Holding

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I IntroduoA propriedade de bens em nome de uma pessoa fsica oferece uma srie de riscos e custos elevados quando comparados sua incorporao a uma pessoa jurdica. Utiliza-se a expressoHolding Patrimonialpara qualificar uma empresa que controla o patrimnio de uma ou mais pessoas fsicas, ou seja, ao invs das pessoas fsicas possurem bens em seus prprios nomes, possuem atravs de uma pessoa jurdica a controladora patrimonial, que geralmente se constitui na forma de uma sociedade limitada que, via de regra, tem a seguinte denominao social (nome patronmico, ou outro escolha) Empreendimentos, ou Participaes, Comercial Ltda.Dentre as principais vantagens pela realizao desta operao, est a reduo da carga tributria incidente sobre os rendimentos da pessoa fsica (IRPF), a possibilidade de realizao de planejamento sucessrio (herana), a preservao do patrimnio pessoal perante credores de uma pessoa jurdica (empresa) da qual a pessoa fsica participe como scio ou acionista e a facilidade na outorga de garantias (avais, fiana) e na emisso de ttulos de crdito (notas promissrias) atravs da pessoa jurdica em funo de sua maior credibilidade junto ao mercado.Enfim, a opo pela constituio de uma pessoa jurdica que controle o patrimnio da pessoa fsica Holding Patrimonial implica verdadeiramente em vantagens concretas, posto que os bens da pessoa fsica, que apenas titular de quotas, passam para a pessoa jurdica, havendo, assim, vantagens para seus titulares, principalmente no que concerne a impostos, transmissocausa mortis, transmisses em gerais, bem como acesso o fcil acesso ao crdito no mercado em geral.II As vantagens tributriasUtiliza-se, no Brasil, a sociedade por quotas de responsabilidade limitada como holding, ou seja, como instrumento de organizao patrimonial societria. Renem-se, na holding, participaes em outras empresas operacionais e outros bens mais valiosos do patrimnio familiar, como forma de estruturao do poder decisrio e de planejamento tributrio. A maior vantagem a possibilidade da adoo do regime do lucro presumido tributao de seu IRPJ.a) A opo pela tributao com base no lucro presumidoO artigo 13 da Lei 9.718/98, com nova redao dada pelo artigo 46 da Lei 10.637/02, dispe que a pessoa jurdica cuja receita bruta total, no ano-calendrio anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhes de reais), ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhes de reais) multiplicado pelo nmero de meses de atividade do ano-calendrio anterior, quando inferior a doze meses, poder optar pelo regime de tributao com base no lucro presumido.A opo pelo lucro presumido, entretanto, s poder ser feita pela pessoa jurdica que no se enquadrar em nenhum dos impedimentos enumerados no artigo 14 da Lei 9.718/98. So eles:I.Cuja receita total, no ano-calendrio anterior, seja superior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhes de reais), ou proporcional ao nmero de meses do perodo, quando inferior a doze meses;II.Cujas atividades sejam de instituies financeiras ou equiparadas;III.Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;IV.Que, autorizadas pela legislao tributria, usufruam de benefcios fiscais relativos iseno ou reduo do imposto;V.Que no decorrer do ano-calendrio tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, inclusive mediante balano ou balancete de suspenso ou reduo de imposto;VI.Cuja atividade seja defactoring.O limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhes de reais) refere-se receita total do ano-calendrio anterior. A Receita Federal tem esclarecido, em seus manuais de orientao, o que integram a receita total:a)A receita bruta auferida na atividade objeto da pessoa jurdica (venda de mercadorias ou produtos ou da prestao de servios, etc.);b)As receitas de quaisquer outras fontes no relacionadas diretamente com os objetivos sociais da pessoa jurdica;c)Os ganhos de capital;d)Os ganhos lquidos obtidos em operaes de renda varivel;e)Os rendimentos auferidos em aplicaes financeiras de renda fixa;f)Os rendimentos decorrentes de participaes societrias.Assim, a pessoa jurdica que durante o ano-calendrio de 2002 auferiu receita total igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhes de reais) poder optar pela tributao com base no lucro presumido no perodo-base 2003, desde que no se enquadre em qualquer uma das vedaes elencadas alhures.E, o ADI SRF n 5, de 31 de outubro de 2001, esclarece que a hiptese de obrigatoriedade de tributao com base no lucro real prevista no inciso III do artigo 14 da Lei 9.718/98 (que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior), no se aplica pessoa jurdica que auferir receita da exportao de mercadorias e da prestao direta de servios no exterior. No se considera, contudo, prestao direta de servios a realizada no exterior por intermdio de filiais, sucursais, agncias, representaes, coligadas, controladas