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~~ . - __ - I
I
DEN elA boletim do [ 'EA I 2~ qUI n z . ma, c o
a -za:;:zgq _ ?L!J3:6t~1Wii * d' a ##
- . fI,·etntl me
, -3~ ANIVERSARIO da CONSTITUICAO ,
Bl1ASIL o Presi ente do Brasil. ~enpral Joio Figueiredo, foi convidado of!
cialmente pelo Marechal Tito a visitar a JUboslávia em data a anunciar.
(. e Ol1vite. secundo a agência Tanjug, foi aceite "com praz~r".
~ ULrAt'JDA RebeJdes ubandeses apoiados por tropas tanzanianas continuam a a~
vança r em d irecç~o a Kampala co :: o objectivo de derrubar o ditador fan
toche Idi Amin Dada. Julius Nyerere, presidente da Tanzania, afirmou, a
jUBt:. ficar a interferênciA tanzaniana ,que "os nossos inimigos s~o os i mpe rialistas da .Africa Austral. Se Amin tivesse dito que a Tanzania e
ra sua inimiga, poderiamos continuar a ignorá-lo. ~las agiu como inimigo
e .i everLos por isso trat á-l o como in imigo. Ele invad i u a Tanzan i a, as sa.§. sinoll demasiadas pessoas. s6 temos uma tarefa, a de o derrl1bar. Temos 8
capac i dRde para o fazer, temos razões para o fazer e temos a determinaçno ,: 0 ( fazer'J A quena de Amin, apesar do auxílio militar Líbio é previs'he l nentro cI ·~ algumas Sf'mana s. Entretanto, o ditador Ugandês, aos
: ~ i(rofones de n~d10 Uganda, apelou ~ populaç~o que ~reze pelo Uganda" •
.. etwmwm~I ................ mm ............ g.a~~ .. """""""""""""""""""~~
. ~DlO 0[; lENTE Com a de cis~o do Ir~o, do Paquist50 e da Turquia de abandonarem o
pac to mil itar que os unta h ur~ Bretanha, o i mperialismo ocidental per
rjPIl mais ur l,osto-c.lave na rebi~o. COI. o fi m do CENTO, ficam ainda em e:,jst ência alou . s blocos militares em :}ue os EUA tem preponderância, n.2,
mead amente na Ãsia do Sueste (-ASEAi.'J), no Pacífico (ANZUS) e na América
~o Sul (Pacto do Rio). 7
"t'lI( O; IEKTE II O tratado de paz entre Israel e o Ebirto deverá ser assinado Pi! . r~
xi ma s pmanD em ~ashington. Para compensar os sionistas da perda do S1-
na j, 08 impe~ialistas americanos decidiram fornecer a Israel mais 3 bi
liões de d6lares em armamento. Entretanto, a OLP anunciou que irá con
tiuar as acções de guerrilha em territ6rio de Israel.
~ERNACIO~,AL - L '; TERNAC IONAL - INTEPJ-: .AC IONAL INTE~NACIONAL - INT =m~ACIONAL -
.;
êQp~U""""""""""""""" •• """""""""""""""""""""DI.j~w
IT R I AL II •
E com este, é o n l 2. A c a da número que sai, correspondem muitas he
ras de trabalho a esc rev er os t extos, discuti-los, passá-los h máquina ,
e,:tinalmente , montá-los. Depoi s é s6 entregar a maquete nas máquinas e r~
zar para que o Cabreira '0 pass e a tempo e horas. Mas oomo ele até é boa
pessoa , normalmente tem tudo quando a gente lhe pede, e às vezes até me
recia que lhe pagassemo s umas cervejas, mas a vida está oara e n6s somo s
est udantes, e não mi11on~rios que se possam permitir esses luxos ••• bem,
adiante,adiante ••• O que "Se d'eve esoreverIlJ.llIl boletim destes? ~ evi!ieºt~ gue, em prime!
