44
Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a DIPJ - Entrega em atraso e retificação a IRPJ/CSL - Lucro real - Indedutibilidade das doações a partidos políticos a Simples Nacional - Obrigações acessórias atribuídas às microempresas (ME) e às empresas de pequeno porte (EPP) - Disposições Imposto de Renda e Legislação Societária Fascículo N o 24/2014 / a Tributos e Contribuições Federais DIPJ Preenchimento da Ficha 09A (Demonstração do Lucro Real) da DIPJ 2014 pelas empresas sujeitas ao lucro real 01 / a Legislação Societária S/A Capital autorizado 24 / a IOB Setorial Desporto IRPJ/CSL/Cofins/PIS-Pasep - Tributação das entidades participantes da Copa das Confederações Fifa de 2013 e da Copa do Mundo Fifa de 2014 25 / a IOB Perguntas e Respostas Contabilidade Lavagem de dinheiro - Optantes pelo Simples Nacional - Sujeição 41 Propriedade para investimento - Definição e classificação contábil 41 Cofins/PIS-Pasep Execução de obras de construção civil - Regime cumulativo 42 IRPF Curso presencial no exterior - Remessa de recursos para dependentes - Isenção 42 Desapropriação por interesse público ou social - Isenção 42 Tributos e Contribuições Federais Benefícios fiscais da Copa do Mundo Fifa de 2014 - Habilitação 42

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a DIPJ - Entrega em atraso e retificação

a IRPJ/CSL - Lucro real - Indedutibilidade das doações a partidos políticos

a Simples Nacional - Obrigações acessórias atribuídas às microempresas (ME) e às empresas de pequeno porte (EPP) - Disposições

Imposto de Renda e Legislação Societária

Fascículo No 24/2014

/a Tributos e Contribuições FederaisDIPJPreenchimento da Ficha 09A (Demonstração do Lucro Real) da DIPJ 2014 pelas empresas sujeitas ao lucro real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Legislação SocietáriaS/ACapital autorizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

/a IOB SetorialDesportoIRPJ/CSL/Cofins/PIS-Pasep - Tributação das entidades participantes da Copa das Confederações Fifa de 2013 e da Copa do Mundo Fifa de 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

/a IOB Perguntas e RespostasContabilidadeLavagem de dinheiro - Optantes pelo Simples Nacional - Sujeição . . 41Propriedade para investimento - Definição e classificação contábil . . 41

Cofins/PIS-PasepExecução de obras de construção civil - Regime cumulativo . . . . . . . 42

IRPFCurso presencial no exterior - Remessa de recursos para dependentes - Isenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42Desapropriação por interesse público ou social - Isenção . . . . . . . . . 42

Tributos e Contribuições FederaisBenefícios fiscais da Copa do Mundo Fifa de 2014 - Habilitação . . . 42

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Imposto de renda e legislação societária : DIPJ : preenchimento da ficha 09.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2175-3

1. Falência - Leis e legislação - Brasil 2. Imposto de renda - Leis e legislação - Brasil 3. Pessoa jurídica - Brasil 4. SIMPLES - Leis e legislação - Brasil I. Série.

14-04830 CDU-34:336.2:347.72(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Tributação : Empresas : Direito tributário 34:336.2:347.72(81)

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Manual de ProcedimentosImposto de Renda e Legislação Societária

Boletimj

24-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

DIPJ

Preenchimento da Ficha 09A (Demonstração do Lucro Real) da DIPJ 2014 pelas empresas sujeitas ao lucro real SUMÁRIO 1. Introdução 2. Preenchimento da Ficha 09A 3. Modelo da Ficha 09A

1. INTRODUÇÃO

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.463/2014, foram aprovados o programa gerador e as instruções para preenchimento da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica relativa ao ano-calendário de 2013, exercício de 2014 (DIPJ 2014).

Vale destacar que a DIPJ 2014 deve ser apresentada no período de 02.05 até as 23h59min59s, ho-rário de Brasília, do dia 30.06.2014 pelas pessoas jurídicas tributadas, em pelo menos um dos períodos de apuração durante o ano-calendário de 2013, com base no lucro real, inclusive pelas entidades imunes e isentas.

A seguir, discorremos sobre o preenchimento da Ficha 09A (Demonstração do Lucro Real) pelas pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, no ano--calendário de 2013.

2. PREENCHIMENTO DA FICHA 09A

2.1 Quem deve preencher

Conforme mencionado na introdução, esta ficha deve ser preenchida pelas pessoas jurídicas tributa-das com base no lucro real.

