23
Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IRPF - Declaração de Ajuste Anual - Entrega em atraso e retificação a Simples Nacional - Compensação a pedido a Simples Nacional - Microempreendedor individual (MEI) Imposto de Renda e Legislação Societária Fascículo N o 16/2014 / a Tributos e Contribuições Federais Imposto de Renda Pessoa Física Declaração de Ajuste Anual - Dedução da contribuição previdenciária patronal incidente sobre a remuneração do empregado doméstico 01 Declaração de Ajuste Anual - Dedução das despesas com instrução 04 / a S/A Convocação de Assembleia Geral Ordinária relativa ao exercício social encerrado em 31122013 06 / a IOB Setorial Previdência Privada Declarações - Apresentação de informações pelas entidades de previdên- cia complementar, sociedades seguradoras e administradoras de Fundos de Aposentadoria Programada Individual 11 / a IOB Perguntas e Respostas IRPF Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Aluguel de propriedade em comum - Compensação do Imposto de Renda 20 Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Atividade rural - Construção de escola em propriedade rural 20 Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Caderneta de poupança de filho menor - Informação 20 Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Despesas médicas - Aparelhos ortopédicos 20 Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Despesas médicas - Gastos com parto na declaração do marido - Possi- bilidade 21 Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Furto de veículo - Baixa do bem 21 Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Juros incidentes sobre financiamento imobiliário - Custo do imóvel 21

IOB - Imposto de Renda - nº 16/2014 - 3ª Sem Abril · 2017. 4. 6. · 15-02 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos Imposto

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IRPF - Declaração de Ajuste Anual - Entrega em atraso e retificação

a Simples Nacional - Compensação a pedido

a Simples Nacional - Microempreendedor individual (MEI)

Imposto de Renda e Legislação Societária

Fascículo No 16/2014

/a Tributos e Contribuições FederaisImposto de Renda Pessoa FísicaDeclaração de Ajuste Anual - Dedução da contribuição previdenciária patronal incidente sobre a remuneração do empregado doméstico . . . . 01Declaração de Ajuste Anual - Dedução das despesas com instrução . . . 04

/a S/AConvocação de Assembleia Geral Ordinária relativa ao exercício social encerrado em 31 .12 .2013 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06

/a IOB SetorialPrevidência PrivadaDeclarações - Apresentação de informações pelas entidades de previdên-cia complementar, sociedades seguradoras e administradoras de Fundos de Aposentadoria Programada Individual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB Perguntas e RespostasIRPFDeclaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Aluguel de propriedade em comum - Compensação do Imposto de Renda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Atividade rural - Construção de escola em propriedade rural . . . . . . . . 20Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Caderneta de poupança de filho menor - Informação . . . . . . . . . . . . . 20Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Despesas médicas - Aparelhos ortopédicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Despesas médicas - Gastos com parto na declaração do marido - Possi-bilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Furto de veículo - Baixa do bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21Declaração de Ajuste Anual - Ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Juros incidentes sobre financiamento imobiliário - Custo do imóvel . . . . . . 21

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

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Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Imposto de renda e legislação societária : S/A : convocação de assembléia geral ordinária.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2131-9

1. Falência - Leis e legislação - Brasil 2. Imposto de renda - Leis e legislação - Brasil 3. Pessoa jurídica - Brasil 4. SIMPLES - Leis e legislação - Brasil I. Série.

14-02584 CDU-34:336.2:347.72(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Tributação : Empresas : Direito tributário 34:336.2:347.72(81)

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Manual de ProcedimentosImposto de Renda e Legislação Societária

Boletimj

15-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

ImPOSTO de RendA PeSSOA FíSICA

Declaração de Ajuste Anual - Dedução da contribuição previdenciária patronal incidente sobre a remuneração do empregado doméstico

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Abrangência da dedução 3. Limites da dedução 4. Informação na declaração de ajuste anual

1. INTRODUÇÃO

De acordo com a Lei nº 9.250/1995, art. 12, VII, alterado pela Lei nº 12.469/2011, fica per-mitido ao empregador doméstico deduzir na Declaração de Ajuste Anual a contribuição patronal incidente sobre o valor da remunera-ção do empregado paga à Previdência Social.

2. ABRANGÊNCIA DA DEDUÇÃO

Essa dedução é admitida desde o exercício de 2007, ano-calendário de 2006, com vigência até o exercício de 2015, ano-calendário de 2014, e abrange as quantias recolhidas pelo empregador, no período de janeiro a dezembro do ano-calen-dário, equivalente a 12% da remuneração paga ao empregado doméstico a título de contribuição patronal à Previdência Social (Lei nº 8.212/1991, art. 24, e Instrução Normativa RFB nº 1.131/2011, art. 50, com a redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.196/2011).

3. LIMITES DA DEDUÇÃO

Para que o contribuinte possa deduzir a contribui-ção patronal na Declaração de Ajuste Anual, é neces-sário observar que a dedução (Lei nº 9.250/1995, art. 12, § 3º, incluído pela Lei nº 11.324/2006 e pela Instrução Normativa RFB nº 1.131/2011, art. 51):

a) está limitada:

a.1) a um empregado doméstico por declara-ção, inclusive no caso da declaração em conjunto; e

a.2) ao valor recolhido no ano-calendário a que se referir a declaração;

b) aplica-se somente ao modelo completo de Declaração de Ajuste Anual;

c) não poderá exceder:

c.1) ao valor da contribuição pa-tronal calculada sobre um salário-mínimo mensal, sobre o 13º salário e sobre a remu-neração adicional de férias, referentes também a um sa-lário-mínimo;

c.2) ao valor do imposto apurado na Declara-ção de Ajuste Anual, deduzidos dos se-guintes incentivos fiscais, limitados a 6% do imposto devido:

- Estatuto da Criança e do Adolescente e do Idoso;

- Incentivo à Cultura;

- Incentivo à Atividade Audiovisual;

- Incentivo ao Desporto;

d) fica condicionada à comprovação da regula-ridade do empregador doméstico perante o Regime Geral de Previdência Social quando se tratar de contribuinte individual.

a Tributos e Contribuições Federais

Essa dedução é admitida desde o exercício de 2007, ano-calendário

de 2006, com vigência até o exercício de 2015, ano-

-calendário de 2014

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15-02 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

WExemplo 1D

Para fins de ilustração, consideremos os seguintes dados:a) durante o ano-calendário 2013, o empregador recolheu as seguintes contribuições patronais, devidas à alí-

quota de 12% sobre a remuneração mensal do empregado doméstico:Salários: R$ 8.800,00 (R$ 800,00 x 11) x 12%........................................................... R$ 1.056,00 Férias: R$ 1.066,67 [R$ 800,00 + 266,67 (1/3 constitucional)] x 12%....................... R$ 128,0013º salário: R$800,00 x 12%...................................................................................... R$ 96,00Total das contribuições patronais reco lhidas ........................................................... R$ 1.280,00

b) o contribuinte efetuou doação ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, no valor de R$ 500,00;

c) o contribuinte foi tributado pelo Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) durante o ano-calendário de 2013 no valor de R$ 9.535,00;

d) foi apurado Imposto de Renda devido na Declaração de Ajuste Anual do ano-calendário de 2013, antes da dedução dos incentivos fiscais, no valor de R$ 8.851,78.

Segue o quadro demonstrativo do limite de dedução da contribuição patronal recolhida à Previdência Social, permitida na Declaração de Ajuste Anual, exercício de 2014, ano-calendário de 2013:

Quadro demonstrativo

mês de referência salário-mínimo - r$ 13º salário - r$ 1/3 de férias - r$ Contribuições devidas - r$ data do recolhimento

dezembro/2012 622,00 - - 74,64 15.01.2013janeiro/2013 678,00 - - 81,36 15.02.2013fevereiro/2013 678,00 - - 81,36 15.03.2013março/2013 678,00 - - 81,36 15.04.2013abril/2013 678,00 - 226,00 108,48 15.05.2013maio/2013 678,00 - - 81,36 17.06.2013Junho/2013 678,00 - - 81,36 15.07.2013julho/2013 678,00 - - 81,36 15.08.2013agosto/2013 678,00 - - 81,36 16.09.2013setembro/2013 678,00 - - 81,36 15.10.2013outubro/2013 678,00 - - 81,36 18.11.2013novembro/2013 678,00 678,00 - 162,72 16.12.2013Total dedutível - - - 1.078,08

Valor da contribuição patronal recolhida à Previdência Social (letra “a”)................. R$ 1.280,00

Limite de dedução permitido na Declaração de Ajuste Anual (letra “e”)................. (R$ 1.078,08)

Parcela não dedutível na Declaração de Ajuste Anual............................................. R$ 201,92

Com base nos dados apresentados, temos a seguinte demonstração do Imposto de Renda a restituir na Declaração de Ajuste Anual do empregador doméstico:

Imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual.................................................................. R$ 8.851,78

Doação a Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente.................................................. (R$ 500,00)

Imposto devido I...................................................................................................................... R$ 8.351,78

Parcela dedutível da contribuição previdenciária paga pelo empregador doméstico........... (R$ 1.078,08)

Imposto devido II..................................................................................................................... R$ 7.273,70

IRRF retido durante o ano-calendário..................................................................................... (R$ 9.535,00)

Imposto a restituir..................................................................................................................... R$ 2.261,30

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15-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

WExemplo 2D

O empregador paga para seu empregado doméstico um salário-mínimo mensal e optou pelo recolhimento à Previdência Social na forma trimestral (Decreto nº 3.048/1999, art. 216, § 15) no valor total de R$ 967,48 no ano, calculados da seguinte forma:

tabela de CálCulo

meses de referência salário-mínimo (3 meses) – r$ 13º salário - r$ 1/3 de férias - r$ Contribuições

devidas - r$ data do recolhimento

outubro/novembro/dezembro/2012 1.866,00 - - 223,92 15.01.2013janeiro/fevereiro/ março/2013 2.034,00 - - 244,08 15.04.2013abril/maio/junho/2013 2.034,00 - - 244,08 15.07.2013julho/agosto/setembro/2013 2.034,00 - 226,00 271,20 15.10.2013Dezembro/2013 (13º salário) - 678,00 - 81,36 20.12.2013Total dedutível - - - 1.064,64

O limite de dedução permitido na Declaração de Ajuste Anual é aquele efetivamente recolhido, ou seja, R$ 1.064,64.

