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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Ouro ativo financeiro ou instrumento cambial a ICMS - Substituição tributária - Quadro prático ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 27/2014 Minas Gerais / a Federal IPI Crédito fiscal - Estorno 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária - Regras gerais 05 / a IOB Setorial Federal Petroleiro - Incentivos fiscais - Repetro - Aplicabilidade 14 / a IOB Comenta Estadual/Municipal Tratamento favorecido e diferenciado a ME, EPP e MEI 15 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Crédito fiscal - Estorno - Revenda de insumos 16 Sped - EFD - Crédito fiscal 16 Sped - EFD - Venda para entrega futura - CST 16 ICMS/MG Crédito presumido - Estabelecimento industrial fabricante de pá-carre- gadeira, escavadeira hidráulica, retroescavadeira e motoniveladora 16 Taxa de Fiscalização de Engenhos de Publicidade/Belo Horizonte Engenhos de publicidade - Instalação - Período da Copa do Mundo Fifa de 2014 16 Taxa de Expediente/Belo Horizonte Taxa de Expediente - Exigência 17

ICMS - IPI e Outros Minas Gerais a Veja nos Próximos · em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo sairão obrigatoriamente com suspensão

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Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a IOF - Ouro ativo financeiro ou instrumento cambial

a ICMS - Substituição tributária - Quadro prático

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 27/2014

Minas Gerais

/a FederalIPICrédito fiscal - Estorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária - Regras gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialFederalPetroleiro - Incentivos fiscais - Repetro - Aplicabilidade . . . . . . . . . . . . 14

/a IOB ComentaEstadual/MunicipalTratamento favorecido e diferenciado a ME, EPP e MEI . . . . . . . . . . . . 15

/a IOB Perguntas e RespostasIPICrédito fiscal - Estorno - Revenda de insumos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Sped - EFD - Crédito fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Sped - EFD - Venda para entrega futura - CST . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

ICMS/MGCrédito presumido - Estabelecimento industrial fabricante de pá-carre-gadeira, escavadeira hidráulica, retroescavadeira e motoniveladora . . . . 16

Taxa de Fiscalização de Engenhos de Publicidade/Belo HorizonteEngenhos de publicidade - Instalação - Período da Copa do Mundo Fifa de 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Taxa de Expediente/Belo HorizonteTaxa de Expediente - Exigência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : crédito fiscal : estorno.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2191-3

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-05859 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

27-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 MG

IPI

Crédito fiscal - Estorno SUMÁRIO 1. Introdução 2. Hipóteses de estorno 3. Apuração do valor a estornar 4. Escrituração fiscal 5. Produtos não tributados 6. EFD

1. InTrodução

O IPI tem como uma das características a não cumulatividade, sendo permitido ao contribuinte abater no valor devido em cada operação o montante cobrado nas operações anteriores.

A não cumulatividade é efetivada pelo sistema de crédito, atribuído ao contribuinte, do imposto relativo a produtos entrados em seu estabele-cimento, para ser abatido do que for devido pelos produtos dele saídos, em um mesmo período de apuração.

Contudo, podem ocorrer situações em que o crédito deve ser anulado em decorrência de as saídas subsequentes do mesmo produto (ou de outros, resultantes de sua industrialização) do esta-belecimento industrial ou a ele equiparado não serem realizadas com o lançamento do imposto.

Neste texto, veremos as hipóteses em que a legis-lação exige o estorno do crédito fiscal.

(Constituição Federal/1988, art. 153, IV, § 3º, II; RIPI - De-creto nº 7.212/2010, art. 225 e art. 254)

2. HIPóTESES dE ESTorno

Deverá ser anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do IPI:

a) relativo a insumos (matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem) que tenham sido:a.1) empregados na industrialização, ainda

que para acondicionamento, de produ-tos não tributados, mesmo que se refi-ram a produtos destinados à exportação;

a.2) empregados na industrialização, ainda que para acondicionamento, de produ-tos saídos do estabelecimento industrial com suspensão do imposto, nos seguin-tes casos:a.2.1) produtos resultantes de indus-

trialização (em que o executor da encomenda não tenha utilizado produtos de sua industrialização ou importação), que forem reme-tidos ao estabelecimento de ori-gem e desde que sejam por este destinados a comércio ou a em-prego, como insumo, em nova industrialização que dê origem à saída de produto tributado;

a.2.2) bens do Ativo Permanente (máqui-nas e equipamentos, aparelhos, instrumentos, utensílios, ferramen-tas, gabaritos, moldes, matrizes e semelhantes) remetidos pelo esta-belecimento industrial a outro esta-belecimento da mesma empresa, para serem utilizados no processo industrial do recebedor;

a.2.3) bens do Ativo Permanente reme-tidos pelo estabelecimento in-dustrial a outro estabelecimento, para serem utilizados no proces-so industrial de produtos enco-mendados pelo remetente, desde que devam retornar ao estabele-cimento encomendante, após o

a Federal

O valor do crédito a ser anulado deverá corresponder

àquele lançado por ocasião da respectiva entrada no

estabelecimento do contribuinte

27-02 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

prazo fixado para a fabricação dos produtos;

a.2.4) partes e peças destinadas ao re-paro de produtos com defeito de fabricação, quando a operação for executada gratuitamente por concessionários ou representan-tes, em decorrência de garantia dada pelo fabricante;

a.3) empregados na industrialização, ainda que para acondicionamento, de produ-tos saídos de estabelecimento produtor com suspensão do IPI determinada pelo art. 44 do RIPI/2010;

NotaO art. 44 do RIPI/2010 dispõe:

“Art. 44. As bebidas alcoólicas e demais produtos de produção nacional, classificados nas posições 2204, 2205, 2206 e 2208 da TIPI, acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo sairão obrigatoriamente com suspensão do imposto dos respectivos estabelecimentos produtores, dos estabelecimentos atacadistas e das coo-perativas de produtores, quando destinados aos seguintes estabelecimentos:

a) industriais que utilizem os produtos mencionados no caput como matéria-prima ou produto intermediário na fabricação de bebidas;

b) atacadistas e cooperativas de produtores; e

c) engarrafadores dos mesmos produtos.”

a.4) empregados na industrialização, ainda que para o acondicionamento, de produ-tos saídos do estabelecimento remetente com suspensão do imposto, em hipóte-ses não consideradas nas letras “a.2” e “a.3”, nos casos em que aqueles produtos ou os resultantes de sua industrialização venham a sair de outro estabelecimento industrial ou a ele equiparado, da mesma empresa, ou de terceiros, não tributados;

Nota

O estorno do crédito de que trata a letra “a.4” não se aplica nas saídas de insumos do estabelecimento industrial com suspensão do IPI, destinados a es-tabelecimento que se dedique, preponderantemente, à elaboração de produ-tos classificados nos Capítulos 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 23 (exceto códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex 01 no código 2309.90.90), 28, 29, 30, 31 e 64, no código 2209.00.00 e nas posições 21.01 a 21.05.00, da TIPI, inclusive aqueles a que corresponde a notação “NT” (não tributados) (RIPI/2010, art. 46, I, e art. 254, § 4º; Lei nº 10.637/2002, art. 29, caput, § 5º).

a.5) empregados nas operações de conser-to, restauração, recondicionamento ou reparo de produtos com defeito de fabri-cação, nas hipóteses em que essas ope-rações não fiquem caracterizadas como de industrialização, descritas no art. 5º, caput, XI e XII, do RIPI/2010;

NotaO art. 5º, XI e XII, do RIPI/2010 dispõe:

“Art. 5º. Não se considera industrialização:

[…]

XI - o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usa-dos, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem assim o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças emprega-das exclusiva e especificamente naquelas operações;

XII - o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive me-diante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante;

[…].”

a.6) vendidos a pessoas que não sejam in-dustriais ou revendedores;

b) relativo a bens de produção que os comer-ciantes equiparados a industrial:b.1) venderem a pessoas que não sejam in-

dustriais ou revendedores;b.2) transferirem para as seções incumbidas

de vender às pessoas indicadas na letra “b.1”; ou

b.3) transferirem para outros estabelecimen-tos da mesma empresa, com a destina-ção mencionada nas letras “b.1” e “b.2”;

c) relativo a produtos de procedência estrangei-ra remetidos pelo importador, diretamente da repartição que os liberou, a outro estabeleci-mento da mesma empresa;

d) relativo a insumos e quaisquer outros produ-tos que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados, ou, ainda, empre-gados em outros produtos que tenham tido a mesma sorte;

e) relativo a insumos empregados na fabricação de produtos que retornem ao estabelecimento remetente com direito ao crédito, nos casos de devolução ou de retorno, e não devam ser ob-jeto de nova saída tributada; e

f) relativo a produtos devolvidos, na forma do art. 231, caput, I, do RIPI/2010.