A pessoa jurídica rural que explorar outras ati-vidades deve segregar, contabilmente, as receitas, os custos e as despesas referentes à atividade rural das demais atividades e demonstrar, no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), separadamente, o lucro ou prejuízo contábil e o lucro ou prejuízo fiscal dessas atividades.

A pessoa jurídica rural deve ratear, proporcional-mente à percentagem que a receita líquida de cada atividade representar em relação à receita líquida total:

a) os custos e as despesas, comuns a todas as atividades;

b) os custos e as despesas não dedutíveis, comuns a todas as atividades, a serem

adicionados ao lucro líquido na deter-minação do lucro real;

c) os demais valores, comuns a todas as atividades, que de-vam ser computados no lucro real.

Na hipótese de a pessoa jurídica rural não possuir receita líquida no ano-

-calendário, a determinação da percenta-gem será efetuada com base nos custos ou despesas de cada atividade explorada.

Os bens do ativo imobilizado, exceto a terra nua, adquiridos por pessoa jurídica rural para uso nessa atividade podem ser depreciados integralmente no próprio ano de aquisição.

O encargo de depreciação dos bens, calculado à taxa normal, deve ser registrado na escrituração comercial, e o complemento para atingir o valor inte-gral do bem constituirá exclusão para fins de determi-nação da base de cálculo do imposto correspondente à atividade rural.

a Tributos e Contribuições Federais

O total da depreciação acumulada, incluindo a

normal e a complementar, não pode ultrapassar o custo

de aquisição do bem

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24-02 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

O valor a ser excluído, correspondente à atividade rural, é igual à diferença entre o custo de aquisição do bem do ativo imobilizado destinado à atividade rural e o respectivo encargo de depreciação normal escri-turado durante o período de apuração do imposto, devendo ser controlado na Parte B do Lalur.

A partir do período de apuração seguinte ao da aquisição do bem, o encargo de depreciação normal que vier a ser registrado na escrituração comercial deve ser adicionado ao resultado líquido corres-pondente à atividade rural, efetuando-se a baixa do respectivo valor no saldo da depreciação incentivada controlado na Parte B do Lalur.

O total da depreciação acumulada, incluindo a normal e a complementar, não pode ultrapassar o custo de aquisição do bem.

No caso de alienação dos bens, o saldo da depre-ciação complementar existente na Parte B do Lalur deve ser adicionado ao resultado líquido da atividade rural no período de apuração da alienação.

Não faz jus ao benefício a pessoa jurídica rural que direcionar a utilização do bem exclusivamente para outras atividades estranhas à atividade rural própria.

No período de apuração em que o bem totalmente depreciado, em virtude da depreciação incentivada, for desviado exclusivamente para outras atividades, deve-se adicionar ao resultado líquido da atividade rural o saldo da depreciação complementar existente na Parte B do Lalur.

Retornando o bem a ser utilizado na produção rural própria da pessoa jurídica, esta pode voltar a fazer jus ao benefício da depreciação incentivada, excluindo do resultado líquido da atividade rural, no período, a diferença entre o custo de aquisição do bem e a depreciação acumulada até a época, fazendo-se os devidos registros na Parte B do Lalur.

Notas

(1) A Ficha 09B é preenchida pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

(2) A Ficha 09C é preenchida pelas entidades seguradoras, de previ-dência e capitalização.

2.2 Instruções de preenchimento

Seguem as instruções de preenchimento das linhas da Ficha 09A:

Linha 09A/01 - Lucro Líquido antes do IRPJ

Valor da Linha 06A/80.

Linha 09A/02 - Ajuste do Regime Tributário de Transição (RTT)

Indicar, nesta linha, o valor do ajuste do RTT quando o ajuste for positivo ou negativo.

Notas

(1) O ajuste será positivo quando o valor do Lucro Líquido antes do Imposto de Renda apurado de acordo com a Lei nº 6.404/1976, com as alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 e pela Lei nº 11.941/2009, for inferior ao valor do Lucro Líquido antes do Imposto de Renda apurado de acordo com a Lei nº 6.404/1976, considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

(2) O ajuste será negativo quando o valor do Lucro Líquido antes do Imposto de Renda apurado de acordo com a Lei nº 6.404/1976, com as alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 e pela Lei nº 11.941/2009, for superior ao valor do Lucro Líquido antes do Imposto de Renda apurado de acordo com a Lei nº 6.404/1976, considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

(3) Em suma, o ajuste, positivo ou negativo, corresponderá ao valor líquido dos lançamentos referentes a receitas e despesas expurgados e/ou inseridos no Programa Validador e Assinador da Entrada de Dados para o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont), aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 967/2009.

