros métodos, o índice de massa corporal (IMC). O IMC é

definido pela coleta de alguns dados e cálculos em cima deles, os dados de referência são:

<18.5 está abaixo do peso, 18.5-24.9 está normal, 25.0-29.9 está com excesso de peso e

acima disso vem a obesidade leve (30-34.9), severa (35-39.9) e mórbida (>40). Em crianças

os dados são diferentes, onde a idade determina de uma forma mais especifica cada faixa de

classificação. Em um levantamento do IBGE (2014) a porcentagem de pessoas obesas no

brasil beira os 60%, de acordo com o estudo o excesso de peso aumenta com o decorrer da

idade. Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome

Metabólica (ABESO, 2009), entre crianças e adolescentes, esse número estaria em 15% no

último levantamento feito pelo IBGE.

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Quadro 1 – Tabela de medidas do IMC em relação à idade.

Fonte: http://www.saudemedicina.com/como-calcular-o-imc/

As causas para a evolução da obesidade são várias, entre elas a genética familiar, a

disfunções endócrinas, e na maioria dos casos, está relacionada aos hábitos alimentares

inadequados (ROSA e RIBEIRO, 1999). A ingestão de açucares e gorduras em geral está

diretamente associada a obesidade, ou seja, diminuir a ingestão por meio de uma dieta mais

balanceada seria uma grande forma de diminuir os riscos da obesidade, que é um fator de

risco para a HAS (PAKZKOWSKA et al., 2016).

Segundo ARAÚJO et al (2007), a chance de um indivíduo obeso ser portador de HAS

é de 7,53 vezes maior que a chance de um indivíduo com sobrepeso, e comparando um

indivíduo com peso ideal com outro com sobrepeso, o risco aumenta em 180%. Ou seja,

quanto maior for o nível de sobrepeso ou obesidade de um indivíduo, maior o risco do

desenvolvimento da HAS.

Segundo SUPLICY (2000), a associação entre obesidade e HAS está bem

estabelecida, e é uma unanimidade. No mesmo estudo ele discursa sobre as evidencias da

diminuição da pressão arterial com o emagrecimento, e que pequenas reduções de peso têm

diminuído significativamente os níveis pressóricos, ou seja, não é necessário atingir o peso

ideal para se obter uma redução importante ou mesmo a normalização da pressão arterial.

A obesidade é uma das maiores causadoras da aterosclerose, que ocorre quando a

gordura, colesterol e outras substancias levam ao endurecimento e estreitamento das artérias,

levando a um aumento dos níveis pressóricos e pode ocorrer em qualquer parte do corpo.

Segundo GOTTLIEB et al (2005), ela está diretamente relacionada como um prejuízo

mecânico para o aumento dos níveis da HAS.

SILVEIRA et al (1999) escreve que níveis de insulina elevados estão associados a

elevação da HAS, pela alta absorção de sódio e/ou secreção de catecolaminas. Acredita-se

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que se forem reduzidos os níveis de insulina com a atividade física, o processo poderia ser

revertido.

b) Psicológicos

Fatores psicológicos, segundo WIDEMAN et al. (2016), são riscos para o

desenvolvimento de doenças físicas também, entre elas se encontra a HAS. A depressão

pode gerar transtornos alimentícios e estilo de vida sedentária, gerando assim uma porta de

entrada para o desenvolvimento da HAS em crianças e adolescentes (LUPPINO et al., 2010).

c) Sedentarismo

Segundo RAMANATHAN et al. (2016), o sedentarismo é um grande contribuinte

para a evolução da HAS em crianças e adolescentes. Em sua conclusão, ele diz que esse

estilo de vida inativo, faz com que as crianças se tornem mais propensas a ficarem acima do

peso recomendado, o que colabora muito para a evolução da HAS. Além disso, mudar esses

hábitos pode ser difícil, pois esse comportamento perdurou desde a infância (LEITE et. al.,

2007).

