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Realizada entre os dias 05 e 09 de outubro a VII SEMANA DE HISTÓRIA, foi um evento organizado pelos aca- dêmicos do Curso de História sob a orientação dos professores do Curso O evento contou com a participação de acadêmicos de Letras, Pedagogia e Educação Física, onde puderam conhecer novos campos de pesquisa e novas maneiras de compreender as questões ligadas a historia. Com uma temática bem específica, (História e Sociedade: Política Estéti- História e Sociedade: Política Estéti- História e Sociedade: Política Estéti- História e Sociedade: Política Estéti- ca e Memória) ca e Memória) ca e Memória) ca e Memória) as discussões ficaram por conta de personalida- des das áreas de humanas. O prof. Dr. Jose Antonio (UEMS) buscou realizar uma analise da construção historiográfica acer- ca da formação do estado de Mato Grosso do Sul. O prof. Ms. Rodrigo Fazio (FAVA) apresentou seu projeto de mestrado, defendido no ano de 2002, na Universidade Federal de Uber- lândia, com a temática Cinema e História. O prof. Mário de Sá (UFGD) soube encerrar a programação da semana de uma forma bem instigante e diversificada, com relação ao tema religiões e história regional, sendo que sua maneira descontra- ída agradou os participantes. A semana contou ainda com 3 mini-cursos, História e Cine- História e Cine- História e Cine- História e Cine- ma: Alguns Apontamentos ma: Alguns Apontamentos ma: Alguns Apontamentos ma: Alguns Apontamentos, proposto pelo Prof. Ms. Gilson Vedoin; História e Juventude História e Juventude História e Juventude História e Juventude, proposto pelo prof. Ms. Leonar- do Brando, e Educar para diversidade Cultural Educar para diversidade Cultural Educar para diversidade Cultural Educar para diversidade Cultural, proposto pela profª. Ms. Maria Ivone da Silva. Os três mini-cursos abordaram os temas de forma teórico-metodologicamente, apresentando as especificidade de cada pesquisador. E por fim, a exibição e discussão do Filme “Quanto Vale ou Quanto Vale ou Quanto Vale ou Quanto Vale ou é por quilo?” é por quilo?” é por quilo?” é por quilo?” proposta pelo Prof. Ms. Jacques Elias de Carva- lho, mostrou que os acadêmicos Marcos Henrique da Silva, Mayra Cristina Amaral Machado e Gilberto Abreu de Oliveira, souberam representar bem o curso de História, na Mesa re- Mesa re- Mesa re- Mesa re- donda: Provocações donda: Provocações donda: Provocações donda: Provocações – Cinema e História. Cinema e História. Cinema e História. Cinema e História. Por fim, a comissão organizadora de publico agradece a colaboração de todos os monitores e monitoras do Curso de História. O engajamento dos alunos é um dos critérios funda- mentais no Curso de História, mostrando assim que a união faz a força, e lembrando um filme muito discutido, “missão dada, é missão cumprida” Parabéns ao Curso de História por mais uma semana de Sucesso! Confira a galeria de fotos no site da instituição Ano I, Edições Ano I, Edições Ano I, Edições Ano I, Edições 002/003 002/003 002/003 002/003 Maio a Dezembro Maio a Dezembro Maio a Dezembro Maio a Dezembro 2009 2009 2009 2009 EDITORIAL É com grande satisfação que apresentamos mais uma edição do História em História em História em História em Debate Debate Debate Debate,... Página 2 J ORNAL ORNAL ORNAL ORNAL ORNAL ORNAL ORNAL ORNAL DO DO DO DO DO DO DO DO C URSO URSO URSO URSO URSO URSO URSO URSO DE DE DE DE DE DE DE DE H ISTÓRIA ISTÓRIA ISTÓRIA ISTÓRIA ISTÓRIA ISTÓRIA ISTÓRIA ISTÓRIA ENTREVISTA A Equipe do História em Debate, apresenta a você leitor uma entrevista com a professora Elza Cordoni, que comenta um pouco sobre os alunos de História, Confira! Pagina 6 NESTA ESTA ESTA ESTA EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO: PALAVRA DA DIREÇÃO 2 SANDRA 3 ACADEMICOS EM AÇÃO 4 GALERIA DE FOTOS 5 HISTÓRIA DO ESPORTE 7 ENTRE REFORMAS E CONFRONTOS 8 I AULA INAUGURAL DO CURSO DE HISTÓRIA PAGINA 5 VII SEMANA DE HISTÓRIA VII SEMANA DE HISTÓRIA VII SEMANA DE HISTÓRIA VII SEMANA DE HISTÓRIA VII SEMANA DE HISTÓRIA VII SEMANA DE HISTÓRIA VII SEMANA DE HISTÓRIA VII SEMANA DE HISTÓRIA “H “H “H “H ISTÓRIA ISTÓRIA ISTÓRIA ISTÓRIA E S OCIEDADE OCIEDADE OCIEDADE OCIEDADE : P : P : P : P OLÍTICA OLÍTICA OLÍTICA OLÍTICA , E , E , E , E STÉTICA STÉTICA STÉTICA STÉTICA E M EMÓRIA EMÓRIA EMÓRIA EMÓRIA ACADEMICOS EM AÇÃO Arraiá das FIC FAVA Alunos de História fa- zem visita em Sítio ar- queológico em Serranó- polis –GO Confira as fotos do evento na galeria do site das FIC/FAVA Pagina. 04

História em Debate - 2ª e 3ª Edição

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Jornal On line do Curso de História das FIC/FAVA

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Page 1: História em Debate - 2ª e 3ª Edição

Realizada entre os dias 05 e 09 de outubro a VII SEMANA DE HISTÓRIA, foi um evento organizado pelos aca-dêmicos do Curso de História sob a orientação dos professores do Curso

O evento contou com a participação de acadêmicos de Letras, Pedagogia e Educação Física, onde puderam conhecer novos campos de pesquisa e novas maneiras de compreender as questões ligadas a historia.