Linha 09A/03 - Lucro Líquido após Ajuste do RTT

Resultados dos valores informados nas Linhas 09A/01 e 09A/02.

Adições

Linha 09A/04 - Custos - Soma das Parcelas Não Dedutíveis

Valores informados na coluna “Parcelas Não Dedutíveis” das Linhas 04A/52 e 04A/69.

Linha 09A/05 - Despesas Operacionais - Soma das Parcelas Não Dedutíveis

Valores informados na coluna “Parcelas Não Dedutíveis” das Linhas 05A/36 e 05A/58.

Linha 09A/06 - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

Valor da CSLL da Linha 07A/79. Esse valor é indedutível para fins de apuração do lucro real (Lei nº 9.316/1996, art. 1º).

Linha 09A/07 - Lucros Disponibilizados no Exterior

Indicar, nesta linha, os lucros auferidos no exte-rior, por intermédio de filiais, sucursais, controladas ou coligadas, que tiverem sido disponibilizados para

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24-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

a pessoa jurídica domiciliada no Brasil no curso do ano-calendário (Lei nº 9.532/1997, art. 1º, § 1º; Lei nº 9.959/2000, art. 3º; Medida Provisória nº 1.991-15/2000, art. 35, e reedições; Medida Provisória nº 2.158-34/2001, art. 74).

Em caso de apuração trimestral do imposto, tais lucros devem ser informados na coluna relativa ao 4º trimestre.

Nota

Os lucros são considerados disponibilizados para a empresa no Brasil, no caso de filial, sucursal, coligadas ou controladas, na data do balanço em que tiverem sido apurados.

No caso de encerramento do processo de liquidação da empresa no Brasil, os recursos correspondentes aos lucros auferidos no exterior, por intermédio de suas filiais, sucursais, controladas e coligadas, ainda não tributados no Brasil, são considerados disponibilizados na data do balanço de encerramento, devendo, nessa mesma data, ser computados para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL.

No caso de encerramento de atividades da filial, sucursal, controlada ou coligada, domiciliadas no exterior, os lucros auferidos por seu intermédio, ainda não tributados no Brasil, são considerados disponibilizados, devendo ser computados, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, no balanço levantado em 31 de dezembro do respectivo ano-calendário ou na data do encerramento das atividades da empresa no Brasil.

Os lucros ainda não tributados no Brasil, auferidos por filial, sucursal, controlada ou coligada, domiciliadas no exterior, cujo patrimônio for absorvido por pessoa jurídica sediada no Brasil, em virtude de incorporação, fusão ou cisão, são computados, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, no balanço levantado em 31 de dezembro do ano-calendário do evento.

No caso de cisão, total ou parcial, a responsabilidade da cindida e de cada sucessora é proporcional aos valores, respectivamente, remanescentes e absorvidos do patrimônio líquido.

Ocorrendo a absorção do patrimônio da filial, sucursal, controlada ou coligada por empresa sediada no exterior, os lucros ainda não tributados no Brasil, apurados até a data do evento, são considerados disponibilizados, devendo ser computados, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL da beneficiária no Brasil, no balanço levantado em 31 de dezembro do ano-calendário do respectivo evento.

Na hipótese de alienação do patrimônio da filial ou sucursal, ou da participação societária em controlada ou coligada, no exterior, os lucros ainda não tributados no Brasil devem ser considerados, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL da alienante no Brasil, no balanço levantado em 31 de dezembro do ano-calendário em que ocorrer a alienação.

Os lucros a serem adicionados à base de cálculo do lucro presumido são considerados por seus valores antes de haver o desconto do tributo pago no país de origem.

Os créditos de Imposto de Renda de que trata o art. 26 da Lei nº 9.249/1995, relativos a lucros auferidos no exterior, somente serão compensados com o Imposto de Renda devido no Brasil se os referidos lucros forem computados na base de cálculo do imposto, no Brasil, até o final do 2º ano-calendário subsequente ao de sua apuração.

No caso de a pessoa jurídica possuir atividade geral e rural, os lucros disponibilizados no exterior devem ser informados na coluna “Atividade Geral”.

