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História do Brasil Regência e Segundo Reinado História Avançada 15 Experiência Republicana

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História do Brasil

Regência e Segundo

Reinado

História Avançada 15

Experiência Republicana

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As Regências

Primeiro Reinado

1831Abdicação de D. Pedro

I

Regência Trina

Provisória

Regência Trina

Permanente

1831 1835

Regência Una

Pe. Feijó 1835-1837

Araújo de Lima

1837-1840

Avanço Liberal

O regresso Conservado

r

Segundo Reinado

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Regência (1831-1840)

1) Tendências Políticas: Partido Restaurador (Caramurus) – portugueses, funcionários do Estado português

Progressistas

Partido Brasileiro Liberais Moderados (Chimangos) Regressistas

Liberais Exaltados (Farroupilhas ou Jurujuba)

Conservadores – grupo formado por latifundiários e escravistas, em sua maioria pela elite

nordestina, favoráveis à manutenção da ordem e transitaram em um primeiro momento no

partido restaurador e no partido moderado.

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O Avanço Liberal

Criação da Guarda Nacional

Código de Processo Criminal (1832) - dava ao juiz de paz os direitos de polícia.

Ato Adicional (1834) Criação das Assembleias Provinciais

Suspensão do poder Moderador

Extinção do Conselho de Estado

Estabelecimento da Regência Uma (eleição)

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O Regresso Conservador

1837 – Nomeação de Pedro Araújo de Lima como regente

Lei de Interpretação do Ato Adicional (1840) - Limitação da autonomia

as províncias, Reestabelecimento do Conselho de Estado.

Clube da Maioridade – articulação política do grupo liberal – Golpe da

Maioridade.

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Revoltas do Período Regencial

Nome CABANAGEM MALÊS BALAIADA SABINADA

FARROUPILHA

Região PARÁ BAHIA MARANHÃO BAHIA RIO GRANDE DO SUL

Data 1833-1836 1835 1838-1841 1837-1838 1835-1845

Motivos

Insatisfação das elites em relação a nomeação de um

presidente de província pelo

governo regencial e miséria das camadas

populares.

Insatisfação em relação as

condições de vida, à escravidão e à

proibição do culto islâmico

Insatisfação dos liberais da região

em relação às medidas do

presidente da província.

Insatisfação das camadas populares

em relação às condições sociais.

Insatisfação em relação às

imposições do governo

regencial e em relação ao

recrutamento obrigatório para

a Guerra dos Farrapos

Maior autonomia em relação do poder central, desejo de

política protecionista.

ConsequênciasRepressão do

movimento e perdão político às elites

Prisão e execução dos participantes.

Medo da haitização.

Afastamento das elites, repressão do

movimento.

Proclamação da República Bahiense e

repressão do movimento.

Proclamação da República Rio-

Grandense. Anistia dos participantes, incorporação do

exército farrapo ao nacional, concessão

das medidas protecionistas.

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Segundo

Reinado(1840-1889)

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Estrutura Política A Centralização do poder:

i. Restituição do poder Moderador

ii. Restauração do Conselho de Estado

iii. Modificação do Código de Processo Criminal – restrição do poder do juiz de paz

iv. Modificação da Guarda Nacional – os cargos mais altos passam a ser escolhidos pelo poder

executivo.

v. 1847- Conselho de Ministros – auxiliar o Executivo

Grupos políticos:

i. Partido Conservador – elites do norte, nordeste e burocracia da Corte

ii. Partido Liberal – elites de SP, MG e RS

Quinquênio Liberal

Gabinete da Conciliação (1853-1858)

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Parlamentarismo às Avessas

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Liberais e Conservadores no Segundo Reinado

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Revolução Praieira (1848-1850)

Pernambuco

Movimento de caráter urbano e liberal

Anti-lusitano (reação ao controle do comércio pelos setores portugueses).

Anti-conservador (reação ao monopólio político exercido pelos partidos de base

conservadora).