Com uma temática bem específica, (História e Sociedade: Política Estéti-História e Sociedade: Política Estéti-História e Sociedade: Política Estéti-História e Sociedade: Política Estéti-

ca e Memória)ca e Memória)ca e Memória)ca e Memória) as discussões ficaram por conta de personalida-des das áreas de humanas. O prof. Dr. Jose Antonio (UEMS) buscou realizar uma analise da construção historiográfica acer-ca da formação do estado de Mato Grosso do Sul. O prof. Ms. Rodrigo Fazio (FAVA) apresentou seu projeto de mestrado, defendido no ano de 2002, na Universidade Federal de Uber-lândia, com a temática Cinema e História. O prof. Mário de Sá (UFGD) soube encerrar a programação da semana de uma forma bem instigante e diversificada, com relação ao tema religiões e história regional, sendo que sua maneira descontra-ída agradou os participantes.

A semana contou ainda com 3 mini-cursos, História e Cine-História e Cine-História e Cine-História e Cine-ma: Alguns Apontamentosma: Alguns Apontamentosma: Alguns Apontamentosma: Alguns Apontamentos, proposto pelo Prof. Ms. Gilson Vedoin; História e JuventudeHistória e JuventudeHistória e JuventudeHistória e Juventude, proposto pelo prof. Ms. Leonar-do Brando, e Educar para diversidade CulturalEducar para diversidade CulturalEducar para diversidade CulturalEducar para diversidade Cultural, proposto pela profª. Ms. Maria Ivone da Silva. Os três mini-cursos abordaram os temas de forma teórico-metodologicamente, apresentando as especificidade de cada pesquisador.

E por fim, a exibição e discussão do Filme “Quanto Vale ou Quanto Vale ou Quanto Vale ou Quanto Vale ou é por quilo?”é por quilo?”é por quilo?”é por quilo?” proposta pelo Prof. Ms. Jacques Elias de Carva-lho, mostrou que os acadêmicos Marcos Henrique da Silva, Mayra Cristina Amaral Machado e Gilberto Abreu de Oliveira, souberam representar bem o curso de História, na Mesa re-Mesa re-Mesa re-Mesa re-donda: Provocações donda: Provocações donda: Provocações donda: Provocações –––– Cinema e História.Cinema e História.Cinema e História.Cinema e História.

Por fim, a comissão organizadora de publico agradece a colaboração de todos os monitores e monitoras do Curso de História. O engajamento dos alunos é um dos critérios funda-mentais no Curso de História, mostrando assim que a união faz a força, e lembrando um filme muito discutido, “missão dada, é missão cumprida”

Parabéns ao Curso de História por mais uma semana de Sucesso!

Confira a galeria de fotos no site da instituição

Ano I, Edições Ano I, Edições Ano I, Edições Ano I, Edições 002/003002/003002/003002/003

Maio a Dezembro Maio a Dezembro Maio a Dezembro Maio a Dezembro 2009200920092009

EDITORIAL É com grande satisfação

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ENTREVISTA A Equipe do História em Debate, apresenta a você leitor uma entrevista com a professora Elza Cordoni, que comenta um pouco sobre os alunos de História, Confira!

Pagina 6

NNNNESTAESTAESTAESTA EDIÇÃOEDIÇÃOEDIÇÃOEDIÇÃO:::: PALAVRA DA DIREÇÃO 2

SANDRA 3

ACADEMICOS EM AÇÃO 4

GALERIA DE FOTOS 5

HISTÓRIA DO ESPORTE 7

ENTRE REFORMAS E CONFRONTOS 8

I AULA INAUGURAL DO CURSO DE HISTÓRIA

PAGINA 5

VII SEMANA DE HISTÓRIAVI I SEMANA DE HISTÓRIAVI I SEMANA DE HISTÓRIAVI I SEMANA DE HISTÓRIAVI I SEMANA DE HISTÓRIAVI I SEMANA DE HISTÓRIAVI I SEMANA DE HISTÓRIAVI I SEMANA DE HISTÓRIA

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ACADEMICOS EM AÇÃO

Arraiá das FIC FAVA

Alunos de História fa-zem visita em Sítio ar-queológico em Serranó-polis –GO

Confira as fotos do evento na galeria do site das FIC/FAVA

Pagina. 04

Page 2: História em Debate - 2ª e 3ª Edição

É com grande satisfação que apresentamos mais uma edição do História em Debate, jornal dedicado à divulga-ção de trabalhos acadêmicos, e produções dos alunos.

No 1º Bimestre de 2009, tivemos a oportunidade de cobrir as atividades de boas vindas aos calouros, estes que, desde então se mostram empolgados com o curso e dispostos a con-tribuir com nosso projeto. Ainda na 1ª edição, publicamos trabalhos que apresentavam algumas linhas de pesquisa apre-sentando ainda qual o objetivo deste veículo, proporcionando assim uma rica experiência entre os alunos.

Para essa publicação optamos por uma única edição do 2º semestre de 2009, facilitando assim nossos trabalhos. Nestes bimestres, vimos uma maior interação entre os alunos, com eventos, viagens e palestras. E o História em Debate, espera cumprir com os objetivos traçados pela equipe e especificados na edição de lançamento, buscando focar as notícias e ainda possibilitar ao acadêmico o fomento à pesquisa e a produção do conhecimento.

