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1 “I SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL UNIVERSITÁRIA E EDUCAÇÃO SOCIOCOMUNITÁRIA” Apresentação Em 2009, no âmbito da Conferência Mundial de Ensino Superior sobre Novas Dinâmicas de Ensino Superior e Investigação para a Mudança e o Desenvolvimento da Sociedade, a UNESCO apresentou um comunicado, no âmbito do qual definiu algumas das principais linhas orientadoras dos compromissos a assumir pelas instituições do Ensino Superior em termos de Responsabilidade Social. Entre estas destacam-se o desenvolvimento do conhecimento e respostas em torno de várias problemáticas que envolvem questões culturais, científicas, económicas e sociais da Sociedade à sua volta; a ampliação do seu foco interdisciplinar e a promoção do pensamento crítico e da cidadania ativa; o contributo ativo para a educação de cidadãos éticos, comprometidos com a construção da paz, a defesa dos direitos humanos e os valores da democracia; bem como a sua responsabilidade em fornecer mais informação e transparência relativamente à sua missão e desempenho. No presente simpósio, procurar-se-á dar a conhecer o trabalho desenvolvido, desde 2012, pelo consórcio de investigação internacional que, em parceria com um grupo de investigadores da UNISAL/Americana, acolhe o 1º Seminário internacional de Responsabilidade Social Universitária e Educação Sociocomunitária. O historial deste grupo de trabalho, os seus objetivos de investigação e intervenção na área, as ferramentas metodológicas em que tem vindo a sustentar a sua pesquisa e alguns dos resultados da mesma serão alvo de exploração. Os desafios de aprofundamento e expansão que se propõe abraçar num futuro próximo estarão também em foco neste simpósio.

I SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE RESPONSABILIDADE … · Contato: [email protected] O presente trabalho tem como objetivo investigar e refletir o processo de formação docente

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“I SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE

RESPONSABILIDADE SOCIAL UNIVERSITÁRIA

E EDUCAÇÃO SOCIOCOMUNITÁRIA”

Apresentação

Em 2009, no âmbito da Conferência Mundial de Ensino Superior sobre Novas

Dinâmicas de Ensino Superior e Investigação para a Mudança e o Desenvolvimento da

Sociedade, a UNESCO apresentou um comunicado, no âmbito do qual definiu algumas

das principais linhas orientadoras dos compromissos a assumir pelas instituições do

Ensino Superior em termos de Responsabilidade Social. Entre estas destacam-se o

desenvolvimento do conhecimento e respostas em torno de várias problemáticas que

envolvem questões culturais, científicas, económicas e sociais da Sociedade à sua volta;

a ampliação do seu foco interdisciplinar e a promoção do pensamento crítico e da

cidadania ativa; o contributo ativo para a educação de cidadãos éticos, comprometidos

com a construção da paz, a defesa dos direitos humanos e os valores da democracia;

bem como a sua responsabilidade em fornecer mais informação e transparência

relativamente à sua missão e desempenho. No presente simpósio, procurar-se-á dar a

conhecer o trabalho desenvolvido, desde 2012, pelo consórcio de investigação

internacional que, em parceria com um grupo de investigadores da UNISAL/Americana,

acolhe o 1º Seminário internacional de Responsabilidade Social Universitária e

Educação Sociocomunitária. O historial deste grupo de trabalho, os seus objetivos de

investigação e intervenção na área, as ferramentas metodológicas em que tem vindo a

sustentar a sua pesquisa e alguns dos resultados da mesma serão alvo de exploração. Os

desafios de aprofundamento e expansão que se propõe abraçar num futuro próximo

estarão também em foco neste simpósio.

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Resumos

BRASIL

[1] EXTENSÃO COMO RESPONSABILIDADE SOCIAL UNIVERSITÁRIA

Profª. Ms. Regina Vazquez Del Rio Jantke

Pro-Reitora de Extensão - UNISAL

Profª Drª Sueli Maria Pessagno Caro

Mestrado em Educação – UNISAL

Contato: [email protected]

Este trabalho pretende abordar o papel da Extensão Universitária como exercício da

cidadania e como uma ação da responsabilidade social universitária. A Extensão é o

processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma

indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a universidade e a sociedade.

