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GODINHO LOPES E O FUTEBOL NA RAEM “Sporting de Macau deve propor soluções” PÁGINAS 14-15 TEMPO POSSIBILIDADE DE TROVOADAS MIN 26 MAX 35 HUMIDADE 40-90% • CÂMBIOS EURO 9.6 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUARTA-FEIRA 1 DE AGOSTO DE 2012 ANO XI Nº 2663 PUB Ter para ler HABITAÇÃO ECONÓMICA Deputados dizem que alugar T1 é admitir erro PÁGINA 2 Julgamento de jovens põe mundo a olhar para a Rússia CENTRAIS XANGAI LIDERA LISTA NA CHINA População urbana cada vez tem mais poder de compra PÁGINA 7 MEDIDA EM ESTUDO Motas poderão ser proibidas na ponte da Amizade PÁGINA 4 Recusa qualquer responsabilidade nos erros de gestão apontados pelo relatório, do qual discorda, e garante não ter havido corrupção. Em resposta ao Hoje Macau, os Serviços de Economia e Finanças dão-lhe razão, afirmando que a diferença nas contas, identificada pela auditoria, deveu-se a erro humano do organismo. PÁGINA 3 Christiana Ieong, ex-coordenadora do Gabinete para a Participação de Macau na ExpoXangai, sobre o relatório do Comissariado de Auditoria “A minha missão era ter tudo feito a tempo” PUTIN, IGREJA ORTODOXA E PUNK

Hoje Macau 01 AGO 2012 #2663

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Edição do Hoje Macau de 1 de Agosto de 2012 • Ano X • N.º 2663

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Page 1: Hoje Macau 01 AGO 2012 #2663

GODINHO LOPESE O FUTEBOL NA RAEM

“Sporting de Macau deve propor soluções”

PÁGINAS 14-15

TEMPO POSSIBILIDADE DE TROVOADAS MIN 26 MAX 35 HUMIDADE 40-90% • CÂMBIOS EURO 9.6 BAHT 0.2 YUAN 1.2

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • QUARTA-FEIRA 1 DE AGOSTO DE 2012 • ANO XI • Nº 2663

PUB

Ter para ler

HABITAÇÃO ECONÓMICA

Deputados dizem que alugar T1é admitir erro

PÁGINA 2

Julgamento de jovens põe mundo a olhar para a Rússia

CENTRAIS

XANGAI LIDERA LISTA NA CHINA

População urbana cada vez tem mais poder de compra

PÁGINA 7

MEDIDA EM ESTUDO

Motas poderão ser proibidas na ponte da Amizade

PÁGINA 4

Recusa qualquer responsabilidade nos erros de gestão apontados pelo relatório, do qual discorda, e garante não ter havido corrupção. Em resposta ao Hoje Macau, os Serviços de Economia e Finançasdão-lhe razão, afirmando que a diferença nas contas, identificadapela auditoria, deveu-se a erro humano do organismo. PÁGINA 3

Christiana Ieong, ex-coordenadora do Gabinete para a Participaçãode Macau na ExpoXangai, sobre o relatório do Comissariado de Auditoria

“A minha missão era ter tudo feito a tempo”

PUTIN, IGREJA ORTODOXA E PUNK

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2 política quarta-feira 1.8.2012www.hojemacau.com.mo

Governo abre portapara alterações no futuroO Governo aceitou alterar a lei eleitoral para a Assembleia Legislativa (AL). Foram aditadas ressalvas aos artigos que dizem respeito às eleições por sufrágio directo e pela via indirecta. São acrescentos que sublinham a possibilidade de se modificar de novo o diploma depois das eleições de 2013. “Com esta ressalva, está aberta a porta para que venha a ser alterada a metodologia no futuro para as posteriores legislaturas”, explicou ontem Chan Chak Mo, presidente da segunda comissão permanente da AL. Para as eleições do próximo ano, a lei fixa em 15 os deputados escolhidos pela população e em 12 os eleitos numa lógica de base corporativa. Mas com este aditamento, destaca o deputado, “no futuro pode ser diferente”.

Rita Marques Ramos *[email protected]

OS deputados mais críticos face à gestão do dossier das habitações

económicas/sociais consi-deram que o Governo fez um tremendo erro de cál-culo face às necessidades da população, ao evitar a auscultação necessária.

O Governo, através do presidente do Instituto da Habitação (IH), acabou por reconhecer em parte o erro, ao não colocar para já à ven-da as habitações económicas T1 - que não satisfazem a primeira vaga de candida-tos - no edifício Ip Heng, em Seac Pai Van, Coloane. Tam Kuong Man disse estar a ser analisado o que fazer com estas casas, ponderando o seu arrendamento, ou seja, transformá-las em sociais.

Pereira Coutinho, voz crítica desta política, diz haver falha do Governo no reconhecimento do erro. “Aquelas casas são eco-nómicas, não se vão pôr pessoas deficientes, idosas, com dificuldades económi-cas [público das habitações sociais] no pico do inferno em Coloane. Como é que as pessoas se deslocam para Macau?”

As casas em questão, acusa, não foram bem pla-neadas para o sector que procura comprar casa a me-nor custo. “O que as pessoas querem são casas económi-cas porque a classe média não consegue comprar no sector privado.” De qualquer forma, se for transformado

Deputados afirmam que aluguer de T1 em Seac Pai Van é o Governo a admitir o erro com a emenda possível

Depois do mal estar feito...Um erro colossal que podia ter sido evitado. É assim que vários deputados vêem a hipótese de se alugar habitação económica T1. Pereira Coutinho vai mais longe e fala em pessoas carenciadas a terem de ficar “no pico do inferno em Coloane”

O facto de, segundo as normas vigentes no diploma, duas recusas darem direito a cancelamento do nome da lista, tem de ser ponderado caso a caso, indica. “Muda-rem de zona não só influen-cia a vida dos candidatos como da sua família porque, por exemplo, têm de mudar a escola dos filhos.”

“PREÇO NÃO É RAZOÁVEL”Os deputados da Associação Novo Macau partilham da mesma opinião quanto aos valores de compra das casas económicas: “o preço não é razoável”.

O rácio bonificado das fracções autónomas de habitação económica, ou seja, o valor que o Governo assume, tendo em conta a ponderação do preço das casas do sector privado, é “mais ou menos metade do preço de habitação pri-vada [46,3%]”, refere Paul Chan Wai Chi. O deputado acredita que “se os preços no mercado imobiliário não são razoáveis, o preço da habitação económica também não”, pelo que se deve considerar “o custo da construção e o rendimento dos residentes”.

Au Kam San explica que “não é razoável” porque “o rácio bonificado não existe” já que o Governo não injecta esta diferença, saindo a ga-nhar. E dá um exemplo. “O Governo usou 400 milhões na construção de Edifício Alameda da Tranquilidade, em Macau, e as habitações vão ser vendidas no total em 800 milhões.”

Nestes casos de habi-tação económica, realça, não se passa o mesmo que nas sociais. “O Governo não tem de pagar o custo de reparação, só precisa de avançar com o custo de construção e mais nada.” Na sua opinião, os preços dos apartamentos económicos podiam por isso ser mais baixos. - * com Cecília Lin

ou casal comprar um T1 tem de considerar o futuro, a curto-médio prazo, e a impossibilidade de alargar a família.”

NECESSIDADES ESQUECIDASPereira Coutinho não per-doa. “O défice de auscul-tação à população quanto à carência de alojamento originou a falta de planea-mento e erro na construção. Por isso é que dois terços da habitação em Seac Pai Van tem apenas um quarto.”

No seu entender, as casas de dois, três e quatro quartos iriam satisfazer melhor as necessidades da população. “A política do IH perturba os planos de vida dos candida-tos. Fez demasiados T1, de dimensões muito pequenas.”

Au Kam San tem vindo a público acusar o Governo de obrigar os cidadãos ca-renciados e com incapaci-dades a escolher habitações longe do centro da cidade. O caso mais flagrante, por si apontado, foi de uma mulher portadora de defici-ência física, em risco de não poder ser candidata a estas habitações por ter recusado duas vezes soluções justifi-cadamente inviáveis. “O IH tem que perguntar primeiro aos candidatos se se impor-tam com a habitação em Coloane porque as pessoas, por norma, não queriam a habitação nessa ilha mas antes em Macau e na Taipa.”

o seu objectivo inicial – ou seja, disponibilizar os T1 para aluguer, como habita-ção social – Coutinho avisa que têm de ser pensadas condições para o novo pú-blico. “Centros de saúde, lojas, supermercados para se facilitar a vida destas pessoas”, enumera o tam-bém presidente da ATFPM.

“Está-se a construir um gue-to e um isolamento porque as pessoas vão ter dificuldades para vir a Macau.”

PRÓS E CONTRASO pró-democrata Au Kam San vê na medida uma boa solução dentro do “mal já feito”. “Há mais candida-tos de habitação social que

querem T1, mas menos em lista para as habitações eco-nómicas.”

No entanto, ressalva, “da próxima vez o Governo tem de analisar bem o número do candidatos de T1, algo que não fez quando usou dados de 2004 e 2005 para cons-truir [as 19 mil constantes do plano de] habitação social”.

Nas terras em fase de recuperação pelo Governo, o dirigente da Associação Novo Macau [ANM] acredi-ta que devem ser usadas para construções económicas, as mais urgentes para os resi-dentes, ou seja, “deve abrir o registo dos candidatos para saber dados novos e actualizados”.

Paul Chan Wai Chi apon-ta o dedo à estratégia dos “hotéis económicos” anun-ciados na semana passada, já que as fracções são, mais do que a primeira medida, uma necessidade crescente e insaciada. O também dirigente da ANM explica que, com a mudança na Lei de Habitação Económica, os que antes compravam casa e tinham possibilidade de a vender a seis anos agora só o podem fazer ao fim de 16. “Os candidatos pesam melhor a escolha da habita-ção, ou seja, se uma pessoa

“Aquelas casas são económicas, não se vão pôr pessoas deficientes, idosas, com dificuldades económicas [público das habitações sociais] no pico do inferno em Coloane. Como é que as pessoas se deslocam para Macau?”

“O IH tem que perguntar primeiro aos candidatos se se importam com a habitação em Coloane porque as pessoas, por norma, não queriam a habitação nessa ilha mas antes em Macau e na Taipa”

“Se os preços no mercado imobiliário não são razoáveis, o preço da habitação económica também não”, pelo que se deve considerar “o custo da construção e o rendimento dos residentes”

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3políticaquarta-feira 1.8.2012 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

O Comissariado de Auditoria teceu duras críticas à gestão fin-caneira do gabinete que dirigia. Concorda com os apontamentos do organismo?Importa salientar que agora não estou com o Governo e não estou em posição de comentar esse as-sunto. No geral, não posso dizer que concordo totalmente com o relatório. Quando me atribuíram esse trabalho [de coordenação do gabinete], quando o aceitei, já tinha passado um ano ou dois de outros o terem aceite. A minha primeira tarefa era conseguir cumprir a data de abertura, o que já era bastante complicado. Foi o meu ponto de concentração.

Uma das acusações é que o ga-binete “não estimou de forma integrada e científica as despe-sas globais”. Por que usaram comparações com a Expo 98 e os pavilhões de Hong Kong no orça-mento dos pavilhões de Macau?Anteriormente não havia presidên-cia. Não havia nada antes com que nos pudéssemos referenciar, daí termos usado os custos da Expo de Lisboa e dos pavilhões que Hong Kong para construir uma referência. E, no final e em média, estivemos abaixo do orçamento. Aliás muito abaixo do orçamento. E gostaria de frisar isso.

Percebe-se pelo relatório que há uma discrepância de 34 milhões de patacas entre o valor calcula-do para aquisição de equipamen-tos e as facturas apresentadas. Como se explica isto?Quanto aos bens imóveis, a conta-bilização que cria a discrepância foi feita de acordo com a nova avaliação dos serviços de alfândega da China. As contas não foram feitas de acordo com os nossos cálculos. Os bens estiveram quase um ano na China, expostos no pavilhão. Trouxemo-los

REFORÇANDO o que Chris-tiana Ieong disse na entre-

vista, também os Serviços de Economia e Finanças afirmam que não há bens desaparecidos e que estão todos sob a sua alçada.

Em resposta ao Hoje Macau, a porta-voz do organismo explica que a discrepância encontrada entre os valores calculados e apresenta-dos dos equipamentos imóveis se deveu ao erro de um funcionário. “Erradamente fez um registo de equipamento tendo em conta a avaliação de serviços de alfânde-ga”, lê-se no comunicado enviado ao jornal. “O registo correcto tem

que ser o preço de compra do equipamento original. Isso causou a diferença. Todos os equipamentos e bens imóveis que foram usados na Expo Xangai já voltaram para Macau e foram remetidos aos Serviços de Economia e Finanças.”

Alguns foram mesmo transfe-ridos para outros departamentos públicos, segundo o organismo. Por exemplo, um robô foi doado ao Centro de Ciência de Macau.

FRANCIS TAM CONCISOTambém o secretário da tutela, Francis Tam, falou pela primeira vez do caso. O secretário para a

Economia e Finanças diz que não há corrupção no caso, reiterando o que assume a ex-coordenadora do gabinete. Mas não se estende muito nas explicações. Remete-as antes para uma conferência específica para debater o assunto, realçando apenas o essencial: “não envolve qualquer tipo de corrupção”.

A DSF estava encarregue de fechar o dossier do gabinete e alegou que as despesas de funcionamento, que surgem no relatório como não tendo sido calculadas, estavam dentro das despesas normais dos próprios serviços.

