13
His. 06 ——— 10 fevereiro William Gabriel (Karenn Correa) Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

His. 06 ——— 10fevereiro

William Gabriel(Karenn Correa)

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados.

Page 2: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

08/02

15/02

22/02

Do Império Romano ao Feudalismo

09:1519:15

Formação do Mundo Moderno

09:15 19:15

Expansão Marítima e a conquista do Novo Mundo

09:1519:15

CRONOGRAMA

Page 3: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

Do Império Romano ao feu-dalismo

08fev

01. Resumo

02. Exercícios de Aula

03. Exercícios de Casa

04. Questão Contexto

Page 4: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

57H

is.

RESUMOO Império Romano

A História da Roma Antiga pode ser dividida crono-

logicamente em três fases: a Monarquia, a Repúbli-

ca e o Império. Em 27 a.C, Otávio Augusto se tor-

nou imperador do Roma, dando início ao Império

Romano, que teve seu fim apenas em 476 a.C, com

a queda do Império Romano do Ocidente.

Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos.

O CristianismoO nascimento de Jesus Cristo ocorreu durante o

Império Romano, na atual região da Palestina, dan-

do origem ao cristianismo, segunda grande religião

monoteísta. No entanto, a relação de Roma com os

cristãos nem sempre foi amigável. Os cristãos so-

freram uma série de perseguições por não crerem

nos deuses romanos e nem cultuarem o imperador.

Com a expansão do cristianismo, o imperador

Constantino, em 313 d.C, concedeu a liberdade de

culto aos cristãos. Porém, o cristianismo só veio a

se tornar religião oficial do Império Romano quase

70 anos depois, com o imperador Teodósio.

Crise e queda de RomaA partir do século III, o Império Romano passou por

intensas crises, como econômicas devido aos al-

tos gastos para manter suas fronteiras protegidas,

além de invasões de povos bárbaros, principalmen-

te os germânicos, que ajudaram a desestabilizar o

Império.

Houve diversas tentativas de solucionar as crises,

como a mudança da capital do Império para Bizân-

cio (futura Constantinopla e atual Istambul), por

Constantino, e a divisão do território em duas par-

tes: Império Romano do Ocidente, com capital em

Roma, e Império Romano do Oriente, com capital

em Constantinopla, visando melhorar a administra-

ção.

No entanto, em meio às invasões de povos bárbaros

ao Império Romano do Ocidente, houve um intenso

processo de ruralização visando fugir e se prote-

ger dessas invasões. Tal fato culminou na queda de

Roma, em 476, marcando o fim da Idade Antiga e o

início da Idade Média.

A Idade Média e o feudalis-mo

A Idade Média começou a se estruturar com a que-

da de Roma, quando começou a se desenvolver

uma nova estrutura social, política e econômica,

caracterizada por uma sociedade rural, descentra-

lizada e estamental. A Idade Média durou mais de

1000 anos e pode ser dividida em Alta Idade Média,

Idade Média Central e Baixa Idade Média.

Durante a Idade Média Central se consolidou o que

ficou conhecido como o feudalismo, que se estru-

turou na Europa Ocidental conciliando elementos

romanos e germânicos, como o teocentrismo, ba-

seado na grande influência ideológica da Igreja Ca-

tólica Apostólica e na descentralização política.

No feudalismo, as relações políticas entre nobres

eram baseadas no princípios da suserania e da vas-

salagem, no qual um nobre doava terras (suserano)

a outro nobre (vassalo) em troca de proteção. Ape-

sar da existência da figura do rei, seus poderem

eram limitados.

A economia feudal também ocorria de forma des-

centralizada, dentro de estruturas chamadas feu-

dos. Os feudos se baseavam na atividade agrícola,

realizada pelos servos, e no geral eram autossufi-

cientes, ou seja, produziam os principais produtos

necessários à sobrevivência de seus habitantes.

Page 5: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

58H

is.

1.

2.

EXERCÍCIOS DE AULA

A sociedade feudal se caracterizou por uma estrutu-

ra estamental. Os estamentos eram divididos entre

os que guerreavam (nobreza), os que rezavam (clero)

e os que trabalhavam (servos). A mobilidade social

era quase inexistente.

A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C.,

encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se ele-

mentos que representam uma característica política dos romanos no período,

indicada em:

a) Cruzadismo – conquista da terra santa.

b) Patriotismo – exaltação da cultura local.

c) Helenismo – apropriação da estética grega.

d) Imperialismo – selvageria dos povos dominados.

e) Expansionismo – diversidade dos territórios conquistados.

Preparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar en-

controu numa carta de Flaubert esta frase: “Quando os deuses tinham dei-

xado de existir e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na his-

tória, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem ficou sozinho”. Os

deuses pagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o triunfo cristão, e

Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidão flagrado por

Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica - e não gostou, claro.

Quem quer ficar sozinho num mundo que não domina e mal compreende,

sem o apoio e o consolo de uma teologia, qualquer teologia?

(Luiz Fernando Veríssimo. Banquete com os deuses)

Page 6: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

59H

is.

3.

4.

A compreensão do mundo por meio da religião é uma disposição que traduz o

pensamento medieval, cujo pressuposto é

a) o antropocentrismo: a valorização do homem como centro do Universo e a

crença no caráter divino da natureza humana.

b) a escolástica: a busca da salvação através do conhecimento da filosofia clás-

sica e da assimilação do paganismo.

c) o panteísmo: a defesa da convivência harmônica de fé e razão, uma vez que o

Universo, infinito, é parte da substância divina.

d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas instituídos pela Igreja e não

questionamento das leis divinas.

e) o teocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística

medieval, que considera Deus o centro do Universo.

A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolu-

ção, o primitivo e o antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu

por toda a Europa.

Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afron-

tamento, 1982, p. 140.

O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais nesse pequeno

trecho. A esse respeito é correto afirmar:

a) A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo romano em crise

e as formações sociais dos guerreiros germânicos.

b) O escravismo predominava entre os povos germânicos e tornou-se um ponto

de intersecção com a sociedade romana.

c) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transfor-

mada a partir das invasões germânicas dos séculos IV a VI.

d) Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada e as relações ser-

vis que permitiram a síntese social com os romanos.

e) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos cons-

tantes nas fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares.

Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmi-

tidas oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação

escrita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses.

Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez

pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram a Ate-

nas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon.

COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo. Martins Fontes, 2000.

A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto,

esteve relacionada à

a) adoção do sufrágio universal masculino.

b) extensão da cidadania aos homens livres.

c) afirmação de instituições democráticas.

d) implantação de direitos sociais.

e) tripartição dos poderes políticos.

Page 7: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

60H

is.

1.

EXERCÍCIOS PARA CASA

5. Em 24 de junho, dia de São João, os camponeses de Verson (na França) co-

lhiam os frutos dos campos de seu senhor e os levavam ao castelo. Depois,

cuidavam dos fossos e, em agosto, faziam a colheita do trigo, também entre-

gue ao senhor. Eles próprios não podiam recolher o seu trigo, senão depois

que o senhor tivesse tirado antecipadamente a sua parte. No começo do in-

verno, trabalhavam sobre a terra senhorial para prepará-la, passar o arado

e semear. No dia 30 de novembro, dia de Santo André, pagava-se uma espé-

cie de bolo. Pelo Natal, “galinhas boas e finas”.Depois, uma certa quantida-

de de cevada e de trigo. E mais ainda! No moinho, para moer o grão do cam-

ponês, cobrava-se uma parte dos grãos e uma certa quantidade de farinha;

no forno, era preciso pagar também, e o “forneiro” dizia que, se não tivesse

o seu pagamento, o pão do camponês ficaria mal cozido e imprestável.

(LUCHAIRE, La Société française au temps de Philippe Auguste.

Adaptado)

O texto nos revela as principais obrigações servis na idade medieval. Assinale a

alternativa que associa corretamente a obrigação ao trabalho realizado.

a) o servo pagava a talha quando ceifava os prados do senhor, levava os frutos ao

castelo, cuidava dos fossos e colhia o trigo.

b) o servo trabalhava apenas de 24 de junho a 30 de novembro em muitas ativi-

dades: dos cuidados com os animais ao trabalho no campo.

c) o servo trabalhava e recebia salário, pois pagava no moinho pela moagem dos

grãos e ao forneiro pelo pão assado.

d) o servo devia a seu senhor a corveia, a talha e as banalidades pelo uso das ins-

talações senhoriais bem como presentes em datas festivas.

e) o trabalho servil era recompensado no Natal, quando o senhor dava aos servos

bolos, finas e gordas galinhas.