Portanto, a responsabilidade social deve estar presente na formação dos estudantes para

uma extensão que proporcione ações sociais eficazes e para uma mudança de valores

que permanecerão na vida profissional futura. O estudante em formação precisa estar

consciente de sua cidadania, pois só assim será capaz de construir seus conhecimentos

em benefício da sociedade. A construção de uma extensão universitária preocupada com

as questões sociais está diretamente relacionada com o desenvolvimento da cidadania de

seus participantes. É um espaço privilegiado para que o saber científico e o popular

façam parte da construção de novos conhecimentos e consequentemente, da

transformação social. A cidadania, que deve estar presente no contexto de aprendizagem

das instituições de ensino superior, apresenta-se como um importante aspecto a ser

considerado pela extensão. Para coleta de dados, foram realizadas entrevistas semi-

estruturadas, com uma questão sobre extensão e formação do cidadão para 119

estudantes de 17 instituições de ensino superior. Realizou-se a análise de conteúdo das

respostas e concluiu-se que os dados obtidos pelas entrevistas apontam o

desenvolvimento de uma nova concepção de Extensão Universitária. Também

demonstra a necessidade de um grande trabalho de conscientização por parte do corpo

docente e discente das instituições. A extensão deixará de ser uma prestação de

serviços, numa perspectiva assistencialista, quando for visualizada como um processo

pedagógico que busca a formação cidadã para a conquista de uma sociedade

efetivamente de direitos. Enfim, a responsabilidade social da universidade está em ter a

extensão como construção da cidadania dos alunos e preservar a promoção humana, por

meio da seriedade, da competência e da luta pelos direitos sociais.

Palavras-chave: responsabilidade social, extensão universitária, cidadania.

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[2] A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA CONCEPÇÃO DA TEORIA DA

ATIVIDADE: CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO SOCIOCOMUNITÁRIA

Profa Ms Maria Luiza Vechetin Begnami

UNISAL/docente do curso de graduação em Pedagogia

Contato: [email protected]

O presente trabalho tem como objetivo investigar e refletir o processo de formação

docente como uma atividade, nos moldes da teoria preconizada pela autora Nina

Talízina, na hipótese de que é que é através do trabalho/atividade que o sujeito

transforma o mundo, construindo a cultura junto ao mundo natural já existente. Por

meio da atividade/ação é que o sujeito pode modificar o mundo e a si mesmo, produzir

cultura e se auto produzir, cada vez mais, com uma nova visão de mundo e de si

mesmo. Este trabalho se justifica no propósito de ampliar a discussão sobre o tema, e

para issso, utilizam-se os dados coletados na elaboração da dissertação de mestrado em

Educação, intitulada: Formação Continuada: o HTPC como espaço para a autonomia

formativa, nos pressupostos da pesquisa qualitativa, modalidade observação

participante, por meio de instrumentos da observação, questionários, análise do Projeto

Político Pedagógico, aplicação do questionário Holding Cognitive Power. A pesquisa

foi realizada em uma unidade escolar no interior do Estado de São Paulo, com um grupo

de professores do ensino fundamental, no espaço legalmente constituido para formação,

denominado de Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo – HTPC, no período de um

(01) ano. O referencial teórico teve como base os conceitos da Pedagogia Crítica na

concepção dos autores Paulo Freire e Michael Apple, nos processos de cognição social,

abordados por Albert Bandura e Serge Moscivici, e da Teoria da Atividade por Nina

Talízina. No entender de Talízina esse móvel para a ação é a ideia de necessidade e

estão relacionados tanto com as elementares, como com as superiores. Assim, olhar a

atividade do HTPC pelo viés dos elementos da Teoria da Atividade (móvel/necessidade,

sujeito da atividade, objeto/motivo, instrumentos, divisão de trabalho, regras,

comunidade), se torna uma possibilidade de reconceituar de maneira mais concreta este

espaço de formação. Os dados coletados foram tratados com base na triangulação dos

instrumentos utilizados para o reconhecimento do HTPC como atividade de formação e

do processo de categorização dos dados, tendo como pressupostos a autonomia, a

formação e a atividade. Os resultados obtidos revelaram que o HTPC não se constitui

como atividade para formação: o cumprimento do horário se dá por força legal, e não

para atender a uma necessidade formativa. Nos moldes atuais de sua organização o

HTPC não permite a possibilidade de constituir-se como espaço de formação docente,

nem tão pouco desenvolver a autonomia formativa desse, mas se concretiza como

momentos instrucionais e para cumprimento de carga horária legal.

Palavras-chaves: Formação docente, HTPC, sociocomunitário

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[3] PSICODRAMA, UM DISPOSITIVO DE PESQUISA EM DUCAÇÃO

SOCIOCOMUNITÁRIA: PROTAGONISMO, DIFERENÇA E DEVIR

Profa Dra Norma Silvia Trindade De Lima

Docente do Programa de Mestrado em Educação e

do Curso de Psicologia, Centro Universitário

Salesiano de São Paulo, UNISAL, Unidade de

Americana/São Paulo/Brasil. Psicóloga e

psicodramatista- didata.

