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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Construção civil - Edificação - Exclusão do conceito de industrialização a ICMS - Leilão ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 49/2013 Mato Grosso do Sul / a Federal IPI Conceitos e definições para efeito de cumprimento das obrigações tributárias 01 / a Estadual ICMS Mostruário 05 / a IOB Setorial Federal Comunicação - Política postal internacional - Diretrizes e procedi- mentos 09 / a IOB Comenta Estadual ICMS - Novas instruções para NF-e 11 / a IOB Perguntas e Respostas ICMS Sped - EFD - Serviços de transporte 12 Sped - EFD - Tabela de Informação Complementar 12 Sped - EFD - Vendas com cartão de crédito e de débito 12 ICMS/MS Lançamento do crédito - Prazo 13 Alíquota - Operações interestaduais - Falta do Atestado de Condição de Contribuinte do ICMS 13

ICMS/IPI - Mato Grosso do Sul - nº 49/2013 - 1ª Sem Dezembro - IOB · 2017. 4. 7. · 49-02 MS Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB Manual de Procedimentos

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Construção civil - Edificação - Exclusão do conceito de industrialização

a ICMS - Leilão

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 49/2013

Mato Grosso do Sul

/a FederalIPIConceitos e definições para efeito de cumprimento das obrigações tributárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSMostruário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialFederalComunicação - Política postal internacional - Diretrizes e procedi-mentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB ComentaEstadualICMS - Novas instruções para NF-e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB Perguntas e RespostasICMSSped - EFD - Serviços de transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Sped - EFD - Tabela de Informação Complementar . . . . . . . . . . . . . 12Sped - EFD - Vendas com cartão de crédito e de débito . . . . . . . . . . 12

ICMS/MSLançamento do crédito - Prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Alíquota - Operações interestaduais - Falta do Atestado de Condição de Contribuinte do ICMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

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© 2013 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : conceitos e definições

para efeito de cumprimento das obrigações

tributárias : IOB setorial .... -- 9. ed. --

São Paulo : IOB Folhamatic, 2013. --

(Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2013-8

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias -

Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados -

Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

13-12641 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito

tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário

34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

49-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 MS

IPI

Conceitos e definições para efeito de cumprimento das obrigações tributárias

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Firma e empresa 3. Fábrica, fabricante e estabelecimento 4. Seção 5. Depósito fechado 6. Bens de produção 7. Comerciante autônomo 8. Produto industrializado 9. Industrialização 10. Embalagens de transporte e

apresentação 11. Produto artesanal 12. Oficina 13. Relação de interdependência entre

empresas 14. Estabelecimento industrial 15. Estabelecimentos atacadistas e

varejistas 16. Sujeito passivo 17. Capacidade tributária 18. Reincidência 19. Sonegação 20. Fraude 21. Conluio 22. Lançamento

1. Introdução

Para efeito de cumprimento das obrigações tributárias, o contribuinte deve conhecer, além das normas operacionais, os principais conceitos e defini-ções previstos no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, os quais serão examinados neste texto.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010)

2. FIrMa E EMPrESa

As expressões “firma” e “empresa”, quando empregadas no sentido geral, compreendem as firmas em nome individual (atualmente empresário) e todos os tipos de sociedades, quer sob razão social, quer sob designação ou denominação particular.

(RIPI/2010, art. 609, I)

3. FáBrICa, FaBrICantE E EStaBElECIMEnto

As expressões “fábrica” e “fabricante” são equi-valentes a estabelecimento industrial.

A expressão “estabelecimento”, em sua deli-mitação, refere-se ao prédio onde são exercidas

as atividades geradoras de obrigações, nele compreendidos, unicamente, as

dependências internas, os galpões e as áreas contínuas muradas, cerca-das ou por outra forma isoladas, em que, normalmente, sejam executadas operações industriais, comerciais ou

de outra natureza.

Note-se que são considerados autô-nomos, para efeito de cumprimento das obri-

gações tributárias, os estabelecimentos, ainda que pertencentes a uma mesma pessoa física ou jurídica.

A referência a estabelecimento comercial ataca-dista não alcança os estabelecimentos comerciais equiparados a industrial.

(RIPI/2010, art. 609, II a V)

4. SEção

A expressão “seção”, quando relacionada com o estabelecimento, diz respeito à parte ou dependência interna dele.

(RIPI/2010, art. 609, VI)

a Federal

As expressões “fábrica” e

“fabricante” são equivalentes a

estabelecimento industrial

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49-02 MS Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5. dEPóSIto FEChado

Considera-se “depósito fechado” aquele onde não são realizadas vendas, mas apenas entregas por conta e ordem do depositante dos produtos.