Christiana Ieong explica ao Hoje Macau o que pensa sobre o relatório do Comissariado de Auditoria e recusa qualquer responsabilidade nos erros apontados pelo documento

Auditoria Ex-coordenadora do Gabinete para a Participação de Macau na ExpoXangaiem discurso directo sobre o polémico relatório de “má gestão financeira”

“Ninguém cometeu actos de corrupção”

de volta a Macau e foram avaliados outra vez. A diferença nos valores deve-se a uma depreciação do valor real dos materiais. Mas não se pode dizer que os bens não estão listados, está tudo na lista que entregámos à Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), devolvemos tudo e está tudo a cargo deles.

Fala-se, contudo, num total de cerca de 38 milhões de patacas a mais, que inclui também despesas com o funcionamento do gabine-te, como o pagamento de salários.Isso eram operações de custo. Todas as pessoas que chegaram

ao gabinete vieram para ajudar. Alguns vieram de outros departa-mentos, onde estariam a trabalhar. Teriam de ser pagos de qualquer forma, só vieram ajudar o gabinete por um mês ou assim. Desta forma, não houve aumento no orçamento geral.

Quem chamou esses empregados e por que razão não ficaram os encargos deles no orçamento global?Nessa altura não sabia quem ou quantos empregados vinham. A eles foi-lhe atribuída a missão de me ajudar. Não me cabia a mim decidir quem vinha trabalhar comigo. Estava a pedir ajuda a diferentes departamentos e coube--lhe encontrar essa ajuda.

Foi o Governo, portanto, que deci-diu quem iria trabalhar consigo?Sim, sim. E mesmo a estrutura em que isso seria feito, não me cabia a mim

Serviços de Finanças admitem avaliação erradade funcionário no cálculo dos bens imóveis do pavilhão

Um erro humano

definir. Só fui chamada para coorde-nar um ano ou dois anos depois, toda a gente sabe. Tinha a responsabilidade de fazer algo por Macau. Mas éramos apenas 90 pessoas.

A responsabilidade de pagar a essas pessoas era de quem? Era dos departamentos a que pertenciam. Cabia-lhes mandar alguém ou não. E os enviados eram instruídos sobre o que iriam fazer e depois vinham trabalhar por um curto período de tempo. Por isso, o Governo teria de lhes pagar de qualquer forma. Não era dinheiro extra que o Governo estava a pagar. Mas volto a frisar, a minha missão era conseguir que os pavilhões ficassem prontos para o dia da abertura e também ter tudo feito a tempo. Durante as operações, toda a logística do gabinete não era da minha responsabilidade.

O projecto acabou por ser en-tregue à DSF antes de serem encerradas as contas, certo?O Governo vai falar disto, até por-que deve ser dado crédito a quem esteve envolvido na equipa. É importante salientar que ninguém cometeu actos de corrupção. O que aconteceu foi uma questão de contas, que podem ser novamente feitas pela DSF. A DSF tem de actualizar os seus livros de contas. Ainda assim, reforço, não posso dizer que concordo com o relató-rio. Só que não estou na posição de comentar, porque isso está sob tutela dos Serviços de Economia e Finanças.

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4 sociedade quarta-feira 1.8.2012www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

A pouco mais de duas semanas da ponte Sai Van passar a ter uma via exclusiva para motoci-

clos e ciclomotores, a Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) sublinha que a medida vai dar tempo e estímulo para implementar a melhor solução a aplicar na ponte da Amizade, que regista mais acidentes envolvendo estes veículos.

No local dos trabalhos pre-paratórios de implementação da nova medida, na Barra, Kuong Vai Cheok, chefe do departamento e desenvolvimento de tráfego da DSAT, admite que os ciclomoto-res e motociclos (abaixo e acima de 50cc, respectivamente) podem chegar à Taipa apenas a partir da ponte Sai Van. “Estamos a estudar a possibilidade de a passagem de ciclomotores – ou mesmo de todas as motas – vir a ser limitada na ponte da Amizade. Poderemos ainda baixar o limite máximo para estes veículos de 50 km/h para 60 km/h.”

Estas foram, de resto, as três sugestões mais viáveis, dadas pela população anteriormente, e podem

Andreia Sofia [email protected]

Cecília Lincecí[email protected]

“OS administradores querem que os

motoristas acelerem e neguem a segurança dos passageiros. Privam-nos de ter o tempo razoável de descanso e o objectivo é enganar os cidadãos, dis-farçando a sua incompe-tência de gestão. Eles são culpados pelos acidentes e a frequência irracional dos autocarros.” Estas foram as palavras afixa-das em diversos cartazes colocados nos terminais de autocarros, em pro-

testo contra a direcção da Reolian.

Aparentemente, terão sido postos pelos moto-ristas, mas não há certeza quanto a isso. É que os cartazes, que entretanto já foram retirados, não continham qualquer assi-natura. Serão, talvez, um sinal de futuros protestos.

Em comunicado, a di-recção da Reolian já veio desmentir as acusações, afirmando, em comuni-cado, que tudo não passa de difamação. “A Reolian pretende clarificar que as alegadas reivindicações são infundadas e não reflectem a realidade. A empresa nunca encorajou

os motoristas a conduzi-rem mais depressa para cumprir os horários. Ao invés disso, e desde o início das operações, que pedimos a todos os moto-ristas que conduzam com uma velocidade razoável para que a segurança seja uma prioridade.”

A Reolian afirma que vai investigar se a origem dos cartazes provém “dos motoristas ou de uma terceira entidade”, reser-vando-se “o direito de desenvolver acções legais contra os responsáveis”.

Hoje comemora-se o primeiro aniversário do funcionamento da con-cessionária em Macau.

O Gabinete de Protec-ção de Dados Pessoais

(GPDP) confirmou que não deu autorização para que os documentos retirados do computador de Steve Jacobs fossem transferidos para os EUA. Segundo o organismo, houve, de facto, um encontro com responsáveis da Venetian Macau, mas não foi consentida qualquer mudança.

O anúncio do GPDP chega dias depois de uma investigação do ProPublica – grupo norte--americano que se dedica ao jornalismo de investigação – re-velar que os ficheiros dos discos rígidos do computador de Steve Jacobs, ex-director executivo da Sands, foram transferidos para a sede da operadora em Las

Há três medidas em estudo para evitar acidentes na ponte

Motas podem deixar de circular na Amizade

Direcção da Reolian promete “acções legais”

Motoristas protestam com cartazes mistério

Transferência de ficheiros não foi autorizada

Discos de Jacobs sem documento de viagem

DSAT argumenta que a via exclusiva em Sai Van vai ajudar a pensar na melhor medida de segurança de trânsito a aplicar na Amizade. Baixar o limite de velocidade para 60km/h é outra hipótese em cima da mesa

ser “aplicadas em combinado”, ou seja, duas medidas em simultâneo.

Não se sabe, porém, por quanto tempo esta medida provisória, que começa a funcionar a 19 de Agosto, será aplicada. Segundo a DSAT, até chegarem a resultados concretos. “O objectivo é aumentar a seguran-ça nas passagens nas pontes porque sabemos que há muitos acidentes, sobretudo na Amizade. A Sai Van tem mais condições para instalar a passagem exclusiva, porque tem três vias, mas serve para definir medidas de segurança para a de Amizade.”

Depois de acabarem com os trabalhos no local onde as motas vão poder fazer a inversão de marcha, na zona da Barra, os funcionários da direcção coor-denada por Wong Wai instalarão as balizas de água, para separar a via exclusiva à direita nos dois sentidos da ponte. Estes separa-dores, informou ontem a DSAT, terão duas aberturas de 15 metros cada, em ambas as direcções, que distam 200 metros entre si, para salvaguardar acessos às ambulân-cias e veículos de emergência em caso de acidentes.

Os Operários e os Moradores foram ouvidos pelo pessoal res-ponsável da DSAT, trazendo novas sugestões sobre a segurança na implementação da nova medida. Eric Cheang Iok, da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, aconselha a que as autoridades de segurança estejam prontas a dar indicações mais claras, e sejam colocadas in loco, assim como haver mais informa-ções. “Os trabalhos preparatórios que estão a ser feitos devem ser divulgados atempadamente, pela internet e outros meios, para que os utentes da ponte saibam como proceder. Sobretudo os da via especial.”

Leong Meng Ian, da Asso-ciação Geral dos Operários, manifestou preocupação face ao número de sinalizações de trânsito nos dois sentidos e relati-vamente às entradas e saídas das pontes. “As sinalizações devem ser postas mais antecipadamente. Preocupamo-nos com as horas de ponta, nas curvas em que pode haver cruzamentos. A multa deve estar explícita também.”

Na ponte Sai Van, o limite de velocidade já imposto é de 60km/h e quem não cumprir tem de pagar 600 patacas.

Vegas. Alegadamente, a acção realizou-se alguns dias depois de Adelson ter despedido o en-tão director-executivo da Sands. A intenção seria preparar a defesa do magnata no processo que Jacobs interpôs no tribunal do Nevada.

O grupo ProPublica apon-ta o dedo à empresa de Sheldon Adelson, dizendo que a Lei de Protecção de Dados Pessoais de Macau pode ter sido violada. Por isso mesmo, o GPDP abriu um inquérito que, segundo o Jornal Tribuna de Macau, servirá para investigar se o comportamento da Venetian violou esse diploma. A inves-tigação vai ser conduzida em Macau. A Venetian pode ser multada até 80 mil patacas caso não tenha seguido a lei.

O Hoje Macau tentou ob-ter comentários por parte da Sands China, que se escusou a fazer qualquer declaração sobre a investigação de que está a ser alvo.

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5sociedadequarta-feira 1.8.2012 www.hojemacau.com.mo

Mais veículose acidentes face a 2011No primeiro semestre do ano circularam em Macau mais de 210 veículos motorizados, um aumento de 5% face a igual período de 2011, sendo que cerca de 112 eram motociclos, 53% do número total, enquanto mais de 83 mil eram automóveis ligeiros particulares (40% do total). Contudo, dados fornecidos pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que nos primeiros seis meses do ano foram distribuídas um total de 8.298 matrículas, um decréscimo de 1% face a igual período de 2011. 48% dessas matriculas pertencem a automóveis ligeiros particulares, enquanto 47% diz respeito a motociclos. Olhando para os acidentes de viação, registou-se uma subida de 4%, tendo ocorrido um total de 7.160 incidentes do género. Os acidentes registaram mais de duas mil vitimas, sendo que apenas seis foram mortais. Relativamente ao movimento nas fronteiras terrestres entre a RAEM e o Continente, mais de duas mil viaturas fizeram esse percurso, um crescimento de 7% face a 2011. O movimento nas Portas do Cerco representou 84% do total. Os transportes aéreos comerciais também aumentaram 3%, situando-se nos 17.913 voos. A maior parte das ligações foi estabelecida com a China, Taiwan e Tailândia. Quanto aos transportes marítimos, circularam mais de 56 mil pessoas nas viagens de barco entre Macau e Hong Kong, menos 8% face a igual período do ano passado. Já as viagens com a China aumentaram 10%.

Exportações e importações subiram em JunhoDados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) apontam para uma subida tanto ao nível das exportações como das importações, sendo que neste momento o défice da balança comercial se situa nos 5,31 mil milhões de patacas. Em Junho exportaram-se 650 milhões de patacas em produtos, uma subida de 4,5% face a igual mês de 2011. Quanto às importações, ascenderam a 5,96 mil milhões de patacas, mais 19,7% face a Junho do ano passado. Olhando para os valores do primeiro semestre deste ano, o comércio externo atingiu um valor de 38,73 mil milhões de patacas, um aumento de 24,4% face aos 31,14 mil milhões registados em 2011. Nos primeiros semestres deste ano exportaram-se produtos no valor de 3,95 mil milhões de patacas, um acréscimo de 16%. Hong Kong e China foram os principais receptores das exportações da RAEM.

Andreia Sofia [email protected]

A visita a Macau do espe-cialista em jogo patoló-gico Robert Ladoucer, da Universidade Laval,

do Canadá, não se resume a pa-lestras que ensinam a lidar com o vício. O académico está a colaborar com o centro de pesquisa sobre jogo do Instituto Politécnico de Macau (IPM), num estudo que pretende aprofundar a relação entre jogado-res e o bacará.

Em declarações ao Hoje Macau, falou dos objectivos a atingir. “O bacará é um dos jogos de casino mais populares em toda a Ásia, enquanto no Canadá e nos Estados Unidos as slot machines são mais populares. O bacará nunca foi estudado e queremos

A quarta edição da feira de pro-dutos de marca Guangdong-

-Macau começa já no próximo dia 2 e irá durar até domingo, 5 de Agosto, na Doca dos Pescadores.

A organização, que conta com diversas associações da RAEM e da China, bem como o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), pretende fomentar ainda mais os produtos fabricados no território e na província de Guangdong, com o objectivo de levá-los ao mercado dos países de língua portuguesa.

A intenção foi anunciada pela vogal executiva do IPIM, Irene

O especialista em jogo patológico Robert Ladoucer está a trabalhar com uma equipa da região sobre o bacará, “um dos mais populares jogos na Ásia”. Resultados devem ser submetidos ao Governo em 2013

Investigadores querem analisar perfis dos jogadores

Politécnico estuda bacará

identificar as percepções dos jogadores perante o jogo.”

Ainda não existe, contudo, uma data concreta para a finalização dos trabalhos, tendo sido apontada a possibilidade dos resultados virem a ser tornados públicos em 2013.

O Hoje Macau confirmou ainda, junto de fontes próximas, que ocorreram encontros “infor-mais” entre o investigador cana-diano e membros do Governo, com vista ao Executivo adquirir mais informações sobre como lidar com o jogo patológico.