Neste momento apresentamos ao leitor, uma discussão abrangente com relação aos procedimentos históricos, sendo uma edição recheada de interdisciplinaridade. Pesquisas como História do Esporte, Preconceito Racial, Documentos em História , entre fotos e noticias, contribuem para um debate historiográfico de fundamental importância onde se percebe que o trabalho de historiador esta cada vez mais fragmentado pelas ações do tempo

A partir disso, o História em Debate já provou a que veio. Lembrando o prof. Jacques, onde ao apresentar a edição ante-rior, destacou que, um de nossos objetivos é de “ser um veícu-lo de crítica e análise da sociedade. Tarefa primordial do historiador.”

Sendo assim, reiteramos nosso convite àqueles que gos-tam de História, pra que visitem nosso canal de vídeos no Youtube, onde publicamos filmagem elaboradas pelos acadê-micos, tendo objetivo de discutir temas de História. A união faz a força! Eis um ditado que resume bem nossos esforços.

Aqui ficam nossos mais sinceros agradecimentos a todos que direta ou indiretamente contribuem ou contribuíram para a realização destes projetos. A primeira etapa foi cumprida. Eis agora o momento de preparação e reflexão de nossas a-ções enquanto acadêmicos: o que desejamos de novo nesse caminho daqui pra frente? Qual profissional pretendo ser? Qual minha importância como futuro formador de opinião? Pensemos em tais questões para percebermos quão importante é uma formação intelectual e crítica na área das humanidades.

Abraços, boa leitura, e ate a próxima edição.

Gilberto Abreu de Oliveira

Graduando em História pela FAVA

DIREÇÃO INSTITUCIONAL

Diretora Presidente: Dinorá Ferreira de Oliveira Fazio

Diretor Administrativo: Luiz Augusto Fazio

Diretor Acadêmico: Rodrigo Fazio

Diretor Acadêmico Adjunto: Niwton Drey D. dos Santos

Conselho EditorialConselho EditorialConselho EditorialConselho Editorial

Coordenação do Curso: Profª. Ms. Sandra Rodart Araújo

Proponentes do Projeto:

JORNAL: Profª. Ms. Aleciana Vasconcelos Ortega e Gilberto Abreu de Oliveira

VÍDEOS: Mayra Cristina Amaral Machado

Revisão: Prof. Ms. Jacques Elias de Carvalho

Diagramação: Gilberto Abreu de Oliveira

Agradecimentos:

A Direção, Professores e alunos que se esforçaram para a realização deste Informativo Universitário

É com imensa alegria que recebemos a 2ª edição do jornal História em DebateHistória em DebateHistória em DebateHistória em Debate, fato este que nos deixa orgulhosos pela iniciativa e a dedicação de seus idealizadores.

Apesar de sua curta existência, este jornal já se transfor-mou no principal meio de comunicação dos alunos do curso de História, onde a família acadêmica pode mostrar as van-tagens e a paixão que o curso desperta em seus futuros his-toriadores, assim como expor opiniões e projetos desenvolvi-dos dentro e fora da faculdade.

A História é de extrema importância em nossas vidas, pois através dela podemos traçar nossas ações no presente, bem como no futuro.

Na verdade, todos nós vivenciamos a história a partir do momento em que fazemos parte deste mundo. Sempre estare-mos participando da história, seja em nossas famílias, empresa ou cidade em que vivemos. Algumas pessoas se destacam em um momento histórico quando de atitudes e ações realizadas no dia - a – dia.

E é ai que entra a função do historiador. Ele estuda os fa-tos, os costumes e a vida destas pessoas para depois retratar de forma clara e objetiva para que todos consigam entender os princípios e os porquês destes fatos terem acontecido.

Esperamos que todos tirem proveito desta ferramenta e que ela se torne útil para o aprimoramento de nossos conheci-mentos, não só dentro da história, mas de uma forma general-ista e com um bom desenvolvimento da leitura.

Rodrigo Fazio

Mestre em História pela UFU

Diretor Acadêmico das FIC/FAVA

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Jornal On-line do Curso de História da FAVA

Av. Presidente Dutra, 1500 — Setor Universitário Cassilândia MS

Tel. 3596-5538. site: : www.ficms.com.br/web/

Os artigos aqui publicados são de responsabilidade de seus respectivos autores

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“A historiografia é sim produto de um trabalho, de um trabalho de atribuição de sentido aos eventos, aos acontecimentos do passado”

Durval Muniz de A. Junior, O Tecelao dos Tempos

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“A História não é simplismente o conhecimento do passado, mas a relação deste passado com o nosso tempo”

Marc Ferro, O conhecimento histórico

Você Sabia que... Você Sabia que... Você Sabia que... Você Sabia que...

É possível encontrar textos de História no site: www.scielo.br. A Revista Brasileira de História publicação da Anpuh também pode ser encontra-da nesse endereço. Acesse e confira!

Page 4: História em Debate - 2ª e 3ª Edição

FESTA JUNINA DAS

FIC/FAVA

Realizou se no dia 24 de junho de 2009 o Arraiá das FIC FAVA, que contou com a participação dos acadêmicos dos cursos de Educação Física, História e Pedagogia.

Foram apresentadas a tradicional dança caipira, e ainda uma dança country preparada pelos acadêmicos de Educação Físi-ca.

Foi servido no local cachorro quente, quentão, caldo de carne, vinho quente e pipoca. Os acadêmicos se divertiram muito no evento, tanto que quem quisesse poderia ir caracterizado, mes-mo que não fosse dançar.