O Império Romano expandiu-se pelo Mar Mediterrâneo durante o período repu-

blicano; isso gerou, no decorrer do século II d.C., várias repercussões, entre as

quais podemos destacar.

a) surgimento da classe média de pequenos proprietários rurais e desapareci-

mento dos latifundiários.

b) aumento da população rural na Itália e conseqüente declínio da população

urbana.

c) crescimento do número de escravos e grande fluxo de riquezas.

d) criação de grande número de pequenas propriedades e fortalecimento do sis-

tema assalariado.

e) difusão do Cristianismo e proscrição das manifestações culturais de outras

regiões.

Page 8: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

61H

is.

2.

3.

Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar saber como e

sob que espécie de constituição os romanos conseguiram em menos de cin-

quenta e três anos submeter quase todo o mundo habitado ao seu governo

exclusivo — fato nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria

tão apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto de

considerar qualquer outro objetivo mais importante que a aquisição desse

conhecimento?

POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985.

A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto escrito no século

II a.C., é a

a) ampliação do contingente de camponeses livres.

b) consolidação do poder das falanges hoplitas.

c) concretização do desígnio imperialista.

d) adoção do monoteísmo cristão.

e) libertação do domínio etrusco.

O Mar Mediterrâneo foi a maior de todas as vias de circulação romanas e dele

resultou a formação do Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). A respeito dessa

importante conquista para a civilização romana, assinale a alternativa correta.

a) A eliminação da hegemonia cartaginesa sobre a região além de permitir que

Roma passasse a dominar o comércio mediterrâneo, possibilitou aumentar o di-

namismo próprio da estrutura escravista, que necessitava de mão de obra decor-

rentes das conquistas.

b) Após a derrota romana nas Guerras Púnicas, quando fenícios e cartagineses

ocuparam o estreito de Gibraltar, a única saída para dar continuidade ao proces-

so de expansão foi a conquista do mar Mediterrâneo.

c) A explosão demográfica e os conflitos internos com a plebe urbana exigiram

medidas expansionistas por parte do governo, para que se estabelecessem co-

lônias romanas fora da península itálica a fim de minimizar as tensões sociais.

d) A necessidade de expansão do cristianismo, que a partir do século IV, tornou-

-se a religião oficial do império romano, implicou na divulgação dos princípios

dessa nova doutrina para os povos bárbaros.

e) A crescente produção de cereais, durante o império romano, especialmente,

o trigo, levou à expansão de suas fronteiras, uma vez que era necessário ser es-

coado e vendido para as demais províncias romanas.

Igreja, em torno de 1030, proclamou que, segundo o plano divino, os homens

dividiam-se em três categorias: os que rezam, os que combatem, os que tra-

balham, e que a concórdia reside na troca de auxílios entre eles. Os traba-

lhadores mantêm, com sua atividade, os guerreiros, que os defendem, e os

homens da Igreja, que os conduzem à salvação. Assim a Igreja defendia, de

maneira lúcida, o sistema político baseado na senhoria.

(DUBY, Georges. Arte e sociedade na Idade Média, 1997. Adaptado.)

4.

Page 9: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

62H

is.

5.

Segundo essa definição do universo social, feita pela Igreja cristã da Idade Mé-

dia, a sociedade medieval era considerada

a) injusta e imperfeita, na medida em que as atividades dos servos os protegiam

dos riscos a que estavam submetidos os demais grupos sociais.

b) perfeita, porque era sustentada pelas atividades econômicas da agricultura,

do comércio e da indústria.

c) sagrada, contendo três grupos sociais que deveriam contribuir para o congra-

çamento dos homens.

d) dinâmica e mutável, na medida em que estava dividida entre três estamentos

sociais distintos e rivais.

e) guerreira, cabendo à Igreja e aos trabalhadores rurais a participação direta nas

lutas e empreitadas militares dos cavaleiros.

6.

O termo “bárbaro” teve diferentes significados ao longo da história. Sobre os

usos desse conceito, podemos afirmar que:

a) Bárbaro foi uma denominação comum a muitas civilizações para qualificar os

povos que não compartilhavam dos valores destas mesmas civilizações.

b) Entre os gregos do período clássico o termo foi utilizado para qualificar povos

que não falavam grego e depois disso deixou de ser empregado no mundo me-

diterrâneo antigo.

c) Bárbaros eram os povos que os germanos classificavam como inadequados

para a conquista, como os vândalos, por exemplo.

d) Gregos e romanos classificavam de bárbaros povos que viviam da caça e da

coleta, como os persas, em oposição aos povos urbanos civilizados.

