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REDE SALESIANA DE ESCOLAS COLÉGIO SALESIANO REGIÃO OCEÂNICA – Rua Dr. Cornélio de Mello Júnior, 117 – Piratininga tel. 3578-9050 N. º TURMA DATA HISTORIANDO Aluno(a): PERÍODO NOTA MODELO ANO 1. Comente as principais transformações promovidas pela transferência da Família Real portuguesa ao Brasil nos seguintes aspectos: a) urbanístico; R: Durante a permanência da Família Real e da Corte portuguesa no Brasil, muitas reformas urbanísticas foram feitas, principalmente no Rio de Janeiro. Foram abertas ruas e avenidas; vias públicas foram iluminadas com lampião de óleo de baleia; foram construídos palacetes e praças. b) cultural; R: D. João organizou a vinda da Missão Artística Francesa para que os artistas franceses trabalhassem na criação da Academia Real de Belas Artes; ele criou a Imprensa Régia (a partir da qual livros e jornais puderam ser impressos no Brasil); fundou a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e a Biblioteca Real. c) econômico; R: A primeira medida tomada por D. João ao desembarcar em Salvador foi assinar o decreto de “abertura dos portos às nações amigas”, pelo qual colocou fim ao monopólio da metrópole sobre o comércio colonial. Ainda em 1808, o príncipe regente revogou a proibição de instalar manufaturas no Brasil (abril) e criou o Banco do Brasil (outubro). Em 1810, D. João assinou tratados comerciais com a Inglaterra, concedendo tarifas alfandegárias preferenciais aos produtos ingleses importados pelo Brasil. d) administrativo. R: Em 1815, após a derrota de Napoleão na Europa, D. João assinou um decreto que elevou o Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves, reconhecendo o Rio de Janeiro como sede da monarquia portuguesa. 2. Analise as situações que descontentaram setores da população portuguesa e culminaram com a Revolução Liberal do Porto. R: Setores da sociedade portuguesa, sobretudo a burguesia, estavam descontentes com a liberdade comercial dada ao Brasil pelo decreto da Abertura dos Portos. Além disso, a derrota de Napoleão, em 1815, fez crescer a expectativa dos portugueses pelo retorno da Família Real a Portugal. No entanto, foram surpreendidos pelo decreto de elevação do Brasil a Reino Unido, situação que adiou a volta imediata do rei a Lisboa. Os interesses lusitanos apontavam o reestabelecimento do pacto colonial com o Brasil, mas o governo sediado no Rio de Janeiro não dava sinais de ir nessa direção. 3. Quais eram as divergências entre os interesses das Cortes de Lisboa e os brasileiros no contexto que se seguiu à Revolução Liberal do Porto. R: As Cortes de Lisboa (Parlamento português criado a partir da Revolução do Porto), formada por maioria de deputados representantes da burguesia lusa, pretendiam anular as medidas de D. João que deram mais autonomia ao Brasil. Assim, pretendiam recolonizar o Brasil. Já aos brasileiros interessava manter a liberdade comercial que

Historiando Independencia Império 2013 Gabarito

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REDE SALESIANA DE ESCOLASCOLÉGIO SALESIANO REGIÃO OCEÂNICA – Rua Dr. Cornélio de Mello Júnior, 117 – Piratininga – tel. 3578-9050

REDE SALESIANA DE ESCOLASCOLÉGIO SALESIANO REGIÃO OCEÂNICA – Rua Dr. Cornélio de Mello Júnior, 117 – Piratininga – tel. 3578-9050

N.º

TURMA DATA

HISTORIANDO 3º

Aluno(a):

PERÍODO

NOTA

MODELO ANO

1. Comente as principais transformações promovidas pela transferência da Família Real portuguesa ao Brasil nos seguintes aspectos:

a) urbanístico;R: Durante a permanência da Família Real e da Corte portuguesa no Brasil, muitas reformas urbanísticas foram feitas, principalmente no Rio de Janeiro. Foram abertas ruas e avenidas; vias públicas foram iluminadas com lampião de óleo de baleia; foram construídos palacetes e praças.

b) cultural;R: D. João organizou a vinda da Missão Artística Francesa para que os artistas franceses trabalhassem na criação da Academia Real de Belas Artes; ele criou a Imprensa Régia (a partir da qual livros e jornais puderam ser impressos no Brasil); fundou a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e a Biblioteca Real.

c) econômico;R: A primeira medida tomada por D. João ao desembarcar em Salvador foi assinar o decreto de “abertura dos portos às nações amigas”, pelo qual colocou fim ao monopólio da metrópole sobre o comércio colonial. Ainda em 1808, o príncipe regente revogou a proibição de instalar manufaturas no Brasil (abril) e criou o Banco do Brasil (outubro). Em 1810, D. João assinou tratados comerciais com a Inglaterra, concedendo tarifas alfandegárias preferenciais aos produtos ingleses importados pelo Brasil.

d) administrativo.R: Em 1815, após a derrota de Napoleão na Europa, D. João assinou um decreto que elevou o Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves, reconhecendo o Rio de Janeiro como sede da monarquia portuguesa.

