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1 História da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, na cidade de Extrema. 1931 à 2011. Trajetória, fatos e relatos. CB PM, Alexandre José Quirino.

História da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, na cidade … · 2014. 12. 14. · do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais. A Polícia Militar do Estado de

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História da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, na

cidade de Extrema.

1931 à 2011.

Trajetória, fatos e relatos.

CB PM, Alexandre José Quirino.

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Índice.

Agradecimentos.

Página 03.

Prefácio.

Página 04.

Visão panorâmica.

(História do Município e História da PMMG.

Página 05.

A Presença Policial Militar no extremo sul mineiro.

Página 08.

Nos passos de um miliciano.

(Relatos, Fatos e Ocorrências Policiais.)

Página 17.

Delegados Municipais

Página 48.

Nosso Trabalho.

(Projetos desenvolvidos pela PMMG em Extrema)

Página 53.

Galeria de ex- Comandantes.

Página 58.

O AUTOR.

Página 60.

Bibliografia.

Página 61.

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Agradecimentos,

Agradeço primeiramente a Deus todo poderoso por mais essa

graça e presente, ao comando da Vigésima Sétima Companhia de

Policia Militar Independente, na pessoa do senhor Tem Cel Robson

Batista Franco, pelo total apoio e orientação durante todo o

processo de criação e montagem deste trabalho. A Prefeitura

Municipal de Extrema, que através do Departamento de Cultura e

do Compace, viabilizaram esse projeto, na pessoa do senhor Pablo

Farina e do senhor Marcos, (este presidente do Compace). A

minha família por estar ao meu lado e simplesmente existirem em

minha vida e em especial a todos os milicianos da ativa e da

reserva que fizeram e fazem parte desta instituição, e que de

alguma maneira contribuíram para esse trabalho, abrindo suas

casas e suas lembranças para proveitosas conversas, aos senhores

Major QOR Mauro. SGT QPR Arizénio e Cabo QPR Nicanor, além

do senhor Valdec, (ex- cabo da PMMG) e ao Ex- Combatente da

FEB, José Ferreira Pó.

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Prefácio,

Que as palavras aqui escritas, possam jogar um pouco de luz sobre aqueles,

cujos pés pisaram esta terra, patrulharam essas ruas e seus olhos

contemplaram as montanhas, que hora nos rodeiam.

Do pioneiro Tenente Martiniano de Oliveira ao militar mais moderno a

guarnecer o Extremo Sul Mineiro.

Aqui teço toda a minha gratidão, admiração, orgulho e alegria por ter o

privilégio de ser a continuidade daqueles que por aqui passaram.

O autor.

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Visão Panorâmica.

Um olhar sobre a história do município de Extrema e da Polícia Militar do Estado de Minas

Gerais.

A Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e a cidade de Extrema-MG são

contemporâneas, pois apenas onze anos separam o nascimento de ambas.

Embora a data da emancipação política da cidade de Extrema, seja de 16 de

setembro de 1901, através do decreto lei de número 319. Sua trajetória iniciou-

se muito antes, nos idos de 1764 com a passagem do o General Luiz Diogo da

Silva, governador da então Capitania de Minas Gerais, que ao visitar o arraial

de Camanducaia, e quando retornou, passando pelo Registro de Mandú, (atual

município de Pouso Alegre), resolveu que esse Registro, ficaria mais bem

colocado à margem do rio Jaguarí, para onde o transferiu pelo assento de 29

de novembro de 1764. Daí o fato de Extrema ser conhecida primitivamente

conhecida pelo nome de “Registro”.

Mais foi, apenas no ano de 1819 que ocorreram as primeiras iniciativas para a

criação e formação do Registro do Jaguari, nessa época já habitado por

fazendeiros e outros moradores esparsos procedentes de Camanducaia e,

sobretudo de Bragança Paulista, Atibaia e São João do Curralinho.

data de sete de agosto de 1832, a autorizando para a construção de uma

capela consagrada a Santa Rita, que seria construída ao redor de 30 alqueires

de terra que foram anteriormente doados pelo abastado lavrador José Alves.

Em 12 de outubro de 1871, através da lei nº 1858, o povoado de Registro

passou a ser distrito, só que a partir desta data, com a denominação de Santa

Rita de Extrema, nome este devida a sua localização geográfica. Em 18 de

setembro de 1915, a lei estadual nº 663 altera o nome do município que passa

a se chamar Extrema.

Nesse mesmo período histórico, surge no dia 09 de junho de 1775, em

substituição a Companhias de Dragões, que tinham seus efetivos formados por

portugueses. O Regimento Regular de Cavalaria, composto apenas por

mineiros, (filhos de Minas), homens nativos e por isso possuíam estreitos laços

tanto com o povo, bem como com a população. Seus salários eram pagos

pelos cofres da própria Capitania. A cidade de origem da recém criada força

miliciana, era o distrito de Cachoeira do Campo, atual Ouro Preto.

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) tem por função primordial o

policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública no Estado de Minas

Gerais.

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No Brasil, são denominadas de polícias militares as forças de segurança

pública das unidades federativas e do Distrito Federal que têm por função

primordial a realização do policiamento ostensivo e a preservação da ordem

pública em atendimento as disposições do artigo 144 da Constituição da

República Federativa do Brasil, de 1988. Subordinam-se aos Governadores

dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

Segundo o texto constitucional as Forças Militares Estaduais são forças

auxiliares e reserva do Exército Brasileiro e integram o Sistema de Segurança

Pública e Defesa Social. Os seus integrantes são denominados de militares

dos Estados e do Distrito Federal (art. 42 da CRFB), assim como os membros

do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais.

A Polícia Militar do Estado de Minas Gerais é a instituição mais antiga dentre

todas as Polícias Militares do Brasil, com 236 anos de existência. O patrono da

Polícia de Minas Gerais é Alferes Tiradentes e herói da Inconfidência Mineira, e

que serviu no Regimento Regular de Cavalaria de Minas.

Tiradentes, sua trajetória:

Em 1746, nasce em Pombal, distrito de São José d’el Rei ,(hoje Tiradentes),

Minas Gerais; filho de Domingos da Silva Santos, nascido em Portugal, e Maria

Antónia da Encarnação Xavier, nascida na Vila de São José d’el Rei (Brasil). No

ano de 1755, Morre Maria Antónia, (sua mãe), o viúvo e os órfãos mudam-se

de vez para a Vila de São José. Em 1780, arregimenta-se como soldado. - 1781:

É promovido a Alferes. - 1786: A mando do governador da capitania de Vila

Rica, leva brilhantemente a cabo estudos demográficos, geográficos,

geológicos, mineralógicos - quer de aplicação civil, quer militar. Envolve-se na

Inconfidência contra a Coroa portuguesa, no ano de 1789. Como conspirador,

é preso na cidade do Rio de Janeiro.e no dia 21 de abril de 1792, é enforcado

em praça pública e depois esquartejado.

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Na data de 19 de abril de 1783, o então Alferes ,(Tiradentes), passa pelo sul de

Minas com destino a cidade do Rio de Janeiro, passando por parte do vale do

Paraiba-SP.

No comando de uma patrulha, oriunda do Regimento Regular de Cavalaria. A

tropa comandada por Tiradentes tinha como missão a proteção dos viajantes e

do ouro, contra bandos de ladrões, que atuavam na região.

Atualmente, nos 853 municípios do Estado de Minas Gerais, a Polícia Militar de

Minas Gerais conta com aproximadamente 50.000 integrantes, sendo a

segunda maior Polícia do Brasil.