Considerando os mesmos dados apresentados no Exemplo 1, temos o seguinte demonstrativo do Imposto de Renda a restituir na Declaração de Ajuste Anual do empregador doméstico:

Imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual..... R$ 8.851,78Doação a Fundo dos Direitos da Criança e do Ado-lescente..................................................................... (R$ 500,00)Imposto devido I........................................................ R$ 8.351,78Parcela dedutível da contribuição previdenciária paga pelo empregador doméstico............................ (R$ 1.064,64)Imposto devido II....................................................... R$ 7.287,14IRRF retido durante o ano-calendário....................... (R$ 9.535,00)Imposto a restituir...................................................... R$ 2.247,86

Notas(1) O empregador doméstico que não tenha pago a contribuição pa-

tronal para o INSS durante todo o ano-calendário de 2013 deverá efetuar o cálculo a partir do mês em que efetuou o pagamento dessa contribuição.

(2) No caso de recolhimento mensal referente ao mês de dezembro de 2013, o vencimento da Previdência Social é 15.01.2014. Dessa forma, a con-tribuição patronal não pode ser utilizada como dedução do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual do exercício de 2014, ano-calendário 2013, por não ter sido recolhida neste ano.

(3) No caso de recolhimento trimestral, referente aos meses de outu-bro, novembro e dezembro de 2013, o vencimento da Previdência Social é 15.01.2014. Portanto, a contribuição patronal não pode ser utilizada como dedução do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual do exercício de 2014, ano-calendário 2013, por não ter sido recolhida neste ano.

Ainda de acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.131/2011, art. 52, devem ser observadas as competências de recolhimentos das contribuições previdenciárias e somente podem ser deduzidos os valores recolhidos no ano-calendário a que se referir a Declaração de Ajuste Anual, observando-se o seguinte:

a) na hipótese de recolhimentos de contribuições efetuados com atraso:a.1) se os pagamentos ocorrerem no exer-

cício das respectivas competências, as

contribuições pagas poderão ser apro-veitadas para fins de incentivo do impos-to sobre a renda, sendo que as multas e os juros não podem ser aproveitados para fins de dedução;

a.2) se os pagamentos ocorrerem em exercí-cios seguintes aos das respectivas com-petências, as contribuições pagas não poderão ser aproveitadas para fins de incentivo do imposto sobre a renda;

b) na hipótese de contribuinte que se retira do Brasil, somente é permitida a dedução de con-tribuição paga por pessoa física que, à época do pagamento, se encontrava na condição de residente no Brasil;

c) na hipótese de contribuinte falecido (espólio):c.1) havendo bens a inventariar, somente é

permitida a dedução de contribuição paga até a data do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados;

c.2) não havendo bens a inventariar, somente será permitida a dedução de contribuição paga até a data do falecimento.

4. INFORMAÇÃO NA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL

A pessoa física beneficiária do incentivo deverá informar na ficha Pagamentos Efetuados da Declaração de Ajuste Anual:

a) o Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) ou o Número do Programa de Integração Social (PIS) ou o Número do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep);

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15-04 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

b) o nome completo e o número de inscrição no CPF do empregado doméstico;

c) o valor pago, relativo à contribuição patronal recolhida pelo empregador doméstico; e

d) o valor não dedutível da contribuição patronal recolhida.

A comprovação do recolhimento da Contribuição à Previdência Social será feita por meio de Guias da Previdência Social (GPS), bem como do vínculo empregatício registrado em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

A pessoa física beneficiária do incentivo deverá manter em seu poder todos os comprovantes e documentos a ele relativos pelo prazo decadencial.

(Instrução Normativa RFB nº 1.131/2011, art. 53)

N

Declaração de Ajuste Anual - Dedução das despesas com instrução SUMÁRIO 1. Limite e condições para a dedução 2. Despesas admitidas 3. Despesas não admitidas 4. Cônjuges que apresentam declaração separadamente

- Despesas com instrução de dependente comum 5. Despesas pagas em cumprimento de acordo ou

decisão judicial ou de escritura pública 6. Despesas com educação de menor pobre 7. Despesas de instrução de deficiente físico ou mental 8. Valores remetidos ao exterior 9. Dados a serem informados na declaração

1. LIMITE E CONDIÇÕES PARA A DEDUÇÃO

Na Declaração de Ajuste Anual, as pessoas físi-cas que utilizarem o modelo completo poderão, para fins de determinação da base de cálculo do imposto anual, deduzir despesas com instrução, próprias e/ou de seus dependentes, pagas durante o ano-calendário de 2013 a que se referir a declaração IRPF 2014, até o limite individual anual de R$ 3.230,46, observando-se o seguinte:

a) se os gastos com instrução de uma pessoa (contribuinte ou seu dependente) ficarem abaixo do limite anual de R$ 3.230,46, a dife-rença não poderá ser aproveitada para com-

pensar gastos de valor superior a R$ 3.230,46 efetuados com outra pessoa (o declarante ou outro dependente);

b) somente se enquadram no conceito de despe-sas com instrução os gastos expressamente referidos no tópico 2;

c) o contribuinte fica sujeito a comprovar as des-pesas por meio de recibos, notas fiscais e ou-tros documentos idôneos.

Nota

O contribuinte que optar pela apresentação da declaração no modelo simplificado não pode deduzir despesas com instrução porque o desconto de 20% dos rendimentos tributáveis (limitado a R$ 15.197,02) substitui todas as deduções admitidas na legislação (Lei nº 9.250/1995, art. 10, III, incluído pela Lei nº 11.482/2007 e pela Instrução Normativa RFB nº 1.445/2013, art. 3º).

(Lei nº 9.250/1995, art. 8º, II, letra “b”; Lei nº 12.469/2011, art. 1º)

2. DESPESAS ADMITIDAS

As despesas com instrução dedutíveis restrin-gem-se aos valores pagos a instituições de ensino, relativamente a educação infantil (creche e educação pré-escolar), ensino fundamental, médio e superior e a cursos de especialização ou profissionalizantes, do contribuinte e de seus dependentes, respeitado o limite individual anual de R$ 3.230,46, observando-se que, para esse efeito:

a) considera-se instituição de ensino aquela re-gularmente autorizada pelo Poder Público a ministrar educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e educa-ção superior, nos termos da Lei nº 9.394/1996 (que estabelece as diretrizes e bases da edu-cação nacional);

b) educação infantil (primeira etapa da educação básica) é aquela que precede o ensino fun-damental obrigatório, oferecida em creches ou entidades equivalentes e pré-escola, compre-endendo a educação de menores na faixa etá-ria de 0 a 6 anos de idade;

c) ensino fundamental é aquele obrigatório, que precede o ensino médio e tem duração míni-ma de 8 anos;

d) ensino médio é a etapa final da educação bá-sica e tem duração mínima de 3 anos;

e) a educação superior abrange os seguintes cursos e programas:e.1) de graduação, abertos a candidatos que

tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo; e

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15-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

e.2) de pós-graduação, que compreendem programas de mestrado e doutorado, bem como cursos de especialização abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação que atendam às exigências das instituições de ensino;

f) a educação profissional compreende os se-guintes níveis:f.1) técnico, destinado a proporcionar habili-

tação profissional a alunos matriculados ou egressos de ensino médio, cuja titu-lação pressupõe a conclusão da etapa básica de 11 anos;

f.2) tecnológico, que corresponde a cursos de nível superior na área tecnológica, destinados a egressos do ensino médio e técnico.

Observe-se que as despesas com cursos de especialização somente são passíveis de dedução quando comprovadamente realizadas com cursos inerentes à formação profissional daquele com quem foram efetuadas.

Nota

Considera-se curso de especialização aquele que se realiza após a graduação em curso superior e atende às exigências de instituições de en-sino. Nesse conceito, enquadram-se, por exemplo, os cursos de pós-gra-duação lato sensu.

(Lei nº 9.250/1995, art. 8º, II, letra “b”; Lei nº 12.469/2011, art. 1º; Instrução Normativa SRF nº 15/2001, arts. 39, § 3º, e 41)

3. DESPESAS NÃO ADMITIDAS

Não podem ser deduzidas despesas com:

a) uniforme, material e transporte escolar, elabo-ração de dissertação de mestrado ou tese de doutorado, contratação de estagiários, com-putação eletrônica de dados, papel, xerox, datilografia, tradução de textos, impressão de questionários e de tese elaborada, gastos postais e de viagem;

b) aquisição de enciclopédias, livros, revistas e jornais;

c) aulas de música, dança, natação, ginástica, tênis, pilotagem, dicção, corte e costura, infor-mática e assemelhados;

d) cursos preparatórios para concursos ou vesti-bulares;

e) aulas de idiomas estrangeiros;f) pagamentos feitos a entidades que tenham

por objetivo a criação e a educação de meno-res desvalidos e abandonados;

g) contribuições pagas às Associações de Pais e Mestres e às associações voltadas para a educação;

h) passagens e estadas para estudo no Brasil ou no exterior.