rO~1:1gar , e porque o CEAI trata essencialmente de assuntos de 8mb! to in
ternacional, s e devem escrever 8l;"tigos sobre ••• questões internaoionais. Selecionar essas ques tões já é outro problema. Por exemplo, para este ndmere esoolhemos do is a s suntos "quentes· e que ainda vão dar muito que f a
lar nos pr6xi mos t empos, e fiz emos assim uma análise um pouco mais prof~
da sobre eles! o Irão e o Vie tname. l1as também há assuntos e st ritamente nacionais dos quais achamos que
d e VN.OS talar. ~ o caso, por ex emr; lo, do 3 t aniversário da Const i tuição roriu~uesa (pag. 4). aA mais umas páginas sobre temas vários, e quanto a bole tins, parece que é mais ou menos tudo.
O que se passa é que a no s sa actividade não é s6 o "Dennncia" , por
ml!ii o 1ue gostemos dele. Estamos a procurar formar uma bibl i oteca sob r e
tm':l, ls internacionais, e a t,en ta r obter ú.aterial para esse efei to. Para j ti ~ á -o (,ueo que te~:os est h tua di sposiçao se -luizeres cá vir (cá, à nossa
S ;::;l'l , beL. entendido).
N6s, co~o já dissemos, SOiliOS estudantes, e tu tambám, segundo cr e
- ·OS.· E bOS-:- nrialiios de ver es tud antes a trwbalhar conosco. Porque é que
não experiment as passar por cá um dia destes. das 5 e meia h.s 7 (ou a outras ~loras. se c~ es t ive rmos, o que é bFlstante provável) para terDOS uma cavaqueira amena sobre o nosso trabalho?
Ficacos h espera que apareças, portanto v@ se dás cá um saltir~o.
A Direcção do CEAI P.S .: Para os que gostam !. e po sters, tcoos um à venda na nossa sala,que,
quas e nos esqueciamos d e dizer, "8 sala 2.8 da AAC, no 2'
piso.
.. Ir \..
Comemora-se no próximo dia 2 de Abril o 32 Aniversário da entrada em vigclr da Constituição da ~epública lortuguesa.
êsta data tem um significado especial para o povo ? ortuguês, ~ois foi o dj,a em que as principais conquistas de .t1.bril, o·'otidas na luta diaria contra " fasci smo, o imperialismo e o capi talism2, ficaram consagradas na lei. j o Cél SO da :aefor~~ária , das nacionalizaçoes, do contrôle operário e de tant~Ls outras que lá ficaram ... expressas pela v ontade das massas populares.
~ certo que a C onstituig~o nao á a mais perfeita que pode existir, nem consagra todas_as r eivindi caç oes populares. No entanto, por via de uma gran de trélnsformaçao que existiu na soci~dade Fortuguesa:, e, apesar de a de~rminada altura durante a sua elaboraçao se ter iniciado a escalada das f~ . ças d.E! dire ita , nomeadamente a partir do 25 d e I~ovembro", a Assembleia Consti t1:l.irl te fo i forçada a i nscrever no texto da ;:';onsti t u içao algumas dessas conq[lüstas da movimentação popular que se seguiu ao 25 ~e Abril. , (r CEAI", t endo estes dados em conta, cons i dera que e justo associar-se a cClI:wmoraçao desta data. _ , - -- J'ara alem da consagraçao l~al de certas conquistas da revoluçao, a C • .a.P.; élemarca algums princípios ,a i serem se é,'U idos pelo Estado no capitu.lo da pol:b;:.ca externa . l'o omeadamente, diz-se no art e 7 2 n. 2 que "Portugal prec2-niza a aboliçao de todas as formas de imperialismo, colonlalismo e agressao o dE:sarmament o geral , simultâneo e controlado , a. dissoluçao dos blocos pol!ticc-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com v :, sta à criaçª,o de uma ordem i nternacional capaz de as s egurar a paz e a just:i.~; a nas r,elaçoes entre os povos~ E, no n Q 3," Fortugalr~conbece o direi to éI()~; ; povos a insurrei~ao contra todas as fo rmas d e opressao ••• n
