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2014 é o Ano em que Comemoramos o Centenário de um dos patronos da JH: S. Bento Menni, este número do nosso JHornal é, por isso, muito especial!
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ANO XXIII * 132 Semestral - 2014
Proprietário: Província Portuguesa Ordem Hospitaleira de S. João de Deus
Director: Alberto Paulo
Madureira Mendes
Redacção Comp. Imp. Adm.: Rua S. Tomás de Aquino n.º 20,
1600-871 LISBOA
Não te esqueças de visitar: www.juventudehospitaleira.org
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Olá amigos!
Já não nos vemos há muito tempo, é verdade, mas cá estamos
novamente!
Não foi por descuido, nem por esquecimento, mas sim porque este ano
é especial e como tal queremos marcar presença de forma mais
marcante!
Sim, é o ano do Centenário da morte de S. Bento Menni, o nosso
grande santo hospitaleiro, restaurador da Ordem Hospitaleira e
fundador da Congregação das Irmãs Hospitaleiras.
Por isso mesmo, com um único Hora jovem terás a oportunidade de ler,
estudar e guardar no teu arquivo muitas curiosidades, muita história e
até partilha e orações Hospitaleiras, e assim ficarás a saber muito mais
sobre o santo italiano que muito fez pela Hospitalidade.
O próximo Hora Jovem virá novamente, no final deste ano para marcar
a passagem do Centenário para o Ano Vocacional que celebraremos
durante o ano 2015.
Até lá, saboreia bem tudo o que recebes nestas páginas repletas de
Hospitalidade, vive o Centenário com muita VIDA, JUVENTUDE,
PARTILHA, ALEGRIA e SANTIDADE!
Viva S. Bento Menni!
Bips Hospitaleiros,
Livinho
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Santo Protetor da JH
São Bento Menni é para nós, jovens hospitaleiros, um protetor e
modelo a seguir pois ele dedicou a sua vida à hospitalidade
tendo sempre consigo: a sensibilidade diante da dor alheia, a
identificação com Cristo, a sua força apostólica, a sua
capacidade de integração com os colaboradores na missão e a
sua atualidade.
A vida de S. Bento Menni foi uma verdadeira “aventura” jogada
constantemente no limite do risco, com a coragem e uma certa
dose de inconsciência próprias dos jovens, chegando ao ponto de
pôr em risco a própria vida. Estamos diante de um homem
corajoso, casmurro (às vezes até demais) e dotado de fantasia,
que nunca se rendeu diante dos obstáculos.
S. Bento Menni convida-te a ajudá-lo nesta missão!
E tu, Jovem Hospitaleiro, vais ficar parado?
São Bento Menni é um convite
vivo a todos nós,
jovens hospitaleiros, para que
nos demos aos
outros, de preferência aos que
sofrem, para que
ponhamos toda a nossa
energia no serviço aos
enfermos e necessitados e
para que vivamos sempre a
nossa fé e vocação como
expressão da caridade de
Cristo.
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Jovem tocado por Deus parte da sua terra natal Itália
em direção a Espanha com uma missão impossível:
restaurar a Ordem dos Irmãos de S. João de Deus, aí no seu
berço. Estrangeiro, num país que não acolhia com
hospitalidade os religiosos, Menni manteve-se sonhador,
lutador e confiando absolutamente no seu tesouro mais precioso: Deus.
Quantas noites ele adormeceu abraçado ao seu Bem-amado Jesus, pois
nele encontrava abrigo, repouso e descanso seguro.
Quantas viagens realizou, por terra e por mar, sempre com o sorriso de
quem vive para orar, servir, amar.
Quantos passos ele deu por Espanha, Portugal, França, Hungria e México. O
seu sonho era chegar a África, pois o amor que Deus despertou no seu coração
não conhecia limites.
Quantas cartas ele escreveu, aquelas que brotavam
nas longas viagens e aquelas que nasceram entre
lágrimas de quem escreve a verdade que descobre no
íntimo do coração.
Quantas malas feitas, umas com tempo de
antecedência outras de improviso pois nas periferias de vários lugares de
Espanha alguns doentes pediam ajuda e cuidados.
O dia da louca resolução chegou: depois de tantas vezes afastar a ideia de
fundar uma Congregação para dar assistência às doentes mentais. O Coração de
Jesus falou ao humilde coração de Menni, apontando para os corações de
Josefa e Angústias, como mulheres disponíveis para amar com entranhas de
misericórdia e para o grito das doentes que necessitavam de uma resposta.
Menni não resistiu mais e fundou a Congregação.
Bento Menni gastou todo o seu ser e a
sua vida entregando a sua existência como
dom para os irmãos, com a certeza de que a
vida recebida era para dar, e que amar era a
sua missão, tendo nascido para servir, a sua
maior alegria era estar junto de Jesus.