2. Analise as situações que descontentaram setores da população portuguesa e culminaram com a Revolução Liberal do Porto.R: Setores da sociedade portuguesa, sobretudo a burguesia, estavam descontentes com a liberdade comercial dada ao Brasil pelo decreto da Abertura dos Portos. Além disso, a derrota de Napoleão, em 1815, fez crescer a expectativa dos portugueses pelo retorno da Família Real a Portugal. No entanto, foram surpreendidos pelo decreto de elevação do Brasil a Reino Unido, situação que adiou a volta imediata do rei a Lisboa. Os interesses lusitanos apontavam o reestabelecimento do pacto colonial com o Brasil, mas o governo sediado no Rio de Janeiro não dava sinais de ir nessa direção.

3. Quais eram as divergências entre os interesses das Cortes de Lisboa e os brasileiros no contexto que se seguiu à Revolução Liberal do Porto.R: As Cortes de Lisboa (Parlamento português criado a partir da Revolução do Porto), formada por maioria de deputados representantes da burguesia lusa, pretendiam anular as medidas de D. João que deram mais autonomia ao Brasil. Assim, pretendiam recolonizar o Brasil. Já aos brasileiros interessava manter a liberdade comercial que passaram a ter com a abertura dos portos e a permissão de instalar manufaturas no Brasil. Eram contra a tentativa de recolonização e almejavam a independência.

4. Relacione as transformações ocorridas com a vinda da Família Real portuguesa ao Brasil e o processo que culminou com a Independência em 1822.R: A partir da vinda da Família Real portuguesa ao Brasil, em 1808, o Rio de Janeiro se tornou sede da monarquia portuguesa, situação inédita até então. Pouco a pouco, D. João adotou medidas que diminuíam o controle metropolitano sobre o Brasil. Destacam-se a abertura dos portos, pela qual chegou ao fim o monopólio do comércio brasileiro pela burguesia portuguesa; os tratados de 1810, que ampliaram as vantagens inglesas sobre o comércio do Brasil, e a elevação do Brasil a Reino Unido, tirando-o da condição de simples colônia.

5. Identifique a camada social que liderou o processo de independência do Brasil e destaque uma iniciativa desse grupo social para selar sua aliança com o príncipe regente D. Pedro.R: A camada social que liderou o processo de independência foi a elite agrária e escravista. Sua aliança com D. Pedro foi selada com a organização do abaixo-assinado para que ignorasse as ordens das Cortes de Lisboa para voltar a Portugal. Dom Pedro cedeu às pressões e permaneceu no Brasil.

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N.ºAluno(a):

HISTORIANDO 06/013 9º

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6. Por que a Inglaterra estava interessada no reconhecimento da independência do Brasil? Qual o papel dela nesse processo?R: A Inglaterra pretendia reconhecer a independência do Brasil, pois estava interessada em manter os benefícios comerciais que desfrutava desde a abertura dos portos (1808) e os tratados de 1810. Seu papel foi importante ao intermediar diplomaticamente as negociações entre Portugal e Brasil, e na realização do empréstimo de 2 milhões de libras que o Brasil deveria pagar a Portugal como condição para a independência.

7. Explique as razões que levaram D. Pedro a rejeitar o projeto de Constituição de 1823.R: O projeto constitucional de 1823 foi inspirado nos princípios iluministas e propunha o fortalecimento do poder legislativo e a limitação do poder do imperador. Descontente com leis que limitavam sua autoridade, D. Pedro dissolveu a Assembleia Nacional Constituinte.

8. O que nos permite caracterizar a Constituição de 1824 de “autoritária”?R: Podemos caracterizá-la como autoritária por dois motivos em especial: o fato dela ter sido imposta à nação, em substituição ao projeto de 1823, e por nela ser estabelecido o Poder Moderador (que conferia amplos poderes ao Imperador. Através dele, D. Pedro I podia nomear e demitir ministros, ser o voto diferencial em eleições e estabelecer ou revogar normas nos demais poderes – executivo, legislativo e judiciário).