(Lei nº 10.637/2002, art. 29, caput, § 5º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; RIPI/2010, art. 5º, caput, XI e XII, art. 43, caput, VII, XI, XII e XIII, art. 44, art. 46, caput, I, art. 231, caput, I, e art. 254, caput, §§ 2º e 4º)

3. APurAção do vAlor A ESTornAr

O valor do crédito a ser anulado deverá corres-ponder àquele lançado por ocasião da respectiva entrada no estabelecimento do contribuinte.

Contudo, nas hipóteses de que tratam as letras “a”, “b”, “d” e “e” do item 2, havendo mais de uma aquisição de produtos e não sendo possível determinar aquela a que corresponde o estorno do imposto, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, art. 254, § 1º)

27-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 MG

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4. ESCrITurAção FISCAl

O valor apurado a título de estorno deve ser lan-çado diretamente no livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, no item “010 - Estorno de créditos”, com descrição resumida do fato que deu origem ao estorno.

(RIPI/2010, art. 477, caput)

4.1 Momento do estorno

O lançamento do estorno deve ser feito no pe-ríodo de apuração em que ocorrer ou se verificar o fato determinante da anulação, ou dentro de 20 dias, se o estabelecimento obrigado à anulação não for contribuinte do imposto.

Em caso de estorno de crédito efetuado fora do prazo, isto é, fora do período de apuração do fato determinante da anulação e que resulte em saldo devedor, a ele serão acrescidos os seguintes encar-gos legais provenientes do atraso:

a) juros de mora equivalentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulada mensalmente, calculados a partir do 1º dia do mês subsequente ao do ven-cimento até o último dia do mês anterior ao pa-gamento e de 1% no mês do pagamento; e

b) multa de mora, calculada a partir do 1º dia subsequente ao do vencimento, à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitada a 20%.

(RIPI/2010, art. 254, §§ 5º e 6º, art. 553 e art. 554)

5. ProduToS não TrIBuTAdoS

Os estabelecimentos recebedores de matérias--primas (MP), produtos intermediários (PI) e materiais de embalagem (ME) que, na hipótese da letra “a.4” do item 2, derem saída a produtos não tributados, deverão comunicar o fato ao remetente, no mesmo período de apuração do imposto para que, no período seguinte, seja por aquele efetuado o estorno.

(RIPI/2010, art. 254, § 3º)

6. EFd

Os contribuintes do IPI devem observar as dispo-sições contidas no Convênio ICMS nº 143/2006 e no Ajuste Sinief nº 2/2009, relativamente à Escrituração Fiscal Digital (EFD), além de outros atos que disci-plinam a matéria, tais como o Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que dispõe sobre as especificações técnicas para a geração de arquivos da EFD, e os arts. 453 a 455 do RIPI/2010.

A EFD substitui a escrituração e impressão dos seguintes livros fiscais:

a) Registro de Entradas;b) Registro de Saídas;c) Registro de Inventário;d) Registro de Apuração do IPI;e) Registro de Apuração do ICMS; f) documento Controle de Crédito de ICMS do Ati-

vo Permanente (Ciap), modelos “C” ou “D”; eg) Registro de Controle da Produção e do Esto-

que.

É importante observar que a escrituração do livro referido na letra “g” será obrigatória, apenas, a partir de:

a) 1º.01.2015, para os contribuintes relacionados em protocolo ICMS celebrado entre as admi-nistrações tributárias das Unidades da Fede-ração e a RFB; e

b) 1º.01.2016, para os demais contribuintes.

Por outro lado, a cláusula vigésima segunda do Ajuste Sinief nº 2/2009 dispõe que se aplicam à EFD, no que couberem:

a) as normas do Convênio Sinief s/nº de 15.12.1970;

b) a legislação tributária nacional e de cada Uni-dade da Federação, inclusive no que se refere à aplicação de penalidades por infrações;

c) as normas do Ajuste Sinief nº 8/1997, o qual instituiu o documento destinado ao Ciap.

Para a apuração do IPI, deverão ser observadas as orientações constantes do Guia Prático da EFD, espe-cialmente quanto à utilização dos seguintes registros:

a) registro E500: período de apuração do IPI. Este registro deve ser apresentado pelos es-tabelecimentos industriais ou equiparados, conforme dispõe o Regulamento do IPI, para identificação do(s) período(s) de apuração. O(s) período(s) informado(s) deve(m) abran-ger todo o período previsto no registro 0000;

b) registro E510: consolidação dos valores do IPI. Este registro deve ser preenchido com os valores consolidados do IPI, de acordo com o período informado no registro E500, toman-do-se por base as informações prestadas no registro C170 ou, nos casos de Notas Fiscais Eletrônicas de emissão própria, no registro C100. A consolidação se dará pela sumari-zação do valor contábil, da base de cálculo e do imposto relativo a todas as operações,

27-04 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

conforme a combinação de CFOP e Código da Situação Tributária do IPI (CST_IPI). As in-formações oriundas dos itens dos documentos fiscais - registro C170 ou do documento NF-e de emissão própria - serão consideradas no período de apuração mensal, conforme preen-chimento do campo “IND_APUR. Chave do re-gistro: CFOP e CST_IPI”;

c) registro E520: apuração do IPI. Este registro deve ser preenchido para demonstração da apuração do IPI no período;

d) registro E530: ajustes da apuração do IPI. Este registro deve ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos “Outros Débi-tos” e “Outros Créditos” do registro E520; e

e) registro E990: encerramento do bloco E. Este registro destina-se a identificar o encerramen-to do bloco “E” e a informar a quantidade de linhas (registros) existentes no bloco.

(Ajuste Sinief nº 8/1997; Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Convênio Sinief s/nº de 1970; Convênio ICMS nº 143/2006; RIPI/2010, arts. 453 a 455; Guia Prático da EFD--ICMS/IPI, versão 2.0.14, registro E500)

6.1 Estorno de crédito

O lançamento do estorno de crédito será feito mediante o preenchimento do registro E520 - Apuração do IPI (veja letra “c” do item 6) -, número 05 - “VL _OD_IPI” - IPI - Valor de “Outros Débitos” do IPI (inclusive estornos de créditos), conforme reprodução do quadro a seguir:

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

05 VL_OD_IPI Valor de “Outros Débitos” do IPI (inclusive estornos de créditos) N - 02 O

Além do registro E520, deverá ser preenchido também o registro E530 (veja letra “d” do item 6) para a descrição do valor lançado a título de estorno, conforme reprodução do quadro a seguir:

REGISTRO E530: AJUSTES DA APURAÇÃO DO IPI

Este registro deve ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” do registro E520.

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo “E530” C 004 - O

02 IND_AJIndicador do tipo de ajuste:0 - Ajuste a débito;1 - Ajuste a crédito.

C 001* - O

03 VL_AJ Valor do ajuste N - 02 O

04 COD_AJ Código do ajuste da apuração, conforme a Tabela indicada no item 4.5.4 C 003* O

05 IND_DOC

Indicador da origem do documento vinculado ao ajuste:0 - Processo judicial;1 - Processo administrativo;2 - PER/DCOMP;9 - Outros.

C 001* - OC

06 NUM_DOC Número do documento/processo/declaração ao qual o ajuste está vinculado, se houver C - - OC

07 DESCR_AJ Descrição detalhada do ajuste, com citação dos documentos fis-cais C - - O

Observações:

Nível hierárquico - 4

Ocorrência - 1:N por Período

Campo 01 - Valor válido: [E530]

Campo 02 - Valores válidos: [0, 1]

Campo 03 - Preenchimento: informar o valor dos ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” que não constam dos documentos fiscais, exceto no caso de transferência de crédito de IPI, conforme o disposto na Instrução Normativa SRF nº 600/2005.

27-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 MG

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Campo 04 - Validação: o valor informado no campo deve existir na Tabela de Ajustes da Apuração IPI, publicada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB (Instrução Normativa RFB nº 932, de 14.04.2009, atualizada pela Instrução Normativa RFB nº 1.009/2010).

