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HOME CARE – PROCEDIMENTO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR

HOME CARE PROCEDIMENTO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR · portador de Amiotrofia Espinhal Progressiva tipo I –Doença neurodegenerativa grave e rara que provoca atrofia muscular global,

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HOME CARE –PROCEDIMENTO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR

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Origem histórica

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692004000500004

Surgiu nos EUA (pioneiro nesta atividade), o hospitalde Boston, em 1780, implantou o home care.

Já em 1885, com o aumento de trabalhos nessasperspectivas, houve estabelecimento da primeiraAssociação de Enfermeiras Visitadoras (Visiting NursesAssociation - VNA).

Em 1947, o Hospital de Montefiori, em Nova York,introduziu conceitos de home care como sendo umaextensão do atendimento hospitalar. O número deserviços cresceu após a Segunda Guerra Mundial.

Atualmente, nos EUA, a indústria de home carecontinua crescendo, existem dados de 18,5 milserviços nos EUA.

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As primeiras atividades domiciliárias desenvolvidasno Brasil aconteceram no século XX, maisprecisamente em 1919, com a criação do Serviço deEnfermeiras Visitadoras no Rio de Janeiro.

Em 1949, foi criado o Serviço de Assistência MédicaDomiciliar e de Urgência (SAMDU). Principaisresponsáveis por esse serviço foram os sindicatos detrabalhadores insatisfeitos com o vigenteatendimento de urgência. Qualquer médico doplantão saía em ambulâncias para o atendimento.

A partir da década de 90, várias outras implantaçõesde serviços de assistência domiciliar surgiram e de lápara cá houve um avanço vertiginoso.

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Modalidade de assistência,também conhecida comohome care (do inglês,cuidado do lar), pode serdefinida como um conjuntode procedimentoshospitalares possíveis deserem realizados na casa dopaciente. Abrangem açõesde saúde desenvolvidas porequipe interprofissional,baseadas em diagnóstico darealidade em que o pacienteestá inserido, visando àpromoção, à manutenção e àreabilitação da saúde

CONCEITO DE HOME CARE

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INTERNAÇÃO DOMICILIAR:São atividades assistenciaisespecializadas, exercidas porprofissionais e/ou equipe de saúdena residência do cliente, com ofertade recursos humanos, equipamentos,materiais e medicamentos,assemelhando-se ao cuidadooferecido em ambiente hospitalar(instalação de um mini-hospital). Apermanência de profissionais deenfermagem junto ao cliente é pré-estabelecida (6, 12 ou 24 horas).Também ocorre orientação aoresponsável pelo cuidado nodomicílio.

ATENDIMENTO DOMICILIAR:Compreendem-se as atividadesassistenciais exercidas porprofissionais e/ou equipe desaúde na residência do cliente,para executar procedimentosmais complexos, que exigemformação técnica para tal.Também são realizadasorientações aos responsáveispelo cuidado no domicílio, e aperiodicidade do atendimento érealizada de acordo com acomplexidade do cuidadorequerido.

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”Gozar do melhor estado desaúde que é possível atingirconstitui um dos direitosfundamentais de todo o serhumano, sem distinção de raça,de religião, de credo político, decondição econômica ou social”.

Segundo a Constituição da OMS, em vigor desde 1946:

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Direito da Saúde: é o Direito Social Fundamental assegurado pela Constituição Federal.

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Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:III - a dignidade da pessoa humana;

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção dequalquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aosestrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito àvida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nostermos seguintes:X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e aimagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelodano material ou moral decorrente de sua violação;

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Art. 10 da Lei 9.656/98: É instituído o plano-referência de assistência à saúde, comcobertura assistencial médico-ambulatorial ehospitalar, compreendendo partos etratamentos, realizados exclusivamente noBrasil, com padrão de enfermaria, centro deterapia intensiva, ou similar, quandonecessária a internação hospitalar, dasdoenças listadas na Classificação EstatísticaInternacional de Doenças e ProblemasRelacionados com a Saúde, da OrganizaçãoMundial de Saúde, respeitadas as exigênciasmínimas estabelecidas no art. 12 desta Lei,exceto:

• § 1o As exceções constantes dos incisosdeste artigo serão objeto de regulamentaçãopela ANS.