Considera-se, ainda, depósito fechado a área externa, delimitada, de estabelecimento fabricante de veículos automotores.

Assim, não há como chamar de depósito fechado o recinto onde se realizam exposições, ainda que nele não sejam efetuadas vendas, tendo em vista que a expressão “depósito fechado” já indica a atividade exclusiva desse local (guarda de produtos).

Não são incluídos, ainda, no conceito de depósito fechado os depósitos situados dentro do estabeleci-mento industrial, que, nesse caso, assumem a função pura e simples de “seção”, como referido no item 4.

É necessário esclarecer que a empresa com mais de um estabelecimento poderá pretender transformar parte de um deles em depósito fechado, o que, em face da legislação, nada obsta, desde que dele resulte:

a) perfeito isolamento do local do depósito em re-lação ao estabelecimento do qual foi desmem-brado;

b) entrada própria;c) ausência de qualquer comunicação com o es-

tabelecimento principal;d) configuração de depósito como estabeleci-

mento autônomo, com inscrição própria no CNPJ.

(RIPI/2010, art. 609, VII e VIII; Parecer Normativo CST nº 78/1973)

6. BEnS dE Produção

Consideram-se bens de produção:

a) as matérias-primas;b) os produtos intermediários, inclusive aqueles

que, embora não integrem o produto final, se-jam consumidos ou utilizados no processo in-dustrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acon-dicionamento;

d) as ferramentas empregadas no processo in-dustrial, excetuadas as manuais;

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipamentos (inclusive suas peças, par-tes e outros componentes) que se destinem ao emprego no processo industrial.

(RIPI/2010, art. 610)

7. CoMErCIantE autônoMo

Considera-se comerciante autônomo, ambulante ou não, a pessoa física, ainda que com firma indivi-dual (atualmente empresário), que habitualmente pratique atos de comércio, com o fim de lucro, em seu próprio nome, na revenda direta a consumidor, mediante oferta domiciliar, dos produtos que conduzir ou oferecer por meio de mostruário ou catálogo.

(RIPI/2010, art. 613)

8. Produto InduStrIalIzado

Considera-se produto industrializado aquele resul-tante de qualquer operação definida na legislação do IPI como industrialização, ainda que incompleta, parcial ou intermediária.

(RIPI/2010, art. 3º)

9. InduStrIalIzação

Para efeito de aplicação do conceito mencionado no item anterior, considera-se industrialização qual-quer operação que modifique a natureza, o funciona-mento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou, ainda, o aperfeiçoe para consumo.

Caracteriza-se como industrialização a operação:

a) que, exercida sobre matérias-primas ou pro-dutos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação);

b) que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a uti-lização, o acabamento ou a aparência do pro-duto (beneficiamento);

c) que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem);

d) que importe em alterar a apresentação do pro-duto pela colocação de embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou

e) que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inuti-lizado, renove ou restaure o produto para utili-zação (renovação ou recondicionamento).

São irrelevantes para caracterizar a operação como industrialização o processo utilizado para

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49-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

obtenção do produto, a localização e as condições das instalações ou equipamentos empregados.

(RIPI/2010, art. 4º)

10. EMBalagEnS dE tranSPortE E aPrESEntação

Quando a incidência do IPI estiver condicionada à forma da embalagem do produto, deverá ser enten-dida como embalagem de transporte aquela que atenda exclusivamente a esse fim e:

a) seja feita em caixas, caixotes, engradados, barricas, latas, tambores, sacos, embrulhos e semelhantes, sem acabamento e rotulagem de função promocional;

b) não objetive valorizar o produto em razão da qualidade do material nela empregado, da perfeição do seu acabamento ou da sua utili-dade adicional; e

c) tenha capacidade acima de 20 kg ou superior àquela em que o produto é comumente vendi-do, no varejo, aos consumidores.

A embalagem será caracterizada como acon-dicionamento de apresentação quando não estiver enquadrada nas condições ora descritas.

(RIPI/2010, art. 6º, caput, § 1º)

11. Produto artESanal

É considerado produto artesanal o que resultar do trabalho manual realizado por pessoa natural sem o auxílio ou a participação de terceiros assalariados e for vendido a consumidor diretamente ou por entidade da qual o artesão faça parte ou seja assistido por ela.

Observe-se que, em alguns casos, se admite chamar de artesanais certas obras, mesmo que haja intervenção parcial de alguma máquina. Por outro lado, mesmo quando esse processo for repetido em numerosos exemplares, dificilmente se obterá abso-luta identidade em todos eles, ao contrário do produto industrializado, em que uma eventual diferença cons-titui defeito de fabricação.