Código Descrição Natureza (*) Detalhamento

001 Estorno de débito C Valor do débito do IPI estornado

002 Crédito recebido por transferência C Valor do crédito do IPI recebidos por transferência, de outro(s) estabelecimento(s) da mesma empresa

010Crédito Presumido de IPI - Ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins - Lei nº 9.363/1996 C

Valor do crédito presumido de IPI decorrente do ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins nas operações de exportação de produtos industrializados (Lei nº 9.363/1996, art. 1º)

011Crédito Presumido de IPI -Ressarcimento do PIS/Pasep e daCofins - Lei nº 10.276/2001

CValor do crédito presumido de IPI decorrente do ressarcimento do PIS/Pasep e da Cofins nas operações de exportação de produtos industrializados (Lei nº 10.276/2001, art. 1º)

012Crédito Presumido de IPI -Regiões incentivadas - Lei nº9.826/1999

CValor do crédito presumido relativo ao IPI incidente nas saídas, do estabelecimento industrial, dos produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da Tipi (Lei nº 9.826/1999, art. 1º)

013

Crédito Presumido de IPI - Frete- Medida Provi-sória nº 2.158/2001

C

Valor do crédito presumido de IPI relativamente à parcela do fre-te cobrado pela prestação do serviço de transporte dos produtos classificados nos códigos 8433.53.00, 8433.59.1, 8701.10.00, 8701.30.00, 8701.90.00, 8702.10.00 Ex 01, 8702.90.90 Ex 01, 8703, 8704.2, 8704.3 e 87.06.00.20, da TIPI (MP nº 2.158/2001, art. 56)

019 Crédito Presumido do IPI - Outros C Outros valores de crédito presumido do IPI098 Créditos decorrentes de medida judicial C Valores de crédito do IPI decorrentes de medida judicial099 Outros créditos D Valor de outros créditos do IPI101 Estorno de crédito D Valor do crédito do IPI estornado102 Transferência de crédito D Valor do crédito do IPI estornado103 Ressarcimento/compensação de créditos do IPI D Valor do crédito do IPI, solicitado junto à RFB/MF199 Outros débitos D Valor de outros débitos do IPI

(*) Natureza: “C” - Crédito; “D” - Débito

Campo 05 - Valores válidos: [0, 1, 2, 9]

Campo 07 - Preenchimento: informar a descrição resumida do ajuste, incluindo, se for o caso, o período a que se refere o ajuste, especialmente quando se tratar de períodos de apuração anteriores.

(Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.14, registros E520 e E530)

N

a Estadual

ICMS

Substituição tributária - Regras gerais SUMÁRIO 1. Introdução 2. Substituição tributária “para trás” e “para frente” 3. Contribuintes 4. Aplicabilidade do regime da substituição tributária 5. Sujeito passivo contribuinte do Simples Nacional 6. Base de cálculo do imposto retido 7. Alíquota do ICMS 8. Cálculo do ICMS retido 9. Prazo para recolhimento do ICMS retido 10. Mercadoria recebida sem retenção - Procedimentos 11. Escrituração 12. Penalidades

1. InTrodução

Nos termos da Lei Complementar nº 87/1996, arts. 5º e 6º, o Estado, para consecução de seus fins, pode atribuir de modo expresso a terceiros, vinculados e com interesse no fato gerador do imposto, a respon-sabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária. Esse mecanismo constitui-se na figura da substituição tributária, excluindo a responsabilidade do contri-buinte ou atribuindo a este um caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

Por imposição legal, a substituição tributária consiste em atribuir a determinado contribuinte do ICMS, qualificado como contribuinte substituto, a res-

27-06 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ponsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido por outros contribuintes, nomeados “contribuintes substituídos”.

No Estado de Minas Gerais, as regras gerais da substituição tributária estão previstas no RICMS--MG/2002, Anexo XV (Decreto nº 43.080/2002).

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Partes 1 e 2)

2. SuBSTITuIção TrIBuTÁrIA “PArA TrÁS” E “PArA FrEnTE”

Neste item, abordamos a diferença entre substi-tuição tributária “para frente” e “para trás” prevista na legislação mineira.

2.1 Substituição tributária “para trás”

Conceitua-se como substituição tributária “para trás” a operação em que o contribuinte adquirente assume, perante o Fisco (Estado), a responsabilidade pelo paga-mento do imposto devido nas operações anteriores, também conhecido como diferimento do imposto.

Salvo as exceções expressas no RICMS-MG/2002, essa modalidade ocorre mediante termo de acordo firmado entre o contribuinte adquirente e o Estado.

Note-se que o recolhimento do imposto poderá também ser efetuado por substituição tributária pelo destinatário da mercadoria, situado neste Estado, mediante regime especial autorizado pelo chefe da administração fazendária fiscal a que o contribuinte estiver circunscrito, nas opções de saída das seguin-tes mercadorias, promovidas por produtor rural:

a) dormentes de madeira de estabelecimento de produtor rural com destino a estabelecimento de contribuinte;

b) leite in natura e seus derivados, relacionados no Capítulo 4 da NCM, promovidos pelo pro-dutor rural, com destino a estabelecimento de contribuinte do imposto;

c) casulo do bicho-da-seda, com destino a esta-belecimento de contribuinte;

d) fumo em folha ou em corda, com destino a es-tabelecimento industrial;

e) equídeo, com destino a estabelecimento aba-tedor;

f) lenha ou madeiras em tora, com destino a es-tabelecimento industrial;

g) gado bovino, bufalino ou suíno, com destino a estabelecimento abatedor (matadouro, frigorí-

fico ou marchante) ou a estabelecimento vare-jista (açougue) que os adquirir para abate, di-retamente do produtor, observando o disposto nos arts. 199 a 205 da Parte 1 do Anexo IX do RICMS-MG/2002.

O imposto pago por substituição tributária me-diante celebração de regime especial entre o contri-buinte adquirente e o Estado não é definitivo, pois se trata apenas de uma responsabilidade assumida pelo adquirente. Portanto, o adquirente poderá apropriar--se do crédito do imposto desde que a operação subsequente seja tributada.

(RICMS-MG/2002, Anexo II, Parte 1, itens 57, 58 e 59, e Anexo IX, Parte 1, arts. 199 a 205)

2.2 Substituição tributária “para frente”

Ocorre a substituição tributária “para frente” quando a responsabilidade tributária é atribuída ao alienante ou remetente da mercadoria na qualidade de sujeito passivo da obrigação mediante convênios celebrados entre as Unidades da Federação. Nessa modalidade, temos a antecipação do imposto inci-dente sobre a operação subsequente.

Nesse caso, o imposto pago é definitivo, exceto na hipótese de rescisão contratual, não ficando o contri-buinte e o responsável sujeitos a qualquer diferença de tributo relativo ao preço estipulado e o efetivamente ocor-rido, nem o Estado sujeito à restituição de qualquer valor, também oriundo dessa possível diferença de preço.

3. ConTrIBuInTES

Neste item, discorremos sobre os contribuintes envolvidos na operação de substituição tributária, bem como sobre as respectivas denominações.

3.1 Contribuinte substituto

Denomina-se “contribuinte substituto” aquele que assume, por determinação legal, a responsabilidade pelo pagamento do imposto.

Ocorre a substituição tributária quando:

a) o recolhimento do imposto devido pelo alie-nante ou remetente da mercadoria ou pelo prestador de serviço de transporte ou de co-municação ficar sob a responsabilidade do adquirente ou do destinatário da mercadoria ou do destinatário ou do usuário do serviço;

b) o recolhimento do imposto devido pelo ad-quirente ou destinatário da mercadoria, pelas

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operações subsequentes, ficar sob a respon-sabilidade do alienante ou do remetente da mercadoria;

c) o recolhimento do imposto devido pelo adqui-rente ou destinatário da mercadoria ficar sob a responsabilidade do alienante ou do remetente da mercadoria nas hipóteses de entrada ou no recebimento em operação interestadual de mer-cadorias para uso, consumo, Ativo Permanente ou, ainda, de entrada de petróleo, lubrificante e combustível líquido ou gasoso dele derivados ou de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização do próprio produto, ainda que o adquirente ou destinatário não seja inscrito como contribuinte do ICMS;

d) o recolhimento do imposto devido pelo pres-tador do serviço de transporte ficar sob a res-ponsabilidade do alienante ou do remetente da mercadoria ou de outro prestador de serviço;

e) o recolhimento do imposto devido pelo deposi-tante da mercadoria, em operações anteriores ou subsequentes, ficar sob a responsabilida-de do depositário.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 1º)

4. APlICABIlIdAdE do rEGIME dA SuBSTITuIção TrIBuTÁrIA

A aplicação da substituição tributária do ICMS, nas operações internas, pode ser instituída por lei es-tadual. Já para a aplicação da substituição tributária em operações interestaduais, é necessária a celebra-ção de acordo específico entre os Estados envolvidos (denominados “convênios” ou “protocolos”).