(Instrução Normativa SRF nº 15/2001, arts. 40 e 42, § 1º)

4. CÔNJUGES QUE APRESENTAM DECLARAÇÃO SEPARADAMENTE - DESPESAS COM INSTRUÇÃO DE DEPENDENTE COMUMNo caso de apresentação da declaração do cônjuge

separadamente, somente poderá deduzir as despesas com instrução de dependente comum o cônjuge que esti-ver pleiteando a dedução do dependente na Declaração de Ajuste e, nesse caso, a dedução é admitida mesmo que o recibo esteja em nome do outro cônjuge.

(Instrução Normativa SRF nº 15/2001, art. 38, §§ 5º e 7º)

5. DESPESAS PAGAS EM CUMPRIMENTO DE ACORDO OU DECISÃO JUDICIAL OU DE ESCRITURA PÚBLICAAs despesas com instrução de alimentandos, quando

realizadas pelo alimentante em virtude de cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado judicialmente ou de escritura pública a que se refere a Lei nº 5.869/1973 (Código de Processo Civil), art. 1.124-A, poderão ser deduzidas pelo alimentante na determinação da base de cálculo do Imposto de Renda na declaração, observados os limites e as condições examinadas neste texto.

(Instrução Normativa SRF nº 15/2001, art. 39, § 1º)

6. DESPESAS COM EDUCAÇÃO DE MENOR POBRE

As despesas com educação de menor pobre somente serão dedutíveis quando atendidas, cumula-tivamente, as seguintes condições:

a) o menor tenha até 21 anos de idade;b) o contribuinte crie, eduque e detenha a guar-

da judicial do menor.

(Instrução Normativa SRF nº 15/2001, art. 39, § 2º)

7. DESPESAS DE INSTRUÇÃO DE DEFICIENTE FÍSICO OU MENTAL

As despesas de instrução de deficiente físico ou mental são dedutíveis como despesas de instrução, podendo, alternativamente, ser deduzidas como des-pesa médica, não sujeita ao limite se a deficiência for atestada em laudo médico e o pagamento for efetuado a entidade de assistência a deficientes físicos ou mentais.

(Instrução Normativa SRF nº 15/2001, art. 39, § 4º)

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15-06 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

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Imposto de Renda e Legislação Societária

8. VALORES REMETIDOS AO EXTERIOR

As quantias remetidas ao exterior para pagamento de despesas com matrícula e mensalidades escolares podem ser deduzidas como despesas de instrução, desde que preenchidas as condições focalizadas neste procedimento, observando-se que:

a) para comprovar a realização dos gastos com instrução no exterior, não basta o documento que prove a remessa da moeda, ainda que especifique a destinação do dinheiro, mas é necessário que o contribuinte possua recibos ou notas discriminadas fornecidos pela entida-de de educação beneficiária dos pagamentos, documentos estes que, estando exarados em idioma estrangeiro, somente produzirão efeito perante a RFB se acompanhados de tradução feita por tradutor público;

b) não podem ser deduzidos como despesas de instrução os gastos com passagens e es-tadas feitos pelo contribuinte, com ele próprio

ou com seus dependentes, a fim de estudar no exterior, sendo que o imposto porventura retido sobre a remessa não poderá ser com-pensado com o devido na declaração de ren-dimentos da pessoa que suportar o encargo.

(Instrução Normativa SRF nº 15/2001, art. 42; Parecer Nor-mativo CST nº 31/1977)

9. DADOS A SEREM INFORMADOS NA DECLARAÇÃO

Os valores pagos a título de despesas com ins-trução devem ser informados na ficha Pagamentos Efetuados da Declaração de Ajuste Anual. Devem ser informados o nome do estabelecimento de ensino ao qual o pagamento foi efetuado e o seu número de ins-crição no CNPJ, o valor pago e o respectivo código:

a) 01 para as despesas com instrução no Brasil; oub) 02 para as despesas com instrução no exterior.

N

a S/A

Convocação de Assembleia Geral Ordinária relativa ao exercício social encerrado em 31.12.2013 SUMÁRIO 1. Prazo para a realização da AGO 2. Pauta da AGO 3. Realização simultânea de AGO e AGE 4. Documentos da administração 5. Convocação da assembleia 6. Local de publicação dos anúncios 7. Procedimentos opcionais nas companhias fechadas 8. Modelo de edital de convocação

1. PRAZO PARA A REALIZAÇÃO DA AGOA Assembleia Geral Ordinária (AGO) deve ser

realizada anualmente dentro dos 4 primeiros meses seguintes ao término do exercício social da companhia.

Desse modo, a AGO relativa ao exercício social encerrado em 31.12.2013 deverá ser realizada até o dia 30 de abril próximo.

2. PAUTA DA AGOA Assembleia Geral Ordinária tem por objetivo:

a) tomar as contas dos administradores, exami-nar, discutir e votar as demonstrações finan-ceiras;

b) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos;

c) eleger os administradores e os membros do Conselho Fiscal, quando for o caso.

3. REALIZAÇÃO SIMULTÂNEA DE AGO E AGEA deliberação a respeito de outras matérias que

não as referidas no item 2 só poderá ser tomada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), a qual, segundo a lei, pode ser convocada e realizada cumulativamente com a AGO no mesmo local, data e horário.

Por exemplo, se a companhia pretender aumentar o capital social (matéria que compete à AGE), poderá convocar e realizar simultaneamente a AGO e a AGE.

4. DOCUMENTOS DA ADMINISTRAÇÃOAté um mês antes da data marcada para a reali-

zação da AGO, os administradores devem comunicar, por meio de anúncios publicados na forma prevista para a convocação da assembleia, que se encontram à disposição dos acionistas os documentos referidos na Lei nº 6.404/1976, art. 133, com as alterações da Lei nº 10.303/2001, a saber:

a) relatório da administração sobre os negócios sociais e os principais fatos administrativos do exercício findo;

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15-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

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Manual de Procedimentos

b) cópia das demonstrações financeiras;c) parecer dos auditores independentes, se

houver;d) parecer do conselho fiscal, inclusive votos dis-

sidentes, se houver; ee) demais documentos pertinentes a assuntos in-

cluídos na ordem do dia.

Os anúncios deverão indicar o local ou os locais onde os acionistas poderão obter cópias desses documentos.

Notas(1) Esse anúncio pode ser incluído no edital de convocação da assem-

bleia, conforme prática adotada pela maioria das companhias.

(2) A publicação do anúncio será dispensada quando os documentos referidos neste item forem publicados até um mês antes da data marcada para a realização da assembleia.

(3) A companhia deverá remeter cópia desses documentos aos acio-nistas que a pedirem, por escrito, nas condições descritas no subitem 6.1.

(4) É oportuno lembrar que os documentos referidos nas letras “a” a “c” devem ser publicados até 5 dias, pelo menos, antes da data marcada para a realização da assembleia.

(5) A falta de publicação dos anúncios ou a inobservância dos prazos referidos poderão ser sanadas se a assembleia geral reunir a totalidade dos acionistas, porém, mesmo nessa hipótese, é obrigatória a publicação dos documentos da administração antes da realização da assembleia.

5. CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA5.1 Forma

A convocação deverá ser feita por meio de anún-cio publicado 3 vezes, no mínimo, que conterá, além do local, da data e do horário da assembleia, a ordem do dia e, no caso de reforma do estatuto, a indicação da matéria.

NotaA assembleia deve ser realizada no edifício onde a companhia tiver a

sede. Se, por motivo de força maior, tiver de ser realizada em outro local, os anúncios deverão indicar, com clareza, o lugar da reunião, que, em nenhum caso, poderá ser fora da localidade da sede da companhia.

5.2 Conteúdo do anúncioO anúncio de convocação de assembleia geral

deverá enumerar, expressamente, na ordem do dia, todas as matérias a serem deliberadas, não se admitindo que sob a rubrica “assuntos gerais” haja matérias que dependam de deliberação assemblear (Instrução CVM nº 481/2009, art. 3º).

5.3 Prazo de antecedênciaNa companhia fechada, a primeira convocação

da assembleia deverá ser feita com 8 dias de ante-cedência, no mínimo, contados a partir da primeira publicação do anúncio, observando-se que, se não for realizada a assembleia, será publicado novo anún-cio com antecedência mínima de 5 dias.

Na companhia aberta, o prazo de antecedência da primeira convocação será de 15 dias e o da segunda convocação, de 8 dias.

Nota

A qualquer acionista de companhia aberta é facultado requerer à CVM o aumento, para até 30 dias, do prazo de antecedência da data de publica-ção do primeiro anúncio de convocação de assembleia geral, desde que essa assembleia tenha por objeto operações que, por sua complexidade e a juízo da CVM, exijam maior prazo para que possam ser conhecidas e anali-sadas pelos acionistas (Instrução CVM nº 372/2002).

