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Projeto Pedagógico do CETEP Bacia do Jacuípe I APRESENTAÇÃO O presente documento- PPP- Projeto Projeto Político Pegagógico do CETEP- Bacia do Jacuípe é um esforço coletivo de construção da qualidade da educação pública. Entendemos por Projeto Político Pedagógico como a identidade da escola, construído coletivamente pelos segmentos que compõem a U.E., compostos de elementos básicos específicos, ou seja, característicos que visem à democratização e a autonomia. Nas palavras de Veiga (___, p. _): O Projeto político-pedagógico, ao se constituir em processo democrática de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que sugere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisões. O mesmo objetiva proporcionar à comunidade um documento norteador, com princípios, valores, quereres, metas, elaboradas a longo prazo, como também a aplicabilidade que além de longa, precisa ser flexível e revistos à medida que sentir necessidade de atualizações e revisões de acordo com a demanda. Os Cursos oferecidos pelo CETEP Bacia do Jacuípe, localizado na cidade de Ipirá-BA, observa o disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sob orientações das Novas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio e nas demais normas regulamentadoras do Sistema do Estado da Bahia, atendendo, ainda, a proposta da Superintendência da Educação Profissional SUPROF. A proposta da integração da Educação Profissional com o Ensino Médio, sugerida pela Legislação, propõe uma nova modalidade de ensino sob a garantia de oferecer aos educandos uma educação que permita o prosseguimento nos estudos superiores, bem como uma formação profissional

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Projeto Pedagógico do CETEP Bacia do Jacuípe

I – APRESENTAÇÃO

O presente documento- PPP- Projeto Projeto Político Pegagógico do

CETEP- Bacia do Jacuípe é um esforço coletivo de construção da qualidade da

educação pública. Entendemos por Projeto Político Pedagógico como a

identidade da escola, construído coletivamente pelos segmentos que compõem

a U.E., compostos de elementos básicos específicos, ou seja, característicos

que visem à democratização e a autonomia. Nas palavras de Veiga (___, p. _):

O Projeto político-pedagógico, ao se constituir em processo democrática de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que sugere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisões.

O mesmo objetiva proporcionar à comunidade um documento norteador,

com princípios, valores, quereres, metas, elaboradas a longo prazo, como

também a aplicabilidade que além de longa, precisa ser flexível e revistos à

medida que sentir necessidade de atualizações e revisões de acordo com a

demanda.

Os Cursos oferecidos pelo CETEP Bacia do Jacuípe, localizado na cidade

de Ipirá-BA, observa o disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, sob orientações das Novas Diretrizes Curriculares para o Ensino

Médio e nas demais normas regulamentadoras do Sistema do Estado da

Bahia, atendendo, ainda, a proposta da Superintendência da Educação

Profissional – SUPROF.

A proposta da integração da Educação Profissional com o Ensino Médio,

sugerida pela Legislação, propõe uma nova modalidade de ensino sob a

garantia de oferecer aos educandos uma educação que permita o

prosseguimento nos estudos superiores, bem como uma formação profissional

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que possibilite a inclusão social, através do ingresso de jovens e adultos no

mundo do trabalho:

Trata-se de um único curso cumprindo duas finalidades complementares, de forma simultânea e integrada, nos termos do projeto pedagógico da escola que decidir oferecer essa forma de profissionalização a seus alunos, garantindo que todos os componentes curriculares referentes às duas finalidades complementares sejam oferecidas, simultaneamente, desde o início até a conclusão do curso. (Parecer CNE/CEB nº 39/2004 – define a aplicação do Decreto nº 5.154/2004)

A visão de escola, de homem, de sociedade, de educação, de

conhecimento que balizam as relações humanas dentro da sociedade

brasileira, as quais a U.E. se propõe em conjunto( no coletivo) a

refletir,buscando respostas dentro da diversidade sobre a escola que temos e a

que queremos. Definindo conceitos, planejando, discutindo, replanejando,

decidindo, agindo, refletindo e avaliando a fim de efetivamente construirmos

uma escola da e para a comunidade, bem como o tipo do homem enquanto ser

social, numa educação voltada não apenas para a sociedade como também

para a vida na diversidade, com qualificação profissional e elevação da

escolaridade.

Com esta proposta o presente documento norteará o estudo, a ação, a

reflexão do que fazer no Centro.

II – INTRODUÇÃO

1. Marco Situacional

1.1 Histórico do Centro e localização.

A instituição de ensino que hoje se denomina Centro Territorial de

Educação Profissional Bacia do Jacuípe tem sua história iniciada no antigo

Campo do Garrancho, cujo terreno fora doado pelo Município para a

construção da então Escola Polivalente de Ipirá. Essa construção teve início

entre os anos de 1968/1969. O ato de criação que deu origem à referida escola

foi o Decreto de n. 22. 71-A, de 14 de dezembro de 1971 (também data de

inauguração da U.E.), publicado no Diário Oficial de 12 de janeiro de 1972.

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Contribuiu, na época, para prestigiar a comunidade ipiraense com essa

magnífica instituição o então Sr. Prefeito Jurandi Cunha de Oliveira, sendo

Governador do estado o Sr. Antonio Carlos de Peixoto Magalhães, Secretário

de Educação e Cultura, o Coronel Jarbas Gonçalves Passarinho e Presidente

da República, o general Emílio Garrastazu Médici.

A primeira equipe a iniciar as atividades pedagógico-administrativas da

Escola Polivalente era composta por: Leonor Izaura Macedo (1ª diretora), José

Neiva Lemos (1 vice-diretor), José Sant’t Clair de Souza Cerqueira (1

secretário), Marilurdes Melo Freire ( auxiliar de biblioteca), José Honosi Araújo

Silva e Zilda Gomes Souza ( laboratoristas), José Oliveira Cruz e Carlos

Charles da Silva Mendes ( mecanógrafos), Tânia Regina Nunes Campos,

Marinei Ribeiro Macedo e Maria Rita Macedo Dias ( auxiliares administrativos),

Evandro Souza Carneiro (almoxarife), Joaquim Pereira Sodré, José Macedo

Dias e Raimundo (auxiliares de portaria). O Serviço de Orientação Educacional

era de responsabilidade da professora Marina Dórea Menezes e a

Coordenação Pedagógica era tarefa da professora Maria da Conceição lemos

de Seixas.

Além das disciplinas da Base Nacional Comum, logo abaixo elencadas,

com os respectivos professores, a Escola Polivalente de Ipirá desenvolveu

atividades pedagógicas nas áreas técnicas de:

a) Artes Industriais, cujos professores eram Ranildes Santos Vasconcelos e

Neuma Pinheiro Santos e com os quais os alunos aprendiam artes gráficas,

pinturas em telas, noções básicas de eletricidade, marcenaria solda de

oxigênio, forno de cerâmica, etc.;

b) Técnicas Agrícolas, que tinha como professores Paulo Guimarães Rebouças

da Silva e Jobaldo Cardoso Lopes. Com eles, os alunos aprendiam a manusear

ferramentas agrícolas, manejo do solo, plantio de milho e feijão, jardinagem,

criatório de coelho e aves, etc;) Técnicas Comerciais, que tinha como

professores Marilene Menezes Melo e Luis Carvalho, os quais ensinavam os

alunos a técnicas de datilografia, preenchimento de notas fiscais e talonário de

cheques, depósitos bancários, noções de compra e venda e técnicas

bancários;

d) Educação para o lar, como o próprio nome já leva à dedução, os alunos

aprendiam culinária, atividade de manicure e pedicure, bordado, tricô, crochê,

noções de artesanato doméstico, com as professoras Vanda Vieira Santos e

Zélia Eça Menezes. As demais disciplinas eram Educação Física (Nelson de

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Santana Ferreira e Antonio Carlos de Melo), Língua Portuguesa (Áurea Maria

dos Santos Marinho, Josefa Edna da Silva Firmo e Reinaldo Melo Nascimento),

Matemática (Jandira Limoeiro de Abreu, Samuel Moreira da Silva, Romilda

Sampaio Almeida e Inicivalda Carneiro Oliveira Cruz), Geografia (Antoniel de

Morais Cerqueira e Maria Rita Souza Magno), História (Grácia Maria Alves

Boaventura e Araci Souza Silva), Ciências (Valnice Carolina Alves, Jilça Cunha

de Oliveira e Maria José Matos Macedo), Língua Francesa (Hilda Ribeiro Lima

Filha) e Língua Inglesa ( Antonio da Silva Gusmão).