O Estado de Minas Gerais relaciona todas as mercadorias sujeitas a esse regime de tributação no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, que contém, além dos produtos e das respectivas margens de valor agregado (MVA), a aplicabilidade da substi-tuição tributária de cada mercadoria, que pode ser apenas em operação interna (realizada dentro do Estado de Minas Gerais) ou em operações internas e interestaduais.

(Lei Complementar nº 87/1996, arts. 6º e 9º; RICMS--MG/2002, Anexo XV, Parte 2)

4.1 não aplicabilidade do regimeNota

O Decreto nº 45.531/2011 estabelece a exigência, desde 1º.03.2011, de que seja informado, na nota fiscal, o dispositivo legal que fundamenta a inaplicabilidade da substituição tributária.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 18, § 4º)

A sistemática da substituição tributária não é aplicável às seguintes situações:

a) operações, inclusive de importação e de aqui-sição em licitação promovida pelo Poder Pú-blico, que destinem mercadoria a estabele-cimento industrial fabricante da mesma mer-cadoria, assim entendida a classificada no mesmo subitem da Parte 2 do Anexo XV do RICMS-MG/2002, hipótese em que a retenção do imposto devido por substituição tributária será realizada no momento da saída da mer-cadoria;

b) operações promovidas por estabelecimento industrial em retorno ao estabelecimento en-comendante da industrialização, hipótese em que a este é atribuída a responsabilidade pelo recolhimento do imposto a título de substitui-ção tributária;

Nota

O retorno ao estabelecimento encomendante compreende as remessas das seguintes mercadorias ao encomendante, com efeitos desde 1º.02.2013:

a) mercadoria produzida pelo industrial com emprego de produto rece-bido do encomendante;

b) mercadoria produzida pelo industrial, com a marca comercial de propriedade de outra pessoa ou do encomendante, ainda que o in-dustrial não tenha recebido produto do encomendante.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 18, § 5º)

c) transferências promovidas entre estabeleci-mentos do industrial fabricante, exceto vare-jista, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto re-cairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a outro con-tribuinte;

Nota

Nos casos em que a transferência realizada destinar-se a estabeleci-mento distribuidor, atacadista, depósito ou centro de distribuição, estes de-verão operar exclusivamente com produtos fabricados por estabelecimentos industriais de mesma titularidade.

d) operações que destinem mercadorias a esta-belecimento industrial para emprego em pro-cesso de industrialização como matéria-prima, produto intermediário ou material de embala-gem;

e) operações interestaduais que destinem mer-cadorias relacionadas no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, itens 18 a 24, 29 a 32, 39, 43 a 48, a contribuinte detentor de regime es-pecial de tributação de atribuição de respon-sabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido por substituição tributária, concedido pelo Diretor da Superintendência de Tributação (Sutri).

27-08 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

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Na situação descrita na letra “b”, caso seja estabelecimento encomendante não-industrial, a apu-ração do ICMS devido por substituição tributária será realizada no momento da entrada da mercadoria no estabelecimento encomendante, desde 1º.05.2010. Nesse caso, a base de cálculo será o custo da merca-doria, assim considerados todos os valores incorridos, tais como os relativos a industrialização, aquisição de matéria-prima, embalagem, frete, seguro e tributos, adicionado da parcela resultante da aplicação sobre o referido montante do percentual de MVA estabele-cido para a mercadoria previsto no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, observando-se as demais regras constantes no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1.

Nas situações descritas na letra “d”, não se consi-dera industrialização a modificação efetuada na mer-cadoria pelo estabelecimento comercial para atender à necessidade específica do consumidor final. Caso a mercadoria recebida para integrar o processo de industrialização não for a ele aplicada, caberá ao in-dustrial que a recebeu a responsabilidade pela reten-ção do imposto devido por substituição tributária, no momento da saída da mercadoria.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 18, §§ 1º, 2º, 3º e 4º, art. 19, § 9º, art. 46, XIII)

5. SuJEITo PASSIvo ConTrIBuInTE do SIMPlES nACIonAl

O Comunicado Sutri nº 1/2009 apresenta os procedimentos fiscais a serem adotados pelos con-tribuintes mineiros optantes pelo Simples Nacional que realizem operações e prestações sujeitas à substituição tributária do ICMS. Dessa forma, prevale-cem as regras específicas do regime da substituição tributária, previstos no RICMS-MG/2002, Anexo XV, tais como: responsabilidade, base de cálculo, prazo para pagamento e critérios de restituição.

Tendo em vista que essas operações não se enquadram naquelas abrangidas pelo Simples Nacional (a substituição tributária está fora das ope-rações cujo imposto devido será recolhido de forma única no Simples Nacional), o valor do ICMS próprio da operação deve ser incluído nas demais receitas segregadas previstas na legislação de regência e, se for o caso, somado ao decorrente das vendas de mercadorias não sujeitas à substituição tributária para que sejam tributadas pelo Simples Nacional.

Assim, para fins de cálculo do imposto devido por substituição tributária, na hipótese de o remetente ser microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte

(EPP), deverá ser deduzido, a título de ICMS da operação própria, o resultado da aplicação da alíquota interna ou interestadual sobre o valor da respectiva operação.

Quanto ao crédito do imposto, há permissão para que os contribuintes que estejam no regime normal de apuração, nas aquisições de contribuinte do Simples Nacional e desde que a destinação seja comercial ou utilizada em processo industrial, observados os seguintes critérios:

a) a ME ou EPP que gere direito a crédito deve-rá conter a seguinte expressão no documento fiscal, seja em seu corpo ou em “Informações Complementares”: “Permite o aproveitamento do crédito de ICMS no valor de R$... corres-pondente à alíquota de ....%, nos termos do art. 23 da Lei Complementar nº 123/2006”;

b) o crédito está limitado ao ICMS devido pela ME ou EPP por ocasião da remessa e será cal-culado pela aplicação da alíquota correspon-dente ao percentual previsto nos Anexos I ou II da Lei Complementar nº 123/2006, estabe-lecido para a faixa de receita bruta a que ela estiver sujeita no mês anterior ao da operação.

Nota

O Decreto nº 45.688/2011 alterou as disposições contidas no RICMS--MG/2002 relativas à substituição tributária. Dentre essas alterações, esta-beleceu que não se aplica o cálculo da MVA ajustada nas operações inte-restaduais quando a alíquota interestadual for inferior à alíquota interna do produto, nas situações em que o remetente for ME ou EPP.

(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 19, §§ 5º e 6º)

(Comunicado Sutri nº 1/2009; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 5º, X, “a”; RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 20, § 1º)

5.1 restituição do imposto

Nas situações de restituição do valor do imposto pago a título de substituição tributária correspon-dente a fato gerador presumido que não se realizou, tratando-se de mercadoria adquirida de ME e EPP, na condição de substituto tributário, o creditamento do imposto relativo à operação própria do remetente está limitado ao valor informado no documento fiscal.

Assim, em todas as operações realizadas pelas ME e EPP cuja mercadoria tenha posterior saída (industrialização ou comercialização), para fins de crédito do ICMS, a alíquota aplicável será o percen-tual do ICMS previsto na Lei Complementar federal nº 123/2006, Anexos I ou II, para a faixa da receita bruta a que o remetente estiver sujeito no mês anterior ao da operação. Nesse caso, deve ser observado que:

a) nos casos em que a operação ocorrer no mês de início de atividade do contribuinte enqua-

27-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 MG

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drado como ME e EPP, a alíquota correspon-derá ao menor percentual de ICMS previsto nos referidos anexos;

b) o documento fiscal que acobertar a operação deverá conter, no campo destinado às informa-ções complementares, ou, na sua falta, no corpo do documento, por qualquer meio gráfico inde-lével, a expressão: “Permitido o aproveitamento do crédito de ICMS no valor de R$...; correspon-dente à alíquota de ...%, nos termos do art. 23 da Lei Complementar federal nº 123/2006”.

