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CICLO DA ÁGUA ' ,g 1
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PREFEITURA DE
CAMPINAS Um novo tempo para nossa cidade
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CICLO DA ENERG IA
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{materiais externos)
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HORTA
ARBÓREAS NATIVAS
VEGETAÇÃO WETLANDS PLUVIAIS
VEGETAÇÃO WETLANDS EFLUENTES
ALIMENTOS
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~ BACIAS SANITÁRIAS
···PV
CAPTAÇÃO ÁGUA PLUVIAL
ÍA\ PAINEL Fq_TOY?LTAICO \!2) ILUMINAÇAO PUBLICA
C\ PAI.NEL FOTOV9LTAICO \::::._) ELETRICA ED IFICIO -· ~ ®AQUECEDOR SOLAR ÁGUA
MATÉRIA PRIMA {ex. f ibras)
lll ç_.::4--~ ![)\ B IOGÁ~- E FLUENTES l:l l___l,..--- ~ SANITARIOS
lilll COMPOSTAGEM
~, ÁREA DE COLETA RECICLÁYEIS OU RESÍDUO
~ COM DESTINAÇÃO ESPEC IAL
fD 0 BIOGÁS (teste)- VEGETAIS
~~---~ ('-;"\ MOINHO VENTO SIMPLES ', ) \i) BOMBAÃGUARESERVATÓRIO-"-._____ VIVEIRO
REQUALIFICAÇÃO DE CÓRREGO EXISTENTE {enterrado)
ÁREA DE SEDIMENTAÇÃO L E
ÁREA DE FILTRAGEM
ÁREA DE RESERVA
REDUÇÃO DE VELOCIDADE E VOLUME
REDUÇÃO DE VELOCIDADE E VOLUME
PRAÇA DE INVERNO
TETO VERDE + HORTA + PAINÉIS FOTOVOL TÁICOS E COLETORES SOLARES
PRAÇA DE VERÃO
_FJ~ T_~~~~--E!I9~~~~~Ç~9 DUTO VENTILAÇÃO AUDITÓRIO
POMAR DE FRUTÍFERAS NATIVAS IRRIGAÇÃO POR GRAVIDADE
ACESSO BICICLETA- CONEXÃO -Cõrii,-S-ISt EMA-LJRBANõ--
IMPLANTAÇÃ9 GERAL
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ACESSO PORTÃO 05
ÃREA DE COMPOSTAGEM + BIODIGESTÃO +SAlDA RESIDUOS
PA~~~f'ÇÃO
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CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA "CASA DA SUSTENTABILIDADE" PARQUE TAQUARAL CAMPINAS
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ACESSO À LAGOA E BONDE
SP
O atual (?r ato d~ consumo dap cidades segue o modelcSii f:\,ear "extração - consumo - descarte" de materiais, conceitualmente definido como "do Berç ao Túmulo". Consequentemente, grandes quantidades d insumos são utilizadas uma (!_nica vez e Jã deseartadas, gerando impactos negativos no meio, através de resíduos e poluentes. A nossa proposta se inspira nos conceitos cíclicos do Cradle to Cradle®, ou "do Berço a Berço", para mudar esse paradigma e pensar a Casa além da Sustentabilidade. Aqui, os processos na Casa são analisados como ciclos da natureza, em que todo material descartado se torna o insumo de outro ciclo.
À tríade "reduzir- reusar- reciclar" foi incluído, então, o conceito "resíduo= insumo". Os recursos renováveis são nossa principal fonte energética (seja por radiação direta, vento ou biomassa). Os ciclos da água, energia e materiais são relacionados e propostos de forma a que possam evoluir com o passar do tempo, corno um processo continuo capaz de se adaptar ás novas tecnologias e condições de uso da área e seu entorno. O edifício, seus sistemas e processos foram desenhados considerando as técnicas mais eficientes existentes, sem deixar de considerar seu impacto na paisagem, seu apelo estético, os benefícios microclimáticos e possíveis usos dos espaços. Sua implantação não apenas favorece o edifício, mas propicia a criação de lugares agradáveis e confortáveis no meio externo.