Passado o tempo, a Escola passou a ser denominada Colégio Estadual

de Ipirá. Desde então, ofertou a comunidade ipiraense o ensino nas

modalidades Fundamentais e Médio Regular. Por volta de 2008, a partir da

Política Pública e com o Plano de Educação Profissional, através da PO

8677/09 do D.O.E. de 16/04/2009, a referida unidade de ensino passou a ser

denominada Centro Territorial de Educação Profissional Bacia do Jacuípe,

quando passou-se a oferecer o Ensino Profissional, deixando, gradativamente,

de ofertar o Ensino Fundamental e Médio Regular.

1.2- Público alvo (caracterização da população do território e perfil do

estudante)

O perfil do estudante do CETEP em sua maioria é egresso da rede

pública do ensino fundamental, EJA, do município e algumas cidades do

Território de Identidade a exemplo de Baixa–Grande, Pintadas e Serra Preta,

sendo o acesso dos alunos dos povoados e municípios vizinhos via transporte

escolar, passam muitas horas fora do lar e da família e muitas vezes trabalham

no turno oposto, em sua região de origem. Outro aspecto a ser considerado é a

defasagem de aprendizagem em disciplinas na área de exatas e língua

portuguesa dificultando o processo de aprendizagem, algumas mães

adolescentes e alunos que retornaram aos estudos, após interromperem sua

sequência. A maioria possui família de baixa renda, ou seja, de baixo poder

aquisitivo e pouca participação no processo educacional

2. MARCO TEÓRICO METODOLÓGICO

O fenômeno da educação profissional acompanha as práticas humanas,

desde os períodos mais remotos da história, quando os humanos, segundo

Manfredi (2002), transferiam seus saberes profissionais por meio de uma

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educação baseada na observação, na prática e na repetição, pelas quais

repassavam conhecimentos e técnicas de fabricação de utensílios,

aprimoramento de ferramentas, instrumentos de caça, defesa e demais

artefatos que lhes servissem e facilitassem o cotidiano. Com sua cognição e

tecnologia acumuladas, as populações pré-históricas e as civilizações que as

seguiram produziram soluções para enfrentarem os desafios impostos pelo

ambiente no qual estavam inseridos, bem como nas suas relações e

interferências com os demais componentes ambientais, como ainda nos atos

civilizatórios e nos de conquista.

Manfredi (2002) esclarece que os humanos, ao longo dos tempos,

valendo-se dos recursos de que dispunham nos diversos ambientes terrestres,

desenvolviam artefatos com maestria, arte e praticidade, e os saberes eram

repassados de geração para geração. Essa pedagogia pode ser comprovada,

por exemplo, em peças de acervo museológico antrópico1, em que são

demonstradas as diversas formas do trabalho humano que, segundo

Manfredini (2002,p. 33), “[...] é uma atividade social central para garantir a

sobrevivência de homens e mulheres e para a organização e o funcionamento

das sociedades”.

O Decreto-Lei nº 7.5662, de 23 de setembro de 1909, sancionado pelo

então Presidente da República Nilo Peçanha, instituiu oficialmente a educação

profissional brasileira que, vista como instrumento de capacitação ou

adestramento para atender ao crescente desenvolvimento industrial e ao ciclo

de urbanização, tinha caráter assistencialista em relação à massa trabalhadora.

O correu a criação de 19 Escolas de Aprendizes Artífices, difundidas com o

intuito de preparar gerações vindouras para a continuidade dos ofícios,

suprindo, assim, o mercado produtivo, dominado pela burguesia emergente,

formando profissionais advindos das camadas pobres da população. O ensino

profissional foi delegado ao Ministério de Indústria e Comércio. Foram

ofertados cursos de tornearia, mecânica e eletricidade, além das oficinas de

carpintaria e artes decorativas ministradas nas 19 Escolas de Aprendizes

Artífices. Ocorreu a instalação de escolas superiores para formação de

recursos humanos necessários ao processo produtivo (início da

Industrialização do Brasil). A partir da década de 1930, o ensino profissional se

expandiu no Brasil, incluindo, em seu público-alvo, ricos e pobres. Constituição

de 1937 fez menção às escolas vocacionais e pré-vocacionais como dever do

Estado, a quem competia, com a colaboração das indústrias e dos sindicatos

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econômicos, criar, na esfera de sua especialidade, escolas de aprendizes,

destinadas aos filhos de seus operários e associados. Amplitude de

atendimento: criação das instituições responsáveis pela formação de mão-de-

obra para os dois principais pilares da economia: a Indústria e o Comércio.

Surgimento do chamado Sistema S4. Criação do SENAI (S pioneiro) Criação

da lei Orgânica da Educação Nacional do Ensino Secundário. Criação da Lei

Orgânica da Educação Nacional do Ensino Comercial. Criação do Serviço

Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), do Serviço Social do Comércio

(SESC) e Serviço Social da Indústria (SESI).Criação da Lei Orgânica da

Educação Nacional do Ensino Primário, Normal e Agrícola. Criação do Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), do Serviço Nacional do Transporte

(SENAT)5, do Serviço Nacional de Apoio ao Cooperativismo (SESCOOP) e do

Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE).

Atualmente, temos a Educação Profissional que se consolidou a partir da

Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra, em meados do final do século XVIII

e início do século XX, ocasião em que, conforme a Enciclopédia de Diderot e

D’Alembert (2006), pela primeira vez descreveu-se o quadro de ocupações da

época, bem como, o que deveria ser estudado para o exercício das mesmas.

Para Manfredi (2002), essa vinculação tardia entre educação e trabalho é

compreensível, por conta das relações sociais específicas das sociedades

Antiga e Medieval que se mantinham vinculadas a poderes centralizados, nos

senhores feudais ou na igreja. De acordo com o mesmo autor, as noções de

trabalho “[...]vão se construindo e reconstruindo ao longo da história das

sociedades humanas, variando de acordo com os modos de organização da

população e de distribuição de riqueza e poder” (p. 34). Em outras palavras,

naquelas sociedades, as relações eram demarcadas por um divisor entre

aqueles que eram os senhores da terra e da produção e do capital, dos

cidadãos, os que viviam nas cidadelas e os que eram escravos, serventes. O

poder era supostamente predestinado e o acesso ao conhecimento elaborado

era privilégio das classes dominantes.(em andamento)

2.2- Concepção de Educação

A compreensão de que a educação vai além da instrução escolar, mas

assume a responsabilidade de envolver variadas e abrangentes dimensões da

formação integral do individuo, como os aspectos cognitivos, emocionais e

societários, devem perpassar pelo cotidiano da educação profissional.

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A busca de uma formação integrada, onde a formação profissional é

compreendida a partir da relação entre conhecimento e prática do trabalho,

apoiada na ideia de politecnia, compreendida aqui como o domínio dos

fundamentos científicos das diferentes técnicas que caracterizam o processo

de trabalho produtivo moderno.

Pensar no ensino médio integrado é conceber uma formação em que os

aspectos científicos, humanísticos e culturais estejam incorporados e

integrados, logo os eixos estruturantes do ensino médio integrado são,

trabalho, ciência, tecnologia e cultura.

