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IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base IC3 – TOMAR / COIMBRA ESTUDO PRÉVIO VOLUME 4 - ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL VOLUME 4.2 - RELATÓRIO BASE ÍNDICE DE TEXTO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1.1 1.1. Identificação do projecto, da fase respectiva e do proponente .............................. 1.1 1.2. Entidade licenciadora e autoridade de AIA ............................................................ 1.1 1.3. Identificação dos responsáveis pela elaboração do EIA e do período de elaboração ........................................................................................................................ 1.2 1.4. Metodologia adoptada na realização do EIA.......................................................... 1.4 1.4.1. Metodologia geral............................................................................................ 1.4 1.4.2. Metodologia de caracterização do ambiente afectado e sua evolução na ausência de projecto..................................................................................................... 1.5 1.4.3. Metodologia de previsão e avaliação de impactes ......................................... 1.5 1.4.4. Metodologia para análise comparativa das hipóteses de traçado ................ 1.13 1.4.5. Metodologia para definição das directrizes de acompanhamento ambiental e monitorização .......................................................................................... 1.15 1.5. Estrutura geral e conteúdo do EIA ....................................................................... 1.16 1.5.1. Resumo Não Técnico.................................................................................... 1.17 1.5.2. Relatório Base............................................................................................... 1.17 1.5.3. Anexos ao Relatório Base............................................................................. 1.19 1.5.4. Peças Desenhadas ....................................................................................... 1.19

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  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    IC3 – TOMAR / COIMBRA

    ESTUDO PRÉVIO

    VOLUME 4 - ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

    VOLUME 4.2 - RELATÓRIO BASE

    ÍNDICE DE TEXTO

    1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 1.1

    1.1. Identificação do projecto, da fase respectiva e do proponente .............................. 1.1

    1.2. Entidade licenciadora e autoridade de AIA ............................................................ 1.1

    1.3. Identificação dos responsáveis pela elaboração do EIA e do período de elaboração ........................................................................................................................ 1.2

    1.4. Metodologia adoptada na realização do EIA.......................................................... 1.4

    1.4.1. Metodologia geral............................................................................................ 1.4 1.4.2. Metodologia de caracterização do ambiente afectado e sua evolução na ausência de projecto..................................................................................................... 1.5 1.4.3. Metodologia de previsão e avaliação de impactes ......................................... 1.5 1.4.4. Metodologia para análise comparativa das hipóteses de traçado ................ 1.13 1.4.5. Metodologia para definição das directrizes de acompanhamento ambiental e monitorização.......................................................................................... 1.15

    1.5. Estrutura geral e conteúdo do EIA ....................................................................... 1.16

    1.5.1. Resumo Não Técnico.................................................................................... 1.17 1.5.2. Relatório Base............................................................................................... 1.17 1.5.3. Anexos ao Relatório Base............................................................................. 1.19 1.5.4. Peças Desenhadas ....................................................................................... 1.19

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    2. OBJECTIVOS E JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO................................................................... 2.1

    2.1. Objectivos e necessidade do projecto.................................................................... 2.1

    2.2. Antecedentes do projecto e do EIA........................................................................ 2.3

    2.2.1. Justificação do abandono de traçados anteriormente estudados (Estudo Prévio de 2003) ............................................................................................................ 2.6

    2.3. Conformidade com instrumentos de gestão territorial em vigor............................. 2.8

    2.3.1. As propostas para o IC3 e os PDM................................................................. 2.9

    3. DESCRIÇÃO DO PROJECTO E DAS HIPÓTESES CONSIDERADAS ......................................... 3.1

    3.1. Descrição geral do Projecto ................................................................................... 3.1

    3.2. Localização do Projecto ......................................................................................... 3.5

    3.2.1. Localização regional e administrativa ............................................................. 3.5 3.2.2. Áreas sensíveis............................................................................................... 3.6 3.2.3. Instrumentos de gestão territorial em vigor..................................................... 3.7 3.2.4. Condicionantes (Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública) 3.11

    3.3. Descrição das soluções de traçado em estudo.................................................... 3.24

    3.3.1. Solução 1 ...................................................................................................... 3.24 3.3.2. Solução 2 ...................................................................................................... 3.30 3.3.3. Alternativas 1 a 7 .......................................................................................... 3.35 3.3.4. Ligação a Condeixa ...................................................................................... 3.40

    3.4. Apresentação e justificação de alternativas abandonadas .................................. 3.43

    3.5. Definição e justificação das possíveis combinações de soluções em estudo...... 3.43

    3.6. Características geométricas das soluções de traçado em estudo....................... 3.46

    3.7. Nós e ligação à rede viária................................................................................... 3.48

    3.8. Tráfego................................................................................................................. 3.52

    3.9. Drenagem............................................................................................................. 3.54

    3.9.1. Drenagem transversal................................................................................... 3.54 3.9.2. Drenagem longitudinal .................................................................................. 3.55

    3.10. Obras de Arte e Túneis..................................................................................... 3.56

    3.10.1. Obras de Arte ............................................................................................ 3.56 3.10.2. Túneis........................................................................................................ 3.57

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    3.11. Restabelecimentos ........................................................................................... 3.58

    3.12. Movimentos de terras ....................................................................................... 3.58

    3.13. Pavimentação ................................................................................................... 3.60

    3.13.1. Pavimentos da plena via do IC3 e Ligação a Condeixa ............................ 3.60 3.13.2. Pavimentos das restantes ligações ........................................................... 3.61

    3.14. Tipos de materiais e de energia utilizados e produzidos.................................. 3.61

    3.15. Tipos de efluentes, resíduos e emissões previsíveis e respectivas fontes ...... 3.63

    3.16. Estimativa do custo........................................................................................... 3.66

    3.17. Projectos complementares e associados ......................................................... 3.66

    3.18. Programação temporal ..................................................................................... 3.66

    4. CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE AFECTADO ................................................................... 4.1

    4.1. Clima ...................................................................................................................... 4.1

    4.1.1. Metodologia..................................................................................................... 4.1 4.1.2. Enquadramento climático da área .................................................................. 4.1 4.1.3. Meteorologia ................................................................................................... 4.2 4.1.4. Microclimatologia .......................................................................................... 4.11

    4.2. Geologia, Geomorfologia e Solos ........................................................................ 4.13

    4.2.1. Metodologia................................................................................................... 4.13 4.2.2. Geologia e geomorfologia ............................................................................. 4.14 4.2.3. Solos ............................................................................................................. 4.29

    4.3. Recursos Hídricos ................................................................................................ 4.34

    4.3.1. Aspectos quantitativos .................................................................................. 4.34 4.3.2. Aspectos Qualitativos.................................................................................... 4.57

    4.4. Componente Biológica ......................................................................................... 4.79

    4.4.1. Metodologia................................................................................................... 4.79 4.4.2. Flora e Vegetação......................................................................................... 4.85 4.4.3. Fauna............................................................................................................ 4.85 4.4.4. Répteis e Anfíbios ......................................................................................... 4.99 4.4.5. Habitats ....................................................................................................... 4.105

    4.5. Qualidade do Ar ................................................................................................. 4.109

    4.5.1. Metodologia................................................................................................. 4.109

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    4.5.2. Identificação dos receptores sensíveis potencialmente afectados ............. 4.109 4.5.3. Identificação e caracterização das fontes poluentes .................................. 4.111 4.5.4. Meteorologia ............................................................................................... 4.113 4.5.5. Caracterização da qualidade do ar ............................................................. 4.114

    4.6. Ambiente Sonoro................................................................................................ 4.117

    4.6.1. Metodologia................................................................................................. 4.117 4.6.2. Envolvente do traçado ................................................................................ 4.119 4.6.3. Medições de ruído ambiente....................................................................... 4.120 4.6.4. Ruído ambiente local .................................................................................. 4.127

    4.7. Componente Social ............................................................................................ 4.129

    4.7.1. Metodologia................................................................................................. 4.129 4.7.2. Caracterização da área de estudo.............................................................. 4.130 4.7.3. Posições dos actores locais sobre o projecto............................................. 4.172

    4.8. Planeamento e Gestão do Território .................................................................. 4.175

    4.8.1. Introdução ................................................................................................... 4.175 4.8.2. Metodologia................................................................................................. 4.176 4.8.3. Enquadramento administrativo e regional da área de estudo..................... 4.177 4.8.4. Ocupação actual do solo e inserção territorial ............................................ 4.181 4.8.5. Instrumentos de gestão do território e de política de solos......................... 4.199 4.8.6. Áreas condicionadas e servidões e restrições de utilidade pública............ 4.207