A Corporação além de possuir 56 Batalhões Operacionais, diversas

Companhias Independentes, (Cia Ind), responsáveis pelo policiamento

ostensivo geral, também possui unidades especializadas como o Grupamento

de Ações Táticas Especiais (GATE), o Batalhão de Rádio Patrulhamento Aéreo

(BRPAER) (presente nas cidades de Belo Horizonte, Uberlândia, Juiz de Fora e

Montes Claros), o Batalhão de Policiamento de Eventos (BPE) (antigo Batalhão

de Choque), o Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes (RCAT)

(Policiamento Montado), o Policiamento Rodoviário (PMRv), o Policiamento

Ambiental (PM MAmb) e o Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas

(ROTAM), que juntamente com as demais unidades da Corporação buscam

assegurar a ordem pública, em diversos aspectos, aos brasileiros e

estrangeiros que vivem no Estado de Minas Gerais.

Na figura ao lado, o brasão da Polícia

Militar de Minas Gerais. Qual trás o

Alferes Tiradentes, como símbolo e

exemplo.

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A Presença da Policia Militar no Extremo Sul das Gerais.

Desde a sua criação, a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais sempre

manteve seus olhos focados na boa prestação de seus serviços, ou seja,

proporcionar um ambiente seguro e pacífico a todos os mineiros e a todos

aqueles que visitam ou passam por nossa terra. Para que isso seja uma

constante, atualmente a Policia Militar, pode trazer consigo o orgulho de ser

uma das poucas instituições estatais, que se faz presente em todos os

municípios e distritos do nosso Estado, todos os dias do ano e vinte e quatro

horas por dia, estando sempre ao alcance do cidadão, seja no contato direto

nos quartéis, com os militares empregados no policiamento ostensivo geral, no

rádio patrulhamento e em sua forma mais comum, através do telefone 190.

Mais nem sempre foi assim, uma instituição bicentenária como a PMMG,

sempre enfrentou desafios e ainda os enfrenta da mesma maneira. Ou seja,

com a coragem e o empenho dos homens e mulheres que dela fazem parte.

Em se tratando da grandeza territorial do nosso Estado, sua diversidade

cultural, étnica, do seu relevo e clima diversos. Sempre houve uma certa

dificuldade de se prestar ao cidadão toda a assistência e dotar as cidades do

interior de todos os serviços necessários a um cotidiano tranqüilo.

Assim uma grande parte dos municípios mineiros entre o século XIX e meados

do século XX, não contavam com a presença da Policia Militar, que na época

utilizava a denominação de Força Pública do Estado de Minas Gerais.

E por força da conjuntura sócio política que se apresentava na época, a Força

Pública mineira, concentrava suas unidades em cidades como a capital Belo

Horizonte, (Primeiro, Quinto e Sexto Batalhões de infantaria), Juiz de Fora,

(Segundo Batalhão de infantaria), Diamantina, (Terceiro Batalhão de

infantaria), Uberaba, (Quarto Batalhão de infantaria) e Bom Despacho, (Sétimo

Batalhão de infantaria). Além do Grupo de Metralhadoras Pesadas, Regimento

de Cavalaria, Serviço Auxiliar de Engenharia e Serviço de Saúde, todos estes,

também sediados na capital mineira.

Esta articulação permaneceu até por volta de 1935. Porém, as décadas de

1920 e meados de 1937, nosso país foi sacudido por uma grande agitação

política, movimentos políticos e revolucionários pipocavam pelos quatro cantos

país e nossa estrutura política, social e econômica passava por transformações

profundas que norteariam nosso futuro como nação, entre estes movimentos

podemos destacar:

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A Revolução de 1924, Movimento Tenentista, Coluna Prestes, Revolução de

1930, Revolução Constitucionalista de 1932, Estado Novo de 1937, entre

outros.

O sul de Minas, logo se viu envolvido por toda essa atmosfera, devido entre

vários outros motivos, pela sua localização geográfica, sua importância

econômica e pela consciência política de seus habitantes.

No dia 03 de outubro de 1930, tem inicio o movimento que ficaria conhecido

como Revolução de 1930, que eclodiu com a rebelião de diversas unidades

militares do Exercito Brasileiro, sob a articulação dos Tenentes revoltosos de

1922 e 1924, apoiados por diversos setores da sociedade civil organizada.

Logo o movimento se espalhou por todo o país e alcançou o Sul das Gerais,

sendo deslocado para o sul de Minas, uma unidade à nível de Batalhão de

infantaria da Força Pública de Minas Gerais, oriunda da capital, (não sendo

possível, discernir qual a seria com precisão a unidade), vindo esta unidade a

operar, como força de combate, ao lado de uma unidade oriunda da Brigada

Militar do Rio Grande do Sul, na data de 14 de outubro de 1930, opondo-se ao

avanço de uma fração do Quarto Batalhão de Engenharia, unidade do Exército

Brasileiro fato este ocorrido na cidade de Piranguinho - MG. Fato este

registrado no livro, “Um século a serviço do Exército”, de autoria do historiador

itajubense, Laércio Raymundo Pereira. Registrado aqui, somente a título de

curiosidade.

Na foto, um grupo de

metralhadoras da Força

Pública mineira.

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Passados os dias de perigo e aventura, a região retoma a sua rotina, porém a

revolução, e seus efeitos, ainda estão no ar.

Em Extrema, o clima de agitação política permanece à flor da pele dos seus

personagens principais e de toda a população em geral. Fato este devido, ao

sucesso na política municipal, Theophilo Cardoso Pinto. Além da disputa pela

vaga de delegado, cargo que na época era nomeado pelo prefeito e despertava

o desejo da oposição. Um fato que veio a aquecer ainda mais a disputa pelo

cargo de delegado, foi o assassinado, ocorrido no dia sete de fevereiro de

1931, que teve como vitima o senhor Fernando Mori, comerciante morador do

baixo do Salto do Meio.

No dia 17 de março de 1931, chega à cidade de Extrema, o então tenente da

Força Pública de Minas Gerais, Martiniano de Oliveira, oriundo da capital

mineira. O militar enviado para a cidade, a pedido do delegado de Jaguary,

senhor João Guilherme de Macedo, o qual enviou um oficio por meio de

telegrama para governo mineiro, solicitante a vinda de delegado militar, para

garantir a ordem pública no extremo sul mineiro. Sendo o tenente Martiniano

de Oliveira, o primeiro Policial Militar, a ser movimentado oficialmente para

desempenhar suas funções na cidade de Extrema.

Mesmo com a presença militar na cidade de Extrema, o clima de inquietação

política perdurou, até que no dia 17 de setembro de 1931, por volta das 23

horas, o prefeito Theophilo Cardoso Pinto, sobre um atentado a bomba. Sendo

que um artefato explosivo é detonado em frente a sua residência.

Após esse episódio, os ânimos políticos, parecem um pouco mais calmos.

Porém menos de ano após a explosão de uma bomba em frente à casa do

prefeito municipal, reacende as chamas.

Eclode no dia 9 de julho de 1932, no Estado de São Paulo, a Revolução

Constitucionalista de 1932. Fato este, que joga, não apenas Extrema e todo o

extremo sul mineiro, literalmente no “olho do furacão”.

Sendo a revolução deflagrada no dia nove de julho, já no dia seguinte, 10 de

julho de 1932, tropas paulistas, já se faziam presentes em terras extremenses.

Além terem tomado a cidade mineira de Passa Quatro e dinamitado diversas

pontes das estradas de ferro, que cortavam a divisa entre os estados mineiros

e paulistas.

Diante do apoio declarado do Presidente, (nome dado ao governador), do

Estado de Minas Gerais, Olegário Maciel. Ao governo federal, o presidente

Getúlio Vargas envia tropas federais, através de Minas Gerais, para combater

as tropas paulistas.