Linha 09A/08 - Rendimentos e Ganhos de Capital Auferidos no Exterior

Indicar, nesta linha, os rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior, os quais devem ser con-siderados por seus valores antes de ser descontado

o tributo pago no país de origem (Instrução Normativa SRF nº 213/2002, art. 1º, § 7º).

No caso de apuração trimestral, os rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior excluídos nos 1º, 2º e 3º trimestres na apuração do lucro real referente a esses períodos (Linha 09A/57) devem ser adicionados, nesta linha, na coluna do 4º trimestre (Lei nº 9.249/1995, art. 25; Lei nº 9.532/1997, art. 1º; Instrução Normativa SRF nº 213/2002, art. 9º).

Os créditos do Imposto de Renda de que trata o art. 26 da Lei nº 9.249/1995, relativos a rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior, somente serão compensados com o Imposto de Renda devido no Brasil se os referidos rendimentos e ganhos de capital forem computados na base de cálculo do imposto no Brasil até o final do 2º ano-calendário subsequente ao de sua apuração.

Nota

Os rendimentos e ganhos de capital no exterior devem ser informados na coluna “Atividade Geral”.

Linha 09A/09 - Ajustes Decorrentes de Métodos - Preços de Transferências

Informar, nesta linha, os ajustes decorrentes da aplicação de métodos de preços de transferências, conforme o disposto nos arts. 18 a 24 da Lei nº 9.430/1996, demonstrados na Fichas 30 - Operações com o Exterior - Exportações (Entradas de Divisas) - e na Ficha 32 - Operações com o Exterior - Importações (Saídas de Divisas).

Nota

O excesso de custo de aquisição de bens, direitos e serviços impor-tados de empresas vinculadas e considerado indedutível, quando a pessoa jurídica opte por adicioná-lo, somente por ocasião da realização por aliena-ção ou baixa a qualquer título do bem, direito ou serviço adquirido, deve ser informado nesta linha.

Linha 09A/10 - Ajustes Decorrentes de Emprés-timos com Pessoas Vinculadas ou Situadas em País com Tributação Favorecida (Lei nº 12.249/2010, arts. 24 e 25)

Informar, nesta linha, os juros pagos ou creditados por fonte situada no Brasil à pessoa física ou jurídica:

I - vinculada nos termos do art. 23 da Lei nº 9.430/1996, residente ou domiciliada no exte-rior, não constituída em país ou dependência com tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegiado, não dedutíveis, para fins de de-terminação do lucro real, observado o dispos-to no art. 24 da Lei nº 12.249/2010;

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24-04 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

II - residente, domiciliada ou constituída no exte-rior, em país ou dependência com tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegia-do, nos termos dos arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430/1996, não dedutíveis, para fins de deter-minação do lucro real, observado o disposto no art. 25 da Lei nº 12.249/2010.

Linha 09A/11 - Ajustes Decorrentes de Operações com Pessoas Situadas em País com Tributação Favorecida (Lei nº 12.249/2010, art. 26)

Informar, nesta linha, as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a qualquer título, direta ou indiretamente, a pessoas físi-cas ou jurídicas residentes ou constituídas no exterior e submetidas a um tratamento de país ou dependên-cia com tributação favorecida ou sob regime fiscal privilegiado, na forma dos arts. 24 e 24-A da Lei nº 9.430/1996, consideradas não dedutíveis na determi-nação do lucro real, observado o disposto no art. 26 da Lei nº 12.249/2010.

Linha 09A/12 - Variações Cambiais Passivas (Medida Provisória nº 1.858-10/1999, art. 30)

Esta linha deve ser preenchida somente pelas pessoas jurídicas que optaram por considerar, para fins de determinação da base de cálculo do Imposto de Renda, da CSL, da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, o valor correspondente às variações monetárias das obrigações e direitos de crédito, em função da taxa de câmbio, quando da liquidação da correspondente operação (Medida Provisória nº 1.858-10/1999, art. 30, e reedições).

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à va-riação cambial passiva, informado na Linha 07A/45, ainda que tal variação corresponda a operação liqui-dada no período de apuração.

Notas

(1) A opção pelo reconhecimento das variações cambiais, quando da liquidação das correspondentes operações, será definitiva para todo o ano-calendário (Medida Provisória nº 1.858-10/1999, art. 30, e reedições).

