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Disciplina: História A República Velha Professor: Gustavo Aluna: Flávia Santos

História - A República Velha

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Este trabalho é um resumo do período que compreende o início do século XIX e meados do século XX, com um maior enfoque na conjuntura brasileira, a República Velha.

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Page 1: História - A República Velha

Disciplina: História

A República Velha

Professor: Gustavo

Aluna: Flávia Santos

Uberlândia – Novembro/2008

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1. O Século XIX.

O Século XIX foi marcado por uma avalanche de revoluções influenciadas, principalmente, pela Revolução Industrial, pelo Iluminismo e pela Revolução Francesa culminados nos séculos anteriores. Foi o século da burguesia, já que o capitalismo se expande e se consolida, fazendo com que os interesses desta também se ampliem. São defendidos, por um lado, a propriedade e a liberdade de ação econômica, o uso do Estado como instrumento de defesa do capitalismo, o lucro individual, o poder para quem disponha do capital, e por outro lado, idéias socialistas, igualdade de direitos entre burgueses e operários, melhores qualidades de vida.

A grande expansão da industrialização fez com que se tivesse um novo olhar sobre as relações comerciais e econômicas: o Liberalismo. Este proporcionou uma maior autonomia à burguesia nas suas relações comerciais e econômicas porque garantiu que o Estado em quase nada interferisse nas mesmas. Porém, em contrapartida, a péssima qualidade de vida oferecida por estes burgueses aos seus operários fez com que surgisse o Movimento Operário. O operariado queria ver-se livre de tanta exploração e desigualdade, influenciados pelos ideais socialistas que circulavam no seu meio.

Outros dois marcos de também importância foram o Período Napoleônico e a Guerra de Secessão dos EUA, que influenciaram muitos países latinos, entre eles o Brasil, a proclamarem a sua independência.

O governo de Napoleão forçou a vinda da família imperial para o Brasil, o que fez com que, durante este período, as velhas elites agrárias lutassem por assegurar seus privilégios, sua condição hegemônica, a mão-de-obra escrava e o monopólio do poder. E foi neste contexto que o Brasil se tornou independente: tivemos uma independência feita a partir do Estado criado aqui pelo governo português, tudo conduzido de forma a criar o mínimo possível de agitação social que pudesse abrir espaços para as reivindicações populares. Além disso, o Brasil se tornou independente, mas tendo governantes portugueses, o que é muito paradoxal.

Com o tempo, as insatisfações tanto da elite agrária quanto das camadas mais pobres da população em relação a Império começaram a surgir. A primeira queria ter mais participação política. A segunda, melhor qualidade de vida. Isto fez com que culminasse a Proclamação da República, mas, como já se era de se esperar, novamente a maior parte da população brasileira não participa deste acontecimento, que é tão importante para uma nação. Isto deu início à República Velha no Brasil.

2. A República Velha.

a. A República da Espada.

Deodoro da Fonseca, que participou do Movimento Republicano e proclamou a República, foi o primeiro presidente do Brasil. Ele mudou drasticamente as bases que sustentavam a política brasileira, acabando com o padroado, autorizando a emissão de grandes volumes de papel moeda, como o intuito de aquecer a economia por causa da expansão do trabalho livre (Política do Encilhamento), estabeleceu o voto universal masculino, etc.

b. A República do Café-com-Leite.

A oligarquia cafeeira (principalmente a paulista e a mineira) começou a ficar insatisfeita com o governo de Deodoro. Assim, revoltas começaram a surgir em todo o Brasil com o intuito de depor o governo, as Revoltas Armadas. Desta feita, Prudente de

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Morais foi colocado no poder, sendo, de acordo com os interesses da oligarquia, substituído por um mineiro.