    4.9. Património Cultural............................................................................................. 4.221

    4.9.1. Metodologia................................................................................................. 4.221 4.9.2. Elementos patrimoniais identificados.......................................................... 4.225

    4.10. Paisagem........................................................................................................ 4.273

    4.10.1. Metodologia ............................................................................................. 4.273 4.10.2. Descrição da paisagem........................................................................... 4.277

    5. EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DO AMBIENTE AFECTADO NA AUSÊNCIA DO PROJECTO ................ 5.1

    6. AVALIAÇÃO DE IMPACTES AMBIENTAIS............................................................................. 6.1

    6.1. Clima ...................................................................................................................... 6.1

    6.1.1. Metodologia..................................................................................................... 6.1 6.1.2. Identificação, previsão e avaliação de impactes............................................. 6.2 6.1.3. Impactes cumulativos...................................................................................... 6.4 6.1.4. Síntese conclusiva .......................................................................................... 6.5

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    6.2. Geologia, Geomorfologia e Solos .......................................................................... 6.8

    6.2.1. Metodologia..................................................................................................... 6.8 6.2.2. Impactes geológicos ....................................................................................... 6.9 6.2.3. Impactes na geomorfologia........................................................................... 6.19 6.2.4. Impactes nos solos ....................................................................................... 6.24 6.2.5. Impactes cumulativos.................................................................................... 6.27 6.2.6. Síntese de conclusiva ................................................................................... 6.27

    6.3. Recursos Hídricos ................................................................................................ 6.38

    6.3.1. Aspectos Quantitativos ................................................................................. 6.38 6.3.2. Aspectos Qualitativos.................................................................................... 6.63

    6.4. Ecologia.............................................................................................................. 6.100

    6.4.1. Metodologia................................................................................................. 6.100 6.4.2. Identificação, previsão e avaliação de impactes......................................... 6.103 6.4.3. Impactes cumulativos.................................................................................. 6.112 6.4.4. Síntese conclusiva ...................................................................................... 6.113

    6.5. Qualidade do Ar ................................................................................................. 6.128

    6.5.1. Metodologia................................................................................................. 6.128 6.5.2. Enquadramento legal .................................................................................. 6.128 6.5.3. Impactes na fase de construção ................................................................. 6.129 6.5.4. Impactes na fase de exploração ................................................................. 6.136 6.5.5. Impactes cumulativos.................................................................................. 6.141 6.5.6. Síntese conclusiva ...................................................................................... 6.142

    6.6. Ambiente Sonoro................................................................................................ 6.144

    6.6.1. Metodologia................................................................................................. 6.144 6.6.2. Identificação, previsão e avaliação de impactes......................................... 6.145 6.6.3. Síntese conclusiva ...................................................................................... 6.159

    6.7. Componente Social ............................................................................................ 6.165

    6.7.1. Metodologia................................................................................................. 6.165 6.7.2. Identificação, previsão e avaliação de impactes......................................... 6.169 6.7.3. Impactes cumulativos.................................................................................. 6.189 6.7.4. Síntese conclusiva ...................................................................................... 6.193

    6.8. Planeamento e Gestão do Território .................................................................. 6.204

    6.8.1. Introdução ................................................................................................... 6.204 6.8.2. Metodologia................................................................................................. 6.206

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    6.8.3. Identificação e avaliação de impactes ........................................................ 6.206 6.8.4. Impactes cumulativos.................................................................................. 6.232 6.8.5. Síntese conclusiva ...................................................................................... 6.232

    6.9. Património Cultural............................................................................................. 6.241

    6.9.1. Metodologia................................................................................................. 6.241 6.9.2. Identificação, previsão e avaliação de impactes......................................... 6.244 6.9.3. Impactes cumulativos.................................................................................. 6.248 6.9.4. Síntese conclusiva ...................................................................................... 6.248

    6.10. Paisagem........................................................................................................ 6.250

    6.10.1. Metodologia ............................................................................................. 6.250 6.10.2. Identificação, previsão e avaliação de impactes ..................................... 6.251 6.10.3. Impactes cumulativos .............................................................................. 6.253 6.10.4. Síntese conclusiva................................................................................... 6.254

    7. MEDIDAS DE MITIGAÇÃO ................................................................................................. 7.1

    7.1. Clima ...................................................................................................................... 7.1

    7.2. Geologia, Geomorfologia e Solos .......................................................................... 7.1

    7.2.1. Fase de construção......................................................................................... 7.1 7.2.2. Fase de exploração......................................................................................... 7.2

    7.3. Recursos Hídricos .................................................................................................. 7.2

    7.3.1. Aspectos quantitativos .................................................................................... 7.2 7.3.2. Aspectos qualitativos ...................................................................................... 7.3

    7.4. Componente Biológica ........................................................................................... 7.5

    7.4.1. Flora e Vegetação........................................................................................... 7.5 7.4.2. Fauna.............................................................................................................. 7.6

    7.5. Qualidade do Ar ..................................................................................................... 7.9

    7.6. Ambiente Sonoro.................................................................................................... 7.9

    7.6.1. Considerações gerais ..................................................................................... 7.9 7.6.2. Necessidade de medidas de mitigação ........................................................ 7.10 7.6.3. Tipologias de medidas de mitigação............................................................. 7.10

    7.7. Componente Social .............................................................................................. 7.11

    7.7.1. Fase de Projecto de Execução ..................................................................... 7.11 7.7.2. Fase de construção....................................................................................... 7.12

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    7.8. Planeamento e Gestão do Território .................................................................... 7.13

    7.9. Património Cultural............................................................................................... 7.15

    7.10. Paisagem.......................................................................................................... 7.17

    7.10.1. Fase de construção................................................................................... 7.17 7.10.2. Fase de exploração ................................................................................... 7.18

    7.11. Síntese das medidas de minimização .............................................................. 7.19

    8. ANÁLISE COMPARATIVA DE HIPÓTESES DE TRAÇADO....................................................... 8.1

    8.1. Introdução .............................................................................................................. 8.1

    8.2. Clima ...................................................................................................................... 8.2

    8.3. Geologia, Geomorfologia e Solos .......................................................................... 8.3

    8.4. Recursos Hídricos .................................................................................................. 8.5

    8.4.1. Aspectos quantitativos .................................................................................... 8.5 8.4.2. Aspectos qualitativos ...................................................................................... 8.6

    8.5. Componente Biológica ........................................................................................... 8.8

    8.5.1. Flora e Vegetação........................................................................................... 8.9 8.5.2. Fauna............................................................................................................ 8.10

    8.6. Ambiente Sonoro.................................................................................................. 8.11

    8.6.1. Trecho Sul - Tomar / Avelar Sul.................................................................... 8.11 8.6.2. Trecho Norte - Avelar Sul / Ceira .................................................................. 8.12 8.6.3. Travessia do Mondego - Ceira / Coimbra ..................................................... 8.12 8.6.4. Conclusão ..................................................................................................... 8.13

    8.7. Componente Social .............................................................................................. 8.13

    8.7.1. Trecho Sul - Tomar / Avelar-Sul.................................................................... 8.14 8.7.2. Zona de Ligação a Sul de Avelar .................................................................. 8.14 8.7.3. Trecho Norte - Avelar-Sul / Ceira.................................................................. 8.15 8.7.4. Travessia do Mondego - Ceira / Coimbra .................................................... 8.15 8.7.5. Avaliação global ............................................................................................ 8.15

    8.8. Planeamento e Gestão do Território .................................................................... 8.22

    8.9. Património Cultural............................................................................................... 8.25

    8.10. Paisagem.......................................................................................................... 8.27

    8.10.1. Método 1.................................................................................................... 8.27

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    8.10.2. Método 2.................................................................................................... 8.33

    8.11. Balanço da comparação de alternativas........................................................... 8.40

    9. PROGRAMAS DE MONITORIZAÇÃO ................................................................................... 9.1

    9.1. Introdução .............................................................................................................. 9.1

    9.2. Recursos Hídricos .................................................................................................. 9.2

    9.3. Ambiente Sonoro.................................................................................................... 9.3

    9.3.1. Fase de construção......................................................................................... 9.4 9.3.2. Fase de exploração......................................................................................... 9.5 9.3.3. Técnicas e métodos de análise....................................................................... 9.5 9.3.4. Critérios de análise ......................................................................................... 9.6 9.3.5. Relatórios de monitorização............................................................................ 9.6

    9.4. Componente Social ................................................................................................ 9.6