Nesta perspectiva, o trabalho é considerado dentro de sua dimensão

ontológica e histórica, como elemento central da essência humana e fruto de

suas transformações.

Sendo assim, organizar o currículo de forma integrada implica romper

com falsas polarizações, oposições e fronteiras consolidadas ao longo do

tempo, como a separação entre as ciências naturais e humanas, a oposição

entre teoria e pratica e a dicotomia entre conhecimentos gerais e específicos.

2.3- Concepção de Currículo

A proposta de Educação Profissional que ora se apresenta, busca

superar a dualidade entre formação exclusiva para o trabalho e uma formação

propedêutica, ao tempo em que desloca o foco de seus objetivos do mercado

de trabalho para a formação da pessoa humana, de maneira que, para além da

inserção no mundo do trabalho, o estudante possa compreender o mundo em

que vive, em toda a sua complexidade espaço-temporal, sendo capaz de nele

atuar para torná-lo melhor com base no interesse do coletivo.

O desafio consiste, portanto, em procurar construir um currículo que

possibilite uma consistente formação humanista, através da qual, o estudante

aproprie-se dos conhecimentos historicamente construídos e sistematizados

pela humanidade, tendo consciência reflexiva e crítica dessa construção, bem

como uma formação que permita uma compreensão da lógica e dos princípios

técnico-científicos que caracterizam o atual momento histórico, com suas

relações sociais e de trabalho. Uma educação humanística e tecnológica que

ofereça condições materiais para a elevação da escolarização de

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trabalhadores, concomitantemente à qualificação, à formação inicial e

continuada, o desenvolvimento do ensino médio integrado, com qualidade

pedagógica que possibilite a formação de sujeitos instituintes para além de

instituídos, que possam contribuir no sentido de encontrar soluções para a

melhoria da qualidade de vida do coletivo, o que certamente se explicitará por

meio de mudanças verificadas nos indicadores de desenvolvimento humano.

O currículo, embora organizado de forma disciplinar, deverá ser

desenvolvido numa perspectiva de integração dos saberes, que dê significado

aos conteúdos ensinados/aprendidos, atendendo aos princípios da

flexibilidade, interdisciplinaridade e contextualização.

Nesta perspectiva, a matriz curricular é composta de três núcleos de

saberes, Base Nacional Comum (BNC), Formação Técnica Geral (FTG) e

Formação Técnica Específica (FTE), que se articulam garantindo a

integralidade da formação dos estudantes.

Compõem a BNC as disciplinas do núcleo comum para a formação em

nível médio, atendendo a carga horária mínima exigida por lei. A Formação

Técnica Geral é comum a todos os cursos com carga horária total de 560

hora/aulas. Já a Formação Técnica Específica possui disciplinas organizadas

nas seguintes categorias curriculares: contextualização, fundamentos,

tecnológica e Instrumental, permitindo aos estudantes uma formação

politécnica e emancipatória.

2.4- Concepção de Aprendizagem

A escola pública hoje apresenta condições precárias para seu

funcionamento. Não oferece condições adequadas de trabalho para o

professor, nem condições de aprendizagem para o aluno. A lutas pela

escola pública de qualidade é algo que lutamos durante décadas, a

exemplo dos movimentos entre católicos e liberais-escola novistas, o

conflito entre escola pública e escola particular em 1956 a 1964,o

surgimento dos movimentos de educação popular e o que estamos vivendo

que é caracterizado pela mobilização da sociedade em torno da

universalização e democratização da escola.

Democratização da escola pública, na visão de Libâneo, é participar

da formação do aluno do ensino público para que este seja capaz saber se

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expressar; capaz de se comunicar de diversas formas, de se desenvolver o

tomar gosto pelo estudo, de dominar o saber escolar; é ajudá-lo na

formação de sua personalidade social, percebendo-se dentro da

organização enquanto coletividade. Trata-se de proporcionar-lhe o saber e

o saber-fazer críticos como pré-condição para sua participação em outras

instâncias na vida social, inclusive para melhoria de suas condições de

vida. Ele defende uma escola que com seus métodos alcance as classes

menos favorecidas, que prepare o aluno para o mundo. Uma escola

acessível a todos e que garanta um bom ensino. Que leve em conta as

transformações do mundo contemporâneo. Um ensino adequado a

realidade do aluno da classe popular. Segundo Libâneo (2006, p. 12):

No processo de aprendizagem, o professor é o mediador. Mas o

aluno participa nesse processo ao passo que o professor explora suas

competências. Segundo Libâneo( 2006, p. 42):

Aprender dentro da visão da pedagogia dos conteúdos, é

desenvolver a capacidade de processar informações e lidar com os

estímulos do ambiente, organizando os dados disponíveis da experiência.

Em consequência, admite-se o principio da aprendizagem significativa que

supõe, como passo inicial, verificar aquilo que o aluno já sabe. O professor

precisa saber(compreender) o que os alunos dizem ou fazem, o aluno

precisa saber compreender o que o professor procura dizer-lhes.

Diante das considerações aqui feitas, fica evidente qual a postura que o

educador deve adotar. Embora ele não consiga mudar todo o sistema, ele pode

contribuir, por não reproduzir o que já está pronto, mas buscar o novo, o

diferente. O que dê resultados. Ser pesquisador, questionador, aplicar de forma

consciente as teorias e levar em conta a bagagem dos alunos. Que exista uma

troca e que contribua para o crescimento de um cidadão crítico.

Contudo a escola deve ensinar ao aluno a desenvolver as suas

habilidade intelectuais. O professor deve ter domínio em seu conhecimento, ser

um mediador e saiba reconhecer e trabalhar com as diversidades de

conhecimento, sabendo interagir com os alunos respeitando suas

características sociais e culturais

3. Marco Operacional

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3.2- Missão

Preparar os educandos para inseri-los no mundo do trabalho com

perfil que envolva preceito ético, crítico e de responsabilidade social,

contribuindo assim para uma formação profissional que atenda as

novas demandas da sociedade moderna. (elaborado pelos

professores em um momento formativo sobre PPP)

Visão

Ser reconhecido como instituição que promove a formação de

profissionais competentes, críticos e éticos, diante dos desafios que

se apresentam no Mundo do Trabalho, comprometidos com a

transformação da realidade do território no qual estão inseridos.

3.3- Objetivo Geral

Orientar e qualificar os discentes e servidores em geral com os

diversos saberes, objetivando sua inserção mundo do trabalho,

participação social efetiva de modo que estes se percebam agentes de

ação e transformação de si e do entorno, bem como capacitar os

docentes para melhorar sua prática pedagógica.

3.4- Objetivos Específicos

Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o

desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e

execução de trabalho nos eixos de atuação;

Desenvolver conhecimento técnico, científico e humanístico que

permitam cuidar de famílias, grupos sociais e comunidade,

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desenvolvendo atividades de promoção, prevenção, recuperação e

reabilitação;

Qualificar profissionais para atuar no mundo do trabalho locar, regional e

nacional;

Contribuir para a formação critica e ética frente às inovações

tecnológicas, avaliando seu impacto no desenvolvimento e na

construção da sociedade;

Desenvolver ações conjuntas com organizações públicas e privadas em

projetos agropecuários;

Promover suporte técnico aos pequenos e médios proprietários rurais,

visando a autosustentabilidade de projetos a serem implantados, bem

como os demais em fase de desenvolvimento;

Articular conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e

sociais estabelecendo uma abordagem integrada das experiências

educativas;

Ler, articular e interpretar símbolos e códigos em diferentes linguagens e

representações, estabelecendo estratégias de solução e articulando os

conhecimentos das varias ciências e outros campos do saber;

Desenvolver no educando uma visão ampla e integradora de todos os

processos da atividade comercial, inclusive capacitá-lo para interferir na

sua transformação;

Dotar o educando de autonomia intelectual, criatividade e iniciativa para

se apropriar dos diferentes saberes e das novas tecnologias, tendo em

vista a maximização dos resultados e a sua eficaz mobilização nas

diversas ocupações da área comercial e entre outras áreas afins.