(RIPI/2010, art. 7º, I; Parecer Normativo CST nº 94/1977)

12. oFICIna

Para que a operação realizada em oficina seja excluída do conceito de industrialização, a oficina deve ser entendida como o estabelecimento que empregue, no máximo, 5 operários, não disponha de capacidade

superior a 5 kW, caso utilize força motriz, e no qual o trabalho preponderante seja aquele que contribuir para o preparo do produto (para formação de seu valor) a título de mão de obra, no mínimo, com 60%.

Observe-se que são oficinas somente os esta-belecimentos onde se realizam habitual e profissio-nalmente operações industriais, com as instalações relativamente reduzidas.

Tendo em vista, ainda, o princípio da autonomia dos estabelecimentos, não se enquadram no con-ceito de oficina os departamentos ou as seções de estabelecimento industrial, ainda que, isoladamente, satisfaçam as condições exigidas.

(RIPI/2010, art. 7º, II; Parecer Normativo CST nº 142/1975)

13. rElação dE IntErdEPEndênCIa EntrE EMPrESaS

São consideradas interdependentes duas firmas:

a) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermé-dio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação socie-tária for de pessoa física;

b) quando uma mesma pessoa fizer parte de ambas na qualidade de diretor ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação;

c) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20%, no caso de distribuição com exclusividade em deter-minada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das ven-das dos produtos tributados, de sua fabrica-ção ou importação;

d) quando uma delas, por qualquer forma ou títu-lo, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importa-dos pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do pro-duto; ou

e) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado.

Não caracteriza a interdependência referida nas letras “c” e “d” a venda de matérias-primas e produtos intermediários destinados exclusivamente à industria-lização de produtos do comprador.

(RIPI/2010, art. 612)

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49-04 MS Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

14. EStaBElECIMEnto InduStrIal

Estabelecimento industrial é o que executa qual-quer uma das operações de industrialização referidas no item 9, de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota 0% ou isento.

(RIPI/2010, art. 8º)

15. EStaBElECIMEntoS ataCadIStaS E varEjIStaS

Para efeito de aplicação da legislação do IPI, considera-se:

a) estabelecimento comercial atacadista o que efetuar vendas:

a.1) de bens de produção, exceto a particu-lares, em quantidade que não exceda a normalmente destinada ao seu próprio uso;

a.2) de bens de consumo em quantidade su-perior àquela normalmente destinada a uso próprio do adquirente;

a.3) a revendedores; e

b) estabelecimento comercial varejista o que efe-tuar vendas diretas a consumidor, ainda que realize vendas por atacado esporadicamente, considerando-se esporádicas as vendas por atacado quando, no mesmo semestre civil, o seu valor não exceder a 20% do total das ven-das realizadas.

(RIPI/2010, art. 14)

16. SujEIto PaSSIvo

Sujeito passivo da obrigação tributária principal é a pessoa obrigada ao pagamento do imposto ou da penalidade pecuniária, considerando-se:

a) contribuinte quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respec-tivo fato gerador; e

b) responsável quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de ex-pressa disposição de lei.

Sujeito passivo da obrigação tributária acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.

(RIPI/2010, arts. 21 e 22)

17. CaPaCIdadE trIButárIa

A capacidade jurídica para ser sujeito passivo da obrigação tributária decorre exclusivamente do fato de se encontrar a pessoa nas condições previstas em lei, no RIPI/2010 ou nos atos administrativos de caráter normativo destinados a completá-lo, como dando lugar à referida obrigação.

(RIPI/2010, art. 31)

18. rEInCIdênCIa

Caracteriza reincidência específica a prática de nova infração de um mesmo dispositivo, ou de dispo-sição idêntica da legislação do imposto, ou de nor-mas contidas em um mesmo capítulo do RIPI/2010, por uma mesma pessoa ou pelo sucessor dentro de 5 anos da data em que houver passado em julgado, administrativamente, a decisão condenatória referente à infração anterior.

(RIPI/2010, art. 560)

19. SonEgação

Sonegação é toda ação ou omissão dolosa ten-dente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade fazendária:

a) da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou circuns-tâncias materiais; e

b) das condições pessoais do contribuinte, sus-cetíveis de afetar a obrigação tributária princi-pal ou o crédito tributário correspondente.

(RIPI/2010, art. 561)

20. FraudE

Fraude é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal ou a excluir ou modificar as suas características essen-ciais, com o intuito de reduzir o montante do imposto devido e evitar ou diferir o seu pagamento.