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Por sua vez, a Força Pública de Minas, que tinha como seu Comandante-Geral

o secretário do interior, o senhor Gustavo Capanema. Tratou de cumprir

integralmente todas as ordens.

Entrando a Força Pública mineira em estado de prontidão e logo depois em

ordem de marcha, foi organizada em três brigadas ou destacamentos de

combate sendo estes:

1º) Setor do Túnel da Mantiqueira- Comandante Cel. Edmundo Lery Santos.

2º) Poços de Caldas: Cel. Otávio Campos do Amaral.

3º) Triângulo Mineiro – Cel. Antônio Fonseca.

A Brigada Sul da Força Pública, foi organizada em Lavras com o seguinte

efetivo:

Estado Maior da Brigada Sul (Cmt Cel Edmundo Lery Santos), procedente de

Bom Despacho, contava com 13 integrantes.

O 1.º Batalhão de Infantaria, (Cmt Ten Cel Francisco Campos Brandão),

procedente de Belo Horizonte, contava com 794 integrantes.

O 2.º Batalhão de Infantaria, (Cmt, Major José Pinto de Souza), procedente de

Juiz de Fora, contava com 445 integrantes.

O 3.º Batalhão de Infantaria, (Cmt Major Targino Ribeiro de Meirelles),

procedente de Uberaba, contava com 394 integrantes.

O 7.º Batalhão de Infantaria, (Cmt Ten Cel Fulgêncio de Souza Santos),

procedente de Bom Despacho, contava com 741 integrantes.

O 8º Batalhão de Infantaria, (Cmt Major José Persilva), procedente de Belo

Horizonte, contava com 422 integrantes. Unida mãe de todas as frações

policiais militares do sul de Minas. Na data 11 de julho de 1932, o recém criado

8º Batalhão de Infantaria, foi instalado provisoriamente à Rua Paraíba, n.º 576,

em Belo Horizonte, iniciando aí os preparativos para engajar-se no

destacamento que defenderia as divisas de nosso Estado. Sua área de

atuação abrangia o Sul e Sudoeste do nosso Estado.

Além dessas unidades, também compunham a brigada sul da força pública, as

demais unidades provisórias, especializadas serviços:

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O 19.º Batalhão de Infantaria Provisório (Cmt Major Joaquim Francisco de

Paula), procedente de Belo Horizonte, contava com 324 integrantes.

O Regimento de Cavalaria (Cmt Ten Cel Anísio Fróes), procedente de Belo

Horizonte, contava com 232 integrantes.

O Serviço Auxiliar de Engenharia (Cmt Cel Otacílio Negrão de Lima),

procedente de Belo Horizonte, contava com 80 integrantes.

O Serviço de Saúde (Cmt Major Dr. J. Santa Cecília), procedente de Belo

Horizonte, contava com 23 integrantes.

O Trem Hospital (Cmt, Capitão Dr. Carlos Alberto Quadros), procedente de

Belo Horizonte, o qual contava com 21 integrantes.

Ente as fileiras do oitavo batalhão da Força Pública mineira, estava o então

capitão,

Juscelino Kubistschek integrou o serviço de saúde da Força Pública como

médico. Presidente fundador de Brasília e responsável, por grandes avanços

em nosso país.

Boletim da secretaria do interior informando a

situação no Estado mineiro.

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Além das unidades da Força Pública, também combateram as forças paulistas

em território mineiro, as seguintes unidades do Exército brasileiro: 11º

Regimento de Infantaria, (sediado em são João Del Rei-MG), 8º Regimento de

Artilharia Montada, (sediado em Pouso Alegre-MG, atual 14º GAC), 4º batalhão

de Engenharia, (sediado em Itajubá-MG), 4º Regimento de Cavaria

Divisionário, (sediado na cidade de Três Corações, atual Escola de Sargentos

das Armas).

Entre os dias 10 e 18 de julho de 1932, as forças paulistas avançaram pelo

território mineiro e chegaram até a cidade mineira de Pouso Alegre-MG.

Em Extrema, os combates entre forças paulistas e as forças federais baseadas

no Estado de Minas Gerais, concentraram-se na região dos bairros dos Forjos,

saltos do meio e de Cima e Posses. Onde no bairro das Posses, divisa com o

município paulista Joanópolis-SP, até os dias de hoje, é possível verificar

algumas das trincheiras, de onde as forças federais, opunham-se ao eixo de

avanço dos militares paulistas.

Foram dias de intensa agitação para toda a região, com soldados paulistas

circulando pela cidade e por toda a zona rural, realizando prisões, de suspeitos

de espionagem, invadindo residências e apropriando-se de animais e gêneros

alimentícios. Foi durante esses dias, que pela primeira vez, a população de

Extrema e região, avistou um avião, sobrevoando a cidade, sentido a

Camanducaia-MG.

O militar da

esquerda é o então

Capitão

Médico,Juscelino

Kubistschek.

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A população, em meio há esses dias agitados, buscava abrigo na serra, como

relata os moradores mais antigos. O senhor Tomáz Lupetti Neto, conta que

seus pais, estavam entre as muitas pessoas, moradoras da zona rural, que

buscavam refúgio na serra.

Paulistas e mineiros se enfrentavam por mais dois meses na Serra da

Mantiqueira. Saindo vitoriosos os mineiros.

Trincheiras remanescentes da

Revolução de 1932. No bairro das

Posses, divisa com Joanópolis-SP.

Meus pés pisaram a história, escrita

por homens, que deixaram na terra

as marcas do idealismo levado ao seu

extremo, a Guerra.

(nota pessoal do autor.)

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Com a queda do Túnel a Brigada Lery recebeu determinações para operar no

Setor Centro. Pouco tempo depois, em 29 de setembro ocorreu a deposição

das armas paulistas. Trazendo a paz, à toda a região sudeste. Retornando o

Oitavo Batalhão da Força Pública, vitorioso para sua sede na capital. Onde

permaneceu até 28 de Fevereiro de 1934, pelo Decreto 11.238, do Interventor

Federal de Minas, Dr. Benedito Valadares Ribeiro, era dada por sede definitiva

do 8º BPM, a cidade de Lavras, à época, considerada importante terminal

ferroviário. Efetivando a presença da Polícia Militar no sul de Minas Gerais,

pois à partir da instalação do oitavo batalhão, na cidade de Lavras.

Desencadeou a instalação das frações policiais militares, que se seguiram em

todas as cidades do sul de Minas, entre elas Extrema.

Em 17 de janeiro de 1936, é sancionada a lei federal de número 192, que

denomina a Força Pública de Minas Gerais, passando para a atual

denominação de Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, (PMMG), passando

a condição de reserva do Exército Brasileiro.

Pavilhão do Oitavo Batalhão

de Policia Militar, na cidade

de Lavras-MG.

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Nas duas décadas que se seguiram, os policiais militares, movimentados para

a cidade de Extrema, integraram-se rapidamente na sociedade local.

Interagindo com a população e assimilando seus costumes e gostos. Sendo

essa uma das características do miliciano mineiro, ou seja, o policial militar é

por natureza uma pessoa, que busca gerar e estabelecer relacionamentos,

aproximando-se da comunidade onde presta seus serviços, cria sua família e

dela fazem parte.

Entre os policiais militares pioneiros na cidade de Extrema, então Cabo PM

Joaquim, carinhosamente na época conhecido pelo apelido de “Bode”, (década

de 1940), e Cabo PM Mário. Este último, um apaixonado por futebol, que

chegou até ser treinador da equipe de futebol da cidade de Extrema na época.

Foi um período de tranqüilidade, sendo poucas as ocorrências policiais, que

envolviam a criminalidade violenta.