3.5- Princípios

São princípios norteadores da Rede Pública de Educação

Profissional da Bahia, a formação integral, que está vinculada às

demandas do desenvolvimento socioeconômico e ambiental nos

territórios de identidade, cadeias produtivas e arranjos socioprodutivos

locais, articulando educação, trabalho, ciência e tecnologia; o trabalho

como princípio educativo que visa à formação para o mundo do

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trabalho e para a compreensão da ciência, da técnica e da sua

implicação para a sociedade; a Intervenção social como princípio

pedagógico, possibilitando à aprendizagem a partir da relação teoria e

prática em situações reais, permitindo ao estudante dar retorno social a

comunidade com base na aplicação dos conhecimentos e habilidades

desenvolvidos durante o curso.

Aliados aos princípios supracitados o CETEP da Bacia do

Jacuípe, busca difundir conceitos como: solidariedade, compreendida

como uma ação de estar próximo do outro com respeito e humildade

para colaborar com a evolução coletiva da sociedade; criatividade,

baseado no homem como “ser de relações e não só de contatos”,

decorrente de sua transitividade que o torna um ser diferente, “ser

histórico, criador de cultura”; e a sustentabilidade, fundamenta nas

relações harmônicas do modo de vida humano com a capacidade da

natureza em sustentar a vida, preservando os recursos naturais e

moderando o consumismo.

3.6- Metas operacionais

Metas Pedagógicas:

Elaborar o plano de ação pedagógica anualmente;

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho

pedagógico e para a elaboração de propostas de intervenção na

realidade escolar 01vez por unidade;

Acompanhar os indicadores de frequência, repetência e evasão escolar

a cada semestre;

Acompanhar as ações do Sistema de Informação Técnica e Tecnológica

– SISTEC anualmente;

Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantadas na

escola;

Apresentar propostas, sugestões e/ou críticas que promovam o

desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar

conforme o projeto político pedagógico, a proposta curricular e o plano

de ação da escola e as políticas educacionais da SEC.

Promover o aumento do rendimento escolar qualitativamente

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Promover reuniões de pais e professores a cada bimestre;

Orientar e acompanhar o preenchimento dos diários de classe

diariamente;

Visitar as salas de aulas para detectar problemas existentes e procurar

solucioná-los, identificar constantemente quais as prioridades das

turmas e professores para prestar-lhes um melhor atendimento;

Detectar constantemente as deficiências na aprendizagem através das

reuniões pedagógicas;

Avaliar a execução dos planos da unidade;

Organizar a realização dos conselhos de classe, por bimestre, de forma

a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho

pedagógico desenvolvido pela escola e em sala de aula, além de

coordenar a elaboração de propostas de intervenção decorrentes desse

processo;

Elevar a participação dos pais e da comunidade nas atividades da

escola, convidando-os a participar das atividades;

Reduzir as taxas de reprovação nas disciplinas críticas de Português e

Matemática em 50% durante o ano letivo;

Desenvolver projetos por meio do esporte, que incentivem a

permanência dos estudantes, desestimulando o abandono;

Realizar atividades de reforço escolar em turno oposto;

Realizar anualmente seminário de avaliação dos cursos técnicos;

Desenvolver ações voltadas para a prevenção ao uso de álcool e outas

drogas, assegurando que em dois anos todos os estudantes recebam

orientações sobre cuidados com a saúde física e mental;

Aumentar em 20% a satisfação dos alunos com o curso técnico que

estão fazendo.

Preparar no inicio do ano letivo um “manual do aluno” onde o mesmo

possa adquirir algumas regras básicas da U.E.;

Dar suporte na elaboração e execução de projetos de trabalho com

intuito de assegurar um melhor desempenho em equipes;

Favorecer ações que intensifiquem a interação entre gestores e

comunidade escolar;

Incentivar a reativação do Grêmio Estudantil e da representatividade dos

estudantes através dos líderes e vice-líderes de classe;

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Incentivar a participação dos alunos da escola nos jogos escolares

(Intercolegial, Jerp, Inter-salas, etc.), e demais atividades educativas

como Olimpíada da Matemática, xadrez, concurso de redação etc;

Estimular o estudo e acompanhamento do Regimento Escolar,

mantendo-o acessível a todos para que as ações sejam por ele

respaldadas;

Estimular a participação de professores, funcionários e alunos em ações

pedagógicas que visem reforçar a educação libertadora e crítica.

Metas do Mundo do Trabalho:

Estabelecer parcerias com segmentos da sociedade: associação,

empresa, igreja, comércio local, ONGS, etc. com vistas a amparar

necessidades surgidas no decorrer do ano letivo, no sentido de

assistência aos estágios;

Incentivar a participação dos estudantes dos Cursos Técnicos em

seleções para Estágio através de oficinas, palestras, cartazes, folders...;

Promover através do estagio, no mínimo três ações sociais que

aproximem as técnicas estudadas às comunidades; .

Orientar o alunado á pratica de melhores condições de trabalho;

Promover, através do estagio, possibilidades para o aluno na conquista

do primeiro emprego;

Fomentar orientação profissional;

Avaliar a oferta de mercado por cursos técnicos, através de pesquisas,

observação e potencializar o atendimento à demanda escolar;

Avançar na construção de uma escola pública de referência na

qualidade da educação profissional pública, através de visitas técnicas,

aulas dinâmicas,professores motivados e praticas exitosas;

Promover visitas técnicas, possibilitando práticas de aprendizagem in

loco;

Metas do administrativo e financeiro:

Oportunizar momentos de descontração e lazer para que a comunidade

interaja de forma prazerosa com o ambiente escolar;

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Cuidar da documentação dos funcionários e alunos (secretaria);

Manter a atualização constante do blog da escola 02 (duas) vezes na

semana e promover a interatividade com os estudantes;

Difundir na comunidade o conceito de gestão democrática baseada na

divisão de responsabilidade, através de palestras e debates no Centro,

aberto ao público;

Atuar sempre em parceria com o Colegiado Escolar, em decisões

relacionadas ao cotidiano escolar;

Fazer valer os deveres e direitos funcionais junto aos órgãos

competentes;

Adequar o remanejo de pessoal considerando o perfil e função para uma

boa execução da mesma;

Apoiar-se na legislação vigente como meio norteador para o

cumprimento de direitos e deveres;

Realizar parceria com toda a comunidade escolar através de

mobilizações, campanhas, palestras etc., com fins de conservação do

patrimônio físico da escola;

Estimular a presença da SUPROF na Unidade Escolar, visando reforçar

as ações da Educação Profissional em âmbito local e estadual;

Reativar a fanfarra da Escola;

Climatizar a sala dos professores, bem como, ampliar o número de

computadores e equipar a sala com TV led e data show;

Divulgar balancetes semestrais, para a comunidade, sobre os

investimentos feitos na escola;

Garantir a execução em tempo hábil dos recursos oriundos do Brasil

Profissionalizado (SUPROF);

Buscar financiamento para o desenvolvimento de projetos, oficinas,

viagens e visitas técnicas, envolvendo toda a comunidade, bem como os

estagiários da U.E., através de Planos Emergenciais;

Apresentar um plano de finanças com todas as ações planejadas da

escola e suas comprovações, através de projeções futuras(quanto

precisa de capital,quando e com que propósito);

Climatizar a secretaria da escola;

Reforma e cobertura da quadra esportiva;

Manter os recursos didáticos – pedagógicos em condições de uso, bem

como cobrar dos professores a utilização e conservação dos mesmos,

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do que há disponível para o enriquecimento da ação educativa

(laboratórios, televisores, internet, etc.);

Preservar a transparência quanto a execução dos recursos financeiros

junto ao Caixa Escolar;

Construção de uma guarita na entrada principal do CETEP;

III – DESENVOLVIMENTO

1. Realidade do Território (arranjos produtivos, contexto sócio

cultural, índices de mortalidade infanto-juvenil, IDH,

desemprego,etc.)