5.4 Competência para convocarA convocação da assembleia geral compete ao

Conselho de Administração ou, inexistindo esse órgão, aos diretores, observando-se que a assembleia pode também ser convocada (Lei nº 6.404/1976, art. 123, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.457/1997):

a) pelo Conselho Fiscal, no caso de Assembleia Geral Ordinária, se os órgãos da administração retardarem por mais de um mês essa convoca-ção e, no caso de Assembleia Geral Extraordiná-ria, sempre que ocorrerem motivos graves ou ur-gentes, que incluam na agenda das assembleias as matérias que considerarem necessárias;

b) por qualquer acionista, quando os administrado-res retardarem por mais de 60 dias a convoca-ção, nos casos previstos em lei ou no estatuto;

c) por acionistas que representarem 5%, no mí-nimo, do capital social, quando os administra-dores não atenderem, no prazo de 8 dias, ao pedido de convocação que apresentarem, de-vidamente fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas;

d) por acionistas que representarem 5%, no míni-mo, do capital votante, ou 5%, no mínimo, dos acionistas sem direito a voto, quando os ad-ministradores não atenderem, no prazo de 8 dias, ao pedido de convocação de assembleia para instalação do Conselho Fiscal.

6. LOCAL DE PUBLICAÇÃO DOS ANÚNCIOS6.1 Publicação na imprensa oficial e em outro jornal

As publicações ordenadas por lei às sociedades por ações (relatório da administração, demonstrações financeiras, convocação de assembleias, atas de assembleias etc.) deverão ser feitas no órgão oficial da União, do Estado ou do Distrito Federal, conforme o lugar em que esteja situada a sede da companhia, e em outro jornal de grande circulação editado regular-mente na mesma localidade.

Se, no lugar em que estiver situada a sede da com-panhia, não for editado jornal, a publicação será feita em órgão de grande circulação local (Lei nº 6.404/1976, art. 289, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.457/1997, e Decreto nº 1.800/1996, art. 76).

NotaSem prejuízo do disposto neste subitem, as companhias abertas pode-

rão, ainda, disponibilizar as publicações ordenadas por lei pela Internet (Lei nº 6.404/1976, art. 289, § 7º, acrescido pela Lei nº 10.303/2001).

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15-08 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

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6.1.1 Mudança de jornalA companhia deve fazer as publicações previstas

em lei sempre no mesmo jornal. Qualquer mudança deverá ser precedida de aviso aos acionistas no extrato da ata da Assembleia Geral Ordinária publi-cada no jornal costumeiramente utilizado pela com-panhia, ressalvada eventual publicação de atas ou balanços em outros jornais (art. 289, §§ 3º e 4º).

6.1.2 Publicação de demonstrações financeiras expressas em “milhar de reais”

A Lei nº 6.404/1976, art. 289, § 6º, com as altera-ções introduzidas pela Lei nº 9.457/1997, autoriza as publicações do balanço e da demonstração de lucros e perdas que adotam como expressão monetária o “milhar de reais”.

6.2 Normas específicas aplicáveis às instituições financeirasAs instituições financeiras e as demais entidades

autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, para publicação de suas demonstrações financeiras, deverão observar as normas específicas expedidas por esse órgão, além das normas gerais examinadas neste trabalho, aplicáveis às companhias em geral.

6.3 Normas aplicáveis às companhias abertas

6.3.1 Publicações adicionais às ordenadas em lei A Comissão de Valores Mobiliários poderá deter-

minar que as publicações ordenadas em lei sejam feitas, também, em jornal de grande circulação, nas localidades em que os valores mobiliários da compa-nhia sejam negociados em bolsa ou em mercado de balcão, ou disseminadas por algum outro meio que assegure sua ampla divulgação e imediato acesso às informações (Lei nº 6.404/1976, art. 289, § 1º, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.457/1997).

Nota

As informações financeiras devem ser elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil que incluem as diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976), com as alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 e pela Lei nº 11.941/2009.

6.3.2 Não obrigatoriedade de elaboração de demonstrações em moeda de capacidade aquisitiva constante

Em face de ter sido revogada, desde 1º.01.1996, a correção monetária das demonstrações financeiras, inclusive para fins societários (Lei nº 9.249/1995, arts. 4º, 5º e 36), a Instrução CVM nº 248/1996 definiu que as demonstrações financeiras das companhias abertas, exigidas nos atos da CVM (em especial nas Instruções CVM nºs 480/2009 e 516/2011), relativas a

períodos trimestrais e a exercícios sociais encerrados a partir de março/1996, devem ser elaboradas e divul-gadas na forma da legislação societária, passando a ser facultativas a sua elaboração e a sua divulgação em moeda de capacidade aquisitiva constante.

6.3.3 Divulgação dos efeitos decorrentes da adesão ao Refis

As companhias abertas que aderiram ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis) deverão divulgar, relati-vamente aos exercícios sociais em que permaneceram no programa, em nota explicativa às suas demonstra-ções contábeis e informações trimestrais, as seguintes informações (Instrução CVM nº 346/2000):

a) o montante das dívidas incluídas no Refis, se-gregado por tipo de tributo e natureza (princi-pal, multas e juros);

b) o valor presente das dívidas sujeitas à liqui-dação com base na receita bruta, bem como os valores, os prazos, as taxas e as demais premissas utilizadas para determinação desse valor presente;

c) o montante dos créditos fiscais, incluindo aqueles decorrentes de prejuízos fiscais e de bases negativas de contribuição social, utiliza-do para liquidação de juros e multas;

d) o montante pago no período para amortização das dívidas sujeitas à liquidação com base na receita bruta;

e) o detalhamento dos seguintes itens:e.1) os ajustes decorrentes das diferenças de

alíquotas adotadas para determinação do montante dos prejuízos fiscais e da base negativa de contribuição social utili-zados para liquidação de juros ou multas;

e.2) os montantes decorrentes de créditos tri-butários anteriormente não reconhecidos;

e.3) as diferenças entre o valor pago e o de uti-lização dos créditos adquiridos de tercei-ros e as diferenças entre o valor contábil e o de venda dos créditos a terceiros; e

e.4) os ajustes decorrentes da consolidação e do reconhecimento dos débitos, inclu-sive em razão da desistência de proces-sos judiciais em curso;

f) as garantias prestadas ou os bens arrolados e os respectivos montantes;

g) a menção sobre a obrigatoriedade do paga-mento regular de impostos, contribuições e demais obrigações como condição essencial para a manutenção das condições de paga-mento previstas no Refis; e

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15-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

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h) todo e qualquer risco iminente associado à perda do regime especial de pagamento.

6.3.4 Obrigatoriedade de divulgar no País as demonstrações ou informações adicionais divulgadas no exterior

As companhias abertas que divulgarem, no ex-terior, demonstrações ou informações adicionais às requeridas pela legislação societária e pelas normas da CVM deverão, simultaneamente, divulgá-las tam-bém no Brasil (Instrução CVM nº 248/1996).

6.4 Dispensa de publicação para as companhias fechadasA companhia fechada que tiver menos de 20 acio-

nistas e patrimônio líquido inferior a R$ 1.000.000,00 poderá deixar de publicar o relatório dos adminis-tradores, as demonstrações financeiras, o parecer do conselho fiscal, inclusive votos dissidentes, se houver, e demais documentos pertinentes à ordem do dia, desde que cópias autenticadas desses docu-mentos sejam arquivadas na Junta Comercial, com a ata da assembleia geral que sobre eles deliberar (Lei nº 6.404/1976, art. 294, com a alteração da Lei nº 10.303/2001, art. 2º, e Lei nº 10.194/2001, art. 2º).

NotaEsse procedimento não se aplica à companhia controladora de grupo

de sociedade, bem como às sociedades a ela filiadas (Lei nº 6.404/1976, art. 294, § 3º).

6.5 Arquivamento das publicaçõesTodas as publicações ordenadas pela Lei das S/A

deverão ser arquivadas no Registro do Comércio (Lei nº 6.404/1976, art. 289, § 5º). A prova da publicidade de atos societários, quando legalmente exigida, será feita mediante anotação nos registros da Junta Comercial à vista da apresentação da folha do Diário Oficial e, quando for o caso, do jornal particular em que foi feita a publicação, dispensada a juntada da mencionada folha (Decreto nº 1.800/1996, art. 77).

6.5.1 Normas da JucespDe acordo com a Portaria nº 73/1998 do Presidente

da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp):a) somente serão aceitas as publicações legais

em jornais de grande circulação que utilizarem corpo de letra suficientemente legível e que obedecerem às seguintes definições técnicas:a.1) texto: mínimo de corpo 6, de qualquer

família, com entrelinhamento mínimo de 6,5, com 39 toques em 4 cm, ou seja, 11 linhas por polegada;

a.2) o título das referidas publicações deve-rá ter, no mínimo, corpo 12 ou maior, de qualquer família;

a.3) não serão aceitas publicações com ca-racteres condensados;

b) caberá à Imprensa Oficial do Estado de São Paulo fornecer à Jucesp as máscaras ou o molde para verificação;

c) as publicações a serem feitas no Diário Ofi-cial do Estado continuam obedecendo aos padrões vigentes nesse órgão, ou seja, corpo de letra de, no mínimo, 8, com entrelinhamen-to mínimo de 7/8, com 35 toques em 6 cm, ou seja, 6 linhas por polegada;

d) o não cumprimento dessa determinação será objeto de exigência pela Junta Comercial, con-forme disposto no Decreto nº 1.800/1996, art. 57.

