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Homeopatia Aulas de 1 a 3

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Homeopatia

Prof. Alfredo Ribeiro Filho

[email protected]

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Se disseres que sabes,

Te perguntarão até que

Nada mais saibas...

Se disseres que não sabes,

Te ensinarão até que saibas,

Cada vez mais e possas ensinar

A teu próximo o legado da sabedoria...

Provérbio Árabe

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ACRÓSTICO

Hahnemann, homem sábio para entender o ser

Originando organon, organizado e racional para

Material médica, completa explicativa da

Essencial energia obtida

Outrora a este desconhecida

Pululantes sucussões redundante

A todos confere dinamização

Tríade, alma espírito e meio em comunhão

Iniciam o ciclo da evolução

Alertando ao ser que seu miasma não tem cura em vão

Michele Sato

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Bibliografia Básica

• FARMACOPÉIA homeopática Brasileira, 2. Ed. Parte 1. Métodos Gerais. São Paulo: Organização Andrei Editora LTDA, 1998.

• Fontes, O . L. Farmácia Homeopática teoria e prática,1. ed., Editora Manole Ltda, São Paulo, 2001.

• VANNIER, L. & POIRVER, J. Tratado de Matéria Médica Homeopática, São Paulo: Organização Andrei Editora LTDA.

• TWENTYMAN, R. Homeopatia –A Ciência e a Cura. São Paulo: Editora Best Seller, 1989.

• Manual de Normas Técnicas para Farmácia Homeopática, 4ª ed. Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas, Curitiba, 2003.

• Lathoud, J.A .Matéria médica homeopática, Robe editorial, São Paulo, 2002.

• MICHAUD, J. Dr. Ensino Superior de Homeopatia. São Paulo: Organização Andrei Editora LTDA, v. 1 e 2, 1998.

• MERCIER, L. Dr. Homeopatia –Princípios Básicos, São Paulo: Organização Andrei Editora LTDA.

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Bibliografia Complementar

• Villava, F. F. Escala L. M. teoria e pratica, Probel editora, São Paulo,1997.

• Soares, A. D. S. Farmácia Homeopática, editora Andrei, São Paulo, 1997.

• Barollo, R. C., aos que se tratam pela Homeopatia, 10ª ed., São Paulo, 2001.

• Brunini, C. e Sampaio, C., Homeopatia princípios doutrina farmácia IBEHE, 2ª ed. editora Mythos, São Paulo, 1993.

• Barnard, J., Um Guia para os Remédios Florais do Dr. Bach, Editora Pensamento, São Paulo, 1979.

• Fontes, O. L. Farmácia Homeopática teoria e prática, 2ª ed. Editora Manole, São Paulo, 2005.

• Paulo, A. L. D., O que você precisa saber sobre o medicamento homeopático, 2ª ed. editora organon, São Paulo, 2001.

• Dufilho, R., Os sintomas mentais em homeopatia, Andrei editora, São Paulo, 1996.

• Hahnemann, S., Organon da arte de curar. 2ª ed., São Paulo, 1995.

• Colección homeopatía, tratado de homeopatía, editora Paidotribo, Barcelona, 2000.

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AULA 1

História, princípios e fundamentos da homeopatia

Os precursores de Hahnemann

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“É preciso prever qual dos dois

cederá primeiro, o doente ou a

doença; convém examinar o doente

para ver se suportará o regime até o

período mais agudo da moléstia, e

qual dos dois termos de alternativas

chegará ou o doente se enfraquecer

primeiro, não suportando o regime,

ou é a doença que cede primeiro,

extinguindo-se”.

HIPÓCRATES (468 a.C. – 377 a.C.)

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História, princípios e fundamentos da

homeopatia

Os precursores de Hahnemann

• Demonstrado desde a Antiguidade que cadacaso deveria ser individualizado, e quereceitas tipo “pacotes prontos” devem serevitadas a bem de cada caso isolado.

• Os magos Babilônicos são os primeiros dosquais se tem relato de postura terapêuticaspor meio de seus conhecimentos deastronomia.

• Ainda como precursores de Hipócratestemos os sacerdotes egípcios, a escolajônica – com Pitágoras e Empédocles.

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• Princípio da Similitude

– Hipócrates (468 a.C. – 377 a.C.).

• Atividade médica apoiada no conhecimentoexperimental, desvinculada da religião, da magia e dasuperstição.

• A terapêutica tinha por base o poder curativo daNatureza, a vis medicatrix naturae, via natural de cura, eas doenças deviam ser interpretadas considerando-se oquadro particular de cada indivíduo.

• A doença como a perturbação do equilíbrio do individuo.

• A Homeopatia se alicerça no seguinte aforismoenunciado por Hipócrates: “a doença é produzida pelossemelhantes e pelos semelhantes o paciente retorna asaúde”.

• Similia similibus curantur, ou seja, o semelhante serácurado pelo semelhante.

• Cuntraria contrariis curantur, ou seja, o contrário serácurado pelo contrário.

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• Celso (Roma, reinado de Tibério) um grandeseguidor, de Hipócrates, deixando de importante aabordagem de que as doenças deveriam serchamadas ou classificadas pelos nomes dosremédios que as curavam.

• Aristóteles (384 – 322 a.C.) de certa forma promoveuma regressão que impede a difusão do estudo dossemelhantes, estabelecendo princípios fixos.

• Galeno (138 – 201 d.C.) discursa sobre a lei doscontrários, para reequilíbrio de eventuais discrasias.

• Graças ao oriente (árabes), a medicina hipocráticanão adormeceu e não se perdeu no tempo.

• Com Cornarius e Paracelso, volta às origensvitalistas.