    9.4.1. Principais impactes a monitorizar ................................................................... 9.7

    9.5. Património Cultural................................................................................................. 9.8

    9.6. Paisagem ............................................................................................................... 9.9

    10. LACUNAS TÉCNICAS E DE CONHECIMENTO ................................................................ 10.1

    11. CONCLUSÕES........................................................................................................... 11.1

    12. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 12.1

    13. ENTIDADES CONTACTADAS NO ÂMBITO DA ELABORAÇÃO DO EIA................................. 13.1

    ÍNDICE DE QUADROS

    Quadro 1.3.1 - Equipa técnica envolvida na elaboração do EIA .......................................... 1.3

    Quadro 1.4.1 - Acções de projecto a considerar na análise de impactes ............................ 1.7

    Quadro 1.4.2 - Critérios de avaliação de impactes............................................................. 1.10

    Quadro 1.4.3 - Definições adoptadas na análise de impactes cumulativos ....................... 1.12

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    Quadro 1.4.4 - Classificação utilizada na avaliação comparativa das hipóteses de traçado.......................................................................................................................... 1.14

    Quadro 1.5.1 - Estrutura e conteúdo do Relatório Base..................................................... 1.18

    Quadro 2.3.1 - Planos Municipais de Ordenamento do Território em vigor ......................... 2.8

    Quadro 2.3.2 - Planos sectoriais com incidência territorial em vigor.................................... 2.9

    Quadro 3.1.1 - Resumo geral de quantidades da rede viária estudada ............................... 3.4

    Quadro 3.2.1 - Inserção territorial do projecto ...................................................................... 3.5

    Quadro 3.2.2 - IGT com incidência nos corredores em estudo ............................................ 3.8

    Quadro 3.2.3 - Linhas de água não navegáveis nem flutuáveis atravessadas pelo projecto ......................................................................................................................... 3.12

    Quadro 3.2.4 - Diplomas legais que aprovam a REN nos concelhos da área de estudo... 3.18

    Quadro 3.2.5 - Distâncias verticais (em metros) em função da tensão nominal da linha eléctrica ........................................................................................................................ 3.20

    Quadro 3.2.6 - Localização dos pontos de cruzamento dos corredores com linhas de eléctricas....................................................................................................................... 3.21

    Quadro 3.5.1 - Composição das hipóteses de traçado ...................................................... 3.45

    Quadro 3.5.2 - Ligações possíveis entre os Trechos Sul e Norte ...................................... 3.46

    Quadro 3.7.1 - Nós de ligação previstos nas diversas soluções de traçado...................... 3.48

    Quadro 3.8.1 - Valores de tráfego previstos para os anos 2012, 2022 e 2032 (perspectiva optimista).................................................................................................. 3.53

    Quadro 3.8.2 - Valores de tráfego previstos para os anos 2012, 2022 e 2032 (perspectiva optimista).................................................................................................. 3.54

    Quadro 3.15.1 - Efluentes, emissões e resíduos previsíveis na fase de construção ......... 3.63

    Quadro 3.15.2 - Efluentes, resíduos e emissões na fase de exploração ........................... 3.65

    Quadro 4.1.1 - Coordenadas geográficas das estações meteorológicas em análise .......... 4.2

    Quadro 4.1.2 - Síntese dos parâmetros mais relevantes relativos ao regime térmico nas Estações Climatológicas de Coimbra e Tancos/Base Aérea (1951/1980) .............. 4.3

    Quadro 4.1.3 - Síntese dos parâmetros mais relevantes relativos ao regime pluviométrico nas estações meteorológicas em análise (1951/1980) ............................ 4.8

    Quadro 4.1.4 - Número de dias de nevoeiro, neve e geada nas Estações Climatológicas de Coimbra e Tancos/Base Aérea (1951/1980) ................................... 4.10

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    Quadro 4.2.1 - Relação entre os substratos geológicos presentes e os principais tipos de solos derivados........................................................................................................ 4.33

    Quadro 4.3.1 - Principais cursos de água e bacias hidrográficas atravessadas pelos traçados do IC3 no Sublanço Tomar - Coimbra ........................................................... 4.38

    Quadro 4.3.2 - Principais características das estações hidrométricas utilizadas............... 4.40

    Quadro 4.3.3 - Valores médios de caudais nos semestres seco e húmido, nas estações hidrométricas Agroal, Louçainha, Ponte Cabouco e Ponte de Santa Clara.. 4.40

    Quadro 4.3.4 - Estimativa do escoamento anual médio e caudal médio anual nas principais secções atravessadas pelos traçados em estudo nos semestres húmido e seco ........................................................................................................................... 4.42

    Quadro 4.3.5 - Caudais e alturas máximas instantâneas atingidas nas estações hidrométricas ................................................................................................................ 4.43

    Quadro 4.3.6 - Caudais de máxima cheia, para período de retorno de 100 anos.............. 4.46

    Quadro 4.3.7 - Caudais das principais nascentes na envolvente do projecto (sistema aquífero Sicó-Alvaiázere) ............................................................................................. 4.52

    Quadro 4.3.8 - Produtividades médias de captações em depósitos aluvionares da bacia do Mondego no Maciço Hespérico...................................................................... 4.54

    Quadro 4.3.9 - Síntese de dados obtidos em piezómetros existentes nas proximidades do projecto .................................................................................................................... 4.55

    Quadro 4.3.10 - Profundidades do nível de água, de acordo com as prospecções efectuadas .................................................................................................................... 4.56

    Quadro 4.3.11 - Índices de atendimento de abastecimento de público de água................ 4.58

    Quadro 4.3.12 - Sistemas de abastecimento nas freguesias da área de estudo do concelho de Penela ...................................................................................................... 4.59

    Quadro 4.3.13 - Sistemas de abastecimento nas freguesias da área de estudo do concelho de Miranda do Corvo..................................................................................... 4.60

    Quadro 4.3.14 - Índices de atendimento a sistemas de drenagem e a sistemas de tratamento de águas residuais ..................................................................................... 4.62

    Quadro 4.3.15 - ETAR incluídas no sistema de saneamento das Águas do Centro, S.A. . 4.63

    Quadro 4.3.16 - ETAR incluídas no sistema de saneamento das Águas do Centro, S.A. . 4.64

    Quadro 4.3.17 - Atribuição de classes de vulnerabilidade à poluição................................ 4.68

    Quadro 4.3.18 - Estações de amostragem consideradas para a classificação da qualidade dos recursos hídricos superficiais ................................................................ 4.70

    Quadro 4.3.19 - Classificação da qualidade da água de acordo com os dois critérios utilizados....................................................................................................................... 4.72

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    Quadro 4.3.20 - Estações de amostragem de qualidade dos recursos hídricos subterrâneos................................................................................................................. 4.75

    Quadro 4.3.21 - Qualidade da água dos sistemas aquíferos da área de estudo ............... 4.77

    Quadro 4.4.1 - Habitats e Formações vegetais .................................................................. 4.83

    Quadro 4.4.2 - Classificação dos habitats e formações da área de estudo ....................... 4.84

    Quadro 4.4.3 - Estatuto de conservação das espécies de mamíferos com ocorrência confirmada (*) ou potencial na área em estudo............................................................ 4.86

    Quadro 4.4.4 - Estatuto fenológico e estatutos de conservação da avifauna com ocorrência confirmada (*) ou potencial na área em estudo .......................................... 4.93

    Quadro 4.4.5 - Estatuto de conservação das espécies de répteis e anfíbios com ocorrência confirmada (*) ou potencial na área em estudo ........................................ 4.100

    Quadro 4.5.1 - Emissões de poluentes por concelho....................................................... 4.112

    Quadro 4.5.2 - Classes de estabilidade e respectivas frequências de ocorrência, para a região em estudo ..................................................................................................... 4.114

    Quadro 4.6.1 - Indicadores de ruído registados nos locais de avaliação acústica considerados .............................................................................................................. 4.125

    Quadro 4.7.1 - Inserção territorial do projecto .................................................................. 4.131

    Quadro 4.7.2 - Distribuição (em %) da População Residente segundo a dimensão dos Lugares (2001) ........................................................................................................... 4.133

    Quadro 4.7.3 - Número de lugares, por concelho, por classe de dimensão populacional (2001) ......................................................................................................................... 4.134

    Quadro 4.7.4 - Evolução do volume de População Residente (1981-2001) e Densidade Populacional (2001).................................................................................................... 4.138

    Quadro 4.7.5 - Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e Índice de Envelhecimento (IE) .............................................................................................................................. 4.139

    Quadro 4.7.6 - Distribuição da população residente activa empregada por sectores de actividade económica (2001)...................................................................................... 4.140

