História Do Rio Grande Do Norte n

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  • 7/23/2019 Histria Do Rio Grande Do Norte n

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    Histria do Rio Grande do Norte n@ Web

    A antiguidade do homem no Rio Grande do Norte

    Helder Alexandre Medeiros de Macedo1

    Entre o fim do Pleistoceno e o incio do Holoceno as reas que hojeconstituem o Nordeste brasileiro comearam a ser ocupadas porrupos de caadores que se estabeleceram pr!ximos aos rios e fontesd"ua# adaptando$se# assim# %s rduas condi&es dos sert&es' (alocupa)o * pro+eniente da dispers)o populacional americana +indado ,elho Mundo e que ainda hoje - cheia de pol.micas econtro+-rsias /cf' ME00 E A0,2M# 1334$13356 MA7(2N# 13389 * j seha+ia consolidado h anteriores 1: mil.nios antes do presente noPiau e na ;ahia# enquanto que para o 7io milanos antes do presente' Por essa mesma -poca coabita+am com osrupos humanos esp-cimes hoje extintas de meafauna como tiresdentes$de$sabre# mastodontes# paleolamas# preuias e tatusiantes# os quais eram abatidos# pro+a+elmente# por meio dearmadilhas ou de emboscadas /MA7(2N# 1333# p' :?$:59'

    Para anos9 e Pedra do Alexandre# em BarnaCba dosDantas /3'?>> anos9# portadores# tamb-m# de pinturas rupestres' senterramentos humanos do tio do Alexandre merecem um destaqueespecial tanto pela quantidade de esqueletos exumados at- 1335/cerca de +inte e oito9 como pela presena de um pequeno mobiliriofCnebre e material ltico associado aos restos !sseos6 reistre$se#

    ainda# outras data&es de # 5# 4# ? e : mil anos antes do presentepro+enientes do mesmo stio# al-m da importFncia que os rituaisfunerrios t.m# hoje# para dar aos arque!loos elementos para sereconstituir o modo de +ida das sociedades primiti+as /MA7(2N# 1333'1334$13359'

    s reistros rupestres * pinturas e ra+uras * s)o# tamb-m# um forteindicati+o da presena humana no 7io

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    todo um universo simblico primitivo que pode ter sido transmitidodurante milnios sem que necessariamente as pinturas de umatradio pertenam aos mesmos grupos !tnicos al!m do que

    poderiam estar separados por cronologias muito distantes"/MA7(2N#

    1338# p' :?>9' No Nordeste brasileiro * e tamb-m no territ!rio potiuar* existem# pelo menos# tr.s randes tradi#es$ Nordeste# Areste e2taquatiara'

    Definida a partir das pesquisas de NiGde mil anos

    * conforme as data&es dos enterramentos presentes em stios com

    pinturas desse horiIonte cultural $# aparecendo uma rande profus)ode piroas /embarca&es toscas9# objetos e ornamentos corporais e

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    representa)o de plantas# dando id-ia de paisaem' )o constantestemas como a caa# en+ol+endo animais como +eados# emas#tucanos# onas# araras e capi+aras6 o sexo rupal e a masturba)o6dana ritual em torno de r+ore e o lCdico# na forma de @'ogos' A

    sociedade da ubtradi)o erid! era estritamente hierrquica# comodemonstram as inCmeras representa&es de antropomorfos comcocares sobre a cabea# identificadores de sua alta posi)o social/MABED# 1339'

    A %radio (greste apresenta pinturas de t-cnica rfica inferior %(radi)o Nordeste# inferioridade tamb-m +erificada no tocante aostemas' As suas caractersticas s)o a rande ocorr.ncia de rafismospuros e canhestros# em eral# de tamanho rande# sem qualquer traoidentificados e a n)o forma)o de cenas * e quando estas se formam

    apresentam poucos antropomorfos e Ioomorfos' m dos rafismos@emblem&ticosJ da tradi)o - um antropomorfo# de rande tamanho#eralmente esttico# isolado e de forma rotesca# dando um aspectotot.mico % representa)o humana6 outro emblemtico - a fiura de umpssaro# de lonas penas e asas abertas# com tend.ncia aoantropoIoomorfismo /homem$pssaro9' Marcas de m)os e p-s empositi+o s)o bastante comuns# especialmente# na parte superior dossuportes onde foram pintadas# assim como linhas# rades# espirais eoutros sinais sem identifica)o imediata' Enquanto os po+os da(radi)o Nordeste tinham um contexto eorfico rico# pintando osabrios sob rocha nas encostas das serras# nos +ales das quaiscorriam rios caudalosos os caadores da (radi)o Areste +i+iam umambiente bem mais modesto# ocupando p-s$de$serra# +rIeas ebrejos# sempre pr!ximos a fontes d"ua e caldeir&es# onde seacumula+a a ua das chu+as nos perodos de estiaem' A cronoloiapara essa tradi)o - de cerca de cinco mil anos antes do presentepara o Piau e dois mil anos antes do presente para Pernambuco' mexemplo tpico de stio dessa tradi)o - o 0aj.do da oledade# em

    Apodi'

    A %radio )taquatiara* ou das )taquatiaras* aparece em blocos ourochas ao lado dos cursos d"ua e %s +eIes# em contato com esta#compreendendo ra+uras executadas sobre a rocha' Nela aparecemcomumente rafismos puros e sinais como triditos# crculos# linhas equadrados' K a tradi)o a que mais se tem prestado interpreta&esfantsticas e fantasiosas' Bonhecemos poucos dados a respeito dosrupos humanos que as fiIeram# de+ido a sua n)o associa)o com acultura material desses po+os# face esses reistros estarem quasesempre em contato com a ua' Exce)o - o caso do 0etreiro do

    obrado# em Pernambuco# de onde saram data&es de mil eduIentos a seis mil anos antes do presente para framentos de rochas

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    ra+adas relacionadas com indCstrias lticas e foueiras' Acredita$seque as itaquatiaras brasileiras estejam relacionadas ao culto dasuas# de+ido % sua localiIa)o em cursos d"ua ou caldeir&es ondea ua que cai no in+erno fica retida' Pro+a+elmente# s)o tamb-m

    relaciondas com cultos cosmo=nicos das foras naturais e celestes#de+ido % exist.ncia de poss+eis representa&es de astros ou linhasonduladas que imitam o mo+imento das uas' Disseminadas em todoo ;rasil as itaquatiaras t.m o seu expoente mximo na Pedra do 2n#na Paraba' No 7io

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    Pernambuco' 7ecifeQ XPE# 1334$1335' p' ?Z$8> /-rieArqueol!ica# +' 1# n' 119'

    YYYYYY' s rituais funerrios na Pr-$hist!ria do Nordeste' -0)*'7ecifeQ Ed' ni+ersitria# 133?' p' :3$?5 /-rie Arqueol!ica#+'1# ano 1># n' 1>9'

    YYYYYY' /r!+histria do Nordeste do 1rasil" :'ed' atual' 7ecifeQEd' ni+ersitria da XPE# 1338'

    MABED# Helder Alexandre Medeiros de' 23pedi#es(rqueolgicas$ relat!rio das prospec&es arqueol!icasrealiIadas em BarnaCba dos Dantas$7N /1335$13389' BarnaCbados DantasQ 133 /mimeo9'

    ME00 E A0,2M# Marlia Bar+alho de' Po+oamento da Am-ricaindena6 quest&es contro+ersas' -0)** 7e+ista do Proramade P!s$