(RIPI/2010, art. 562)

21. ConluIo

Conluio é o ajuste doloso entre duas ou mais pes-soas, naturais ou jurídicas, que visa a qualquer dos efeitos da sonegação e da fraude.

(RIPI/2010, art. 563)

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49-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

22. lançaMEnto

Lançamento é o procedimento destinado à cons-tituição do crédito tributário, que se opera de ofício ou por homologação mediante atos de iniciativa do sujeito passivo da obrigação tributária, com o paga-mento antecipado do imposto e a devida comunica-ção à repartição da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), observando-se que tais atos:

a) compreendem a descrição da operação que lhe dá origem, a identificação do sujeito passi-

vo, a descrição e a classificação do produto, o cálculo do imposto, com a declaração do seu valor e, sendo o caso, a penalidade prevista; e

b) reportam-se à data da ocorrência do fato ge-rador da obrigação e regem-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

(RIPI/2010, art. 181)

N

a Estadual

ICMS

Mostruário SUMÁRIO 1. Introdução 2. Enquadramento 3. Tratamento fiscal no Estado de Mato Grosso do Sul 4. Prazo para retorno 5. Comércio eventual 6. Emissão de notas fiscais 7. Mercadoria utilizada em treinamento 8. Retorno de mercadoria 9. Encerramento da suspensão 10. Exemplificação 11. Penalidade

1. Introdução

Assim como qualquer outra mercadoria que seja objeto de circulação, o mostruário está sujeito à tribu-tação do ICMS, bem como a outros tributos, se for o caso. Mesmo que esteja amparado pela suspensão do imposto ou qualquer outro tratamento tributário, não está isento da emissão de notas fiscais para que sua circulação seja promovida.

Ressalta-se, ainda, que, nas operações com mos-truários, são aplicados os ditames do Ajuste Sinief nº 8/2008, sem prejuízo das demais regras regulamenta-res aplicáveis.

(RICMS-MS/1998, art. 7º, § 8º)

2. EnQuadraMEnto

É considerada operação com mostruário a remessa de amostra de mercadoria, com valor comer-cial, a empregado ou representante, observado o seguinte:

a) não se considera mostruário aquele formado por mais de uma peça com características idênticas, tais como mesma cor, mesmo mo-delo, espessura, acabamento e numeração di-ferente;

b) na hipótese de produto formado por mais de uma unidade, tais como meias, calçados, lu-vas, brincos, somente será considerado como mostruário se composto apenas por uma uni-dade das partes que o compõem.

(Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula terceira, §§ 1º e 2º; RICMS-MS/1998, art. 7º, § 7º, II)

3. trataMEnto FISCal no EStado dE Mato groSSo do Sul

O RICMS/MS, aprovado pelo Decreto nº 9.203/1998, art. 1º, I, determina que o imposto deve incidir nas operações relativas à circulação de mer-cadorias, inclusive no fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares.

Logo, sempre que o contribuinte, devidamente inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS, circular com qualquer tipo de mercadoria, haverá incidência do imposto. Porém, há alguns tipos de operações que são beneficiadas por diferimento, suspensão, isenção etc. Para tanto, é necessário que algum dispositivo legal traga expressamente tal previsão.

No caso de remessas e retorno de mercadorias utilizadas como mostruário, a legislação sul-mato--grossense concede a suspensão do imposto.

(RICMS-MS/1998 art. 1º, I, e art. 7º, I, “a”)

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49-06 MS Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

4. Prazo Para rEtorno

Para que se opere corretamente a aplicação da suspensão do imposto, além do cumprimento das obrigações acessórias pelo contribuinte, o benefício da suspensão está condicionado a que a mercadoria retorne ao estabelecimento remetente no prazo de 90 dias, contados da data da remessa.

(RICMS-MS/1998, art. 7º, § 1º, I, “a”)

5. CoMÉrCIo EvEntual

Consideram-se comércio eventual as operações não habituais praticadas por pessoas físicas ou jurí-dicas não inscritas no cadastro de contribuintes do Estado. Assim, quando caracterizada a habitualidade da operações, deve o contribuinte providenciar sua inscrição no cadastro de contribuintes, e isso também ocorre no caso das remessas de mercadorias com a finalidade de mostruário.

