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I Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas I Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas autoria . Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientais equipe . Alexandre Hodapp | Andrea Castro | Daniela Perre | Fernando Rodrigues | Rafael Borges localização . São Bernardo do Campo, SP data do projeto . 2012-2014 contratante . Município de São Bernardo do Campo BATISTINI, RUA DAS FLORES E VILA DO BOSQUE área de reassentamento (contígua ao núcleo) unidades consolidadas unidades produzidas equipamentos comunitários produzidos Localizados na Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Billings, no município de São Bernardo do Campo, os assentamentos Batistini, Rua das Flores e Vila do Bosque contarão com ações que incluem não só obras de urbanização, produção habitacional e de edificações comerciais e de uso comunitário, como também aquelas relacionadas à recuperação ambiental, regularização fundiária e desenvolvimento social. A configuração atual dos assentamentos em questão se deu a partir da década de 1990, através de ocupações espontâneas, bem como, através de ações do poder público que alojou ali famílias removidas de áreas afetadas por enchentes. Esta ocupação provisória, acabou transformando-se em definitiva e determinando dois modos de ocupação do espaço com características distintas: um mais consolidável, com vias definidas e pequenos lotes regulares e outra desordenada, com vielas estreitas e moradias superpostas. Estão situados em matrículas públicas da PMSBC, com área de aproximadamente 100 mil m². O levantamento cadastrou 1.968 imóveis, predominantemente de uso residencial (87%) e de baixa renda (70% até 3 SM vigentes na época do cadastro). A ocupação é extremamente densa, 808 hab/ha nas porções edificadas, mas conta com alguns vazios (dois campos de futebol e uma área de mata) que serviram como “respiros” para o novo parcelamento. O Diagnóstico Integrado contou com análises socio-econômica, urbanística, ambiental, fundiária e de infraestrutura. Além disso, foram realizadas oficinas temáticas com a população para levantamento de demandas e para trabalhar conceitos ambientais e de urbanização. A avaliação combinada dos mapeamentos de precariedade do imóvel, da ocupação e da infraestrutura resultou na consolidação de 75% dos imóveis. As moradias consolidadas receberão kits de melhorias de acordo com os problemas levantados caso a caso. Alguns imóveis serão removidos (25%) por estarem em áreas de risco, por serem imóveis muito precários ou pela necessidade de passagem de infraestrutura. Entre eles, cerca de 65% serão atendidos na própria área da urbanização e 35% na área de reassentamento contígua. Na área da urbanização, a reposição de moradias será feita através de duas tipologias: uma unifamiliar evolutiva, concebida para ocupar um lote isolado onde havia uma unidade precária cercada de consolidáveis (inicialmente térrea com 1 dormitório, podendo ser ampliada pelo morador); a outra tipologia é um edifício de três pavimentos, com unidades de 1 e 2 dormitórios, adaptado ao gabarito existente e podendo ser geminado em uma das faces aos imóveis consolidados. Foi ainda prevista uma tipologia para a reposição de usos comerciais e religiosos. Os equipamentos comunitários removidos também serão repostos: dois campos de futebol serão substituídos por um único, de melhor qualidade, a ser compartilhado pelos dois clubes locais, cujas sedes serão transferidas para um novo Centro Esportivo, com vestiários e salão para eventos. A Associação de Moradores, ocupará um novo edifício com melhor qualidade construtiva e inserção próxima a outros equipamentos comunitários. Contíguo à área da urbanização há um terreno municipal cedido à Associação Santo Inácio (entidade de inclusão de jovens com deficiência mental). Parte desse terreno será utilizado como área de reassentamento, onde serão construídas habitações para as famílias a serem transferidas do núcleo e de dois assentamentos da área de mananciais. A Associação Santo Inácio terá seus edifícios reconstruídos em uma porção menor deste mesmo terreno. Por limitações do PMCMV, o projeto que previa áreas públicas entre os edifícios com unidades de 1, 2 e 3 dormitórios, passou a ser organizado em condomínios com apenas 2 dormitórios. Com relação a infraestrutura pública de todo o núcleo, teremos: correção de todas as áreas de risco geotécnico; fornecimento de água potável e de energia elétrica, coleta e afastamento de esgoto sanitário; drenagem de águas pluviais, coleta de resíduos sólidos, readequação do sistema viário e pavimentação das ruas; aumento das áreas verdes e das áreas permeáveis (apesar da canalização do córrego e da descaracterização das APPs, em virtude da consolidação da ocupação) e espaços públicos verdes e de lazer, a partir da criação de 3 novas praças: Praça da Memória - um talvegue com recuperação ambiental onde havia uma das nascentes, encaminhando as águas pluviais para a drenagem subterrânea; Praça do Olho D’água - o córrego canalizado ficará a céu aberto neste trecho; Praça Institucional - articulará os novos equipamentos comunitários e abrigará uma arquibancada para o campo de futebol e uma pista de skate. DIAGNÓSTICO unidades habitacionais evolutivas em lotes resultantes de remoções isoladas centro esportivo e praça institucional praça da memória praça do olho d’água passagem de pedestres quebrando quadras muito extensas novos condomínios na área de reassentamento PROJETO DE URBANIZAÇÃO UHs precárias a serem removidas miolos de quadra com difícil acesso risco de deslizamento poucos acessos ao núcleo área de risco de alagamento associação santo inácio novos condomínios na área de reassentamento ecoponto centro esportivo e praça institucional associação de moradores academia da saúde praça do olho d’água praça central praça da memória passagem de pedestres quebrando quadras muito extensas unidades habitacionais evolutivas em lotes resultantes de remoções isoladas 2 1 5 3 4 6 1 2 3 4 5 6

I Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas

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Posteres enviados para o I Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas, realizado na UFABC em novembro de 2014.

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I Seminário Nacional sobre Urbanização de FavelasI Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelasautoria . Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientaisequipe . Alexandre Hodapp | Andrea Castro | Daniela Perre | Fernando Rodrigues | Rafael Borgeslocalização . São Bernardo do Campo, SPdata do projeto . 2012-2014contratante . Município de São Bernardo do Campo

BATISTINI, RUA DAS FLORES E VILA DO BOSQUE

área de reassentamento (contígua ao núcleo) unidades consolidadas unidades produzidas equipamentos comunitários produzidos

Localizados na Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia

Billings, no município de São Bernardo do Campo, os assentamentos Batistini,

Rua das Flores e Vila do Bosque contarão com ações que incluem não só obras

de urbanização, produção habitacional e de edifi cações comerciais e

de uso comunitário, como também aquelas relacionadas à recuperação ambiental, regularização fundiária e desenvolvimento social.

A confi guração atual dos assentamentos em questão se deu a partir da

década de 1990, através de ocupações espontâneas, bem como, através de

ações do poder público que alojou ali famílias removidas de áreas afetadas por

enchentes. Esta ocupação provisória, acabou transformando-se em defi nitiva e

determinando dois modos de ocupação do espaço com características distintas:

um mais consolidável, com vias defi nidas e pequenos lotes regulares e outra

desordenada, com vielas estreitas e moradias superpostas.

Estão situados em matrículas públicas da PMSBC, com área de

aproximadamente 100 mil m². O levantamento cadastrou 1.968 imóveis,

predominantemente de uso residencial (87%) e de baixa renda (70% até 3 SM

vigentes na época do cadastro). A ocupação é extremamente densa, 808 hab/ha

nas porções edifi cadas, mas conta com alguns vazios (dois campos de futebol e

uma área de mata) que serviram como “respiros” para o novo parcelamento.

O Diagnóstico Integrado contou com análises socio-econômica,

urbanística, ambiental, fundiária e de infraestrutura. Além disso, foram realizadas

ofi cinas temáticas com a população para levantamento de demandas e para

trabalhar conceitos ambientais e de urbanização. A avaliação combinada dos

mapeamentos de precariedade do imóvel, da ocupação e da infraestrutura

resultou na consolidação de 75% dos imóveis.