    Quadro 4.7.7 - Síntese de indicadores sociais e económicos.......................................... 4.142

    Quadro 4.7.8 - Estabelecimentos de ensino, hospitais e tribunais................................... 4.147

    Quadro 4.7.9 - Freguesias de Tomar ............................................................................... 4.149

    Quadro 4.7.10 - Freguesias de Ferreira do Zêzere .......................................................... 4.151

    Quadro 4.7.11 - Freguesias de Alvaiázere ....................................................................... 4.154

    Quadro 4.7.12 - Freguesias de Figueiró dos Vinhos........................................................ 4.157

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    Quadro 4.7.13 - Freguesias de Ansião............................................................................. 4.160

    Quadro 4.7.14 - Freguesias de Penela............................................................................. 4.162

    Quadro 4.7.15 - Freguesias de Miranda do Corvo ........................................................... 4.165

    Quadro 4.7.16 - Freguesias de Condeixa-a-Nova............................................................ 4.166

    Quadro 4.7.17 - Freguesias de Coimbra .......................................................................... 4.169

    Quadro 4.8.1 - Localização administrativa ....................................................................... 4.177

    Quadro 4.8.2 - Classes de ocupação do solo dominantes ............................................... 4.181

    Quadro 4.8.3 - Classes e categorias de espaços (PDM) atravessadas pelos corredores do IC3 ......................................................................................................................... 4.203

    Quadro 4.8.4 - Linhas de água atravessadas na área de estudo..................................... 4.212

    Quadro 4.8.5 - Distâncias verticais (em metros) em função da tensão nominal da linha eléctrica ...................................................................................................................... 4.216

    Quadro 4.8.6 - Localização dos pontos de cruzamento dos corredores com linhas de eléctricas..................................................................................................................... 4.217

    Quadro 4.9.1 - Elementos patrimoniais identificados no corredor de 400 m.................... 4.226

    Quadro 4.9.2 - Elementos patrimoniais de enquadramento ............................................. 4.265

    Quadro 4.10.1 - Qualidade visual da paisagem ............................................................... 4.286

    Quadro 4.10.2 - Capacidade de absorção visual da paisagem........................................ 4.287

    Quadro 4.10.3 - Sensibilidade da paisagem..................................................................... 4.287

    Quadro 6.1.1 - Principais impactes microclimáticos do projecto .......................................... 6.3

    Quadro 6.1.2 - Síntese dos impactes: Clima ........................................................................ 6.6

    Quadro 6.2.1 - Síntese das quantidades de materiais do substrato geológico a extrair por hipótese de traçado ................................................................................................ 6.11

    Quadro 6.2.2 - Síntese dos impactes na geomorfologia associados aos aterros e escavações do projecto, por hipótese de traçado ........................................................ 6.22

    Quadro 6.2.3 - Volumes totais de terra vegetal a decapar, por hipótese de traçado ......... 6.26

    Quadro 6.2.4 - Síntese dos impactes: Geologia, Geomorfologia e Solos .......................... 6.28

    Quadro 6.3.1 - Síntese de impactes: Aspectos Quantitativos dos Recursos Hídricos Superficiais ................................................................................................................... 6.46

    Quadro 6.3.2 - Interferência dos traçados em estudo com as formações geológicas associadas ao sistema aquífero Liásico Penela-Tomar ............................................... 6.54

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    Quadro 6.3.3 - Extensão global de atravessamento dos sistemas aquíferos Liásico Penela-Tomar e Sicó-Alvaiázere .................................................................................. 6.55

    Quadro 6.3.4 - Síntese de impactes: Aspectos Quantitativos dos Recursos Hídricos Subterrâneos ................................................................................................................ 6.59

    Quadro 6.3.5 - Objectivos ambientais de qualidade mínima .............................................. 6.65

    Quadro 6.3.6 - Qualidade das águas destinadas à rega.................................................... 6.65

    Quadro 6.3.7 - Valores limite de emissão na descarga de águas residuais....................... 6.65

    Quadro 6.3.8 - Resumo dos resultados das CML para o semestre seco........................... 6.71

    Quadro 6.3.9 - Comparação dos resultados com campanhas de monitorização já realizadas ..................................................................................................................... 6.71

    Quadro 6.3.10 - Avaliação da conformidade do zinco para os objectivos ambientais de qualidade mínima dos meios receptores após a mistura completa. Trecho Sul (Tomar - Avelar Sul)...................................................................................................... 6.73

    Quadro 6.3.11 - Avaliação da conformidade do zinco para os objectivos ambientais de qualidade mínima dos meios receptores após a mistura completa. Trecho Norte (Avelar Sul - Ceira) ....................................................................................................... 6.73

    Quadro 6.3.12 - Avaliação da conformidade do zinco para os objectivos ambientais de qualidade mínima dos meios receptores após a mistura completa. Travessia do Mondego (Ceira - Coimbra) .......................................................................................... 6.74

    Quadro 6.3.13 - Valor de vulnerabilidade e valor de uso sensível ..................................... 6.80

    Quadro 6.3.14 - Localização das captações para abastecimento público em cada hipótese de traçado ...................................................................................................... 6.81

    Quadro 6.3.15 - Valor de final de SRHS por cada hipótese de traçado ............................. 6.82

    Quadro 6.3.16 - Síntese de impactes: Aspectos Qualitativos dos Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos.......................................................................................... 6.85

    Quadro 6.4.1 - Classificação da magnitude dos impactes e sua definição ...................... 6.101

    Quadro 6.4.2 - Classificação da magnitude dos impactes e sua definição. ..................... 6.103

    Quadro 6.4.3 - Áreas dos habitats e formações vegetais pertencentes às Classes I e II interceptadas pelo corredor de 80m e sua representatividade (%) na área total do corredor ...................................................................................................................... 6.105

    Quadro 6.4.4 - Percentagem de área sensível interceptada pelo corredor de 80m para o conjunto dos trechos em estudo.............................................................................. 6.109

    Quadro 6.4.5 - Percentagem de área sensível interceptada pelo corredor de 80m para o conjunto dos trechos em estudo.............................................................................. 6.111

    Quadro 6.4.6 - Síntese de impactes: Flora e Vegetação.................................................. 6.114

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    Quadro 6.4.7 - Síntese de impactes: Fauna..................................................................... 6.121

    Quadro 6.5.1 - Factores de Emissão por Veículo para as PM-2,5, PM-10 e PM-30........ 6.131

    Quadro 6.5.2 - Emissões provenientes da detonação de explosivos............................... 6.134

    Quadro 6.5.3 - Valores-limite de emissão para veículos pesados equipados com motor diesel .......................................................................................................................... 6.135

    Quadro 6.5.4 - Valores-limite de emissão de poluentes atmosféricos para máquinas móveis não rodoviárias ............................................................................................... 6.135

    Quadro 6.5.5 - Resumo dos resultados obtidos pelo modelo CALINE4........................... 6.139

    Quadro 6.5.6 - Síntese de impactes: Qualidade do Ar .................................................... 6.143

    Quadro 6.6.1 - Níveis sonoros LAeq gerados pelas operações/equipamentos de construção .................................................................................................................. 6.146

    Quadro 6.6.2 - Valores de TMDA para a Secção Média das Soluções 1B e 2B, para os anos 2012, 2022 e 2032 (perspectiva optimista) ........................................................ 6.149

    Quadro 6.6.3 - Síntese de impactes: Ambiente Sonoro ................................................... 6.163

    Quadro 6.7.1 - Factores de análise de impactes.............................................................. 6.167

    Quadro 6.7.2 - Solução 1: Identificação e avaliação de impactes.................................... 6.175

    Quadro 6.7.3 - Solução 1 - Ligações a Condeixa: Identificação e avaliação de impactes6.179

    Quadro 6.7.4 - Solução 2: Identificação e avaliação de impactes.................................... 6.180

    Quadro 6.7.5 - Alternativas de interligação: Identificação e avaliação de impactes......... 6.183

    Quadro 6.7.6 - Análise de impactes cumulativos: Componente Social ............................ 6.191

    Quadro 6.7.7 - Síntese de impactes: Componente Social................................................ 6.194

    Quadro 6.8.1 - Categorias de espaços interferidas pelo IC3............................................ 6.210

    Quadro 6.8.2 - Usos do solo considerados ...................................................................... 6.214

    Quadro 6.8.3 - Área de RAN por corredor (ha) ............................................................... 6.224

    Quadro 6.8.4 - Áreas de REN por corredor (em ha)......................................................... 6.226