Dessa forma, o valor corretamente informado no documento fiscal emitido pela ME e EPP poderá ser apropriado pelo destinatário sob forma de crédito nas situações em que a legislação vigente permitir.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, arts. 42, § 26, 66, § 11, e 68-A)

6. BASE dE CÁlCulo do IMPoSTo rETIdoA base de cálculo do imposto, para fins de subs-

tituição tributária, é:

a) em relação às operações subsequentes:a.1) tratando-se de mercadoria cujo preço fi-

nal a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público competente, o preço estabelecido;

a.2) tratando-se de mercadoria que não te-nha seu preço fixado por órgão público competente, observada a ordem:a.2.1) o preço médio ponderado a con-

sumidor final (PMPF) divulgado em portaria da Sutri;

a.2.2) o preço final a consumidor suge-rido ou divulgado pelo industrial, pelo importador ou por entidade representativa dos respectivos segmentos econômicos aprovado em portaria da Sutri; ou

a.2.3) o preço praticado pelo remetente, acrescido dos valores correspon-dentes a descontos concedidos, inclusive o incondicional, frete, seguro, impostos, contribuições e royalties relativos a franquias e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que por terceiros, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de MVA estabelecido para a mercadoria no RICMS--MG/2002, Anexo XV, Parte 2;

b) na entrada, em operação interestadual, de mer-cadorias destinadas a uso, consumo ou Ativo Permanente do adquirente, a mesma estabele-cida para a operação praticada pelo remetente.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 19)

6.1 MvA ajustada em operação interestadual

Para fins de apuração da base de cálculo nas ope-rações interestaduais com as mercadorias relacionadas na Parte 2 do Anexo XV do RICMS-MG/2002, será utili-zada a MVA ajustada à alíquota interestadual aplicada. Nesse caso, temos a seguinte fórmula para cálculo do ajuste: “MVA ajustada = {[(1 + MVA-ST original) x (1 - ALQ inter) / (1 - ALQ intra)] - 1} x 100”, em que:

a) “MVA ajustada” é o percentual, com 2 casas decimais, correspondente à MVA a ser utiliza-da para apuração da base de cálculo relativa à substituição tributária na operação interestadual;

b) “MVA-ST original” é o coeficiente, com 4 casas decimais, correspondente à MVA prevista na Parte 2 do anexo do RICMS-MG/2002;

c) “ALQ inter” é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação;

d) “ALQ intra” é:d.1) o coeficiente correspondente à alíquo-

ta interna estabelecida para a operação própria de contribuinte industrial ou im-portador substituto tributário relativamen-te ao ICMS devido nas operações subse-quentes com a mercadoria; ou

d.2) caso a operação própria de contribuinte industrial descrita na letra “d.1” esteja sujeita à redução de base de cálculo, o valor do multiplicador previsto no RICMS--MG/2002, Anexo IV, Parte 1.

NotaTambém estarão sujeitas ao cálculo da MVA ajustada as operações em

que houver previsão de ajuste da MVA para contribuinte substituto situado em Minas Gerais em operação interna com a mercadoria (RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 19, § 10).

O cálculo de MVA ajustada aplicável nas aquisi-ções interestaduais não se aplica às operações em que o remetente seja ME ou EPP optante pelo regime diferenciado do Simples Nacional (vide tópico 5 deste procedimento).

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 19, § 5º)

6.1.1 Exemplo do cálculo

Para fins de exemplificar o cálculo para identificar a MVA ajustada aplicável às operações interestaduais, consideramos os valores hipotéticos:

27-10 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

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a) alíquota interna: 18%;b) alíquota interestadual: 12%;c) MVA original: 30,34%.

Assim, aplicando-se os valores à fórmula MVA ajustada = {[(1 + MVA-ST original) x (1 - ALQ inter) / (1 - ALQ intra)] - 1} x 100, temos:

MVA ajustada = {[(1 + 30,34%) x (1 - 12%) / (1 - 18%)] - 1} x 100;

MVA ajustada = {[(1,3034 x 0,88) / 0,82] - 1} x 100;

MVA ajustada = [(1,146992 / 0,82) - 1] x 100;

MVA ajustada = (1,3988 - 1) x 100;

MVA ajustada = 0,3988 x 100;

MVA ajustada = 39,88%.

6.2 MvA ajustada em operação interna

Para efeitos de apuração da base de cálculo nas operações internas com mercadorias relacionadas no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, em que a alíquota efetiva da operação própria do contribuinte seja reduzida em virtude de regime especial de cará-ter individual, será necessário ajustar a MVA à alíquota geral do Estado. Nesse caso, deve ser observada a fórmula “MVA ajustada = {[(1 + MVA-ST original) x (1 - ALQ indiv) / (1 - ALQ geral)] - 1} x 100”, em que:

a) “MVA ajustada” é o percentual, com 2 casas decimais, correspondente à MVA a ser utiliza-da para apuração da base de cálculo relativa à substituição tributária;

b) “MVA-ST original” é o coeficiente, com 4 casas decimais, correspondente à MVA prevista na Parte 2 do Anexo XV do RICMS-MG/2002;

c) “ALQ indiv” é o coeficiente correspondente à alíquota efetiva aplicável à operação;

d) “ALQ geral” é o coeficiente correspondente à alíquota estabelecida para a operação pró-pria de contribuinte industrial substituto com a mercadoria em operação interna prevista nes-te Estado para as operações subsequentes al-cançadas pela substituição tributária.

Nota

Também estarão sujeitas ao cálculo da MVA ajustada as operações em que houver previsão de ajuste da MVA para contribuinte substituto situado em Minas Gerais em operação interna com a mercadoria (RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 19, § 10).

Nesse caso, considera-se alíquota efetiva o resul-tado da equação “ICMS destacado/base de cálculo original (sem redução) x 100”.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 19, §§ 7º e 8º)

6.3 operação interestadual destinada a uso/consumo ou Ativo Imobilizado de contribuinte do ICMSNas operações interestaduais em que a merca-

doria sujeita à tributação por substituição tributária for destinada a uso e consumo ou Ativo Imobilizado de estabelecimentos contribuintes do ICMS, o valor a ser recolhido a título de ICMS retido corresponderá ao diferencial de alíquotas, uma vez que o percentual de valor agregado (margem de lucro) não deverá ser incorporado na base de cálculo do ICMS retido.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 20, II)

7. AlÍQuoTA do ICMSNo cálculo do ICMS retido nas operações interes-

taduais, deverá ser observada a alíquota interna da mercadoria no Estado destinatário. A alíquota geral do ICMS para as operações internas no Estado de Minas Gerais é de 18%, porém cabe ao contribuinte estadual verificar, no RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 42, se o seu produto não possui alíquota interna específica.

Entretanto, há permissão na legislação estadual para que o Estado reduza a alíquota do imposto para até 12% nas operações internas realizadas por estabelecimento industrial, mediante regime especial a ser concedido pela Sutri.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 42, I, “e” e § 13)

8. CÁlCulo do ICMS rETIdo

Para o cálculo do ICMS retido, o contribuinte subs-tituto deverá aplicar a alíquota do imposto sobre o valor da base de cálculo do ICMS retido e subtrair desse valor o imposto devido sobre a sua própria operação. Dessa forma, o valor do ICMS retido corresponderá à diferença entre o imposto calculado ICMS-ST e o devido pela própria operação do contribuinte substituto.