As moradias consolidadas receberão kits de melhorias de acordo

com os problemas levantados caso a caso. Alguns imóveis serão removidos

(25%) por estarem em áreas de risco, por serem imóveis muito precários

ou pela necessidade de passagem de infraestrutura. Entre eles, cerca de

65% serão atendidos na própria área da urbanização e 35% na área de

reassentamento contígua. Na área da urbanização, a reposição de moradias

será feita através de duas tipologias: uma unifamiliar evolutiva, concebida

para ocupar um lote isolado onde havia uma unidade precária cercada de

consolidáveis (inicialmente térrea com 1 dormitório, podendo ser ampliada

pelo morador); a outra tipologia é um edifício de três pavimentos, com

unidades de 1 e 2 dormitórios, adaptado ao gabarito existente e podendo

ser geminado em uma das faces aos imóveis consolidados. Foi ainda prevista

uma tipologia para a reposição de usos comerciais e religiosos.

Os equipamentos comunitários removidos também serão repostos:

dois campos de futebol serão substituídos por um único, de melhor

qualidade, a ser compartilhado pelos dois clubes locais, cujas sedes serão

transferidas para um novo Centro Esportivo, com vestiários e salão para

eventos. A Associação de Moradores, ocupará um novo edifício com melhor

qualidade construtiva e inserção próxima a outros equipamentos comunitários.

Contíguo à área da urbanização há um terreno municipal cedido à

Associação Santo Inácio (entidade de inclusão de jovens com defi ciência

mental). Parte desse terreno será utilizado como área de reassentamento,

onde serão construídas habitações para as famílias a serem transferidas do

núcleo e de dois assentamentos da área de mananciais. A Associação Santo

Inácio terá seus edifícios reconstruídos em uma porção menor deste mesmo

terreno. Por limitações do PMCMV, o projeto que previa áreas públicas entre

os edifícios com unidades de 1, 2 e 3 dormitórios, passou a ser organizado

em condomínios com apenas 2 dormitórios.

Com relação a infraestrutura pública de todo o núcleo, teremos:

correção de todas as áreas de risco geotécnico; fornecimento de água

potável e de energia elétrica, coleta e afastamento de esgoto sanitário;

drenagem de águas pluviais, coleta de resíduos sólidos, readequação do

sistema viário e pavimentação das ruas; aumento das áreas verdes e das

áreas permeáveis (apesar da canalização do córrego e da descaracterização

das APPs, em virtude da consolidação da ocupação) e espaços públicos

verdes e de lazer, a partir da criação de 3 novas praças: Praça da Memória

- um talvegue com recuperação ambiental onde havia uma das nascentes,

encaminhando as águas pluviais para a drenagem subterrânea; Praça do Olho D’água - o córrego canalizado fi cará a céu aberto neste trecho; Praça Institucional - articulará os novos equipamentos comunitários e abrigará

uma arquibancada para o campo de futebol e uma pista de skate.

DIAGNÓSTICO

unidades habitacionais evolutivas em lotes resultantes de remoções isoladas

centro esportivo e praça institucional

praça da memória

praça do olho d’água

passagem de pedestres quebrando quadras muito extensas novos condomínios na área de reassentamento

PROJETO DE URBANIZAÇÃO

UHs precárias a serem

removidas

miolos de quadra com difícil acesso

risco de deslizamento

poucos acessos ao núcleo

área de risco de alagamento

associação santo inácio

novos condomínios na área

de reassentamento

ecoponto

centro esportivo e praça institucional

associação de moradores

academia da saúde

praça do olho d’água

praça central

praça da memória

passagem de pedestres quebrando

quadras muito extensas

unidades habitacionais evolutivas em

lotes resultantes de remoções isoladas

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autoria . Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientaisequipe . André Drummond | Andrea Castro | Dimitri Pinheiro | Maria Rita Horigoshi | Nunes Reis | Rafael Pereiralocalização . Várzea Paulista, SPdata do projeto . 2010-2011contratante . Prefeitura Municipal de Várzea Paulista

NÚCLEO SIRIEMAI Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas

PROCESSO DE PROJETO

O quadro de ocupação urbana encontrado na área, o qual

mescla precariedade construtiva das habitações com áreas de

preservação permanente, defi niu a necessidade de remoção total das habitações existentes. Em sua porção inferior, a ocupação mais

consolidada encontrava-se em área de preservação que deveria ser

liberada para dar lugar a um projeto de recomposição fl orestal. Em sua porção superior, a ocupação caracterizada por habitações de

grande precariedade não apresentava condições de consolidação e

demandava remoção total.