Nossa Casa além da Sustentabilidade tem o objetivo de impactar seu entorno positivamente ao mesmo tempo em que convida a todos para que a tornem um lugar, para que a tornem urna Casa. Aqui, embora possam haver circuitos definidos, o percurso de cada um é espontâneo, possibilitando um uso dinâmico e contínuo do espaço. Apenas as áreas administrativas e de auditório são restritas. As demais podem ser exploradas seguindo- se, por exemplo, o caminho das águas, as identificações das tubulações aparentes e sistemas que informam seus processos, ou, simplesmente, pelo caminhar curioso e a possibilidade de descoberta de frutas em alguma árvore, de pe quenos animais, flores, cheiros e sons que ocuparão os espaços. A proposta é que os visitantes percam o status de "visita" e possam utilizar a Casa como "espaço educativo de permanência", usufruindo das qualidades estéticas, bioclirnáticas, e de bem-estar num ambiente saudável.
Assim, o conjunto da Casa além da Sustentabilidade gera um ambiente educativo, saudável e seguro para os seres humanos e natureza em longo termo, num futuro de abundância, não de escassez.
Pesquisa A Casa terá parceria com os centros de pesquisas de Campinas e região tais corno, lntituto Agronômico de Campinas (IAC), Ernbrapa e UNICAMP, bem como com agências de fomento alinhadas a questões de sustentabilidade. Além disso, pode ser um centro de apoio e difusão a centros técnicos e universidades no entorno de Campinas, reafirmando assim sua contribuição local em maior escala.
ECIFICIO HOJE (METABOLISMO LINEAR)
REDUZIR
REUSAR E Rlõ.CICLAR
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100% ÁGUA importada
ÁGUA
-Utilização de metais economizadores de água; -Descarga de acionamento duplo; -Desenho que priorizao uso da gravidade para deslocar as águas; - Utilização de processos naturais para tratamento de efluentes;
-Captação e aproveitamento de água de chuva por teto verde para descargas, irrigação de horta sobre laje e reser\latório de bombeiros; -Recuperação e aprovei tamento de água de córrego existente (Inf raestrutura Verde e Low lmpact Development); -Biorretençao; fi ltragem das águas: -Coleta e tratamento do esgoto gerado: eflu ente resultante será utilizado para regar viveiro de espécies nati vas regionais:
100% ENERGIA importada
ENERGIA
-Implantação do edi fício otimizando trocas térmicas; - Sistema de brises; -Uti l ização de lâmpadas de LED ta nto nas áreas internas como externas; -No edifício. iluminaçao natural indireta por prateleiras de (uz; -Disposição de lum inárias internas e externas de forma eficaz; -Sistema de venti lação cruzada por tubos; -Util izaçao da Taipa para contro le té rmico;
-P rodução. coleta e armazenamento de biogás gerado pelo processo anaeróbico de tratamento de efluenles; -Área de estudo para produçao de biogás através da util ização dos restos vegetais de manutenções e res tos de alimentos; -Possibilidade de estudo Co-geração (eletriddade e aquedmento);
-Devoluçao de água mais limpa do que foi -Utilização de postes de iluminação externa coletada do entorno (córrego); com painéis fotovolta icos; - Integração de c iclos de água, energia e - Uti lização de Coletores Solares para materiais; aquecimento de água; -Contribuição, microclimáti c • O rientação do edifício permi te (ev<lpotransp1ração: amenização de ventos): contemplação do entorno valorizando esta -Uitltzaçao de ptsos externos drenan tes ou relação; permeáveis _;
100% MATERIAIS descartados
MATERIAIS
-Escol ha de materia is atóxicos; - Utilizaçao de materiais loc:ais e vemac:ulares - Uti lização de estruturas pré- fabricadas;
- Priorizaç~o de materiais que possam H'!lornar oompletamente ao cido biologico ou tecnológico ; - Utilizaçao de materias certificados; -Área para tratamento de resíduos orgãnicos por compostagem ou como teste para a produção de biogás;
- Priorizaçâo de materiais que possam retornar completamente ao cido biologico ou tecnológico ; - Utilização de materias cer~ fi cados :
-Área para tratamento de resíduos orgânicos por compostagem ou como teste para a produção de biogás:
USAR FO~TES RENOVÁ V~~ RESIOUO=INSUMO~
IMPACTOPOSITIVONO ENTORNO 1------------+-----------+--------------i
90% LOCAL
fonte refeência esquema: REAP- Rotterdam
50% LOCAL
INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL DEPARTAMENTO DE SÃO PAULO
FORMAÇÃO DE BANCO DE MATERIAIS
1/2
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Materiais e Sistemas Construtivos do Edifício
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I
Através de uma pesquisa, identificamos materiais atóxicos e atualmente com melhores possibilidades de retornarem aos ciclos biológicos (natureza), ou serem reutilizados, reciclados e passarem por processo de upcycling (sem perda de qualidade da matéria prima). A dinâmica consiste em fechar ciclos de nutrientes biológicos ou tecnológicos. Dessa forma, propomos ir além da sustentabilidade, além do reuso-redução-reciclagem, gerando impacto positivo para o entorno da nossa Casa. Materiais e técnicas vernaculares da região de Campinas, como a Taipa, a fundação com pedras e a madeira para laje de piso, foi mesclada com técnicas atuais de construção modular utili zando-se aço, vidro e concreto. Os revestimentos internos ao edifício variam conforme o uso das áreas e são todos certificados Priorizou-se também minimizar a energia incorporada e emissões de C02 do transporte dos materiais à obra, optando sempre por materiais que podem ser entregues sem percorrer grandes distâncias, como a estrutura metálica, por exemplo.