6.6 Dispensa da apresentação da publicação para arquivamento de ata no registro do comércioÉ facultado às sociedades por ações mencionar, na

ata apresentada para arquivamento, a data e o número da folha ou da página do órgão oficial e do jornal par-ticular em que foram feitas as publicações preliminares à realização da assembleia a que se referem, dispen-sada a sua apresentação (Decreto nº 1.800/1996, art. 77, parágrafo único). A Junta Comercial do Estado de São Paulo, tendo em vista o expressivo número de sociedades por ações que não vinham promovendo as publicações ordenadas pela Lei das S/A, baixou a Deliberação nº 6/1995, que estabelece para essas sociedades a obrigatoriedade de comprovação da publicação dos balanços, das demonstrações finan-ceiras e, quando for o caso, dos avisos e convocações no Diário Oficial do Estado de São Paulo e em jornal de grande circulação, para efeito de arquivamento da respectiva ata de aprovação das contas na Jucesp.

7. PROCEDIMENTOS OPCIONAIS NAS COMPANHIAS FECHADAS

7.1 Opção do acionistaNas companhias fechadas, a lei permite ao acio-

nista que representar 5% ou mais do capital social solicitar a convocação de assembleia, por telegrama ou carta registrada, expedidos com antecedência mínima de 8 dias. Nessa solicitação, o acionista deve indicar o seu endereço completo e o prazo de vigência do pedido, que não poderá ser superior a 2 exercícios sociais, sendo, no entanto, renovável.

O acionista que assim a solicitar será convocado independentemente das publicações da convocação por intermédio da imprensa, podendo, inclusive, haver, dos administradores da companhia, indeniza-ção pelos prejuízos sofridos em consequência do não atendimento ao seu pedido.

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8. MODELO DE EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Segue modelo de edital de convocação de uma AGO em que deve ser eleita a diretoria para um novo período de gestão, de acordo com o estatuto.

ComPanHia “XYZ” - CnPJ nº ................. assembleia Geral ordinária - ConvoCaÇÃo

São convocados os senhores acionistas a se reunir em Assembleia Geral Ordinária, que se realizará no dia 30 de abril de 2014, às 14 horas, na sede social, na Rua .......... nº .........., nesta Capital, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia:

a) prestação de contas dos administradores, exame, discussão e votação das demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013;

b) destinação dos lucros do exercício findo e distribuição de dividendos;c) eleição de membros da Diretoria e fixação das respectivas remunerações.

Comunicamos que se encontram à disposição dos senhores acionistas, na sede social, os documentos a que se refere a Lei nº 6.404/1976, art. 133, com as alterações da Lei nº 10.303/2001, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013.

(Localidade), 23 de março de 2014.

Ass.: Fulano de Tal - Diretor

8.1 Convocação cumulativa de AGO e AGE

Na hipótese a que nos referimos no item 6.3, o edital de convocação pode ser redigido nos seguintes termos.

ComPanHia “XYZ” - CnPJ nº ... assembleias Gerais ordinária e eXtraordinária - ConvoCaÇÃo

São convocados os senhores acionistas a se reunir em Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária, que se realizarão no dia 30 de abril de 2014, às 14 horas, na sede social, na Rua .......... nº ....., nesta Capital, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia:

I - Ordinária: (Indicar as matérias pertinentes, conforme modelo anterior).II - Extraordinária:a) exame e deliberação a respeito da proposta da Diretoria para uma elevação do capital social na impor-

tância de R$ ........., mediante incorporação de reservas de lucros e lucros acumulados;b) alteração parcial do estatuto, no tocante ao capital social.

Comunicamos que se encontram à disposição dos senhores acionistas, na sede social, os documentos a que se refere a Lei nº 6.404/1976, art. 133, com as alterações da Lei nº 10.303/2001, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013.

(Localidade), 23 de março de 2014.

Ass.: Fulano de Tal - Diretor

N

7.2 Opção das companhias fechadas de pequeno porte

A companhia fechada que tiver menos de 20 acio-nistas e patrimônio líquido inferior a R$ 1.000.000,00 poderá (Lei nº 6.404/1976, art. 294, com a alteração da Lei nº 10.303/2001, e Lei nº 10.194/2001, art. 2º):

a) convocar assembleia geral por anúncio entre-gue a todos os acionistas, mediante recibo, com antecedência mínima de 8 dias;

b) deixar de publicar os documentos da adminis-tração referidos no item 6.4, desde que sejam, por cópias autenticadas, arquivados no Regis-tro do Comércio, juntamente com a ata da as-sembleia geral que sobre eles deliberar.

Notas(1) Se optar por essa forma de convocação, a companhia deverá guar-

dar os recibos de entrega dos anúncios e arquivar cópia autenticada deles na Junta Comercial, com a ata da assembleia.

(2) Essa simplificação de procedimentos não se aplica à companhia controladora de grupo de sociedades ou às sociedades filiadas ao grupo.

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15-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

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Manual de Procedimentos

PRevIdênCIA PRIvAdA

Declarações - Apresentação de informações pelas entidades de previdência complementar, sociedades seguradoras e administradoras de Fundos de Aposentadoria Programada Individual

1. INTRODUÇÃO

Diante da inovação tecnológica, o Fisco tem se utilizado cada vez mais desses instrumentos para o cruzamento de informações fornecidas pelos contri-buintes pessoas físicas e as pessoas jurídicas com as quais mantêm, de alguma forma, operações que envolvam, por exemplo:

a) intermediação, locação e compra e venda de bens (Dimob);

b) prestação de serviços de saúde (Demed);c) informação sobre participantes de planos pre-

videnciários (DPREV);d) utilização de cartão de crédito (Decred);e) lavratura, anotação, matrícula, registro e aver-

bação de aquisição ou alienação de imóveis (DOI);

f) percepção de rendimentos decorrentes da prestação de serviços (Dirf), entre outros.

Nessa linha, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) instituiu uma nova obrigação acessória a ser cumprida pelas entidades de previdência comple-mentar, sociedades seguradoras e administradoras de Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), na forma, prazo e procedimentos tratados neste texto.

2. DESTINAÇÃO E CONTEÚDO DAS INFORMAÇÕES

As entidades de previdência complementar, socie-dades seguradoras e administradoras de Fapi devem apresentar as informações relativas aos recebimentos de contribuições, prêmios e aportes destinados ao custeio dos planos de benefícios de natureza previ-denciária e aos pagamentos de resgates aos partici-pantes e beneficiários à Secretaria da RFB.

(Instrução Normativa RFB nº 1.452/2014, art. 2º, caput)

2.1 Dispensa de entregaA obrigatoriedade de prestar informações men-

cionadas não se aplica em relação aos pagamentos de benefícios.

(Instrução Normativa RFB nº 1.452/2014, art. 2º § 1º)

3. PRAZO DE ENTREGAAs entidades de previdência complementar,

sociedades seguradoras e administradoras de Fapi ficam obrigadas a prestar, por meio de sua respectiva matriz, contendo as informações de todos os seus estabelecimentos, as informações mencionadas no tópico 2, até 30.04.2014, em meio digital, mediante a utilização de aplicativo a ser disponibilizado no site da RFB na Internet (www.receita.fazenda.gov.br).

(Instrução Normativa RFB nº 1.452/2014, art. 2º, caput, § 2º)

4. PENALIDADESA pessoa jurídica obrigada que deixar de pres-

tar as informações de que trata o tópico 2 ou que apresentá-las com incorreções ou omissões ficará sujeita às seguintes multas:

a) por apresentação extemporânea:a.1) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração,

relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas, ou que, na úl-tima declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido;

a.2) R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fra-ção, relativamente às demais pessoas ju-rídicas;

b) por não cumprimento à intimação da RFB para cumprir obrigação acessória ou para prestar es-clarecimentos nos prazos estipulados pela au-toridade fiscal: R$ 500,00 por mês-calendário;

c) por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou omitidas:c.1) 3%, não inferior a R$ 100,00, do valor das

transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de infor-mação omitida, inexata ou incompleta;

c.2) 1,5%, não inferior a R$ 50,00, do valor das transações comerciais ou das opera-

a IOB Setorial

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15-12 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

ções financeiras, próprias da pessoa físi-ca ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de in-formação omitida, inexata ou incompleta.

Para fins do disposto na letra “a”:a) em relação às pessoas jurídicas que, na última

declaração, tenham utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado al-gum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a letra “a.2”;

b) será reduzida à metade, quando a obrigação acessória for cumprida antes de qualquer pro-cedimento de ofício.

(Medida Provisória nº 2158-35/2001, art. 57; Lei nº 12.873/2013, art. 57; Instrução Normativa RFB nº 1.452/2014, art. 4º)

5. ARQUIVOS DIGITAISO Ato Declaratório Executivo Cofis nº 21/2014,

alterado pelo Ato Declaratório Executivo Cofis nº 24/2014, aprovou o Manual de Orientação do arquivo digital que deve ser utilizado pelas entidades de previdência complementar, sociedades seguradoras e administradoras de Fapi para fornecer à RFB as informações sobre o recebimento de contribuições, prêmios e aportes destinados ao custeio dos planos de benefícios de natureza previdenciária e o paga-mento de resgates a participantes e beneficiários.

O manual visa orientar a geração dos arquivos digitais com informações relativas ao recebimento de contribuições, prêmios e aportes destinados ao custeio dos planos de benefícios de natureza previ-denciária e ao pagamento de resgates a participantes e beneficiários desses planos.