Partindo dessa constatação, um processo de

desenvolvimento coletivo de projeto foi realizado buscando

envolver os moradores na tarefa de produzir novas habitações

adequadas às necessidades do local e da população. Para tanto,

ofi cinas de projeto e leitura do espaço construído, que

incluíam estratégias de educação ambiental e geração de renda, foram realizadas como meio de aprimorar a organização

social das famílias. Em geral, as atividades desenvolvidas foram

estruturadas de modo a suscitar discussões que tivessem a dimensão

“macro” como ponto de partida e a “micro” como ponto de

chegada: da cidade para o núcleo, do coletivo para o individual,

do público para o privado, etc. A opção por esse procedimento

teve o intuito de compensar a tendência dos moradores de focar

exclusivamente o problema da casa, obscurecendo – ou mesmo

esquecendo – aspectos importantes como a concepção das áreas livres, das redes de infra-estrutura e das relações do

assentamento com contexto mais amplo da cidade.

As preferências colocadas pelas famílias apontaram a baixa

aceitação à idéia de convivência em edifícios verticalizados bem

como a possibilidade de gestão coletiva de espaços condominiais.

Em boa medida, tais preferências refl etiram as difi culdades de

sociabilidade vigentes na realidade local, colocando o desafi o

de pensar o projeto a partir da diminuição de espaços semiprivados – como corredores de circulação e escadas coletivas

–, além da busca por diminuir a incidência de vizinhança vertical. As crianças foram incorporadas em algumas atividades

desenvolvidas especifi camente para elas, percorrendo os locais com

máquinas fotográfi cas e desenhando as áreas e equipamentos de

lazer onde gostariam de brincar.

O Núcleo Siriema está assentado em

terreno público de 5.124,50 m², localizado na

região Norte do município. Trata-se de região de

ocupação recente sobre uma área da cidade dotada

de infra-estrutura precária.

O núcleo encontra-se parcialmente assentado

sobre Área de Preservação Permanente,

confi gurada a partir de raio de 50 metros da

nascente de um afl uente direto do Rio Jundiaí.

Esta APP ocupa área de 1.052 m² da porção sul da

gleba, o que implica em condições específi cas para

sua ocupação. Sua topografi a possui declividade média de 20% e conta com alguns pontos

críticos de risco de desabamento. As redes de

infra-estrutura, apesar de servirem a Rua Siriema,

se distribuem internamente ao núcleo de forma

improvisada e irregular.

A gleba encontra-se atualmente ocupada

por cerca de 65 famílias de baixa renda,

as quais residem em habitações precárias auto

construídas. Em cota inferior da gleba encontra-

se uma ocupação mais consolidada, constituída

de residências erguidas em concreto armado e

alvenaria de vedação. Já em sua parte superior

encontra-se uma ocupação mais rarefeita e precária

constituída de residências na maioria dos casos

erguidas em madeira.

A proposta de ocupação da área buscou

respeitar a geografi a do terreno, tirando proveito

da mesma a fi m de viabilizar uma ocupação ao

mesmo tempo de alta densidade e baixa verticalização. A solução de dispor as edifi cações

de forma linear paralelamente às curvas de nível

possibilitou a criação de dois acessos em níveis distintos. Esta solução permitiu que tanto as

unidades habitacionais localizadas no pavimento

térreo como as localizadas no primeiro pavimento

pudessem ser acessadas em nível, eliminando

a necessidade de escadas de acesso coletivo.

Duas tipologias duplex foram implantadas no

segundo pavimento a fi m de viabilizar seu acesso

apenas através de um lance de escada e permitir

o aumento do número de unidades habitacionais implantadas.

As unidades habitacionais foram agrupadas de

duas formas distintas, de acordo com sua posição

na implantação:

• 03 unidades habitacionais tipo duplex sobrepostas, organizadas em quatro pavimentos,

além de uma área de uso múltiplo sob uma das

unidades. Cada unidade possui 2 dormitórios, sala,

cozinha, banheiro e área de serviço, totalizando

48,71m ² de área construída, e as unidades de

uso múltiplo possuem 23,89m² composta por um

ambiente único além de um banheiro.