O Território da Bacia do Jacuípe convive com as mesmas condições

climáticas do semiárido brasileiro. Temperatura média anual de 29º C

(variando entre 22º C e 38 º C em alguns períodos do ano).

Os municípios do Território foram palco de grande mobilização

populacional nas últimas décadas. Os dados relativos à variação

populacional no período de 1991 a 2007 são elucidativos e

preocupantes. No conjunto, o Território teve como perda nominal 12,5%

da sua população (273,3 mil em 1991 e 239,2 mil em 2007). Essa perda

populacional, muito provavelmente, é fruto das poucas oportunidades

econômicas oferecidas, obrigando a migração de pessoas e de famílias

à busca da sobrevivência ou da melhoria das condições de vida noutras

localidades.

Em relação à faixa etária da população, algumas considerações são

necessárias: 60% dos moradores têm até 29 anos, portanto uma

população jovem, destacando-se que 28% têm entre 15 e 29 anos, e

outros 60% podem ser classificados como economicamente ativos, com

idades entre 15 e 59 anos, embora, como é sabido, parte da população

com mais de 60 anos continua também produzindo.

É importante salientar que quase um quinto dessa população situa-

se entre 7 e 14 anos, idade do ensino fundamental.

É do conhecimento público que o nível de desenvolvimento – nível

de renda, qualidade de vida da população etc. – de uma comunidade ou

território ou nação depende de muitos fatores, sendo consenso que um

deles, com papel preponderante, é a educação. Isso é comprovada com

a própria realidade: as comunidades ou nações que alcançaram os

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melhores índices de IDH precisaram, antes ou concomitantemente,

investir e melhorar os níveis educacionais. E no mundo globalizado, as

exigências são bem maiores que no passado. Antes, saber “ler e

escrever” era suficiente; hoje já não responde mais às necessidades,

exige-se das pessoas maior nível de conhecimento que permita

enfrentar as adversidades de uma sociedade complexa e cada vez mais

competitiva.

A situação educacional no Território, como em todo semiárido e

Estado, é bastante crítica e carece de atenção especial para a

construção de processo de desenvolvimento sustentável. Ainda são

alarmantes os índices de analfabetismo entre os adultos – quase um

terço da população – além do segmento com menos de quatro anos de

estudo que podem ser considerados como “analfabetos funcionais” e

ultrapassam a casa dos 50%. Devido a este fato há impedimentos reais

– reconhecendo-se os casos de exceção – de uma população

analfabeta ou com poucos anos de escolaridade poder tomar iniciativas

para incorporar novas tecnologias no processo produtivo e melhorar os

índices de produtividade. Também tem dificuldades ao buscar

alternativas de beneficiamento e comercialização que agreguem valor

aos produtos e possam melhorar a renda; adoção de práticas

recuperação/preservação das condições ambientais; a construção de

canais de organização etc. somando-se a população sem escolaridade

com a faixa que tem menos de quatro anos de estudo chega-se a 80%

da população.

Há um segmento intermediário correspondente a 12% da população

que tem escolaridade entre quatro e oito anos e, no outro extremo, o

segmento com mais de oito anos de estudo, que corresponde a menos

de 10%.

A economia de Ipirá é mantida pela pecuária, comércio e artefatos

em couro. O município destacou-se no passado pela bacia leiteira. A

cidade é mantida, preponderantemente, pelo comércio varejista..

2. Modalidades e Cursos Ofertados.

O CETEP Bacia do Jacuípe, oferta várias modalidades dentro da

Educação Profissional, sendo:

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1. Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio – EPI: Cursos

de Educação Profissional Técnica, que são integrados ao ensino

médio e que têm a duração de quatro anos, voltados para quem

terminou o ensino fundamental. Nesses cursos, a formação integra a

Educação Básica à Educação Profissional.

2. Ensino Profissional Subsequente ao Ensino Médio - PROSUB:

Cursos técnicos para quem já concluiu o ensino médio e volta à

escola para fazer formação profissional Esses cursos duram cerca de

um ano e meio a dois anos, dependendo do Eixo Tecnológico.

3. Educação Profissional Integrada a Educação de Jovens e

Adultos – PROEJA: Cursos direcionados a jovens e adultos/as que

não tiveram oportunidade de concluir os estudos na idade/série

correta. Integra Educação Profissional Técnica com elevação de

escolaridade. Estes cursos duram 05 (cinco) semestres.

Além desta oferta regular o Centro também busca atender a

comunidade do Território através da pactuação de Programas

Federais e Estaduais, tais como, o Programa Nacional de Acesso ao

Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC, Programa Nacional de

Inclusão de Jovens – Projovem Urbano e Projovem Campo –

Saberes da Terra.

A oferta de vagas está distribuída em vários cursos dentro de 05

(cinco) eixos tecnológicos: Ambiente e Saúde, Gestão e Negócios,

Informação e Comunicação, Recursos Naturais e Produção Cultural

e Desing.

Técnico em Agropecuária

Perfil Profissional: Planeja, executa, acompanha e fiscaliza todas as

fases dos projetos agropecuários. Administra propriedades rurais.

Elabora, aplica e monitora programas preventivos de sanitização na

produção animal, vegetal e agroindustrial. Fiscaliza produtos de origem

vegetal, animal e agroindustrial. Realiza medição, demarcação e

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levantamentos topográficos rurais. Atua em programas de assistência

técnica, extensão rural e pesquisa.

Técnico em Comércio

Perfil Profissional: Aplica métodos de comercialização de bens e

serviços, visando à competitividade no mercado e atendendo às

diretrizes organizacionais. Comunica previsões e demandas aos

fornecedores. Efetua controle quantitativo e qualitativo de produtos e

procede a sua armazenagem no estabelecimento comercial.

Operacionaliza planos de marketing e comunicação, logística, recursos

humanos e comercialização.

Técnico em Contabilidade

Perfil Profissional: Atua num mercado extremamente competitivo,

porém com possibilidades de trabalho autônomo, em negocio próprio, ou

vinculado a empresas dos setores agrícola, industrial, financeiro,

comercial, de serviços e do terceiro setor, sendo apto a analisar,

compreender e processar informações contábeis e gerenciais,

fundamentando-se em princípios, normas e regras estabelecidas a partir

do conhecimento abstrato e do saber empírico, dotado de senso

analítico e critico, em consonância com os valores éticos, e ciente de

suas responsabilidades perante a sociedade.

Técnico em Enfermagem

Perfil Profissional: Atua na promoção, prevenção, recuperação e

reabilitação dos processos saúde—doença. Colabora com o

atendimento das necessidades de saúde dos pacientes e comunidade,

em todas as faixas etárias. Promove ações de orientação e preparo do

paciente para exames. Realiza cuidados de enfermagem, tais como:

curativos, administração de medicamentos e vacinas, nebulizações,

banho de leito, mensuração antropométrica e verificação de sinais vitais,

dentre outros. Presta assistência de enfermagem a pacientes clínicos e

cirúrgicos.

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Técnico em Administração

Perfil Profissional: Executa as funções de apoio administrativo: protocolo

e arquivo, confecção e expedição de documentos administrativos e

controle de estoques. Opera sistemas de informações gerenciais de

pessoal e material. Utiliza ferramentas da informática básica, como

suporte às operações organizacionais.

Técnico em Manutenção e Suporte em Informática

Perfil Profissional: Realiza manutenção preventiva e corretiva de

equipamentos de informática, identificando os principais componentes

de um computador e suas funcionalidades. Identifica as arquiteturas de

rede e analisa meios físicos, dispositivos e padrões de comunicação.