(RICMS-MS/1998, arts. 248 e 249, IV)

6. EMISSão dE notaS FISCaIS

Na saída de mercadoria destinada a mostruário, o contribuinte deverá emitir nota fiscal indicando como destinatário o seu empregado ou representante, que terá, além dos demais requisitos, as seguintes indica-ções:

a) no campo “Natureza da Operação”, a expres-são “Remessa de mostruário”;

b) no campo do “CFOP”, o código 5.949 ou 6.949, conforme o caso;

c) no campo “Destinatário”, o nome do vendedor ou de quem levar a mercadoria;

d) no campo “CNPJ”, se for pessoa natural, o CPF;

e) no campo “Endereço”, o endereço do vende-dor destinatário das amostras;

f) no campo “Dados do Produto”, os produtos discriminados item por item;

g) no campo “Valor do ICMS”, quando devido, o valor calculado pela alíquota interna da Uni-dade da Federação de origem;

h) no campo “Informações Complementares”, a mercadoria enviada para compor mostruário de venda.

O trânsito de mercadoria destinada a mostruário, em todo o território nacional, deverá ser feito com a nota fiscal mencionada, desde que a mercadoria retorne no prazo descrito no item 4.

Ressalte-se que, em uma eventual fiscalização de rua, o vendedor deve apresentar a nota fiscal das mercadorias e o documento que o identifique como representante comercial.

(Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula quinta)

7. MErCadorIa utIlIzada EM trEInaMEnto

Os procedimentos do tópico anterior aplicam--se, ainda, na hipótese de remessa de mercadorias a serem utilizadas em treinamentos sobre o uso das mesmas. Para tanto, na nota fiscal emitida, deverão constar:

a) como destinatário, o nome do próprio reme-tente;

b) como natureza da operação, a expressão “Re-messa para treinamento”;

c) como valor do ICMS, quando devido, o valor calculado pela alíquota interna da Unidade da Federação de origem;

d) como informações complementares, os locais de treinamento e, quando for o caso, ICMS suspenso, RICMS-MS/1998, art. 7º, I , “a”.

(Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula sexta)

8. rEtorno dE MErCadorIa

No retorno das mercadorias que saíram a título de mostruário, o contribuinte deverá emitir nota fiscal relativa à entrada das mercadorias. Nesta, constará o dispositivo referente à suspensão do imposto na hipótese de a remessa ter sido feita com este mesmo benefício e, o retorno ocorrer no prazo de 90 dias.

(Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula sétima; RICMS-MS/1998, art. 7º, “I, “a”)

9. EnCErraMEnto da SuSPEnSão

Ressalte-se que benefício da suspensão encerra--se sempre que a mercadoria ou o bem são alienados.

(RICMS-MS/1998, art. 7º, § 2º)

10. EXEMPlIFICação

Exemplificamos, a seguir, com dados hipotéticos, a forma de emissão de notas fiscais de remessa e retorno de mostruário, realizada entre contribuintes localizados neste Estado.

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49-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

10.1 remessa de mostruário

Modelo de nota fiscal de reMessa de Mostruário

Nota

Todos os demais campos da nota fiscal deverão ser preenchidos de acordo com a legislação em vigor, haja vista que este modelo é ilustrativo.

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49-08 MS Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

10.2 retorno de mostruário

Modelo de nota fiscal de retorno de Mostruário

Nota

Todos os demais campos da nota fiscal deverão ser preenchidos de acordo com a legislação em vigor, haja vista que este modelo é ilustrativo.

11. PEnalIdadE

Mediante regular procedimento de fiscalização, o contribuinte que tiver incorrido em infração à legislação apli-cável poderá ser autuado. Assim, a título exemplificativo, indica-se a multa equivalente a 150% do valor do ICMS devido pela falta de pagamento do ICMS nas hipóteses em que não tenham sido emitidos os documentos fiscais.

(RICMS-MS/1998, art. 119, I, “h”)

N

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49-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

FEdERal

Comunicação - Política postal internacional - Diretrizes e procedimentos

A política postal internacional brasileira e as respectivas diretrizes e os procedimentos a serem aplicados no âmbito das organizações intergoverna-mentais e das relações entre o governo brasileiro e os governos dos demais países, no que se refere a temas postais, foram disciplinados pela Portaria MC nº 276/2013.

A condução dos assuntos postais internacionais observará as diretrizes a seguir especificadas:

a) estar alinhada à política externa brasileira;

b) contribuir para o desenvolvimento do País, em especial do setor postal brasileiro;

c) zelar pelo cumprimento dos compromissos in-ternacionais assumidos pelo Brasil no âmbito postal;

d) aprimorar as relações junto a países e orga-nizações intergovernamentais em que o tema postal seja tratado, consolidando a presença brasileira no cenário internacional;

e) zelar para que o serviço postal internacional seja prestado à sociedade brasileira em níveis adequados de qualidade, regularidade e preço;

f) promover a internalização do conhecimento e da experiência internacionais em temas pos-tais; e

g) favorecer o diálogo e a cooperação perma-nentes, incluindo o compartilhamento de in-formações e o apoio técnico recíproco entre o Ministério das Comunicações (MC) e a Empre-sa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), visando assegurar às delegações brasileiras as condições propícias para a adequada re-presentação do País junto às organizações in-tergovernamentais.