Exemplificando o cálculo, temos:

Valor da operação própria (ICMS próprio) = R$ 1.000,00 x 18% = R$ 180,00ICMS próprio = R$ 180,00Base de cálculo para reten-ção (valor hipotético) = R$ 3.400,00 x 18% = R$ 612,00Valor do imposto retido (ICMS-ST) R$ 612,00 - R$ 180,00 = R$ 432,00ICMS-ST = R$ 432,00

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 20, I)

9. PrAZo PArA rEColHIMEnTo do ICMS rETIdo

O recolhimento do imposto devido a título de substituição tributária será efetuado até:

27-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 MG

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a) o momento da saída da mercadoria do estabe-lecimento remetente:a.1) nas hipóteses do RICMS-MG/2002, Ane-

xo XV, arts. 12, 13 e 73, 74 e 83, em se tratando de sujeito passivo por substitui-ção situado em outra Unidade da Fede-ração e não inscrito no Cadastro de Con-tribuinte do ICMS deste Estado;

a.2) nas hipóteses do RICMS-MG/2002, Ane-xo XV, art. 73, I, II, III, V e § 1º, em se tratando de sujeito passivo por substitui-ção inscrito ou não no Cadastro de Con-tribuinte do ICMS deste Estado:a.2.1) quando se tratar de operação

com álcool etílico hidratado com-bustível (AEHC);

a.2.2) quando se tratar de operação in-terestadual com gasolina, óleo diesel ou gás liquefeito de petró-leo, em que o responsável pela re-tenção do ICMS por substituição tributária na Unidade da Federa-ção remetente não seja o produ-tor nacional de combustíveis;

a.2.3) quando se tratar de operação interna, na hipótese do RICMS--MG/2002, Anexo XV, art. 15, caput;

b) o momento da entrada da mercadoria no ter-ritório mineiro, nas hipóteses dos RICMS--MG/2002, Anexo XV, arts. 14, 15, 75 e 110-A;

c) o dia 9 do mês subsequente ao da saída da mercadoria, nas hipóteses:c.1) do RICMS-MG/2002, Anexo XV, arts. 12

e 13, em se tratando de sujeito passivo por substituição inscrito no Cadastro de Contribuinte do ICMS;

c.2) do RICMS-MG/2002, Anexo XV, art. 16, I, art. 18, III, § 2º, II, art. 58, caput e § 1º, art. 63, caput, art. 64, caput, art. 11-A, I, e art. 113, parágrafo único;

d) o dia 9 do mês subsequente ao da entrada da mercadoria no estabelecimento, nas hipóteses do RICMS-MG/2002, Anexo XV, art. 16, III, art. 19, § 2º, III, art. 58, § 2º, III, e arts. 67, 68 e 70 e 118, quando o estabelecimento destinatário for industrial;

e) até o dia 10 do mês subsequente ao da saída da mercadoria, em se tratando de sujeito passivo por substituição inscrito no Cadastro de Contri-buinte do ICMS deste Estado, nas hipóteses:e.1) das operações com as mercadorias rela-

cionadas no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, item 26;

e.2) do RICMS-MG/2002, Anexo XV, art. 73, I, II, “a” a “f”, III, V e § 1º, arts. 74 e 83, exceto:e.2.1) quando se tratar de operação

com AEHC;e.2.2) quando se tratar de operação in-

terestadual com gasolina, óleo diesel ou gás liquefeito de petró-leo, em que o responsável pela re-tenção do ICMS por substituição tributária na Unidade da Federa-ção remetente não seja o produ-tor nacional de combustíveis;

f) o dia 20 do mês subsequente, nas hipóteses do RICMS-MG/2002, Anexo XV, art. 86, IV, art. 87, § 1º, e art. 92, parágrafo único;

g) o dia 25 do 2º mês subsequente na hipótese do RICMS-MG/2002, Anexo XV, art. 9º, I;

h) o prazo estabelecido para o pagamento do ICMS relativo às operações ou prestações pró-prias do sujeito passivo por substituição, nas hipóteses do RICMS-MG/2002, Anexo XV, art. 4º, caput, arts. 5º e 9º, II;

i) o momento de início da prestação, nas hipóteses do RICMS-MG/2002, Anexo XV, art. 4º, §§ 3º e 4º;

j) o momento do desembaraço aduaneiro ou da entrega da mercadoria quando esta ocorrer an-tes do desembaraço, na hipótese do RICMS--MG/2002, Anexo XV, art. 16, II, e art. 73, IV;

k) o dia 9 do 2º mês subsequente ao da entrada da mercadoria no estabelecimento:k.1) na hipótese do RICMS-MG/2002, Anexo

XV, art. 56, I, exceto em se tratando de recebimento em operação interestadual de partes, componentes e acessórios, usados;

k.2) na hipótese do RICMS-MG/2002, Anexo XV, art. 60-A, em se tratando de recebi-mento em operação interna;

l) no momento da entrada da mercadoria no es-tabelecimento, nos casos de retorno de indus-trialização ao estabelecimento encomendante não industrial;

m) o dia 9 do 2º mês subsequente ao da saída da mercadoria, na hipótese do art. 59-B da Parte 1 do Anexo XV do RICMS-MG/2002;

n) o momento da entrada da mercadoria no esta-belecimento, nas hipóteses:n.1) do art. 18, § 3º, e do art. 111-A, II, da Par-

te 1 do Anexo XV do RICMS-MG/2002;n.2) do art. 118 da Parte 1 do Anexo XV do

RICMS-MG/2002, quando o estabeleci-mento destinatário for não industrial.

27-12 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

Na hipótese de atribuição de responsabilidade por substituição tributária mediante regime especial, o recolhimento do respectivo imposto será efetuado até o dia 9 do mês subsequente ao da saída ou da entrada da mercadoria, conforme o caso.

O ICMS devido a título de substituição tributária poderá ser efetuado em prazo distinto dos ante-riormente mencionados, desde que autorizado por regime especial concedido:

a) pelo titular da Diretoria de Gestão de Projetos da Superintendência de Fiscalização, na hipó-tese do RICMS-MG/2002, Anexo XV, art. 46, I;

b) pelo Diretor da Sutri, nos demais casos.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 46)

9.1 documento de arrecadação

O recolhimento do imposto devido a título de substituição tributária, bem como dos seus acrés-cimos, para este Estado, será através de:

a) Documento de Arrecadação Estadual (DAE) - para os recolhimentos realizados no Estado de Minas Gerais;

b) Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE) - para os recolhimentos efe-tuados em outra Unidade da Federação.

Nas situações em que for utilizado DAE para recolhimento, ele deverá ser distinto daquele do reco-lhimento devido pelas operações próprias. No caso do uso de GNRE, deverá ser utilizada guia específica sempre que o sujeito passivo por substituição operar com mercadorias sujeitas a regimes de substituição tributária regidos por convênios ou protocolos distintos.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 45)

10. MErCAdorIA rECEBIdA SEM rETEnção - ProCEdIMEnToSO estabelecimento destinatário de mercadoria

relacionada no RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 2, inclusive o varejista, é responsável pelo imposto devido a este Estado a título de substituição tributária quando o alienante ou o remetente, sujeito passivo por substituição, não efetuar a retenção ou efetuar retenção a menor do imposto.

A referida responsabilidade aplica-se também ao destinatário de mercadoria desacompanhada do comprovante de recolhimento, na hipótese de o imposto ter sido recolhido por ocasião da saída da mercadoria, por meio de GNRE.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 15)

11. ESCrITurAção

Neste item, abordamos a escrituração fiscal pelos contribuintes substituto e substituído segundo as regras gerais da substituição tributária.

11.1 Pelo contribuinte substituto

Abordamos a escrituração fiscal realizada pelo contribuinte substituto tanto no livro Registro de Saídas quanto no livro Registro de Apuração do ICMS.

11.1.1 livro registro de Saídas

O contribuinte substituto, ao realizar operação com mercadorias sujeitas ao regime da substituição tributária do ICMS, deverá escriturar a nota fiscal por ele emitida, utilizando os Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOP) específicos, no livro Registro de Saídas, da seguinte forma:

a) os dados relativos a sua operação, base de cálculo e ICMS débito próprio com utilização das colunas próprias;

b) o valor do ICMS retido e o da sua base de cál-culo serão lançados na coluna “Observações”, na mesma linha do lançamento previsto na le-tra “a” anterior, utilizando as colunas distintas para essas indicações, sob o título “Substitui-ção Tributária”;

c) caso o substituto tributário utilize sistema de processamento de dados, os valores relativos ao ICMS retido e a respectiva base de cálculo serão registrados na linha abaixo do lança-mento da operação própria, sob o título comum “Substituição Tributária” ou o código “ST”.

Os valores constantes na coluna relativa ao ICMS retido serão totalizados no último dia do período de apuração, para lançamento no livro Registro de Apu-ração do ICMS, separadamente dos correspondentes às operações internas e interestaduais.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 33)

11.1.2 livro registro de Apuração do ICMS

Enfatizamos, neste item, a escrituração do livro Registro de Apuração do ICMS pelo contribuinte substituto, segregando em operações internas e interestaduais.