Avalia a necessidade de substituição ou mesmo atualização tecnológica

dos componentes de redes. Instala, configura e desinstala programas

básicos, utilitários e aplicativos. Realiza procedimentos de becape e

recuperação de dados.

Técnico Informática

Perfil Profissional: Desempenha atividades voltadas para o

desenvolvimento de programas de computador; utilização de ambientes

de desenvolvimento de sistemas, sistemas operacionais e banco de

dados; realização de testes de programas de computador e manutenção

de programas de computadores implantados.

(em andamento)

3. Infra Estrutura (existência de espaços pedagógicos e como são

utilizados – laboratórios, biblioteca, quadra, auditório, horta, etc.)

O Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Jacuípe-

CETEP, aliado ao seu anexo Colégio Estadual Luciano Santos conta com

a seguinte estrutura física:

11 salas de aulas que possuem quadro branco, mesas, cadeiras, TV

Pendrive e ventiladores;

01sala de Diretoria com uma mesa redonda, quatro cadeiras, três

arquivos de gavetas, uma estante, um armário de madeira, um

computador com impressora e uma mesa em forma de L;

01sala de vice-direção com duas mesas, um computador com

impressora, quatro cadeiras , um sofá e um ventilador;

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01 secretaria com dois computadores, quatro mesas, cinco cadeiras, 01

balcão de atendimento, 06 estantes, três armários de aço, uma máquina

de xerox e 05 arquivos de aço em péssima condição de uso ;

01 sala de professores com armários individuais, mesas e cadeiras para

estudo e espaço de convivência com sofás e televisão;

01 laboratório de informática com 20 computadores, dos quais apenas

10 oferecem bom estado de uso, estes estão ligados à internet e são

utilizados por alunos e professores;

01 biblioteca com acervo atualizado, entre livros de pesquisa e literatura

e com mobiliário adequado, 05 computadores dos quais só dois estão

em bom estado de uso;

01 auditório com um telão, um data show e cadeiras;

01 sala de vídeo/TV com DVD, Data-show, mesas, cadeiras e um

notebook;

01 cozinha com fogão industrial, geladeira, liquidificador e armários;

01 depósito de alimentos com armários e freezer;

01 almoxarifado com dois armários de aço em péssima condição de uso

e duas estantes de aço;

01 laboratório de ciências;

01 quadra de esporte descoberta;

04 banheiros, 01 banheiro adequado aos portadores de necessidades

especiais, dependências e vias adequadas aos portadores de

necessidades especiais.

ANEXO (Colégio Estadual Luciano Santos), conta com:

04 salas de aulas com mesas, cadeiras e quadro branco:

01 sala de diretoria;

01 sala de vice-diretor:

02 salas de professores;

01 secretaria;

01 sala para TV/Vídeo;

01 sala de leitura;

01 cozinha;

01depósito de alimento com estantes e freezer:

01almoxarifado;

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01 laboratório de informática o qual conta com computadores ligados à

INTERNET e que necessitam de manutenção e são usados por alunos e

professores;

Laboratório de ciências;

01 quadra de esporte descoberta;

04 banheiros, dois banheiros adequados a portadores de necessidades

especiais,;

01 horta feita pelos alunos de agropecuária;

Dependências e vias adequadas a portadores de necessidades

especiais.

01 oficina de Manutenção e Suporte de Informática com bancadas,

armário de aço, quadro branco e Data – show

01 oficina de Designe de Couro com armário, quadro branco, mesas e

máquinas industriais.

01 sala de reprografia com quatro máquinas de xerox;

( em andamento)

4. Perfil profissional

4.1. GESTORES

A realização da gestão democrática é um princípio definido na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Art. 3º. Inciso VIII), e na

Constituição Federal (Art. 206, inciso VI). O mesmo se assenta no

pressuposto de que a educação é um processo social colaborativo que

demanda a participação de todos da comunidade interna da escola,

assim dos pais e da sociedade em geral. Dessa participação conjunta e

organizada é que resulta a qualidade do ensino para todos, princípio da

democratização da educação. Portanto, a gestão democrática é

proposta como condição de: aproximação entre escola, pais e

comunidade na promoção de educação de qualidade; de

estabelecimento de ambiente escolar aberto e participativo, em que os

alunos possam experimentar os princípios da cidadania, seguindo o

exemplo dos adultos. Sobretudo, a gestão democrática se assenta na

promoção de educação de qualidade para todos os alunos, de modo que

cada um deles tenha a oportunidade de acesso, sucesso e progresso

educacional com qualidade, numa escola dinâmica que oferta ensino

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contextualizado em seu tempo e segundo a realidade atual, com

perspectiva de futuro.

A democracia constitui-se em característica fundamental de

sociedades e grupos centrados na prática dos direitos humanos, por

reconhecerem não apenas o direito de as pessoas usufruírem dos bens

e dos serviços produzidos em seu contexto, mas também, e sobretudo,

seu direito e seu dever de assumirem responsabilidade pela produção e

melhoria desses bens e serviços. Com essa perspectiva, direitos e

deveres são dois conceitos indissociáveis, de modo que, falando-se de

um, remete-se ao outro necessariamente. E é nessa junção que se

estabelece a verdadeira democracia, construída mediante participação

qualificada pela cidadania e construção do bem comum. No contexto das

sociedades e organizações democráticas, dado o seu caráter dinâmico e

participativo, direito e dever são conceitos que se desdobram e se

transformam de forma contínua e recíproca pela própria prática

democrática, que é participativa, aberta, flexível e criativa. Portanto, não

são conceitos que representam condições isoladas e dissociadas. Não

se trata, portanto de um sentido normativo e imperativo de direitos e

deveres e sim de um sentido interativo pelo qual se transformam

continuamente e são superados por estágios sucessivos de

complexidade que vão tornando mais amplas, complexas e significativas

as funções sociais do grupo, ao mesmo tempo em que seus membros

vão desenvolvendo a consciência do processo como um todo e de seus

múltiplos desdobramentos.

Os gestores escolares, constituídos em uma equipe de gestão, são

os profissionais responsáveis pela organização e orientação

administrativa e pedagógica da escola, da qual resulta a formação da

cultura e ambiente escolar, que devem ser mobilizadores e

estimuladores do desenvolvimento, da construção do conhecimento e da

aprendizagem orientada para a cidadania competente. Para tanto, cabe-

lhes promover a abertura da escola e de seus profissionais para os bens

culturais da sociedade e para sua comunidade. Sobretudo devem zelar

pela constituição de uma cultura escolar proativa e empreendedora

capaz de assumir com autonomia a resolução e o encaminhamento

adequado de suas problemáticas cotidianas, utilizando-as como

circunstâncias de desenvolvimento e aprendizagem profissional. Nessa

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equipe de gestão tem destaque o diretor escolar. A direção é o órgão

executivo responsável pela gestão da unidade escolar, competindo lhe

atividades de caráter técnico-pedagógico, administrativo-financeiro,

patrimonial, bem como de articulação com a família, com a comunidade

escolar e entorno da escola e com os poderes públicos locais .