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• Resolução Normativa nº 211 editada em 12 de janeiro de 2010, incluiuem seu rol de procedimentos a internação domiciliar (home care):

Art. 13. Caso a operadora ofereça a internação domiciliar em substituiçãoà internação hospitalar, com ou sem previsão contratual, deverá obedeceràs exigências previstas nos normativos vigentes da Agência Nacional deVigilância Sanitária-ANVISA e nas alíneas “c”, “d” e “e” do inciso II do artigo12 da Lei nº 9.656, de 1998

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Art. 12 da Lei 9.656/98: São facultadas a oferta, a contratação e a vigência dos produtosde que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, nas segmentações previstas nosincisos I a IV deste artigo, respeitadas as respectivas amplitudes de cobertura definidas noplano-referência de que trata o art. 10, segundo as seguintes exigências mínimas:II - quando incluir internação hospitalar:c) cobertura de despesas referentes a honorários médicos, serviços gerais de

enfermagem e alimentação;d) cobertura de exames complementares indispensáveis para o controle da evolução da

doença e elucidação diagnóstica, fornecimento de medicamentos, anestésicos, gasesmedicinais, transfusões e sessões de quimioterapia e radioterapia, conforme prescriçãodo médico assistente, realizados ou ministrados durante o período de internaçãohospitalar;g)cobertura para tratamentos antineoplásicos ambulatoriais e domiciliares de uso oral,

procedimentos radioterápicos para tratamento de câncer e hemoterapia, na qualidade deprocedimentos cuja necessidade esteja relacionada à continuidade da assistênciaprestada em âmbito de internação hospitalar;

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Relatório Médico;

Negativa do plano de saúde;

Contrato de plano de saúde (Art. 396 do CPC: O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.).

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Princípios protetivos:

Incolumidade física, psíquica, segurança, boa-fé,

informação e tantos outros constantes nos arts. 4º,

6º e demais do CDC.

Art. 4º A Política Nacional das Relações deConsumo tem por objetivo o atendimentodas necessidades dos consumidores, orespeito à sua dignidade, saúde e segurança,a proteção de seus interesses econômicos, amelhoria da sua qualidade de vida, bemcomo a transparência e harmonia dasrelações de consumo, atendidos os seguintesprincípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008,de 21.3.1995)I - reconhecimento da vulnerabilidade doconsumidor no mercado de consumo;

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) VigênciaIV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;IX - (Vetado) ;X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

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Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.

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Art. 1.048 do Código deProcesso Civil: Terãoprioridade detramitação, em qualquerjuízo ou tribunal, osprocedimentos judiciais:I - em que figure comoparte ou interessadopessoa com idade igualou superior a 60(sessenta) anos ouportadora de doençagrave, assimcompreendida qualquerdas enumeradas no art.6º, inciso XIV, da Lei nº7.713, de 22 dedezembro de 1988.

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Art. 189 do Código de Processo Civil: Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:

I - em que o exija o interesse público ou social;

II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;

III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade.

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Com o objetivo de capacitar os profissionais da área médica que compõe osNúcleos de Apoio Técnico do Poder Judiciário – NATJUS (criado pelaResolução 238/2016), destinados a subsidiar os magistrados cominformações técnicas, o Conselho Nacional de Justiça e o Ministério daSaúde celebraram o Termo de Cooperação n. 21/2016, cujo objeto éproporcionar aos Tribunais de Justiça dos Estados e aos Tribunais RegionaisFederais subsídios técnicos para a tomada de decisão com base emevidência científica nas ações relacionadas com a saúde, pública esuplementar, visando, assim, aprimorar o conhecimento técnico dosmagistrados para solução das demandas, bem como conferindo maiorceleridade no julgamento das ações judiciais.

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OBJETIVO: a criação de um banco de

dados nacional para abrigar parecerestécnico-científicos e notas técnicaselaboradas com base em evidênciascientíficas na área da saúde, emitidospelos Núcleos de Apoio Técnico aoJudiciário (NATJUS) e pelos Núcleos deAvaliação de Tecnologias em Saúde(NATS).

Instituição Responsável pelas notas técnicas e pareceres técnicos do NATS:Hospital Israelita Albert Einstein

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Súmula nº 102 TJSP: Havendo expressa indicação médica, éabusiva a negativa de cobertura de custeio de tratamento sob oargumento da sua natureza experimental ou por não estarprevisto no rol de procedimentos da ANS.