O sedentarismo, nada mais é que a falta de atividade física, ou mesmo ela em uma

quantidade não suficiente. Segundo a OMS (2014), a quantidade de tempo de atividade física

recomendada para crianças e adolescentes é de 60 minutos diários em uma intensidade

moderada à intensa. Segundo uma pesquisa do IBGE (2013), 45,9% dos brasileiros são

sedentários, dessa porcentagem 32,7% são crianças e adolescentes. Desse total de

entrevistados, apenas 16,9% não tem consciência da importância da atividade física. As

justificativas para não praticar vão desde não ter tempo, não ter condições financeiras ou até

mesmo não gostam.

O metabolismo basal é a quantidade mínima necessária (em calorias), para manter as

funções vitais do organismo em repouso. Essa taxa pode varias de acordo com sexo, peso,

altura, idade, e principalmente nível de atividade física. O indivíduo inativo tem essa taxa

diminuída, deixando assim mais propicio ao acumulo de gordura visceral MCARDLE

(2011). A inatividade, prejudica o retorno venoso, pela inatividade muscular, principalmente

nos membros inferiores (os músculos da perna contribuem muito para o retorno venoso

quando se contraem).

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Contribuições da Pratica de Educação Física como prevenção e tratamento da HAS em

crianças e adolescentes

A atividade física é entendida por qualquer movimento corporal que eleve o gasto

calórico acima do basal, já os exercícios físicos são atividades estruturadas com objetivo

especifico que pode ser para melhorar a estética corporal, a aptidão física ou a saúde. O

exercício físico para o tratamento da HAS se mostra mais eficaz.

Os benefícios da atividade física são inúmeros, e abrangem desde aspectos físicos,

quanto psicológicos. Segundo a OMS (2016) em publicação, a atividade física melhora o

condicionamento muscular, o condicionamento cardiorrespiratório, também aumentam a

densidade mineral óssea, e entre outros tantos benefícios, reduz o risco de hipertensão,

doença cardíaca coronária, acidente vascular cardíaco (AVC), diabetes e depressão.

Especificamente sobre a HAS, a atividade física auxilia na prevenção e até mesmo

no tratamento dela. Um estudo de PAFFENBARGER (1988), faz uma relação entre prática

de atividade física e os níveis de PA onde foi constatado que os indivíduos que não

praticavam atividade físicas tinham um risco 35% maior de desenvolver HAS que aqueles

que praticavam. PESCATELLO et al. (2005) conclui que altos níveis de atividade física de

lazer reduzem a incidência de HAS em aproximadamente 30%. Ou seja, maiores níveis de

atividade física, até mesmo as de lazer, estão associados à redução na incidência de HAS

(American College of Sports and Medicine, ACSM, 2004).

Segundo RAMANATHAN et al. (2016), o estilo de vida sedentário, além de outros

fatores, está diretamente relacionado com a HAS em indivíduos entre 10 e 17 anos de idade,

a prevalência de HAS é superior em indivíduos obesos. A atividade física atua na prevenção

dos fatores de risco para a HAS, a principal delas, a obesidade infantil que como já citado

acima, é encontrado em uma boa fração das crianças e adolescentes no Brasil.

Segundo ARAÚJO et al (2007), o exercício físico aeróbico, contribui para uma

redução de 3 mmHg da pressão arterial sistólica e diastólica em indivíduos com pressão

arterial no padrão (normotensos), 6 mmHg da pressão arterial sistólica e 7 mmHg da pressão

arterial diastólica em hipertensos, e 10 mmHg da pressão sistólica e 8 mmHg da diastólica

em indivíduos com hipertensão com grau elevado (severa). Ou seja, o exercício físico

aeróbio contribui para a normalização da HAS, e quanto maior for o grau da doença, maiores

serão os benefícios dessa atividade.

Essas ações hipotensoras acabam por colocar o exercício aeróbio como o principal

método de tratamento da HAS, se tratando de exercício físico. Sendo assim, o treinamento

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pode levar ao controle da pressão arterial, reduzindo a dosagem do medicamento ou até

mesmo a interrupção do seu uso.