“NA TEORIA NÃO FUNCIONA”Samuel Huang, professor do IPM da área do jogo e um dos

membros do centro de pesquisa, explicou as razões de estudar esta questão. “Queremos documentar as percepções dos jogadores de bacará, sendo um dos mais im-portantes jogos nos casinos de Macau, e é algo muito diferente face aos casinos estrangeiros. Alguns têm procedimentos muito naturais para atingir um resultado e uma forma muito própria de lidar com as cartas. Gostaríamos de estudar também os grandes vencedores, se bem que estes são casos isolados. Na teoria, o bacará não funciona, é apenas para divertimento.”

Robert Ladoucer realizou visitas a centros de tratamento

de jogo patológico e garantiu que quem lá trabalha “é competente e faz um bom trabalho”. “O pro-blema é que muitos jogadores, e não apenas em Macau, não vão ao tratamento. Cerca de 40% desistem prematuramente, mas muitos não vão porque estão convencidos que se conseguem controlar. Mas não encontram uma maneira de fazê-lo. A se-gunda razão é que pretendem continuar a jogar até recuperar o dinheiro perdido, o que é muito perigoso.”

Na opinião do académico, falta apostar na publicidade e não utilizar a palavra “tratamento” nestes casos.

Feira de produtos de marcaGuangdong-Macau começa quinta-feira

Levar a Chinaao mercado lusófono

Lau Si Io comenta túnel da UMAC O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io, referiu ontem, que após o incidente do desabamento do Túnel Subaquático do Novo Campus da Universidade de Macau, na secção do lado da Ilha de Montanha, o empreiteiro iniciou um relatório da ocorrência, o qual, será divulgado ao público assim que for entregue ao Governo. Lau Si Io adiantou que o Executivo sempre deu extrema importância ao início das obras e que o ponto mais importante do relatório será apurar as razões que levaram ao desabamento da estrutura, as consequências do incidente e os trabalhos de reparação necessários. Acrescentou ainda que assim que o relatório for entregue, o GDI e a empresa de fiscalização recrutada pelo Governo irão tomar medidas adequadas ao melhoramento das respectivas obras em curso.

Lau. Adiantou que já estão pro-gramadas “170 sessões de bolsas de contacto, um aumento de 22% face ao ano anterior”, tendo já sido confirmadas empresas de área vinícola, conservação de energia ou produtos alimentares, entre outras. No total, o centro

de convenções da Doca dos Pes-cadores irá acolher 247 stands.

Para este ano está também prevista a participação de 85 em-presas de Macau, onde a aposta será forte nos produtos fabricados ou com alguma ligação ao território. “40% das empresas expositoras de Macau participaram consecutiva-mente nas três edições anteriores, enquanto 60% chegaram a partici-par antes na mesma actividade. A participação activa das empresas expositoras demonstra por si a eficácia e a função da Feira.”

Do lado de Guangdong, estarão presentes 129 empresas. – A.S.S.

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6 nacional quarta-feira 1.8.2012www.hojemacau.com.mo

Governo da Região Administrativa Especial de MacauDirecção dos Serviços de Administração e Função Pública

Extracto do Aviso de Abertura do Concurso Centralizado de Ingresso Externo(Ref.: Concurso centralizado de ingresso nº 001-2012-AT-01)

Faz-se público que, por despacho do Chefe do Executivo, de 18 de Julho de 2012, se encontra aberto o concurso centralizado, de ingresso externo, de prestação de provas, nos termos do disposto no Regulamento Administrativo nº 23/2011 «Recrutamento, selecção e formação para efeitos de acesso dos trabalhadores dos serviços públicos», para o provimento de cento e vinte e oito (128) lugares vagos e dos que vieram a verificar-se no prazo de dois anos nos serviços públicos, na categoria de adjunto-técnico de 2ª classe, 1º escalão (índice de vencimento 260), da carreira de adjunto-técnico do grupo de pessoal técnico de apoio, nas áreas funcionais e formas de provimento abaixo descritas.

Área de apoio técnico-administrativo geral (01) — cento e treze (113) lugares vagosFormas de provimento — Lugares vagos no quadro - oitenta e sete (87) e lugares a preencher em regime de contrato além do quadro - vinte e seis (26).

Área de apoio técnico-administrativo com atendimento do público (02) — doze (12) lugares vagosFormas de provimento — Lugares vagos no quadro - nove (9) e lugares a preencher em regime de contrato além do quadro - três (3).

Área de Informática (03) — três (3) lugares vagosFormas de provimento — Lugares vagos no quadro - um (1) e lugares a preencher em regime de contrato além do quadro - dois (2).

Encontra-se publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 31, II Série, de 1 de Agosto de 2012, o aviso de abertura do concurso, cujo prazo para a apresentação de candidaturas decorre entre os dias 2 e 21 de Agosto de 2012. A admissão ao concurso faz-se mediante a apresentação de requerimento, em impresso próprio, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 250/2011, devendo o mesmo ser entregue, pessoalmente, dentro do prazo indicado e no horário de expediente (Segunda a Quinta-feira entre as 09:00h e as 17:45h e Sexta-feira entre as 09:00h e as 17:30h), na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, cave 1, Macau.

Para facilitar a apresentação de candidaturas e dos documentos necessários, está disponível o serviço de marcação prévia por via Internet.

As informações detalhadas sobre a candidatura e os documentos necessários podem ser consultadas na página electrónica desta Direcção de Serviços http:/www.safp.gov.mo/.

27 de Julho de 2012.

O Director, José Chu

NUM discurso pronuncia-do recentemente durante a sessão de abertura de um workshop entre os

funcionários de nível ministerial, o presidente chinês, Hu Jintao, prometeu que a China seguirá infle-xivelmente o caminho do socialismo com características chinesas.

O socialismo com características chinesas é uma bandeira que marca o desenvolvimento e o progresso da China moderna, afirmou o líder chinês. “Devemos seguir firmemente a orientação dos importantes pensa-mentos da Teoria de Deng Xiaoping e das Três Representatividades, aplicar plenamente o Conceito Científico de Desenvolvimento, observar e desenvolver o socialismo com carac-terísticas chinesas. Temos de seguir inflexivelmente o caminho correcto criado pelo Partido e pelo povo na prática a longo prazo, e não temer os riscos e ficar perplexos perante as perturbações.”

O presidente chinês pediu tam-bém para se impulsionar a reforma e a abertura. “Nunca seremos rígidos e estagnados, mas unire-

Hu Jintao garante que o seu país seguirá um caminho próprio de desenvolvimento

“Nunca seremos rígidos e estagnados”mos todas as forças que podem ser unidas, mobilizaremos todos os factores positivos que podem ser mobilizados, para superar com grande confiança todas as dificul-dades e riscos à nossa frente.”

ANALISTAS DE ACORDOHu esclareceu que o PCC tem grande confiança no curso socialista que está a seguir, comentou Wang

Huaichao, investigador da Escola do Partido do Comité Central do PCC. “As claras directrizes que o discurso estabeleceu para o futuro desenvolvimento do país dissiparão as más interpretações e promoverão o consenso entre o público antes do 18º Congresso Nacional do PCC.”

Os conceitos de reforma e aber-tura foram mencionados em diversas ocasiões durante o discurso de Hu,

O governo da China informou que fará inves-timentos em projectos importantes, numa

tentativa de encorajar o investimento privado a assumir um papel maior no desenvolvimento de áreas industriais vitais, incluindo sector ferroviário, serviços públicos, finanças e saúde.

O anúncio, feito após uma reunião regular do Gabinete, segue as regras divulgadas pela principal agência de planeamento económico da China – a Comissão Nacional de Desenvolvi-mento e Reforma – para abrir ao sector privado

indústrias estratégicas, actualmente dominadas por companhias estatais.

“A reunião do Gabinete pediu a várias regiões e departamentos do governo que tomem medidas sinceras e efectivas para implementar políticas a fim de criar um ambiente que seja justo, transpa-rente e previsível para todos os agentes do mer-cado, incluindo os privados”, afirmou o governo central num comunicado divulgado no seu site. “A China deve lançar alguns projectos impor-tantes quanto antes, para permitir investimentos

privados em empresas do sector ferroviário, serviços públicos, energia, telecomunicações, finanças, saúde e educação”, afirmou o Conselho Estatal, depois de uma reunião presidida pelo primeiro-ministro Wen Jiabao.

Não houve menção sobre as quantias envolvidas ou se qualquer dos montantes nos projectos era uma despesa nova. A Comissão afirmou na semana passada que divulgou 42 novas regras para atrair investimento privado e remover impedimentos.

Incentivos para investimento privado em sectores estratégicos vão ser reforçados

Novas regras de atracção

o que, segundo os analistas, reflecte a firme posição e a forte confiança do PCC nesta política, e é uma clara resposta às preocupações com os pro-blemas que o país está a enfrentar no seu desenvolvimento. “O discurso de Hu mencionou todas as orientações da reforma e incluiu a transformação do modelo de desenvolvimento eco-nómico e o impulso da reestruturação política.”

Open Tender Notice

Request for Proposal – Outdoor Wifi System installation at Macau International Airport

(RFQ-144)

1. Company: Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)2. Tendering method: Open tendering3. Objective: To select a supplier to supply and install Outdoor Wifi Sys-

tem at Macau International Airport.4. Request for tender documents:

Tender Notice and Tender Document can be downloaded from MIA’s website www.macau-airport.com until 7 days prior to the deadline for submission of Bidders’ tenders. Please regularly check the website un-til the deadline for submission of Bidder’s tenders for any clarifica-tion or amendment in the Tender Document.

5. Location and deadline for submission of Bidder’s tenders:Macau International Airport Co. Ltd. (CAM)4th Floor, CAM Office Building. Av. Wai Long, Taipa, MacauBefore 12:00 noon on 11 September 2012 (Macau Time).The addressee of the tender shall be Ms. Suning Liu – Executive Direc-tor.The tenders received after the stipulated date and time will not be ac-cepted.

6. CAM reserves the right to reject any tender in full or in part without stating any reasons.

-END-

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7nacionalquarta-feira 1.8.2012 www.hojemacau.com.mo

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O poder de compra per capita da maioria dos cidadãos urbanos da China cresceu mais depressa do que o Índice de Preços ao

Consumidor (IPC) no primeiro semestre do ano, segundo as estatísticas de 20 regiões administrativas de nível provincial.

Entre as 34 regiões administrativas de nível provincial da China, 28 divulgaram os dados sobre a receita disponível per capita urbana combinada entre Janeiro e Junho, e todos registaram aumentos anuais de pelo menos 10%, informou o jornal Jinghua Times, com sede em Pequim.

Nesse mesmo período, todas as 28 re-giões registaram aumentos de pelo menos 5% no IPC.

A taxa de crescimento das receitas per capita foi maior ou igual à média nacional

PERITOS chineses des-cobriram importantes

vestígios arqueológicos su-baquáticos perto das ilhas Xisha, também conhecidas como ilhas Paracel, a norte do arquipélago das Spratly, região disputada por vários países, incluindo a China, foi divulgado esta segunda-feira.

Os vestígios foram descobertos, segundo o governo da província de Hainão, durante uma investigação liderada por arqueólogos chineses que pretendem proteger as

relíquias histórias e su-baquáticas e a jurisdição daquela área.

A investigação arque-ológica abrange uma zona com cerca de 400 quilóme-tros quadrados.

Durante os trabalhos de reconhecimento, que dura-ram cerca de 220 horas e envolveram 260 mergulhos, os peritos observaram 12 conjuntos arqueológicos e outros vestígios que in-cluíam peças de cerâmica, moedas de cobre e partes de navios, indicou Li Jilong,

perito do gabinete de patri-mónio cultural de Hainan.

ZONA DE TESOUROSO arquipélago das Xisha é composto por cerca de 40 ilhas, bancos de areia e zonas de recife, onde no passado vários navios chineses, que realizavam as rotas comerciais do sudeste asiático, Índia e do Médio Oriente, naufragaram.

Os relatos históricos indicam que muitos desses navios terão deixado no fundo do mar tesouros de grande valor patrimonial.

Líder chinês propõe mais cooperação com Taiwan Um alto funcionário chinês propôs no sábado que a parte continental da China e Taiwan aprofundem a cooperação económica e os intercâmbios culturais para manter o desenvolvimento saudável das relações através do Estreito de Taiwan. Jia Qinglin, presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), o mais alto órgão assessor político do país, fez estas declarações durante a cerimónia de abertura do 8º Fórum Económico, Comercial e Cultural Através do Estreito de Taiwan, que teve lugar na cidade de Harbin, capital da Província de Heilongjiang, no nordeste do país. Jia, também membro do Comité Permanente do Politburo do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC), sublinhou que nos últimos quatro anos o progresso das relações bilaterais foi um marco, já que a situação entre os dois lados foi a mais pacífica durante esse período.

Primeira aterragem de sonda na lua em 2013A China vai tentar no próximo ano aterrar uma sonda exploratória na lua pela primeira vez, naquele que é o último projecto do ambicioso programa espacial do país, informou ontem a imprensa estatal chinesa. A terceira sonda lunar da China será lançada no segundo semestre de 2013 e vai aterrar na lua para recolher dados sobre a superfície, segundo avançou a agência estatal Xinhua. Se for bem sucedida, será a primeira aterragem da China na superfície da lua e representará um novo marco no desenvolvimento espacial do país. De acordo com a Xinhua, esta tentativa faz parte do projecto de órbita, aterragem e regresso da lua.