Assim, percebemos que essa integração dos universitários com a instituição é de grande valia, num momento tão especial que é a graduação para qualquer pessoa.

Ao final das apresentações, os alunos puderam se divertir com um som de musicas no estilo caipira, ocorrendo um baile para quem tivesse interesse e disposição em dançar.

O História em Debate esteve presente no evento registran-do com fotos e alguns vídeos do evento. Sendo considerado por vários alunos como algo de grande importância na intera-ção entre alunos de outros cursos e funcionários da insti-tuição.

VISITANDO A POUSADA DAS ARARAS

Depois de meses de preparo, os acadêmicos do curso de História juntamente com o Prof. Ms. Jac-ques Elias de Carvalho realizaram, no dia 21 de junho de 2009, uma visita técnica na Pousada das Araras, localizada na Cidade de

Serranopolis GO.

Neste passeio, foi possível perceber quão importante é a conservação de patrimônio histórico-cultural e sua importância nas pesquisas em História. A visita já era esperada pelos alunos do curso desde o inicio do ano. Participaram desta viagem, os acadê-micos: Bruna, Daniel, Fagner, Gilberto, Leidiane, Marcelo, Maria Divina, Marly, Mayra, Messias Junior, Paulo César, Sandra,

Logo após o café da manha, foi realizada uma breve pales-tra com o guia da pousada, especificando os detalhes do passeio. Sendo possível perceber ainda a motivação dos alunos, para reali-zação da trilha que leva os visitantes até as Artes Rupestres.

Ao chegar no local, os acadêmicos e o guia puderam deba-ter idéias acerca das imagens e do processo de estruturação do local pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico artístico Nacional), este que é o órgão responsável pela preservação de sítios arqueológicos e do patrimônio cultural do Pais

No final da tarde, depois de um dia de muita cultura e di-versão, os participantes retornaram a Cassilândia, cansados, porém com a consciência de que esse contato com um mundo diferente, foi de fundamental importância pra fomentar a curiosidade e a analise crítica dos alunos.

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Confira mais fotos na galeria do site das FIC/FAVA

Grande intelectual, Walter Benjamin se destacou por ser um filósofo com critici-dade apurada e com uma visão de mundo diferente, revolucionando o modo de compreensão do tempo histórico. Em Teses sobre o conceito de História, ele dá lições de como se compreender o processo histórico. Confira:

“Minhas asas estão prontas para o vôo, Se pudesse, eu retrocederia Pois eu seria menos feliz

Se permanecesse mais tempo vivo.” (Gerhard Scholem, Saudação do anjo)

Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da his-tória deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acor-dar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amon-toado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.

H I STORIOGRAFIA

DICAS DE LEITURA: MTPH: RÜSEN, J. História Viva: teoria da história . Brasília: Ed. UNB, 2007.

História do Brasil : FREIRA, G. Casa Grande & Senzala . São Paulo: Cia das Letras, 2005.

História Moderna: MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martin Claret, 2004.

Didática: FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História . Campinas, SP: Papirus, 2003

Page 5: História em Debate - 2ª e 3ª Edição

“Não compete ao poeta narrar exatamente o que aconteceu; mas sim o que poderia ter acontecido, o possível”

Aristóteles, Arte Poética

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CONFIRA O QUE É DESTAQUE NO CURSO DE HISTÓRIA DA FAVA

Aula Inaugural 2009Aula Inaugural 2009Aula Inaugural 2009Aula Inaugural 2009

Passeio na Pousada das ArarasPasseio na Pousada das ArarasPasseio na Pousada das ArarasPasseio na Pousada das Araras

Arraia FIC/FAVAArraia FIC/FAVAArraia FIC/FAVAArraia FIC/FAVA

Realizou-se no dia 17 de Abril, nas dependências da Escola Estadual Hermelina Barbosa Leal, a 1ª Aula Inaugural promovida pelos cursos de Administração (FIC), Ciências Contábeis e História (FAVA), tendo como proponente o Prof. Ms. Leonardo Brandão, que estruturou sua aula, de uma for-ma bastante reflexiva, trabalhando com questões sobre a sociedade do consumo.

Utilizando imagens do consumo ao longo da História, sendo possível perceber como nosso sociedade incorporou o consumo em seu cotidiano, o tema de sua aula foi: “Compro, logo existo: Imagens do consumo na História”

Em conversa com a Equipe História em Debate foi possível perceber a relevância do evento para o meio acadêmico. De a-cordo com o professor: “(...) Esse evento contribui no sentido de

excitar a reflexão, um momento que a gente pode reunir um

monte de gente em volta de um tema pra pensar (...) e quem sa-

be levar isso pra uma monografia”

Confira mais fotos na galeria do site das FIC/FAVA

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HHHH I STÓRIAISTÓRIAISTÓRIAISTÓRIA EMEMEMEM DEBATEDEBATEDEBATEDEBATE : E: E: E: ENTREVISTANTREVISTANTREVISTANTREVISTA Para estrear esse espaço em nosso jornal, convidamos a professora Elza Assis Cordoni, Coordenado-

ra de Estágios do Curso de História. Em conversa com nossa equipe, ela falou um pouco sobre a turma do 1º Semestre do Curso e relembrou juntamente com a acadêmica Mayra os bons momentos do curso de História. Confira.

Mayra: Como é a sala do 1º ano?

Profª. Elza: Olha a sala do 1º ano é uma turma muito dinâmica, envolvida e freqüente, uma sala que esta sempre cheia. Uma turma dez!

Mayra: Pelo que você pode ver, eles estão conseguindo assimilar bem as matérias?