Uma das ocorrências, que marcaram este período, foi um incêndio criminoso

em uma residência rural, localizada no bairro da Roseira. Ocorrência, esta

atendida pelo Cabo PM Joaquim, (Bode), vinda após um certo período, o militar

a descobrir que a autora do incêndio era uma das moradoras da casa. Que

estava tentado forçar seu irmão, também morador, da residência, a se mudar.

Segundo Seu Amado, um dos moradores mais antigos do bairro da Roseira.

Na foto, atletas amadores do

Extrema Futebol Clube, em foto

tirada na Praça Presidente Vargas, no

ano de 1991. Entre eles, o então

Cabo Waldek, (camiseta e short

branco). O esporte desde o início foi

um elo entre a Polícia Militar e a

comunidade extremense.

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O primeiro prédio usado como aquartelamento do contingente policial militar na

cidade, de que se têm notícias, ficava localizado na Rua Antônio Onisto, no

centro, em frente onde hoje é a loja “Maria Chinelo”, infelizmente o prédio não

existe mais, muito menos foi possível localizar um registro fotográfico.

Nos passos de um miliciano.

(Relatos, Fatos e Ocorrências Policiais.)

Entre os anos de 1936 até o ano de 1982, o contingente policial militar lotado

na cidade de Extrema, era subordinado ao Oitavo Batalhão de Polícia Militar,

(8ºBPM), sediado na cidade de Lavras-MG. A distância com a sede

administrativa, era o menor dos muitos problemas enfrentados naqueles

tempos, entre eles estavam à falta de infra-estrutura, o efetivo reduzido e os

baixos e inconstantes salários.

Não havia telefone no quartel, o único meio de comunicação com a sede do

batalhão e com as frações vizinhas, era um rádio de número 147, em péssimo

estado de conservação e de recepção precária. Com o qual se transmitia e

recebia as mensagens operacionais e administrativas, sempre nos horários das

13 e 15 horas. Relata-nos o Terceiro Sargento da reserva Arizénio.

-De Soldado à Prefeito, a trajetória de um miliciano no extremo sul das Gerais.

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No decorrer dos anos sessenta, chega à cidade, o recém formado soldado

PM, Romualdo Alves Martins. Jovem e cheio de idéias, o militar Romualdo, é

natural da cidade de Pompeu-MG, cidade localizada às margens do rio São

Francisco. Em conversas com populares, os quais conviveram com o então

soldado Romualdo, era sempre escalado na guarda interna da cadeia pública

local, (que funcionava, onde hoje é o prédio da secretaria do Fórum), na Rua

Valadares, esquina com a Rua Coronel Antônio Cardoso Pinto. Nesse mesmo

período, Romualdo, conhece sua futura esposa, Ivone Alves.

Casando-se com Ivone, Romualdo deixa a Polícia Militar e torna-se

comerciante, abrindo para si uma loja no centro de Extrema e depois se

tornando sócio em uma imobiliária. Mais a maior aventura do agora ex-

miliciano, estava por vir, no ano de 1967, Romualdo, é eleito prefeito municipal

de Extrema.

A frente da prefeitura municipal, o prefeito Romualdo, dedica-se ao cargo, com

o mesmo afinco, que se dedicava ao serviço policial militar. Criando com sua

personalidade visionária no ano de 1967, o Conselho Municipal de Turismo,

órgão responsável, por vender e promover a imagem da cidade de Extrema.

O prefeito Romualdo Martins, é apenas um exemplo, do ocorre todas as vezes

em que jovens policiais militares, são movimentados para a cidade de Extrema,

tornando-se, extremenses por opção e integrando completamente a

comunidade. O Policial Militar, o Comerciante e por fim o Prefeito Romualdo,

era com toda certeza, um homem muito a frente de seu tempo.

-Década de 1970, novos ventos e progresso.

No ano de 1959, com a inauguração da rodovia Fernão Dias, pelo presidente

Jucelino Kubitschek, (militar da reserva da PMMG), que até o ano de 1964, era

conhecida pela numeração de BR 55, vindo após este ano a ser rede nominada

de BR381. Uma das mais importantes rodovias do país, margeando o

município de Extrema.

Extrema crescia em ritmo acelerado, para uma cidade do interior, que na

época com uma população que oscilava entre sete e nove mil habitantes.

No dia 21 de janeiro de 1975, o então governador de Minas Gerais, o senhor

Rondon Pacheco, se fez presente na cidade, para a inauguração da Fundição

Brasileira, (atual Fagor), dando inicio a um novo tempo em progresso para a

região.

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No mesmo ano, em 05 de setembro de 1975, chega à cidade de Extrema,

como passageiro do Expresso Vera Cruz, (empresa de transporte coletivo, que

fazia a linha de Lavras-MG com destino a cidade de São Paulo-SP), o então

soldado PM recém formado Arizénio.

Tão logo chegou a cidade, apresentou-se pronto para o serviço ao Terceiro

Sargento PM, José Pio da Fonseca Filho, então comandante do destacamento

Policial Militar, da cidade de Extrema.

As condições de trabalho não eram das melhores, não havia um quartel

adequado, em 1975 a sede do destacamento PM, funcionava juntamente com

o prédio da cadeia pública, (atual secretaria do Fórum), onde também

funcionava a delegacia. O então soldado Arizénio, chegou durante algum

tempo a morar em uma das celas, como alojamento improvisado, por falta de

um local para o alojamento dos militares. Não havia sequer reserva de

armamentos nas dependências do destacamento.

Mais os problemas com o prédio era apenas um dos itens na lista das

dificuldades, não havia revolveres e nem algemas, para todos os militares. O

armamento a disposição da tropa do destacamento PM, nos idos de 1975,

eram os seguintes:

.03 revolveres, calibre .38”,

.01 fuzil ordinário modelo 1908,

.01 submetralhadora.

E muito menos havia uma viatura policial, a disposição dos militares. As

patrulhas eram realizadas a pés, com os militares, trajando o fardamento

operacional previsto para a época: gandola de mangas cumprida, capacete de

fibra, cinto, cassetete ou baioneta.

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.Fotografia retirada de fontes de pesquisa da PMMG.

-Policiamento executado a pé e primeira “Viga Prepe”.

As prisões e conduções eram realizadas, também a pé, porém quando havia a

necessidade de um deslocamento de longa distância ou para a zona rural,

solicitava-se o empréstimo de um veículo junto à prefeitura municipal, outras

vezes, o patrulhamento era realizado com o emprego de um taxi.

Após algum tempo, o destacamento passou a utilizar como “viatura não oficial”,

um Jipe, modelo Willis, cor azul, emprestado pelo senhor Gumercindo,

carcereiro da cadeia pública, na época.

Na foto, Policiais Militares em

primeiro plano, trajando o

fardamento previsto para o

policiamento ostensivo da época.

Aqui utilizado durante uma

solenidade cívica.

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No ano de 1978, o destacamento PM de Extrema, foi contemplado com sua

primeira viatura orgânica, (Viaga Prepe), a VPPMMG 540, uma GM/Veraneio.

Nas fotos baioneta e fuzil

ordinário Mauser , modelo de

1908. Utilizado pela PMMG, até

meados da década de 1980.

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Em 1995, o Soldado Arizénio, desloca-se para a cidade de Belo Horizonte,

onde na capital freqüenta, após ser aprovado nos exames de admissão o

Curso de Formação de Cabos PM, realizado na ocasião no quartel do

Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes, (Rcat). Retornando para a fração

PM de Extrema, após o curso, sendo transferido para a reserva, após vinte e

nove anos de bons serviços prestados a Policia Militar do Estado de Minas

Gerais e a comunidade extremense, na data 03 de março de 2003.

