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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a ITR - DITR 2014 - Apresentação a ICMS - Produtor rural a ICMS - Quadro prático das operações com tratamento diferenciado ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 34/2014 Rio Grande do Sul / a Federal IPI Transferência - Tratamento fiscal 01 / a Estadual ICMS Consignação mercantil 04 / a IOB Setorial Estadual Energético - Emissão de nota fiscal para faturamento sob o Sistema de Compensação de Energia Elétrica 08 / a IOB Comenta Federal IPI - Sucessão - Possibilidade de transferência de incentivos ou be- nefícios fiscais 09 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Revendedor autônomo - Preço de revenda - Critério 10 ICMS/RS Diferimento - Veículos da posição 8704 da NBM/SH-NCM - Aplica- ção na importação 10 Diferimento - Veículos da posição 8704 da NBM/SH-NCM - Aplica- ção na saída interna 10

ICMS - IPI e Outros Rio Grande do Sul a Veja nos Próximos · 2017-04-07 · ... Emissão de nota fiscal para faturamento sob o Sistema de Compensação de Energia Elétrica ... na

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Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a ITR - DITR 2014 - Apresentação

a ICMS - Produtor rural

a ICMS - Quadro prático das operações com tratamento diferenciado

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 34/2014

Rio Grande do Sul

/a FederalIPITransferência - Tratamento fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSConsignação mercantil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB SetorialEstadualEnergético - Emissão de nota fiscal para faturamento sob o Sistema de Compensação de Energia Elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

/a IOB ComentaFederalIPI - Sucessão - Possibilidade de transferência de incentivos ou be-nefícios fiscais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB Perguntas e RespostasIPIRevendedor autônomo - Preço de revenda - Critério . . . . . . . . . . . . 10

ICMS/RSDiferimento - Veículos da posição 8704 da NBM/SH-NCM - Aplica-ção na importação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Diferimento - Veículos da posição 8704 da NBM/SH-NCM - Aplica-ção na saída interna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : transferência : tratamento fiscal.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2224-8

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-07997 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

34-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 RS

IPI

Transferência - Tratamento fiscal SUMÁRIO 1. Introdução 2. Suspensão do IPI 3. Transferência para filial atacadista 4. Transferência para filial varejista 5. Seção de varejo 6. Determinação do preço corrente no mercado

atacadista da praça do remetente 7. Média ponderada 8. Impossibilidade de determinação do preço corrente

1. IntRodução

O fato gerador do IPI ocorre, dentre outras hipóteses, na saída do produto do esta-belecimento industrial ou equiparado a industrial.

O lançamento do imposto, por sua vez, deve ser efetuado no momento da ocorrência do fato gerador (saída do produto), constituindo base de cálculo o valor total da operação de que decorrer a respectiva saída.

Portanto, o valor total da operação é de fácil identificação quando o contribuinte promove saída a título de venda, ou seja, a base de cálculo do IPI, nessa hipótese, é o valor previamente acordado entre as partes (vendedor/comprador), observadas as regras de inclusão de parcelas acessórias (frete, seguro etc.).

Contudo, nas demais operações, isto é, quando o contribuinte promove a saída a outro título, em que não existe cobrança de valor, a exemplo da trans-ferência de produtos, é necessário observar regras específicas da legislação do IPI para a determinação do valor tributável.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010, arts. 35, II, 182, I, “b”, e 190, II)

2. SuSPEnSão do IPI

Poderão sair com suspensão do IPI os produtos remetidos, para industrialização ou comércio, de um para outro estabelecimento industrial ou equiparado a industrial da mesma empresa.

Note-se que a previsão da suspensão do lança-mento do imposto é uma faculdade atribuída ao con-tribuinte, cabendo a este decidir sobre a conveniência ou não de sua aplicação.

(RIPI/2010, art. 43, X)

3. tRanSFERênCIa PaRa FIlIal ataCadISta

Na transferência de determinado estabele-cimento para outro da mesma empresa, o

valor tributável não poderá ser inferior ao preço corrente do produto no

mercado atacadista da praça do remetente (veja os itens 6 e 7).

(RIPI/2010, art. 195, caput, I)

4. tRanSFERênCIa PaRa FIlIal vaREjISta

4.1 Conceito

Estabelecimento filial varejista é o que promove vendas diretas a consumidor, ainda que esporadica-mente por atacado.

Para esse efeito, consideram-se esporádicas as vendas por atacado quando, no mesmo semestre civil, o seu valor não exceder a 20% do total das vendas realizadas.