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Paracelso estabelece quatro princípios

vitalistas que serão colunas da medicina

vitalista:

• Estudo da natureza;

• Individualização do doente;

• Individualização do remédio;

• Lei da similitude.

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• Renasce o espírito científico.

– 1628, Harvey descreve a circulação sanguínea.

– 1608, Crollius descreveu os princípios dasimilitude e infinitesimais.

– 1638, Robert Fludd preparava com escarro detuberculoso um medicamento para a tísica.

– Hofmann – a força como propriedade inerenteda matéria e a vida é apenas movimento, suafisiologia é regulada por fluxo nervoso.

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• Samuel Hahnemann (1755 – 1843)

– 1775 – inicia seus estudos de medicina, para

se sustentar ministra aulas particulares de

línguas estrangeiras e traduziu obras

científicas para o alemão.

– 1779 – recebe o grau de doutor em medicina

na universidade de Erlangen, Alemanha.

– 1787 – abandonou a medicina por julga - lá

empírica demais. Desiludido escreve a um

amigo:

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“Em torno de mim só encontro treva e

deserto. Nenhum conforto para o meu

coração oprimido. Oito anos de prática,

exercida com escrupuloso cuidado,

fizeram-me conhecer a ausência do valor

dos métodos curativos ordinários. Não sei

em virtude de minha triste experiência, o

que se deve esperar dos preceitos dos

grandes mestres...

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...Para mim, foi uma agonia estar

sempre no escuro quando tinha de

curar o doente e prescrever de acordo

com essa ou aquela hipótese

arbitrária... Renunciei à pratica da

medicina para não correr mais o risco

de causar danos à saúde alheia e

dediquei-me exclusivamente à química

e às ocupações literárias”.

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• 1790 – tradução da Matéria medica de Willian Cullen,Hahnemann ficou indignado com o fato do autor atribuira eficiência terapêutica da droga quina ao efeito tônicosobre o estômago do paciente acometido de malária.– Não concordando com essa hipótese resolve fazer experiências

ingerindo por vários dias certa quantidade de quina.

– Para sua surpresa passou a apresentar uma série de sintomastípicos de malária.

– Ao suspender o uso da droga sua saúde voltava à normalidade.

– Deveria haver, portanto, uma identidade entre a doença e adroga ingerida.

• O resultado chamou a atenção de Hahnemann para oadágio hipocrático similia similibus curantur.

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• Hahnemann em seguida, experimentou a quina em seusfamiliares e amigos, notando que o fenômeno se repetia.

• Passou a realizar experimentos com outras drogas,catalogando seus efeitos no organismo sadio.

• A partir da compilação dos sinais e sintomas que essassubstâncias provocam no homem sadio fez novasobservações, agora no homem doente, para confirmarse o princípio da similitude funcionava na prática.

• Como na maioria dos casos o resultado foi positivo, ahipótese de Hahnemann foi confirmada.

• A partir desse fato, reconheceu a necessidade daexperimentação no homem para poder prescrevercientificamente aos doentes os agentes terapêuticoscapazes de cura-lós.

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• De 1790 a 1796, Hahnemann experimentounumerosas substâncias, sempre em pessoassadias.

• 1810 – Hahnemann editou a primeira edição de seulivro básico, ORGANON DA ARTE DA CURA, noqual encontramos a doutrina homeopática e seusensinamentos, bem como regras minuciosas paraexame, entrevista e tratamento do paciente.

• Hahnemann conseguiu encontrar solução para amaioria das doenças. Todavia, seu tratamentoapresentava dificuldades diante das doençascrônicas, que reapareciam frequentemente.

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• Em seus estudos dos casos crônicos

encontrou um fator desencadeador desses

processos denominado por ele de “miasma”.

• Hoje a homeopatia é praticada em diversos

países, nos vários continentes, mas está

especialidade esta especialmente muito bem

representada na Alemanha, na Argentina, na

Bélgica, no Brasil, na França, na Índia e na

Inglaterra.

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O que é homeopatia?

Homeopatia é uma especialidade médica e

farmacêutica que consiste em ministrar ao

doente doses mínimas do medicamento, de

acordo com a lei dos semelhantes, para evitar a

agravação dos sintomas e estimular a reação

orgânica na direção da cura.

A palavra homeopatia, foi criada por

Hahnemann oriunda do grego homoios

“semelhante” e pathos, “sofrimento”.

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Homeopatia No Brasil

1840 – Dr. Benoit Jules Mure – “Bento Mure”

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• 1851 – Separação - Prática Médica X Prática Farmacêutica.

• 1886 – Decreto n° 9.544 – Manipulação apenas aos Farmacêuticos.

• 1965 – Surgem leis para as Farmácias Homeopáticas em seguida a 1ªedição da Farmacopéia Homeopática Brasileira.

• 1980 – Especialidade Médica reconhecida pelo Conselho federal deMedicina.

• 1988 - Manual de Normas Técnicas ( ABFH – Associação Brasileira deFarmacêuticos Homeopatas).

• 1997- 2ª edição da Farmacopéia Homeopática Bras.- Parte l.

• 2002 - 2ª edição da Farmacopéia Homeopática Bras.- Parte ll.

• 2003 - 3ª edição do Manual de Normas Técnicas

• 2008 – 4ª edição do Manual de Normas Técnicas

Homeopatia no Brasil

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Quatro Pilares da Homeopatia

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Experimentação no Homem Sadio

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Experimentação no homem sadio, também

chamada experimentação patogenética,

homeopática ou pura, é o procedimento

de testar substâncias medicinais em

indivíduos sadios para elucidar os

sintomas que irão referir sua ação.