5.1 Regras geraisA geração dos arquivos digitais, a validação de

conteúdo, assinatura digital e transmissão devem seguir o disposto no referido Manual, devendo ser observado o seguinte:

a) os arquivos digitais deverão ser gerados de forma centralizada pelo estabelecimento ma-triz da pessoa jurídica e submetidos ao pro-

grama disponibilizado para validação de con-teúdo, assinatura digital e transmissão;

b) os arquivos digitais deverão conter as informa-ções referentes às operações realizadas entre 1º.01 e 31.12.2013;

c) a substituição de arquivos entregues deve-rá ser feita na sua íntegra, não sendo aceitos arquivos complementares para o mesmo pe-ríodo informado;

d) a assinatura digital será verificada quanto a sua existência, prazo e validade para o con-tribuinte identificado nos arquivos, no início do processo de transmissão dos arquivos digitais.

5.1.1 PeriodicidadeOs arquivos deverão ser mensais, considerando

o princípio de caixa e não de competência, ou seja, o arquivo do mês em que efetivamente os valores foram recebidos ou pagos para a pessoa física relacionada no arquivo.

5.1.2 Características dos arquivos digitaisPara a geração dos arquivos deve ser observado

o seguinte:a) os arquivos deverão ser gerados no formato

texto, codificado em ASCII - ISO 8859-1 (La-tin-1), não sendo aceitos campos compacta-dos (packed decimal), zonados, binários, pon-to flutuante (float point) ou quaisquer outras codificações de texto, tais como EBCDIC;

b) os registros são sempre iniciados na primeira coluna (posição 1) e tem tamanho fixo ou va-riável (ver item 6);

c) a linha do arquivo digital deve conter os cam-pos na exata ordem em que estão listados nos respectivos registros;

d) ao final de cada campo, exceto no último cam-po, de cada registro deve ser inserido o carac-tere delimitador “;” (ponto e vírgula: caractere 59 da Tabela ASCII);

e) caractere delimitador “;” (ponto e vírgula) não deve ser incluído como parte integrante do conteúdo de quaisquer campos numéricos ou alfanuméricos.

WExemploD (campos do registro):

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

COD_CIA DT_SOLIC NOM_PARTIC NUM_PROP NUM_PROC TIPO_PROD TIPO_PLANO CPF_PARTIC CNPJ_CIA DT_PAGTO VR_BRUTO IRRF VR_LIQ

COD_CIA;DT_SOLIC;NOM_PARTIC;NUM_PROP;NUM_PROC;TIPO_PROD;TIPO_PLANO;CPF_PARTIC;CNPJ_CIA;DT_PAGTO;VR_BRUTO;IRRF;VR_LIQ

12345;05122013;JOSE SILVA DE SOUZA;1234567890;151208734562/57;05;10;01234567890;99987654000199;23122013;50025,45;5248,12;44777,33.

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15-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

5.1.3 Nomes dos arquivos a serem entregues pela empresa

Em hipótese alguma poderá haver repetição no nome de arquivo, mesmo que correspondam a meses caixa diferentes.

Os nomes dos arquivos deverão ser assim cons-tituídos:

a) arquivos de contribuições, prêmios e aportes à previdência complementar recebidos de parti-cipantes: o arquivo gerado deverá ser nomeado (um arquivo por mês caixa): CONTRIREC_mma-aaa.csv, onde mmaaaa é o mês e ano a que se referem as informações contidas no arquivo;Exemplo: arquivo de contribuições do mês de junho/2013: CONTRIREC_062013.csv

b) arquivos de resgates de contribuições de pre-vidência complementar pagos a participantes e beneficiários: o arquivo gerado deverá ser nomeado (um arquivo por mês caixa): PAG-TORESGATES_mmaaaa.csv, onde mmaaaa é o mês e ano a que se referem as informações contidas no arquivo.Exemplo: arquivo de resgates do mês de ju-nho/2013: PAGTORESGATES _062013.csv5.1.4 Validação e transmissão dos arquivos à RFB

5.2 Geração dos arquivosApós gerar e gravar os arquivos, a empresa deverá

baixar e instalar o programa Sistema de Validação e Autenticação de Arquivos Digitais (SVA), disponível no site da RFB, e proceder à validação dos arquivos. Depois de concluídas as validações, com a correção de erros eventualmente indicados pelo SVA, deve ser efetuada a transmissão dos arquivos. Saliente-se que, para efetuar a transmissão, será necessário ter instalada a última versão do Receitanet, também disponível no site da RFB.

NotaO Sistema de Validação e Autenticação de Arquivos Digitais (SVA)

valida arquivos digitais de contabilidade e folha de pagamento no leiaute estabelecido no Manual Normativo de Arquivos Digitais (MANAD) da RFB, bem como arquivos de Documentos Fiscais nos leiautes definidos pelo Ane-xo Único do Ato Declaratório Executivo Cofis nº 15/2001, alterado pelo Ato Declaratório Executivo Cofis nº 25/2010.

O SVA também pode ser utilizado para autenticação de quaisquer arquivos digitais, independente do tipo (planilhas, documentos, bancos de dados, relatórios etc.).

5.3 Preenchimento dos campos

As regras a seguir devem ser respeitadas em todos os registros gerados, quando não excepciona-das por regra específica referente a um dado registro.

O formato dos campos dos arquivos digitais será:

a) ALFANUMÉRICO: representados por “C” - to-dos os caracteres das posições da Tabela AS-CII, excetuados os caracteres “;” (ponto e vírgu-la: caractere 59 da Tabela ASCII) e os não im-primíveis (caracteres 00 a 31 da Tabela ASCII);

b) NUMÉRICO: representados por “N” - algaris-mos das posições de 48 a 57 da Tabela ASCII.

5.3.1 Regras de preenchimento dos campos com conteúdo alfanumérico (C)

Todos os campos alfanuméricos terão tamanho máximo de acordo com a indicação de cada campo.

WExemploD

COD_CIA C 6

NUM_PROC C 20

5.3.2 Regras de preenchimento dos campos com conteúdo numérico

As regras de preenchimento dos campos com conteúdo numérico nos quais há indicação de casas decimais:

a) deverão ser preenchidos sem os separadores de milhar, sinais ou quaisquer outros caracte-res (tais como: “.”, “-”, “%”), devendo a vírgula ser utilizada como separador decimal (Vírgula: caractere 44 da Tabela ASCII);

b) observar a quantidade máxima de casas deci-mais que deve constar no respectivo campo;

c) preencher os valores percentuais desprezan-do-se o símbolo (%), sem nenhuma conven-ção matemática.Exemplo (valores monetários, quantidades e percentuais):R$ 1.129.998,05; > 1129998,05;1.255,42; > 1255,42;Quantidades:10.000; > 10000;10.000,00; >10000; ou ;10000,00;30; > 30;0,00 → ; 0; ou ;0,00;0; > 0; ou ;0,00;0; > 0;Percentuais:17,00 %; > 17,00; ou ;17;18,50 %; > 18,5; ou ;18,50.

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15-14 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

5.3.3 Regras de preenchimento dos campos numéricos (N) cujo conteúdo representa data

Devem ser informados conforme o padrão “dia mês ano” (DDMMAAAA), excluindo-se quaisquer caracteres de separação (tais como: “.”, “/”, “-”);

WExemploD

01 de Janeiro de 2013; > 01012013;11.11.2013; > 11112013;21-03-2013; > 21032013;09/08/13; > 09082013.

5.3.4 Regras de preenchimento dos campos numéricos referentes a caracteres ou códigos de identificação

Os campos com conteúdo numérico nos quais se faz necessário registrar números ou códigos de identificação (CNPJ, CPF, dentre outros) deverão seguir a regra de formação definida pelo respectivo órgão regulador. Esses campos deverão ser informados com todos os dígitos, inclusive os zeros (0) à esquerda. As máscaras (caracteres especiais de formatação, tais como: “.”, “/”, “-” etc.) não devem ser informadas.

Observa-se que os campos numéricos com tamanho fixo deverão conter exatamente a quantidade de caracteres indicada.

Exemplo (campos numéricos com indicação de tamanho):

CNPJ N 14CPF N 11

Exemplo (campos numéricos com indicação de tamanho):

CNPJ: 23.456.789/0001-10; > 23456789000110;

CNPJ: 00.456.789/0001-10; > 00456789000110;

CPF: 882.440.449-40; > 88244044940;

CPF: 002.333.449-40; > 00233344940.

Os campos nos quais se faz necessário registrar algarismos ou caracteres que identifiquem ou façam parte da identificação de objeto documento (COD_CIA, NUM_PROC, NUM_PROP etc.) deverão seguir a regra de formação definida pelo respectivo órgão

regulador se houver. Esses campos deverão ser informados com todos os dígitos válidos, aí incluídos os caracteres especiais de formatação (tais como: “.”, “/”, “-” etc.).

Observa-se que os campos que contiverem informações com algarismos ou caracteres que iden-tifiquem um documento devem ter a exata quantidade de caracteres indicada no objeto original.

Exemplo (algarismos ou caracteres de identifi-cação):

COD_CIA C 6NUM_PROC C 20NUM_PROP C 10

Exemplos (algarismos ou caracteres de identi-ficação):COD_CIA: 0473-5; > 0473-5;NUM_PROC: 129.876.543.215-77; > 129.876.543.215-77;NUM_PROP: 04.123.123-7; > 04.123.123-7.