    Quadro 6.8.5 - Outras condicionantes.............................................................................. 6.230

    Quadro 6.8.6 - Síntese de impactes: Planeamento e gestão do território........................ 6.233

    Quadro 6.9.1 - Avaliação de impactes: Património arqueológico e arquitectónico .......... 6.244

    Quadro 6.9.2 - Avaliação de impactes: Via Romana........................................................ 6.246

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    Quadro 6.10.1 - Impactes na fase de construção............................................................. 6.252

    Quadro 6.10.2 - Impactes na fase de exploração............................................................. 6.252

    Quadro 6.10.3 - Síntese de impactes: Paisagem............................................................. 6.255

    Quadro 7.11.1 - Síntese das medidas de minimização ...................................................... 7.20

    Quadro 8.1.1 - Coeficientes de ponderação para cada factor.............................................. 8.1

    Quadro 8.2.1 - Classificação das hipóteses de traçado - Clima........................................... 8.3

    Quadro 8.3.1 - Classificação das hipóteses de traçado - Geologia, Geomorfologia e Solos............................................................................................................................... 8.4

    Quadro 8.4.1 - Classificação das hipóteses de traçado - Recursos hídricos, aspectos quantitativos.................................................................................................................... 8.6

    Quadro 8.4.2 - Classificação das hipóteses de traçado - Recursos hídricos, aspectos qualitativos...................................................................................................................... 8.8

    Quadro 8.5.1 - Classificação das hipóteses de traçado - Flora e Vegetação....................... 8.9

    Quadro 8.5.2 - Classificação das hipóteses de traçado - Fauna........................................ 8.10

    Quadro 8.6.1 - Classificação das hipóteses de traçado - Ambiente Sonoro, Trecho Sul... 8.11

    Quadro 8.6.2 - Classificação das hipóteses de traçado - Ambiente Sonoro, Trecho Norte ............................................................................................................................. 8.12

    Quadro 8.7.1 - Classificação das hipóteses de traçado - Componente Social................... 8.16

    Quadro 8.8.1 - Classificação das hipóteses de traçado - Planeamento e Gestão do Território ....................................................................................................................... 8.23

    Quadro 8.9.1 - Classificação das hipóteses de traçado - Património Cultural ................... 8.26

    Quadro 8.10.1 - Trecho Sul (Tomar / Avelar Sul) ............................................................... 8.28

    Quadro 8.10.2 - Trecho da Zona de Ligação a Sul de Avelar ............................................ 8.30

    Quadro 8.10.3 - Trecho Norte (Avelar Sul / Ceira) ............................................................. 8.31

    Quadro 8.10.4 - Trecho da Travessia do Mondego (Ceira / Coimbra) ............................... 8.32

    Quadro 8.10.5 - Trecho Sul (Tomar / Avelar Sul) ............................................................... 8.34

    Quadro 8.10.6 - Trecho da Zona de Ligação a Sul de Avelar ............................................ 8.35

    Quadro 8.10.7 - Trecho Norte (Avelar Sul / Ceira) ............................................................. 8.37

    Quadro 8.10.8 - Trecho da Travessia do Mondego (Ceira / Coimbra) ............................... 8.38

    Quadro 8.10.9 - Classificação das hipóteses de traçado - Paisagem................................ 8.39

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    Quadro 8.11.1 - Valores finais de classificação das alternativas ....................................... 8.40

    Quadro 9.1.1 - Definição dos programas de monitorização a apresentar no RECAPE ....... 9.2

    ÍNDICE DE FIGURAS

    Figura 1.4.1 - Diferentes perspectivas de análise de impactes: à esquerda a abordagem usual nos EIA, à direita a perspectiva da avaliação de impactes cumulativos (figura extraída de Kalff,1995) .................................................................. 1.13

    Figura 2.2.1 - Esquema geral dos traçados anteriormente estudados e actualmente propostos ........................................................................................................................ 2.5

    Figura 3.5.1 - Esquema da divisão das Soluções, Alternativas e Ligações previstas por trechos .......................................................................................................................... 3.44

    Figura 4.1.1 - Gráfico termo-pluviométrico da estação climatológica de Coimbra (1951-1980)............................................................................................................................... 4.4

    Figura 4.1.2 - Gráfico termo-pluviométrico da estação climatológica de Tancos/Base Aérea (1959-1980).......................................................................................................... 4.4

    Figura 4.1.3 - Gráfico pluviométrico de Penela (1951-1980)................................................ 4.5

    Figura 4.1.4 - Gráfico pluviométrico de Alvaiázere (1951-1980) .......................................... 4.6

    Figura 4.1.5 - Gráfico pluviométrico de Rego da Murta (1951-1980) ................................... 4.6

    Figura 4.1.6 - Gráfico pluviométrico de Tomar (1951-1980)................................................. 4.7

    Figura 4.1.7 - Rosa-dos-ventos da estação climatológica de Coimbra (1951-1980).......... 4.10

    Figura 4.1.8 - Rosa-dos-ventos da estação climatológica de Tancos/Base Aérea (1959-1970) .................................................................................................................. 4.11

    Figura 4.2.1 - Enquadramento geológico da área em estudo (extracto da carta Geológica de Portugal na escala 1:500.000, ampliada para 1:250.000)...................... 4.15

    Figura 4.2.2 - Carta de isossistas de intensidade máxima................................................. 4.20

    Figura 4.2.3 - Excerto ampliado da Carta Neotectónica de Portugal na região onde se inserem os traçados em estudo para o IC3.................................................................. 4.22

    Figura 4.2.4 - Serras Calcárias de Condeixa-Sicó-Alvaiázere ........................................... 4.25

    Figura 4.2.5 - Enquadramento pedológico da área em estudo .......................................... 4.30

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    Figura 4.3.1 - Hierarquia das principais linhas de água atravessadas pelos traçados em estudo ..................................................................................................................... 4.37

    Figura 4.4.1 - Pontos de observação na envolvente aos traçados em estudo do IC3-Coimbra/Tomar ............................................................................................................. 4.80

    Figura 4.4.2 - Localização dos abrigos de morcegos referidos por Palmeirim & Rodrigues (1992) na zona envolvente à área de estudo.............................................. 4.90

    Figura 4.4.3 - Área de ocorrência probabilística do rato de cabrera .................................. 4.92

    Figura 4.4.4 - Áreas prioritárias para a conservação em Portugal do Lagarto-de-água (Brito et al. 1998). Em ambos os casos o nível I corresponde ao mais prioritário...... 4.103

    Figura 4.4.5 - Áreas classificadas na envolvente aos eixos em estudo do IC3 – Tomar/ Coimbra ...................................................................................................................... 4.104

    Figura 4.5.1 - Isolinhas de concentração de dióxido de azoto (a) e dióxido de enxofre (b) para Portugal continental. Área de estudo assinalada a vermelho ....................... 4.115

    Figura 4.10.1 - Metodologia global adoptada na análise do descritor Paisagem............. 4.275

    Figura 4.10.2 - Zonas fitogeográficas predominantes na região em estudo .................... 4.278

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    1.1

    1. INTRODUÇÃO

    1.1. Identificação do projecto, da fase respectiva e do proponente

    O presente Estudo de Impacte Ambiental (EIA) incide sobre o projecto, em fase de Estudo Prévio, do Lanço Tomar/Coimbra do Itinerário Complementar (IC) n.º 3, que doravante e de forma abreviada se designará por IC3 – Tomar/Coimbra. O Túnel de Ceira, na EN 17, considerado no Estudo Prévio do Lanço Tomar/Coimbra do IC3, não é objecto de análise no EIA.

    O proponente é a empresa EP – Estradas de Portugal, E.P.E., nos termos do Decreto-Lei n.º 239/2004, de 21 de Dezembro, como resultado da transformação do Instituto das Estradas de Portugal (EP) em entidade pública empresarial, criado pelo Decreto-Lei 558/99, de 17 de Dezembro. Constitui objecto da empresa “A prestação do serviço público, em moldes empresariais, de planeamento, gestão, desenvolvimento e execução da política de infra-estruturas rodoviárias definida no Plano Rodoviário Nacional, numa perspectiva integrada de ordenamento do território e desenvolvimento económico.”

    A EP – Estradas de Portugal, EPE é uma empresa tutelada pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC).

    1.2. Entidade licenciadora e autoridade de AIA

    A entidade licenciadora é a EP – Estradas de Portugal, EPE.