Profª. Elza: Bem, esse é meu primeiro contato com eles, mas eu dei uma prova bastante reflexiva, é um material de pesquisa, houve um envolvimento do grupo todo (a prova foi em dupla), e as produções foram muito ricas eu acompanhei dupla por dupla, muito ricas as produções.

Mayra: Sabe o que eu me lembro? Da nosso primeira prova. Que foi sobre as múltiplas inteligên-cias, foi muito interessante, a gente a partir da apostila, pensamos assim, “ - vamos so estudar, ela vai perguntar o que é inteligência múltipla”, chegou aqui nos iremos avaliar o aluno, vocês vão produzir uma prova pra avaliar essas inteligências, então foi muito interessante.

Profª. Elza: É. E a prova de hoje, eles conseguiram se envolver muito bem, porque é um conteúdo gostoso, projetos, e a gente abordou todos os tipos de projetos, tanto projetos didáticos, como projetos de pesquisa e projeto sociais, mas eles conseguiram um envolvimento muito grande (...) eu acho assim, eles já estão com perfil de acadêmicos

Mayra: Tem alguma frase uma palavra que simplifique o que é esse primeiro ano?

Profª. Elza: Força e coragem!

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PROJETO “MEMORIA & HISTÓRIA”

Você que possui alguma foto ou documento histórico sobre Cassilândia ou região traga o até a Faculdade Vale do Aporé para que possamos digitalizá-los, contribuindo assim com a preservação da memória local.

EEEE STUDOSSTUDOSSTUDOSSTUDOS DEDEDEDE HHHH I STÓRIAISTÓRIAISTÓRIAISTÓRIA EEEE HHHH I STORIOGRAF IAISTORIOGRAF IAISTORIOGRAF IAISTORIOGRAF IA gos ou presentes”.

Ciente da heterogeneidade de experiências do homem em seu tempo e espaço, a Pós-Graduação em Estudos de História e Historiografia busca a possibilidade de democratizar a história, oferecendo aos alunos um conteúdo programático bem abrangente e professores comprometidos com o fazer e com a disseminação do conhecimento histórico. Reconhecendo, portanto, os desafios que se colocam ao pesquisador da atualidade.

Consciente que a história não tem alternativa senão seguir a tendência de especialização, e sabendo que o conhecimento de toda a realidade é impossível, ainda que com muito esforço, aí se encontra a função desta pós em História para quem verdadeiramente queira buscar o máximo de imparcialidade com o passado. A perspectiva do historiador muitas vezes está contaminada com a subjectividade e com a ideologia, mas ele deve optar, necessariamente, por um ponto de vista teórico. Com o ponto de vista determina-se a selecção da parte da realidade histórica que se toma como objecto, e que, sem dúvida, dará tanto a informação sobre o objecto estudado como sobre as motivações de um historiador que o estuda. Essa visão preferencial pode ser despertada durante o percurso da pós, onde diversos “pontos de vista” são espoxtos pela pluralidade teórica dos docentes.

Desta forma, a Pós contribui para sabermos diferenciar as metodologias da historiografia comtemporânea, analisando a estrutura, as “leis” e condições da “realidade” histórica e da arte de escrevê-la.

Prof. Esp. Maxsuel Andrade SoaresProf. Esp. Maxsuel Andrade SoaresProf. Esp. Maxsuel Andrade SoaresProf. Esp. Maxsuel Andrade Soares

Graduado em História pela FAVAGraduado em História pela FAVAGraduado em História pela FAVAGraduado em História pela FAVA

O Programa de Pós-Graduação em Estudos de Histó-ria e Historiografia da FAVA Cassilândia MS, abriga e esti-mula uma pluralidade de tendências historiográficas e uma diversidade de abordagens presentes no trabalho e na perspecti-va de seu corpo docente. As reflexões sobre diferentes experi-ências historiográficas abrangem vários campos da investiga-ção da história com ênfase nas questões teóricas e metodológi-cas.

Esta especialização contribui para mostrar-nos alter-nativas teóricas que problematizam lutas, disputas e contradi-ções existentes em diferentes vivências, nos espaços, tempora-lidades e experiências e em inúmeras representações sociais. Nessa perspectiva, a especialização se preocupa em estimular pesquisas sobre diferentes historiografias, e buscando escapar tanto das generalizações quanto das armadilhas da fragmenta-ção, através de uma vasta referência bibliográfica selecionada, discutida, e refletida para a contribuição dos trabalhos de pes-quisa dos alunos.

O professor Ms. Leonardo Brandão realizou a aula introdutória “A História da História: Questões Contemporâ-neas”, onde com a perspectiva da História do Tempo Presente, fez uma quebra de paradigmas. Pois para muitos tradicionais, a história se define pela distância temporal entre o historiador e seu objeto de estudo. Para estes críticos os “presenteístas” não conseguiriam analisar seriamente uma história do seu tempo. Mas Brandão afirma que “todo e qualquer historiador está inti-mamente presente na história que compõe”. Apoiando sua fala, CHAUVEAU(p.33) vem asseverar que “a relação com a histó-ria pode ser igualmente passional tratando-se de períodos anti-

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Em termos estatísticos, a quantida-de de praticantes de atividades físicas de caráter esportivo vem aumentando consi-deravelmente nas últimas décadas. Segun-do a pesquisadora Sophie Body-Gendrot, entre 1960 e 1980, o número de america-nos que praticam um esporte passou de 50 para 100 milhões. Em função desse fenô-meno universalmente crescente e econo-micamente em expansão, muitos historia-dores passaram a estudar com maior inten-sidade as manifestações esportivas a partir das contribuições teóricas de alguns pensa-dores, em especial as de Pierre Bourdieu, Michel Foucault, Mikhail Bakhtin e Norbert Elias. Como assegura Peter Burke, as obras desses quatro estudiosos, somadas às con-tribuições de Roger Chartier à historiografi-a, sobretudo suas elaborações complemen-tares às noções de “práticas” e “representações”, propiciaram a abertura de um novo caminho a ser trilhado, não simplesmente o da História dos Esportes, mas também o das práticas que fundamen-tam essas atividades.