6. LEIAUTE

Os arquivos digitais devem ser gerados da seguinte forma:

a) arquivo de contribuições, prêmios e aportes à previdência complementar recebidos de par-ticipantes:

a.1) estrutura de arquivo a ser utilizada pelas entidades de previdência privada e insti-tuições financeiras ou sociedades segu-radoras autorizadas pela Susep que ad-ministram Fapi;

a.2) estrutura de arquivo a ser utilizada pelas entidades fechadas de previdência com-plementar;

b) arquivo de resgates de contribuições de previ-dência complementar pagos a participantes e beneficiários:

b.1) estrutura de arquivo a ser utilizada pelas entidades de previdência privada e insti-tuições financeiras ou sociedades segu-radoras autorizadas pela Susep que ad-ministram Fapi;

b.2) estrutura de arquivo a ser utilizada pelas entidades fechadas de previdência com-plementar.

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15-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

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6.1 Estrutura dos arquivos de contribuições, prêmios e aportes6.1.1 Estrutura de arquivo de contribuições, prêmios e aportes à previdência complementar recebidos dos

participantes

estrutura de arQuivo de ContribuiÇões a ser utiliZada Pelas entidades de PrevidênCia Privada e instituiÇões finanCeiras ou soCiedades seGuradoras autoriZadas Pela suseP Que administram faPi - modelo 1

ordem do Campo no

arquivo

nome do campo que aparece na primeira linha do arquivo separado

por ponto e vírgula

Conteúdo do Campo formato Preenchimento tamanho valores válidos obrigatório

1 COD_CIA Código da Cia. na SUSEP ou PREVIC C Variável - - Não

2 DT_BASE

Data do lançamento contábil da informação

N Fixo 8

Numérico (DDMMAAAA) Onde: DD = dia do mês variando de 01 a 31MM = mês caixa variando de 01 a 12AAAA - ano calendário

Sim

3 DT_PAGTO

Data do efetivo pagamento da contribuição / prêmio pelo participante

N Fixo 8

Numérico (DDMMAAAA) Onde: DD = dia do mês variando de 01 a 31MM = mês caixa variando de 01 a 12AAAA - ano calendário

Sim

4 NOM_PARTIC Nome do participante C Variável 60 - Sim

5 NUM_PROC

Número do processo aprovado pela SUSEP, preenchido con-forme estabelecido na Circular SUSEP nº 105, de 1998

C Variável 20

-

Sim

6 NUM_PROP Número da Proposta C Variável 10 - Sim

7 TIPO_PROD

Tipo do Produto: 1 - Previdência Tradicional2 - Previdência Tradicional - FGB3 - PGBL4 - PAGP N Fixo 2

Número variando de 01 a 99, sendo 99 quando não tiver a informação

Sim5 - PRGP 6 - VI Tradicional7 - VGBL8 - VAGP9 -VRGP

8 TIPO_PLANO

Tipo do Plano, conforme a seguinte codificação: 1 - Pagamento único por so-brevivência2 - Pecúlio cobertura tempo-rária3 - Pecúlio cobertura vitalícia4 - Renda certa

N Fixo 2

Número variando de 01 a 99, sendo 99 quando não tiver a informação

Sim

5 - Renda de pensão por fa-lecimento - cobertura tempo-rária 6 - Renda de pensão por fale-cimento - cobertura vitalícia7 - Renda imediata8 - Renda por invalidez9 - Renda por sobrevivência - benefício definido 10 - Renda por sobrevivência - contribuição definida11 - Renda temporária12 - Dotal

9 CPF_PARTIC CPF do participante N Fixo 11 CPF válido(s) Sim10 UF_PARTIC UF do participante C Fixo 2 - Sim

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15-16 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

ordem do Campo no

arquivo

nome do campo que aparece na primeira linha do arquivo separado

por ponto e vírgula

Conteúdo do Campo formato Preenchimento tamanho valores válidos obrigatório

11 CNPJ_CIA Número do CNPJ da Cia. N Fixo 14 CNPJ válido(s) Sim

12 VR_CONTR

Valor da Contribuição/prêmio Puro - corresponde ao valor total da contribuição/prêmio sem o valor de carregamen-to.

N Variável 16

Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar Sim

13 NUM_ORDEM Número da ordem de cada contribuição / prêmio N Variável 10 - Sim

14 VR_CARREValor total do Carregamento

N Variável 16Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar

Sim

15 PERC_CARRE

Percentual de Carregamento Benefício Definido: até 30% Contribuição Definida: até 10% Benefícios de Risco: até 30%

N Variável 5

Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar Sim

16 VR_CONTR_PF

Parcela do valor da Con-tribuição/prêmio Puro cujo ônus seja da própria pessoa física

N Variável 16

Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar Sim

17 VR_CARR_PF

Valor do Carregamento cor-respondente à parcela do valor da Contribuição/prêmio Puro cujo ônus seja da pró-pria pessoa física

N Variável 16

Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar

estrutura de arQuivo de ContribuiÇões a ser utiliZada Pelas entidades feCHadas de PrevidênCia e instituiÇões finanCeiras ou soCiedades seGuradoras autoriZadas Pela suseP, Que administram faPi - modelo 2

ordem do Campo no

arquivo

nome do campo que aparece na primeira linha do arquivo separado

por ponto e vírgula

Conteúdo do Campo formato Preenchimento tamanho valores válidos obrigatório

1 COD_CIA Código da Cia. na SUSEP ou PREVIC C Variável - - Não

2 DT_REFER

Data a que se refere a contri-buição/prêmio - correspondeà data de início de vigência da coberturaa que se referea mensalidade

N Fixo 8

Numérico (DDMMAAAA) Onde: DD = dia do mês variando de 01 a 31MM = mês caixa variando de 01 a 12AAAA - ano calendário

Sim

3 NOM_PARTIC Nome do participante C Variável 60 - Sim

4 NUM_PROC

Número do processo aprova-do pela SUSEP, preenchido conforme estabelecido na Circular SUSEP nº 105, de 1998.

C Variável 20

-

Sim

5 NUM_PROP Número da Proposta C Variável 10 - Sim

6 TIPO_PROD

Tipo do Produto: 1 - Previdência Tradicional2 - Previdência Tradicional - FGB3 - PGBL4 - PAGP N Fixo 2

Número variando de 01 a 99, sendo 99 quando não tiver a informação

Sim5 - PRGP 6 - VI Tradicional7 - VGBL8 - VAGP9 -VRGP

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15-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

ordem do Campo no

arquivo

nome do campo que aparece na primeira linha do arquivo separado

por ponto e vírgula

Conteúdo do Campo formato Preenchimento tamanho valores válidos obrigatório

7 TIPO_PLANO

Tipo do Plano, conforme a seguinte codificação: 1 - Pagamento único por so-brevivência2 - Pecúlio cobertura tempo-rária3 - Pecúlio cobertura vitalícia4 - Renda certa

N Fixo 2

Número variando de 01 a 99, sendo 99 quando não tiver a informação

Sim

5 - Renda de pensão por fa-lecimento - cobertura tempo-rária 6 - Renda de pensão por fa-lecimento - cobertura vitalícia7 - Renda imediata8 - Renda por invalidez9 - Renda por sobrevivência - benefício definido 10 - Renda por sobrevivência - contribuição definida11 - Renda temporária12 - Dotal

8 CPF_PARTIC CPF do participante N Fixo 11 CPF válido(s) Sim9 UF_PARTIC UF do participante C Fixo 2 - Sim

10 CNPJ_CIA Número do CNPJ da Cia. N Fixo 14 CNPJ válido(s) Sim

11 VR_CONTR

Valor da Contribuição/prêmio Puro - corresponde ao valor total da contribuição/prêmio sem o valor de carregamento.

N Variável 16

Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar Sim

12 NUM_ORDEM Número da ordem de cada contribuição / prêmio N Variável 10 - Sim

13 VR_CARREValor total do Carregamento

N Variável 16Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar

Sim

14 PERC_CARRE

Percentual de Carregamento Benefício Definido: até 30% Contribuição Definida: até 10% Benefícios de Risco: até 30%

N Variável 5

Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar Sim

estrutura de arQuivo de ContribuiÇões a ser utiliZada Pelas entidades feCHadas de PrevidênCia ComPlementar

ordem do Campo no

arquivo

nome do campo que aparece na primeira linha do arquivo separado

por ponto e vírgula

Conteúdo do Campo formato Preenchimento tamanho valores válidos obrigatório

1 DT_PAGTO

Data do efetivo pagamento da contribuição / prêmio pelo participante

N Fixo 8

Numérico (DDMMAAAA) Onde: DD = dia do mês variando de 01 a 31MM = mês caixa variando de 01 a 12AAAA – ano calendário

Sim

2 NOM_PARTIC Nome do participante C Variável 60 - Sim3 CPF_PARTIC CPF do participante N Fixo 11 CPF válido(s) Sim4 UF_PARTIC UF do participante C Fixo 2 - Sim5 CNPJ_CIA Número do CNPJ da Cia. N Fixo 14 CNPJ válido(s) Sim

6 VR_CONTR

Valor da Contribuição/prêmio Puro - corresponde ao valor total da contribuição/prêmio sem o valor de carregamento

N Variável 16

Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar

Sim

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15-18 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

6.2 Estrutura do arquivo de resgates de contribuições pagos aos participantes e beneficiários de planos de previdência complementar

estrutura de arQuivo de resGates a ser utiliZada Pelas entidades de PrevidênCia Privada e instituiÇões finanCeiras ou soCiedades seGuradoras autoriZadas Pela suseP, Que administram faPi

ordem do Campo no

arquivo

nome do campo que aparece na primeira linha do arquivo separado

por ponto e vírgula

Conteúdo do Campo formato Preenchimento tamanho valores válidos obrigatório

1 COD_CIA Código da Cia. na SUSEP ou PREVIC C Variável - - Não

2 DT_SOLIC

Data da Solicitação da Habi-litação

D Fixo 8

Numérico (DDMMAAAA) Onde: DD = dia do mês variando de 01 a 31MM = mês caixa variando de 01 a 12AAAA - ano calendário