e outras unidades descentralizadas da pessoa jurdica que lhes sejam assemelhadas. Estas empresas, portanto, podem ser optantes pela tributao com base no lucro presumido.Em resumo, as pessoas jurdicas cuja receita bruta seja igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhes de reais) e que atendam, ainda, s pr-faladas exigncias legais, ficam dispensadas de fazer a escriturao contbil de suas transaes e o imposto de renda, nestes casos, calculado sobre o lucro presumido.A opo pela tributao com base no lucro presumido ser definida em relao a todo o ano-calendrio, conforme o artigo 13, 1 da Lei 9.718/98, e dever ser manifestada com o pagamento da primeira ou nica quota do imposto devido, correspondente ao primeiro perodo de apurao de cada ano-calendrio (artigo 26, 1 da Lei 9.430/96). No regime de lucro presumido, o primeiro pagamento ocorre no ms de abril.b) A base de clculoA base de clculo do lucro presumido determinado pela aplicao de coeficientes legalmente definidos sobre a receita bruta anual, conforme a natureza da atividade.Assim que o artigo 15 da Lei 9.249/95 define que a base de clculo do imposto de renda das empresas tributadas pelo lucro presumido, em cada trimestre, ser determinada mediante aplicao dos seguintes percentuais sobre a receita bruta:I.8% na venda de mercadorias e produtos;II.1,6% na revenda, para consumo, de combustvel derivado de petrleo, lcool etlico carburante e gs natural;III.16% na prestao de servios de transportes, exceto de carga;IV.8% na prestao de servios de transportes de carga;V.32% na prestao de demais servios, exceto a de servios hospitalares;VI.16% na prestao de servios em geral das pessoas jurdicas com receita anual de at R$ 120.000,00 (cento e vinte e mil reais), exceto servios hospitalares, de transportes e de profisses regulamentadas (artigo 40 da Lei 9.250/95).VII.8% na venda de imveis das empresas com esse objeto social (artigo 32, 7 da IN n 93/97)c) Adies base de clculoAs variaes monetrias ativas decorrentes de atualizao dos direitos de crdito em funo da taxa de cmbio ou de ndices ou coeficientes aplicveis por disposio legal ou contratual sero consideradas, para efeitos da legislao do imposto de renda, como receitas financeiras (art. 9 da Lei 9.718/98) So variaes monetrias ativas as atualizaes decorrentes de crditos de mtuo, tributos a serem restitudos, crditos em moeda estrangeira etc.O artigo 53 da Lei n 9.430/96 dispe que os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive cm perdas no recebimento de crditos, devero ser adicionados ao lucro presumido para determinao do imposto de renda, salvo se o contribuinte comprovar no os ter deduzido em perodo anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributao com base no lucro real ou que se refiram a perodo no qual tenha se submetido ao regime de tributao com base no lucro presumido.Outrossim, na apurao de ganho de capital de pessoa jurdica tributada pelo lucro presumido, os valores acrescidos em virtude de reavaliao podero ser computados como parte integrante dos custos de aquisio de bens e direitos se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados na determinao da base de clculo do imposto de renda (artigo 52 da Lei 9.430/96).d) Alquotas do imposto de renda e do adicionalA alquota do imposto de renda das pessoas jurdicas tributadas pelo lucro real, presumido ou arbitrado de 15%, que ser aplicada sobre a base de clculo. O 1 do artigo 3 da Lei 9.249/95, com nova redao dada pelo artigo 4 da Lei 9.430/96, dispe que a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado, que exceder o valor resultante da multiplicao de R$ 20.000,00 (vinte e mil reais) pelo nmero de meses do respectivo perodo de apurao, sujeita-se incidncia de adicional do imposto de renda alquota de 10%. Com isso, as pessoas jurdicas tributadas com base no lucro presumido tero que apurar o adicional em cada perodo trimestral e efetuar o recolhimento. O adicional incidir sobre a parcelo do lucro que exceder ao valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) no trimestre.e) Contribuio social sobre o lucroA base de clculo da contribuio social sobre o lucro das empresas tributadas pelo lucro presumido foi alterada pelo artigo 29 da Lei 9.430/96. A base de clculo corresponde a 12% da receita bruta do trimestre, cujo resultado ser acrescido de ganhos de capital, de rendimentos de aplicaes financeiras e de demais receitas e resultados positivos auferidos no trimestre.Relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 01 de janeiro de 2003, a alquota da CSLL ser de 9% (artigo 37 da Lei 10.637/02). certo que a Lei 10.684/03, por meio de seu artigo 22, alterou a base de clculo da CSLL das empresas prestadoras de servios que elenca. So elas:a)prestao de servios em geral, exceto a de servios hospitalares;b)intermediao de negcios;c)administrao, locao ou cesso de bens imveis, mveis e direitos