A República do Café-com-Leite possui muitas características, dentre elas: apenas mineiros e paulistas se revezavam no poder; paternalismo e coronelismo para promover a submissão do povo ao poder; voto de cabresto para que o revezamento entre os mineiros e paulistas se consolidasse; política dos governadores, atitude do governo federal de sustentar o domínio das oligarquias estaduais em seus estados, em troca do apoio dos deputados eleitos por essas oligarquias para a Câmara Federal.

i. O Governo de Prudente de Morais.1. Problemas na produção cafeeira;2. Revolta de Canudos.

ii. O Governo de Campos Sales.1. Saneamento financeiro do país: “funding loan”; 2. Impopularidade do governo;3. Política dos governadores.

iii. O Governo de Rodrigues Alves.1. Modernização da cidade do Rio de Janeiro;2. Dependência externa;3. Revolta da Vacina – revolta da população contra a obrigatoriedade

de se tomar vacina;4. Tratado de Petrópolis - anexação do Acre ao Brasil.

iv. O Governo de Afonso Pena.1. Convênio de Taubaté – valorização do café;2. Elevação da inflação;3. Importantes reformas no Exército;4. Campanha Civilista – campanha presidencial de Rui Barbosa

(morte de Afonso Pena).v. O Governo de Hermes da Fonseca.

1. Revolta da Chibata – revolta de marinheiros contra os maus tratos da marinha;

2. Guerra do Contestado;vi. O Governo Venceslau Brás.

1. Primeira Guerra Mundial;2. Primeiro surto industrial do Brasil;3. Expansão industrial no centro-sul;4. Imigração européia;5. Movimento operário.

vii. O Governo de Delfim Moreira e Epitácio Pessoa.1. Gripe Espanhola;2. Crise nas exportações de café;3. Crise da política do café-com-leite;4. Reação Republicana;5. Início do Tenentismo.

viii. O Governo de Artur Bernades.1. Estado de sítio;2. Intervenção nos estados e no Congresso;3. Coluna Prestes.

ix. O Governo de Washington Luís.1. Realidade política bem menos conturbada;2. Visão mais científica de administração;3. “Arejamento” político: decreto do fim do estado de sítio;4. “Governar é abrir estradas”;

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5. Quebra da Bolsa de Nova Iorque;6. Lei Celerada – combate ao comunismo.

3. A Revolução de 1930.

Depois do governo de Washington Luís, era de se esperar que um mineiro governasse. Porém, culminou-se um golpe em que outro paulista fora nomeado, Júlio Prestes. Os políticos formados nos mecanismos da República sabiam que estava em jogo sua própria sobrevivência política. A reação à vitória de Júlio Prestes provocara um clima de indignação em várias regiões do país.

“Façamos a revolução antes que o povo a faça!” – a Aliança Liberal, contando com o apoio dos tenentes, inicia um movimento armado com vistas à tomada do poder. Washington Luís é deposto e inicia-se a Era Vargas.

4. Conclusão.

O final do século XIX e início do século XX foi fruto de muitas revoluções e guerras que marcaram para sempre a História da humanidade.

À medida que se acompanha a evolução dos governos na República Velha, percebe-se o quanto o cenário mundial influencia nas revoltas lideradas pela população e nas medidas que o governo, juntamente a oligarquia agrária, toma.

Nesse período, pode-se considerar alguns aspectos positivos e muitos aspectos negativos. O que de bom aconteceu neste período foi o fato de o Brasil ter passado por um período de modernização e industrialização e, principalmente, o fato de tantas revoltas terem acontecido, evidenciando o quanto o povo brasileiro cansou de ser reprimido e passou a contestar os seus direitos. Por outro lado, viu-se o quanto o povo reivindicava, ao mesmo tempo que o governo o esmagava com mais força ainda, como é muito bem retratado na revolta de Canudos. Além disso, a dívida externa aumentou muito neste período, como também nossa dependência com os Estados Unidos e as desigualdades sociais.

5. Bibliografia.

. Salomão, Gilberto Elias – História, Ensino Médio, Livro 3, Edição 2007.