Cooperação com ASEAN em segurançaA China está disposta a desenvolver uma relação de cooperação com a ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) na área de segurança para promover a paz, estabilidade e prosperidade na região, disse o porta-voz do Ministério da Defesa Nacional, Geng Yansheng, esta terça-feira. Geng sublinhou que os problemas no Mar do Sul da China devem ser resolvidos através de negociações entre os governos, acrescentando que a China tem direitos soberanos indisputáveis nas ilhas do Mar do Sul da China e águas adjacentes e opõe-se a qualquer forma de intervenção militar. Geng sublinhou ainda que foi estabelecido um sistema regular de patrulha de combate nas águas do Mar do Sul sob jurisdição da China. Segundo o porta-voz do ministério, o sistema foi estabelecido para manter a soberania territorial do país e salvaguardar os seus direitos marítimos, sem nenhuma meta específica.

Capacidade dos cidadãos urbanos cresce mais depressa do que preços

Xangai lidera poder de compra

Descobertos importantes vestígios arqueológicos no Mar da China Meridional

Cerâmica, moedas de cobre e partes de navios

Angola é o maior parceiro comercial em ÁfricaO volume de comércio bilateral entre China e Angola chegou a mais de 150 mil milhões de patacas na primeira metade deste ano, registando um crescimento de 51,24% em comparação com mesmo período do ano passado. Angola tornou-se assim o maior parceiro comercial do gigante asiático em África. De acordo com os dados estatísticos mais recentes da Administração Geral da Alfândega da China, na primeira metade do ano, a China importou cerca de MOP 140 mil milhões de Angola, mais 51,8% em comparação com mesmo período de 2011. As exportações chegaram a cerca de 13 mil milhões de patacas, uma subida 45,44%. A China importa principalmente petróleo bruto e exporta auto-peças, acessórios e produtos mecânicos, eléctricos e siderúrgicos.

de 13,3% em 17 regiões de nível provincial, com a Região Autónoma da Etnia Hui de Ningxia, no norte do país, a registar um crescimento ainda maior, de 14,4%.

No primeiro semestre, a receita disponí-vel per capita urbana da China foi de cerca de 15 mil patacas em média, segundo o

Departamento Nacional de Estatísticas. Sete cidades e regiões de nível provincial ficaram acima do nível médio nacional, com Xangai a liderar a lista com cerca de MOP 25 mil.

FUTURO COR-DE-ROSAOs analistas disseram que o crescimento dos salários mínimos este ano e a redução de impostos das pequenas empresas conti-nuarão a conduzir ao aumento do poder de compra dos residentes, embora os efeitos sejam limitados.

O governo chinês prometeu na sema-na passada acelerar a reforma estrutural de impostos no segundo semestre do ano, para obter uma economia mais estabilizada.

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8 publicidade quarta-feira 1.8.2012www.hojemacau.com.mo

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9regiãoquarta-feira 1.8.2012 www.hojemacau.com.mo

Filipinas Sete mortos devido ao tufão SaolaPelo menos sete pessoas morreram e mais de 20 mil foram forçadas a deixar as suas casas nas Filipinas devido à passagem do tufão Saola pelo arquipélago, informaram as autoridades locais. Há ainda várias pessoas desaparecidas, segundo a Protecção Civil das Filipinas. O tufão causou nos últimos três dias fortes chuvas e inundações na capital, Manila, e em sete províncias do norte do arquipélago, afectando cerca de 40 mil pessoas. O Governo ordenou a retirada de 20 mil pessoas de áreas junto à costa. Os fortes ventos, que atingem os 120 quilómetros por hora com rajadas de 150 quilómetros por hora, e as chuvas registadas devido à passagem do tufão causaram danos em infra-estruturas e dezenas de habitações, bem como o cancelamento de cerca de 20 voos e o encerramento de escolas. O Saola deverá dirigir-se para Taiwan no final da semana, de acordo com os serviços de meteorologia de Manila.

Índia Condenados pela morte de 11 muçulmanosUm tribunal indiano condenou ontem 21 pessoas a prisão perpétua pela morte de 11 muçulmanos num dos piores confrontos religiosos registados no país, há uma década, no Estado de Gujarat. Outros 61 arguidos no mesmo processo foram absolvidos por falta de provas no caso, em que desordeiros atacaram uma família muçulmana na cidade Visnagar (Gujarat), e os fecharam em casa tendo depois lançado fogo à habitação. Dos 11 mortos da matança de Dipda Darwaza, como ficou conhecida, dois eram crianças. Visnagar fica a 70 quilómetros a norte de Ahmedabad, a principal cidade do Estado de Gujarat. A onda de violência foi provocada pela morte de cerca de 60 peregrinos hindus que viajavam num comboio atacado por um grupo de muçulmanos.

O Japão avisou ontem que as alterações na relação entre o Governo de partido único chinês e o

exército da China são uma “questão de gestão de risco” para Tóquio.

No seu relatório anual de de-fesa, em que o Governo japonês descreve também a Coreia do Norte como uma “ameaça sig-nificativa” à segurança do país, Tóquio considera como uma

CENTENAS de mineiros estavam ontem retidos

devido ao “apagão” que afecta o norte da Índia desde segunda-feira e que impediu o funcionamento dos ele-vadores das minas, indicou uma responsável do estado de Bengala Ocidental.

“Estamos a tentar resga-tar os mineiros da mina de carvão”, disse a principal ministra do estado, Mamata Barnerjee, à imprensa em Calcutá. “Os esforços es-tão todos concentrados em retomar o fornecimento de energia, porque precisamos de energia para fazer funcio-nar os elevadores das minas subterrâneas.”

Segundo esta responsá-vel, “centenas” de mineiros estavam retidos em Burdwan, cerca de 180 quilómetros a noroeste de Calcutá, nas minas operadas pela empresa estatal Eastern Coalfields.

“Mais de 200 mineiros estão presos em várias mi-nas de carvão, não podem sair até que a energia seja restabelecida”, afirmou o diretor-geral da empresa, Niladri Roy, à agência France Presse.

Roy acrescentou que foram dadas instruções aos mineiros para se deslocarem para locais com boa venti-lação e que uma equipa de socorro estava a tentar fazer--lhes chegar água e alimentos. “Queremos tirá-los o mais depressa possível.”

O enorme “apagão” ocorreu na segunda-feira cerca das 13h00 locais, a meio do dia de trabalho, e deixou mais de metade do país às escuras, afectando cerca de 600 milhões de pessoas.

A rede eléctrica falhou devido a sobrecarga, segundo as autoridades.

UMA delegação das Nações Unidas vai deslocar-se à Coreia

do Norte para avaliar a situação nas regiões afectadas pelas inundações e as suas necessidades, tendo em vista uma eventual ajuda, informou ontem um responsável da organização.

Centenas de mineiros retidos devidoa “apagão” no norte da Índia

Mais de metade do país às escuras

ONU envia delegação à Coreia do Norte para avaliar necessidades devido às inundações

88 mortose 63 mil desalojados

Responsáveis das Nações Uni-das, baseados na Coreia do Norte, vão deslocar-se às duas regiões do país mais afectadas pelas inundações para analisar “se há necessidade de uma intervenção da equipa da ONU no país”, indicou o porta-voz regional da Unicef em Banguecoque, Christopher de Bono, citado pela agência AFP.

A agência oficial norte-coreana KCNA anunciou que as inundações registadas entre 18 e 24 de Julho causaram a morte a 88 pessoas e deixaram outras 63 mil sem casa, tendo ainda destruído mais de 30 mil hectares de culturas de cereais.

Uma desflorestação intensiva tornou a Coreia do Norte vulnerável a inundações em caso de ocorrência de fortes chuvas.

De acordo com os dados avançados em Novembro pela ONU, calcula-se que cerca de três milhões de norte-coreanos, entre uma população de 24 milhões, têm necessidade de uma ajuda alimen-tar urgente.

Tóquio alerta para perigo da relação entre elites políticas e militares chinesas

“Questão de gestão de risco”

ameaça o facto de o Exército Popular de Libertação chinês divulgar as suas opiniões de for-ma mais frequente, o que indica uma mudança fundamental nas relações entre o poder político e o poder militar, na China.

“O grau de influência militar nas decisões de política externa chinesas tem vindo a mudar. As relações entre a liderança do Parti-do Comunista Chinês e o Exército

Popular de Libertação têm vindo a tornar-se mais complexas.”

Os altos oficiais militares chine-ses têm vindo a ganhar mais espaço, fazendo comentários em público sobre exercícios militares dos EUA em águas regionais, por exemplo, referem as autoridades japonesas.

A China tem estado envolvida, nos últimos anos, em diferentes disputas regionais provocadas por reivindicações de território,

com o Japão e com vários países do Sudeste asiático, incluindo o Vietname e as Filipinas.

POUCO PREVISÍVEL“Como parte da gestão japonesa do risco, reconhecemos que as intenções e propósitos por detrás das acções da China estão a tornar--se menos previsíveis, o que é um desafio”, disse Toshinori Tanaka, director do departamento de aná-lise estratégica do Ministério da Defesa japonês, em conferência de imprensa.

No relatório deste ano, Tóquio considera que a resposta da China às disputas territoriais é “asserti-va”, uma descrição que Pequim criticou quando o Japão a avançou pela primeira vez, no relatório do ano passado.

“As movimentações militares da China, juntamente com a falta de transparência nos assuntos militares e questões de segurança, são motivo de preocupação”, re-fere ainda o relatório, lembrando que o investimento público chinês em defesa aumentou 30 vezes nas últimas duas décadas.

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10 quarta-feira 1.8.2012www.hojemacau.com.moreportagem

ACUSADAS de vandalis-mo, três das sete membros da banda punk russa Pussy Riot foram a tribunal em

Moscovo por terem “infligido pro-fundas feridas morais nos cristãos ortodoxos” ao invadir uma catedral na capital russa.

Nadejda Tolokonnikova, de 22 anos, Ekaterina Samutsevitch, de 29, e Maria Alekhina, de 24, não se cansaram de clamar a sua inocên-cia, garantindo, contudo, lamentar se a sua “oração punk” contra o presidente Vladimir Putin feriu os sentimentos dos fiéis.

As três jovens incorrem numa pena que pode chegar aos sete anos de cadeia caso venham a ser consideradas culpadas dos actos de

Pussy Riot Julgamento da banda punk feminina que odeia Putin

Jovens dizem-se inocentesvandalismo de que são acusadas ape-sar de já terem afirmado que tinham como intenção mudar a Rússia e não provocar um erro que classificaram de “étnico” ao ofender os crentes ortodoxos.

No princípio do mês de julho, as autoridades judiciais ordenaram a prisão preventiva às três Pussy Riot que se pode prolongar até Ja-neiro de 2013 o que provocou uma onda de protestos junto dos fãs e da oposição política que acusam o

sistema de estar a ser orquestrado por Vladimir Putin.

Tudo remonta a 21 de Fevereiro quando as três suspeitas e outros dois membros das Pussy Riot, que não foram detidas pela polícia, invadiram a catedral do Cristo-Redentor, em Moscovo. Encapuzadas e de guitarra em punho, entoaram uma “oração” punk intitulada: “Maria, mãe de Deus, livra-nos de Putin”.

O trio acabou detido pelas auto-ridades em Março, acusado de actos de vandalismo, e apesar de muitas outras pessoas terem participado na actuação no interior do templo ortodoxo apenas as três membros da banda foram presas.

REVOLUCIONAR SEM INSULTARApós terem sido identificadas pelo tribunal Khamovnichesky na capital russa a advogada de defesa, Violetta Volkova, leu os depoimentos em nome das três acusadas. “O acto foi

uma tentativa desesperada de mudar o sistema político. Não tivemos a intenção de insultar as pessoas. Não esperávamos que o nosso aspecto punk pudesse ser ofensivo”, comu-nicaram, através da advogada.

“O facto de não aceitarmos a acusação não quer dizer que não estejamos preparadas para admitir os nossos erros. Se alguém se sen-tiu insultado, estou preparada para aceitar que cometemos um erro étnico”, disse Nadezhda Tolokonni-kova, membro da banda, através da comunicação da advogada.

A membro da banda acrescentou que o protesto foi motivado pelo apoio do patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Kirill, ao Presidente Putin durante as eleições.

Samutsevich, uma outra jovem da banda, disse em tribunal que o principal motivo da actuação foi a “ilegitimidade” que rodeou as elei-ções porque os apelos do Patriarca Kirill ao voto em Putin foram “claras violações” ao Estado laico.

O pai de Yekatarina Samutse-vich, Stanislav, disse ter poucas esperanças sobre a sentença que a filha vai ser condenada. “É evidente

que elas vão para a prisão. Este é um julgamento político”, disse Stanislav Samutsevich durante a primeira sessão do julgamento.

MEDVEDEV E OS ECOS DE FORAEntretanto, o primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, apelou à calma sobre este caso, numa entrevista ao jornal “Times” de Londres. “Vamos deixar que termine a investigação e que o tribunal dite o veredicto para depois dizermos se foi cometido um crime ou não”, afirmou Medvedev.

O caso já fez com que os músi-cos da banda norte-americana Red Hot Chilli Peppers, que actuaram

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11quarta-feira 1.8.2012 www.hojemacau.com.mo reportagem

QUEM SÃO AS PUSSY RIOT

Pussy Riot Julgamento da banda punk feminina que odeia Putin

Jovens dizem-se inocentesna semana passada na Rússia, mos-trassem “preocupação” sobre o caso. Anthony Kieis, dos Red Hot Chilli Peppers, durante os concertos em Moscovo e São Petersburgo, vestia uma camisola com o nome da banda punk russa.

Também o músico britânico Sting mostrou-se preocupado com o julgamento das Pussy Riot. Outras bandas como os Faith No More ou Franz Ferdinand também já vieram aludir ao caso publicamente.