Contato: [email protected]

O estudo estabelece relações entre pesquisa, produção de saberes e de subjetividades. Discute o

psicodrama, desenvolvido na primeira metade do século XX por Jacob Levy Moreno (1889 –

1974), à luz do pensamento contemporâneo, especialmente Deleuze, Guattari, Foucault e

Rolnik, no que se refere à produção de subjetividade, modos de subjetivação, processos de

singularização e devir. Entendido como um dispositivo de pesquisa e de produção de saberes,

no universo da educação sociocomunitária, o psicodrama opera no âmbito micropolítico da

produção de subjetividades, podendo ensejar processos de singularização e inclusão nos

cenários sociais. A educação sociocomunitária como uma concepção educacional da diferença,

busca potencializar processos de singularização, ao reconhecer o ser humano enquanto devir,

assim como, a legitimidade das experiências e singularidade dos sujeitos sociais. Nessa

perspectiva, as atividades de pesquisa sobre fenômenos sociais, problematizados em suas

tramas, dramas e personagens, criam espaços-tempos de questionamentos, embates e tensões

passiveis de rachar sentidos e significados instituídos por agenciamentos coletivos e

hegemônicos, produtores de subjetividades alienadas, massificadas e impotentes. Essa

metodologia sociopsicodramática, por meio de estratégias de trabalho grupal, convoca a

participação ativa dos sujeitos envolvidos, demanda narrativas e experimentações cênicas,

construídas e compartilhadas coletivamente, visando uma criação coletiva. A construção de

novos sentidos, significados e enunciados são virtualidades emergentes do embate, do dissenso,

da experiência, um acontecimento. O psicodrama dispondo de uma metodologia, inspirada no

teatro, vale-se da ação dramática e de outros recursos artísticos para explorar, nomear,

compartilhar e transformar o universo investigado. Interfere, assim, no mundo social e dos

afetos, propondo uma experiência de participação de cunho existencial, estético e ético. Trata-se

de um dispositivo político no campo simbólico e cultural. Distanciando-se de um referencial

metanarrativo, destaca a criação e o compartilhamento de narrativas, como experiência

transformadora, dando visibilidade a protagonismos. O potencial analógico e artístico dessa

metodologia, pode favorecer outros/novos modos de subjetivação e agenciamento ao questionar

padrões hegemônicos e normativos, evocando em seu modo de operar e produzir saberes,

autoria, criação. Contraria o assujeitamento à lógica de produção de subjetividades

padronizadas, fixadas e naturalizadas, afirmando e reconhecendo a legitimidade da diferença ao

proporcionar materialidade, por meio cênico e narrativo, à potência do devir, do múltiplo. O

redimensionamento de sentidos e significados compartilhados pode subverter a micropolítica

cotidiana tanto mais possibilite deslocamentos, multiplicação e invenção de novos enunciados.

Posto que, pesquisadores, professores, psicólogos e outros trabalhadores sociais por meio de

suas práticas discursivas e não discursivas estão, necessariamente, implicados em

agenciamentos e campos de subjetivação, produzindo subjetividades.

Palavras-chave: psicodrama, educação sociocomunitária, subjetividade.

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[4] O ENSINO POR COMPETÊNCIAS E A FORMAÇÃO DOCENTE NO

ÂMBITO DAS METODOLOGIAS ATIVAS: APORTES DA EDUCAÇÃO

SOCIOCOMUNITÁRIA

Ana Claudia Rocha Barbosa

Pedagoga, Psicopedagoga, mestranda em Educação

Sociocomunitária no UNISAL, Psicopedagoga da

Escola Escola Preparatória de Cadetes do Exército

A Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) tem como objetivo receber os

jovens brasileiros, que desejam seguir a carreira de oficial do Exército Brasileiro

(EB);preparando-os para seguir na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN),

situada em Resende- RJ. A EsPCEx passa por transformações no ensino desde 2012. Sai

da proposta de Ensino por Objetivos para Ensino por Competências, e do Ensino Médio

para o Ensino Superior. Isso nos leva a inquietações que nos fazem ir em busca de

respostas para questões sobre a fundamentação teórica e as práticas pedagógicas

realizadas pelos docentes. Para investigar e intervir nas formas, mediante as quais, a

ação docente influencia no processo de desenvolvimento do aluno e na construção de

competências para a formação da identidade do profissional militar, viabilizando a

relação transformadora entre o aprendente e a sociedade. Metodologicamente essas

respostas serão buscadas utilizando-se a modalidade de pesquisa-ação. Considera-se

importante, nessa perspectiva, buscar outras bases epistemológicas, axiológicas e

ontológicas, que possam contribuir para o desenvolvimento de uma prática pedagógica

que envolva os docentes em uma reflexão sobre as próprias práticas e modos de

conceber a educação. Especialmente, discutir a polarização do ensino centrado no aluno,

ao invés daquele centrado no professor utilizando das metodologias ativas como

estratégia didático-pedagógica. Debater a formação do docente da EsPCEx, verificar o

seu fazer pedagógico e compreender suas concepções sobre o processo de

ensino/aprendizagem são pontos de partida para discutir as concepções de

ensino/aprendizagem subjacente à proposta de Ensino por Competências no âmbito das

metodologias ativas, é o interesse principal desse trabalho. Espera-se que, a partir de

atitudes pedagógicas diferenciadas, os discentes se tornem mais conscientes de seu

sentido de agência, tornando-se mais ativos, críticos e criativos. Acredita-se que essa

nova metodologia de ensino proposta, na EsPCEx, mais bem preparará os futuros

oficiais do Exército Brasileiro para o exercício dos cargos e funções que desempenharão

ao longo de suas carreiras, com uma visão prospectiva de sua ação social, que antecipa a

complexidade das missões que fazem parte do cotidiano do profissional militar.