(RIPI/2010, art. 14, II)

4.2 valor tributável

O valor tributável nas transferências (internas ou interestaduais) para filial varejista não poderá ser

a Federal

Na transferência de determinado

estabelecimento para outro da mesma empresa, o valor tributável não poderá ser inferior ao preço corrente do produto no mercado

atacadista da praça do remetente

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34-02 RS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

inferior a 90% do preço de venda a consumidor nem inferior ao preço corrente do produto no mercado atacadista da praça do remetente.

Isso significa que:

a) o valor tributável não poderá ser inferior a 90% do preço de venda a consumidor, isto é, do preço de venda praticado pela filial varejista;

b) da aplicação desse percentual (90%) não po-derá resultar valor tributável inferior ao preço corrente do produto no mercado atacadista da praça do remetente.

Por exemplo, na venda de produto ao consumidor (pela filial varejista) no valor de R$ 1.000,00, o valor tributável não poderá ser inferior a R$ 900,00 (90%), que, por sua vez, não poderá ser inferior ao preço cor-rente no mercado atacadista da praça do remetente.

(RIPI/2010, art. 195, caput, II)

4.3 venda por preço superior

Na hipótese em que a filial varejista venda o pro-duto recebido em transferência por preço superior ao que tenha servido à determinação do valor tributável, este será reajustado com base no preço real de venda, o qual, acompanhado da respectiva demonstração, será comunicado ao remetente, até o último dia do período de apuração subsequente ao da ocorrência do fato, para lançamento e recolhimento do IPI sobre a diferença apurada.

O estabelecimento industrial, de posse da demonstração enviada pela filial varejista, emitirá nota fiscal complementar para lançamento da diferença, até o último dia útil do período de apuração em rela-ção ao movimento de entradas e saídas de produtos no período anterior, nos termos do art. 407, caput, IX, § 4º, do RIPI/2010.

(RIPI/2010, arts. 195, § 1º, e 407, caput, IX, § 4º)

5. SEção dE vaREjo

A seção de varejo é a dependência interna do estabelecimento industrial, isolada das demais, caracterizada pela perfeita distinção e pelo controle dos produtos saídos de cada uma delas.

Na hipótese de o produto sair de qualquer seção do estabelecimento industrial com destino à seção de varejo, inexiste obrigação de ordem fiscal a ser observada nesse momento, tampouco exigência de lançamento do tributo.

A obrigação de lançar o tributo (sobre o valor total da operação), no caso sob análise, surge no momento da realização da venda (saída da seção de varejo).

Contudo, a legislação permite, para o movimento diário da seção de varejo, a emissão de uma única nota fiscal com destaque do imposto, no fim do dia, para os produtos vendidos.

A respeito da emissão de documento fiscal pelas vendas realizadas na seção de varejo, é oportuno reproduzirmos a íntegra da Decisão nº 66/1999, da Superintendência Regional da Receita Federal, 7ª Região Fiscal, que traz os seguintes esclarecimentos:

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL

7ª REGIÃO FISCAL

Decisão nº 66 de 11 de março de 1999

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: Emissor de cupom fiscal. Destaque do imposto. A exigência de uso do equipamento Emissor de Cupom Fiscal, por parte dos comerciantes varejistas, não afasta a exigência da emissão da nota fiscal de saída de produto por parte do industrial ou equiparado, nos termos da legis-lação do IPI, sempre que o cupom não ofereça destaque do imposto. É cabível a faculdade de emissão de nota fis-cal diária, desde que atendidos os requisitos da legislação.

(RIPI/2010, art. 408 e art. 609, caput, VI)

6. dEtERMInação do PREço CoRREntE no MERCado ataCadISta da PRaça do REMEtEntE

Conforme já demonstrado no item 3, na trans-ferência para filial atacadista, o valor tributável não poderá ser inferior ao preço corrente do produto no mercado atacadista da praça do remetente.

Na transferência para estabelecimento varejista da mesma empresa, o valor tributável será o preço da operação, não inferior a 90% do preço de venda efetuada pelo destinatário ao consumidor nem ao preço corrente no mercado atacadista da praça do remetente.

Para a apuração do referido valor (preço corrente), na hipótese de existirem vários preços para um mesmo produto, o contribuinte deverá considerar a média ponderada dos preços de cada um, vigente no mês anterior ao da saída do estabelecimento remetente, ou, na sua falta, a média correspondente ao mês imedia-tamente anterior àquele.

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34-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Vejamos, a seguir, o entendimento firmado pela Coordenação do Sistema de Tributação (CST) quanto à determinação do preço corrente do produto no mercado atacadista da praça do remetente.