No cumprimento das diretrizes mencionadas, o MC envidará esforços junto aos demais órgãos do

Poder Executivo e ao Poder Legislativo para, de forma célere, incorporar ao ordenamento jurídico nacional os acordos e tratados postais internacionais firmados pelo Brasil.

Compete ao MC a condução da política postal internacional, especialmente:

a) a interlocução com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), visando à atualização da po-lítica postal internacional e seu alinhamento com a política externa brasileira;

b) a comunicação oficial com países e organiza-ções intergovernamentais sobre temas pos-tais;

c) a definição do interesse brasileiro na partici-pação dos trabalhos dos organismos postais intergovernamentais, por meio da composição dos seus órgãos permanentes;

d) a indicação de representantes para compor os órgãos permanentes de organismos postais intergovernamentais e de candidaturas para ocupar postos eletivos, permanentes ou tem-porários nestes organismos;

e) a formalização ou indicação, conforme o caso, da composição das delegações brasileiras junto a organizações intergovernamentais em que o tema postal seja tratado;

f) a consolidação das análises de proposições e documentos para congressos, conselhos, co-missões ou órgãos assemelhados de organis-mos postais intergovernamentais;

g) as orientações para as delegações brasileiras que representarão o País nas organizações in-tergovernamentais em que o tema postal seja tratado;

h) a definição da posição oficial do País;

i) a apresentação de eventuais propostas de modificação dos atos dos organismos postais intergovernamentais;

j) a colaboração com demais órgãos de governo em temas postais; e

k) a coordenação de iniciativas de cooperação técnica na área postal desenvolvidas com paí-

a IOB Setorial

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49-10 MS Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

ses e organizações intergovernamentais, res-salvadas as competências da Agência Brasi-leira de Cooperação (ABC) e do MRE.

A ECT compartilhará com o MC as informações necessárias, especialmente aquelas relativas a:

a) instrumentos celebrados em âmbito interna-cional, excluídos os acordos de natureza co-mercial; e

b) iniciativas dos organismos postais intergover-namentais financiadas pelos operadores pos-tais das quais a ECT participe.

As informações ora descritas deverão ser encami-nhadas ao MC no prazo de até 30 dias, contados da data de formalização do ato.

A posição oficial brasileira será definida pela ECT, sempre que o MC concluir que as matérias do Conselho de Operações Postais (COP) da União Postal Universal (UPU) tenham caráter operacional e sejam do interesse exclusivo de operadores postais designados.

Respeitadas as competências do MRE, a repre-sentação do Brasil como país-membro de organiza-ções intergovernamentais, em que o tema postal seja tratado, será exercida pelo MC, com a cooperação permanente da ECT.

No âmbito do COP da UPU, a representação será exercida pela ECT, observadas as competências do MC.

A ECT encaminhará ao MC relatório informativo de sua atuação nos trabalhos do COP da UPU, quando solicitado.

Compete à ECT cooperar para a formulação e a execução da política postal internacional, e especial-mente:

a) promover a inserção internacional da empre-sa, prevista no marco regulatório vigente, de forma compatível com a política postal interna-cional;

b) representar o Brasil no COP da UPU, observa-das as competências do MC;

c) definir a posição oficial brasileira nas matérias do COP da UPU, que tenham caráter opera-

cional e sejam do interesse exclusivo de ope-radores postais designados;

d) cumprir as obrigações decorrentes dos atos da UPU, na qualidade de operador postal de-signado;

e) corresponder-se diretamente com os organis-mos postais intergovernamentais em questões técnicas de responsabilidade exclusiva dos operadores designados, bem como em inicia-tivas financiadas pelos operadores postais;

f) propor ao MC a indicação de representantes para compor os órgãos permanentes de orga-nismos postais intergovernamentais e de can-didaturas para ocupar postos eletivos, postos permanentes ou temporários nestes organis-mos;

g) indicar ao MC representantes para compor a delegação brasileira junto a organizações in-tergovernamentais em que o tema postal seja tratado;

h) realizar as análises de proposições e docu-mentos de assuntos de sua competência rela-tivos a congressos, conselhos, comissões ou órgãos assemelhados de organismos postais intergovernamentais, compartilhando-as com o MC; e

i) apresentar ao MC eventuais propostas de mo-dificação dos atos dos organismos postais in-tergovernamentais.