Palavras - Chave: Formação Docente; Ensino por Competências; Metodologias Ativas

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[5] O APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA: VINCULAÇÕES COM A

CULTURA DA COMUNIDADE

Lilian de Souza

Mestranda do PPGE do UNISAL

Professora de Língua Espanhola no Centro Paula Sousa

Contato: [email protected]

Diversos estudos foram desenvolvidos sobre a aquisição/aprendizagem de línguas, seja

ela a materna (L1), estrangeira (LE) ou segunda língua (L2). Este trabalho propõe um

esboço inicial para a discussão da aquisição de L2 pelos falantes da língua Portuguesa,

levando-os por meio do outro idioma, neste caso o espanhol, à reflexão sobre a L1,

visando ampliar suas concepções de mundo, da sua própria realidade, com o objetivo de

mais bem entendê-la, transformar-se e transformá-la. Toma-se como base as abordagens

teóricas de L. Vygotsky e M. Bakthin, as quais confluem no processo de interação

social mediante a linguagem e tendo o diálogo como ferramenta primordial para a

constituição do ser, inserido num determinado instante histórico, numa determinada

sociedade. O aprendizado humano teria, assim, natureza social, a própria formação da

consciência só pode ser considerada como processo de interação social. Por isso as

experiências socioculturais se revelam tão valorosas para o aprendizado, inclusive

aquele de uma segunda língua. O individuo disposto a comunicar-se em outro idioma

tem a possibilidade do contato com sons, significados e símbolos, que diferem da sua

cultura de origem, mas que dentro da lógica semântica e sintática de cada língua

encontra seu sentido. Devido ao exposto, argumenta-se sobre a importância para a

aquisição de L2 representada pela cultura, pois quando entendemos o entorno fica mais

fácil compreender o Outro com quem se dialoga, visto que sua história está

subentendida em cada escolha vocabular e em cada gesto observado, possibilitando

assim, a reflexão sobre a própria cultura e o que a constitui. Por meio do intercâmbio

cultural há uma permuta nos modos de ver o mundo, que vai se modificando, pois ao

nos colocarmos no lugar do outro, começamos a mais bem entender a nossa realidade.

Não há como separar língua e cultura, uma vez que ambas constituem o sujeito e esse,

ao aprender uma língua, passa a ser representante cultural de uma nação. O objetivo da

pesquisa a ser desenvolvida, ora em caráter inicial, é o de investigar as possibilidades

que o aprendizado de uma L2, no caso o espanhol, traz para a ampliação das “leituras de

mundo” do aprendente, em relação à sua própria realidade. A hipótese é a de que

aprender uma L2 não significa apropriar-se de um “mero” conjunto de regras

gramaticais e vocabulário, mas sim adentrar outras lógicas de fazer sentido do mundo,

possíveis na e expressas pela linguagem de determinada cultura. É por meio dessa

ampliação de sentidos de mundo que o aprendente de uma L2 se apoderaria de outras

lentes conceituais para “ler” sua cultura de origem, num constante movimento de

aprendizado-e-reflexão. A investigação será realizada na forma de pesquisa participante,

com alunos de um curso técnico de secretariado, do qual a disciplina “Espanhol” é

componente curricular. Como resultados espera-se mais bem compreender as relações

que podem ser estabelecidas entre o aprendizado de uma L2 e uma nova “formatação”

conceitual, que ampliaria as capacidades do aprendente de “ler e interpretar” sua própria

realidade.

Palavras-chave: segunda língua (L2), linguagem, cultura, leitura de mundo

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[6] SOBRE A INTERPRETAÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NO

ÂMBITO DA UNIVERSIDADE

Prof. Ms Fabio Camilo Biscalchin

Docente do UNISAL

Contato: [email protected]

A proposta é discutir o conceito de responsabilidade social em geral, dentro de

empresas, governo e sociedade cível, e, num segundo momento, caracterizar o que seria

uma melhor interpretação (hermenêutica) do conceito de responsabilidade social para a

universidade, com foco na mudança de atitude através da reflexão e ação (práxis)

acadêmica. Dentro desse contexto, será apresentado o trabalho realizado nos últimos

dez anos no UNISAL, que tem tido, como foco, que a RSU pode ser entendida como a

reflexão sobre os desafios sociais contemporâneos, que também estão postos à

Educação, e a busca pela elaboração de novas respostas pautadas no bem comum,

visando à construção de uma sociedade mais justa e solidária. Por um lado, o Princípio

que fundamenta o trabalho de “Responsabilidade Social” no UNISAL é convicção de

que: A prioridade de toda ação educativa visa garantir a dignidade da Pessoa Humana.