Compõem a direção dos Centros Estaduais e Territoriais de Educação

Profissional, na forma da legislação vigente: um diretor; um vice-diretor

administrativo-financeiro; um vice diretor técnico-pedagógico; e um vice-

diretor de articulação com o mundo do trabalho. São atribuições do

diretor, na forma da legislação vigente, sob pena de responsabilidade:

executar a política estadual de educação na unidade escolar, garantindo

a gestão democrática e participativa; fazer cumprir os dias letivos e

horas de aula estabelecidos na legislação; fazer cumprir integralmente

os AC na unidade escolar; promover meios para a elaboração e

execução do projeto político-pedagógico, do plano de gestão escolar e

outros projetos que visem à eficiência da unidade escolar; acompanhar e

avaliar os planos, programas e projetos voltados para o desenvolvimento

do sistema e da rede de ensino e de escola, em relação a aspectos

pedagógicos, administrativos, financeiros, de pessoal e de recursos

materiais; assegurar a participação do Colegiado Escolar na elaboração

e acompanhamento da execução do projeto político-pedagógico. Art. 20

Regimento Escolar São atribuições do vice-diretor:

I - substituir o diretor em sua falta e nos seus impedimentos eventuais;

II - assessorar o diretor no gerenciamento do funcionamento da unidade

escolar, compartilhando com o mesmo das atribuições dispostas neste

Regimento e zelando pelo cumprimento da legislação e normas

educacionais;

III - exercer as atividades de apoio administrativo-financeiro;

IV - acompanhar o desenvolvimento das tarefas da secretaria escolar e

dos servidores administrativos;

V - controlar a frequência do corpo docente e técnico-administrativo,

encaminhando relatório ao diretor para as providências; VI - zelar pela

manutenção e limpeza da unidade escolar no seu turno; VII -

supervisionar e controlar os serviços de reprografia e digitação; VIII -

responsabilizar-se pelo funcionamento do turno a que foi designado; e IX

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- executar, além daquelas previstas neste regimento, outras atribuições

correlatas e afins determinadas pela direção.

Art. 21 Regimento Escolar. São atribuições dos vice-diretores dos Centros

Estaduais e Territoriais de Educação Profissional, além do previsto nos atos

expedidos pela Secretaria da Educação:

I - vice-diretor administrativo-financeiro: auxiliar o diretor na consecução das

funções elencadas nos incisos II e III do art. 20 deste Regimento;

II – vice-diretor técnico-pedagógico: auxiliar o diretor na consecução das

funções elencadas no inciso I do art. 20 deste Regimento;

III - vice-diretor de articulação com o mundo do trabalho: auxiliar o diretor na

consecução das funções elencadas no inciso

IV do art. 20 deste Regimento, sendo o escopo ampliado para o território de

identidade ao qual o centro se vincula.

A secretaria, gerenciada pelo secretário escolar, é unidade auxiliar da direção

para execução das suas competências de forma a manter organizada e

atualizada:

Cargo Servidor Formação

Diretora Iara Campos Lima Almeida Linc. Pedagogia

Vice-Diretor Pedagógico Gilda Matos de Oliveira Linc. Letras Vernáculas

Vice-Diretor Adm e Financeira Luiz Carlos Araújo Linc. Biologia

Vice-Diretor Mundo do Trabalho Dilma Célia Cerqueira Linc. Pedagogia

Secretaria Araci Nível médio

4.2- PROFESSORES

No que concerne o perfil dos professores do CETEP Bacia do Jacuípe, na

sua maioria graduados, sendo profissionais Efetivos, REDA, PST. Porém 90%

em situação de contratos temporário, além disso, muitos destes atuam fora da

sua área específica e acumulando diversos disciplinas, o que gera

insegurança, stress e muito vezes, causando nesses profissionais desestímulo,

cansaço no que diz respeito a carga horário além da permitida em Lei.

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Também, apesar deste contexto, encontramos profissionais dedicados,

comprometidos, responsáveis, desenvolvendo trabalhos de pesquisa, os quais

contribuem para formação dos nossos Educandos.

Os professores deste núcleo de ensino sentem-se desprovidos no que

tange à coordenação pedagógica para cada eixo e na realização das atividades

complementares (A C).

Concluímos então que os temas supracitados, há uma necessidade de ter

concurso público para gerar estabilidade e acabando assim a disparidade entre

( salários) contratos temporários e efetivos.

DOCENTES

DISCIPLINAS

TURNO

CURSO

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( em andamento)

4.3- PESSOAL DE APOIO

No que diz respeito às condições de trabalho dos servidores da escola,

estas não têm sido atendidas a contento, pelo fato de não haver o quantitativo

suficiente de profissionais efetivos e ou terceirizados dentro do quadro de

funcionários da mesma.

FUNCIONÁRIO

FUNÇÃO

TURNO

VÍNCULO

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Considerando que nos últimos tempos ocorreram aposentadorias e estes

não foram devidamente substituídos, boa parte dos funcionários é

temporariamente contratada. Quando seus contratos expiram, estes, ao

saírem, deixam uma grande lacuna, Não pela longa demora em que novos

sejam contratados e assumam as vagas deixadas pelos servidores afastados,

como também a falta de capacitação dos mesmos para os serviços

designados. Desse modo, o trabalho na escola fica travado e emperra todo o

funcionamento do contexto escolar. Portanto, para atender às reais

necessidades da escola e se obter um melhor desempenho nas atividades, é

extremamente necessário o acréscimo funcional nos seguintes setores

educacionais:

Quantitativo Função

05 Agente administrativo

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05 Serviços Gerais

01 Atendente para biblioteca

02 Atendente para informática

02 Agente de portaria

01 Atendente para reprografia

03 Coordenador pedagógico

08 Vigilantes

5. Estagio

5.1 -Plano de Estágio

O Estágio na Matriz Curricular da Educação Profissional é um

componente curricular a ser cumprido e sem o qual o/a estudante não obtém o

diploma do curso técnico. Vale registrar que o estágio é desenvolvido em duas

etapas: o estágio de observação e estágio de participação. O estágio precisa e

deve desenvolver-se em espaços que oportunizam vivências reais de trabalho

com a orientação do supervisor.

Reconhecendo a importância do Estágio para a formação técnica-

profissional dos estudantes, possibilitando as condições para desenvolver um

nível diferenciado de responsabilidade cidadã, o CETEP da Bacia do Jacuípe

define que o estágio para o Curso Técnico EPI, deverá ser desenvolvido a

partir da 2ª série e na modalidade PROSUB, a partir do 2º módulo, obedecendo

as orientações previstas na Lei de Estágio em vigor, regulamentada pela

Portaria nº 5.570 de 08 de julho de 2014. A partir deste momento, o estudante

terá vivenciado atividades teórico-práticas suficientes para experimentar a

contextualização, o intercâmbio de informações e as práticas com o mundo do

trabalho.

O Estágio poderá ser remunerado ou não, de qualquer maneira ao

envolver valores remunerativos, ajuda a reforçar o elo com as relações de

trabalho e demanda de mercado que pontuam a atuação profissional.

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Posteriormente às atividades curriculares previstas para a habilitação, o

estágio poderá ser realizado, só findando a matrícula do estudante após a

conclusão do mesmo, ou depois de transcorrido o prazo legal.

Ele será desenvolvido em parceria com empresas, instituições públicas e

privadas que desenvolvam atividades ligadas e/ou próprias da área que

demandem a atuação de um profissional habilitado na mesma área, mediante

acordos de cooperação e baseados num plano de estágio, acordado entre

CETEP Bacia do Jacuípe, a instituição concedente e o estudante-estagiário.

Para que o estágio seja validado faz-se necessário o preenchimento de

vários documentos comprobatórios e avaliativos, tais como: Plano de estágio,

ficha de acompanhamento de atividades diárias, ficha de acompanhamento

individual do professor e relatório final de estágio.

Além dos registros oficiais, para acompanhamento de estágio, existe uma

equipe de trabalho que planeja, organiza, monitora e avalia o estágio, são eles:

Coordenador de Estágio, que será o elo entre a Escola e o local de realização

do Estágio; Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao

Plano Individual de Estágio do aluno, que deverá ser traçado juntamente com o

estagiário e deverá ser instrumento de base ao Supervisor do local de

realização do Estágio; Professores das disciplinas que fizeram parte do Estágio

Supervisionado.

As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da

situação do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos

telefônicos, documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a

propiciar formas de integração e parceria entre as partes envolvidas.

Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem

aplicadas no âmbito do trabalho e no desenvolvimento sustentável.