Considerando que a Casa possa se adequar às necessidades das gerações futuras, seu sistema construtivo metálico modular de 8x8 metros permite fácil ampliação ou redução da Casa. No caso de redução, a estrutura pode ser desmontada e reutilizada novamente em outros contextos.
A proposta do edifício consiste também em que este seja, em sua condição intrínseca, um elemento de educação ambientaL Assim, os materiais e técnicas construtivas adotados também se destinam a este fim. Como exemplo, tem-se a parede de taipa do auditório e a estrutura metálica modular do projeto, contrapondo sempre o vernacular ao tecnológico. Os brises, também modulares, são de chapa metálica perfurada. Porém, o módulo pode ser substituído para o teste ou exposição de alguma tecnologia inovadora, como, por exemplo, brises com produção de energia a partir de algas, ou dotados de painéis fotovoltaicos transparentes. Assim, o edifício não só contempla espaço para exposições relacionadas à sustentabilidade, e sim se incorpora como elemento essencial nesta difusão de conhecimento.
Resíduos= Insumos
Com relação aos resíduos do projeto, adota-se na Casa a política dos 7Rs repensar, reduzir, reutilizar, reaproveitar, reciclar, recusar e recuperar. Resíduos orgânicos de alimentos gerados na Casa são destinados para as composteiras com minhocário. Já os restos vegetais coletados são enviados às com poste iras abertas, ou poderão ser utilizados para testes na produção de biogás. O composto gerado é utilizado no terreno do projeto, seja na horta, pomar ou viveiro, fornecendo macro e micronutrientes essenciais para os vegetais, tais como nitrogênio (N), fósforo (P), cálcio (Ca), magnésio (Mg), potássio (P). Seu excedente poderá ser enviado a outras áreas do parque, ou fornecido aos usuários da Casa. Os resíduos recicláveis gerados serão reutilizados na própria Casa, e, seu excedente, doado a cooperativas de reciclagem locais.
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Pedra- ciclo biológico- reuso; recurso
Terra- ciclo biológico- recurso( retorno para natureza)
Concreto - ciclo tecnológico- reciclagem
Estrutura de madeira (certificada)- ciclo biológico- reuso; recurso (retorno para a natureza)
Estrutura metálica- ciclo tecnológico- reuso; upcycling (matéria prima)
Caixilhos metálicos- ciclo tecnológico- reuso; upcycling (matéria prima)
Vidros- ciclo tecnológico (preferencialmente certificado C2C)- reuso; upcycling (matéria prima)
I
Pisos e acabamentos- atóxicos; certificados e que atendam aos requistos das principais certificações (LEED; AQUA)
PREFEITURA DE
CAMPINAS Um novo tempo para nossa cidade
l I
D Terraço para exposição de tecnologias
Grelha vazada, modular e metálica para instalação de iluminação artificiaL
O Bandeja de luz para iuminação natural
D Circulção vertical centraL
O Bloco hidráulico concentrado em um único eixo.
O Auditório para 150 pessoas e 37 conselheiros.
Área técnica.