Essa é a identidade da Instituição, a sua diferença em relação às demais instituições de

ensino superior e sua razão de existir. Por outro lado, a importância da tomada de

consciência sobre a construção de um estilo de vida integrado ao meio parece ser da

“ordem do dia”. Mas é preciso entender que este meio não se refere somente ao ‘meio

ambiente’, a natureza e os recursos naturais, este meio tem, antes de tudo, a presença do

ser humano, e é ele que deve ser primeiramente cuidado e ‘preservado’ da extinção.

Para tanto, uma mudança de atitude na maneira de se relacionar entre os seres humanos

deveria ser a prioridade da discussão sobre Responsabilidade Social. Assim, encorajar

toda a comunidade acadêmica a refletir sobre a prioridade do ser humano frente a todas

as outras exigências do nosso cotidiano é o grande desafio da MOSTRA de

RESPONSABILIDADE SOCIAL, evento estruturado e organizado, já há uma década, no

âmbito do UNISAL. E tal desafio não deve estar localizado em apenas um ou outro

setor da Universidade, e sim em todas as suas instâncias, isto é, desde a reflexão

racional própria das diversas disciplinas, até no convívio fraterno no pátio. Como

resultado do trabalho desenvolvido ao longo desses dez anos acredita-se ser possível

afirmar que tal iniciativa tem se tornado cada vez mais fundamental, tanto colaborando

para que as proposições éticas que sustentam uma instituição salesiana de ensino

continuem a vigorar com robustez, como se integrando ao próprio processo formativo

dos alunos, que passaram a valorizar o evento e a participar desse com seriedade.

Palavras-chave: Responsabilidade Social Universitária; mudança de atitude; bem

comum

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[7] A EDUCAÇÃO SOCIOCOMUNITÁRIA E A EDUCAÇÃO DO DEFICIENTE:

CONSTRUINDO ARTICULAÇÕES ENTRE UNIVERSIDADE, ESCOLA E FAMÍLIA

Profa Dra Maria Luísa Bissoto

Docente do PPGE do UNISAL

Contato: [email protected]

A vertente de pesquisa intitulada a Educação do deficiente e a Educação para a Autonomia:

Perspectivas da Educação Sociocomunitária, tem como objetivo analisar criticamente

premissas subjacentes à Educação Inclusiva, argumentando-se que essa somente pode ser

efetivamente considerada quando compreendendo-a num contexto mais amplo de inclusão e

exclusão social. Geralmente tolhido de voz, ou de constituir-se como ser de desejos, se

pretendemos, de fato, promover sua inclusão social, é necessário o rompimento de paradigmas

de compreensão da deficiência, e do lugar que a sociedade destina/destinará àqueles que,

como os deficientes, são percebidos como “não produtores de valor”: econômicos, morais,

e/ou culturais. Temos investigado caminhos metodológicos e epistemológicos para

possibilitar que o deficiente seja compreendido em sua complexidade, como um sujeito que

compõe sentidos diferenciados de mundo, expressando-os de maneira própria, devendo ser

respeitados nessa/ e por essa- singularidade. Assumindo um caráter de interligação entre

Universidade, escolas, famílias e comunidade, tais pesquisas têm se dirigido prioritariamente

ao fortalecimento da autoadvocacia; ao favorecimento do acesso à informação disponibilizada

no entorno cultural, através da elaboração de material de literatura infanto-juvenil pelo

princípio do design universal, tornando possível que a mesma informação seja acessada com

independência por sujeitos com habilidades cognitivas e sensoriais diversificadas; a sondagem

quanto à qualidade, e a posterior intervenção, do desenvolvimento psicossocial dos alunos

incluídos em escolas regulares; e a investigação das relações entre bullying e alunos com

necessidades educativas especiais. Metodologicamente essas pesquisas têm assumido um viés

qualitativo ou quanti-qualitativo, com pesquisas de campo e ações interventivas junto a

famílias, escolas e comunidade. Os resultados que temos alcançado, até o momento, permitem

afirmar que é essencial, para que os deficientes consigam uma melhor qualidade de vida, que

tanto as instituições educacionais, como as famílias e o entorno social revejam suas práticas

em relação a esses sujeitos. Apesar de todos os discursos em prol da “inclusão” e da

“diversidade” nossos deficientes continuam segregados, em termos de penetração/aceitação

na vida cotidiana comum. Mostram-se sujeitos mais frequentemente vitimizados, negados na

construção de sua autonomia e isolados; revelam, em suas falas, a situação de sofrimento

psíquico em que vivem. A constituição da autonomia- de desenvolver um sentido de agência

e de eficácia- é entendida como marca de dignidade em nossa sociedade. E é possível para o

sujeito deficiente, num processo de ensino-aprendizagem de longo-termo, que necessita ser

sustentado num esforço real, não somente como tarefa da família ou da escola, mas por todos

os espaços sociais e comunitários; na constituição de uma cultura que favoreça a emersão e a

vigência da diversidade.