- Boemia e Policiamento Rodoviário.

Na foto, o então Soldado PM Moreira

ao lado da viatura PMMG-540.

Ao fundo destacamento PM, situado

a Rua Santa Rita, atual Auto-escola

Modelo.

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Entre as décadas de 1970, 1980 e de 1990, devido ao crescimento econômico,

tanto do agronegócio como das empresas que se estalavam na cidade de

Extrema. Havia em todo o entorno do município, zonas boêmias e de baixo

meretriz, que atraíram um grande número de freqüentadores assíduos, tanto de

Extrema como dos municípios vizinhos. Todo esse movimento, despertava a

atenção, do policiamento, que realizava rondas diárias pela zona boêmia, com

o objetivo de prevenir, os delitos mais comuns nestes locais, tais como, via de

fato/ agressão e porte de armas, (brancas e de fogo). Além de impedir que tais

locais, fossem utilizados para consumo de entorpecentes e que menores de

idade permanecessem em tais ambientes.

Além de executar as atribuições do policiamento ostensivo geral, os policiais

militares, lotados na fração PM da cidade de Extrema, até meados da década

de 1990, também prestavam apoio, as demandas típicas do policiamento

rodoviário na BR 381, pois a representação da Polícia Rodoviária Federal mais

próxima encontrava-se na cidade de Pouso Alegre-MG.

Inúmeras das vezes, todas essas atribuições, eram de responsabilidade de

apenas um policial militar, o qual era empenhado solitário no serviço de Rádio

Patrulhamento.

Ficando assim sob sua responsabilidade, o policiamento no setor comercial, o

atendimento das ocorrências ordinárias, o policiamento de trânsito e o apoio

prestado na rodovia Fernão Dias.

-O caso do “Sete Dedos”.

Na foto, o então Soldado

PM Mauro, durante

explosão de uma pedra

para a construção do atual

posto fiscal, na BR381, no

bairro dos Pires.

A viatura Fiat/147, prefixo

1810, foi à primeira

viatura policial, zero KM,

destinada à fração PM de

Extrema.

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Na década de 1970, o clima na cidade de Extrema, era de paz, tranqüilidade e

esperança. Ocasionado pelas profundas mudanças sociais, trazidas pelos

ventos do progresso. Em meio a esse clima, ocorreu no ano de 1975, um crime

que mexeu com a rotina dos moradores. Um cidadão de nome Durval, oriundo

da cidade de São Paulo-SP, mudou-se alguns anos antes para a cidade e logo

se inseri na sociedade local. Segundo o livro uma janela para a serra, o senhor

Durval, costumava ser metido a valente, principalmente, após consumir alguns

copos de bebida alcoólica. E por sua valentia, Durval foi encontrado morto,

próximo ao Postinho, (atual Auto Posto Guanabara, bairro Ponta Alta), antiga

margem da BR-381. O apelido de “Sete Dedos”, Durval, recebeu após ser

morto por sete facadas, desferidas por sete autores.

- “Galismo”, um esporte extremense.

Proibido no Estado de São Paulo, pelo então governador Jânio Quadros, as

rinhas de briga de galo, ainda hoje atraem a atenção de muitos em todos os

cantos do Brasil. Dessa maneira, entre a década de 1970 e inicio da década de

1980, Extrema, foi invadida por um grande número de turistas, oriundos não só

do Estado vizinho, como de todas as partes do Brasil, apaixonados pelas

disputas entre os animais. Tais eventos movimentavam a cidade com o

aumento considerável de pessoas e veículos, relatam alguns militares que aqui

eram lotados na época.

As rinhas de briga de galos eram localizadas onde hoje é atual loja de móveis

Bonarte. Sendo que policiamento era realizado por apenas um militar em

muitas das vezes.

Entre as muitas ocorrências originadas dessa prática. Destaca-se o caso de

um seqüestro tendo como vitima o irmão de um dos apostadores, sendo a

vitima libertada, na cidade de Itajubá-MG.

O apostador, só deu por falta do seu irmão, (vitima), depois que terminou as

apostas nas brigas de galo.

As rinhas permaneceram até ser vinculada uma matéria realizada pelo

jornalista Gullar de Andrade, então apresentador do programa comando da

madruga. Um dos mais importantes programas de jornalismo investigativo das

décadas de 1980 e 1990.

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- Abertura política e uma visita ilustre.

Em 1979, deu-se início o processo de abertura política, em nosso país, com

isso ressurge saindo da clandestinidade os movimentos sindicais. Extrema, já

industrializada, começa a se organizar com as primeiras greves e reuniões de

trabalhadores.

Neste ambiente, sindicalistas oriundos do ABC paulista desloca-se para

Extrema, em auxilio aos trabalhadores locais, para a criação do sindicato dos

metalúrgicos de Extrema e região. Em a uma dessas reuniões, ocorridas no

recém criado sindicato dos metalúrgicos da região de Extrema; entre os

ouvintes estava um policial militar, que aqui me reservo à discrição de não

registrar o nome do militar. E segundo o policial militar, espectador da reunião,

o principal articulador e palestrante da reunião, era um certo sujeito “barbudo”

cujo todos os demais membros, chamavam de Lula.

O qual o militar que se fazia presente na reunião, relatou ao seu comandante,

Segundo Sargento Pio, que aquele cidadão, “barbudo”, que presidiu a reunião

do sindicato e pelo jeito do sujeito, ainda iria dar muito que falar no futuro. O

ano era 1984.

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- Anos oitenta.

Em 1983, Extrema já passava da marca de onze mil habitantes. Havia dois

açougues, duas padarias, dois mercados pequenos e duas farmácias.

-De Soldado a Capitão, toda uma carreira construída em Extrema.

Em setembro de 1983, chega cidade, o também recém formado Soldado de

Primeira classe PM Mauro Rogério Marques, oriundo do Curso de Formação

de Soldados do recém criado Vigésimo Batalhão de Polícia Militar, sediado na

cidade de Pouso Alegre-MG.

Na foto, grupo de

policiais militares,

oriundos do canil

de Belo Horizonte-

MG.

Para realização de

operação

fronteira. O

militar de farda, o

então Soldado

Nicanor.

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Era uma época em que o dia a dia era de tranqüilidade, ocorrendo apenas

pequenos furtos e vias de fato/agressão, não existindo na cidade de Extrema,

furtos de veículos e criminalidade violenta. O Policial Militar, Mauro Rogério

Marques, construiu sua carreira integralmente na fração PM de Extrema,

chegando como Soldado de primeira classe ao destacamento PM e encerrando

como Capitão PM, comandante da Centésima décima sexta companhia do

Vigésimo Batalhão de Policia Militar do Estado de Minas Gerais. Ausentando-

se apenas para realização de cursos, retornando em seguida.

Grupo de policiais militares e policiais

civis, (de barba), reunidos nas

dependências da antiga cadeia

pública, (atual secretaria do Fórum).

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1

2

Na seqüência de fotos a trajetória do

Policial Militar, Major PM (QOR),

Mauro Rogério Marques, na cidade

de Extrema.

Foto 1, o então Terceiro

Sargento Mauro,

durante comemoração

cívica do dia da

independência.

Foto 2, o Segundo

Sargento Mauro em

atividade meio.

Foto 3, o Primeiro

Tenente Mauro, no

comando do

policiamento de

futebol.

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3

- Pelotão Policial Militar.

O destacamento Policial Militar, já não existia mais, sendo a fração PM de

Extrema, elevada no dia primeiro de janeiro de 1987, à categoria de Pelotão de

Policia Militar, primeiramente com a denominação de Sexto Pelotão e

posteriormente teve sua denominação alterada para Quinto Pelotão da

Qüinquagésima Sexta Companhia PM.