Para o referido órgão, “quando a determinação do valor tributável para efeito de cálculo do IPI for efetuada por meio de preços praticados no mercado atacadista da praça do remetente, será considerado o universo das vendas realizadas naquela localidade”.

Mencionado entendimento consta do Parecer Normativo CST nº 44/1981, em cujos itens 6 e 7 foram consignadas as seguintes afirmativas:

6 - Registram os Dicionários da Língua Portuguesa que mercado, convencionalmente, significa a referência feita em relação à compra e venda de determinados produtos.

6.1 - Isto significando, por certo, que numa mesma cidade, ou praça comercial, o mercado atacadista de determinado produto, como um todo, deve ser considerado relativamente ao universo das vendas que se realizam naquela mesma localidade, e não somente em relação àquelas vendas efe-tuadas por um só estabelecimento, de forma isolada.

7 - Por isso, os preços praticados por outros estabeleci-mentos da mesma praça que a do contribuinte interessado em encontrar o valor tributável do IPI através do preço corrente no mercado atacadista devem ser considerados para o cálculo da média ponderada de que trata o § 5º do art. 46 do Regulamento do IPI de 1979.

Conforme se observa, o item 7 do referido Pare-cer dá a entender que o contribuinte, para conhecer o “preço corrente no mercado atacadista”, além de recorrer aos preços por ele próprio praticados, deverá recorrer aos demais preços “praticados por outros estabelecimentos da mesma praça”.

Entretanto, visando elucidar melhor as conclusões trazidas pelo citado Parecer Normativo, a Coorde-nação do Sistema de Tributação voltou a examinar o assunto, baixando, para tanto, o Ato Declaratório Normativo CST nº 5/1982, o qual esclareceu que o termo “produto”, constante do subitem 6.1 daquele ato, indica uma mercadoria perfeitamente caracteri-zada por marca, tipo, modelo, espécie, qualidade e número, se houver, na forma indicada no inciso VIII do art. 205 do antigo RIPI de1979.

Logo, o “universo das vendas” a que se refere o Parecer Normativo CST nº 44/1981 está relacionado com as vendas de produtos (perfeitamente caracte-rizados por marca, tipo, modelo, espécie, qualidade e número, se houver) praticadas pelos vários esta-belecimentos atacadistas de uma mesma empresa, localizados na mesma praça do estabelecimento remetente.

Sob esse aspecto, o Ato Declaratório Normativo CST nº 5/1982 finaliza afirmando que “do produto assim caracterizado, para efeito de cálculo da média ponderada de que trata o § 5º do art. 46 do RIPI de1979, que determinará o valor tributável mínimo a que alude o art. 46, I, do mesmo Regulamento, deverão ser consideradas as vendas efetuadas pelos remetentes e pelos interdependentes do remetente, no atacado, na mesma localidade, excluídos os valo-res de frete e IPI”.

(RIPI/2010, art. 190, § 1º, art. 195, I e II, art. 196 e art. 413, IV, “b”; Parecer Normativo CST nº 44/1981; Ato Declaratório Normativo CST nº 5/1982)

7. MédIa PondERada

Para a determinação do valor tributável (a que se referem os itens 3 e 4), será considerada a média ponderada dos preços de cada produto, vigentes no mês precedente ao da saída do estabelecimento remetente, ou, na sua falta, a média correspondente ao mês imediatamente anterior àquele.

Assim, admitamos que determinado estabeleci-mento pretenda transferir, no mês de julho/2014, 800 unidades de um produto de sua fabricação para outro estabelecimento da mesma empresa.

Para apuração da média ponderada, serão verifi-cados, primeiramente, os diversos preços praticados pelo remetente (os quais podem variar em função do número de unidades vendidas, modalidades de pagamento etc.) no mês anterior ao da transferência, isto é, no mês de junho/2014.

Total de unidades vendidas Preço unitário Preço total

1.000 unidades R$ 200,00 R$ 200.000,002.500 unidades R$ 220,00 R$ 550.000,001.500 unidades R$ 240,00 R$ 360.000,00

5.000 unidades R$ 1.110.000,00

Em seguida, será obtida a média ponderada por meio da divisão do valor total faturado, no mês de junho/2014, pelo total de unidades vendidas no mesmo período.

Admitindo-se que no referido mês foram vendi-das 5.000 unidades, cujos preços apresentaram as variações indicadas no quadro anterior, a média ponderada será:

R$ 1.110.000,00 = R$ 222,00

5.000

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34-04 RS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Assim, como o contribuinte pretende transferir 800 unidades para a filial, o valor tributável será equi-valente a R$ 177.600,00 (800 × R$ 222,00).