• 04 unidades habitacionais, organizadas em

quatro pavimentos. O pavimento térreo possui 01

unidade habitacional com 03 dormitórios e área

construída de 52,52m², podendo ser substituída

por uma unidade adaptada para portadores

de necessidades especiais com 2 dormitórios. O

primeiro pavimento possui 01 unidade de 02 dormitórios e mais uma área de estudo,

além de sala, cozinha e banheiro, com área

construída de 51,86m². Por fi m, no segundo

pavimento localizam-se 02 unidades duplex de

48,71m² dispostas lado a lado, com acesso por um

corredor externo.

Além das unidades habitacionais, um centro comunitário foi implantado na cota mais alta

do terreno para que seja possível a organização de

um centro de referência para o bairro, viabilizando

futuras formas de organização popular e de

geração de renda.

A solução de parcelamento do solo e de posse

da terra foi estabelecida de forma que as áreas coletivas fossem demarcadas como áreas públicas, a serem gerenciadas pela prefeitura

local. Dessa forma, os custos de manutenção serão

de responsabilidade pública, não incidindo sobre a

renda dos moradores da área. Já a propriedade das

habitações será concedida através de um termo de

Concessão de Direito Real de Uso, no qual

a propriedade permanece nas mãos da prefeitura

local, mas o direito de uso é transferido ao morador

mediante condições de manutenção do imóvel.

Dessa forma, o empreendimento passa a cumprir

de forma mais efi ciente sua função social de prover

habitação de qualidade à famílias de baixíssima

renda.

Uh duplex - 2 dormitórios Equipamento comercial Uh horizontal - 3 dormitórios Uh horizontal - 2 dormitórios Uh duplex - 2 dormitórios Uh duplex - 2 dormitórios

Legenda:

DIAGNÓSTICO

APP de nascente - 50m

UHs de madeira a serem removidas

UHs de Alvenaria a serem removidas

APP de córrego - 30m

várzea paulista

jundiaí

RMCampinas

RMSP

Vista 1

1

2

3

Vista 2

Vista 3

PROJETO DE URBANIZAÇÃO

I Seminário Nacional sobre Urbanização de FavelasI Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelasautoria . Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientaisequipe . Alexandre Hodapp | André Drummond | Angela Pilotto | Marina Barrio | Michele Souzalocalização . São Bernardo do Campo, SPdata do projeto . 2010-2011contratante . Município de São Bernardo do Campo

CAPELINHA / COCAIA

A urbanização integrada dos assentamentos precários Capelinha e Co-

caia está localizada em Área de Proteção e Recuperação de Mananciais da Bacia

Billings, no município de São Bernardo do Campo. As ações previstas no projeto

combinam obras de urbanização e produção habitacional com a regularização fundiária, o desenvolvimento social e a promoção da recuperação ambiental.

O assentamento precário Capelinha situa-se numa área particular de

154.600m² e possui ocupação predominantemente residencial. É cercado por

áreas de preservação ambiental e está isolado da malha urbana. Sua ocupa-

ção iniciou-se no início dos anos 1980 e ali residem hoje 826 famílias de baixa

renda. Há um sistema viário precário que ainda assim estrutura grande parte do

acesso às moradias. Há algumas grandes quadras com áreas de acesso restrito.

Não há rede de abastecimento de água, de coleta e afastamento de esgoto ou

de drenagem. O abastecimento de água se dá através de caminhão pipa e poços

artesianos. Os equipamentos públicos que atendem a população estão a 3,5 km

de distância. O núcleo possuia duas nascentes: a primeira dá origem a um córre-go atualmente contaminado com resíduos lançados pelas construções e con-

fi gura uma Área de Preservação Permanente, a segunda foi descaracterizada,

por conta da ocupação irregular e do uso intenso do local.

O assentamento precário Cocaia é um pequeno loteamento irregular tam-

bém cercado por áreas de preservação ambiental, distante 2Km do núcleo Ca-

pelinha. O loteamento foi parcialmene implantado, restando alguns vazios que

permitirão a articulação dos dois núcleos, através da ocupação destas áreas para

reassentamento de famílias originárias do Capelinha.

O Diagnóstico Integrado combinou dados socio-econômicos, urbanísti-

cos, ambientais, e de infraestrutura.

A proposta de intervenção é resultado da sobreposição da análise da

localização dos domicílios - áreas de risco e áreas de preservação permanen-

te - e da análise das condições de habitabilidade das edifi cações existentes.