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Lei dos Semelhantes

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Lei dos Semelhantes - Similia similibus curantur

• Qualquer substância capaz de provocar em um homemsadio determinados sintomas,é capaz de curar, desdeque em doses adequadas, um homem que apresenteum quadro mórbido semelhante, com exceção daslesões irreversíveis.

• A doença é curada pela substância capaz de reproduziros mesmos sintomas da doença.

• Trata as doenças por meio de substâncias que, quandoutilizadas numa pessoa sadia, produzirão sintomassemelhantes aos da doença a ser tratada.

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Patogenesia - é o conjunto de sinais e sintomas,

objetivos (físicos) e subjetivos (emocionais e

mentais), que um organismo sadio apresenta ao

experimentar determinada substância medicinal.

Simillimum – é o remédio que abrange a totalidade

dos sintomas de um homem doente, ou seja, aquele

medicamento cuja patogenesia melhor coincidir com

os sintomas apresentados pelo doente.

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Doses Mínimas

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Diluições infinitesimais

Sucussão – Agitação vigorosa e ritmada da solução para que as

moléculas do insumo ativo se choquem fortemente com as

moléculas do insumo inerte.

Dinamização - Diluição + Sucussão

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Doses Infinitesimais

Pela dinamização, a energia terapêutica

que estava latente na substância bruta é

liberada.

A dinamização ainda permite diminuir

eventuais efeitos tóxicos ou agressivos da

substância original e aumentar seu

Potencial curativo.

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Remédio Único

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Remédio Único

Em Experimentos

– Hahnemann testou apenas uma droga por vez,observando seus efeitos. Se fosse administradomais de uma droga, não seria possível atribuir aqual droga pertence tal sintoma, interferindo noresultado da experimentação patogenética.

Na clínica

- Uso do simillimum sempre que possível. Peloprincípio da similitude, apenas um medicamentodeve cobrir a totalidade dos sintomasapresentados pelo doente.

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Escolas Homeopáticas

Unicismo

Pluralismo

Complexismo

Organicismo

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Unicismo

Prescrição de um único

medicamento, à maneira de

Hahnemann, com base na

totalidade dos sintomas do

doente (o simillimum)

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Pluralismo

Conhecido também por ALTERNISMO,

a prescrição é de dois ou mais

medicamentos para serem

administrados em horas distintas,

alternadamente, com a finalidade de um

complementar a ação do outro,

atingindo, assim, a totalidade dos

sintomas do paciente.

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Complexismo

A prescrição de dois ou mais

medicamentos para serem

administrados simultaneamente

ao paciente.

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Organicismo

A prescrição do medicamento é visando os

órgãos dos doentes, considerando as queixas

mais imediatas do paciente. Essa conduta,

portanto, acha-se bastante próxima da medicina

alopática, que fragmenta o ser humano em

órgãos e sistemas. Numa visão organicista o

clínico fixa-se apenas no problema local, não

levando em conta os sintomas emocionais e

mentais, que podem estar relacionados ao

problema.

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AULA 2

Origem dos medicamentos homeopáticos, Filosofia Homeopática, Nomenclatura Homeopática,conceitos

e definições.

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Origem dos medicamentos homeopáticos, Filosofia Homeopática,

Nomenclatura Homeopática,conceitos e definições.

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Origem do medicamento homeopático

Medicamento homeopático é toda

apresentação farmacêutica destinada a

ser ministrada segundo o princípio da

similitude, com finalidade preventiva e

terapêutica, obtida pelo método de

diluições seguidas de sucussões e/ou

triturações sucessivas. (FHB II)

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O medicamento homeopático é obtido devegetais, animais e substâncias mineraisnaturais como também oriundos da industriaquímico-farmacêutica e dos laboratóriosbiopatológicos. Fungos, bactérias e protozoáriostambém apresentam importantes fontes dematéria-prima empregadas na preparação dosmedicamentos homeopáticos e sãoclassificados à parte, já que, segundo amoderna classificação dos seres vivos, nãopertencem aos reinos animal e vegetal.

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Reino Vegetal

O reino vegetal é o que forneceo maior número de drogas paraa preparação de medicamentoshomeopáticos. Poderão serusados a planta inteira, suaspartes,seus produtos extrativosou de transformação (sarcódios)

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• Plantas inteiras:– Aconitum napellus

– Pulsatilla nigricans

– Atropa belladona

• Partes:– Folhas:

• Rhus toxicodendron

• Thuya occidentalis

– Cascas:

• China officinalis

– Raízes:

• Ipecacuanha

– Frutos:

• Colocynthis

– Sementes:

• Nux vomica

• Ignatia amara

– Flores:

• Calendula officinalis

– Bulbo:

• Allium sativum

– Rizoma:

• Gelsemium sempervirens

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• Secreções

fisiológicas:

– Látex:

• Opium (Papaver

somniferum)

– Óleo:

• Terebenthinae

– Mucilagem:

• Aloe socotrina

– Resinas:

• Asa foetida

• Secreções

patológicas:• Secale cornutum (fungo

do grão de centeio)

• Vestilago maydis (fungo

do grão de milho)

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Importante:

Identificação da planta, utilização

da parte correta da planta,

época da colheita, condições

ambientais, seleção e limpeza.

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Reino Animal

Não são tão numerosas quanto as

matérias-primas originárias dos reinos

vegetais e minerais, mas o reino animal

fornece importantes drogas empregadas

com frequência em homeopatia.

À maneira dos vegetais, podem ser

utilizados o animal inteiro, suas partes,

seus produtos patológicos (nosódios).