Sendo seu primeiro comandante o então Segundo Tenente PM Kleber.

Recebendo o recém criado pelotão PM, da data de 23 de março de 1987, os

primeiros os soldados PM, movimentados por necessidade do serviço para o

Pelotão.

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Na foto 1, Policiais Militares, em

frente à sede do Pelotão PM.

Localizada na Rua Quinze de

Novembro, esquina com a Rua Santa

Rita, (atual Auto Escola Modelo.

Foto 2, militares do pelotão PM,

durante treinamento físico semanal.

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-Trezentas ocorrências policiais por ano e uma triste lembrança.

Durante boa parte da década de 1980, até meados de 1988, o número de

registros de ocorrências policiais no município, era de aproximadamente

trezentos boletins de ocorrência e boletins de ocorrência simplificados por ano.

Era uma época de tranqüilidade. Isso não é sinal que o efetivo policial militar,

não tinha trabalho e sim um sinal de a demanda, bem como a conjuntura social

eram diferentes do quadro atual. Dessa época, uma ocorrência que marco

todos policiais militares, que dela participaram, bem como a comunidade local;

foi um fato de duas crianças, terem se afogado, em um lago localizado na

fazenda do Matão. No momento em que retiraram os corpos das crianças da

água, elas estavam abraçadas. “Foi, só choro”, lembra o Cabo Nicanor, que na

data dos fatos, era Soldado e participou do atendimento da ocorrência.

Na foto, o então Terceiro Sargento

Waldir, na Praça Presidente Vargas.

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-Civismo também é coisa de Policia.

A Polícia Militar, na cidade de Extrema, sempre esteve ao lado da sociedade

com a qual sempre se relacionou de maneira salutar. Não apenas no

atendimento de ocorrências e no policiamento preventivo, mais também nos

momentos de comemoração, promovendo não apenas a paz social, mais

também o civismo e promoção da cidadania, valores maiores de nossa nação.

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Na seqüência de fotos, policiais

militares do Pelotão PM, hasteando o

pavilhão nacional, durante as

comemorações do sete de setembro.

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-Mudança de sede.

Na década de 1990, o pelotão se muda da Rua Quinze de Novembro, para a

Av. Benedito Zinguere, no bairro Bela Vista. Onde hoje funciona o PSF,

daquele bairro.

A nova década inicia-se trazendo novos desafios e reafirmando outros bem

conhecidos dos militares, como problemas rotineiros na manutenção das

viaturas, furtos e roubos ocorridos na BR-381, atendido pelos militares da

fração PM de Extrema.

-Policiais Militares, fazem um parto de emergência.

Nesse período, dois policiais militares, o então Cabo PM Waldeque e o então

Soldado PM Reginaldo, foram chamados para atender uma ocorrência, na qual

uma mulher estava entrando em trabalho de parto. De imediato, os militares

deslocaram-se para o bairro da Cachoeira, aproximadamente, atrás da

empresa Fagor, onde a solicitante residia em um sitio. Ao chegarem ao local,

os policiais militares, constataram que a solicitante já se encontrava em um

estágio avançado do trabalho de parto e que não seria possível remove-la, sem

antes ela dar a luz.

A única alternativa era os policiais militares, realizarem aquele parto. Tudo

correu perfeitamente, nos relata o senhor Waldeque Luiz Rosa, que na época

era o então Cabo Waldeque, que participou do atendimento dessa ocorrência,

Policiais Militares, em frente à

sede do Pelotão PM, no bairro

Bela Vista.

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juntamente com o Soldado Reginaldo, carinhosamente conhecido entre os

superiores, pares e subordinados como “Huck”.

Após o parto, os policiais militares, tiveram que carregar a mãe e o recém

nascido, por uma trilha de aproximadamente um quilometro, até o local onde

estava a viatura policial.

No ano de 1995, o governo federal inicia a duplicação da BR-381, trecho entre

as cidades de São Paulo-SP e Belo Horizonte-MG. Medida está que reflete

diretamente no cotidiano da cidade de Extrema, aumentando o fluxo de

pessoas que passam a visitar a cidade, e também aumentam de uma forma

considerável, os delitos contra o patrimônio, no setor do pelotão PM de

Extrema-MG. Fenômeno este, devido ao deslocamento de infratores oriundos

de outras localidades.

Na foto, o então Cabo PM

Waldeque. Que após ter deixado

a corporação, tornou-se corretor

de imóveis.

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-Pelotão Especial de Policia Militar.

Em primeiro de janeiro de 1997, a fração PM de Extrema, sofre uma nova

mudança. Dessa é elevada a categoria de Pelotão Especial. Sendo que o setor

de responsabilidade do recém criado pelotão, equivale à área da atual

Vigésima Sétima Companhia Independente de Policia Militar. O primeiro oficial

a comandar o pelotão especial de Extrema, foi o então Capitão PM Vanderley.

1

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2

-Mudanças à vista.

Entre os anos de 1998 e 2000, a Polícia Militar de Minas Gerais, inicia um

processo de mudança e modernização. Processo este, que passa pelos

uniformes, pré- requisitos para ingresso na corporação, logo marca e pinturas

das viaturas, que passam a serem brancas com as três faixas horizontais com

as cores tradicionais da “Milícia de Tiradentes”, ao invés do cinza e branco

anterior.

Mais a transformação maior, ocorre no interior castrense, na forma e na

maneira de se pensar e de se fazer polícia. Buscando no cidadão de bem, não

apenas uma fonte de informação, mais um parceiro, um aliado para se confiar

e dividir as responsabilidades pela paz social. Como reza a carta magma, “A

segurança pública, é dever do Estado. Direito e responsabilidade de todos.”

Art. 144 da CF do Brasil.

Foto 1, o então Cabo

PM Carlos,

empenhado no

policiamento de

trânsito.

Foto 2, Policiais

militares, durante

partida de futebol no

bairro da Roseira.

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-Companhia de Policia Militar.

O pelotão especial teve vida curta. Sendo em primeiro de janeiro de 2001,

extinto e em lugar nasce a Centésima Décima Sexta Companhia do Vigésimo

Batalhão de Polícia Militar. Processo esse que é fruto do planejamento

estratégico da corporação para enfrentar os desafios do novo século que ora

despontava no horizonte.

A 116º Cia, como ficou conhecida teve como primeiro comandante o Capitão

Robson, sendo que este militar permaneceu no comando da companhia por um

período de nove anos.

Viatura Policial

Militar, VPPMMG-

8343.

Conduzida pelo

então Terceiro

Sargento Esso.

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A 116º Cia PM, de casa nova.

Como parte do planejamento da agenda vinte e um da cidade de Extrema, que

traça as metas a serem alcançadas para que a cidade de Extrema venha a ter

um desenvolvimento com qualidade, nos próximos anos. É construído através

de uma parceria com a prefeitura municipal de Extrema, um prédio para ser

utilizado como sede da fração PM na cidade de Extrema. Sendo o novo

aquartelamento, com modernas e dinâmicas instalações. Oferecendo ao

policial militar e a todos os cidadãos que por qualquer motivo passe pelas

instalações, mais segurança e conforto.

Policiais Militares, no interior do

primeiro aquartelamento da 116 Cia.

Na Av. Benedito Zinguere, (atual PSF),

no bairro Bela Vista.

Foto tirada durante o aniversário do

então Segundo Sargento PM Romeu

Pinto de Carvalho. Compõem a

fotografia os Soldados PM Nicanor e

André.