No Brasil, nomes reconhecidos da vida acadêmica vêm apresentando preocu-pações no sentido de se prestar maior a-tenção às atividades esportivas. Para o pro-fessor de História da USP, Flávio de Cam-pos, a dimensão social que os esportes assumiram nos últimos anos, e em especial nos dias atuais, fornece “uma chave inter-pretativa extremamente fecunda para a análise das mais diversas formações soci-ais”. Para a historiadora da PUC de São Paulo, Denise Bernuzzi de Sant’Anna, mais do que simples exercícios físicos, as mani-festações esportivas são representativas de

Aos historiadores do esporte e do lazer cabe a tarefa difícil de dar visibilidade e reconheci-mento a esta área de pesquisa histórica. Este trabalho exige muito investimento de forma-ção profissional, uma vez que a configuração dos historiadores não tem dado muita atenção

aos temas do esporte e do lazer. Estes temas talvez ainda sejam tabu entre historiadores

formados, em sua maioria, dentro da tradição marxista, que deu ênfase histórica à ativida-de do trabalho e viu o esporte e o lazer em suas

conotações negativas de não trabalho. Edgar de Decca.

Há mais de dez anos o histori-ador Edgar de Decca apontava a difi-culdade de se levar adiante, no Brasil, pesquisas relacionadas à história do esporte. Passado o tempo, se hoje o quadro ainda não é completamente outro, não se pode negar que houve avanços significativos e um grande empenho, por parte de vários pesqui-sadores, em demonstrar o valor de se investir em pesquisas que caminhem na interface entre história, sociedade e esporte.

um certo sentido histórico e comporta-mental, ligando-se a inúmeras esferas da vida cotidiana. Em suas palavras, “examinar o esporte, nas suas formas insólitas ou clássicas, implica penetrar na compreensão das expectativas e dos fascínios de uma determinada cultura”.

O fato é que a produção acadê-mica sobre assuntos relacionados aos esportes vem crescendo no país nos últi-mos anos, perfazendo um novo domínio na historiografia. De acordo com o pro-fessor da UFRJ, Victor Andrade de Melo, “a consolidação de grupos de estudos especializados (GT’s), o aumento de pes-quisas e publicações a partir de progra-mas de pós-graduação da área das hu-manidades demonstra bem essa potenci-alidade”. Segundo esse pesquisador, a importância do esporte para uma melhor compreensão da sociedade em geral foi recentemente reconhecida pela ANPUH/Nacional, que sugeriu ao CNPq a inclu-são da “História do Esporte” como uma nova área de conhecimentos.

Trata-se, portanto, de um campo promissor e aberto a diversas interpreta-ções. Cabe ao historiador, no entanto, saber manejá-lo com método, profundi-dade e criatividade, elementos necessá-rios para que o esporte sirva, para além da promoção do lazer e da saúde, tam-bém como um instrumento relevante de leitura política, social e cultural.

Prof. Msc. Leonardo BrandãoProf. Msc. Leonardo BrandãoProf. Msc. Leonardo BrandãoProf. Msc. Leonardo Brandão

Doutorando em História Doutorando em História Doutorando em História Doutorando em História ---- PUC/PUC/PUC/PUC/SPSPSPSP

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“Os narradores históricos necessitam encnotrar um modo de se tornarem visíveis em sua narrativa”

Peter Burke, A escrita da História

Realizado nos dias 11 e 25 de setembro as primeiras apresentações do seminário de pes-quisa dos acadêmicos do quarto ano de Histó-ria. Apresentaram seus trabalhos, os alunos, Mayra Cristina Amaral Machado, e Marcos Henrique da Silva, ambos pesquisam Cinema, (Tropa de Elite e Ação entre Amigos, respecti-vamente) e Eduardo Henrique Cardoso Barbo-sa (que tem como tema História Antiga).

A apresentação contou com participação de acadêmicos do 3º ano que puderam pensar em temas de pesquisa e discutir assuntos rela-cionados às apresentações.

Foi possível notar o grande interesse dos acadêmicos e a importância desse momento na vida acadêmica dos discentes.

SEMINÁRIOS DE PESQUISA

Alunos do 3º ano Eduardo Henrique Marcos e Mayra

Mayra Cristina Amaral Mayra e Sandra Marcos Henrique

Page 8: História em Debate - 2ª e 3ª Edição

O documento de 1980, foi escrito durante a ditadura militar no Brasil e contra uma decisão a ser im-posta por ela, se tratava de uma luta pela garantia de participação democrá-tica na vida política do país. Além de um documento de resistência a uma medida interventora, é também uma manifestação a favor da liberdade de participação democrática.

Já o Manifesto de 1998 foi escrito durante um momento democrá-tico da História desse país e denuncia a mesma pratica autoritária por parte dos órgãos administrativos do Estado Bra-sileiro.

Apesar dos momentos históri-cos serem tao diferentes no seu con-junto, o discurso da ANPUH, mantém um mesmo tom de chamamento aos historiadores e professores de História, com a diferença de que em 1998, a lembrança do período autoritário é destacado no texto como elemento de ligação entre Associação e seus associ-ados, indicando uma história de lutas e resistências.