(2) No caso de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias em função da taxa de câmbio, em ano-calendário subsequente devem ser observadas as normas expedidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), em especial a Instrução Normativa RFB nº 1.079/2010.

(4) Desde 1º.01.2000, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, são consideradas, para efeito de determinação da base de cálculo do Imposto de Renda, da CSL, da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, bem assim da determinação do lucro da exploração, quando da liquidação da correspondente operação, conforme disposto no art. 30 da Medida Provisória nº 1.858-10/1999, e reedições, e na Instrução Normativa SRF nº 345/2003.

O disposto nesta nota não se aplica às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido que estejam reconhecendo integralmente suas receitas na medida do recebimento.

À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na determinação da base de cálculo de todos os tributos e contribuições referidos no parágrafo anterior, segundo o regime de competência. Esta opção aplicar-se-á a todo o ano-calendário.

Vale destacar que:

1) desde o ano-calendário de 2011 (Instrução Normativa RFB nº 1.079/2010):

a) o direito de efetuar a opção pelo regime de competência somente pode ser exercido no mês de janeiro; e

b) o direito de alterar o regime adotado na forma do item “a”, no decor-rer do ano-calendário, é restrito aos casos em que ocorra elevada oscilação da taxa de câmbio;

2) considera-se elevada oscilação da taxa de câmbio aquela superior a percentual determinado pelo Poder Executivo.

O contribuinte deve efetuar o acompanhamento individualizado de cada operação a fim de apurar os valores que devem compor o lucro da exploração e a base de cálculo do Imposto de Renda, da CSLL, das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins, e realizar o controle no Lalur.

(4) Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias para o regime de competência, devem ser computadas, na base de cálculo do IRPJ e da CSLL, em 31 de dezembro do período de encerramento do ano precedente ao da opção, as variações monetárias incorridas até essa data, inclusive as de períodos anteriores.

Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias pelo regime de competência para o regime de reconhecimento quando da liquidação da operação, no período de apuração em que ocorrer essa liquidação devem ser computadas, na base de cálculo do IRPJ e da CSLL, as variações monetárias relativas ao período de 1º de janeiro do ano-calendário da opção até a data da liquidação.

Linha 09A/13 - Variações Cambiais Ativas - Operações Liquidadas (Medida Provisória nº 1.858-10/1999, art. 30)

Esta linha deve ser preenchida exclusivamente pelas pessoas jurídicas que optaram pelo reconheci-mento, na determinação do lucro real e do lucro da exploração, das variações monetárias, em função da taxa de câmbio, quando da liquidação da correspon-dente operação (Medida Provisória nº 1.858-10/1999, art. 30, e reedições).

Deve ser informado, nesta linha, o valor das variações cambiais ativas verificadas a contar de 1º.01.2000, cujas operações tenham sido liquidadas no período de apuração.

Nota

À medida que for liquidada a operação que deu origem ao saldo de variação cambial, devem ser consideradas realizadas as variações ocorridas tanto no próprio período de apuração quanto em períodos de apuração ante-riores que tenham sido excluídas na determinação do lucro real (Ficha 09A, linha 56) e do lucro da exploração (Ficha 08, linha 36).

Linha 09A/14 - Ajustes por Diminuição no Valor de Investimentos Avaliados pelo Patrimônio Líquido

Corresponde aos valores informados nas Linhas 07A/53 e 07A/56.

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24-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

Linha 09A/15 - Amortização de Ágio nas Aquisições de Investimentos Avaliados pelo Patrimônio Líquido

Indicar, nesta linha, o valor da amortização registrada no período na Linha 07A/54, referente ao ágio nas aquisições de investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

Nota

O valor amortizado deve ser adicionado ao lucro líquido, para deter-minação do lucro real, e controlado na Parte B do Livro de Apuração do Lu-cro Real até a alienação ou baixa da participação societária, quando, então, pode ser excluído do lucro líquido, para determinação do lucro real.

Linha 09A/16 - Perdas em Operações Realizadas no Exterior

Indicar, nesta linha:

a) as perdas incorridas em operações efetuadas no exterior e reconhecidas nos resultados da pessoa jurídica (Instrução Normativa SRF nº 213/2002, art. 1º, § 8º);

b) as perdas de capital apuradas pela pessoa ju-rídica no exterior.

As perdas de capital decorrentes de aplicações e operações efetuadas no exterior, pela própria empresa brasileira, não podem ser deduzidas, na determinação do lucro real, nem compensadas com lucros produzidos no Brasil. A indedutibilidade da perda de capital aplica-se, inclusive, em relação às alienações de filiais e sucursais e de participações societárias em pessoas jurídicas domiciliadas no ex-terior (Instrução Normativa SRF nº 213/2002, art. 12).