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O prédio foi entregue pelo município a Policia Militar em agosto de 2002,

durante uma cerimônia que contou com a presença do então comandante da

Sexta Região de Policia Militar, comando ao qual o Vigésimo Batalhão de

Policia Militar estava subordinado na época.

Vista parcial da sede da Centésima Décima Sexta Companhia, atual Vigésima Sétima Companhia

Independente de Policia Militar.

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Placa comemorativa a

inauguração das novas

instalações da Centésima

Décima Sexta

Companhia.

Em 31 de agosto de 2002.

Um prédio de instalação

moderna, proporcionando ao

servidor, ótimas condições de

trabalho e desempenho

profissional, para a atividade

meio.

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-Valorização profissional e trabalho.

Estas são as marcas desses novos tempos na fração PM da cidade de

Extrema. Uma vez que no ano de 2003, é sancionada pelo então governador

do Estado de Minas Gerais, a lei que altera a promoção de praças na Policia

Militar e no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais. Passando

assim, as praças com mais de dez na graduação de Cabo ou Soldado, a terem

direito a promoção.

Na foto, os primeiros policiais

militares integrantes da Centésima

Décima Companhia a serem

beneficiados com a lei de promoção

de praças.

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- Trabalho.

Para fazer frente às diversas demandas sociais e a criminalidade violenta,

fatores estes motivados pelos mais variados motivos, entre eles o uso e venda

de entorpecentes. A 116, inicia um trabalho com foco nas ações preventivas e

nas operações conjuntas com outros órgãos componentes do sistema de

defesa social.

Na foto, policiais

militares, policiais

rodoviários federais e

policiais civis,

reunidos, antes de

cumprimentos de

mandados de busca e

apreensão.

Em meados de 2006.

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-Vice-governador visita Extrema.

No inicio de janeiro de 2011, o vice-governador do Estado de Minas Gerais,

senhor Alberto Pinto Coelho. Realizou uma visita oficial a cidade de Extrema,

sendo que na ocasião, exercia a função de governador em exercício.

Tropa formada para a guarda de

honra. Um das ultimas atividades da

centésima décima sexta companhia

de Policia Militar, antes de ser

elevada a UEOP.

Governador em exercício discursa

aos presentes, no Cine Teatro

Municipal.

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-Nasce uma nova unidade.

No dia 25 de fevereiro de 2011, pontualmente às 10 horas, teve inicio a

solenidade de inauguração da Vigésima Sétima Companhia Independente de

Policia Militar, (27º Cia Ind PM), com sede na cidade de Extrema.

Fruto de um processo iniciado muito antes dessa data festiva, através do

trabalho e do empenho daqueles fazem ou um dia fizeram parte da fração

policial militar da cidade de Extrema-MG.

Nessas manchetes de jornais,

podemos ver uma parte do

processo político, que envolveu

o nascimento da 27º Cia Ind

PM.

Processo este, que envolveu o

governo municipal, governo

estadual e o alto comando da

instituição. O Comandante

geral da PMMG, Cel. PM

Renato e o Cel. PM, chefe do

EMPM, Cel. PM Sant. Anna.

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A elevação da 116º Cia PM/20º BPM, a unidade de execução operacional,

marca um novo tempo. Trazendo melhorias operacionais e administrativas as

quais refletem diretamente na sensação de segurança do cidadão extremense.

Tendo como seu primeiro comandante o Major PM Robson Batista Franco.

Major Robson Franco,

comandante da 27º Cia Ind PM,

discursa aos presentes, por

ocasião da inauguração da nova

UEOP.

Na foto, o senhor Cel. PM

Campos, comandante da 17º

região de Policia Militar,

juntamente com o senhor Major

Robson Franco, comandante da

27º Cia Ind. PM, juntamente dom

sua família. E demais autoridades

civis: Dr. Luiz, prefeito de Extrema

e o senhor deputado estadual

Dalmo. Em frente a placa alusiva

a data.

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Tropa da Vigésima Sétima Companhia Independente de Polícia Militar, em forma para solenidade.

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Delegados Municipais / Parceiros da PMMG em Extrema.

A chegada da Polícia Civil ao município de Extrema e sua organização, como

a conhecemos em nossos dias, iniciou-se a partir da segunda metade da

década de 1970. Sendo que até então, as funções de polícia judiciária, eram

confiadas a cidadãos escolhidos entre a população civil ordeira os quais

exerciam tais funções de maneira voluntária e eram nomeados pelo governo

estadual, através de decreto estadual, denominados Delegados Municipais.

Tais delegados, exerciam todas as funções regulamentares referentes as

atribuições de polícia judiaria estadual, em toda a área do município, realizando

diligências, instaurando inquéritos, etc. Como não tinham ao seu dispor uma

equipe de profissionais, buscavam apoio junto aos policiais militares,

destacados na cidade de Extrema.

Encontrando, não apenas cortesia profissional, mais estabelecendo laços de

amizade e companheirismo, compartilhando o espaço físico, (uma vez que o

quartel PM, era no mesmo prédio destinado a delegacia de polícia), mais

também compartilhavam das mesmas dificuldades e das mesmas alegrias,

somando esforços para o bem comum e a promoção da paz social e

tranqüilidade extremense.

Os delegados municipais de Extrema atendiam também a cidade de Toledo e

em muitas das vezes, eram requisitados para ocorrências na BR-381, tais

como acidentes com vitimas fatais, etc.

Durante a confecção deste trabalho, tive o prazer de conhecer os senhores

ex-delegados municipais, Jair Crescente e José Ferreira Pó, com os quais ao

lado do senhor Sebastião, contribuíram de uma maneira plena, para a

qualidade deste trabalho.

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O senhor, Jair crescente, foi nomeado Delegado Municipal de Extrema,em 31

de dezembro de 1956, com base na lei de número 1.527, artigo 25. Um fato

muito interessante e curioso, é que o senhor Jair Crescente, nunca foi

oficialmente destituído do seu cargo, encontrando-se de certa maneira ainda

em serviço.

Carteira de identificação de

Delegado Municipal do Senhor

Jair Crescente.

Ao lado, trecho do diário oficial

do Estado de Minas Gerais,

constando a nomeação do senhor

Jair Crescente, para o cargo de

Delegado Municipal.

Abaixo, uma foto atual do senhor

Jair Crescente.

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. O Pracinha Delegado.

Antes de ser nomeado delegado municipal da cidade de Extrema, na data de

25 de abril de 1947, o senhor José Augusto Ferreira Pó, já havia prestado

relevante serviço à nação brasileira, cruzando o Oceano Atlântico, para tomar

parte na maior epopéia militar brasileira, como membro da Força

Expedicionária Brasileira, (FEB), como Cabo do Nono Batalhão de Engenharia,

do Exército Brasileiro.

Acima, certificados recebidos pelo então Cabo José Augusto Ferreira

Pó, por sua participação como Combatente brasileiro na Segundo

Guerra Mundial.

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Ao lado, temos o decreto lei

número 2.105 de 25 de abril de

1947, nomeando o senhor José

Augusto Ferreira Pó, para o cargo

de Delegado Municipal.

Abaixo o senhor José Augusto

Ferreira Pó atualmente e durante

sua passagem pela FEB.

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Todos os delegados municipais desempenhavam suas atribuições de maneira

democrática e em muitas das vezes sacrificavam não apenas o tempo, com

seus afazeres profissionais e com suas famílias, também seus bens pessoais.

Como em muitas das vezes, o senhor Jair Crescente, cedeu seu veículo

particular, (um VW/Kombi), para o atendimento de ocorrências e outras

diligências policiais. Deixo minha gratidão e admiração a esses eternos

parceiros da Polícia Militar e da comunidade extremense.