Palavras-chave: educação inclusiva- inclusão social- comunidade

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[8] Tema: A Pastoral inserida nas Instituições Salesianas de Educação Superior: A

mediação entrelaçada pela consciência crítica, diálogo, cultura e solidariedade.

Ana Carolina Stefanini Leone

PdU (Pastoral Universitária)

Contato: [email protected] e [email protected]

O projeto realizará um estudo do trabalho transdiciplinar da pastoral nas Instituições

Salesianas de Educação Superior, que perpassa o ensino, a pesquisa e a extensão e

define contemplar como essa mediação da pastoral dentro da atmosfera universitária,

com alunos, professores e colaboradores. Estabelecem trocas de conhecimento e

interações fundamentais, a formação integral, voltada para uma consciência crítica e o

exercício da cidadania através de valores éticos e cristãos, e que a comunidade

acadêmica tenha a percepção de ação e transformação da realidade cultural e social. O

amplo saber reunido são elementos que agregam valor a formação, currículo e prática

profissional? Em outras palavras: A participação de alunos, professores e colaboradores

em movimentos pastorais transforma sua atividade profissional, ampliando seu

aprendizado e as relações de solidariedade presentes na cultura da realidade Salesiana?

O objetivo é investigar como a atuação da pastoral em diferentes contextos, por meio de

disciplinas, discussões de temáticas polêmicas, ações comunitárias, voluntariado e

relações interpessoais e profissionais, é reelaborada no cotidiano da instituição e na vida

daqueles que estão inseridos nesta. Considerando todos esses aprendizados, almejamos

que os envolvidos incorporem diferentes conhecimentos e uma consciência orgulhosa

do percurso na construção da sua identidade. A proposta será postulada pelas

abordagens sobre Sistema Preventivo Salesiano, responsabilidade social, extensão

comunitária e voluntariado e documentos eclesiais. A metodologia partirá de entrevistas

e de apreciação da prática, analisando quais as mudanças relevantes no individuo após

sua participação ativa em atividades pastorais com a pedagogia e valores Salesianos.

Diante de depoimentos e vivências dentro da comunidade universitária, através de

diferentes atividades realizadas pela pastoral, já se concluí que aqueles que participam

de fato, passam a ter conexão direta entre o teórico acadêmico e as práticas Salesianas, e

através desta ligação incorporam saberes plurais que são inseridos em suas atividades

profissionais e pessoais.

Palavras-Chave: Pastoral, Ensino Superior, Salesianidade.

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PORTUGAL

[9] QUEM SOMOS, DE ONDE VIMOS, PARA ONDE QUEREMOS IR:

HISTÓRIA E OBJETIVOS DO CONSÓRCIO INTERNACIONAL DE

INVESTIGAÇÃO E INTERVENÇÃO NA RESPONSABILIDADE SOCIAL

UNIVERSITÁRIA

María Sánchez-Fernández, Susana Caires*, Hector Portillo**, Natascha

VanHattum*** & Sheila Khan*

(Universidad da Coruña – Espanha; Universidade do Minho – Portugal*; Universidad de Guanajuato –

México** & Saxion Universidade de Ciências Aplicadas - Holanda***)

Resumo: Na sequência dos investimentos mais recentes ao nível da pesquisa e intervenção sobre a

Responsabilidade Social no Ensino Superior, e tendo como ponto de partida o interesse comum em

auscultar a perspetiva dos seus diferentes atores em relação ao conceito e às práticas de Responsabilidade

Social Universitária, um pequeno núcleo de pesquisadores uniram esforços e criaram, em 2012, um

consórcio de investigação: o Consórcio Internacional de Investigação e Intervenção na Responsabilidade

Social Universitária (CI3RSU). Este consórcio, transnacional e de caráter multidisciplinar, é atualmente

constituído por pesquisadores de quatro universidades Ibero-Americanas: uma espanhola (Universidade

da Corunha), uma portuguesa (Universidade do Minho) e duas mexicanas (Universidade de Guanajuato e

Universidade Autónoma de Aguascalientes), e de diversas áreas do conhecimento (Economia, Recursos

Humanos, Educação, Psicologia, Sociologia e Engenharia). Numa primeira etapa assumiram-se como

principais objetivos a construção de instrumentos e metodologias de investigação transnacionais que

permitissem o mapeamento - junto dos seus diferentes stakeholders - dos conhecimentos, representações,

envolvimento e/ou práticas existentes nas diferentes instituições a pesquisar. Numa fase posterior - que se

pretende sustentada na investigação e reflexão transnacional sobre as etapas, potencialidades, desafios e

riscos inerentes à implementação de políticas e práticas de RSU nas instituições de ES - assume-se como

grande objetivo a implementação de intervenções que permitam a consolidação de uma visão e uma

política institucionais conciliadoras dos valores da RS com a organização e a cultura institucionais. O

desenvolvimento, avaliação e disseminação de práticas sustentáveis (implicando toda a comunidade

académica) nos campi universitários e na comunidade envolvente, ou o estabelecimento de parcerias com

outros países e instituições de Ensino Superior emergem como objetivos maiores deste grupo de trabalho.