E tu como caminhas?
Entre tanto arriscou ser um coração sem fronteiras…
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Nada neste mundo (bis) Me enche o coração (bis) Como ter o amor de Jesus
Dentro de mim A ser vida em mim.
Este amor não conhece limites
Não sabe dizer basta Este amor quer voar mais alto
De uma ponta à outra.
Nada neste mundo (bis) Me faz entregar (bis)
Como ter o amor de Jesus Dentro de mim
A ser vida em mim.
Nada neste mundo (bis) Me leva a servir (bis)
Como ter o amor de Jesus Dentro de mim
A ser vida em mim.
*Letra e Música resultantes do Workshop “Perseverança”
na atividade comemorativa do centenário da morte de S. Bento Menni, “100 Limites”
Sem limites*
A primeira etapa da vida de São Bento Menni:
Ângelo Hércules Menni, nasceu em Milão, no dia 11 de março de
1841. Na sua família, onde era o quinto de quinze filhos, aprendeu os
valores humanos e cristãos, que sempre o guiaram. Terminando os
estudos de liceu com «distinção», trabalhou num banco de Milão, que
depressa abandonou pela obrigação de fazer operações desonestas.
Ângelo preferiu a paz da consciência, começando a procurar uma estrada
mais radical….
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Bento Menni andou por terras de Portugal entre 1890 e 1912.
Mas o desejo de conhecer Portugal já vinha de trás, desde
1886. Mas foi em Maio de 1890 que se concretizou esse desejo
e a sua primeira paragem foi em Montemor-o-Novo onde
permaneceu uns dias, seguindo para Lisboa, onde abriria a
primeira obra da Restauração no antigo Convento de Santa
Marta.
Em Abril de 1891 regressa a Portugal, desta vez visitando a Covilhã, mais
propriamente para fundar o colégio da Aldeia da Ponte,
descobrindo também por lá a primeira jovem portuguesa para
admitir na Congregação das Irmãs Hospitaleiras. Em 1892,
mais uma vez, está em Portugal tendo já em mente futuras
fundações (Idanha, Telhal).
E é então em 1893 que funda a casa do Telhal estando
“contentíssimo” com a obra. E no ano seguinte (1894) funda a casa de saúde da
Idanha, concretizando assim mais um sonho; apesar de não ter estado presente
nos primeiros dias, pôde contar com o apoio de duas Irmãs Hospitaleiras, vindas
directamente de Espanha para o local.
Nos anos seguintes dedicou-se a fazer crescer as obras que fundou, estando
sempre atento e fazendo-se presente, quer por carta, quer fisicamente. A sua
grande preocupação era que nos cuidados prestados sempre estivessem unidas
a Ciência e a Caridade, para que assim as pessoas com doença fossem as
maiores beneficiadas. Pois como ele dizia e muito bem, “Uma pessoa vale mais
que o mundo inteiro”.
A sua ultima vinda a Portugal foi em 1912, e em 1914 toda a família
hospitaleira recebe a notícia do falecimento do Padre Menni em França.
Actualmente é recordado com carinho por todos os que praticam a
hospitalidade no seu dia-a-dia, como um homem de bem que fez o bem, bem
feito.
…e por Portugal…?
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Últimos tempos por cá
Em Paris, o Padre Menni teve um “ataque de paralisia” e ainda mal
recuperado, a 19 de abril de 1913, foi para uma casa da Ordem
Hospitaleira, em Dinan, no norte de França. Ali as Irmãs
Hospitaleiras não tinham casa mas duas delas, que pediam
esmolas na região, foram visitá-lo. Às visitas, o Padre só soube
dizer, com lágrimas nos olhos: “Ainda estais vivas, minhas filhas?”
A sua saúde ia-se debilitando, apesar de todo o apoio recebido
pelos Irmãos, e um segundo “ataque de paralisia” acabou por
reduzi-lo à imobilidade quase absoluta.
Foi então que este grande Homem fez a obra mais meritória da
sua vida: a própria morte, “aceite voluntariamente” –como a de
Cristo –pela redenção de todas as pessoas. Assim, na manhã de
24 de abril de 1914, com todas as ajudas da Igreja e uma bênção
especial do Papa Pio X, morreu Bento Menni, “para começar a
vida que não acaba”.
Iniciado o processo de beatificação em 1964, o Papa João Paulo II
declarou-o beato em 1985 e Santo em 1999.
ADMINISTRADOR
EMPREENDEDOR
CONSTRUTOR
FUNDADOR
Indiscutivelmente, SANTO
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Palavras Cruzadas
do Santo
Podes procurar mais aspetos interessantes da vida do nosso Patrono no livro
“O preço da Coragem”, de Angelo Montonati (1999).