Analisando as condições de trabalho da Europa medieval, o historiador Marc

Bloch afirmou:

O servo, em resumo, dependia tão estreitamente de um outro ser humano

que, fosse ele para onde fosse, esse laço o seguia e se imprimia à sua des-

cendência. Essas pessoas, para com o senhor, não estavam obrigadas ape-

nas às múltiplas rendas ou prestações de serviços. Deviam-lhe também au-

xílio e obediência, e contavam com a sua proteção.

(BLOCH, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 79, s/d., p. 294-295.

Adaptado)

De acordo com o texto, é correto afirmar que a servidão na Europa medieval

a) baseava-se na cobrança de taxas e no trabalho em troca de proteção e mo-

radia.

b) organizava a produção monocultora de exportação que predominava no pe-

ríodo.

c) proporcionava ampla mobilidade social para os servos e seus descendentes.

d) garantia aos servos a participação nas decisões políticas dentro dos feudos.

e) impedia a circulação dos trabalhadores nas lavouras dos territórios senhoriais.

Page 10: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

63H

is.8.

7. Riscar o chão para sair pulando é uma brincadeira que vem dos tempos do

Império Romano. A amarelinha original tinha mais de cem metros e era usa-

da como treinamento militar imitações reduzidas do campo utilizado pelos

soldados e acrescentaram numeração nos quadrados que deveriam ser pu-

lados. Hoje as amarelinhas variam nos formatos geométricos e na quantida-

de de casas. As palavras “céu” e “inferno” podem ser escritas no começo e

no final do desenho, que é marcado no chão com giz, tinta ou graveto.

Com base em fatos históricos, o texto retrata o processo de adaptação pelo qual

passou um tipo de brincadeira. Nesse sentido, conclui-se que as brincadeiras

comportam o(a)

a) caráter competitivo que se assemelha às suas origens.

b) delimitação de regras que se perpetuam com o tempo.

c) definição antecipada do número de grupos participantes.

d) objetivo de aperfeiçoamento físico daqueles que a praticam.

e) possibilidade de reinvenção no contexto em que é realizada.

Aquilo que dominava a mentalidade e a sensibilidade dos homens da Idade

Média era o seu sentimento de insegurança (…) que era, no fim das contas,

a insegurança quanto à vida futura, que a ninguém estava assegurada (…).

Os riscos da danação, com o concurso do Diabo, eram tão grandes, e as

probabilidades de salvação, tão fracas que, forçosamente, o medo vencia

a esperança.

Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval.

O mundo medieval configurou-se a partir do medo da insegurança, como retra-

tado no texto acima. Encontre a alternativa que melhor condiz com o assunto.

a) A crise econômica decorrente do final do Império Romano, a guerra constan-

te, as invasões bárbaras, a baixa demográfica, as pestes, tudo isso aliado a um

forte conteúdo religioso de punição divina aos pecados contribuiu para o clima

de insegurança medieval.

b) A peste bubônica provocou redução drástica na demografia medieval, levan-

do a crenças milenaristas e apocalípticas, sufocadas, por sua vez, pela rápida

ação da Igreja, disponibilizando recursos médicos e financeiros para a erradica-

ção das várias doenças que afetam seus fiéis.

c) O clima de insegurança que predominou em toda a Idade Média decorreu das

guerras constantes entre nobres – suseranos – e servos – vassalos, contribuindo

para a emergência de teorias milenaristas no continente.

d) As enfermidades que afetavam a população em geral contribuíram para a de-

monização de algumas práticas sociais, como o hábito de usar talheres nas refei-

ções, adquirido, por sua vez, no contato com povos bizantinos.

e) A certeza da punição divina a pecados cometidos pelos humanos predomina-

va na mentalidade medieval; por isso, nos vários séculos do período, eram cons-

tantes os autos de fé da Inquisição, incentivando a confissão em massa, sempre

com tolerância e diálogo.

Disponível em: www.biblioteca.ajes.edu.br. Acesso em: 20 maio 2015 (adaptado).

Page 11: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

64H

is.

9.

10.

O texto a seguir reproduz parte de um diálogo entre dois personagens de

um romance.

– Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? – Perguntou Sofia.

– Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos imagi-

nar que Jesus nasceu à meia-noite, que Paulo saiu em peregrinação missio-

nária pouco antes da meia noite e meia e morreu quinze minutos depois, em

Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi mais ou menos proibida. [...] Até

as dez horas as escolas dos mosteiros detiveram o monopólio da educação.

Entre dez e onze horas são fundadas as primeiras universidades.

GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia, Romance da História da Filosofia.

São Paulo: Cia das Letras, 1997 (Adaptação).

O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, tem sido

usado como marco para o início da Idade Média. De acordo com a escala de tem-

po apresentada no texto, que considera como ponto de partida o início da Era

Cristã, pode-se afirmar que

a) as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas.

b) a Idade Moderna teve início um pouco antes das dez horas.

c) o cristianismo começou a ser propagado na Europa no início da Idade Média.

d) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros 150 anos da

Era Cristã.

e) os mosteiros perderam o monopólio da educação no final da Idade Média.

Em O RENASCIMENTO, Nicolau Sevcenko afirma:

“O comércio sai da crise do século XIV fortalecido. O mesmo ocorre com a

atividade manufatureira, sobretudo aquela ligada à produção bélica, à cons-

trução naval e à produção de roupas e tecidos, nas quais tanto a Itália quan-

to a Flandres se colocaram à frente das demais. As minas de metais nobres

e comuns da Europa Central também são enormemente ativadas. Por tudo

isso muitos historiadores costumam tratar o século XV como um período de

Revolução Comercial.”

A Revolução Comercial ocorreu graças:

a) às repercussões econômicas das viagens ultramarinas de descobrimento.

b) ao crescimento populacional europeu, que tornava imperativa a descoberta de

novas terras onde a população excedente pudesse ser instalada.

c) a uma mistura de idealismo religioso e espírito de aventura, em tudo semelhan-

te àquela que levou à formação das cruzadas.

d) aos Atos de Navegação lançados por Oliver Cromwell.

e) à auto-suficiência econômica lusitana e à produção de excedentes para ex-

portação.

Page 12: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

65H

is.

QUESTÃO CONTEXTO

16/01/2017

Barada, o rio bíblico que se tornou centro da guerra pela água na Siria

Com história que remonta ao Império Romano, águas cruzam o centro de Da-

masco; governo afirma que rebeldes contaminaram curso e que radicais se es-

condem em seu vale.

O rio Barada, conhecido em tempos antigos como Abana, recebe água de outros

sete rios cujos percursos foram desviados através de canais complexos constru-

ídos ainda na época do Império Romano.

(...)

Inscrições em latim

Perto do vilarejo de Souq Wadi Barada ainda é possível ver e visitar os enormes

buracos no desfiladeiro.

Antigas inscrições romanas nas margens do rio Barada (Foto: Diana Darke/BBC)

Eles fazem parte do sistema de água ainda criado pelos romanos: túneis comple-

xos escavados em rocha que levavam a água até Damasco.

Em partes da antiga estrada romana entre Baalbek, no Líbano, e Damasco é pos-

sível ver inscrições em grego - o idioma oficial - e em latim - o dos soldados.

Os conflitos na Síria, além de deixarem milhares de mortos na região, também

vêm destruindo parte do patrimônio histórico da região. Na matéria de O Globo,

são abordados os conflitos por água na Síria que culminaram na destruição de

uma construção que remete ao período do Império Romano.

Comente a relação entre o sistema de água criado pelos romanos apontado na

notícia e as transformações ocorridas durante o Império Romano.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/barada-o-rio-biblico-

que-se-tornou-centro-da-guerra-pela-agua-na-siria.

ghtml

Page 13: His. · 2017-02-07 · a queda do Império Romano do Ocidente. Durante o Império, o Mar Mediterrâneo passou a ser chamado Mare Nostrum pelos romanos. O Cristianismo O nascimento

66H

is.

GABARITO

01.Exercício de aula1. e

2. e

3. a

4. b

5. d

02.Exercício de casa1. c

2. c

3. a

4. c

5. a

6. a

7. e

8. a

9. a

10. a

03. Questão ContextoNessa questão é importante mencionar o expan-

sionismo romano durante o Império, que chegou a

se estender da Península Ibérica até o atual Iraque,

contornando grande parte do Mar Negro e todo o

Mar Mediterrâneo. Desde a ascensão de Otávio Au-

gusto, houve o incentivo do Estado na implementa-

ção de reformas urbanas, a partir de obras públicas,

como aquedutos e estradas.