Cabe ainda ressaltar que além dos delegados aqui citados, a Policia Militar

na cidade de Extrema, contou e ainda conta com a importante e salutar ajudar

de membros proativos da comunidade extremense. Que prestam um papel

fundamental, na promoção da paz social, seja apoiando e divulgando dentro da

sua esfera de atuação o trabalho da PM, ou simplesmente mantendo uma

conduta ética e social exemplar. Na foto abaixo em destaque o senhor João

evangelista Pereira, filho do senhor Anthero Paula Pereira, já falecido que após

ter cumprido o serviço militar obrigatório, na década de sessenta, retornou a

cidade de Extrema, onde residiu com sua família no bairro dos Pires e lá

colaborou na promoção e divulgação da paz social e do trabalho da polícia

militar em prol da sociedade.

Na foto o senhor João Evangelista

Pereira à esquerda ao seu lado

seu colega caserna Odair, durante

o período do seu serviço militar

no 14º GAC, na cidade de Pouso

Alegre-MG.

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Nosso Trabalho.

(Projetos desenvolvidos pela PMMG em Extrema)

Proerd.

Programa Educacional de Resistência às Drogas, este programa é realizado nas Escolas da rede pública e privada de ensino, entrando na grade curricular. E com o apoio da Professora, são repassadas, um total de 10 lições aos alunos do quinto ano, (quarta série do ensino fundamental), de como se manter longe das drogas e situações de violência. Ensinando estratégicas de como resistir e recusar ao oferecimento de drogas.

O Proerd, implantado na cidade de Extrema no ano de 2003. Sendo que de imediato, projeto contou com total apoio do poder público e todos os profissionais de educação, os quais disponibilizaram todos os recursos necessários para o sucesso do programa.

Patrulhamento Rural.

Patrulhamento Comunitário Rural é uma modalidade de Policiamento destinada aos cidadãos moradores da zona rural, (rurícolas), com o objetivo de transmitir a estes um sentimento de segurança e confiança na instituição. Essa modalidade de policiamento foi implantado em Extrema no ano de 2006.

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Rádio Patrulhamento.

Policiamento motorizado, orientado pela demanda social, de modo a otimizar a qualidade na prestação do serviço policial militar.

Viaturas policiais,

dispostas no terreno

durante realização de

operação fronteira.

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-Apreensões e ocorrências de destaque.

Diversas apreensões de

matérias, dinheiro, drogas

e armas. Realizada pelas

guarnições.

Policiais Militares mineiros e

paulistas, durante rastreamento e

busca de infratores na divisa

entre os dois Estados.

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-Palestras e ações comunitárias.

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GALERIA DOS EX- COMANDANTES.

Até 1986. Destacamento Policial Militar- 56 Cia/ 20 BPM.

Comandante: Segundo Sargento PM José Pio da Fonseca.

Em primeiro de janeiro de 1987, elevado a Pelotão de Policia Militar,

primeiramente a Sexto Pelotão e posteriormente teve sua denominação

alterada para quinto pelotão, da Qüinquagésima Sexta Companhia de Policia

MIlitar.

Tendo como comandantes seguintes Oficiais:

-Segundo Tenente PM Kleber, pelo período de um ano. De 1987 a 1988.

-Segundo Tenente PM Nilton, pelo período de quatro anos. De 1988 a 1992.

-Segundo Tenente PM Franco, pelo período de um ano. De 1992 a 1993.

-Segundo Tenente PM Xavier, pelo período de um ano. De 1993 a 1994.

-Segundo Sargento Mauro Marques, respondendo pelo comando do Pelotão,

de janeiro a julho de 1994. (Por necessidade do serviço, autorizado pelo

Comando Geral da PMMG, exercendo a função de segundo Tem PM.)

-Segundo Tenente PM Ferreira, pelo período de um ano. De 1994 a 1995.

-Segundo Tenente PM Robson, pelo período de um ano. De 1995 a 1996.

Em primeiro de janeiro de 1997, o Pelotão PM, é elevado à categoria de

Pelotão Especial de Policia Militar.

Sendo designado como primeiro comandante, o Capitão PM Vanderley. De

janeiro de 1997 a junho de 1997.

- Primeiro Tenente PM Ferreira, pelo período de um ano. De 1997 a 1998.

-Primeiro Tenente PM Robson, pelo período de dois anos. De 1998 a 2000.

Em primeiro de janeiro de 2001, o Pelotão Especial de Policia Militar, foi

elevado à Companhia de Policia Militar, recebendo a denominação de

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Centésima Décima Sexta Companhia de Policia Militar subordinada ao

Vigésimo Batalhão de Polícia Militar, com sede na Cidade de Pouso Alegre-

MG.

Tendo como primeiro comandante, o então Capitão PM Robson,

permanecendo no comando durante o período de nove anos. De 2001 a 2010.

Em dezembro de 2010, assume o comando da companhia o Capitão PM Mauro

Rogério Marques, pelo período de um ano. De 2010 a 2011.

Sendo que em primeiro de janeiro de 2011, a então Companhia é elevada a

categoria de Companhia de Policia Militar Independente, (Cia PM Ind),

recebendo a denominação de Vigésima Sétima Companhia Independente de

Polícia MIlitar, com status de UEOP, (unidade de execução operacional),

ficando diretamente subordinada à Décima Sétima Região de Policia Militar.

Sendo designado para o seu comando o Major PM Robson Franco.

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EXCOMANDANTES.

-SEGUNDO SARGENTO PM JOSÉ PIO DA FONSECA.

CMT DE DESTACAMENTO POLICIAL MILITAR.

-SEGUNDO TENENTE PM KLEBER.

-SEGUNDO TENENTE PM NILTON.

-SEGUNDO TENENTE PM FRANCO.

-SEGUNDO TENENTE PM XAVIER.

-SEGUNDO TENENTE PM FERREIRA.

-SEGUNDO TENENTE PM ROBSON.

CMT DE PELOTÃO.

-CAPITÃO PM VANDERLEI.

CMT DE PELOTÃO ESPECIAL.

CAPITÃO PM ROBSON.

CAPITÃO PM MAURO.

CMT DE COMPANHIA.

MAJOR PM ROBSON FRANCO.

CMT DE UEOP/CIA PM IND

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O autor:

Alexandre José Quirino, Cabo Policial Militar, incluído nas fileiras da Policia Militar do Estado

de Minas Gerais, desde o ano de 2002. Teólogo, um dos fundadores da Delegacia Armelim

Guimarães, da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, na cidade de Itajubá-MG,

associação da qual fez parte como membro pesquisador, entre os anos de 2007 e 2009.

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Bibliografia.

André, Ribeiro. Uma Janela para a Serra, primeira edição 2008, editada pela

Prefeitura Municipal de Extrema.

Cabo PM José Délcio, Ribeiro. História da Polícia Militar em Itajubá, primeira

edição junho de 2005, editada pela Gráfica e editora 30 Minutos.

Laércio Raymundo, Pereira. Um Século a Serviço do Exército, primeira edição

2001, |conselho editorial da Biblioteca do Exército.

Prefeitura Municipal de Extrema, Comissão da Agenda Vinte e Um de Extrema.

Agenda Vinte e Um, editada em 2006.

Pe. Luiz de Marco, Filho. História da Polícia Militar de Minas Gerais.

REVISTA O ALFERES.

Tenente Francis Albert, Cotta. Uma Breve História da PMMG.

Soldado PM Alexandre José, Quirino. O Oitavo Batalhão da Força Pública de

Minas Gerais na Revolução Constitucionalista de 1932. Pesquisa apresentada

na Delegacia Armelim Guimarães, (Itajubá-MG), da Academia de História

Militar Terrestre do Brasil, em maio de 2007.

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