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• Animal Inteiro:– Apis mellifica

– Formica rufa (formiga-ruiva)

– Cantharis vesicatoria

• Partes:– Tarentula hispânica

(cefalotórax)

– Carbo animalis (couro de boi carbonizado)

• Secreções fisiológicas:– Sepia succus (tinta do

molusco)

– Lac caninum (leite de cadela)

– Lachesis (veneno de surucucu

– Bufo rana (veneno da glândula dorsal do sapo)

• Órgãos:– Thyreoidunum

– Ovarinum

– Adrenalinum

– Foliculinum

• Secreções:– Patológicas:

• Soros:– Diphtericum (soro

antidiftérico)

• Culturas microbianas:– Cobacillinum (lisado de E.

coli)

– Staphylococcinum (lisado de S. aureus)

• Excreções patológicas:– Psorinum ( lisado de lesões

da sarna)

– Medorrhinum (lisado blenorrágica)

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• Microorganismos

vivos:

– Nosodios vivos

Roberto Costa

• Exógenos:

– Alérgenos

– Toxinas

– Medicamentos

• Endógenos

– Sangue

– Urina

– fezes

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Importante:

Identificação da espécie;

- Condições do material;

- Condição do animal (vivo, recentemente

sacrificado ou morto, dessecado ou não);

- Animal sadio, em completo desenvolvimento

(adulto);

- Influência do meio ambiente em que vivem.

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Reino Mineral

Além dos minerais obtidos em seu estadonatural, consideramos pertencentes ao reinomineral os produtos extraídos, purificados eproduzidos pelos laboratórios químico-farmacêuticos, bem como os preparadosobtidos segundo fórmulas originais deHahnemann.

O reino mineral fornece grande variedade desubstâncias para a preparação dosmedicamentos homeopáticos.

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1) Minerais Naturais:

São assim chamados pois são utilizados da forma em que são

encontrados na natureza.

Para que possam reproduzir as patogenesias, devem ser recolhidos depreferência no mesmo local , já que suas características químicaspodem variar de um lugar para o outro.

Sulphur- Enxofre proveniente das minas situadas na Sicília.

Graphites – Minas inglesas de Borrowdale

Petroleum – Áustria ou México (mesmas características físicas equímicas).

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2) Origem Industrial – (Lab.Químico-farmacêutico)

Ex. Acidum phosphoricum, Kalium sulfuricum,

Sulfonilamidum.

3)Preparações especiais de Hahnemann

Ex. Hepar sulphur, Causticum, Mercurius

solubilis.

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• Naturais:

– Platinum (metal)

– Graphites (metalóide)

– Baryta carbonica (sal)

– Nitri acidum (ácido)

• Sintéticos

– Aspirinum

– gardenal

• Preparações

homeopáticas

– Hepar sulfur

– Causticum

– Mercurius solubilis

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Conceitos e Definições (FHB II)

• Fármaco ou droga:– Matéria prima de ação

farmacológica das formasfarmacêuticas básicas.

• Formas farmacêuticas:– São obtidas a partir de

fármacos (drogas), ouinsumos ativos (i.a.), einsumos inertes (i.i.) atravésde manipulação segundoregras farmacotécnicasespecificas.

• Insumo ativo (i.a.)– Forma farmacêutica, básica

ou derivada, constituindoponto de partida para asdinamizações.

• Insumo inerte (i.i.)– Substância complementar,

desprovida de propriedadesfarmacodinâmicas outerapêuticas, e utilizada comoveiculo ou excipiente das formasfarmacêuticas. Podem ser:• De uso interno:

– Etanol (de varias graduações)

– Água destilada

– Lactose

– Sacarose

• De uso externo– Glicerina

– Etanol

– Lanolina

– Vaselina

– Manteiga de cacau

– gelatina

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Droga ou Fármaco Insumo Inerte (i.i.)

Formas Farmacêuticas (F.F.)

F.F. Básicai.i.

F.F. Derivadas ou Dinamizações

F.F. uso Externo

F.F. uso Interno

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Formas Farmacêuticas

• Uso básico:– Tintura – mãe

– Preparação glicerinada

• Derivadas ou dinamizações– Líquidos

– glóbulos

– Comprimidos

– Tabletes

– pós

• Uso externo

– Tintura de uso externa

– Gliceróleo

– Colírio

– Pomada

– Supositório

– óvulo

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Veículos e Excipientes

Também chamados de Insumos Inertes,

são substâncias utilizadas para realizar

as diluições, incorporar as dinamizações e

extrair princípios ativos das drogas na

elaboração das tinturas homeopáticas.

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Substância complementar, de natureza definida,desprovida de propriedades farmacológicas outerapêuticas, nas concentrações utilizadas, eempregada como veículo ou excipiente nacomposição do produto final.

Para cada forma farmacêutica, os insumosinertes determinam as características primáriasdo produto e contribuem para forma física,textura,estabilidade, paladar e aparência geral.

Insumo Inerte

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Insumos Inertes Água

Álcool

Glicerina

Lactose

Sacarose

Glóbulos Inertes

Microglóbulos Inertes

Tabletes Inertes

Algodão, gaze

Pomadas, cremes, géis, géis-creme

Amidos, carbonatos, estearatos, óxidos, silicatos

Supositórios e óvulos.

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Água purificada

Produzida a partir de água potável por destilação,bidestilação. deionização com filtração esterilizante ou porosmose reversa.

Recomendações gerais:

a) O sistema utilizado na obtenção da água purificada deve sermantido em boas condições de uso, deve existirprocedimentos escritos para sua realização e os devidosregistros.

b) Os equipamentos devem possuir procedimentos escritos delimpeza e os registros que comprovem sua realização.

c) A água purificada deve atender aos requisitos de qualidadefísico- química, assim como aos requisitos de qualidademicrobiológica de acordo com a legislação vigente.