6. Avaliação da Aprendizagem

6.1 - Avaliação do Rendimento Escolar

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

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desenvolvimento do educando e considerar as características individuais

dos mesmos no conjunto dos componentes curriculares cursados, com a

função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. A

avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, sendo vedado submeter o aluno a uma única

oportunidade e a um único instrumento de avaliação.

Entender o valor da avaliação como parâmetro diário para um re-planejar

constante da prática e não como medida de valor inexorável. A avaliação

acontecerá no processo ensino-aprendizagem, sendo necessário à aplicação

de diversos instrumentos avaliativos para fins de registro conforme exigências

legais, porém, devendo refletir sobre o desenvolvimento global do aluno e

considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes

curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o

período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as

necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações

pedagógicas. As avaliações e estudos de recuperação serão planejados e

efetuados pelos professores de acordo com os princípios da avaliação

formativa, no ensino Técnico Profissional Integrado, a avaliação do

aproveitamento escolar será registrada e divulgada sob a forma de notas ao

final de cada unidade, das 4 (quatro) unidades avaliatórios em que se divide o

período letivo anual. A cada unidade serão realizadas três avaliações

somativas, sendo: (andamento)

Provas individuais com peso de 5,0 (cinco).

Duas atividades avaliativas (pesquisas, tarefas escolares, avaliações em

grupo ou com consulta, seminários), com peso 5,0 (cinco), divididas em

duas parciais de 2,5 (dois vírgula cinco) cada uma;

(andamento)

No curso Profissional Subsequente, onde o período letivo é semestral, a

avaliação será:

A cada bimestre onde serão realizadas duas avaliações, sendo:

Provas individuais (escritas) com peso de 5,0 (cinco vírgula zero).

Duas atividades avaliativas (pesquisas, tarefas escolares, avaliações em

grupo ou com consulta, seminários), com peso 5,0 (cinco vírgula zero),

divididas em duas parciais de 2,5( dois virgula cinco) cada uma.

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A cada situação avaliativa em que o aluno não atingir 50% do valor

estabelecido, terá direito a recuperação. Os alunos que atingirem 50% ou mais

do valor estabelecido terão direito a recuperação ficando a seu critério fazê-la

ou não. A recuperação terá o mesmo valor da avaliação inicial, ambas serão

registradas no Livro de Registro de Classe, prevalecendo sempre a nota maior.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em

uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações

dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam

asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

A avaliação deverá garantir todos os direitos dos alunos conforme LDB

9394/96, artigos 12,13 e 24. Deliberação 007/99 do CEE/PR.

A escola tem como função buscar incessantemente o sucesso do aluno.

Isto é, garantir a aprendizagem. Diante do baixo rendimento escolar a

recuperação da aprendizagem dar-se-á imediatamente, assim que o professor

perceber ou que o aluno manifestar que não se apropriou do conteúdo. Sendo

assim, após a atividade avaliativa (provas, trabalhos, seminários, caderno de

atividades) o aluno que não atingir no mínimo 50% do valor proposto, ficando

em recuperação, será submetido a um processo de reorientação de

aprendizagem incluindo um plano especial de estudo.

Ao aluno que não apresentou rendimento mínimo por dificuldade de

acesso aos programas de apoio, vulnerabilidade social, sem amparo legal, mas

de conhecimento da comunidade escolar, será ofertado o Plano Especial de

Estudo.

6.2 - Recuperação de Estudos

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei Darcy

Ribeiro – em relação à avaliação determina que os docentes zelem pela

aprendizagem dos alunos e estabeleçam estratégias de recuperação para os

alunos de menor rendimento (Artigo 13, III e IV). A LDB determina que as

escolas façam recuperação durante o ano letivo.

O estudante que estiver cursando o ensino Técnico Profissional Integrado

será submetido a atividade avaliativa em que o aluno não atingir 50% do valor

estabelecido, terá direito aos estudos de recuperação seguidos de avaliação,

paralelamente dentro de cada unidade. No caso da não obter aprovação, o

estudante será novamente submetido aos estudos de Recuperação após o

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término do ano letivo. Serão submetidos a estudos obrigatórios de recuperação

os estudantes de insuficiente rendimento escolar, frequência igual ou superior a

75% (setenta e cinco por cento) do total de horas obrigatórias do período letivo

regular.

O estudante que, após estudos de recuperação, não lograr aprovação

será submetido ao Conselho de Classe, observadas as especificidades de

cada caso.

6.3 - Avaliação do Estágio

A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como um

processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto,

estar presente em todas as fases do planejamento e da construção do

currículo, como elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da

escola em relação à proposta.

Serão considerados documentos de avaliação do Estágio Curricular:

Avaliação da disciplina de Estágio Profissional Supervisionado realizada

pelo Professor Orientador;

Avaliação dos professores, cujas disciplinas fizeram parte do Estágio

Supervisionado;

Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio

Profissional Supervisionado;

Ficha de Avaliação da Banca de Avaliação de Relatório de Estágio.

O relatório de estágio deverá ser apresentado conforme normas técnicas

a serem definidas pela Coordenação de Estágio.

O resultado da avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é

expresso através de notas graduadas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez

vírgula zero). O rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 5,0 (cinco

vírgula zero) através de uma média aritmética das avaliações definidas pela

Coordenação de Estágio.

Será considerado reprovado o aluno que:

Não cumprir a carga horária total estipulada para cada série no período

letivo;

Aproveitamento inferior a 5,0 (cinco ) como média final.

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6.4 Avaliações externas (Avalie, Enem)

O centro não faz avaliação do IDEB, ele aplica o AVALIE, Sistema de

Avaliação Baiano da educação, nas turmas de 2º e 3º séries da Educação

profissional integrada ao Ensino Médio e, de forma amostral nas turmas de 4ª

série da Educação Profissional, com objetivo de identificar novos elementos de

análise que fundamentem a adoção de medidas adequadas aos contextos

educacionais, com a finalidade de favorecer a melhoria da qualidade da

educação.

As avaliações em larga escala assumiram, ao longo dos últimos anos,

um preponderante papel no cenário educacional brasileiro; a mensuração do

desempenho dos estudantes de nossas redes de ensino e, consequentemente,

da qualidade do ensino ofertado. Baseado em testes de proficiência, as

avaliações em larga escala buscam aferir o desempenho dos estudantes em

habilidades consideradas fundamentais para cada disciplina e etapa de

escolaridade avaliada. Os resultados das avaliações são divulgados,

compartilhando com todas as escolas,e com a sociedade como um todo. Com

isso, o que se busca é oferecer ao professor informações importantes sobre as

dificuldades dos estudantes, em relação aos conteúdos curriculares previstos,

bem como no que diz respeito àqueles conteúdos nos quais os estudantes

apresentam um bom desempenho.

Metodologias e conteúdos diferentes, mas com o mesmo objetivo.Tanto

as avaliações internas quanto as avaliações externas devem se alinhar em

torno dos mesmos propósitos : a melhoria da qualidade do ensino e a

maximização da aprendizagem dos estudantes. A partir da divulgação dos

resultados, espera-se prestar contas à sociedade, pelo investimento que realiza

na educação deste país, assim como fornecer os subsídios necessários para

que ações sejam tomadas, no sentido de melhorar a qualidade da educação,

promovendo, ao mesmo tempo, a equidade.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

(em andamento)

VI – REFERÊNCIAS

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Concepção Teórico Metodológico da Superintendência da Educação

Profissional do Estado da Bahia.

BAHIA. Secretária da Educação. Regimento Escolar.

GADOTTI, Moarcir. Pedagógico da escola na perspectiva de uma educação

para cidadania. Cidade, Ano.

ANTUDES, Ricardo. Século XXI: Nova era da preparação estrutural do

Trabalho.

MANFREDI, Silvia Maria. Qualificação e educação.

Estruturas, conceitos e fundamentos da política educacioal.

Brasil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, MEC. 1996.

( em andamento)