J!:s tes princípios sao inteiramente ' justos, e deviam ter sido levados a cabü pelos sucess1vos governos l-ortugueses. No entff:to. vejamos ••
.ii. Const i t u i çao preconiza o fim dos blocos pol tico mUi tares . - Portu-gal p~: rtenc e a um ... bloco pol!tico-mili tar ãgressivo !.. a .E.A.TO. / , ~
J!. consti tuiçao preconiza o f im do i mp erialismo - Fortugal e um .dos me± lhoI'l'w aliados do imperialismo americano, nomeadamente ao permitir a utili-.. " , zaça.() da base a.er~a das Lages pelas Forças Aereas dos EUA;
j!. Consti tuiçao defende o desarmamento geral - o 0rçamento J eral do .6Stado atribui mais 2,5 milhões de contos às For ças Armadas este ano, enquanse restringem as verbas destinadas~ SaÚde e ~ucaçao;
A Constituição reconhece o direito dos povos se revoltarem contra a 0-.. . ., ,. pressao- naNONU o representante Fortugues abstem-s~ de votar uma moçao de congrt~ulaçao pela mudança política ocoprida no Irao.
~~anto ao problema de Timor-Leste, estado reconhecigo como país independente por vários pa{ses de t odo o ~·_und o, a Conati tuiçao obriga o Estado a promover o acesso desta ex-colón1a a independência total (art. 307 2 ). No entanto, desde 1975 que Portugal nao faz esfor ço nenhum neste sentido.
Surgem neste momento críticas e ataques dos sectores reaccionários à Constituição. ~ue não funfion~, que impede o desenvolvime~to económico, etQ ~ lógico que a Consti t u içao nao f ,;, nciona se os Ijovernos nao quiserem que ela funci~e. O que há a exigir neste 32 aniver sario da Lei Fundamental Portuguesa ~ que ela seja cumprida até ao fim em todos os seus aspectos, d~ mQ a q~e ela seja um instrume~to de mudança social, que é o seu papel, e nao um ::J.ns trumen~o de estagnaçao ·t a .. sociedade que permita o avanço da direita, e a destruiçao das conquistas tao duramente alcançadas depois de Abril.
I t •
r - ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO IRANIANA . '",,J ', . , ~
'1\
sa ,
Ainda há dois anos, a julgar pelas informações contidas na impre~
o Irão era um país em plena expansão econ6mica, que tentava criar
uma civilização ocidental no Médio Oriente , servindo-se para isso das
divisas, principalmente d61ares, provenientes da exploração das enormes
reservas petrolíferas do Paíse No entanto, num curto espaço de tempo o
paí s sofreu a modificação poli tica que todos conhecemos.
O que causou,de facto, a queda do Xá?
t necessário, para responder a esta questão, conhecer a realidade
ir~miana um pouco mais profundamente, uma vez que dizer simplesmente
qwa havia um líder religioso que, do seu exilio em Paris, conduziu v!
'I;oriosamente o movimento de mas sas que expulsou o Xá do Irão e instau
rou a Repúbl i ca Islâmica, é, no minimo, uma análise simplista.
Pela sua situação estratégica no Golfo pérsico, o Irão é um país
qUI~ pode c ontrolar o acesso, tanto terrestre como marítimo, ~ :índia e
ao Extremo Oriente, o que justifica que desde o Sec. XVII tenha sido
um país que atraiu os interesse s de várias potências. Ora, dado o s in
teresses econ6micos que a Ingl aterra tinha na índia até meados deste
S'cul o, o controle Inglês sobr e o Irão (e sobre todo o Médio Orien te)
f 'e z-se sentir ao longo de vári as dezenas de anos, e ainda hoj e a e-
r---,~:jstência de um pacto de defesa mútua (CENTO) agrupando o Paquistão,
CJ Irão, a Turquia e a Grã Bre t anha, é refl exo desse interesse bri tâni
cc. na r egião.