A ANPUH, considera que a reforma da grade curricular para esco-las da rede publica estadual paulista assemelha-se, na forma e no conteúdo, a uma “dolorosa” experiencia vivida durante a ditadura militar.

A Associação Nacional de História (ANPUH), por meio de um Manifesto, posicio-nou-se contraria à redução de carga horária desti-nada ao ensino da disciplina nas escolas públicas, denunciando que o poder público vem assumindo uma prática antidemocrática, feita sem o conheci-mento dos professores e ferindo a autonomia das escolas e dos profissionais da educação no que se refere à sua liberdade de criação.

Em 1980, a mesma Associação fizera importante denúncia em um dossiê, dirigido aos profissionais da História, explicitando situações de confronto entre historiadores/professores de história e representantes do poder publico para a área da educação.

Os motivos que levam a Associação a mobilizar os profissionais da história são pareci-dos, assim como os manifestos e as formas de mobilização que tentam alcançar junto aos histo-riadores.

Por esse motivo é que o Manifesto de 1998 faz referencia ao de 1980, à luta e os pro-blemas são os mesmos, entretanto os momentos históricos diferentes.

O documento ainda denuncia outra situa-ção posta ao mesmo tempo em que a modificação dos currículos escolares: a possibilidade de pro-fissionais não formados na área de História faze-rem uma complementação escolar (plenificação), essencialmente voltada para a docência. Embora essa palavra plenificação não apareça no docu-mento de 1980, foi um dos motivos essenciais para a mobilização dos professores nos anos 80.

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EENTRENTRE RREFORMASEFORMAS EE CCONFRONTOSONFRONTOS: : COMOCOMO FICAFICA OO STATUSSTATUS EE OO CARÁTERCARÁTER DADA HHISTÓRIAISTÓRIA??

Esses dois documentos possuem em comum, o fato de dirigirem-se aos profissionais do ensino, mas sambem aos profissionais da História em geral. Em ambos, a Associação demonstra a preocupação com medidas político-administrativas do Estado, que descaracteriza-riam a formação do profissional de História e Geografia, dotado de habilitações tanto para dar aulas, quanto para pesquisas históricas. É possí-vel perceber também o quanto a disciplina aca-dêmica e/ou a disciplina escolar está sujeita as transformações oriundas da administração do Estado e da redefinição dos caminhos das poli-ticas publicas para a educação.

Diante de tantos empecilhos, o caráter social dos profissionais da História fica abalado e constantemente renovado. Quando o Estado autoritário não exclui totalmente a disciplina dos currículos escolares ele produz reformas nas quais o profissional aparece como mero transmissor de informações contidas nos livros didáticos. A liberdade do profissional esta con-dicionada a todo o momento.

Os documentos são de inteira responsa-bilidade da ANPUH, núcleo regional paulista, foram importantes para ajudar na definição do meu trabalho de pesquisa, que se trata de um estudo sobre a disciplina História, o status e o caráter cientifico dessa discipli-na escolar entre reformas, con-frontos, com poderes públicos.

Cynthia Aparecia Tinerel

(3º Ano de História)

Page 9: História em Debate - 2ª e 3ª Edição

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“A História Humana nao se desenrola apenas nos campos de batalha e nos gabinetes presidenciais” Ferreira Gullar

MMAISAIS UMUM PERSONAGEMPERSONAGEM DEDE NOSSANOSSA HHISTÓRIAISTÓRIA: O P: O PRECONCEITORECONCEITO RRACIALACIAL

O escravo negro exerceu vários serviços na socieda-de colonial e imperial em um período de três séculos, XVI e XIX, principalmente os trabalhos manuais, braçais, domésti-cos e o comércio, atividades que continuaram a serem exerci-das por negros libertos e livres (ingênuos).

Os negros com poses foram destituídos de sua cor, como Henry Coster em seu livro Travels in Brazil (1816) nos lembra: a “um homem de cor que estava sob meu serviço, perguntei-lhe se um certo Capitam-mor não era mulato; ele respondeu, ‘era, mas não é mais’. ... Pedi-lhe que me expli-casse isso ao que ele acrescentou, ‘Um mulato pode ser Capi-tam-mor?”

O Brasil não era “o próprio paraíso dos negros”, como se dizia na época, mas sim uma sociedade que limitou os espaços dos negros demonstrando a existência de um pro-to-preconceito racial, que se materializou em exclusão e ne-gação da participação do negro na construção de nossa histó-ria e país. As teorias raciais o definiriam como bárbaro e por isso incapaz de participar da civilização, viam a miscigena-ção como degeneração e que em no máximo 200 anos o mes-tiço não existiria em nosso meio (teoria do conde de Gobine-au). Mas não ocorreu, que bom que não ocorreu!

Somos um país mestiço, de maioria descendentes de africanos, que ainda permanecem à margem de nossa socie-dade e por isso me choca questionamentos sobre o porquê do

dia da Consciência Negra (20 de nov.). Querem saber por quê? Antes me respondam: quantos alunos negros existem em sua sala de aula? Quantos professores negros você teve durante toda a sua vida escolar?

O passado escravista e as teorias raciais firmaram a exclusão e inferiorização do negro. O conceito raça permitiu pensar as diferenças entre os homens em uma escala que de-monstrava o desenvolvimento social e intelectual de uma etnia, na qual o negro se encontrava no final da “escala evolutiva”. Hoje sabemos que não existe uma raça humana, mas o conceito foi utilizado para explicar a não inclusão social do africano e seus descendentes na sociedade civilizada e branca que se bus-cava construir em nosso país.