Nota

No exemplo, partimos da premissa de que o remetente não possui ou-tros estabelecimentos localizados na mesma praça. Contudo, se ocorrer tal hipótese, há que se observar também os preços praticados pelos demais estabelecimentos (segundo entendimento da CST focalizado no item 6).

8. IMPoSSIBIlIdadE dE dEtERMInação do PREço CoRREntE

Na impossibilidade de determinação do preço corrente no mercado atacadista da praça do reme-tente (hipóteses examinadas nos itens 3 e 4), em razão, por exemplo, de os produtos serem comer-cializados pela primeira vez, será tomado por base de cálculo um dos valores indicados nos subitens seguintes, conforme o caso.

(RIPI/2010, art. 196, parágrafo único)

8.1 Produtos importadosNo caso de produtos importados, o valor tributável

será o que serviu de base ao Imposto de Importação (II), acrescido desse tributo e dos demais elementos componentes do custo do produto, inclusive a mar-gem de lucro normal.

(RIPI/2010, art. 190, caput, I, “a”, e art. 196, parágrafo único, I)

8.2 Produtos de fabricação nacionalNessa hipótese, o valor tributável será o custo de

fabricação, acrescido dos custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, bem como do seu lucro normal e das demais parcelas que devam ser adicionadas ao preço da operação, ainda que os pro-dutos tenham sido recebidos de outro estabelecimento da mesma empresa que os tenha industrializado.

(RIPI/2010, art. 196, parágrafo único, lI)

N

a EstadualICMS

Consignação mercantil SUMÁRIO 1. Introdução 2. Natureza jurídica 3. Procedimentos fiscais nas saídas em consignação 4. Reajuste de preço 5. Venda da mercadoria do consignante 6. Devolução efetiva da mercadoria 7. Mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária 8. NF-e e EFD 9. Penalidades 10. Modelos de Danfe 11. Jurisprudência

1. IntRodução

O tratamento fiscal a ser observado na prática de operações de consignação mercantil foi disciplinado somente em 1993, com a edição do Ajuste Sinief nº 2/1993, tendo sido incorporado à legislação gaúcha pelo RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58.

Vejamos, neste procedimento, quais os aspectos fiscais a serem observados nas mencionadas opera-ções, tanto pelo consignante como pelo consignatário.

2. natuREza juRídICa

A consignação de mercadorias ocorre quando um estabelecimento (consignante), seja produtor,

industrial ou comerciante, entrega bens móveis a outro comerciante, dito consignatário, para que este os venda em certo prazo ou, não os vendendo, faça a sua devolução, sem pagar ou receber qualquer valor.

Ocorrendo a venda dos bens consignados, o con-signatário fica obrigado a pagar o preço contratado com o consignante, hipótese em que não haverá a efetiva devolução dos bens, verificando-se, então, a sua alienação.

Observa-se, em resumo, que “consignante” é aquele que promove a saída da mercadoria em con-signação, enquanto “consignatário” é o estabeleci-mento que recebe a mercadoria (sem qualquer ônus) com o propósito de vendê-la.

Perante a legislação do ICMS, ocorre o fato gera-dor na saída da mercadoria, independentemente da natureza jurídica ou econômica da operação.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 2º, I e § 2º)

3. PRoCEdIMEntoS FISCaIS naS SaídaS EM ConSIgnação

A saída de mercadorias em consignação mercan-til está sujeita à incidência do ICMS, salvo se houver tratamento fiscal diferenciado para o produto.

Assim, o consignante deverá emitir nota fiscal para documentar a remessa de mercadorias em consigna-

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34-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ção, com destaque do ICMS, se devido. Se o imposto não for lançado na nota fiscal em razão de tratamento diferenciado, o contribuinte deverá indicar, no campo “Informações Complementares”, o fundamento legal correspondente e inutilizar o campo próprio desti-nado ao destaque do ICMS. A natureza da operação é “Remessa em consignação”, e o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) é 5.917 ou 6.917, conforme se trate de operação interna ou interestadual.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, I)

3.1 Escrituração fiscal pelo consignante

A nota fiscal de remessa em consignação será normalmente lançada no livro Registro de Saídas, utilizando-se todas as colunas exigidas pela legisla-ção, sob o CFOP 5.917 ou 6.917, em operações com débito do imposto, quando for o caso.

Ressaltamos que os contribuintes que escrituram os livros fiscais pelo sistema eletrônico de proces-samento de dados devem observar as disposições específicas quanto à geração e à manutenção de arquivos para apresentação ao Fisco, na forma e nos prazos estabelecidos na legislação.