Com a descoberta do petr61eo, a disputa pelo contrale econ6mico
do J.iédio Oriente intensificou-se, até que em 1953 t um golpe de estado
apoiado pela CIA derrubou o Governo Democrát ico do 19 Ministro Moham
med Mossadegh e colocou no trono do Irão o actual xá Reza Pahlevi , que J
tinha sido forçado ao exílio em 1951. A partir daí, a economia irania-
na ficou colocada sob a direcção das grandes empresas petrOlíferas ame
ricanas (Golf, Exxon, Mobil).
O xá', sentindo-se apoiado pelos americanos t transforma-se num di
tador autocrático silenciando toda a oposiç~ot e criando uma pOlícia
política, a Savak, responsável por 100.000 presos políticos e 6.000
mortos até princípiOS de 1977. No cap!tu1o da política externa, o Irão transforma-se , aos
#$§Uletmi ""'&+H± m, •
no cão de guarda dos intere sses imperialistas americanos no Médio Orien
te , dispondo do mais bem armado exército da região, o qual conta com o
~ornecimento das mais so~ist icadas armas fabricadas nos EUA, além da pr~
sença de várias centenas de "cons elheiros militares" americanos. t de
realçar que o Irão é o único país da região que mantinha relaç~es diplo
máticas com o estado sionista d e Israel tendo-se mantido sempre prudent~
men'l;e a~astado das diversas gue rras entre tirabes e Judeus.
!~o plano interno, a poli tica d e modernizaçã.o e ocidentalização, deu
origel'l à criação d e um enorme :fosso entre as duas principais classes so
ciais :: uma burguesia opulenta, que v ive nos Bairros luxuosOS das gran
des c:Ldades (Teerão, Abadem, I s fahen) cujos rendimentos provêm das suas
liga.çiSes ou co o Comércio Petrolifero ou com as importaç~es de bens de
consultlo, e um campe sinato que vive na miséria, e que migra para as cida
des, I)nde se empregam nos se c tores industriais em formação, essencialmen -~
te :lla cons trução civil, metalurgia ou nos campos petrolí:feros, dando ori
gem a uma classe operoiria que vai progressivamente crescendo.
II ,. KHOMEINY - OS RELIGIOSOS NA CRISE
:3urpreendentemente, a reacção a este "status quo"parece surgir nã.o
do pr,)letariado ou da pequena e média burguesia liberal como é habitual
(um,a, 'v-ez que o exército apoiava o r egime) , mas sim dos sectores religio
sos, ~s quais surgem aos olho s da imprensa ocidental como os dirigentes
da re'volução iraniana , centrados n a figura do seu chefe espiritual, o Ay~
tolla,n Rubollah Khomeiny, exilado em Paris .
Se re:flectirmo s um pouco no f undamentali smo islâmico, (seguido à l~
tra pela seita chiita, talvez a mai s conserva dora das seitas muçulmanas)
e atentarmos nas leis pelas quai s se rege, talvez possamos encontra. al
gumas respostas para mais a lgumas perguntas.
Os chiitas são, com efei to , os mais acér rimos de:fensores daquilo a
que chamam o "modo de vida islâmiCO ", ou sej a , os costumes e tradiç~es
consagrados há séculos .
Isto justifica, por exemplo, os ataques e destruiç~es a cinemas, ba
res ' , considerados co~o s ímbolos do ocidente e do seu decadente
modo de vida. Para os chiitas, a d ivisão clas sista da sociedade é vista
como uma aberraçã.o, contrária à s leis de Alá , uma vez que o importante
a salvaguardar são os valores e spirituais que implicam sacri:fício, modés
tia, humi lda de e igualdade de t odo s os bomens perante Alá. Assim, partin-~! ('ONT.)