O dia da Consciência Negra significa pensar na contri-buição do negro em nossa sociedade, não apenas a capoeira ou alimentação, mas que somos e fomos constituídos também por africanos, por negros, que não são inferiores ao branco ou ama-relo, mas igual, e que as diferenças físicas são apenas adapta-ções ao clima. Não olhe com indiferença ou diminua a pessoa que não é igual a você independente da cor, da opção sexual ou da deficiência que ela apresente, por mais difícil que possa parecer somos iguais!

Tamara Vieira

Graduanda em História pela UEL

[email protected]

VII SEMANA DE HISTÓRIA DA FAVA: REGISTROS

Page 10: História em Debate - 2ª e 3ª Edição

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Quando falamos em bandas nacionais nos vêm à mente muitas, mas uma delas em especial vale a pena ser lembrada. Este artigo é uma reflexão, de que como ao longo dos tempos bandas que fez parte do movimento Rock Brasil, hoje já quase não são ouvidas pela nossa geração de jovens. A mais notável, é sem sombra de dúvidas Legião Urbana do saudoso Renato Russo.

Foi nesse momento, que o Brasil passava pelo fim da Ditadura Militar pediam-se as Diretas Já, passando pela posse das eleições indiretas de Tancredo Neves e sua morte, chegando assim a posse de José Sarney e o Plano Cruzado. Em meio a esse contexto, Legião Urbana despontou no ano de 1982, tendo em sua formação inicial com Renato Russo, Marcelo Bonfá, Paulo Paulista e Eduardo Paraná. Logo depois Paulo e Eduardo saíram da Legião, e então entraram Ico Ouro-Preto e Dado Villa-Lobos.

Os maiores sucessos são: Faroeste Caboclo, Eduardo e Mônica, Será? Que país é esse?, Vento no Litoral, Pais e Filhos, Perfeição, Giz, Índios e muitos outros sucessos que balançaram muitos jovens daquela época.

A banda acabou em 1996, onze dias depois da morte de Renato Russo , que morreu 21 dias após o lançamento do álbum A Tempestade, último álbum da banda. Uma Outra Estação foi uma obra póstuma, e a principio era pra fazer de A Tempestade um ál-bum duplo, mas não foi o que aconteceu.

Renato era uma pessoa crítica e realista, suas letras têm um romantismo incrível (Monte Castelo), como também a uma critica incrível (Faroeste Caboclo), mas ao mesmo tempo, suas

músicas eram cantadas com o coração, com fúria e era isso que fazia com que as pessoas fizessem dele um herói, Apesar de todo o carisma o compositor não se considerava um herói, como podemos notar:

“ Eu acredito que não existem heróis. A gente pode ter pessoas realmente espetaculares, como por exemplo, figuras espiritualizadas, religiosas, que são grandes modelos para a humanidade, mas na verda-de todo mundo é igual. Eu não acredito ter uma ver-dade a mais. E principalmente a juventude. Se a juventude cair nesse erro, de acreditar que sim, inevi-tavelmente vão acabar descobrindo que o ídolo delas têm pés de barro.” (Renato Russo)

Hoje já não se ouve mais Legião Urbana nas rádios, nem em uma roda de tereré, a juventude de agora não dá mais importância à essência musical. Ouvem músicas sem letras, com coisas que não os fazem refletir, ou se apaixonarem, simplesmente ouvem o que está na moda.

Legião Urbana é tudo, foi tudo, e apesar de não se ouvir mais um Faroeste Caboclo, sempre haverá um “João de Santo Cristo”, den-tro de cada jovem, ou simplesmente um “Eduardo e Môni-ca” dentro de cada casal.

Amanda Lívia Ferreira

Graduanda em História pelas FAVA

“O Educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente reforçar a capacidade critica do educando”

Paulo Freire—Pedagogia da Autonomia

OONDENDE EESTÁSTÁ AA GGERAÇÃOERAÇÃO CCOCAOCA--CCOLAOLA??

Realizado no dia 05 de Novembro de 2009, nas salas de aula do curso de História o II CAFÉ ACADEMICO, com o tema: “Os caminhos da Pesqui-“Os caminhos da Pesqui-“Os caminhos da Pesqui-“Os caminhos da Pesqui-sa em História”.sa em História”.sa em História”.sa em História”.

O evento contou com a participação da Acadêmica Mayra Cristina Amaral Machado, que apresentou seu Projeto de Pesquisa em História mostrando as especificidades do trabalho que desenvolve acerca do filme Tropa de Elite. Contou ainda com a apresentação dos trabalhos da Profª. Ms. Sandra Rodart Araújo, que falou sobre sua monografia e dissertação, apresentando os traba-lhos e apontando os caminhos por ela escolhido na análise do objeto de estudo selecionado: a peça teatral Corpo a corpo de Oduvaldo Viana Filho.

O Evento contou com participação de acadêmicos do curso de História que puderam pensar em temas de pesquisa e discutir assuntos relacionados às apresentações, opinando e questionando os proponentes.

Após a parte acadêmica, foi servido o ‘café’. Nesse momento pode-se per-ceber a interação entre os alunos entre os diversos anos de História, momento esse também de muita descontração. Agradecemos em especial a acadêmica do 3º ano Maria Divina de Lima, que se responsabilizou pelo coquetel.

Esperamos o evento continue e desperte nos acadêmicos o interesse à pesquisa.

Confira as fotos na galeria do site das FIC/FAVA

II CAFÉ ACADEMICO DO CURSO DE HISTÓRIAII CAFÉ ACADEMICO DO CURSO DE HISTÓRIA

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