O exercício resistido por muito tempo foi considerado contraindicado para indivíduos

com problemas cardiovasculares, por isso, por muito tempo foi negligenciado. Porém,

KELLEY e KELLEY (2000), fizeram um estudo e concluíram que esse tipo de treinamento

poderia reduzir a PA sistólica e diastólica em 2% à 4%. Essa descoberta despertou o interesse

dos pesquisadores e o número de estudos aumentou, porém, o número de pesquisas ainda é

pequeno para demonstrar uma eficácia tão grande quanto o exercício aeróbio. Esses estudos

foram feitos em populações em fase adulta, não foram encontrados estudos que abordassem

o mesmo procedimento com crianças e adolescentes.

Apesar de não poderem serem comprovados efeitos de queda dos níveis pressóricos

a longo prazo, pode-se destacar que nenhum estudo conseguiu evidenciar o aumento da PA

de repouso com o exercício resistido. Porém, é importante ter em mente que durante a

execução dos exercícios resistidos há um pico na PA, e isso pode representar um risco para

o indivíduo hipertenso, pois esse pico pode levar ao rompimento de aneurismas já existentes,

podendo ocasionar um acidente vascular cerebral (AVC), MEDINA et al. (2010).

Nas crianças e adolescentes, segundo MAGALHÃES et al. (2002), mudanças

relativas ao estilo de vida (alimentação, aumento da atividade física) devem ser as primeiras

a serem tomadas, deixando os fármacos para último caso. Pois somente a redução de peso

em indivíduos com sobrepeso já é identificada como grande fator para diminuição dos níveis

pressóricos em crianças e adolescentes, assim como em adultos.

A prevenção do sobrepeso, por meio de dieta e principalmente exercícios físicos

regulares é uma das mais importantes tarefas a se ter em vista, pois ela poderá repercurtir

por toda a vida, levando entre outras alterações, a HAS, FREEDMAN (1999)

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4- Conclusões

Esse estudo teve como objetivo identificar quais são os maiores fatores de risco para

o desenvolvimento da hipertensão arterial sistêmica em crianças e adolescentes, visto que os

estudos para essa área ainda são escassos nessa população. Algumas variáveis de estudos em

adultos podem ser adotadas também em crianças e adolescentes, como as fisiológicas onde

não há estudos que mostrem que tenham diferenças entre crianças, adolescentes e adultos.

Dessa forma, foi percebido, por meio das leituras que a obesidade e o sedentarismo

são, dentre todas as outras variáveis, as de maior risco para o desenvolvimento e a

complicação da HAS. Outros fatores como o psicológico também são levados em conta. A

depressão por levar a distúrbios de sono, distúrbios alimentares e ao sedentarismo (fatores

de grande influência para o desenvolvimento da HAS) também é levado em conta, tendo em

vista que ela atinge diretamente os fatores que podem desencadear um aumento dos níveis

pressóricos.

O sedentarismo pode ser considerado o fator chave no risco do desenvolvimento da

HAS, pois o mesmo faz com que o metabolismo basal se encontre baixo em relação a

indivíduos fisicamente ativos, acumulando gordura visceral e acarretando no sobrepeso,

além do retorno venoso que a pratica de exercícios físicos proporciona ao indivíduo.

Sobre o tipo de exercício físico foi visto que o exercício físico aeróbio tem uma base

cientifica maior, em relação ao anaeróbio, para ser aplicado em indivíduos hipertensos. Os

exercícios físicos resistidos (anaeróbios) tem alguns estudos onde os níveis pressóricos se

encontram mais baixos após o exercício, porém, o pico na PA que esse tipo de exercício gera

ainda pode ser considerado um grande perigo.

Sendo assim, um maior controle das práticas de vida, tais como a alimentação, ao

nível de atividade física e aos fatores psicológicos da criança e do adolescente devem ser

feitos, para que esses indivíduos se não se tornem, por consequência, indivíduos fisicamente

inativos e com uma dieta desbalanceada, desencadeando dentre várias outras doenças, a

HAS.

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