Súmula nº 90 TJSP: Havendo expressa indicação médica para a utilização dos serviços de ‘Home care’, revela-se abusiva a cláusula de exclusão inserida na avença, que não pode prevalecer.

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Art. 300 do Código de Processo Civil: A tutela de urgência seráconcedida quando houver elementos que evidenciem aprobabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultadoútil do processo.

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Jurisprudência Ementa: PLANO DE SAÚDE – NEGATIVA DE CUSTEIO HOME CARE - PRELIMINAR DECERCEAMENTO DE DEFESA – Julgamento antecipado da lide – Alegação de cerceamento de defesa– Ré que, por meio de prova pericial médica, pretendia comprovar se a situação clínica do autornecessitava realmente de home care, ou se o menor precisaria apenas de um cuidador –Desnecessidade da prova pericial médica – Existência de expressa indicação de tratamento, comrelato detalhado dos problemas de saúde que acometem o autor - Somente ao médico queacompanha a autora cabe indicar o tratamento mais adequado - PRELIMINAR REJEITADA. PLANODE SAÚDE – OBRIGAÇÃO DE FAZER – NEGATIVA DE CUSTEIO – HOME CARE – Menor autorportador de Amiotrofia Espinhal Progressiva tipo I – Doença neurodegenerativa grave e rara queprovoca atrofia muscular global, com comprometimento no desenvolvimento e funcionamento dosistema respiratório e motor, conforme relatório médico – Alta hospitalar condicionada ainternação domiciliar a ser prestada por uma empresa de home care que possua equipe deprofissionais altamente especializada em doenças neuromusculares – Indicação médica para queo tratamento home care seja prestado ao autor pela Empresa Saúde Fênix, única empresa apta atratar de forma adequada a doença do menor autor – Indicação da ré da empresa "Home Doctor"– Relatório médico atestando que esta empresa não disponibiliza equipe técnica especializada emdoença neuromusculares em crianças - Profissional que acompanha diretamente o enfermo tem acompetência de indicar o tratamento mais adequado, ou seja, que o tratamento seja feito pelaEmpresa Saúde Fênix, e não pela empresa indicada pela ré, que não possui equipemultiprofissional especializada para tratar adequadamente a patologia do menor Gael, conformerelatório médico – Decisão mantida – Honorários recursais devidos - RECURSO DESPROVIDO.Processo nº 1125570-14.2016.8.26.0100. 09ª Câmara de Direito Privado do TJSP.

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Jurisprudência

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO – Plano de saúde – Insurgência contradecisão que, em sede de tutela de urgência, determinou ao plano de saúdeque custeasse o atendimento domiciliar prescrito à autora - Alegação de que ohome care não está previsto no contrato, nem consta no rol da ANS -Desacolhimento – Havendo expressa indicação médica, a negativa daseguradora em autorizar o home care, com base em exclusão contratual ou nãoprevisão no rol da ANS se afigura, em sede de cognição sumária, abusiva –Súmula nº 90 deste TJSP – Alegação de que o pagamento dos serviços decuidador é de responsabilidade da família da enferma e que não há anecessidade do atendimento domiciliar – Desacolhimento – Necessidade detratamento técnico especializado que não se limita ao préstimos de cuidador -Não cabe ao plano de saúde discutir a adequação do home care prescrito aobeneficiário, o qual deve incluir todos os insumos e medicamentos necessáriospara o sucesso do tratamento - Recurso não provido. Processo nº 2240535-89.2019.8.26.0000. 06ª Câmara de Direito Privado do TJPS, Publicação em14/02/2020.

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Jurisprudência

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL – PLANO DE SAÚDE - Negativa de coberturade tratamento home care e fornecimento de medicamento sob ofundamento de haver expressa previsão contratual quanto à suaexclusão – É vedado à seguradora influir na escolha da melhor formade tratamento ao paciente, cabendo apenas ao médico essa escolha– É indevida a negativa a serviços de home care quando houverexpressa indicação médica – Inteligência das Súmulas nº 90 deste E.TJSP - Reapreciação em virtude de entendimento firmado em sede derecurso repetitivo pelo C. STJ de que as operadoras não estãoobrigadas a fornecer medicamento não registrado pela ANVISA –Recurso provido em parte. Processo nº 0057044-88.2011.8.26.0002.02ª Câmara de Direito Privado do TJSP. Publicação em 14/02/2020.