O tribunal Khamovnichesky é o mesmo onde decorreu em 2010 o julgamento do processo de Mikhail Khodorkovsky, o patrão da petrolí-

fera Yukos e que acabou condenado

por fraude.A mesma caixa de

vidro à prova de bala onde se sentava Kho-

dorkovsky durante o julga-mento do processo Yukos é

agora ocupada pelas três jovens da banda Pussy Riot.

As sessões do julgamento da banda punk podem ser acompanha-das em directo através da Internet, num gesto em que o tribunal diz querer mostrar transparência, mas as câmaras só mostram imagens das acusadas e da advogada de defesa.

Rebeldesderam entrevista ao GuardianAs participantes do grupo que estão em liberdade deram uma entrevista ao jornal britânico The Guardian. A jornalista do periódico falou com Balaklava, Vorobey (Pardal) e Belka (Esquilo). As jovens estavam vestidas de máscaras coloridas e trajes de teatro – os mesmos que participantes do grupo usaram durante sua punk-oração na Catedral de Cristo Salvador em Moscovo. Segundo as jovens, o grupo é composto por mais de dez pessoas. Por razões de conspiração as participantes periodicamente trocam alcunhas entre si. A essencial mensagem da entrevista é a declaração de Belka que Putin “tem medo das pessoas”. Entretanto, os fãs da banda estiveram em frente ao tribunal em que começou o julgamento de três integrantes do grupo.

Essencialmente feminista, as Pussy Riot são mulheres anónimas que cantam músicas anti-Putin. Basicamente a banda recusa-se a fazer concertos normais e tenta, a todo o custo, derrubar o Governo russo. A banda foi formada Setembro de

2011, depois de Putin ter anunciado que se ia se candidatar novamente à presidência em Março deste ano — uma perspectiva assustadora já que pobreza, ataques terroristas, corrupção e perda de direitos civis têm sido as principais caracterís-

ticas do seu reinado no Kremlin. Desde a sua formação, o Pussy Riot tornou-se manchete em diversos órgãos de comu-nicação social depois de uma série de concertos ilegais feito num esquema de guerrilha, incluindo tocar “Revolt in

Russia” na simbólica Praça Vermelha em Janeiro deste ano. No final desse espectáculo foram presas por quebrar as rígidas leis russas, acabando por ser libertadas posteriormente. E continuaram até ao fatídico dia 21 de Fevereiro.

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12 publicidade quarta-feira 1.8.2012www.hojemacau.com.mo

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13vidaquarta-feira 1.8.2012 www.hojemacau.com.mo

Duas árvores do Jardim Luís de Camões deixaram o lugar que ocupavam há mais de 100 anos porque ficaram demasiado danificadas pelos ventos fortes do tufão Vicente. Maria José de Freitas informou o Hoje Macau do sucedido e espera agora que as crateras deixadas estejam já a ser estudadas num plano ambiental

Rita Marques [email protected]

O Jardim Luís de Camões está menos verde e também menos puro desde o passado sá-

bado. Duas árvores centenárias, da família Ficus Microcarpa, foram retiradas do espaço verde constante da lista do Património

O físico norte-americano Richard Muller, num artigo de opinião no

New York Times, diz que se é um “cép-tico convertido”. O cientista diz agora, à luz de um novo estudo, que estava errado e que as alterações climáticas são mesmo causadas pelos humanos.

Muller é professor de Física na Universidade da Califórnia, em Berke-ley, e coordena o projecto Berkeley Earth, que utiliza novas metodologias para investigar as conclusões de ou-tros cientistas do clima. O projecto é financiado por organizações como a Fundação Charles Koch que, com o seu fundador, do sector das petroquímicas Charles G. Koch, tem já um historial de apoio a grupos que negam as alterações climáticas. “Há três anos identifiquei problemas em estudos climáticos que, na minha opinião, permitiam duvidar da própria existência do aquecimento

global”, escreveu Muller no New York Times, a 28 de Julho. Contudo, “no ano passado, depois de uma investigação intensa que envolveu uma dezena de cientistas, concluí que o aquecimento global é real e que as estimativas anteriores do ritmo do aumento das temperaturas estavam correctas. Vou ainda mais longe: os humanos são quase totalmente responsáveis.”

O físico explica que mudou de opinião tão subitamente depois do estudo realizado pela sua equipa sobre as temperaturas à superfície do planeta. Os resultados mostram que a tempe-ratura média da terra aumentou 1,5ºC nos últimos 250 anos, dos quais 0,9ºC nos últimos 50 anos. “Além disso, parece provável que quase todo este aumento tenha resultado das emissões humanas de gases com efeito de estu-fa”, acrescentou.

Lei para Protecção Animal entregue a Chefe do Executivo e Florinda ChanA falta de uma lei de protecção animal levou a ANIMA – Sociedade Protectora dos Animais a elaborar por si própria um projecto do diploma. A proposta foi ontem entregue ao Chefe do Executivo por Albano Martins, presidente da ANIMA. Há oito anos que se esperava por uma lei deste tipo, mas o Executivo nunca arranjava tempo para se dedicar à elaboração desta lei. O projecto de lei feito pela ANIMA vai estar sob consulta pública no Facebook durante dois meses. Florinda Chan está agora encarregue de analisar a proposta, que em Setembro recebe novamente insistência da ANIMA para analisar a proposta.

Ainda o “Vicente”. Duas árvores centenárias no Jardim Luís de Camões não resistiram

Perda no património verde de Macau

O tufão Saola, que devastou as Filipinas, vai passar ao largo do territórioOs últimos dias no arquipélago das Filipinas têm sido marcados por fortes chuvas e inundações devido à passagem do tufão Saola - que provocaram a morte a pelo menos sete pessoas - não vai ter impacto em Macau. A garantia foi dada pelo director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), Fung Soi Kun, que afiança: “Macau está livre de perigo”. O dirigente dos serviços de meteorologia avança que vai passar a mais de 200 quilómetros do território, pelo que “nem vai entrar na área de vigilância”. Tal como já tinha sido avançado pela imprensa internacional, Saola dirige-se agora em grande força para Taiwan, podendo chegar à ilha amanhã perto das 14h. “Vai passar ligeiramente a norte de Taiwan e depois vai atingir a costa leste da China, afectando fortemente a cidade Quanzhou”, informa Fung Soi Kun. Tal como em Manila, capital das Filipinas, bem como sete províncias do norte do arquipélago que sofreram fortes rajadas, afectando 40 mil pessoas, os ventos em Taiwan também devem atingir os 120 Km/hora. Em Macau, o bom tempo vai manter-se esta semana com as temperaturas a atingirem a máxima de 34º, e apenas com a possibilidade de “ligeiros aguaceiros ao fim da tarde”, causadas exactamente pela subida dos termómetros. “Aguaceiros e chuvas só a partir de 4 de Agosto [sábado] que vão trazer algumas nuvens e menos calor”, garante o director da SMG. Mas, ainda assim, Fung Soi Kun, garante que o fim-de-semana vai ter bom tempo.

Macau Sã Assado

O CARTAZ ILEGAL

• Um cartaz do IACM indica o sentido da praia. Mas é caricato. Falta o português no mesmo e a tradução para o inglês é interessante: “Vá para a praia, por favor”Macau sã assi, mas também sã assado

Foto: retirada do Facebook

Ex-céptico das alterações climáticas diz agora que estava errado

“Chamem-me um céptico convertido”

Mundial da UNESCO. As árvores frondosas eram já parte integrante da história da cidade e também elas próprias património cultural.

A arquitecta Maria José de Freitas reportou ao Hoje Macau esta enorme perda, tentando escla-recer as razões para o sucedido. Tentámos, por isso, procurar junto do Instituto de Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) o porquê da sua retirada, o qual nos informou

que “não resistiram à passagem do tufão Vicente”.

Segundo contou o organis-mo ao Hoje Macau, “as suas raízes foram destruídas devido ao impactos dos ventos fortes na passada semana”, pelo que o IACM apenas procedeu à sua retirada com um camião com grua (na imagem). “As árvores já não tinham hipótese de recuperar”, adiantaram.

Os dois símbolos do Jardim Luís de Camões, tornaram agora o espaço verde mais vazio, com a falta da sua grandiosidade, sombra e ar puro que proporcio-navam, pelo que Maria José de Freitas, que trabalhou na recupe-ração e renovação do património mundial, especificamente em Sintra, acredita que deveriam informar o que vão fazer no lugar deixado livre. “Vai ficar

ali um descampado, descaracte-rizado, devia haver um plano de contingência para providenciar medidas nestes casos”, informa a especialista.

De outro modo, confessa, parece-lhe “estranho” que depois de tantos outros tufões - nomea-damente o inolvidável “Becky” em 1993 pelo seu forte impacto e inúmeros prejuízos - as árvores não tenham resistido a este.

GONÇ

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LOBO

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14 desporto quarta-feira 1.8.2012www.hojemacau.com.mo

Gonçalo Lobo [email protected]

O estado do futebol de Macau está de novo em cima da mesa para ser

discutido. O Sporting Clube de Macau, na pessoa do seu presidente António Concei-ção Júnior, criou mesmo uma petição na Internet a pedir relvados sintéticos para o território.

Muito se tem falado de profissionalização, de melhores condições, de me-lhores árbitros, de melhores jogadores. Mas o problema parece ser de génese. Onde pára a formação de jogado-res, em Macau?

O Hoje Macau foi con-versar com o presidente do clube que tem uma das melhores estruturas de for-mação de talentos a nível mundial. José Godinho Lo-pes, presidente do Sporting Clube de Portugal, falou um pouco da sua experiência, daquilo que recomenda a Macau e do futuro imediato do clube, em Portugal.

O futebol de Macau está a anos luz de uma profissio-nalização. Numa primeira abordagem, o que acha que deve ser feito para colocar o futebol de Macau num caminho mais próspero?A questão da Associação de Futebol de Macau não é exclusiva dessa Associação mas é um problema trans-versal a todas as associações sediadas em países onde o futebol é uma actividade emergente. Assim, não deve ser feita uma crítica à Asso-ciação de Futebol de Macau mas, ao contrário, devem ser encontradas condições que permitam fazer emergir o futebol. Entre essas condi-ções destacam-se: Mobilizar as escolas públicas para a prática de futebol; preparar os professores de educação física para essa prática des-portiva de modo a serem eles o veículo dessa apetên-cia; construir campos que permitam alargar a prática de futebol na ocupação de tempos livres; construir uma Academia onde seja possível reunir os melhores pratican-tes escolhidos através de um “scouting” adequado, e que

Entrevista José Godinho Lopes, presidente do Sporting Clube de Portugal

“O Sporting de Macau deve ajudar a AFM propondo soluções”

servirá também para formar treinadores e árbitros, de modo a melhorar, de forma colectiva, o futebol nas suas várias vertentes; promover jogos para divulgar a mo-dalidade com clubes de 1º nível e, ainda, promover o futebol através de acordos com Ligas junto das cadeias de televisão da região para alimentar o hábito e a paixão

do futebol. Só através destas medidas estruturantes é que será possível, de forma sus-tentada e a médio prazo, me-lhorar a qualidade do futebol em Macau. Como saberá, o Sporting Clube de Portugal já introduziu estas “práticas” em diversos países.

Os clubes de Macau têm investido bastante e têm

trazido jogadores de Por-tugal, Brasil, África, para darem outro colorido ao campeonato que, por exemplo, só este ano teve uma ambulância no es-tádio pela primeira vez. Concorda que a evolução passe por começar a tra-zer melhores jogadores estrangeiros?A medida que está a pre-

O Sporting Clube de Portugal é um clube

presente no Mundo e interessado em estreitar

laços de cooperação em particular com os

sportinguistas da diáspora. Considerando as

enormes solicitações que tenho, terei o maior

prazer, sempre que devidamente agendado, em

deslocar-me a Macau, região que conheço e que

gosto muito

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15desportoquarta-feira 1.8.2012 www.hojemacau.com.mo

Entrevista José Godinho Lopes, presidente do Sporting Clube de Portugal

“O Sporting de Macau deve ajudar a AFM propondo soluções”

conizar não é a adequada se paralelamente não for acompanhada pelas acções referidas na questão anterior. No entanto, se paralelamen-te forem introduzidas as medidas indicadas, poderá ser, de facto, uma forma de acelerar a apetência e o gosto pelo futebol. Fiz esta distribuição colocando a ne-cessidade naquela simbiose,

pois a medida que refere e preconiza é desenquadrada da sustentabilidade neces-sária para o enraizamento e crescimento do futebol, já que é mais cara e não permite desenvolver a formação.

Acha que as equipas de matriz portuguesa: Spor-ting, Benfica, FC Porto e Casa de Portugal, deviam

ter uma palavra a dizer na estrutura do futebol, quanto mais não seja pelo “know-how” que podem transmitir?A matriz portuguesa que refere não tem toda a mes-ma visão do futebol, razão porque o Sporting Clube de Portugal se tem evidenciado no número de jogadores da sua formação, quer na equipa principal, quer nas equipas de escalão inferior.

A Associação de Futebol de Macau apenas tem ouvido os clubes da Liga de Elite, deixando para segundo plano os clubes das divisões secundárias, onde se en-contra o Sporting Clube de Macau. Quer comentar?Sou da opinião que em vez de criticarmos, devemos ser proactivos. Assim, se o Sporting Clube de Ma-cau, tal como a história o demonstra, tem a dimensão baseada no conhecimento do seu passado e da sua es-trutura presente para ajudar a Associação deve fazê-lo propondo soluções e não fi-car à espera de ser contactada pela Associação de Futebol de Macau.