11.1.2.1 operações internas

No último dia do período de apuração do ICMS, o contribuinte substituto deverá escriturar os valores

27-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 MG

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

relativos ao ICMS retido em folha subsequente à destinada à escrituração do imposto incidente sobre as suas próprias operações, com a indicação da expressão “Substituição tributária”, utilizando, no que couber, os quadros “Débito do Imposto”, “Crédito do Imposto” e “Apuração dos Saldos”, e lançar:

a) o valor do ICMS retido, totalizado no último dia do período de apuração, escriturado na colu-na “Observações” do livro Registro de Saídas, conforme o item anterior, no campo “Por Saí-das com Débito do Imposto”;

b) o valor do ICMS retido relativo às entradas a título de devoluções no campo “Por Entradas com Créditos do Imposto”.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 35)

11.1.2.2 operações interestaduais

Os valores do ICMS retido em relação às opera-ções interestaduais deverão ser escriturados em folha subsequente à das operações internas, pelos totais, detalhando-se os valores relativos a cada Unidade da Federação nos quadros “Entradas” e “Saídas”, nas colu-nas “Valores Contábeis” (para identificação da Unidade da Federação de destino), “Base de Cálculo” (para a base de cálculo do ICMS retido), “Imposto Creditado” e “Imposto Debitado” (para o imposto retido).

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 35, parágrafo único)

11.2 Pelo contribuinte substituído

O contribuinte substituído, ao escriturar as notas fiscais nos respectivos livros fiscais, deverá adotar os procedimentos a seguir.

11.2.1 livro registro de Entradas

A nota fiscal recebida do fornecedor será escri-turada no livro Registro de Entradas, sem direito a crédito do ICMS, com utilização das colunas “Valor Contábil”, “Outras” de “Operações sem Crédito do Imposto” e “Observações”.

Na coluna “Valor Contábil”, será escriturado o valor total constante no documento fiscal, na coluna “Outras”, o valor da operação e, em “Observações”, o valor do imposto retido.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 37, I)

11.2.2 livro registro de Saídas

O documento fiscal emitido pelo contribuinte substituído será escriturado no livro Registro de

Saídas, sem débito do ICMS, com utilização da coluna “Outras” de “Operações sem Débito do Imposto”.

(RICMS-MG/2002, Anexo XV, Parte 1, art. 37, II, “b”)

12. PEnAlIdAdES

As penalidades aplicáveis às operações sujeitas ao ICMS encontram-se relacionadas no RICMS-MG/2002, Parte Geral, arts. 209 a 221. Embora não haja pena-lidade específica para as operações de substituição tributária, elas recaem na regra geral, como emitir do-cumento fiscal com falta de requisito ou indicação pre-vista na legislação ou emitir com indicação insuficiente ou incorreta, bem como imprimir ou mandar imprimir documento fiscal em desacordo com a autorização da repartição competente, conforme segue:

a) nome, endereço, inscrição estadual ou inscrição no CNPJ do estabelecimento destinatário em no-tas fiscais, inclusive na nota fiscal de produtor, e em conhecimento de transporte: 100 UFEMG;

b) nome, endereço, inscrição estadual ou inscrição no CNPJ, se for o caso, do remetente, em nota fiscal, na entrada de mercadorias: 100 UFEMG;

c) nome, endereço, inscrição estadual ou inscrição no CNPJ, se for o caso, do remetente da merca-doria ou do bem em conhecimento de transpor-te: 100 UFEMG;

d) discriminação da mercadoria (quantidade, marca, tipo, modelo, espécie, qualidade e demais elementos que permitam sua perfeita identificação), valor unitário da mercadoria, valor total da mercadoria, valor total da ope-ração ou data de emissão em notas fiscais, in-clusive em nota fiscal de produtor, ressalvado o disposto no RICMS-MG/2002, Anexo V, Parte 1, art. 35: 70 UFEMG;

e) número da nota fiscal respectiva, valor da mer-cadoria, natureza da carga, especificação da quantidade em conhecimento de transporte: 70 UFEMG;

f) natureza da operação ou da prestação e con-dições do pagamento, alíquota do ICMS e destaque do imposto devido, nome da empre-sa de transporte e seu endereço ou o núme-ro da placa do veículo, município e Estado de emplacamento, quando se tratar de transpor-tador autônomo: 42 UFEMG;

g) demais indicações não especificadas nos itens anteriores: 42 UFEMG.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 215, VI)

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27-14 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

a IOB SetorialFEdERal

Petroleiro - Incentivos fiscais - Repetro - Aplicabilidade

O setor petroleiro prevê um investimento de R$ 30 bilhões em pesquisa científica para o desenvolvi-mento nos próximos 10 anos, anunciou recentemente a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O setor é legalmente obrigado a investir 1% de todo o seu faturamento em projetos de pesquisa e desenvolvimento. O valor previsto se baseia nos resultados do cálculo de produção informado pelas petrolíferas à agência reguladora.

A ANP afirmou que em 2020 será registrada a maior obrigação de investimentos destinados a pes-quisa científica, estimados em R$ 4 bilhões.

Segundo a ANP, o crescimento pode ser expli-cado pelo início da produção nos campos do pré-sal.

Na esfera tributária, o Governo federal disciplina o Regime Aduaneiro Especial de Exportação e de Importação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural (Repetro) definido pelo art. 6º da Lei nº 9.478/1997, em conformidade com a legislação aduaneira e, em especial, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.415/2013.

O Repetro aplica-se também na exportação e na importação de bens destinados às atividades de pes-quisa e lavra, de que trata a Lei nº 12.276/2010, e às atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção, de que trata a Lei nº 12.351/2010.

Esse regime admite a possibilidade, conforme o caso, de utilização dos seguintes tratamentos aduaneiros:

a) exportação, sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro e posterior aplicação do regime aduaneiro especial de admissão temporária, no caso de bens de fa-bricação nacional, vendidos a pessoa jurídica domiciliada no exterior;

b) exportação, sem que tenha ocorrido a saída do bem do território aduaneiro, no caso de par-tes e peças de reposição destinadas a bens já admitidos no regime de admissão temporária;

c) importação, sob o regime de drawback, na modalidade de suspensão, de matérias-pri-mas, de produtos semielaborados ou acaba-dos e de partes ou peças para utilização na fabricação de bens a serem exportados; e

d) importação, sob o regime de admissão tempo-rária, de bens desnacionalizados procedentes do exterior ou estrangeiros, com suspensão to-tal do pagamento de tributos.

A aplicação do Repetro abrange somente:a) os bens relacionados no Anexo I à Instrução

Normativa RFB nº 1.415/2013; eb) as máquinas e os equipamentos, inclusive so-

bressalentes, as ferramentas e os aparelhos e outras partes e peças, inclusive os destina-dos a proteção do meio ambiente, salvamento, prevenção de acidentes e combate a incên-dios, desde que utilizados para garantir a ope-racionalidade dos bens referidos na letra “a” anterior, ou necessários ao cumprimento de outras exigências normativas para as ativida-des alcançadas pelo regime em referência.

Na hipótese da letra “b”, é vedada a aplicação do regime aos bens:

a) de valor aduaneiro unitário inferior a US$ 25.000,00 (vinte e cinco mil dólares dos Esta-dos Unidos da América);

b) cuja função principal seja o transporte de pes-soas, transporte de petróleo, gás ou outros hi-drocarbonetos fluidos; ou

c) de uso pessoal.

Para efeito de aplicação da regra citada na letra “b” anterior, considera-se transporte de petróleo, gás e outros hidrocarbonetos fluidos a sua movimentação em meio ou percurso considerado de interesse geral, conforme disposto no inciso VII do art. 6º da Lei nº 9.478/1997.

Os bens submetidos à admissão temporária em Repetro deverão ter utilização econômica exclusiva-mente nos locais indicados nos contratos de conces-são, autorização, cessão ou partilha de produção.

O Repetro não se aplica à entrada no território aduaneiro de bens objeto de contrato de arrenda-mento mercantil financeiro, conforme normas do Banco Central do Brasil (Bacen).

(Lei nº 9.478/1997, art. 6º; Lei nº 12.276/2010; Lei nº 12.351/2010; Instrução Normativa RFB nº 1.415/2013, arts. 1º a 3º, Anexo I)

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27-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 MG

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EStadual/MunICIPal

Tratamento favorecido e diferenciado a ME, EPP e MEI

O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável a microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) e microempreendedor individual (MEI), que abrange tributos de todos os entes fede-rados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).

Com isso, os tributos que implicam no recolhi-mento mensal, mediante documento único de arre-cadação (Documento de Arrecadação do Simples Nacional - DAS), são IRPJ, IPI, CSLL, Cofins, PIS, INSS, ICMS e ISS.