    O projecto será sujeito a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), de acordo com a alínea a) do n.º 3 do Artigo 1.º do Decreto-Lei nº 69/2000, de 3 de Maio, com a redacção que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro, que altera e republica o Decreto Lei nº 69/2000, de 3 de Maio, uma vez que se encontra abrangido pelas alíneas b) e c) do n.º 7 do Anexo I.

    O facto do Projecto a realizar estar incluído no Anexo I determina, de acordo com o Artigo 7.º do referido diploma legal, que a Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) seja a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    1.2

    1.3. Identificação dos responsáveis pela elaboração do EIA e do período de elaboração

    A EP – Estradas de Portugal, EPE adjudicou a elaboração do Estudo Prévio à empresa COTEPROL, que subcontratou à ECOSSISTEMA – Consultores em Engenharia do Ambiente, Lda., a elaboração do respectivo EIA.

    No Quadro 1.3.1 apresenta-se a composição da equipa técnica envolvida na elaboração do EIA.

    A elaboração do presente EIA decorreu no período entre Junho de 2006 e Julho de 2007.

    A estrutura e conteúdo do EIA respeitam as normas técnicas constantes da Portaria nº 330/2001 de 2 de Abril.

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    1.3

    Quadro 1.3.1 - Equipa técnica envolvida na elaboração do EIA

    Técnico Formação académica e/ou profissional Função (empresa)

    Júlio de Jesus Engenheiro do Ambiente Direcção Técnica

    Sérgio Brites Geógrafo (geografia física), Mestre em

    Hidráulica e Recursos Hídricos

    Co-Coordenação do EIA

    Clima,

    Geologia, Geomorfologia e Solos

    Recursos Hídricos (aspectos quantitativos)

    Paulo Pereira Engenheiro do Ambiente

    Apoio à Coordenação

    Recursos Hídricos (aspectos qualitativos),

    Qualidade do Ar

    Sérgio Chozas Biólogo

    Componente Biológica (Flora

    e Vegetação) (MÃE

    D’ÁGUA)

    Susana Reis Bióloga Componente Biológica

    (Fauna) (MÃE D’ÁGUA)

    José Luis Bento Coelho

    Engenheiro Electrotécnico, Doutor em Acústica

    Ambiente Sonoro (ACUSTICONTROL)

    Dulce Churro Engenheira Electrotécnica Ambiente Sonoro (ACUSTICONTROL)

    Sofia Antunes Engenheira do Ambiente Co-Coordenação do EIA

    Carlos Nuno Antropólogo, Mestre em Planeamento Regional e Urbano Planeamento e Gestão do

    Território

    João José Martins Sociólogo Componente Social (SOCIAMB)

    Pilar Reis Arqueóloga, Mestre em Arqueologia Património Cultural (PAVONE & REIS)

    Eduardo Tomaz Arquitecto Paisagista Paisagem (ARCHIVITA)

    Paula Oliveira Técnica de desenho Desenho

    Cláudio Duarte Técnico de desenho Desenho

  • IC3 - Tomar / Coimbra - Estudo de Impacte Ambiental Relatório Base

    1.4

    1.4. Metodologia adoptada na realização do EIA

    1.4.1. Metodologia geral

    A metodologia seguida na elaboração do EIA consistiu na adaptação da sequência faseada e interactiva de actividades, típica da realização de estudos deste tipo:

    - Reuniões com a equipa de projecto, reuniões da equipa do EIA e reuniões parciais entre elementos da equipa técnica, em função das complementariedades temáticas;

    - Análise dos elementos que compõem o Estudo Prévio;

    - Caracterização da situação actual do ambiente afectado, através de levantamentos de campo, consulta a entidades, análise de fotografia aérea e de cartografia e análise documental;

    - Identificação, previsão e avaliação dos impactes potencialmente gerados pelo projecto, onde se incluem análises interdisciplinares decorrentes da discussão entre elementos da equipa técnica;

    - Análise comparativa das hipóteses de traçado;

    - Identificação de medidas para evitar, reduzir ou compensar os impactes negativos potencialmente gerados, quer para a fase de projecto de execução, quer para as fases de construção e de exploração da estrada;

    - Definição geral das directrizes de monitorização, a pormenorizar em fase de projecto de execução;

    - Identificação das lacunas técnicas e de conhecimento mais relevantes;

    - Elaboração das peças escritas e desenhadas do EIA e respectiva revisão.

    Todas estas actividades decorreram em estreita interacção com o projectista COTEPROL e com o proponente EP – Estradas de Portugal, E.P.E..

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    1.5

    1.4.2. Metodologia de caracterização do ambiente afectado e sua evolução na ausência de projecto

    A caracterização do ambiente afectado pelo projecto constitui a base para a previsão e avaliação dos impactes ambientais potencialmente gerados pelo projecto.

    Corresponde à descrição das características actuais e do comportamento dinâmico das componentes ambientais em análise, consideradas no âmbito do EIA, limitando-se aos factores e aspectos identificados como relevantes para a subsequente avaliação de impactes.

    As áreas de estudo a considerar nesta caracterização serão, naturalmente, variáveis de acordo com as diferentes componentes ambientais. Os limites mais relevantes serão os concelhos e as freguesias atravessados, as bacias hidrográficas e um corredor de 400 metros de largura centrado no eixo de cada traçado. Na Ecologia serão consideradas as áreas de interesse natural envolventes dos corredores, mesmo que afastadas alguns quilómetros, na medida em que são importantes para a análise de corredores ecológicos. No caso da Paisagem a área de estudo considerada corresponderá a uma envolvente de cerca de 1,5 km para cada lado dos traçados em estudo.

    A partir da caracterização do ambiente potencialmente afectado, define-se um cenário previsível de evolução do ambiente afectado na ausência do projecto, que corresponde a uma projecção das características e do comportamento das várias componentes ambientais para o horizonte de projecto, efectuada com base na extrapolação da sua evolução através de métodos definidos consoante a componente ambiental.

    1.4.3. Metodologia de previsão e avaliação de impactes

    1.4.3.1. Pressupostos

    A análise de impactes a desenvolver no âmbito de um EIA constitui um processo complexo tendo em conta a diversidade intrínseca do ambiente potencialmente afectado, traduzida na grande diferenciação da natureza e tipologia dos impactes.

    A amplitude do leque dos potenciais impactes de um projecto, dos factores físicos e ecológicos aos socioeconómicos e culturais, passando pelos factores de qualidade ambiental, exige uma abordagem especializada e multidisciplinar com especificidades próprias, nomeadamente ao nível das metodologias e técnicas utilizadas na avaliação de impactes. A análise específica, por factor ambiental, é, assim, um momento indispensável da avaliação.

    No entanto, e tanto mais quanto o EIA constitui uma das peças centrais de um processo de decisão, a análise parcelar, por factor ambiental, deve ser complementada por um esforço de integração que procure, tanto quanto possível, dar base a uma análise global.

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    1.6

    Deste modo, e para além das metodologias sectoriais é necessário estabelecer uma processualidade geral, a seguir na análise de cada componente ambiental, de forma a construir uma base comum que possibilite uma avaliação global coerente.

    Essa processualidade comum estende-se aos seguintes aspectos:

    - Noção de impacte ambiental;

    - Aspectos gerais de identificação, previsão e avaliação de impactes.

    1.4.3.2. Noção de impacte ambiental

    Por impacte ambiental entende-se a alteração, num momento futuro, de uma determinada componente ambiental, provocada, directa ou indirectamente, por uma acção do projecto, quando comparada com a situação, nesse momento futuro, na ausência de projecto.

    Esta noção de impacte implica que a análise de impactes em cada componente ambiental tenha em conta a análise comparativa com a previsível evolução da situação existente na ausência de projecto, também designada por vezes como cenário ou alternativa zero.

    1.4.3.3. Metodologia geral de identificação, previsão e avaliação de impactes

    A identificação, previsão e avaliação de impactes constituem passos interligados e interactivos de um mesmo processo.

    Identificação de impactes

    A identificação de impactes constitui o primeiro momento da análise e consiste num levantamento preliminar de impactes resultando do cruzamento das acções de projecto (nas diferentes fases) com as variáveis consideradas no âmbito de cada componente ambiental.

    Consideram-se as fases de construção e de exploração. A fase de desactivação não se justifica considerar tendo em conta o horizonte do projecto e a ausência de previsão de uma eventual desactivação.

    Este procedimento implica a existência de uma listagem das acções do projecto e uma sistematização das variáveis a considerar em cada componente ambiental. Exige uma definição de âmbito e de escalas geográficas de análise.

    As acções de projecto a considerar constam do Quadro 1.4.1.