de qualquer natureza;d)prestao cumulativa e contnua de servios de assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo de riscos, administrao de contas a pagar e a receber, compra de direito creditrios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestao de servios (factoring). Mas, tal no pode servir s empresas optantes pela tributao pelo lucro presumido, ainda que sejam prestadoras dos servios aludidos. que a legislao em apreo viola princpios constitucionais, mormente o da capacidade contributiva e da isonomia tributria, merc da majorao da base de clculo to somente para seguimentos empresariais. No observou, individualmente, a capacidade contributiva de cada qual, ferindo de forma irretorquvel o princpio da isonomia tributria.Ora, no certo dizer que, pelo fato de uma empresa prestar este ou aquele servio, ter capacidade contributiva igual s demais de seu seguimento de negcios. At porque, as empresas que optaram pela tributao pelo lucro presumido tm a base de calculo da CSLL na razo de 12% da receita bruta do trimestre. No podem, portanto, ter a base de clculo da CSLL majorada a 32% to somente em razo do seguimento empresarial. certo que as dificuldades no pertinente ao princpio da isonomia surgem quando se coloca a questo de saber se o legislador pode estabelecer hipteses discriminatrioas, e qual o critrio de discrime que pode validamente utilizar. Na verdade, a lei sempre discrimina. Seu papel fundamental consiste precisamente na disciplina das desigualdades naturais existentes. A lei, assim, forosamente discrimina. O importante, portanto, saber como ser vlida essa discriminao. Quais os critrios admissveis, e quais os critrios que implicam leso ao princpio da isonomia[1].O critrio eleito pela Lei 10.684/03 representa expressa violao ao princpio da isonomia tributria, porque leva em considerao to somente o seguimento negocial das empresas, mas no sua real capacidade contributiva. Prova disto est no fato de que, as pessoas jurdicas de um mesmo ramo empresarial podem ser tributadas de maneiras diversas (pelo lucro real ou presumido), justamente em funo da diferena individuais de suas capacidades contributivas.O tema em anlise j foi tratado por mim em texto j publicado neste site, razo pela qual no ir ser criada maiores delongas. Mas, h de se deixar consignado que o majorao no recai sobre as empresas optantes pelo lucro presumido.f) Clculo do imposto e da contribuioA partir de 01 de janeiro de 1999, a opo exercida por uma das formas de tributao (lucro real trimestral, lucro real anual ou lucro presumido) mediante o pagamento da primeira quota ou quota nica do imposto de renda definitiva para todo o ano-calendrio, sendo vedada a mudana na opo no decorrer do ano ou no ato de entrega da declarao. Com isso, a pessoa jurdica que optar pelo lucro presumido dever apurar o imposto de renda e a contribuio social sobre o lucro por perodos trimestrais.g) A distribuio de lucros aos sciosDesde o ms de janeiro de 1996, os lucros ou dividendos pagos ou creditados pelas pessoal jurdicas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, no ficaro sujeitos incidncia do imposto de renda na fonte, nem integraro a base de clculo do imposto de renda do beneficirio, pessoa fsica ou jurdica.E, o 3 do artigo 48 da IN n 93/97 autoriza a pessoa jurdica tributada com base no lucro presumido a distribuir lucros ou dividendos de resultados apurados atravs de escriturao contbil, ainda que por conta de perodo-base no encerrado. Com isso, a pessoa jurdica poder levantar balanos trimestrais e distribuir o resultado.Se, no encerramento do balano em 31 de dezembro, o lucro contbil do ano-calendrio for menor que o montante dos lucros ou dividendos distribudos antecipadamente, a diferena ser imputada aos lucros acumulados ou reservas de lucros de exerccios anteriores e a tributao ser feita de acordo com a legislao aplicvel ao ano da apurao dos resultados.Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em montante suficiente para absorver os lucros ou dividendos distribudos, a IN dispe que a parcela excedente ser submetida tributao pela tabela progressiva do imposto para as pessoas fsicas.O 2 do artigo 48 da IN 93/98 dispe que no caso de pessoa jurdica tributada com base no lucro presumido, a parcela dos lucros ou dividendos que exceder o valor da base de clculo do imposto, diminuda de todos os impostos e contribuies a que estiver sujeita a pessoa jurdica, tambm poder ser distribuda sem a incidncia do imposto, desde que a empresa demonstre, atravs de escriturao contbil feita com observncia da lei comercial, que o lucro efetivo maior que o determinado segundo as normas para apurao da base de clculo do imposto com base no lucro presumido.h) Dedues do imposto de renda devidoA pessoa jurdica tributada com base no lucro presumido poder deduzir, do imposto de renda apurado no trimestre, o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas que integram a base de clculo correspondente. A partir de 01 de janeiro de 1997, o imposto na fonte sobre os rendimentos de aplicaes financeiras e sobre os juros de capital prprio passou a ser retido a ttulo de antecipao.A partir de 01 de janeiro de 1998, as pessoas jurdicas tributadas pelo lucro presumido no podero efetuar qualquer deduo a ttulo de incentivo fiscal do imposto de renda devido (art. 10 da Lei 9.532/97).i) Obrigaes acessriasA pessoa jurdica que optar pela tributao com base no lucro presumido no precisar, obrigatoriamente, manter escriturao contbil nos termos da legislao comercial, desde que escriture os recebimentos e os pagamentos ocorridos em cada ms no Livro Caixa (artigo 45 da Lei 8.981/95). Essa desobrigao de escriturar o Livro Dirio s tem efeitos fiscais, no valendo para fins de concordata ou falncia.A pessoa jurdica dever escriturar, ao trmino de cada ano-calendrio, o Livro Registro de Inventrio. Esse livro mais para as empresa comerciais e industriais, porque as empresas prestadoras de servios dificilmente tm estoques a serem registrados.As pessoas jurdicas em geral tm, ainda, a obrigao acessria de manter em boa guarda e ordem, enquanto no decorrido o prazo decadencial e/ou prescricional, todos os livros de escriturao obrigatrios pelas legislaes fiscal e comercial, bem como os documentos que serviram de base para a escriturao. A outra obrigao acessria a de apresentar anualmente a declarao de informaes DIPJ.III O planejamento sucessrioPela constituio de umaHolding Patrimonial, possvel estabelecer-se um planejamento sucessrio. Conforme o artigo 978 do Cdigo Civil, o empresrio casado que constituir pessoa jurdica pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imveis que integrem o patrimnio da empresa ou grava-los de nus real.Assim sendo, pode-se distribuir os bens da pessoa fsica, que estaro incorporados pessoa jurdica, antes mesmo que este venha a falecer. Evita-se, desta maneira, a ansiedades por parte da linha sucessria, posto que o quinho de cada participante fica definido antes mesmo do falecimento do scio. Outrossim, a sucesso fica facilitada por meio da sucesso de quotas da empresa, seno, vejamos.Consoante regra o artigo 1.845 do Cdigo Civil, so herdeiros necessrios os descendentes, os ascendentes e o cnjuge, sendo que estes concorrem na mesma proporo na meao prevista no artigo 1.846, conforme se vislumbra do artigo 1.829, incisos I e II, tambm do Cdigo Civil.Assim sendo, sabe-se, desde logo, que metade das quotas sociais do scio que vier a falecer ser rateada entre seus descendentes, ascendentes e o cnjuge sobrevivente. O restante das quotas poder ser devidamente distribuda segundo a vontade do scio falecido, por meio de testamento. Fcil concluir que a distribuio dos bens feita mediante a sucesso das quotas sociais da empresa.Desta maneira, evita-se os desgastes financeiros e emocionais de um inventrio, j que, estando organizada a sucesso dos bens por meio da sucesso de quotas, o procedimento judicial do inventrio ser mais clere e menos oneroso.IV A norma geral antieliso cedio que a norma geral antieliso, introduzida no pargrafo nico do artigo 116 do Cdigo Tributrio Nacional por meio da Lei Complementar 104/01, poder vir a empecer o procedimento aqui descrito. Todavia, a problemtica ser tema de futuros debates, porque sequer entrou em vigor por depender de regulamentao de lei ordinria.V - ConclusoAo longo deste trabalho, a preocupao constante foi demonstrar as vantagens de constituio de umaHolding Patrimonial, expresso utilizada para qualificar uma empresa que controla o patrimnio de uma ou mais pessoas fsicas. que propriedade de bens em nome de uma pessoa fsica oferece uma srie de riscos e custos elevados quando comparados sua incorporao numa pessoa jurdica, porque, ao invs das pessoas fsicas possurem bens em seus prprios nomes, possuem atravs de uma pessoa jurdica a controladora patrimonial. Geralmente esta se forma na forma de uma sociedade limitada que, via de regra, tem a seguinte denominao social (nome patronmico, ou outro escolha) Empreendimentos, ou Participaes, Comercial Ltda.Dentre as principais vantagens pela realizao desta operao, est a reduo da carga tributria incidente sobre os rendimentos da pessoa fsica (IRPF) se feita com a intermediao da pessoa jurdica, tributada com base no lucro presumido. Assim, ante a notria reduo da carga tributria da pessoa fsica, a diferena obtida pode retornar a pessoa fsica, sem qualquer tipo de tributao.Isto sem contar a possibilidade de realizao de planejamento sucessrio (herana), a preservao do patrimnio pessoal perante credores de uma pessoa jurdica (empresa) da qual a pessoa fsica participe como scio ou acionista e a facilidade na outorga de garantias (avais, fiana) e na emisso de ttulos de crdito (notas promissrias) atravs da pessoa jurdica em funo de sua maior credibilidade junto ao mercado.