A cooperação técnica internacional em matéria postal será apoiada pelo MC e pela ECT com vistas a aprimorar as relações do Brasil com parceiros que apresentem boas perspectivas para a colaboração política, social, econômica e comercial, e observará o seguinte:

a) no âmbito da cooperação recebida, deverão ser priorizadas iniciativas que garantam maior alcance dos resultados econômicos e sociais, em conformidade com as diretrizes definidas no art. 2º da Portaria MC nº 276/2013, dando preferência àquelas que possibilitem inovação e transferência de conhecimentos; e

b) no âmbito da cooperação prestada, deverão ser priorizadas iniciativas de maior impacto e abrangência, que promovam desenvolvimento sustentável, ensejem maior efeito multiplicador

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49-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 MS

ICMS - IPI e Outros

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EStadual

ICMS - Novas instruções para NF-e

Instituído pelo Decreto nº 6.022/2007, o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o Fisco e os contribuintes.

Um dos projetos do Sped é a NF-e - Ambiente Nacional, que, de maneira simplificada, consiste no envio de arquivo eletrônico contendo as informações fiscais da operação comercial, o qual deverá ser assinado digitalmente, de maneira a garantir a integri-dade dos dados e a autoria do emissor. Este arquivo eletrônico, que corresponderá à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), será, então, transmitido pela Internet para a Secretaria da Fazenda de jurisdição do contribuinte que fará uma pré-validação do arquivo e devolverá um protocolo de recebimento (Autorização de Uso), sem o qual não poderá haver o trânsito da mercadoria.

Tal modalidade foi instituída com o objetivo de modernizar a sistemática do cumprimento das obri-gações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscaliza-dores. No Estado do Mato Grosso do Sul, o Ajuste Sinief nº 7/2005, que instituiu a NF-e, foi incorporado à legislação interna pelo RICMS-MS/1998, Anexo XV, Subanexo XII, que também dispõe sobre as obriga-ções fiscais acessórias em meio eletrônico.

As necessidades de alteração do leiaute da NF-e são agrupadas durante determinado período e com-

põem uma nova versão nacional anual ou a cada 2 anos.

No entanto, por meio da Nota Técnica 2013/005 - versão 1.01 - outubro/2013, foi alterado o leiaute atual da NF-e de “2.00” para “3.10”. A nova versão visa adequar o leiaute ao novo modelo de documento fiscal: Nota Fiscal Eletrônica para Consumidor Final (NFC-e), modelo 65.

Os prazos para entrada em vigência das mudan-ças relacionadas nesta NT irão depender do modelo do documento fiscal: NF-e (modelo 55) ou NFC-e (modelo 65), principalmente porque as empresas emi-tentes de NFC-e e as Sefaz que adotam este modelo de documento já fizeram uma boa parte das mudan-ças previstas nesta NT. Assim, devem ser observados os seguintes prazos:

a) Para a NF-e : Ambiente de Homologação (ambiente de teste

das empresas): 02.12.2013; Ambiente de Produção: 10.03.2014; Desativação da versão “2.00” da NF-e:

1º.12.2014;b) para NFC-e: Ambiente de Homologação (ambiente de teste

das empresas): 02.12.2013; Ambiente de Produção: 06.01.2013; Desativação da versão “2.00” da NF-e:

1º.12.2014.

(http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/principal.aspx; http://www1.receita.fazenda.gov.br/; Nota Técnica 2013/005 - versão 1.01; RICMS-MS/1998, Anexo XV, Subanexo XII)N

N

a IOB Comenta

e, sempre que possível, apresentem contra-partida efetiva das instituições envolvidas na implementação dos trabalhos previstos.

A ECT participará da decisão quanto à viabilidade técnica e financeira de atendimento às iniciativas de

cooperação que impliquem o uso de recursos da empresa ou que tenham impacto sobre aspectos estratégicos do negócio postal.

(Portaria MC nº 276/2013)

N

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49-12 MS Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

sped - efd - serviços de transporte

1) Os tomadores de serviços de transporte obriga-dos à Escrituração Fiscal Digital (EFD) precisam apre-sentar algum registro específico na EFD?

Sim. Os tomadores de serviços de transporte estão obrigados à apresentação de registros espe-cíficos, quais sejam, os registros D100 (informações gerais sobre os documentos fiscais) e D190 (infor-mações sobre o registro analítico dos documentos lançados no registro D100) sempre que receberem os seguintes documentos fiscais:

a) Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7;

b) Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8;

c) Conhecimento de Transporte de Cargas Avulso;

d) Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9;

e) Conhecimento Aéreo, modelo 10;

f) Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11;

g) Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas, modelo 26;

h) Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviá-rio de Cargas;

i) Conhecimento de Transporte Eletrônico de Cargas, modelo 57.

(Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Ato Cotepe/ICMS nº 14/2013; Guia Prático da EFD, versão 2.0.13)

sped - efd - tabela de informação complementar

2) As informações prestadas no quadro “Dados Adicionais” do campo “Informações Complementares” das Notas Fiscais, modelo 1 ou 1-A, Avulsa, de Pro-dutor e NF-e, deverão também constar na Tabela de Informação Complementar do Documento Fiscal?

Sim. As informações prestadas no quadro “Dados Adicionais” do campo “Informações Complementares” das Notas Fiscais, modelo 1 ou 1-A, Avulsa, de Produtor e NF-e, deverão também constar na Tabela de Informação Complementar do Documento Fiscal.

Na Escrituração Fiscal Digital (EFD), essas infor-mações serão prestadas no campo 02 do registro C110 e no campo 02 do registro 0450.

O registro C110 dispõe sobre informação comple-mentar da nota fiscal (código 01, 1B, 04 e 55) e tem por objetivo identificar os dados contidos no campo “Informações Complementares” da nota fiscal, que sejam de interesse do Fisco, conforme dispõe a legis-lação. Essas informações devem constar no registro 0450 - Tabela de Informação Complementar.

O registro 0450 dispõe sobre a Tabela de Infor-mação Complementar do Documento Fiscal e tem por objetivo codificar todas as informações complementa-res dos documentos fiscais, exigidas pela legislação fiscal. Essas informações constam no quadro “Dados Adicionais” dos documentos fiscais.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 14/2013; Guia Prático da EFD, versão 2.0.13)

sped - efd - Vendas com cartão de crédito e de débito

3) As operações de vendas em que o recebimento tenha ocorrido com cartão de crédito e/ou de débito, no caso de contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Di-gital (EFD), devem ser informadas em algum registro?

Sim. O contribuinte obrigado à EFD deve informar as suas operações de vendas, em que o recebimento tenha ocorrido com cartão de crédito e/ou de débito, no registro 1600 - Total das operações com cartão de crédito e/ou débito.

O registro 1600 tem por objetivo identificar o valor total das operações de vendas realizadas pelo decla-rante cujo recebimento pelo estabelecimento tenha ocorrido por cartão de débito ou de crédito, discri-minado por administradora, devendo ser informado o valor total dos recebimentos em cartões, excluídos os estornos, cancelamentos e outros recebimentos não vinculados à sua atividade operacional.

A obrigatoriedade desse registro deve ser verifi-cada junto a cada uma das Unidades da Federação.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 14/2013; Guia Prático da EFD - Versão 2.0.13)

a IOB Perguntas e Respostas

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49-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 49 MS

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Manual de Procedimentos

ICMS/MS

lançamento do crédito - Prazo

4) Quando o registro do crédito do ICMS não for feito no período em que se verificar a entrada da mer-cadoria ou bem, poderá o contribuinte apropriar-se deste no mês seguinte?

O registro de qualquer crédito do ICMS relativo a mercadorias ou bens entrados ou adquiridos ou a serviço recebido deve ser feito no período em que se verificar a entrada da mercadoria ou do bem ou o recebimento do serviço.

Quando não realizado no referido prazo, o registro do crédito do ICMS deve ser comunicado por escrito à Agência Fazendária do domicílio do contribuinte, até o 10º dia seguinte ao do evento.

O fiscal de rendas, após comunicado pelo chefe da repartição, deve diligenciar para constatar a efetiva entrada da mercadoria ou do bem ou o recebimento do serviço, homologando o crédito.

Verificada a utilização indevida do crédito do ICMS, inclusive nos casos de antecipação de uso,

deve ser glosado o valor correspondente e aplicada a penalidade cabível.

O registro extemporâneo do crédito pode ocorrer, também, nos casos de reconstituição da escrita pelo Fisco, ou pelo contribuinte quando por aquele autori-zado.

(RICMS-MS/1998, arts. 55 e 56)

alíquota - operações interestaduais - falta do atestado de condição de contribuinte do icMs

5) Qual será a alíquota nas operações de aquisi-ção interestadual a ser utilizada nas operações com empresas de construção civil que não tenham o Ates-tado de Condição de Contribuinte do ICMS?

Na falta do Atestado de Condição de Contribuinte do ICMS, a empresa de construção civil é obrigada a exigir do remetente, nas aquisições interestaduais, o destaque do ICMS à alíquota interna vigente na unidade federada do remetente.

(RICMS-MS/1998, art. 228, § 7º)