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    1.7

    Quadro 1.4.1 - Acções de projecto a considerar na análise de impactes

    Fase Acção

    Implantação e operação de estaleiros

    Circulação e operação de máquinas e equipamentos afectos à obra

    Abertura de acessos de obra

    Desmatação e limpeza do terreno para implantação da estrada

    Operações de terraplenagem (execução de aterros e escavações)

    Transporte de materiais por via rodoviária

    Betonagem

    Construção de obras de arte

    Pavimentação

    Colocação de equipamento diverso (sinalização, barreiras acústicas, etc.)

    Construção

    Depósito de terras sobrantes

    Circulação rodoviária Exploração

    Actividades de manutenção da via

    O âmbito e as escalas geográficas de análise serão definidos nos capítulos relativos a cada factor ambiental. Considerou-se, de uma forma genérica, que a área sujeita a um impacte directo pela construção da rodovia seria constituída por um corredor de 80 m, centrado no eixo de cada traçado. A adopção deste corredor justifica-se pelo facto dos traçados em análise apesar de estarem em Estudo Prévio não poderem ser sujeitos a alterações significativas que excedam este corredor, tendo em conta a intensa ocupação urbana e a orografia acidentada do território atravessado.

    Previsão de impactes

    A previsão inicia-se no próprio momento da identificação de impactes e tem como objectivo fundamental aprofundar o conhecimento das ligações de causa e efeito entre as acções do projecto e os potenciais efeitos ambientais delas resultantes, configurando futuros possíveis, utilizando, para tal, os métodos e técnicas mais adequados e exequíveis às exigências e limitações de um EIA.

    A generalidade das previsões de impactes realizados no EIA é baseada nos seguintes passos:

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    1.8

    - Análise das acções de construção e de exploração do projecto, recorrendo aos elementos do Estudo Prévio e à experiência profissional dos técnicos envolvidos;

    - Recolha e análise de informação sobre impactes verificados em projectos similares, recorrendo mais uma vez à experiência profissional dos técnicos envolvidos;

    - Discussão da previsão realizada com outros membros da equipa do EIA e outros especialistas com experiência prática no âmbito da avaliação ambiental de projectos.

    A previsão de impactes baseia-se na análise de cenários (com e sem projecto). Desenvolve-se, frequentemente, recorrendo a metodologias de tipo qualitativo, sendo complementada por uma quantificação baseada na medição de áreas ou do número de elementos afectados. Nalguns casos particulares, recorre-se a modelos matemáticos, nomeadamente para previsão dos impactes no ambiente sonoro ou na qualidade do ar.

    A previsão de impactes será efectuada para as fases de construção e de exploração.

    Avaliação de impactes

    A avaliação de impactes resulta dos dois passos anteriores, tendo como objectivo construir e proporcionar uma noção da importância, ou significado, dos impactes analisados recorrendo, para tal, à sua classificação através de um conjunto de parâmetros.

    A classificação traduz-se, assim, num certo tipo de “medida” que permite estabelecer comparações relativas.

    Da análise, para cada impacte, de cada um dos seguintes parâmetros (ver Quadro 1.4.2):

    - Natureza (positivo/negativo);

    - Magnitude (elevada/média/reduzida);

    - Incidência (directos/indirectos);

    - Duração (permanentes/temporários);

    - Ocorrência (certos/prováveis/incertos);

    - Dimensão espacial (locais/regionais/nacionais e supra-nacionais);

    - Reversibilidade (reversíveis/irreversíveis).

    resulta uma classificação global do significado do impacte, traduzida na seguinte escala:

    - Impacte negativo pouco significativo;

    - Impacte negativo significativo;

    - Impacte negativo muito significativo;

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    1.9

    - Impacte positivo pouco significativo;

    - Impacte positivo significativo;

    - Impacte positivo muito significativo.

    A classificação do significado dos impactes em cada componente ambiental será especificada e esclarecida no respectivo subcapítulo.

    Atendendo à elevada extensão do presente lanço do IC3, para efeitos de avaliação de impactes e comparação de hipóteses de traçado optou-se por dividi-lo em trechos. A configuração dos traçados em análise permitiu considerar quatros trechos:

    - Trecho Sul, entre Tomar e Avelar Sul;

    - Zona de Ligação a Sul de Avelar, corresponde à zona intermédia de ligação entre os trechos Sul e Norte;

    - Trecho Norte, entre Avelar Sul e Ceira;

    - Travessia do Mondego, entre Ceira e Coimbra.

    Com base na combinação das Soluções, Alternativas e Ligações previstas no Estudo Prévio foram definidas as hipóteses de traçado dentro de cada trecho.

    A avaliação e classificação dos impactes previsivelmente gerados pelo projecto serão efectuadas individualmente para cada componente ambiental, por trecho e por alternativa.

    A avaliação de impactes deverá considerar a integração de medidas que permitam evitar ou mitigar os impactes identificados, incidindo portanto sobre os impactes residuais. No entanto, sempre que se considere relevante proceder-se-á à avaliação de impactes com e sem medidas mitigadoras.

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    1.10

    Quadro 1.4.2 - Critérios de avaliação de impactes

    Positiva (+) Impacte socialmente entendido como benéfico Natureza

    Negativa (-) Impacte socialmente entendido como adverso

    Directa (DIR) Impacte resultante de acções do projecto, através de uma relação causa-efeito simples

    Incidência Indirecta (IND)

    Impacte resultante de efeitos do projecto e não directamente resultante de acções do projecto, podendo, regra geral, estabelecer-se uma cadeia de causas-efeitos iniciada num impacte directo.

    Elevada (●●●)

    Média (●●) Magnitude

    Reduzida (●)

    A definir em cada subcapítulo sectorial

    Permanente (PER)

    Impacte relativamente ao qual não seja previsível que possa vir a cessar no futuro

    Duração Temporária

    (TEMP)

    Impacte relativamente ao qual seja previsível que a duração da sua ocorrência seja limitada no tempo (por ex. durante a fase de construção)

    Certa (C) Impacte cuja ocorrência é certa, i.e., quando não existem incertezas quanto a essa ocorrência

    Provável (P) Impacte cuja ocorrência, apesar de alguma incerteza, é muito provável

    Probabilidade de ocorrência

    Incerta (I) Impacte cuja ocorrência é muito incerta

    Local (L)

    Impacte com uma área geográfica que não ultrapassa uma área local, correspondendo a uma área inferior a 10 km2 ou a uma extensão de via inferior a 5 km ou a uma área de um único concelho

    Regional (R) Impacte com uma área geográfica que ultrapassa a dimensão local, mas não assume dimensão nacional ou supra-nacional

    Dimensão espacial

    Nacional ou supra-nacional

    (N)

    Impacte com uma área geográfica à escala do país ou mesmo supra-nacional

    Reversível (REV)

    Impacte cujos efeitos poderão deixar de fazer-se sentir com a cessação da acção causadora ou através de intervenção

    Reversibilidade Irreversível

    (IRREV) Impacte cujos efeitos inviabilizam a reposição da situação inicial

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    1.11

    De forma a sintetizar a avaliação de impactes efectuada em relação a cada componente ambiental, é apresentado no respectivo subcapítulo um Quadro Síntese de Impactes, onde se sistematizam os impactes gerados por trecho e por alternativa, organizado nas seguintes colunas:

    - Fase (Construção - CONST / Exploração - EXPL);

    - Impacte;

    - Acção ou acções causadora(s);

    - Localização;

    - Natureza;

    - Magnitude;

    - Incidência;

    - Duração;

    - Ocorrência;

    - Dimensão espacial;

    - Reversibilidade;

    - Significado sem medidas mitigadoras;

    - Significado com medidas mitigadoras.

    A localização poderá ser feita indicando a quilometragem e a solução/alternativa/ligação ou o âmbito geográfico (povoação, freguesia, concelho, linha de água, etc.).

    Serão utilizadas na legenda dos quadros sínteses as siglas CONST e EXPL para as fases de construção e de exploração, respectivamente, bem como os símbolos e as siglas constantes do Quadro 1.4.2. Para o significado dos impactes utilizar-se-ão os seguintes símbolos:

    - Impacte negativo pouco significativo: - ;

    - Impacte negativo significativo: - - ;

    - Impacte negativo muito significativo: - - -;

    - Impacte positivo pouco significativo: + ;

    - Impacte positivo significativo: + + ;

    - Impacte positivo muito significativo: + + +.

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    1.12

    1.4.3.4. Impactes cumulativos

    Em cada um dos subcapítulos relativos às várias componentes ambientais procede-se a uma análise dos impactes cumulativos relevantes associados ao projecto.