9. O que foi a Confederação do Equador? R: A Confederação do Equador foi um movimento político ocorrido em 1824 no nordeste brasileiro. Começando em Pernambuco, ampliou-se rapidamente para outras províncias da região, como Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em síntese, a Confederação do Equador - que ganhou esse nome em referência à proximidade do centro do conflito com a linha do Equador - foi um movimento contrário à centralização do poder imperial. Daí, portanto, seu caráter revolucionário e, no extremo, seu aspecto independentista com relação ao Brasil.

10. Cite os fatores que causaram o desgaste político de D. Pedro I. R: O processo de desgaste político foi motivado pelo autoritarismo de D. Pedro I, verificado já em sua atitude contra o projeto de Constituição de 1823 e fortalecido pelo poder Moderador, concedido na Constituição de 1824. Outros fatores agravaram o desgaste político do imperador, tais como: a violenta repressão à Confederação do Equador; a dependência econômica em relação a Inglaterra; a dúvida entre assumir o trono português ou ficar no Brasil; os enormes gastos e as perdas humanas na Guerra da Cisplatina; a incapacidade de solucionar a crise econômica herdada do passado colonial; o assassinato do jornalista Líbero Badaró.

11. Identifique as principais características do período regencial no Brasil, entre 1831 e 1840.R: O período regencial foi marcado por instabilidades, exemplificadas pela constante troca de regentes, pelas disputas políticas entre liberais e conservadores e pelos movimentos sociais que ocorreram em diferentes pontos do Brasil que ameaçaram a manutenção da unidade territorial.

12. Explique os motivos que desencadearam a Cabanagem e a Revolução Farroupilha.R: A Cabanagem, no início do Período Regencial, foi motivada pela situação da população pobre do Grão-Pará que era péssima. Mestiços e índio viviam na miséria total. Sem trabalho e sem condições adequadas de vida, os cabanos sofriam em suas pobres cabanas às margens dos rios. Esta situação provocou o sentimento de abandono com relação ao governo central e, ao mesmo tempo, muita revolta. Os comerciantes e fazendeiros da região também estavam descontentes, pois o governo regencial havia nomeado para a província um presidente que não agradava a elite local. Já a Revolução Farroupilha teve como motivação o descontentamento político com o governo imperial brasileiro por não conceder maior autonomia para as províncias, ocorrendo à nomeação de um governador que não era do agrado das elites locais Além disso, haviam os altos impostos cobrados no comércio de couro e charque, importantes produtos da economia do Rio Grande do Sul naquela época. Os farroupilhas eram contrários à entrada (concorrência) do charque e couro de outros países, com preços baratos, que dificultava o comércio destes produtos por parte dos comerciantes sulistas.

13. O que foi o Golpe de Maioridade? Quais eram os seus objetivos? R: Durante o período regencial, as tensões sociais se agravaram e iniciaram-se revoltas em diferentes pontos do país. A elite temia o crescimento das mobilizações populares pela igualdade política e social e viu como saída antecipar a maioridade de D. Pedro de Alcântara para reestabelecer a ordem social.

14. Durante grande parte do Segundo Reinado, as principais forças políticas da época se dividiram nos partidos Liberal e Conservador. Quais aspectos esses partidos tinham em comum? Que aspectos os diferenciavam?R: Ambos os partidos políticos representavam os interesses da elite agrária, defendendo a manutenção do latifúndio e da economia exportadora. Nas eleições de deputados, praticavam fraudes para aumentar o número de votos de seus respectivos candidatos. No entanto, em relação à escravidão, eles tiveram opiniões diferentes. No

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N.ºAluno(a):

HISTORIANDO 06/013 9º

MÊS/ANO ANOMODELO

partido Liberal havia setores que defendiam o fim do trabalho escravo, enquanto no partido Conservador prevalecia o interesse em manter a escravidão. Diferiam também em relação à autonomia das províncias brasileiras: o partido Liberal defendia a autonomia administrativa das províncias; o partido Conservador defendia o fortalecimento do poder central.

15. Por que o parlamentarismo praticado durante o Segundo Reinado foi classificado como “às avessas”?R: O parlamentarismo do Segundo Reinado foi classificado de “às avessas” porque funcionava de maneira oposta ao modelo inglês. No Brasil, o presidente do Conselho de Ministros era nomeado pelo próprio imperador e não pelos representantes do legislativo. Dessa forma, reforçou o poder pessoal do monarca.

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