'P.A~ . 6
' .
-
do destes pressupostos, a situação politica no Irão é repugnante aos olhos
dos mo11ahs e dos ~atollahs, porque é contr ária às leis islâmicas. OUtra
das raz~es que levam os religiosos a levantarem-se contra o xá, é o facto
de que ele, X!, não é religioso , o que motiva desde logo grandes censu
ras e contestações.
A actividade política dos sectores religiosos iranianos é já anti
ga, mas no entanto, há dois anos, as mesquitas estavam vazias. As ra
z6e:5 que l evam ao súbito desenv olvimento da actividade política em tor
no dos chefes religioso s são outras . t que, a pesar da oposição estar si
lenciada, e actuar principalmente a partir d o estrangeiro (sobretudo a
par"cir da R .F.A. e da URSS), e x istiam lutas políticas de carácter reivi!!
dicativo. Foi o caso dos distúrbios na Universidade de Teerão e uma gre
ve dos operários petrolífero~.
Estas lutas, grandemente apo iadas pelos chiitas, únicos que dispu-
iam de uma rede de comunicaç~es eficaz, foram o despoletar da crise. As
mas:Jas começam a afluir ~s mesquitas, onde podiam receber in:formaç~es e
d:Lr l~ctivas pr!ticas . Surgem as sim as primeir as manifestaç~es de rua, que
r~lJ?:Ldamente alcançam um significa do poli tico, e que gradualmente se vão
ma:3Isificando até que uma chega a ter 4.000.000 de pessoas que gritam n
Hi)T'~e ao X!". Daí em diante, com o exér cito a tomar uma atitude absten
c :lonista, o X!, entre a espada e a parede , vê-se obrigado a nomear um 1 t
m;lltl.:i..stro civil (Shapur Bakhtiar) e a :fugir do país. Bakhtiar ten~ou acal
mar a crise, mas foi obrigado a autorizar a entrada de Khomeiny, e mais
tarde , a demitir-se em favor d e um 12 ministro nomeada por Khome iny, Meh
ll 3azargan .
lU - AS MASSAS - EVOLUÇÃO ACTUAL
A partir do momento em que concentraram o poder nas mãos, Khomeiny
e Bazargan apelaram ao fim das greves e à entrega das armas que estavam
nas mãos de elementos populares. No entanto, estes apelos não são aten
didos, continuando ainda por a lgum tempo a greve dos operários petrolí
feros, até à satisfação completa das suas reivindicaç~es, e existindo na
Universidade de Teerão ainda au las que tra tam de assuntos militares, no
meadamente de guerrilha urbana . Mais concretamente, o actualregime alte
rou muito pouco da situação social no Irão I é o caso da já chamada ligue!,
ra do cliador " (véu que as mulheres devem usar, segundo a tradição islâ-
mica). (eONI')
~~~·mmu·Mm""""""""""""",,""""""""SM, .... ea .............. """"~'"
Khomeiny ordenou a todas as mulheres que usem o chador, e imediata
mente numerosos grupos velam, mesmo à bofetada , para que todas as mulhe
res, is lâmicas ou não, se cubram dos pés à c abe ça com o véu, necessário,
s egundo os chiitas, para cobrir a "nudez feminina". As mulheres disseram
não, manifestaram-se, e as autor idade s foram obrigadas a retirar a proi
bição. No entanto, e apesar da si tuação governamental se ter alterado
con~;ic~eràvelmente , as manifestaçõ es de rua con tinuam , o que prova que a
luta não é s6 religi os a, mas tem u m a lcance mu ito mais profundo. Como
exemplo , temos a formação de uma Frente Nacional Democrática, que pre
tende agrupar to das as forças d emo cráticas e republicanas, pela ins
tauraç~ão de um poder civil, contr a o poder exclus ivamente muçulmano.