O Governo já veio dizer que a profissionalização do futebol de Macau não é uma prioridade. De facto os clubes têm-se queixado de não possuírem con-dições de treino diárias para poder fazer um bom trabalho.Estou de acordo com o prin-cipio que refere emanado do Governo “que a profissiona-lização do futebol de Macau não é uma prioridade”. De facto, devem ser criadas estruturas, como mencionei na primeira resposta que lhe dei, de modo a criar uma base sustentável que permita dinamizar o futebol através da formação. A profissiona-lização, tal como referi na se-gunda resposta, é a via mais cara e sem sustentabilidade.

Se a estrutura não evolui é normal que depois a Se-lecção de futebol de Macau seja goleada jogo após jogo nas competições em que joga. Não há formação, não há estrutura.Não me compete a mim fazer

apreciações sobre as atitudes do Seleccionador de Macau.

Existe a possibilidade do Sporting Clube de Portugal montar alguma parceria, ao nível da formação, com Macau ou com a China continental, de modo a po-tenciar o mercado asiático?O Sporting Clube de Por-tugal já visitou Macau através do professor Pedro Mil Homens e eu próprio já estive em Pequim, onde temos desenvolvido con-

tactos muito interessantes com a Federação Chinesa de Futebol com o objectivo de ajudar a sensibilizar sobre a importância do futebol. Ainda há duas semanas uma delegação do Sporting esteve na cidade de Qingdao a monitorizar um curso de treinador. Poderei assim referir que é muito próxima e boa a relação do Sporting Clube de Portugal com a estrutura do futebol chinês.

Alguma vez colocou a hipó-tese de o Sporting Clube de Portugal poder vir a fazer um estágio em Macau ou, simplesmente, um jogo de exibição?O Sporting estará sempre aberto a propostas que per-mitam não fazer um estágio mas um jogo, no final da épo-ca, de exibição em Macau.

O que é que Macau pode dar ao Sporting Clube de Portugal?Macau pode, se assim o entender, “aproveitar” o co-nhecimento da formação do Sporting Clube de Portugal e corresponder de um modo mais simples que é divulgar

essa formação potenciando assim a “marca” Sporting.

O presidente Godinho Lo-pes virá a Macau nos próxi-mos tempos para estar com os sportinguistas de Macau?O Sporting Clube de Portugal é um clube presente no Mun-do e interessado em estreitar laços de cooperação em par-ticular com os sportinguistas da diáspora. Considerando as enormes solicitações que tenho, terei o maior prazer, sempre que devidamente agendado, em deslocar-me a Macau, região que conheço e que gosto muito.

O que é que se pode esperar do Sporting para esta época que agora está a começar?O Sporting Clube de Portu-gal que encontrei hoje, após ter sido Vice-Presidente em 2001, fez com que tivesse traçado um objectivo para o triénio assente em três premissas: reabilitar a “mar-ca” aproximando o clube dos sócios/simpatizantes e patrocinadores; reestruturar financeiramente o clube e a SAD e, finalmente, ser ambicioso nos resultados desportivos.

A matriz portuguesa que refere não tem toda a mesma visão do futebol, razão porque o Sporting Clube de Portugal se tem evidenciado no número de jogadores da sua formação, quer na equipa principal, quer nas equipas de escalão inferior.

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16 cultura quarta-feira 1.8.2012www.hojemacau.com.mo

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A companhia de dança portuguesa Amalga-ma terminou ontem em Macau um ciclo

de workshops com artistas locais, que serviram de pre-paração para uma “criação luso-chinesa” a apresentar em Lisboa no final de Setembro.

Os espectáculos estão agen-dados para 28 e 29 de Setembro em local a definir na capital por-tuguesa, sob o título “Blue Fire” (Fogo Azul), e vão contar com a participação de oito artistas locais, incluindo dois elementos ligados à dança indiana.

Depois do ciclo de workshops realizados em Macau entre 20 e 31 de Julho, segue-se novo pe-ríodo de formação artística em Lisboa, a partir de meados de Setembro. “A proposta é trazer um bocadinho da nossa maneira de estar na dança contempo-rânea, da nossa metodologia enquanto companhia, abrir alguns horizonte e potenciar estes indivíduos para virem a tra-

Realizador transexual de ‘Matrix’ apresenta-se como mulherDurante anos foi um segredo bem guardado: um dos dois irmãos que realizaram a trilogia ‘Matrix’ mudou de sexo. Larry Wachowski evitou durante anos dar entrevistas e, apesar de já ter assumido a identidade de Lana Wachowski em 2009, só agora se apresentou oficialmente com a nova imagem. Num vídeo promocional lançado na semana passada sobre o próximo filme da dupla, ‘Cloud Atlas’, Lana surge entre o irmão, Andy, e o outro realizador envolvido no projecto, Tom Tykwer. “Olá, sou a Lana!”, apresenta-se a realizadora que assinará neste filme, pela primeira vez, com o novo nome. De cabelo rosa e sorridente, a cineasta de 47 anos, impressionou também por falar no referido vídeo promocional com um sotaque alemão. Baseado no romance britânico nomeado para o Booker Prize, ‘Cloude Atlas’ é uma das grandes apostas para Outubro. Num ambiente poderoso de ficção científica, o filme tem um elenco de luxo: Tom Hanks, Halle Berry, Jim Broadbent, Susan Sarandon, Hugh Grant e Hugo Weaving.

Companhia de dança vai apresentar “criação luso-chinesa” em Lisboa

Uma amálgama de arte

balhar com uma nova criação, que irá continuar em Portugal e será apresentada em Portugal, portanto é uma criação conjun-ta entre luso-chineses”, disse à agência Lusa a coreógrafa Sandra Battaglia.

NA BASE DA DANÇAEm Macau, o ciclo de workshops teve por base parcerias da com-panhia portuguesa com outras de dança tradicional chinesa e dança moderna locais, que “embora não tenham experi-ência na dança contemporânea,

desenvolvem actividade no jazz, hip-hop e street dance”. “É um grande passo. (…) É uma abertura na transferência de conhecimentos e de partilha”, disse Sandra Battaglia, ao fazer um “balanço muito positivo” das acções.

Entre a programação, que incluiu música, yoga e tai chi, a coreógrafa destacou a adesão às aulas de dança contemporâ-nea e dança e música tradicio-nais portuguesas. “Embora os workshops não estejam esgo-tados, eles estão plenos, estão

cheios. E pelo que percebi não é muito vulgar, e talvez seja mesmo a primeira vez que este cruzamento se dá”, afirmou.

O projecto ‘unitYgate’, que pretende “unir na arte e pela arte” as culturas do Ocidente e do Oriente, nasceu em Maio de 2011 na sequência do Festival de Artes de Macau, onde a co-reógrafa trabalhou com grupos locais e em Dezembro dirigiu o “Desfile por Macau, Cidade Latina”, que assinalou o 12.º aniversário da Região Admi-nistrativa Especial Chinesa.

AnúncioConcurso Público n.º 2/2012

Projecto para Reforço de Equipamentos Relativos à Capacidade Operacional e à Segurança de Informações do Centro de Dados e do Centro de Recuperação após Catástrofe

De acordo com o disposto no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, de 6 de Julho e, ainda, de acordo com o Despacho da Exma. Senhora Secretária para a Administração e Justiça, de 25 de Julho de 2012, a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública vem, em representação do adjudicante, proceder a concurso público para fornecimento de Projecto para Reforço de Equipamentos Relativos à Capacidade Operacional e à Segurança de Informações do Centro de Dados e do Centro de Recuperação após Catástrofe.

1. Adjudicante: Secretária para a Administração e Justiça.2. Serviço responsável pela realização do processo de concurso: Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP).3. Modalidade do concurso: concurso público.4. Objecto do concurso: fornecimento de Projecto para Reforço de Equipamentos Relativos à Capacidade Operacional e à Segurança de Informações do Centro de Dados e do Centro de Recuperação após Catástrofe dos SAFP.5. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade da proposta não deve ser inferior a cento e cinquenta dias, a contar da data do acto público do concurso.6. Caução provisória: a caução provisória é de MOP 150 000,00 (cento e cinquenta mil patacas), e deve ser prestada por meio de depósito bancário ou por garantia bancária legal a favor do Governo da RAEM – SAFP.7. Cauçãodefinitiva:valorcorrespondentea4%(quatroporcento)dopreçoglobaldaadjudicação.8. Condições de admissão: podem candidatar-se ao presente concurso as empresas que tenham sede ou escritórios na RAEM,

tenham no âmbito das actividades, total ou parcial, o fornecimento de equipamentos de informação, sistemas e serviços e,comprovemtercumpridoasobrigaçõesfiscais.

9. Todas as dúvidas sobre o Programa do Concurso e o Caderno de Encargos deste concurso público podem ser apresentadas de acordo com o determinado no mesmo Programa do Concurso.10. Local, data e hora limite para entrega das propostas: Local: Balcão de atendimento dos SAFP, sito na Rua do Campo, edifício Administração Pública, n.º 162, r/c, Macau. Data e hora limite: Até às 17:30 horas do dia 22 de Agosto de 2012 (não sendo aceites propostas fora do prazo).11. Local, data e hora do acto público: Local: Sala Polivalente do 4.º andar de Vicky Plaza, sito na Rua do Campo, n.os 188-198, Macau. Data e hora: 11:00 horas do dia 23 de Agosto de 2012.

(De acordo com o disposto no artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, de 6 de Julho, os concorrentes ou seus representantes legais devem estar presentes no acto público, munidos do termo de nomeação (vide ponto 8.3 do programa do concurso), para esclarecimento de eventuais duvidas que venham a surgir nos documentos da proposta entregue).

12. Local, data e hora para consulta do processo e obtenção da cópia do processo:Local: Balcão de atendimento dos SAFP, sito na Rua do Campo, Edifício Administração Pública, n.º 162, r/c, Macau.Data: A partir da data da publicação do presente anúncio até à data limite para a entrega das propostas.Hora: Das 09:00 às 17:30 horas dos dias úteis.Preço da cópia do processo: MOP 200,00 (duzentas patacas).

13. Critérios de apreciação das propostas e respectivos factores de ponderação: a) Preço(40%) b) Implementaçãodeserviços(30%) c) Exigênciastécnicas(30%)14. Esclarecimentos adicionais:

A partir da data de publicação do presente anúncio até à data limite para a entrega das propostas, os concorrentes podem dirigir-se ao balcão dos SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, edifício Administração Pública, r/c, Macau, para obterem quaisquer eventuais esclarecimentos adicionais.

Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, 30 de Julho de 2012. O Director dos Serviços, José Chu

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TDM13:01 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h14:45 RTPi DIRECTO19:00 TDM Entrevista (Repetição)19:35 Resistirei20:30 Telejornal21:05 Tempos Modernos21:30 Brothers and Sisters (Irmãos e Irmãs)22:15 Aquarela do Brasil23:00 TDM News23:35 André Valente00:45 Telejornal (Repetição)01:15 RTPi DIRECTO INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira 14:30 Regata - Volta à Ilha de S. Miguel Meka Center - RTP15:30 Cenas do Casamento - SIC 16:00 Bom Dia Portugal 17:30 Decisão Final 18:00 Vingança18:45 Destino: Portugal – Tróia19:00 Cuidado Com a Língua19:15 Portugueses Pelo Mundo – Havana20:00 Jornal Da Tarde21:30 O Preço Certo22:15 Regata - Volta à Ilha de S. Miguel Meka Center - RTP

30 - ESPN13:00 London 2012 Olympic Games Daily Highlights14:00 London 2012 Olympic Games Onc Highlights Day 415:00 (LIVE) London 2012 Olympic Games Live Day 520:15 (LIVE) Primetime Update (Sea) - Day 520:45 (LIVE) London 2012 Olympic Games Live Day 5

31 - STAR Sports13:00 London 2012 Olympic Games Daily Highlights15:00 London 2012 Olympic Games Onc Highlights Day 415:55 (LIVE) London 2012 Olympic Games Live Day 5

40 - FOX Movies11:55 Hancock13:30 X-Men15:15 X2: X-Men United17:30 Diary Of A Wimpy Kid19:10 You Don’T Mess With The Zohan21:00 The Omen22:55 The Double00:35 Love & Other Drugs

41 - HBO12:00 Tomorrow Never Dies14:00 Identity15:30 Hbo Central16:05 Cats & Dogs17:30 Grease 219:25 Shrek Forever After21:00 The Newsroom22:10 After.Life23:50 Devil

42 - Cinemax12:00 The Book Of Eli14:00 Triassic Attack16:00 The Pink Jungle17:45 Berry Gordy’S The Last Dragon19:35 Robin Hood22:00 Camel Spiders23:30 Spartacus: Vengeance00:20 The Book Of Eli