A partir disso, foram defi nidas novas vias de circulação de veículo e pedes-

tres para permitir melhor acessibilidade, a interligação das redes de água e

esgoto às unidades dos miolos de quadra, criar uma barreira física entre os

lotes e as APPs e subdividir as extensas quadras existentes. A partir das con-

dições de habitabilidade foram defi nidas áreas de remoção para produção

de novas habitações a fi m de viabilizar o reassentamento das famílias remo-

vidas de outras partes da gleba dentro da própria área.

Tanto as áreas de implantação de novo sistema viário quanto as áreas

de produção de novas edifi cações foram localizadas de modo a remover

o menor número de moradias e coincidir com locais com concentração

de moradias precárias. O objetivo foi fragmentar os grandes quarteirões,

aproveitando os miolos de quadra para abertura de novas vias de acesso e

para novos bolsões de provisão habitacional.

Duas tipologias habitacionais foram propostas. A TP_01 articula quatro

unidades habitacionais, mesclando unidades de um dormitório (38,20m²),

de dois dormitórios (48,50m² e 52,10m²) e de três dormitórios (66,90m²),

além de unidades adaptadas para portadores de defi ciências físicas. Esta

tipologia foi criada procurando atender aos lotes mais ortogonais.

Já a TP_02 articula duas unidades habitacionais em edifi cações de três

andares. As unidades de dois quartos, com 54,10m² e 58,90m², organizam-

-se com desnível de meio pavimento entre os cômodos. Este desnível permi-

te melhor adequação da implantação aos desníveis do terreno. A articulação

entre esta tipologia cria pequenas praças de convívio, espaços semipúbli-

cos de transição entre as unidades privadas de moradia, com acesso indivi-

dualizado, e as áreas públicas.

As edifi cações consolidadas receberão kits de melhoria habitacional de acordo com os problemas físicos levantados. Haverá obras de infraestru-

tura de água, coleta de esgotos, drenagem, geometria das vias, pavimenta-

ção e correção de riscos geotécnicos.

Por fi m, uma extensa área de recuperação ambiental foi proposta

ao longo do principal córrego do terreno. Haverá tanto um projeto de re-

composição da mata nativa quanto um parque linear, a fi m de permitir

uma suave transição entre as edifi cações e o leito de água. Na parte mais

plana da área, na várzea dos córregos que delimitam os limites do terreno,

será implantado um grande deck de madeira e um campo de futebol a

fi m de criar áreas de lazer capazes de servirem a comunidade, ao mesmo

tempo em que funcionam como áreas naturais de alagamento em períodos

de chuva intensa.

DIAGNÓSTICO

detalhe condomínio 1

detalhe condomínio 2

PROJETO DE URBANIZAÇÃO

tipologia 2 - 2 dormitórios tipologia 2 - 2 dormitórios tipologia 1 - 3 dormitórios tipologia 1 - 1 dormitório centro comercial

APP de nascente de 50m

APP de 30m

APP de 15m

UHs precárias a serem

removidas

miolos de quadra com difícil acesso

áreas de risco de deslizamento ou

alagamentoAPP de declividade

condomínio 1

condomínio 2

autoria . Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientais

data dos projetos . 2005-2014

BANCO DE TIPOLOGIAS HABITACIONAIS

2 dorm. 1 dorm.

0 1 2 5

imóveis precários remoção produção

habitação + comércio

unidade entreguetérreo

1 dorm.

unidade ampliadatérreo pavimentos 1 e 2

2 dorm.

0 1 2 5

imóveis precários remoção produção

2 dorm. duplex

com possibilidade de ampliação

0 1 5

articulações da tipologia

térreo pavimento 1

pavimento 2

510 10

articulações da tipologia

0 2 51

0 51 2

0 1 5 10

0 1 5 10

0 1 5 10

0 1 5 10

0 1 5 10

0 1 2 5

1 dorm.

2 dorm.

3 dorm.

2 dorm.

subsolo e pavimento tipo

2 dorm. 2 dorm.

2 dorm. duplex 2 dorm.

2 dorm.

3 dorm.

comércio

térreo pavimento 2

pavimento 1 pavimento 3

2 dorm. 2 dorm. 3 dorm.

I Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas

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