(RICMS-RS/1997, Livro II, arts. 154, 193 e ss.)

3.2 Escrituração fiscal pelo consignatário

O consignatário escriturará a nota fiscal por meio da qual foram recebidas as mercadorias em consignação no livro Registro de Entradas, utilizando as colunas próprias e creditando-se do imposto des-tacado, quando for o caso.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, II)

4. REajuStE dE PREço

Se houver reajuste do preço inicialmente con-tratado e indicado na nota fiscal de remessa em consignação mercantil, deverão ser observados os procedimentos dispostos nos subtópicos a seguir.

4.1 Procedimentos fiscais a serem adotados pelo consignante

O consignante deverá emitir nota fiscal comple-mentar relativa ao reajuste do preço contratado, a qual deverá conter, além dos demais requisitos exigidos:

a) natureza da operação: “Reajuste de preço de mercadoria em consignação”;

b) CFOP: 5.917 ou 6.917;c) base de cálculo: o valor do reajuste;d) o destaque do ICMS, se devido;

e) expressão: “Reajuste de preço de mercadoria em consignação - NF nº __, de _/_/_”.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 1º, “a”)

4.2 Procedimentos fiscais a serem adotados pelo consignatário

O consignatário, ao receber a nota fiscal de rea-juste de preço, deverá providenciar a sua escrituração no livro Registro de Entradas, creditando-se do valor do ICMS, quando permitido.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 1º, “b”)

5. vEnda da MERCadoRIa do ConSIgnantE

Ocorrendo a venda da mercadoria remetida em consignação, serão observados os procedimentos a seguir relativos à emissão de notas fiscais e à escritu-ração destas nos livros fiscais correspondentes.

5.1 nota fiscal de faturamento

Se ocorrer a venda efetiva da mercadoria para o consignatário, o consignante emitirá nota fiscal, sem destaque do ICMS, que conterá, além dos demais requisitos exigidos:

a) a natureza da operação: “Venda” (CFOP 5.113 ou 6.113, quando se tratar de venda de produ-ção do estabelecimento, ou 5.114 ou 6.114, no caso de se referir a mercadoria adquirida ou recebida de terceiros);

b) o valor da operação: aquele correspondente ao preço da mercadoria efetivamente vendida, neste incluído, quando for o caso, o valor rela-tivo ao reajuste de preço;

c) a expressão “Simples faturamento de mercado-ria em consignação - NF nº _, de _/_/_” e, se for o caso, “Reajuste de preço - NF nº ___, de _/_/_”.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 2º, “b”, item 1)

5.2 Escrituração fiscal

O consignante lançará a nota fiscal de venda de mercadoria remetida anteriormente em consignação no livro Registro de Saídas, utilizando apenas as colu-nas “Documento Fiscal” e “Observações” e indicando, nesta última, a expressão “Venda em consignação - NF nº ……… de …/…/…”.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 2º, “b”, item 2)

5.3 Procedimentos fiscais a serem adotados pelo consignatário

Nos casos de venda da mercadoria anteriormente recebida em consignação, bem como de devolução

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34-06 RS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

simbólica ao consignante, o consignatário observará os procedimentos descritos nos subtópicos a seguir.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 2º)

5.3.1 Escrituração da nota fiscal de faturamento

A nota fiscal de simples faturamento será escritu-rada pelo consignatário no livro Registro de Entradas, apenas nas colunas “Documento Fiscal” e “Obser-vações”, indicando-se, nesta última, a expressão “Compra em consignação - NF nº___, de _/_/_”.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 2º, “a”, item 3)

5.3.2 nota fiscal de faturamento (para terceiros)

Na venda para terceiros da mercadoria recebida a título de consignação, o consignatário deverá emitir nota fiscal, que conterá, além dos demais requisitos exigidos, como natureza da operação, a expressão “Venda de mercadoria recebida em consignação”, e como CFOP, 5.115 ou 6.115.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 2º, “a”, item 1)

5.3.3 nota fiscal de devolução simbólica da mercadoria recebida em consignação

O consignatário deverá emitir nota fiscal de devo-lução simbólica de mercadorias recebidas em con-signação e posteriormente adquiridas do consignante que tenham sido objeto de emissão da nota fiscal de simples faturamento.