~;on cl uindo: O Irão ainda não d eu tud o o que tinha para dar I compete a gor a a o povo iraniano falar por s i, sem delegar a sua voz em
lídere s de ocasião.
~sperem o s para ver •••
bZ ....
hUITAd V0lES ~l E NÃO SE CALA}, • ••
_,<"
'f ~
&!I43Q 'M.
- ---A CHINA
ietname EOS
"GRANDES" 17 , J e :-' evereirú }la~-' s d ' (),p or í:mte
chine s a ao territ6 1 io viet-. ... . ll lvasno
n c'!l l t 'a, t odo o mundo ti e uma for y;!() ger a l
S . ' i n q 11 i r i u , L. a i s ou me n o E e s t u p e L i c to, S( D"'~~ ;~iaoT'i ng teria n e cJ i ,' o 'Jem as
r\: ~ercus sões do medida aC8 lJ;:1ll o de to
~2 r, o': se a China continuará fiel ~ te
ori a da +,,' rc ei ra Jue rra mund i a l ser i
nev i tável.
Porque ,na verdad e,o recent e acordo 'e '~ovembro en tre o Vietnan;e e a União
So viética,d o qual se extrai a possibi
l i.dade de auxilio n~ ilit a r no casô de
~ D vas~o estrange ira,poderia conduzir a
co nsequências mais drásticas do que até
n~ ora se verificar am .
Z isto ~orque se,para alguns a exp lic aç~o de"resposta taco-a-taco"
dada pela China (e t~o apre goada pe los arautos do i mp erial i sm o no oei
eJ ente)com çue ve io a justifi car a inva s~o do Vietname é satisfat6ria,
es sa mesma exp licaç~o aparec e aos olho s dos es pectadores ffi ais a ten t os
como uma desculpa necess~ria e não c omo j ustificaç~o válida.
o " EXAME DE APTI DÃ.O"
Toda a gente se ap ercebeu que o ataque desencadead o,emb ora r ec a ia
directa~ ente sob re o povo vi e tnam ita,se des t ina h União Soviética,e é uma prime ira prova de a p tidão par a a ent r ada da C ~ ina no orupo doS • "li-randes " . E Deno Xiao p ing escolheu b er:.! , quer a <l ata do " exa~n e de apti-
(eoNT· )
.'
dão" quer a "mat éria" . Co m efei to , a pre t exto da invasão vietnam i ta ao Camboja,que teria decidido a qued a do r eg i me de Pol Pot (reg i me que
todos sabem ser insustentáve l para o povo) a Ch ina resolveu a tacar um
aliado recente da V.R . S.S.,precisamente pou co depois de se l ar a "ami
zade"com os E.U.A.,os quais não s ã o a l heios á ofensiva,tanto Dais que a :pa1"tida lhe int eressa poi s p ara al ém da humilhação sofrida no Viet
naJ:!lfe nos anos 70,precisa s ubst i tu ir a perda de l ugare s chave no xaarez
inte :~acional pc omo seja a EtiÓpi a, o Af eganistão, parcialment e o Irão,e
ao mBsmo tempo abalar o pode r io s ov i ~ t ~ co.
E. V .A. CON TCT~')ORSS DA IfI'V ASÃO?·
!uta 1L "~s io chinesa ao Vi e tname est~ : n timamente liba~a com, o es
tahelecimento d e relações enfr e a China e os Estados Un idos, e conse- -------o
quente visi t a de Deng Xiaopinb a T6qu io e Washington. RI~lac ionando agora os f act os , verifica- se cur i osamente que Deng Xi
aOJ):Lng falando no momento num 'Cr zada comum- Estados Uni a os,China,
Eur'l)ila, Japão-contr a a Un i ão Sovi é t ica, e cons iderando que a invasão
viotnamita ao Camboja não era uma qu estão encerra da ,tinha já preparada lilft1resposta"a dar ao Vie tnan.e.E é ma is que provável que os Estados
Un :Ldos estavam "senhore s do s egre do",emb or a, como é evidente,nã~ esti
vem ~; lí,m interessados em divu l gá-lo ~
QUE F Th!?