    Por impacte cumulativo entende-se um impacte, directo ou indirecto, do projecto ao qual se adicionam outros impactes, directos ou indirectos, de outros projectos ou acções passados, existentes ou razoavelmente previsíveis no futuro.

    No Quadro 1.4.3 apresentam-se algumas definições que se julgam úteis e que pretendem uniformizar e tornar consistentes as abordagens das várias especialidades envolvidas.

    Quadro 1.4.3 - Definições adoptadas na análise de impactes cumulativos

    Impacte - Variação de um determinado parâmetro ambiental (biofísico, socioeconómico, cultural), num determinado instante t, entre o valor previsível desse parâmetro com projecto e sem projecto.

    Impacte cumulativo - Impacte, directo ou indirecto, do projecto ao qual se adicionam outros impactes, directos ou indirectos, de outros projectos ou acções (passados, existentes ou razoavelmente previsíveis no futuro)

    Impacte directo - Impacte resultante de acções do projecto, através de uma relação causa-efeito simples.

    Impacte indirecto - Impacte resultante de efeitos do projecto e não directamente resultante de acções do projecto, podendo regra geral estabelecer-se uma cadeia de causas-efeitos iniciada num impacte directo.

    Projecto - Conjunto das acções de construção e exploração da rodovia.

    Projectos associados - Projectos autónomos, necessários ao funcionamento pleno da rodovia (ex: outros lanços do IC3, nós, restabelecimentos, obras de arte, etc.).

    Projectos complementares ou subsidiários - Projectos autónomos que complementam o projecto do IC3, embora a sua não execução não comprometa o funcionamento da rodovia (ex: áreas de serviço).

    Recurso - Componente ambiental potencialmente afectado pelo projecto (por ex. uma espécie ou uma população animal ou vegetal, o respectivo habitat, um tipo de paisagem, a qualidade da água, o desenvolvimento turístico).

    Outros projectos ou acções - Projectos ou acções, independentes do projecto em análise, passados, existentes ou razoavelmente previsíveis no futuro que possam afectar um recurso, ele próprio afectado de forma significativa pela construção e exploração do presente projecto.

    Projectos ou acções passados - Projectos já desactivados ou acções que já tenham cessado.

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    1.13

    A análise de impactes cumulativos implica uma perspectiva de abordagem diferente da análise usual de impactes ambientais. Assim, em lugar de se dar ênfase ao projecto e analisar os impactes, directos e indirectos, causados pelo projecto – perspectiva “projecto-cêntrica” – torna-se necessário centrar a análise nas componentes ambientais (entendidas como recursos) que são afectadas pelo projecto – perspectiva “recurso-cêntrica” (Figura 1.4.1).

    Figura 1.4.1 - Diferentes perspectivas de análise de impactes: à esquerda a abordagem usual nos EIA, à direita a perspectiva da avaliação de impactes cumulativos (figura extraída de Kalff,1995)

    1.4.4. Metodologia para análise comparativa das hipóteses de traçado

    Tal como foi referido na secção 1.4.3.3, dentro de cada trecho foram definidas hipóteses de traçado resultantes das Soluções, Alternativas e Ligações previstas no Estudo Prévio.

    A análise das hipóteses de traçado é efectuada trecho a trecho, considerando as alternativas definidas dentro de cada um deles.

    Os critérios de comparação utilizados para as hipóteses dos trechos Sul e Norte foram igualmente aplicados às hipóteses da zona intermédia de ligação entre eles. No entanto, esta comparação é apenas informativa e caracterizadora das mesmas, dado que as ligações previstas não são intermutáveis e a sua selecção não depende da sua própria avaliação ambiental, mas sim da selecção dos traçados nos trechos Sul e Norte aos quais se ligam.

    Tendo em vista a comparação das hipóteses de traçado, procede-se à sua classificação, para cada componente ambiental, utilizando uma escala de quatro classes, consoante o significado dos impactes previamente identificados e avaliados (Quadro 1.4.4).

    Componente ambiental

    Componente ambiental

    PROJECTO

    Componente ambiental

    Componente ambiental

    Projecto em análiseOutros projectos e acções existentes

    RECURSO

    Outros projectos e acções passados

    Outros projectos e acções previsíveis

    no futuro

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    1.14

    Quadro 1.4.4 - Classificação utilizada na avaliação comparativa das hipóteses de traçado

    Classificação

    Comparação das hipóteses de traçado

    Significado dos impactes residuais das hipóteses de traçado conforme Capítulo 6

    1 Alternativa claramente mais favorável Alternativa sem impactes negativos ou com impactes negativos pouco significativos

    2 Alternativa mais favorável Alternativa com impactes negativos significativos

    3 Alternativa ligeiramente mais favorável

    Alternativa com impactes negativos significativos e, em número reduzido, com impactes negativos muito significativos

    4 Alternativa menos favorável Alternativa com impactes negativos muito significativos em número superior à classe anterior

    A comparação das hipóteses de traçado baseia-se na respectiva avaliação de impactes residuais (impactes após aplicação das medidas mitigadoras definidas no capítulo 7), apresentada nos Quadros Síntese de Impactes do capítulo 6.

    As componentes ambientais analisadas têm um peso diferente na comparação de alternativas. A atribuição de ponderações às diferentes componentes é, naturalmente, subjectiva. Para reduzir essa subjectividade, procedeu-se ao cálculo de coeficientes de ponderação utilizando os seguintes critérios:

    - significado dos impactes negativos residuais, isto é, após a integração medidas de mitigação, tal como resulta das sínteses de impactes apresentadas ao longo do capítulo 6;

    - âmbito espacial de ocorrência do impacte, também constante nos Quadros Síntese de Impactes apresentados ao longo do capítulo 6;

    - importância das medidas mitigadoras, classificadas em duas categorias - pouco importantes e muito importantes.

    O critério "âmbito espacial de ocorrência do impacte" apresenta alguma redundância com o critério "significado dos impactes negativos residuais". No entanto, optou-se por considerá-lo de modo a reforçar o peso dos descritores com impactes de nível regional relativamente aos que apenas apresentam impactes de nível local.

    O critério “importância das medidas mitigadoras” é relevante para comparar alternativas com impactes residuais equivalentes mas com diferenças na importância das medidas mitigadoras.

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    1.15

    A título de exemplo, o ruído gerado pela circulação rodoviária na fase de exploração apresenta impactes negativos residuais com o mesmo significado em todas as hipóteses de traçado, porque se assume que serão adoptadas as medidas mitigadoras adequadas para garantir o cumprimento, em todas as situações, dos valores regulamentares; o factor diferenciador das várias hipóteses de traçado será a extensão das medidas mitigadoras a adoptar (barreiras acústicas).

    Estes critérios permitiram construir um índice, calculado do seguinte modo:

    - pelo menos um impacte negativo classificado como pouco significativo (-), pelo menos um impacte negativo classificado como significativo (--) e pelo menos um impacte negativo classificado como muito significativo (---), valores de 1, 2 e 4, respectivamente;

    - impactes com âmbito regional, adição de 1 valor;

    - importância das medidas minimizadoras, adição de 2 valores no caso das medidas muito importantes.

    Esse índice foi seguidamente normalizado, dando origem a coeficientes de ponderação que serão apresentados no capítulo 8.

    1.4.5. Metodologia para definição das directrizes de acompanhamento ambiental e monitorização

    O acompanhamento ambiental durante a fase de construção é uma acção indispensável para assegurar a aplicação das medidas destinadas a evitar, reduzir ou compensar os impactes negativos, avaliar a sua eficácia e, eventualmente, definir a sua adaptação ou correcção.

    A monitorização deve ter lugar durante a fase de construção, mas é sobretudo relevante na fase de exploração. É definida no Decreto-Lei n.º 69/2000, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 197/2005 de 8 de Novembro, como o “processo de observação e recolha sistemática de dados sobre o estado do ambiente ou sobre os efeitos ambientais de determinado projecto e descrição periódica desses efeitos por meio de relatórios da responsabilidade do proponente, com o objectivo de permitir a avaliação da eficácia das medidas previstas no procedimento de AIA para evitar, minimizar ou compensar os impactes ambientais significativos decorrentes da execução do respectivo projecto” (alínea l) do art. 2º). A monitorização tem lugar na pós-avaliação, “ (…) com o objectivo de garantir o cumprimento das condições prescritas (…) [na Declaração de Impacte Ambiental] (…) , designadamente a resposta do sistema ambiental (...) e a eficácia das medidas de gestão ambiental adoptada