Page 66: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Embalagem e armazenamento

Em embalagens de polietileno. vidro âmbar

ou com proteção contra a luz. que não

tenham sido utilizadas para outros fins. Os

recipientes devem ser previamente tratados

a fim de evitar contaminação microbiológica

da água purificada a ser acondicionada.

Armazenar em local Protegido de luz e calor

por no máximo 24 horas após a sua

preparação.

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Álcool

• Graduação do álcool etílico, no mínimo95,1 % (V/V) e no máximo 96.9% (V/V).Poderá ser proveniente da cana de açúcarou de cereais, porém deverá ser isento deimpurezas.

• O alcoômetro de Gay-Lussac deverá serutilizado na conferência do teor alcoólicodas soluções preparadas.

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Recipientes e Acessórios

O material utilizado no preparo e

acondicionamento dos medicamentos

homeopáticos e tinturas homeopáticas,

não podem sofrer alteração e nem

modificar as atividades medicamentosas,

ou seja, não pode exercer qualquer

influência sobre as drogas e excipientes.

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Farmacopéia Homeopática Brasileira II

Para as preparações e estocagem de

medicamentos e tinturas homeopáticas

são utilizados frascos de vidro âmbar ou

incolor com proteção contra a luz, classe

hidrolítica I,II,III e NP.

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Classe hidrolitica segundo a ABNT:

I- vidro não alcalino, neutro, destinado a embalarmedicamentos para aplicações intravasculares e usoparenteral.

II- vidro alcalino tipo III, que sofre tratamento interno,tornando-se semi-neutro, utilizado para embalar produtode uso parenteral (líquidos principalmente) que nãodevem ter alterado seu pH.

IlI- vidro alcalino, geralmente utilizado para preparaçõesparenterais, exceto quando ensaios de estabilidadeadequados não recomendarem a sua utilização.

NP- vidro não parenteral, alcalino, para embalagens deprodutos para uso oral ou tópico.

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Será permitido o uso de frascos plásticos

de cor leitosa somente se os mesmos

forem de polietileno de alta densidade,

polipropileno e policarbonato.

1)Estocagem de triturações

2)Dispensação de formas farmacêuticas

homeopáticas sólidas (glóbulos,

comprimidos e tabletes).

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Lavagem, Secagem e Esterilização

Contaminação microbiológica , presença

de resíduos químicos e energéticos

podem prejudicar a qualidade dos

medicamentos homeopáticos e tinturas

homeopáticas.

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Vidros (utilizados no preparo de medicamentos)

- Lavar com água corrente;

- Água destilada ( 2 vezes).

- Inativar e/ou esterilizar em:

- Autoclave numa temperatura de 120ºC, 1

atm, por 30 minutos;

- Estufa de ar seco na temperatura de

180ºC por 30 minutos ou 140ºC por 1

hora.

Page 75: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Vidros para tinturas

Lavar separado dos demais frascos, com

álcool 70% e escovação.

- Enxaguar com água destilada.

- Inativar e/ou esterilizar em autoclave

numa temperatura de 120ºC, 1 atm, por

30 minutos ou em estufa de ar seco na

temperatura de 180ºC por 30 minutos ou

140ºC por 1 hora.

- Reutilizar apenas para a mesma tintura.

Page 76: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Polietileno de alta densidade, polipropileno e

policarbonato.

- Lavar com água corrente e água destilada.

- Inativar e/ou esterilizar em autoclave na

temperatura de 120ºC, 1 atm, por 30 minutos.

Bulbos.

- Não serão reutilizados.

- Quando novos, devem ser lavados com água

corrente, após água destilada e em seguida

etanol 70%.

Page 77: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Acessórios novos

(Ex: Batoques, tampas, gotejadores,

frasco plástico leitoso*).

-Lavar com água corrente;

-Água destilada (2 vezes).

-Imersão em etanol 70%, por duas horas.

(*Dentro da classificação já mencionada)

Page 78: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Nomenclatura

Page 79: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Nomenclatura dos medicamento homeopáticos

Desde a criação das bases da

Homeopatia por Hahnemann, no Séc.

XVIII, este usou nomenclatura latina

clássica para denominar seus

medicamentos homeopáticos. Tal

grafia é reconhecida como válida

mundialmente pela liga homeopática

internacional e suas regras são as

da nomenclatura botânica mundial.

Page 80: Homeopatia Aulas de 1 a 3

-Habitualmente são escritos em latim ou com seus nomeslatinizados, conforme os utilizou Hahnemann.

1) Identificação

Exemplo: Natrium muriaticum 6 CH

2) Abreviação

É permitido o uso de abreviaturas desde

que não origine confusões.

Exemplo: Kal.chlor.

Kalium chloricum (clorato)

Kalium chloratum (cloreto)

?????

Page 81: Homeopatia Aulas de 1 a 3

3) Substituição

É permitido substituir cada três zeros (000) peloalgarismo romano M.