PLANTA SUPERIOR escala: 1:250
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PLANTA TERREO escala 1:250
CORTE escala: 1 :250
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8.00 8 .00 8 .00
COQUETEL' EVENTOS
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FDYER $ G42 00
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Carta solar para Campinas x fachadas da Casa Latitude 22°8
FLD - Fator de Luz Diurna (O· ~ 5%)
lluminância- Solstício de Inverno 21/06 às 15hrs (O • s 500 lux)
Irradiação anual acumulada Cobertura - potencial PV (900 - s 1200kWh)
iii PV
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Proteção Solar nas Fachadas Críticas
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Utilização de matérias primas locais e tecnológicas
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Rosa dos Ventos Anual Campinas Vento Predominante Sudeste
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Energia e Estratégias Passivas de Desenho
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Percurso Anual do Sol na latitude de Campinas x Implantação do Projeto ·u,·-": Eccl~c_3:)11
O edifício foi desenhado de forma a reduzir ao máximo seu consumo de energia, por meio da adoção de estratégias passivas de desenho, principalmente com relação à térmica e iluminação. A implantação do edifício, alongada, aumenta sua superfície de contato com o meio exterior, otimizando as trocas térmicas e ventilação com este. A proteção solar das fachadas reduz a entrada de carga térmica por radiação na Casa, dispensando condicionamento artificiaL Ainda, permite a entrada de luz e diminui o ofuscamento visual dos ocupantes. No bloco norte-sul, a parte sul pode ser transparente, por não ser crítica em termos de cargas de radiação, e ainda permite vistas ao parque.
O bloco noroeste-sudeste protege parte do terreno dos ventos predominantes de sudeste, que, somado a barreiras vegetais no solo, cria uma praça externa confortável e iluminada no inverno, na porção norte do terreno. Além do volume do edifício, foram inseridos brises vegetais para contribuição a esta barreira, que servem, ao mesmo tempo, como proteção solar aos ambientes internos. As bandejas de luz situadas na fachada aumentam a propagação de luz natural difusa nos ambientes. O sistema de aberturas, nas fachadas e na cobertura, permite a remoção de carga térmica interna por ventilação cruzada e efeito chaminé, além da criação de um colchão de ar ventilado permanente sob a cobertura. O afastamento dos brises da pele interior permite a criação de uma fachada ventilada permanente. A cobertura vegetal da fachada aumenta a inércia térmica da mesma, contribuindo para a diminuição de entrada de carga térmica pela cobertura. O auditório, em taipa, dispensa condicionamento artificial, tanto pela inércia térmica do sistema construtivo, quanto pelos dutos de ventilação que injetam ar fresco em seu interior. A água das duchas é aquecida por coletores solares e a energia elétrica necessária para bombas e equipamentos pode ser completamente gerada por coletores solares_ Os postes de iluminação externa contam com painéis fotovoltaicos acoplados em sua estrutura. A
cobertura do edifício possui potencial para ampliar a geração de energia fotovoltaica com o tempo, bem como outras áreas livres do terreno. Os circuitos de iluminação paralelos à janela contam com sensores de luz natural, apagando-se na presença desta. O sistema de aeração das wetlands, construído para tratamento de efluentes, será movido a biogás, gerado na primeira fase do sistema (anaeróbica). Todos os aparelhos elétricos serão conectados à rede de fornecimento locaL Um moinho de vento bombeia a água do reservatório das wetlands para a irrigação do viveiro de árvores nativas.
As simulações de FLD e iluminãncia demonstram um adequado desempenho lumínico da Casa, e a análise de irradiação acumulada na cobertura demonstra o potencial total de captação solar anual do edifício.
Desta forma, o edifício reduz seu consumo energético em até 50%, por meio de estratégias passivas de desenho e uso de tecnologias alternativas, podendo chegar a 100% no futuro, ou ainda, produzir energia excedente para inserção na rede pública.
Cobertura Vegetal lnérciaTérmica
Apro'!eitamento de 11 Aguas Pluviais
Bandejas de Luz para otimização da Iluminação natural
Aproveitamento e Proteção dos Ventos Predominantes
de Sudeste, Fachada Ventilafa o Aproveitamento das \\\\
vistas do parque (/ (/
Estrátégias Passivas de Resfriamento
Tratamento das águas cinzas e negras Inserção do edifício no ecossistema local
CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA 2/2 "CASA DA SUSTENTABILIDADE" PARQUE TAQUARAL- CAMPINAS- SP INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL DEPARTAMENTO DE SÃO PAULO