]'osteriormente os E.U.A ., com o modo qu e lhe é peculia r,vêm solici
tar aos chineses que re t i rem do Vietname , a ss im co mo aos vietnarr:itas
qut:! ]'etirem do Camboja,convi te est e que é imediatamente apoiado por ~
OU1 .• :!:'I)S país es,nomeadamente a nomén ia e a J ugoslávia,numa tentativa
clé:I:I:"n de mistifi car a quest ão, colo cando no mesmo r lano a invasão chine~:: a e a vi etnami ta.
t evid ente que este convi t e v em de encontro aos desej o s de Dene Ài
aoping,po i s possibilitava-lhe , além de col oca r no Camboja um governo
pr6-chin~s, ficar apto no I!! exame ao lado dos "Grande s " , a o a. esmo tem
po que lhe ev itava o ri sco de ter de aband onar forçosamente o Vietname,poi s está agora a verificar que o Vie tname , c om t oda a expe r i ência
de luta do s anos 70 con tra o i mperi alismo ameri can o! é um " os so duro de
roer" • A confirmar as intenç ões s i no-americanas, v i de os prime i r os "rumores"
chegados s obre as "ques t ões f r ontei riç a s"com o Laos.
RT ,
?A 6. 10
...
7 de ABRIL - DIA DA MULHER MOÇAMBICANA
Quando o i-ovo )lloçamb ica.'1o pegou em armas, tinha como ob j e c tivos a a
t ingir, adquirir a independ~ncia e a liber d ade que lhe eram n egadas . .::ntre
tanto , como s e poderiam at iúci r esses obj ectivos s em atrair a mulher para f
luta? , ... ' t · ... A mulher , ate entao estava presa a pr a lcas e concepç oes t r adicionalj . .,!
tas qu e a colocavam como ob ject o d ~ compra e venda (lobolo ) , p Jl i gamia, et<
bem cono ao mecani smo d e alienação c ol onial que se cow'ü ina e jus tapõe ::::om ...
pri meira s i t ~açao .
Com o d ecorr er da guerr~ , a i n t egração e par t i c i pação da mU .. 1her em to·
d " ,., ~.J- 1 " +' . d ' ... af + os os a.OInlUl OS e um ! ac "o, evanct o-a a pa r .. lclpar nas eCls ces queec \.I aJ
destino de I· ... o9Q.mbique.
~: oje, d_~corridos quase três anos d e sde a inde pendê::lcia de 1·.oçamb j.qu6 ,l
a sua ac ção e intervenção continuam,em r itmo cada vez 'mais f i rme e preci
so, a manifestar-se. Podemos a ssim af irmar, c omo Sa r::ora J. .. a.chel, qu e !la 11-N , ~
bert aça o da D'\.LL: e r e 1lr:la neces nidad e da R.e oluçao, garémt ia. da sua cont i-nuidade , c onc. i ção do s e tr i unfo"
VIVA O 7 DE iU3RIL, DI A DA LULtL;l1 l~l OÇAJ·. J3 IC ~.JL~!
JÁ .A.C J~l~-i lST 3 D.3 L f<1 ·) ~~ .. O ttDY!!rmNC IA"?
SE GOS TASTE OU TENS ~UG"'STÕ l<" "t ... ' 15 .uv DAB.-N08
SOBRE O NOSSO TRABALHC, PASSA PELA SALA 208
DA Â. A.. c. DE SEGUNDA Â SEX'l'A JURA, D.AS
17,30 ÀS 19 HORAS.-..,
( g UATURli ESTAR}.üS A OUTB.AS R<RÂS )
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