A nota fiscal de devolução simbólica deverá con-ter, além dos demais requisitos exigidos, a natureza da operação “Devolução simbólica de mercadoria recebida em consignação” e o CFOP 5.919 ou 6.919.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 2º, “a”, item 2)

6. dEvolução EFEtIva da MERCadoRIa

Os procedimentos a seguir descritos são aplicá-veis quando ocorrer, efetivamente, a devolução da mercadoria do consignatário para o consignante.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 3º)

6.1 Procedimentos fiscais a serem adotados pelo consignatário

O consignatário emitirá nota fiscal, que conterá, além dos demais requisitos exigidos:

a) como natureza da operação: “Devolução de mercadoria recebida em consignação”;

b) como CFOP: 5.918 ou 6.918;c) como base de cálculo: o valor da mercadoria

efetivamente devolvida, sobre o qual foi pago o imposto;

d) como destaque do ICMS: o valor debitado por ocasião da remessa em consignação;

e) coma expressão: “Devolução (parcial ou total, conforme o caso) de mercadoria em consigna-ção - NF nº __, de _/_/_”.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 3º, “a”)

6.2 Procedimentos fiscais a serem adotados pelo consignante

O consignante lançará a nota fiscal de devolução das mercadorias remetidas anteriormente em con-signação mercantil no livro Registro de Entradas, nas colunas próprias, creditando-se do valor do ICMS.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, § 3º, “b”)

7. MERCadoRIaS SujEItaS ao REgIME dE SuBStItuIção tRIButáRIa

A operação de consignação mercantil não pode ser realizada com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária previsto no RICMS-RS/1997, Livro III, Título III.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, caput, nota)

8. nF-e E EFd

Os contribuintes devem observar os procedimen-tos próprios previstos na regulamentação estadual referentes à emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e à Escrituração Fiscal Digital (EFD), salvo os expres-samente dispensados. Em vista disso, as referências mencionadas anteriormente, previstas no RICMS--RS/1997, devem ser adequadas à utilização da NF-e e da EFD, a fim de cumprimento dessas obrigações.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 26-A; Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo XI, Seção 20.0 e Capítulo LI)

9. PEnalIdadES

As penalidades previstas na legislação são aplicadas aos contribuintes que não cumprem, na forma e no prazo estabelecidos na legislação, as suas obrigações, principal ou acessórias. As penas são aplicadas pelo agente fiscal, que faz sua capitulação e as lança por meio de auto de lançamento.

Exemplificando, ao contribuinte que emitir nota fiscal que não corresponda a uma efetiva saída de mercadorias será aplicada a multa equivalente a 20% do valor das mesmas, consignada no documento fis-cal emitido e não inferior a 10 Unidades Padrão Fiscal do Estado do Rio Grande do Sul (UPF/RS).

(Lei nº 6.537/1973, art. 11, II, “i”)

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34-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

10. ModEloS dE danFE

A seguir, exemplos de emissão do Danfe em operações com mercadorias em consignação mercantil, docu-mentadas por meio de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).

DANFE - REMESSA EM CONSIGNAÇÃO

DANFE - SIMPLES FATURAMENTO DE MERCADORIA REMETIDA EM CONSIGNAÇÃO

N

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34-08 RS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

EStadual

Energético - Emissão de nota fiscal para faturamento sob o Sistema de Compensação de Energia Elétrica

A legislação estadual atribui aos contribuintes do ICMS obrigações relativas ao pagamento do imposto, quando devido (obrigação principal), e à emissão de documentos fiscais, prestação de informações, entre outras (obrigações acessórias).

Relativamente ao setor energético, em geral, o contribuinte deve, na saída de energia elétrica englobando em um único documento a totalidade da energia elétrica fornecida no período a que se refere a leitura do medidor, emitir a Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica. Neste caso, devem-se observar intervalos não superiores a 33 dias.

Entretanto, na emissão de documentos fiscais nas operações internas relativas à circulação de energia elé- trica sujeitas a faturamento sob o Sistema de Compen-sação de Energia Elétrica de que trata a Resolu ção Normativa Aneel nº 482/2012, esses contribuintes deverão observar os procedimentos mencionados a seguir, contidos em instruções da Receita Estadual.

Em vista disso, a empresa distribuidora emitirá, mensalmente, a Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica, modelo 6, relativamente à saída de energia elétrica com destino a consumidor, na condição de microge-rador ou de minigerador, participante do Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Nesse documento fiscal, devem ser informados:

a) o valor integral da operação, antes de qual-quer compensação, correspondente à quanti-dade total de energia elétrica entregue ao des-tinatário, nele incluídos:a.1) os valores e encargos inerentes à disponi-

bilização da energia elétrica ao destinatá-rio, cobrados em razão da conexão e do uso da rede de distribuição ou a qualquer outro título, ainda que devidos a terceiros;

a.2) o valor do ICMS próprio incidente sobre a operação, quando devido;