17futilidadesquarta-feira 1.8.2012 www.hojemacau.com.mo

[Tele]visão

Aqui há gato

Sudoku [ ] Cruzadas

É ESTÚPIDOMAS É DIVERTIDOHá coisas que me fazem engasgar mais do que bolas de pêlo. E essas coisas, a maior parte das vezes, são estúpidas. É o caso dos EUA e da sua política das pistolinhas, metralhadoras, explosivos e canhões. É tão fácil obter este material como ir ali ao McDonald’s. Uma vez leram-me uma reportagem que dizia que os norte-americanos iam em excursão familiar ao supermercado para comprar armas. Uma para o filho-bola mais novo, outra para o gordalhão mais velho. Lá está. É a excursão de domingo, depois do ‘fast-food’ vamos todos comprar armas. E porquê? Porque podem, pois claro. É estúpido. Mas mais estúpido ainda foi a recente entrevista que Robert Church, líder da Academia de Tiro para Adolescentes de Springville deu ao jornal Público. Um maluco – ou doente – acaba de matar mais de vinte pessoas no cinema e ferir outras não sei quantas. Tudo porque achava que era o Joker, inimigo do Batman. Ora bem, a preocupação de “muitos jovens americanos, entre os 12 e os 20 anos” – que frequentam a academia - não era saber das vítimas ou protestaram contra a parva lei que permite que pessoas possam comprar armas como rebuçados no Wall Market mais próximo. Não. Diz a reportagem que os telefones da dita escola não pararam de tocar nos últimos dias porque centenas de pessoas queriam saber se, após o massacre do Colorado, irá aumentar o escrutínio das autoridades à instituição. “O crime de Holmes não muda nada, muito menos a perspectiva sobre o direito ao porte de arma, uma garantia prevista na Constituição americana” é a resposta do líder da academia. Olha que bem. E depois vêm para a televisão lamentar-se que só acontece disto nos EUA e que não sabem porquê. Mas há mais. Este humano, se é que se pode chamar isto, está seguro de que os seus alunos não vão todos virar malucos e desatar aos tiros ao pessoal, porque é fixe. E como, perguntam os meus amigos? O segredo está no diploma. “No final do curso eles recebem um certificado.” Muito bem... e depois, há acompanhamento destes meninos prodígio que sabem disparar armas com 12 anos? Não. Olha que bem... Então mas e o que se pode fazer para evitar massacres deste tipo? Diz o senhor que esta pergunta é parva... pois claro, porque há mais pessoas a morrer em acidentes de carro. “Porque é que deveriam proibir o acesso às pistolas, espingardas ou seja lá qual for a arma se não proíbem aos carros?” Pois, tem lógica. Então e não há forma de evitar que pessoas desequilibradas tenham acesso a armas? – Esta para mim foi a melhor resposta: “Quando você vai tirar a carta perguntam-lhe se é maluco?” Excelente comparação. Adoro. Saber que uma pessoa com esta capacidade está a ensinar crianças a disparar armas é espectacular, até para mim que sou gato. Diz ele que a chave está na educação. É como aquela educação muito típica dos EUA: os putos são mais obesos que a minha mãe quando estava grávida e a excursão de domingo passa a ser ao KFC em vez do McDonald’s. A chave de uma vida saudável está na educação. “James, é feio disparar contra as pessoas!” Mas é divertido. E uma das causas para a compra de armas nos EUA é o “entretenimento”.

Pu Yi

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ESTAÇÕES DIFERENTES • Stephen KingStephen King surpreende-nos uma vez mais com a originalidade das suas histórias e o seu talento como escritor. “Estações Diferentes” é uma coleção de quatro novelas, três das quais foram adaptadas ao cinema. “Os Condenados de Shawshank” narra a história de um homem inocente que concebe um esquema para fugir da prisão. Na segunda novela, “Aluno Dotado”, adaptado ao cinema com o título “Sob Chantagem”, King apresenta-nos um menino exemplar que desafia um velho sombrio a despertar consigo um mal há muito enterrado. Em “O Corpo”, adaptado ao cinema com o título “Conta Comigo”, quatro rapazes aventuram-se nos bosques e a sua viagem acaba por tornar-se um ritual de passagem da infância à maturidade, e de perda da inocência. “A Técnica da Respiração” é uma história macabra acerca de uma mulher determinada a dar a luz e que, para isso, mantém o seu bebé vivo nas circunstâncias mais extraordinárias.

DINHEIRO DE SANGUE • David IgnatiusAlguém no Paquistão anda a matar os membros de uma unidade de inteligência da CIA que tenta comprar a paz aos inimigos da América. Cabe a Sophie Marx, uma jovem agente, descobrir os culpados e as suas razões. O seu ponto de partida é Londres, mas a investigação não tarda a alargar-se a vários outros pontos do globo. Sophie parece ter um forte apoio de várias frentes, mas, à medida que se aproxima do cerne da questão, começa a perceber que nesta galeria de espelhos nada é aquilo que parece ser. Um romance inquietante e envolvente em que o preço das políticas adotadas é pago com sangue e a paz só é possível através da traição.

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SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Osso chato e delgado que separa as duas fossas nasais; Pátria de Santa Teresa de Jesus. 2-Parte do pistilo que encerra as sementes (Bot.); Pertences. 3-O lado do vento (Náut.); Figuras mal distintas. 4-Calçado próprio, com rodas ou lâminas de aço, para deslizar em superficies lisas ou no gelo. 5-Enredado e confuso. 6-Andava para lá; Jibóia; Poema lírico. 7-Transfere o direito ou a posse de; Gratifica; Cabo do Canadá, na província da Nova Escócia. 8-Pesquisador de nascentes de água; Fruto silvestre. 9-Língua dos Árias, antepassados da família indo-europeia; Sufixo designativo de aumento. 10-Embaraçar quem está fazendo alguma coisa. 11-Pão de milho; Planta vulgarmente conhecida por jarro.

VERTICAIS: 1-Regressei; Vazia. 2-Germe; Amolecer em molho com tempero. 3-Nociva; Parte larga do remo que mergulha na água; Ordem judicial publicada por anúncios. 4-Desacertar; Fizera doação. 5-Graceja; Casa de pasto ordinária. 6-Ovídeo; Capa sem mangas usada em confrarias religiosas. 7- Arranhadura ou ferimento feito com a unha; Parecença. 8-Dança de salão de ritmo moderado; Enfada. 9-Comiseração; A parte central e mais tenra de certas hortaliças. 10-Constelação conhecida por Leão; Fragrância. 11-Submete à acção directa do fogo um alimento; Época fixa, a partir da qual se começam a contar os anos; Zomba.

HORIZONTAIS:1-Vómer; Ávila. 2-Ovário; És. 3-Ló; Vultos. 4-Patins. 5-Emaranhado. 6-Ia; Boa; Ode. 7-Cede; Dá; Or. 8-Vedor; Amora. 9-Ariano; Ol. 10-Atrapalhar. 11-Broa; Arão.VERTICAIS:1-Voltei; Vã. 2-Ovo; Macerar. 3-Má; Pá; Édito. 4-Errar; Doara. 5-Ri; Taberna. 6-Ovino. Opa. 7—Unhada; Ar. 8-Valsa; Amola. 9-Dó; Olho. 10-Leo; Odor. 11-Assa; Era; Ri.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

SALA 1THE DARK NIGHT RISES [B]Um filme de: Christopher NolanCom: Christian Bale, Anne Hathaway, Gary Oldman, Liam Neeson14.15, 18.45, 21.30

DORAEMON NOBITA AND THE ISLAND OF MIRACLES ANIMAL ADVENTURE [A]FALADO EM CANTONENSEUm filme de: Kôzô Kusuba17.00

SALA 2DORAEMON NOBITA AND THE ISLAND OF MIRACLES ANIMAL ADVENTURE [A]FALADO EM CANTONENSEUm filme de: Kôzô Kusuba14.15, 19.30

ONE PIECE X TORIKO [3D] [A]Um filme de: Hiroyuki Sato18.00

ICE AGE 4: CONTINENTAL DRIFT [3D] [A]FALADO EM CANTONENSEUm filme de: Steve Martino, Mike Thurrneier16.15, 21.30

SALA 3THE PIRATES! BAND OF MISFITS [3D] [A]FALADO EM CANTONENSEUm filme de: Peter Lord14.15, 17:45, 19.30

STEP UP: REVOLUTION [3D] [B]Um filme de: Jon ChuCom: Kathryn McCormick, Ryan Guzman16.00, 21.30

41 - HBO 21:00 The Newsroom

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18 opinião quarta-feira 1.8.2012www.hojemacau.com.mo

Acalmar o Mar do Sul da China

O “ponto central” militar dos EUA para a Ásia deixou as sensibilidades chinesas um pouco frágeis e o sentimento nacionalista é mais difícil de conter num período de transição de liderança

Gareth Evans *In Público

Mar do Sul da China – conside-rado há muito tempo, juntamente com o Estreito de Taiwan e com a península coreana, uma das três áreas problemáticas da Ásia Orien-tal – está a fazer ondas novamente.

A China anunciou o envio de um con-tingente de tropas para as Ilhas Paracel, a seguir ao mês em que os que reclamam os seus direitos nos limites territoriais inten-sificaram a sua retórica. A presença naval em áreas sob disputa tornou-se mais visível e os chineses dividiram a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), cujos ministros dos Negócios Estrangeiros podem não concordar com um comunicado, pela primeira vez, em 45 anos.

Tudo isto tem abalados os nervos – tal como aconteceu com o posicionamento militar semelhante e com braço de ferro diplomático, entre 2009 e meados de 2011. Não é de admirar: alongando-se de Singa-pura a Taiwan, o Mar do Sul da China é a segunda via marítima mais movimentada, com um terço do trânsito marítimo mundial a atravessá-la.

Mais estados vizinhos têm mais direito a mais partes do Mar do Sul da China – e tendem a empurrar essas reivindicações com um nacionalismo mais enérgico – do que qualquer outro caso de extensão de água comparável. E agora é visto como um importante campo de testes para a rivalidade sino-americana, com a China a estender as suas asas novas e com os Estados Unidos a tentar cortá-las o suficiente, para manter a sua própria primazia regional e mundial.

As questões legais e políticas associadas às reivindicações dos limites territoriais – e os recursos marinhos e energéticos e os direitos de navegação que os acompanham – são assombrosamente complexos. Os futuros historiadores podem ser tentados a dizer sobre a questão do Mar do Sul da China o que o lorde Palmerston celebremente disse sobre Schleswig-Holstein, no século XIX: “Apenas três pessoas o compreenderam. Uma está morta, outra ficou louca e a terceira sou eu - e eu esqueci-me”.

A questão territorial central gira actu-almente em torno do interesse declarado da China – demarcado com imprecisão no seu mapa “tracejado com nove linhas” de 2009 – em quase todo o Mar. Tal pretensão cobriria quatro grupos de características terrestres: as Ilhas Paracel, no Noroeste, também reivindicadas pelo Vietname, o Banco Macclesfield e o Recife Scarborou-gh, no Norte, também reivindicados pelas Filipinas, e as Ilhas Spratly no Sul (reivin-dicado de várias maneiras pelo Vietname, pelas Filipinas, pela Malásia e por Brunei, em alguns casos uns contra os outros, bem como contra a China).

Houve uma luta entre os vários recla-mantes para ocupar o maior número possí-vel – algumas não são muito mais do que rochas – destas ilhas. Isto é em parte porque, ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, a qual todos estes países ratificaram, os proprietários soberanos de afloramentos podem reivindicar um total de 200 milhas náuticas da Zona Económica Exclusiva (permitindo a exploração exclu-siva da pesca e dos recursos do petróleo), se puderem manter uma vida económica própria. Caso contrário, os proprietários soberanos podem reivindicar apenas 12 milhas náuticas das águas territoriais.

O que fez aumentar a preocupação da ASEAN sobre as intenções de Pequim é que, mesmo que a China pudesse razoavelmente reclamar a soberania sobre todos os recursos terrestres no Mar do Sul da China, e caso todos eles fossem habitáveis, as Zonas Eco-nómicas Exclusivas que foram com eles não

às batidas de tambor nacionalistas internas. Não parece haver nenhuma posição maxi-malista alarmante e monolítica, adoptada pelo governo e pelo Partido Comunista, com a qual a China esteja determinada a avançar. Em vez disso, de acordo com um excelente relatório divulgado em Abril pelo Grupo de Crise Internacional, as suas actividades no Mar do Sul da China, ao longo dos últimos três anos, parecem ter surgido a partir de iniciativas desco-ordenadas de vários actores domésticos, incluindo os governos locais, as agências de aplicação da lei, as empresas estatais de energia e o Exército Popular de Libertação. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China compreende as restrições de direito internacional, melhor do que a maioria, sem ter feito nada até agora para as impor. Mas, por todas as recentes actividades do ELP, e outras actividades, quando a transição da liderança do país (o que fez com que muitos representantes centrais importantes ficassem nervosos) estiver concluída no final deste ano, não há razão para esperar que uma posição chinesa mais comedida seja articulada.

A China pode, e deve, baixar a tempe-ratura, se readoptar o conjunto modesto da redução de risco e as medidas de confiança acordadas com a ASEAN em 2002 – e criar um código de conduta novo e multilateral. E, mais cedo ou mais tarde, precisa de definir com precisão, e com referência aos princípios compreendidos e aceites, aquilo que as suas reivindicações são realmente. Só então poderá ser dado qualquer crédito à sua posição declarada – não sem atracti-vos, em princípio – a favor de acordos na partilha de recursos para os territórios sob disputa enquanto se aguarda a resolução final das disputas territoriais.

Os EUA, por seu lado, enquanto jus-tificam a sua adesão aos reclamantes da ASEAN para atrasar o excesso chinês de 2010-2011, devem ter cuidado com a escalada da sua retórica. O “ponto central” militar dos EUA para a Ásia deixou as sensibilidades chinesas um pouco frágeis e o sentimento nacionalista é mais difícil de conter num período de transição de li-derança. Em qualquer caso, a preocupação dos Estados Unidos sobre a liberdade de navegação nestas águas sempre pareceu um pouco exagerado.

Um passo positivo, e universalmente bem-vindo, que os EUA poderiam dar seria finalmente ratificar a Lei da Convenção do Mar, cujos princípios devem ser a base para a partilha pacífica dos recursos – no Mar do Sul da China, como em outros lugares. Exigir que os outros façam como se diz nunca é tão produtivo como pedir-lhes que façam como se faz.

* Ex-ministro dos Negócios Estrangeiros australiano e reitor da Universidade Nacional da Austrália

O

incluiriam nada como todas as águas dentro da linha tracejada do seu mapa de 2009. Isto tem provocado receios, com fundamento, de que a China não está preparada para agir dentro dos limites estabelecidos pela Lei da Convenção do Mar e de que esteja determinada a fazer alguma reivindicação, mais ampla, baseada na história.