Ascenção do partido liberal – Partido da Praia

Manifesto do Mundo - voto livre, universal, liberdade de imprensa,

nacionalização do comércio, fim do poder moderador.

Revolta e repressão

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Economia no Segundo Reinado

Produção no Vale do Paraíba – Estrutura de plantation, Escoamento da produção pelo

porto de Santos e Rio de Janeiro.

Produção no Oeste Paulista – expansão a partir de 1850.

Disponibilidade de terras e condições favoráveis (solo de terra roxa); Lógica capitalista

de produção, Escoamento por ferrovias, Mão de obra livre imigrante.

Tarifa Alves Branco (1844): lei de estímulo à industrialização – revisão das tarifas

alfandegárias do período colonial – modificação do valor dos impostos sobre os

produtos importados

A modernização

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Abolição e Lei de Terras

Escravidão – tráfico de escravos:

Século XIX – a Inglaterra e a questão do tráfico de

escravos.

i. Pressão inglesa para o fim do tráfico – 1810,

Tratado de Comércio e Amizade, 1831 na

ratificação da independência do Brasil.

ii. 1845- Bill Alberdeen

Brasil – a questão do abastecimento de mão de obra

i. Em decorrência da pressão inglesa – aumento do

preço dos escravos, diante da possibilidade do fim

do tráfico – aumento do n° de escravos traficados.

ii. 1850- Lei Eusébio de Queiróz

Lei de Terras: a terra como propriedade

privada.

i. Homologação das sesmarias e

legislação sobre as Terras

Devolutas.

ii. Concentração fundiária, grilagem e

outros sistemas de fraude.

iii. Impedir o acesso à terra, incentivar

o trabalho assalariado, medida

conservadora.

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Trabalho Livre e Imigração:i. As medidas para a substituição do trabalho escravo pelo livre se iniciou, tão

logo se iniciaram as medidas para o fim do tráfico (primeiramente

iniciativa privada, posteriormente subvencionada pelo Estado).

ii. Incentivo à imigração, sobretudo de italianos.

iii. Sistema de parceria.

iv. Sistema de colonato – pagamento fixo, possibilidade de comercializar.

v. Discurso eugênico.

Formas de trabalho – colonato e parceria.

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Política Externa

Guerra do Paraguai (1864 – 1870)

i. Disputa de fronteiras entre Paraguai e Brasil.

ii. Disputa entre Paraguai e Argentina – navegação do Rio da Prata.

iii. Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai)

iv. Organização de um exército regular brasileiro (incorporação de escravos ao

Exército – alforria).

v. 1870 – vitória da Aliança, destruição do Paraguai.

vi. Consequências para o Brasil: custo da guerra, formação de um corpo de oficiais

influenciados pelo positivismo e republicanismo.

vii. Guerra do Paraguai e Abolicionismo

viii. Contradições

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Cultura e Cotidiano no Segundo Reinado

O café e a modernização – implementação de reformas

urbanísticas nas principais cidades, ferrovias, bonde elétrico,

eletricidade.

Ideal civilizador – construção de uma imagem do Brasil para o

exterior – políticas de branqueamento e a imigração.

Artes – Romantismo e Academicismo (Pintura – Pedro Américo e

Almeida Júnior) – arte plenamente vinculada aos concepções

europeias de arte.

Era de Ouro da imprensa – advento da imprensa ilustrada.

Charges políticas e crítica ao Segundo Reinado – Angelo Agostini.

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Questõe

s

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1. (Unicamp 2008) Na década de 1840, com a perspectiva do fim do tráfico negreiro, o governo

brasileiro começou a interessar-se por fontes alternativas de mão de obra, encorajando a imigração

de "trabalhadores pobres, moços e robustos" e tentando fixá-los nas fazendas de café. Se os

imigrantes tivessem de comprar terras e os preços fossem mantidos em alta, eles seriam obrigados

a trabalhar alguns anos antes de poderem comprar seu próprio lote. A Lei de Terras foi aprovada

em 18 de setembro de 1850, duas semanas após a aprovação da lei contra o tráfico de escravos.