Exemplos:

Nux vomica 1 000 FC ou Nux vomica 1M FC

Nux vomica 10 000 FC ou Nux vomica 10M FC

Nux vomica 100000 FC ou Nux vomica 100M FC

Nux vomica 1 000000 FC ou Nux vomica 1MM FC

Page 82: Homeopatia Aulas de 1 a 3

6) Sinonímia homeopática

Os medicamentos são conhecidos,

também através de sinônimos e / ou de

nome vulgares. Nesse tópico falaremos

apenas daqueles medicamentos que

possuem sinônimos ou nomes

vulgares classicamente conhecidos e

consagrados:

Page 83: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Exemplos

Actaea racemosa - Agaricus muscarius

Borax- Natrum boricum

Bryonia alba- Vitis alba

Calcarea carbonica -Calcarea ostrearum, Calcarea edulis

Calcarea fluorica - Fluorit

Graphites - Carbo mineralis, Plumbago mineralis

Hydrastis canadensis - Warnera canadensis

Lachesis - Bothrops surucucu

Lycopodium - Museus clavatus

Nux vomica -Strychnos colubrina

Petroleum - Oleum petrae

Pulsatilla - Anemone pratensis

Sulfur -Flavum

Thuya occidentalis - Arbor vita

Page 84: Homeopatia Aulas de 1 a 3

7) FORMA FARMACÊUTICA BÁSICA

É o produto resultante da ação extrativa,

por contato prolongado (processos de

maceração e percolação) do insumo

inerte (i.i) etanólico sobre o fármaco

vegetal ou animal, fresco ou dessecado.

A tintura-mãe será identificada pelo

nome seguido da sigla TM ou Ø

Page 85: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Obtenção da tintura mãe a partir da droga

segundo a FHB II

DROGA

Todo ou parte

VEGETAL

Todo ou parte

ANIMAL

Sub produto

ANIMAL OU VEGETAL

FRESCO DESSECADOFRESCO OU

DESSECADO

REGRA 1 REGRA 2 REGRA 3

MACERAÇÃO

1/10

PERCOLAÇÃO

1/10

MACERAÇÃO

1/10

PERCOLAÇÃO

1/10

MACERAÇÃO

1/100

TINTURA MÃE

Page 86: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Categorias de

Medicamentos

Page 87: Homeopatia Aulas de 1 a 3

1)Preparações inertes (Placebo)

Serão identificados através do nome do medicamento segundo a regra de nomenclatura,

acrescido do número O (zero), de uma barra ( / ) e do volume ou peso a ser dispensado.

Exemplos:

Lycopodium clavatum 30 CH 0/20ml (para líquidos);

Lycopodium clavatum 30 CH 0/15g (para glóbulos, tabletes e comprimidos);

Lycopodium clavatum 30 CH 0/1 (para papel)

Quando a prescrição for de medicamento contendo preparação homeopática epreparação inerte, seguir o exemplo abaixo:

Lycopodium clavatum 30 CH 1/30 papéis

Lycopodium clavatum 30 CH 1,5,10/30 papéis

Por convenção:

Os números que antecedem a barra indicam as preparações que receberão insumo ativo.O número indicado após a barra indica o número total de papéis.

Page 88: Homeopatia Aulas de 1 a 3

2)Policrestos e Semipolicrestos

Policrestos

São medicamentos homeopáticos muito utilizadosna clinica.

São remédios de ação ampla. Sua patogênesesabrange todos os tipos de humanos e seusrespectivos sofrimentos.

Eles constituem recursos poderosos nas mãos domédico Hahnemanniano.

Quase se poderia garantir que eles bastariamcomo agentes curadores, na totalidade doscasos.

Salientamos que os policrestos de Hahnemannsão 24.

Page 89: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Semipolicrestos

São também bastante utilizados, não tanto

quanto os policrestos.

Policrestos e semipolicrestos = Formam o

estoque mínimo das farmácias

homeopáticas.

Page 90: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Medicamentos

Tóxicos em Baixa

Potência

Page 91: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Muitas drogas utilizadas em

homeopatia são toxicas, pois dessa forma

proporcionam patogenesias com sintomas

bastante evidentes e peculiares.

Elas têm de ser receitadas e

dispensadas a partir de determinada

potência, numa concentração de

ingredientes ativos que não ofereça riscos

à saúde do paciente.

Page 92: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Medicamentos tóxicos em baixa

potência

Nome do medicamentoAconselhado o uso a partir de

Para uso interno Para uso externo

Acidum nitricum 3CH, 5DH 3CH, 5DH

Gelseminum 1CH, 2DH #

Mercurius solubilis 3CH, 6DH 2CH, 4DH

Opium 12 CH, 24DH (Port.

344/98)#

Page 93: Homeopatia Aulas de 1 a 3
Page 94: Homeopatia Aulas de 1 a 3

AULA 3

Miasmas, doenças agudas,

crônicas e Força vital

Page 95: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Miasmas, doenças agudas,

crônicas e Força vital

Page 96: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Miasma

Miasma[Do grego. míasma.] Substantivo masculino. 1.Hig. Obsol. Emanação mefítica do solo, supostamente nociva, tida como causa de várias doenças endêmicas, como, p. ex., em certos locais, a malária, até que se viesse a conhecer a verdadeira etiologia destas. 2.Fig. Influência deletéria; corrupção; podridão:

• mefítico[Do lat. tard. mephiticu.] Adjetivo. 1.Que tem cheiro nocivo; podre, fétido, pestilencial, pestilento:

• gases mefíticos;"Os seus habitantes, que não respiram o ar mefítico das suas ruas estreitas e charcosas, desfrutam a aragem pura, que vem da serra da Estrela" (Gonçalves Dias, Meditação, p. 109).

(Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa)

Page 97: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Miasma

Termo usado antes da era microbiana paradesignar a causa desconhecida das moléstiasinfecciosas. Designava as emanações oriundasdas substâncias orgânicas em decomposição oudas pessoas doentes. Hahnemann ampliou osentido do termo miasma aplicando-o às diátesecrônica como Psora, Sycosis e Sífilis; acreditavamesmo na transmissão hereditária do miasma.Excetuando a Psora, Hahnemann classifica asdemais doenças miasmáticas como doençasvenéreas, crônicas e também contagiosas ehereditárias, como a Psora.

Page 98: Homeopatia Aulas de 1 a 3

• Psora

– Auto intoxicação, mais comumente endógena, por

insuficiência de eliminação.