Uma forma sensata de seguir em frente começará com todos a ficarem calmos em relação às provocações externas da China e

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fonte da invejaJoão Corvo

19opiniãoquarta-feira 1.8.2012 www.hojemacau.com.mo

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O património toca sempre duas vezes

COMO estais, meus caríssimos e al-ternadíssimos leitores? Confesso que tenho tido saudades vossas, da vossa incompreensão, do modo inteligente como recusam ideias e dislates. Fazeis-me falta —

reconheço — como a areia faz falta à água. Mas pronto: eis-me de volta para reassumir, na minha angustiada vida, alguma norma-lidade. Afinal, o que é um escriba sem um leitor, um predador sem a sua presa, uma stripper sem o seu público de basbaques? Vamos, pois, a isto.

*

O especialmente controverso psicanalista Jacques Lacan, que se dizia discípulo feroz de Freud e ao mesmo tempo o reformava de forma radical, critica num dos seus famosos Seminários o poeta francês Charles Baude-laire pela tradução do título de um conto de Edgar Allan Poe, talvez um dos melhores escritores que o continente americano já conheceu. Trata-se de “The Purloined Let-ter”, que o genial Bau (desculpe-me o nick) traduziu por “La lettre vollée”, em português, muito simplesmente, “A carta roubada”, sem ais nem uis, nem versões variadas de fran-cófonos. É que a carta em questão não tinha sido exactamente roubada mas, segundo Lacan, “posta à parte”. Portanto, não tinha desaparecido, como deve acontecer a todas as cartas que comprometem alguém na sua vida privada, mas realmente posta à parte, a ver se não teria de emergir, de aparecer ao conhecimento de um marido ciumento. Lacan socorre-se do Oxford Dictionary para explicar que a palavra “purloined” é anglo-francesa, com o prefixo “pur”, que encontramos em “purpose” ou “purchase”, e a palavra “loing”, do antigo francês, que quer dizer “longe”. Portanto, ainda segundo o psicanalista, “pôr ao longe”, ou seja em português: “meter à parte” ou “pôr de lado”. Não é que se destrua, que para isso também não há coragem. É mais “pôr de lado”, na gaveta, a ver se passa.

Ora não poderia existir melhor expres-são para definir muito do que se passa com governo de Macau sobre a questão do património cultural. Com efeito, o nosso querido governo resolveu nada dizer sobre os

edifícios por classificar. Prudentemente, pôs a questão de lado, a ver se não existia e se os desmandos podem alegremente continuar.

Lacan explica. E não explica pouco. Sobre as verdadeiras e psicanalíticas razões, remeto os meus queridíssimos leitores para o texto original do sábio francês (Écrits I, Éditions du Seuil). Mas quanto às outras, aí vamos e com um sadeano sorriso nos lábios, gozando de ver os empreiteiros de Macau de mãos afiadas, gruas em riste e a carteira aberta.

A questão da classificação de edifícios é algo que o governo local tenta, prudentemen-

te, abafar com todo o peso que uma figura como Chui Sai On ostenta. Mas, mais tarde ou mais cedo, será debalde: a “purloined letter” não poderá ficar para sempre na ga-veta. Os nossos secretários, entre os quais o inefável Lau, dizem, juram a pés juntos, que têm as melhores das intenções. Resta saber para quem. E então a coisa nem a soluços vem: podia ser hoje um bocadinho aqui, amanhã outro bocadinho ali, enfim, uma acção-kebab, mas uma acção qualquer por parte deste governo, cujos membros parece que são candidatos, qualquer dia, a andar vestidos de burka. Isto já não é uma omissão:

seria uma vergonha se não fosse um fartote de rir, de gargalhar, de rebolar pela relva com as mãos na boca do estômago porque todos percebemos onde se quer chegar.

O governo demonstra assim a sua falta de cultura cinematográfica porque ainda não aprendeu que “O carteiro toca sempre duas vezes”. E que não vale a pena escon-der o gato (leia-se, os edifícios) porque estes ficam sempre com a cauda de fora. Preparem-se que o carteiro não deixará de voltar a tocar a esta campainha. Ou não tivesse Pequim insistido para que Macau fizesse parte da lista do Património Mun-dial da UNESCO e para quê? Para que os mandarins locais façam orelhas moucas a todos os anseios da população e se preparem para tudo ignorar e pisar e apenas com o pensamento fixo no volume das respectivas carteiras.

Senhor carteiro: é favor tocar outra vez! Nem que seja para eu gozar com o ar embur-rado dos secretários, essa gente maravilhosa que não percebe como é que a população se opõe ao que eles consideram “progresso”, leia-se o desfiguramento total da identidade de Macau em prol do enriquecimento rápido de alguns.

*

De vez em quando, as referências ao colonialismo voltam à ribalta. Deve ser saudosismo. Alguém me referiu que o valor “roubado pelos portugueses” foi substan-cialmente menor que os surripiados pelos actuais mandarins. Caramba, ó meu amigo! Está-nos a chamar incompetentes? Isto é, no mínimo, inadmissível! É certo que em 150 anos os ingleses deram ao mundo lições de roubalheira em Hong Kong, mas também não vale a pena atirar assim lama para a nossa descarada face. Então logo agora que os livros de História garantem que a nossa presença foi acarinhada pelos imperadores Ming, é que nos acusam de sermos ineficazes? Nada disso!

Roubámos e muito. E, para culminar, até vos roubámos as mulheres e a prova disso é a existência dos macaenses, enquanto os britões preferiam os estéreis rapazinhos.

Essa é que vocês têm dificuldade em engolir. É ou não é?

Alguém me referiu que o valor “roubado pelos portugueses” foi substancialmente menor que os surripiados pelos actuais mandarins. Caramba, ó meu amigo! Está-nos a chamar incompetentes? Isto é, no mínimo, inadmissível! É certo que em 150 anos os ingleses deram ao mundo lições de roubalheira em Hong Kong, mas também não vale a pena atirar assim lama para a nossa descarada face

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quarta-feira 1.8.2012www.hojemacau.com.mo

car toonpor Steff

Detido um dos mais perigosos membros de Al-QaedaA Alta Comissão de Segurança anunciou a detenção de um dos terroristas da rede Al-Qaeda mais procurados, por parte de forças de segurança iemenitas. Segundo contou à agência AFP fonte governamental, Abderrahman al-Bihani é acusado de ter planeado ataques em Sanaa: “Este homem é um dos membros mais perigosos e procurados da Al-Qaeda. Ele estava entre os principais chefes da rede que planearam os atentados de Sanaa.” O suspeito, que foi detido esta segunda-feira, terá sido um dos responsáveis por dois atentados suicidas. O primeiro ocorreu na capital iemenita, em Maio, vitimando mortalmente cerca de 100 pessoas, e o segundo foi contra uma academia militar de Sanaa a 11 de Julho, do qual resultaram oito mortos e 20 feridos.

Novo vírusda gripe aviária pode ameaçar humanosUm estudo norte-americano indica que o novo vírus da gripe aviária, que já matou 162 focas na costa daquele país, poderá ameaçar humanos. Os resultados da investigação foram esta terça-feira dados a conhecer. O H3N8 já provocou a morte a 162 focas, revela o mBio, um jornal da Sociedade Americana de Microbiologia. Cientistas da Universidade de Columbia estão preocupados com uma eventual mutação do vírus que possa infectar humanos, escreve o JN. Não há, no entanto, nenhum caso identificado em humanos. Esta nova estirpe consegue infectar, através das vias respiratórias, mamíferos. Recorde-se que este vírus é uma mutação do que afecta aves na América do Norte desde 2002. Um relatório da Organização Mundial de Saúde deu conta de 357 vítimas mortais do vírus da gripe das aves, de um total de 606 casos identificados desde 2003.

31 ilegaisdetectados em JunhoBuscas efectuadas pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) ao trabalho ilegal apontam para 31 trabalhadores encontrados nessa situação, no mês de Junho. No total, foram fiscalizados mais de 300 locais, sendo que as buscas se concentraram em obras de construção civil, residências, estabelecimentos comerciais e industriais. Da parte da DSAL, foram fiscalizados 21 locais, tendo sido encontrados cinco trabalhadores ilegais. Já as autoridades policiais fiscalizaram 384 locais, tendo encontrado 26 ilegais.

James Holmes acusado de 24 crimes de homicídioDez dias do massacre de Aurora, no Colorado, ocorrido no dia 20 de Julho, James Holmes foi presente a tribunal para ser acusado. O atirador será julgado por 142 acusações, ou seja: 24 acusações de homicídio e 116 tentativas de homicídio. O jovem de 24 anos foi também acusado de posse de explosivos, que foram encontrados no seu apartamento. A acusação avançou que serão precisas várias semanas para decidir se irão pedir pena de morte para o atirador. Holmes foi detido pela polícia, sem apresentar resistência, instantes depois do massacre, no estacionamento do cinema de Aurora. Na sequência do tiroteio, na estreia do último filme Batman - The Dark Knight Rises , 12 pessoas foram mortas e 58 ficaram feridas.

Comitiva chinesa já festejou nove ouros

O domínio em LondresO duelo fazia-se anun-

ciado e três dias de competição no East Side londrino basta-

ram para mostrar que, a exemplo do que sucedeu há quatro anos em Pequim, será entre a China e os EUA que se vai materializar a batalha pelo lugar cimeiro do pódio no que toca ao ranking dos países mais medalhados.

Ao fim de três dias de provas, chineses e norte-americanos seguem empatados no que diz respeito ao número de medalhas conquistadas, ainda que o hino chinês se tenha escutado com maior frequência na capital britânica, mercê sobretudo do desacerto do “Dream Team” de natação norte-americano. Na segunda-feira, Ryan Lochte – de quem se esperava muito em Londres – não conseguiu somar uma terceira medalha ao ouro e à prata já conquistados. O atleta, que venceu no fim-de-semana a prova dos 400 metros estilos e arrecadou a prata na estafeta dos 4 x 100 metros livres, não foi além do quarto lugar na prova dos 200 metros livres. A final do evento foi ganha de forma irrepreensível pelo sul-coreano Yannick Agnel, que superou na recta final da prova o sul--coreano Park Tae-Hwan e o chinês Sun Yang.

Se a prestação de Yang não bastou para assegurar melhor que o degrau mais baixo do pódio, nas piscinas em que se disputam os Jogos da 30ª Olimpíada o nome do momento continua a ser o de Ye Shiwen. A atleta do Continente continuar a fazer-se evidenciar depois de ter conseguido carimbar a passa-gem à final dos 200 metros livres com um tempo de 02:08:39,

marca que constitui um novo recorde olímpico.

Shiwen, que se impôs na meia-final à australiana Alicia Coutts e à norte-americana Caitlin Leverenz, recebeu nesta segunda-feira o apoio de Arne Ljungqvist, presidente da comis-são médica do Comité Olímpico Internacional, que garantiu que não há razões para duvidar das façanhas alcançadas pela jovem de 16 anos. Ye Shiwen já se tinha destacado no sábado, ao vencer a prova dos 400 metros estilos com uma nova melhor marca mundial.

A nadadora chinesa não é, no entanto, a única adolescente em destaque em Londres. No ter-ceiro dia de competição, Missy Franklin e Ruta Meilutyte con-quistaram um lugar por direito próprio nos anais da história, ao subirem ao lugar cimeiro do pódio, depois de terem triunfado em duas das principais provas do torneio feminino de natação. Franklin, norte-americana de 17 anos, sagrou-se campeã olímpica nos 100 metros costas, enquanto que Meilutyte, lituana de 15 anos, levou a melhor sobre a concor-rência nos cem metros bruços.

Em termos de contabilidade de troféus, a China não deixou créditos por mãos alheias e li-dera o ranking dos países mais medalhados em ex-aequo com os EUA, ainda que a comitiva do Continente tenha conquista-do nove ouros contra cinco da comitiva norte-americana. Os chineses dilataram o volume de medalha alcançadas com os títulos olímpicos em ginás-tica artística por equipas e nos saltos sincronizados a partir da plataforma de dez metros, mercê de uma performance

incomparável de Yuan Cao e de Zhang Yanquan.

POLÉMICAS À MISTURAO terceiro dia de prova ficaram pautados por duas polémicas. A atleta sul-coreana Shin A-Lam protagonizou um dos incidentes do dia, ao negar-se a abandonar o recinto onde perdeu para a alemã Brita Heidemann uma das meias-finais do torneio feminino de esgrima por desacordo com a pontuação atribuída pelos juízes. Polémica também a decisão referente ao segundo lugar na prova de ginástica artística por equipas, ganha pela China. Descontente com a decisão de um juiz, o Japão avançou com uma reclamação e acabou por ver a comissão organizadora dar razão ao protesto. A reavaliação do desempenho da formação nipónica acabou por valer ao Japão a medalha de prata, em detrimento da Inglaterra, que acabou por ver relegado para a terceira posição do pódio e para o bronze que lhe é inerente.

A prestação de Portugal no terceiro dia de provas fica pautada por resultados mistos. A eliminação precoce de Telma Monteiro e de João Pina nas provas de judo deixa a comitiva lusa praticamente sem hipótese de chegar às medalhas. O dia ficou, ainda assim, pautado por dois momentos positivos. No badminton, Telma Santos fez história ao conseguir a primeira vitória olímpica de Portugal nos quadros competitivos da modalidade. Francisco Andrade e Bernardo Freitas fecharam o primeiro dia de competição no âmbito da vela com um mag-nífico quarto lugar nas regatas referentes à categoria de 49ers.

HALTEROFILISMO