Mediante os objetivos anteriormente enunciados, o grupo desenhou e implementou um primeiro estudo

explorando a ótica dos alunos e dos docentes/diretores de curso de diferentes licenciaturas e mestrados de

quatro áreas disciplinares distintas (Arquitetura, Educação, Engenharia e Economia). Nesta comunicação

traça-se um retrato do grupo, sua história, objetivos e desafios futuros.

Palavras-chave: Responsabilidade Social universitária, Consórcio investigação, Historial, Objetivos

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[10 ]A METODOLOGIA DE GRUPOS FOCAIS NA EXPLORAÇÃO DAS

PERCEÇÕES DOS ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR QUANTO AO

CONCEITO E PRÁTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Susana Caires, Natascha VanHattum* & José Carlos Morgado

(Universidade do Minho – Portugal & Saxion Universidade de Ciências Aplicadas- Holanda*)

Resumo: Na senda dos investimentos mais recentes em termos da investigação e

intervenção sobre a Responsabilidade Social no Ensino Superior (ES), e tendo como

ponto de partida o interesse comum em auscultar a perspetiva dos diferentes atores deste

contexto relativamente ao conceito e às práticas de RSU nas instituições de ES, um dos

primeiros objetivos do nosso consórcio de investigação passou pela construção de

instrumentos e metodologias de investigação transnacionais que permitissem o

mapeamento dos conhecimentos, representações, envolvimento e/ou práticas existentes

nestas instituições. Em face destes objetivos, em 2012, desenhou-se e implementou-se

um primeiro estudo, no qual as conceções e práticas de RSU nas universidades do

Minho, Corunha, Guanajuato e Autónoma de Aguascalientes foram alvo de exploração.

Este estudo versou a ótica dos alunos de quatro áreas distintas: Arquitetura, Educação,

Engenharia e Economia, explorada por intermédio da metodologia de grupos focais.

Particular destaque se dará à explicitação dos diferentes passos e aspetos a ter em conta

na implementação desta metodologia de recolha de dados.

Palavras-chave: Responsabilidade Social Universitária, Grupos focais, Conceções

estudantes

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[11] PERSPETIVAS DE ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO E ENGENHARIA

SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Liliana Teixeira, Natascha Van Hattum*, Hector Portillo**, Kathia Ibarra** & María

Sánchez-Fernández***

(Universidade do Minho – Portugal; Saxion Universidade de Ciências Aplicadas - Holanda*; Universidad de

Guanajuato e Universidade Autónoma de Aguascalientes -México** & Universidad da Coruña – Espanha***)

Na presente comunicação dão-se a conhecer os resultados de oito grupos focais

desenvolvidos junto de alunos dos cursos de Educação e Engenharia das quatro

universidades que integram este consórcio internacional: Universidades da Corunha, Minho,

Autónoma de Aguascalientes e Guanajuato. A par da comparação a realizar em torno das

perceções destes estudantes em função da sua área de formação (Educação versus

Engenharia), procede-se à exploração de eventuais diferenças nos olhares destes alunos

consoante o seu país de pertença (Espanha, México e Portugal), atendendo a questões

culturais. Uma conclusão relevante prende-se com o conceito de RS, o qual é relativamente

desconhecido nas 4 universidades e nas 2 áreas de formação. Em todos os casos, os alunos

tiveram dificuldades em definir o conceito. Só após uma breve aclaração do mesmo foi

possível aos alunos apresentarem exemplos de RS na comunidade circundante. Os

exemplos dados são relativamente semelhantes, situando-se, na sua maioria, na vertente

social e ambiental. Relativamente à presença de práticas de RS na universidade frequentada,

todos os grupos deram exemplos, à exceção do curso de Educação da Universidade da

Corunha (UC). Relativamente a outro tipo de práticas de RS que a sua universidade poderia

fazer mais, os alunos de Educação aludiram à necessidade de uma maior relação com a

comunidade. Por seu lado, os alunos de Engenharia referiram a rede de transportes, de

incentivos ao nível de bolsas e material de estudo, projetos de angariação de fundos,

revelando uma visão mais economicista no caso dos estudantes de engenharia e uma visão

mais social entre os alunos de educação. Em todas as universidades e nas 2 áreas

formativas, embora mais acentuadamente em Educação, os alunos consideram fazer sentido

a RS no seu curso, exceto a engenharia da UC, na qual a maioria dos alunos referiu não

fazer sentido. As diferenças que se acentuam são, portanto, ao nível da área de formação,

não existindo diferenças significativas relativamente ao país de pertença.