• Sicose

– Moderadamente a sicose é considerada, pela maioria

dos médicos homeopata, como uma intoxicação

lenta, mais comumente exógena (blenorragias,

vacinações), que produz infiltração retículo endotelial,

quer no tecido conjuntivo subdérmico, quer nas

mucosas (pólipos), quer em órgãos (miomas,

filbromas, adenomas etc.).

Page 99: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Vitalismo

Vitalismo é uma doutrina filosófica, segundo a qual osseres vivos possuem uma força particular que mantématuantes, o princípio ou força vital, distinta daspropriedades físico-químicas do corpo.

Segundo o modelo filosófico homeopático, a condiçãodo organismo depende apenas da saúde da vida que oanima. Assim, conclui-se que a doença consiste em umacondição alterada originalmente apenas nassensibilidades e funções vitais, independentemente detoda consideração química ou mecânica, ou seja, aorigem primária das doenças está na perturbação daforça vital.

Page 100: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Fenômeno vital

Page 101: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Força Vital

De grande importância para Hahnemann,

mas “hoje não é considerado por todos os

homeopatas essencial à compreensão e

pratica Homeopática”.

Hahnemann deu por assentada a

existência de um princípio vital, que no

estado de saúde mantém todas as partes

do organismo em admirável harmonia.

Page 102: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Organon § 9

“No estado de saúde, a força vital de natureza

espiritual (autocracia), que dinamicamente

anima o corpo material (organismo), reina com

poder ilimitado e mantém todas as suas partes

em admirável atividade harmônica, nas suas

sensações e funções, de maneira que o espírito

dotado de razão, que reside em nós, pode

livremente dispor desse instrumento vivo e são

para atender aos mais altos fins de nossa

existência.”

Page 103: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Hahnemann nega a vida sem ela (§ 10) e

atribui a doença à alteração desse

princípio vital. Essa força vital, que

podemos também denominar energia vital,

preside todas as funções do ser vivo. Nos

seres diferenciados a vida é um atributo

de cada célula, não é privativo, porém, de

cada célula.

Page 104: Homeopatia Aulas de 1 a 3

O organismo material, destituído da forçavital, não é capaz de nenhuma sensação,nenhuma atividade, nenhumaautoconservação; é somente o serimaterial, animador do organismo materialno estado são e no estado mórbido (oprincípio vital, a força vital), que lhe dátoda sensação e estimula suas funçõesvitais.

Organon § 10

Page 105: Homeopatia Aulas de 1 a 3

É a força vital que mantém o organismo

em harmonia. Sem ela, o organismo não

age, não sente e desintegra-se, sendo a

força vital responsável pela integração dos

diversos níveis dinâmicos da realidade

humana (físico, emocional e mental).

Page 106: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Saúde

A homeopatia define saúde como um

estado de equilíbrio dinâmico que abrange

as realidades física e psicomental dos

indivíduos em suas interações com o

ambiente natural e social. A doença

reflete, mediante os sintomas, o esforço

da força vital na tentativa de restabelecer

o equilíbrio.

Page 107: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Níveis dinâmicos

O ser humano apresenta três níveis

dinâmicos identificáveis: o físico, o

emocional e o mental. Sobre eles age a

força vital, mantendo-os equilibrados.

O homem pensa por meio do seu nível mental,

sente por seu nível emocional, age pelo seu nível

físico e encontra-se coeso em seus três níveis pela

ação integradora da força vital.

Page 108: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Doenças

Para os homeopatas as doenças são toda

e qualquer alteração da energia vital,

levando um indivíduo ao desequilíbrio, o

que resulta em um novo “estar”, que se

manifesta por uma moléstia. De um modo

geral, poderíamos dividir as doenças em

“agudas” e “crônicas”.

Page 109: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Doenças Agudas

São aquelas que se desenvolvem em um

prazo mais ou menos determinado e sua

evolução é para a cura ou a morte.

Page 110: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Doença Crônica

São aquelas que se arrastam por um

prazo indefinido.

As doenças crônicas poderiam ser

divididas em três tipos principais:1. Doenças medicamentosas;

2. Doenças crônicas falsas;

3. Doenças crônicas verdadeiras ou miasmas.

Page 111: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Doenças Medicamentosas

São as doenças iatrogênicas (Alteraçãopatológica provocada no paciente portratamento médico errôneo ouinadvertido), ou causadas pelosmedicamentos e seus efeitos nocivos ecolaterais.

Ao lermos os parágrafos 74 e 75 doOrganon entendemos bem definida estaforma de doença crônica:

Page 112: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Parágrafo 74

“Entre as doenças crônicas, infelizmente

devemos incluir as comumente

encontradas, produzidas artificialmente no

tratamento alopático, pelo uso prolongado

de medicamentos heroicos violentos, em

doses fortes e progressivas,... Pelo que a

energia vital é ás vezes, demasiadamente

enfraquecida...”

Page 113: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Parágrafo 75

“Essas incursões na saúde humana,realizadas pela arte não curativa alopática(principalmente nestes últimos tempos), são,de todas as doenças crônicas, asdeploráveis, as mais incuráveis, e, lamentoacrescentar que é aparentemente impossíveldescobrir ou acertar remédios para sua cura,quando estas doenças já alcançaram umestágio consideravelmente adiantado,”

Page 114: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Doenças crônicas falsas

Cabe aqui apontar a grande responsabilidadedo meio ambiente que nos rodeia, bem como asdoenças anti-higiênicas, como as profissionais,bem vistas pelos estudiosos da medicina detrabalho, e o modo insalubre do homem adquirircertos “confortos”, ficando claro que certasdoenças podem vir a curar-se por si, uma vezadequadas e corrigidas as condições quecausaram, melhorando as condições de vida,acarretando, como consequência, a cura dasfalsas doenças crônicas.