Tanto o Município de Belo Horizonte como o Estado de Minas Gerais incorporaram as disposições do Simples Nacional em seus regulamentos internos. Para isso, publicaram diversos atos legais, dentre os quais destacamos as Leis nºs 10.640/2013 e 20.826/2013 (Estatuto Mineiro da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte), respectivamente, que divulgam o tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado à ME, à EPP e ao MEI.

O objetivo dessas normas é regulamentar o tra-tamento diferenciado previsto na Lei Complementar nº 123/2006, promovendo o estímulo ao empreende-dorismo e contribuindo para o desenvolvimento eco-nômico e social do Município de Belo Horizonte e do Estado de Minas Gerais. Para isso, são incentivados:

a) a criação de novas empresas e a regulamen-tação das informais;

b) a geração de empregos e renda;c) a racionalização de processos burocráticos

de formalização, funcionamento, alteração e encerramento das ME e EPP;

d) o acesso a mercados, inclusive quanto à pre-ferência na aquisição de bens e serviços pelo Poder Público;

e) a inovação tecnológica e à educação e capa-citação empreendedora;

f) o favorecimento de políticas públicas que ob-servem as vocações regionais, os aspectos

culturais e o desenvolvimento das microrregi-ões do Estado;

g) a facilitação e orientação do acesso ao crédito.

Nas licitações públicas, deverá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para ME, EPP e MEI, com os seguintes objetivos:

a) a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional;

b) a ampliação da eficiência das políticas públi-cas;

c) o incentivo à inovação tecnológica.

Nas hipóteses de compras realizadas pelo Estado, elas terão os seguintes objetivos:

a) a promoção do desenvolvimento econômico e social para incrementar o investimento e o va-lor agregado da produção no Estado;

b) a ampliação da eficiência das políticas públi-cas, aí compreendidas ações de melhoria do ambiente de negócios;

c) o incentivo à inovação e à capacitação tecno-lógica;

d) o fomento ao desenvolvimento regional no Es-tado.

Vale ressaltar que, nas licitações, será assegu-rada como critério de desempate a preferência de contratação para as ME e EPP. Entende-se como empate aquelas situações em que as ofertas apresen-tadas pelas ME, EPP e MEI sejam iguais ou até 10% superiores ao menor preço.

Por fim, há o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 323/2010, que tem por objetivo melhorar o tratamento diferenciado aplicável às empresas optantes pelo Simples Nacional. As alterações previstas no refe-rido PLS servirá para aliviar o peso dos impostos ao estabelecer limite ao poder dos Estados de adotar a substituição tributária, mecanismo de arrecadação que obriga o contribuinte a pagar o imposto devido por seus clientes ao longo da cadeia de comerciali-zação. O projeto visa retirar parte das empresas do Simples do regime de substituição tributária, criado para simplificar a cobrança de tributos de setores de produção concentrada e venda pulverizada.

(Lei Complementar nº 123/2006; Lei nº 10.640/2013 arts. 1º, 8 e 12; Lei nº 20.826/2013, arts.1º e 13; PLS nº 323/2010)

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a IOB Comenta

27-16 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

IPI

Crédito fiscal - Estorno - Revenda de insumos

1) Na revenda de insumos a usuários finais não contribuintes, o estabelecimento industrial deve estor-nar o crédito do IPI?

Sim. O estabelecimento industrial que revender insumos (matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagens) a pessoas que não sejam industriais ou revendedores deve estornar o crédito do IPI escriturado por ocasião da entrada desses insumos no estabelecimento.

Se houver mais de uma aquisição e for impossível identificar a nota fiscal relativa aos insumos, o contri-buinte deve calcular o valor a estornar com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, art. 254, caput, I, “f”, § 1º)

Sped - EFD - Crédito fiscal

2) Como registrar crédito do IPI na aquisição de insumos, fornecidos por comerciante atacadista não contribuinte, calculado pelo adquirente mediante a aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto sobre 50% do seu valor?

A nota fiscal, sem destaque do IPI, deve ser lançada no registro C100 e filhos, normalmente, e o crédito deve ser apropriado por meio de ajuste no registro E530.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, Anexo Único; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.14, registros C100 e E530)

Sped - EFD - Venda para entrega futura - CST

3) Quais os Códigos de Situação Tributária (CST) do IPI a serem utilizados nas operações de venda para entrega futura quando da emissão das notas fiscais de “simples faturamento” e de “remessa”, considerando que houve destaque do IPI na nota fiscal de simples faturamento?

Deverá ser indicado o CST do IPI na nota fiscal de “simples faturamento” como 50 (Saída Tributada) e na nota fiscal de “remessa” como 99 (Outras Saídas).

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, Anexo Único; Instrução Nor-mativa RFB nº 1.009/2010, Anexo Único, Tabela I)

ICMS/MGCrédito presumido - Estabelecimento industrial

fabricante de pá-carregadeira, escavadeira hidráulica, retroescavadeira e motoniveladora

4) No que consiste o crédito presumido do ICMS previsto para estabelecimento industrial fabricante de pá-carregadeira, escavadeira hidráulica, retroescava-deira e motoniveladora, produzidos pelo próprio esta-belecimento localizado no Estado de Minas Gerais?

O estabelecimento industrial fabricante de pá- -carregadeira, escavadeira hidráulica, retroescava-deira e motoniveladora, produzidos pelo próprio esta-belecimento localizado no Estado de Minas Gerais, relativamente às vendas realizadas em operações internas destinadas a usuário final ou em operações interestaduais, possui crédito presumido do ICMS.

Assim, o crédito presumido concedido pelo Fisco para opção pelo contribuinte descrito anteriormente constitui-se em:

a) 9% sobre o valor de venda, quando a opera-ção for tributada à alíquota de 12%;

b) 4% sobre o valor da venda, quando a opera-ção for tributada à alíquota de 7%;

c) 1% sobre o valor da venda, quando a opera-ção for tributada à alíquota de 4%.

A apropriação do crédito presumido, cumulada com os créditos decorrentes de entrada de mercadorias ou bens ou de utilização de serviços com incidência do imposto, não poderá resultar em saldo credor no período compreendido desde o início da fruição do benefício até o dia 31.12.2015. Nesse caso, é vedada a apropriação do que exceder ao valor dos débitos apurados pelos estabelecimentos do contribuinte no período ou a sua transferência para períodos subsequentes.

(Decreto nº 46.458/2014, art. 1º)

taxa dE FISCalIzaçãO dE EnGEnhOS dE PuBlICIdadE/BElO hORIzOntE

Engenhos de publicidade - Instalação - Período da Copa do Mundo Fifa de 2014

5) Qual a finalidade da regulamentação temporária das instalações de engenhos de publicidade no Muni-cípio de Belo Horizonte no período da Copa do Mundo Fifa de 2014?

a IOB Perguntas e Respostas

27-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 27 MG

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

A finalidade dessa regulamentação temporária, cuja vigência será o período de realização da Copa do Mundo Fifa de 2014, como um todo, é:

a) fomentar a expectativa e intensificar a atmos-fera festiva que a Copa do Mundo Fifa de 2014 proporcionará no município, com vistas ao maior envolvimento da população e dos diversos setores da sociedade na realização dos eventos;

b) viabilizar a obtenção de recursos para a reali-zação de eventos e ações sob responsabilida-de do município relacionados à Copa do Mun-do Fifa de 2014, criando, para tanto, oportuni-dades de veiculação de publicidade externa;

c) captar legados sociais alinhados aos interes-ses estratégicos do município e que contribu-am para a melhoria da qualidade de vida da população;

d) definir diretrizes para a exploração dos espa-ços públicos e dos locais deles visíveis para fins de publicidade e divulgação, no período de realização dos eventos a que se refere a lei

em fundamento, buscando evitar a desarmo-nia resultante da proliferação desordenada de veículos de divulgação e, consequentemente, a poluição visual;

e) assegurar a percepção e a compreensão da estrutura urbana, a identificação e a preserva-ção dos valores paisagísticos e culturais da ci-dade.

(Lei nº 10.722/2014, art. 1º)

taxa dE ExPEdIEntE/BElO hORIzOntE

Taxa de Expediente - Exigência

6) Em que momento a Taxa de Expediente é exigi-da no Município de Belo Horizonte?

A Taxa de Expediente será exigida no ato da solicitação das atividades ou prestação dos serviços públicos previstos no item VII, Tabela I, da Lei nº 5.641/1989.

(Lei nº 5.641/1989, art. 29-A, caput)