Sim

3 NOM_PARTIC Nome do Participante C Variável 60 - Sim

4 NUM_PROP Número da Proposta C Variável 10 - Sim

5 NUM_PROC

Número do processo aprova-do pela SUSEP, preenchido conforme estabelecido na Cir-cular SUSEP nº 105, de 1998

C Variável 20

-

Sim

6 TIPO_PROD

Tipo do Produto: 1 - Previdência Tradicional2 - Previdência Tradicional - FGB3 - PGBL4 - PAGP N Fixo 2

Número variando de 01 a 99, sendo 99 quando não tiver a informação

Sim

5 - PRGP 6 - VI Tradicional7 - VGBL8 - VAGP9 -VRGP

7 TIPO_PLANO

Tipo do Plano, conforme a seguinte codificação: 1 - Pagamento único por so-brevivência2 - Pecúlio cobertura tempo-rária3 - Pecúlio cobertura vitalícia4 - renda certa

N Fixo 2

Número variando de 01 a 99, sendo 99 quando não tiver a informação

Sim

5 - Renda de pensão por fa-lecimento - cobertura tempo-rária 6 - Renda de pensão por fa-lecimento - cobertura vitalícia7 - Renda imediata8 - renda por invalidez

9 - Renda por sobrevivência - benefício definido 10 - Renda por sobrevivência - contribuição definida11 - Renda temporária12 - Dotal

8 CPF_PARTIC CPF do Participante N Fixo 11 CPF válido(s) Sim

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15-19Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

ordem do Campo no

arquivo

nome do campo que aparece na primeira linha do arquivo separado

por ponto e vírgula

Conteúdo do Campo formato Preenchimento tamanho valores válidos obrigatório

9 CNPJ_CIA Número do CNPJ da Cia. N Fixo 14 CNPJ válido(s) Sim

10 DT_PAGTO

Data do Pagamento e Baixa da Provisão

N Fixo 8

Numérico (DDMMAAAA) Onde: DD = dia do mês variando de 01 a 31MM = mês caixa variando de 01 a 12AAAA - ano calendário

Sim

11 VR_BRUTOValor Bruto

N Variável 16Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar.

Sim

12 IRRFValor do Imposto de Renda Retido na Fonte N Variável 16

Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar

Sim

13 VR_LIQValor Líquido

N Variável 16Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar

Sim

estrutura de arQuivo de resGates a ser utiliZada Pelas entidades feCHadas de PrevidênCia ComPlementar

ordem do Campo no

arquivo

nome do campo que aparece na primeira linha do arquivo separado

por ponto e vírgula

Conteúdo do Campo formato Preenchimento tamanho valores válidos obrigatório

1 DT_SOLIC

Data da Solicitação da Habi-litação

N Fixo 8

Numérico (DDMMAAAA) Onde: DD = dia do mês variando de 01 a 31MM = mês caixa variando de 01 a 12AAAA - ano calendário

Sim

2 NOM_PARTIC Nome do Participante C Variável 60 - Sim

3 CPF_PARTIC CPF do Participante N Fixo 11 CPF válido(s) Sim

4 CNPJ_CIA Número do CNPJ da Cia. N Fixo 14 CNPJ válido(s) Sim

5 DT_PAGTO

Data do Pagamento e Baixa da Provisão

N Fixo 8

Numérico (DDMMAAAA) Onde: DD = dia do mês variando de 01 a 31MM = mês caixa variando de 01 a 12AAAA - ano calendário

Sim

6 VR_BRUTOValor Bruto

N Variável 16Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar

Sim

7 IRRFValor do Imposto de Renda Retido na Fonte N Variável 16

Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar

Sim

8 VR_LIQValor Líquido

N Variável 16Numérico, separado por vír-gula nas casas decimais e sem separador de milhar

Sim

N

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15-20 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

IRPF

declaração de ajuste anual - ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - aluguel de propriedade em

comum - Compensação do imposto de renda

1) O Imposto de Renda retido sobre o valor do alu-guel recebido por contribuintes casados sob o regime de comunhão que optarem por tributar os rendimentos de bens comuns em separado poderá ser informado proporcionalmente em cada declaração?

No caso de propriedade em comum em decor-rência da sociedade conjugal/união estável, o imposto pago por um dos cônjuges/companheiro ou retido na fonte pode ser compensado meio a meio, independentemente de quem o tenha pago ou sofrido a retenção; opcionalmente, o imposto pode ser compensado pelo total na declaração de um deles, desde que tribute a totalidade dos rendimen-tos comuns.

(RIR/1999, arts. 6º e 7º, § 1º; Perguntas e Respostas IRPF 2014, questão nº 83)

declaração de ajuste anual - ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - atividade rural - Construção

de escola em propriedade rural

2) Os gastos com a construção de escolas em pro-priedade rural e com a educação dos filhos dos empre-gados podem ser deduzidos das receitas da atividade rural?

Sim. Esses encargos são considerados investi-mentos e podem ser deduzidos como despesas para efeito da apuração do resultado da atividade rural, desde que ocorridos dentro da propriedade rural do contribuinte.

Além disso, também podem ser deduzidos os gastos com bolsas para a formação de técnicos em atividades rurais, inclusive gerentes de estabeleci-mentos e contabilistas.

(RIR/1999, art. 62; Instrução Normativa SRF nº 83/2001, art. 8º, VII e X; Parecer Normativo CST nº 246/1974; Perguntas e Respostas IRPF 2014, questão nº 524)

declaração de ajuste anual - ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Caderneta de poupança de

filho menor - informação

3) As cadernetas de poupança dos filhos menores devem ser informadas na declaração do responsável? Em caso afirmativo, existe algum limite de valor?

Sim. As cadernetas de poupança de filhos meno-res devem ser incluídas na declaração de bens do responsável, desde que esses estejam efetivamente mencionados como dependentes na declaração.

No caso de caderneta de poupança, somente é exigida a informação para aquelas que tenham, em 31.12.2013, valor superior a R$ 140,00.

Saliente-se que os rendimentos auferidos têm o mesmo tratamento fiscal de qualquer outra caderneta de poupança. Portanto, estão isentos do Imposto de Renda.

(Instrução Normativa RFB nº 1.022/2010, art. 44, I; Pergun-tas e Respostas IRPF 2014, questão nº 688)

declaração de ajuste anual - ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - despesas médicas -

aparelhos ortopédicos

4) Os gastos com aquisição de aparelhos ortopé-dicos podem ser deduzidos como despesas médicas?

Sim. Consideram-se despesas médicas ou de hospitalização os pagamentos efetuados a médicos de qualquer especialidade, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudió-logos, hospitais, e as despesas provenientes de exa-mes laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias.

No caso de despesas com aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias, exige-se a com-provação com receituário médico ou odontológico e nota fiscal em nome do beneficiário.

Consideram-se aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas:

a) pernas e braços mecânicos;b) cadeiras de rodas;c) andadores ortopédicos;

a IOB Perguntas e Respostas

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15-21Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

d) palmilhas ou calçados ortopédicos; ee) qualquer outro aparelho ortopédico destinado

à correção de desvio de coluna ou defeitos dos membros ou das articulações.

(Instrução Normativa SRF nº 15/2001, art. 43, § 7º; Pergun-tas e Respostas IRPF 2014, questões nºs 344 e 347)

declaração de ajuste anual - ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - despesas médicas - Gastos

com parto na declaração do marido - Possibilidade

5) As despesas médico-hospitalares, em decor-rência de parto, podem ser deduzidas pelo marido quando a mulher faz declaração em separado?

Via de regra, as despesas médico-hospitalares próprias de um dos cônjuges ou companheiro não podem ser deduzidas pelo outro quando este apresenta declaração em separado. Contudo, como se trata de despesas necessárias ao parto de filho comum, as importâncias despendidas podem ser deduzidas por qualquer dos dois.

(Lei nº 9.250/1995, art. 8º, II, “a”; Perguntas e Respostas IRPF 2014, questão nº 362)

declaração de ajuste anual - ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - furto de veículo - baixa

do bem

6) Como informar um veículo objeto de furto que não possuía cobertura de seguro?

Nessa hipótese, o veículo deve ser baixado na declaração de bens, citando-se o número do boletim de ocorrência de furto e a descrição do fato ocorrido, na coluna “Discriminação”. A coluna “Situação em 31.12.2013” não deve ser preenchida.

(Manual de Preenchimento Declaração de Ajuste Anual 2014)

declaração de ajuste anual - ano-calendário de 2013, exercício de 2014 - Juros incidentes sobre

financiamento imobiliário - Custo do imóvel

7) Os juros incidentes sobre financiamento imobili-ário podem ser agregados ao custo do imóvel?

Sim. Os juros e demais acréscimos pagos na aquisição de imóveis, adquiridos por financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), ou não, poderão compor o custo de aquisição do imóvel.

Os juros que comporão o custo de aquisição do imóvel são somente os efetivamente pagos, ou seja, poderão ser agregados na medida do pagamento das parcelas nas quais eles estejam incluídos.

Por fim, ressaltamos que esses juros não poderão ser deduzidos do imposto a pagar, na declaração de ajuste anual, devendo integrar a informação do imóvel constante na ficha “Bens e Direitos”.

(Instrução Normativa SRF nº 84/2001, art. 17, I, “g”)