Page 115: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Doenças crônicas verdadeiras, ou miasmas

“As verdadeiras doenças crônicas naturais são asoriundas de um miasma crônico, que, quando entreguesà própria sorte, e não combatidas pelo emprego deremédios específicos para elas, continuam sempreaumentando e piorando, não obstante os melhoresregimes mentais e físicos, e atordoamento o pacienteaté o fim de sua vida, com sofrimentos semprecrescentes. Esses, exceto os produzidos mediantetratamento médico errôneo, são os mais numerosos emaiores flagelos da raça humana; mesmo umaconstituição física muito robusta, o modo de vida maisnormal e a energia mais vigorosa da força vital, sãoinsuficientes para sua erradicarão.”

Organon § 78

Page 116: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Exclusivamente pela compreensão do miasma

que podemos chegar ao prognóstico da

evolução do paciente, graças à montagem de

seus sintomas, dentro de uma ordem

hierárquica, para compreendermos sua

“dinâmica miasmática”, ou seja todo modo de

agir, viver, sentir... Inclusive adoecer, para então

medicarmos de uma maneira correta,

lembrando que esses miasmas foram uma

unidade trimiasmática (psora, sicose, sífilis).

Page 117: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Deve-se descobrir, tanto quanto possível, a extensãototal de todos os acidentes e sintomas que pertençamà moléstia primitiva desconhecida, antes de sepretender descobrir a totalidade da doença original.

A moléstia original que se busca, tem que ser denatureza crônica miasmática.

Há três miasmas crônicos, sendo que as doençascausadas pelos mesmos manifestam-se através dedoenças locais, das quais originam-se, se não atotalidade, a maioria das doenças crônicas:

1. Sífilis – Doenças no cancro venéreo;

2. Sicose – Doença na “verruga do fígado” (blenorragia);

3. Psora – A mais importante doença crônica que está na base daerupção da sarna e outras formas.

Page 118: Homeopatia Aulas de 1 a 3

A Psora, como algo superficial e

característico de cada ser ao manifestar

seus desequilíbrios peculiares; a sicose,

como uma introjeção ou recolhimento das

peculiaridade, violentando seus impulsos

próprios; e a Sífilis, como algo de

destrutivo onde o encanto pelas coisas da

vida passam ao desinteresse.

Page 119: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Concepção Homeopática

do Processo Saúde -

Doença

Page 120: Homeopatia Aulas de 1 a 3

Matéria médica homeopática é a obra que reúne aspatogenesias desenvolvidas pelas drogas e pelosmedicamentos homeopáticos quando administrados,nas suas diferentes doses, a indivíduos sadios esensíveis.

Exemplos de Matérias Médicas:

Hahnemann, Hering, Allen, Lathoud, Vijnovsky.

Repertório é a referência cruzada entre os sintomas da matéria

médica homeopática e os medicamentos homeopáticos.

É a obra que reúne os sinais e sintomas (em ordem alfabética),

seguidos pelas drogas e medicamentos homeopáticos.

Exemplo de Repertórios:

Boenninghausen, Kent, Boericke, Barthel.

Page 121: Homeopatia Aulas de 1 a 3

RepertorizaçãoUma paciente refere necessidade de afeto, gosta de comer queijo,dor de cabeça após cessar a menstruação, cólicas durante amenstruação.

As rubricas se apresentam da seguinte forma:

Psiquismo:

afeto: necessidade de: Carcinosinum, Phosphorus, Pulsatillanigricans

Estômago:

desejo: queijo: Argentum nitricum, Asteria rubens, Cistus canadesis,Bacillus gartner, Ignatia amara, Moschus, Bacillus proteus, Pulsatillanigricans, Bacillus syccocus.

Cabeça:

Dor: menstruação. Depois: ao cessar: Bryonia alba; Carbovegetalis; Glonoinum; Naja tripudians; Nitric acidum; Pulsatillanigricans.

Como vimos, por um processo de exclusão eliminamos todos osmedicamentos que constam nas rubricas e que não cubram todasas características do paciente, até se chegar num único que cubra atotalidade física e psíquica do indivíduo enfermo, no caso emparticular, Pulsatilla nigricans.

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Farmacologia Homeopática

Efeito primário ou Ação Primária é a modificação de

maior ou menor duração provocada por toda

substância na saúde do homem.

Efeito secundário ou reação secundária é a reação

do próprio organismo ao estímulo que o altera.

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Farmacologia dos Semelhantes

Medicamento homeopático (administrado ao paciente doente)

doença “artificial”

Reação secundária

(contra os sintomas provocados pela doença artificial e que

são semelhantes a doença natural)

Cura

Page 124: Homeopatia Aulas de 1 a 3

"Se os médicos tivessem sido capazes de refletir sobre esses tristesresultados do emprego de medicamentos antagônicos, teriam,então, há muito tempo descoberto a grande verdade:

que é justamente no oposto de tal tratamento antipático dossintomas da doença que deve ser encontrado o verdadeiro e sólidométodo da cura. Eles teriam percebido que, assim como uma açãomedicamentosa antagônica (medicamento empregado de modoantipático) tem alívio apenas temporário, agravando-se sempreapós sua ação, o procedimento oposto, o emprego homeopáticodos medicamentos, de acordo com a semelhança dos sintomas,deveria, necessariamente, realizar uma cura duradoura e perfeitase, nesse processo, o oposto de suas grandes doses, as dosesmais diminutas fossem empregadas..."

(HAHNEMANN, § 61)