(Adaptado de Leslie Bethell e José Murilo de Carvalho, "O Brasil da Independência a meados do século XIX". In: Leslie Bethell (org.), "História da

América Latina: da Independência a 1870", vol. III. São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 2001, p. 753-54, 766.)

 

a) Como se dava o acesso à terra antes e depois da promulgação da Lei de Terras de 1850?

b) De que maneira a Lei de Terras de 1850 buscou promover o trabalho livre?

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A) Antes da promulgação da Lei de Terras o acesso à terra no Brasil se dava pela distribuição de lotes

realizada pela Coroa em forma de capitanias hereditárias. Estas por sua vez, sendo posse de um capitão

donatário, conforme previa a Carta de Doação e Foral, poderiam ser divididas em unidades menores,

chamadas sesmarias. Ao sesmeiro ficava a responsabilidade de tornar a terra produtiva.

Herança, Ocupação Informal.

Após a Lei de Terras o acesso à terra só poderia ser feito mediante a compra da mesma, ou por usucapião,

princípio jurídico que garantia a posse a quem comprovasse a ocupação da terra. Com a Lei de Terras, as

terras não produtivas do antigo sistema de sesmarias foram devolvidas ao domínio da Coroa, assim chamadas

terra devolutas.

B) Por condicionar o acesso à terra a compra, a Lei de Terras limitou o acesso à propriedade. Aprovada logo

após a proibição do tráfico de escravos, a Lei de Terras pode ser entendida como uma maneira de contornar o

eminente problema de mão de obra que se evidenciava, incentivando assim tanto homens livres, como

imigrantes à recorrerem ao trabalho assalariado nas lavouras de café. Ademais, conforme observa Carvalho,

utilizava-se de artimanhas como a elevação do preço dos lotes de terra, como ferramenta que manteria os

imigrantes vinculados por mais tempo ao trabalho assalariado.

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2. (Unicamp 2008) São Paulo, quem te viu e quem te vê! Tinhas então as tuas ruas sem

calçamento, iluminadas pela luz baça e amortecida de uns lampiões de azeite; tuas casas, quase

todas térreas, tinham nas janelas umas rótulas através das quais conversavam os estudantes com as

namoradas; os carros de bois guinchavam pelas ruas carregando enormes cargas e guiados por

míseros cativos. Eras então uma cidade puramente paulista, hoje és uma cidade italiana!! Estás

completamente transformada, com proporções agigantadas, possuindo opulentos e lindíssimos

prédios, praças vastas e arborizadas, ruas todas calçadas, cortadas por diversas linhas de "bond",

centenas de casas de negócios e a locomotiva soltando seus sibilos progressistas.

(Adaptado de Alfredo Moreira Pinto, "A cidade de São Paulo em 1900". São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, 1979, p. 8-10.)

 

a) Cite duas transformações mencionadas no texto que marcam a oposição entre atraso e

progresso.

b) De que formas a economia cafeeira contribuiu para as transformações observadas pelo autor?

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3. (Fuvest 2011) Observe os dois quadros a seguir

.

Essas duas pinturas se referem à chamada Guerra da Tríplice Aliança (ou Guerra do Paraguai), ocorrida na

América do Sul entre 1864 e 1870.

a) Esses quadros foram pintados cerca de dez anos depois de terminada a Guerra do Paraguai, o da esquerda,

por um brasileiro, o da direita, por um uruguaio. Analise como cada um desses quadros procura construir

uma determinada visão do conflito.

b) A Guerra do Paraguai foi antecedida por vários conflitos na região do Rio da Prata, que coincidiram e se

relacionaram com o processo de construção dos Estados nacionais na região. Indique um desses conflitos,

relacionando-o com tal processo.

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