b) quando a operação estiver sujeita à cobrança do ICMS relativamente à saída da energia elé-trica promovida pela empresa distribuidora:

b.1) como base de cálculo, o valor integral da operação de que trata a letra “a”;

b.2) o montante do ICMS incidente sobre o valor integral da operação, cujo destaque repre-senta mera indicação para fins de controle;

c) o valor correspondente à energia elétrica ge-rada pelo consumidor em qualquer dos seus domicílios ou estabelecimentos conectados à rede de distribuição operada pela empresa distribuidora e entregue a esta no mês de re-ferência ou em meses anteriores, que for apro-veitado, para fins de faturamento, como dedu-ção do valor integral da operação de que trata a letra “a”, até o limite deste, sob o Sistema de Compensação de Energia Elétrica;

d) o valor total do documento fiscal cobrado do consumidor, o qual deverá corresponder ao valor integral da operação mencionado na le-tra “a”, deduzido do valor indicado na letra “c”.

A mencionada empresa distribuidora deverá, mensalmente, relativamente às entradas de energia elétrica mencionada anteriormente:

a) emitir a NF-e, modelo 55, até o dia 15 do mês subsequente, englobando todas as entradas de energia elétrica na rede de distribuição por ela operada, decorrentes de tais operações, fazendo nela constar, no campo “Informações Complementares”, a chave de autenticação digital do arquivo de que trata o item 3.6 do Anexo Único do Convênio ICMS nº 6/2013, ob-tida mediante a aplicação do algoritmo MD5 - “Message Digest 5” de domínio público;

b) escriturar, no livro Registro de Entradas, a NF-e referida na letra “a” anterior, ficando vedada a escrituração da NF-e de que trata a letra “b” do parágrafo anterior;

c) elaborar relatório conforme o disposto no Ane-xo Único do Convênio ICMS nº 6/2013, no qual, em relação a cada unidade consumidora:c.1) deve constar o nome ou a denominação

do titular;c.2) deve constar o endereço completo;c.3) deve constar o número da inscrição do

titular no CPF, se pessoa natural, ou no CNPJ, se pessoa jurídica;

c.4) deve constar o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes de Tri-butos Estaduais (CGC/TE);

a IOB Setorial

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34-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c.5) deve constar o número da instalação;c.6) devem constar a quantidade e o valor da

energia elétrica por ela remetida à rede de distribuição.

c.7) devem constar os totais das quantidades e dos valores da energia elétrica objeto das operações nele discriminadas, cor-respondentes à entrada englobada de energia elétrica indicados na NF-e refe-rida na letra “a”;

c.8) deve ser gravada em arquivo digital e mantida a disposição da Receita Esta-dual pelo prazo decadencial.

O consumidor que, na condição de microgerador ou de minigerador, promover saída de energia elétrica com destino à empresa distribuidora, sujeita a fatu-ramento sob o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, ficará dispensado da inscrição no CGC/TE e de emitir e escriturar documentos fiscais quando tais obrigações decorram da prática das operações em referência. Tratando-se de contribuinte inscrito no CGC/TE, deverá, relativamente a tais operações, emitir, mensalmente, NF-e, modelo 55.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 41, caput, nota 2; Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo LXIX)

N

a IOB ComentaFEdERal

IPI - Sucessão - Possibilidade de transferência de incentivos ou benefícios fiscais

Os incentivos e benefícios fiscais concedidos por prazo certo e em função de determinadas condições à pessoa jurídica que vier a ser incorporada poderão ser transferidos, por sucessão, à pessoa jurídica incorporadora, mediante requerimento desta, desde que observados os limites e as condições fixados na legislação que institui o incentivo ou o benefício, em especial quanto aos aspectos vinculados:

a) ao tipo de atividade e de produto;b) à localização geográfica do empreendimento;c) ao período de fruição; ed) às condições de concessão ou habilitação.

É importante destacar que, nos termos do art. 1.116 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), na incor-poração uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma esta-belecida para os respectivos tipos societários.

A transferência dos incentivos ou benefícios poderá ser concedida após o prazo original para habilitação, desde que dentro do período fixado para a sua fruição.

Na hipótese de alteração posterior dos limites e condições fixados na legislação que institui o incen-tivo ou o benefício, prevalecerão aqueles vigentes à época da incorporação.

A pessoa jurídica incorporadora fica obrigada, ainda, a manter, no mínimo, os estabelecimentos da empresa incorporada nas mesmas Unidades da

Federação previstas nos atos de concessão dos refe-ridos incentivos ou benefícios e os níveis de produção e emprego existentes no ano imediatamente anterior ao da incorporação ou na data desta, o que for maior.