Palavras-chave: Responsabilidade Social Universitária, Conceções estudantes, cursos

Educação, cursos Engenharia, Diferenças culturais

13

[12] A RESPONSABILIDADE SOCIAL COMO FERRAMENTA DE AUTO-

REFLEXÃO: DESAFIANDO O SUJEITO DE INVESTIGAÇÃO

Sheila Khan

(Centro de Investigação em Ciências Sociais, Universidade do Minho)

Vivemos ainda ancorados a um credo falacioso: como estudiosos,

investigadores, docentes somos arautos de uma sabedoria que ilumina e que de nós faz

seres preciosos e merecedores de uma torre de marfim. No entanto, afastamo-nos dos

conceitos e matrizes teóricas e metodológicas quando nela nos posicionamos como

sujeitos de investigação, quando nos deveríamos colocar como objeto de reflexão no

tempo e espaço de um trabalho de pesquisa. Os tempos que nos assolam são de crise

não apenas financeira, social e cultural. São, sem dúvida, tempos de uma grande

indefinição a nível das agendas de investigação maioritariamente importadas de centros

de poder que impõem sem pudor a sua hegemonia perante outros saberes e posturas

éticas de investigação locais e nacionais. A responsabilidade social não pode ser

encarada como lugar de novos arrivismos académicos perante a imposição e a postura

lucrativa ditada por “cabeças” invisíveis. A responsabilidade social é a capacidade

lúcida e a atitude de uma constante vigilância epistemológica sobre a nossa produção de

saber e de partilha equilibrada e humilde de conhecimento entre a ‘nossa’ comunidade e

a comunidade que é a dos ‘outros’, erroneamente rotulados como sujeitos necessitados

da nossa resposta social. Este trabalho procura desafiar a investigação e o sujeito da

investigação no espaço e tempo de uma pesquisa sobre responsabilidade social, não

como conceito, mas como ferramenta de auto-reflexão.

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MEXICO

[13] PERSPECTIVAS COMPARADAS: RESPONSABILIDAD SOCIAL EN LAS

UNIVERSIDADES DE A CORUÑA, GUANAJUATO Y AUTÓNOMA DE

AGUAS CALIENTES

María Dolores Sánchez-Fernández*, Claudia Gutierrez**, Héctor López-Portillo** &

Kathia Ibarra-Torres*** (Universidad da Coruña – Espanha; Universidad de Guanajuato – México** & Universidad Autónoma de

Aguascalientes - México***)

Resumen: La responsabilidad social impregna un nuevo modelo en que las

organizaciones consiguen sus objetivos de creación de valor en las tres dimensiones,

social, económico y medioambiental. Con una orientación de modelo de gestión

socialmente responsable las corporaciones se relacionan con sus grupos de interés así

como con la sociedad en su conjunto creando valor social mediante la integración de las

preocupaciones bajo la triple dimensión. El papel de la universidad es clave en el aporte

de la promoción de valores ciudadanos y en el ejercicio de los futuros profesionales a

través de lo que se denomina responsabilidad social universitaria. Incorporación y

formación de ciudadanos y profesionales socialmente responsables que se

responsabilizan de sus consecuencias e impactos derivados del desarrollo de sus

actividades. La universidad puede contribuir a la promoción de valores y compromiso

social, buen gobierno, basados en principios éticos, ofertar servicios y transferencia de

conocimiento basados en responsabilidad social. Formando a los futuros ciudadanos en

valores, comportamiento ético, realización personal, desarrollo profesional, vinculación

solidaria, al servicio del ser humano. Es necesario que las universidades contribuyan a

la generación de conocimientos y capacidades que permitan a los futuros profesionales a

enfrentarse a problemas globales de forma que fortalezcan los valores en el modelo

social con orientación al desarrollo sostenible, de forma que conjuguen un progreso

social, económico y medioambiental. Los objetivos enmarcados en este estudio son el

análisis comparativo de la situación actual del estado del conocimiento y

posicionamiento de la responsabilidad social en el ámbito empresarial y universitario.

La investigación se realiza bajo la perspectiva de los alumnos y los directores de curso

pertenecientes a dos países diferentes España y México, en las áreas de economía,

recursos humanos, ingenería y artes. Los métodos utilizados para la recogida de datos

son basados en metodologías cualitativas: grupos focales (en el caso del conjunto de

alumnos) y entrevistas individuales (en el caso de los directores de curso).

Palabras clave: España, México, RSU, Responsabilidad Social Empresarial