Na hipótese do crédito presumido do IPI, de que trata o art. 135 do RIPI/2010, é vedada a alteração do benefício inicialmente concedido a empresas montado-ras e fabricantes para a produção de veículos automo-tores terrestres de passageiros e de uso misto de duas rodas ou mais e jipes, bem como de tratores, máquinas rodoviárias e de escavação e empilhadeiras, para os produtos relacionados nos incisos VI a VIII do § 1º do citado dispositivo (e vice-versa) a seguir enumerados:

a) carroçarias para veículos automotores em geral;b) reboques e semirreboques utilizados para o

transporte de mercadorias; ec) partes, peças, componentes, conjuntos e sub-

conjuntos - acabados e semiacabados - e pneu-máticos, destinados aos produtos relacionados nos incisos I a VIII do § 1º do art. 135 do RIPI/2010.

Note-se, ainda, que nos termos do art. 11-A da Lei nº 9.440/1997, acrescentado pela Lei nº 12.218/2010, é concedido crédito presumido do IPI, no período de 1º.01.2011 a 31.12.2015, às empresas instaladas ou que venham a se instalar nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País, e que sejam montadoras e fabricantes dos veículos, partes, peças e compo-nentes, especificados no § 1º do art. 1º da referida Lei, observada a periodicidade e os multiplicadores inseridos nos diversos incisos do referido art. 11-A do diploma legal em referência.

(Código Civil - Lei nº 10.406/2002, art. 1.116; Lei nº 9.440/1997, arts. 1º, § 1º, e 11-A; Lei nº 12.218/2010; RIPI/2010, arts. 135, § 1º, e 176)

N

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34-10 RS Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a IOB Perguntas e Respostas

IPI

Revendedor autônomo - Preço de revenda - Critério

1) Qual é o valor do preço de revenda de mercado-ria industrializada pelo revendedor autônomo quando adquirida do estabelecimento industrial?

Caso o revendedor autônomo, ambulante ou não, adquira mercadoria do estabelecimento industrial, ou a ele equiparado, que tenha aplicado na saída o disposto no art. 195, III, do Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (RIPI), o preço de revenda do produto não poderá ser superior ao de aquisição, acrescido dos tributos incidentes por ocasião da aquisição e da revenda do produto, e da margem de lucro normal nas operações de revenda.

(RIPI/2010, art. 195, caput, III, § 2º)

ICMS/RS

Diferimento - Veículos da posição 8704 da NBM/SH-NCM - Aplicação na importação

2) Os estabelecimentos industriais podem importar veículos da posição 8704 da NBM/SH-NCM com dife-rimento do ICMS devido no desembaraço aduaneiro?

Sim. Até 12.08.2021, os estabelecimentos indus-triais podem importar os veículos classificados na posição 8704 da NBM/SH-NCM, diretamente ou por intermédio de trading company credenciada pelo referido estabelecimento industrial.

Ressalte-se que a aplicação desse diferimento está condicionada a que:

a) a empresa a que pertence o estabelecimento industrial importador tenha firmado protocolo de intenções com o Estado do Rio Grande do Sul, prevendo:

a.1) a instalação de unidade industrial para a fabricação, neste Estado, de veículos de-finidos no Programa de Incentivos à Ca-deia Produtiva de Veículos de Transporte de Carga (Procam/RS);

a.2) o diferimento na mencionada importação;

b) os veículos importados sejam da marca da empresa que tenha firmado protocolo de in-tenções com o Estado do Rio Grande do Sul;

c) o desembaraço aduaneiro ocorra neste Estado;

d) a partir de 1º.01.2016, os veículos importados não possuam similar produzido neste Estado, no ano anterior ao do desembaraço aduanei-ro, com a mesma capacidade máxima de tra-ção (CMT).

(RICMS-RS/1997, Livro I, art. 53, II, Apêndice XVII, item LXXVII)

Diferimento - Veículos da posição 8704 da NBM/SH-NCM - Aplicação na saída interna

3) O estabelecimento pode aplicar o diferimento na saída interna de veículos importados, classificados na posição 8704 da NBM/SH-NCM?

Sim. O estabelecimento importador de veículos classificados na posição 8704 da NBM/SH-NCM pode aplicar o diferimento na saída interna destinada a estabelecimento industrial de empresa habilitada no Programa de Incentivos à Cadeia Produtiva de Veículos de Transporte de Carga (Procam/RS), insti-tuído pela Lei nº 14.388/2013, promovida por trading company credenciada pelo destinatário.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 1º, Apêndice II, Seção I, item XCIV)