Nota

As perdas em operações realizadas no exterior devem somente ser informadas na coluna “Atividade Geral”.

Linha 09A/17 - Excesso de Juros sobre o Capital Próprio Pago ou Creditado

Indicar, nesta linha, o valor correspondente aos juros pagos ou creditados a titular, sócios ou acionis-tas, a título de remuneração do capital próprio, que exceder 50% do maior dos seguintes valores (Lei nº 9.249/1995, art. 9º, § 1º; Ato Declaratório Normativo Cosit nº 13/1996):

a) do lucro líquido correspondente ao período de apuração do pagamento ou crédito dos juros antes da provisão para o Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros; ou

b) dos saldos de lucros acumulados e reser-vas de lucros de períodos anteriores (Lei nº 9.430/1996, art. 78).

Nota

Para os fins do cálculo da remuneração de juros sobre o capital próprio, não é considerado, salvo se adicionado ao lucro líquido para determinação do lucro real e da base de cálculo da CSL, o valor:

a) da reserva de reavaliação de bens e direitos da pessoa jurídica;

b) da reserva especial relativa à correção monetária especial das con-tas do ativo, apurada na forma do Decreto nº 332/1991, com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), prevista no art. 460 do RIR/1999;

c) da reserva de reavaliação de bens imóveis e patentes, capitalizada e não computada para fins do lucro real, nos termos dos arts. 436 e 437 do RIR/1999.

O valor determinado conforme as instruções desta linha será transpor-tado automaticamente pelo programa gerador da declaração (PGD) para a Linha 17/17.

Linha 09A/18 - Juros sobre Capital Próprio (JCP) Recebidos - Investimento Avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial

Indicar, nesta linha, os valores recebidos pelas companhias abertas a título de remuneração do capital próprio, contabilizados como crédito contra conta de investimento, quando estes forem avaliados pelo método de equivalência patrimonial e desde que os JCP estejam ainda integrando o patrimônio líquido da empresa investida ou nos casos em que os juros recebidos já estiverem compreendidos no valor pago pela aquisição do investimento. Tais valores não foram contabilizados como receita (Deliberação CVM nº 683/2012 e Circular Bacen nº 2.739/1997).

Linha 09A/19 - Reserva Especial - Realização (Lei nº 8.200/1991, art. 2º)

Indicar, nesta linha, o valor da parcela realizada da reserva especial, de acordo com o art. 2º da Lei nº 8.200/1991. O valor da reserva especial, mesmo que incorporado ao capital, será adicionado ao lucro líquido, proporcionalmente à realização dos bens ou direitos mediante alienação, depreciação, amorti-zação, exaustão ou baixa a qualquer título (Decreto nº 332/1991, art. 45, §§ 3º e 4º). A capitalização da reserva especial não implica a sua realização para efeitos fiscais.

Linha 09A/20 - Dispêndios em Pesquisa Científica e Tecnológica e de Inovação Tecnológica por ICT ou Entidades Científicas e Tecnológicas, sem Fins Lucrativos ou Entidades Científicas e Tecnológicas Privadas, sem Fins Lucrativos (Lei nº 11.196/2005, art.19-A)

Indicar, nesta linha, o valor dos dispêndios regis-trados como despesa ou custo operacional realizados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação tecnológica executado por ICT, a que se refere a Lei nº 10.973/2004, art. 2º, caput, V.

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24-06 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

Linha 09A/21 - Dispêndios com Pesquisa Tecnoló-gica e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica - Reversão da Amortização/Depreciação (Lei nº 11.196/2005, art. 26, § 3º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação ou amortização relativo aos dispêndios a que se refere a Linha 09A/56, registrado na escritura-ção comercial no período.

Linha 09A/22 - Realização de Reserva de Reavaliação

Indicar, nesta linha, o valor da reserva de reava-liação baixada durante o período de apuração, cuja contrapartida não tenha sido computada no resultado do período de apuração (trimestral ou anual).

A reserva de reavaliação constituída por empresa investidora em virtude de reavaliação de bens na coli-gada ou controlada, baixada no curso do período de apuração (trimestral ou anual) não será computada nesta linha quando o valor dessa reserva já tiver sido objeto da incidência do IRPJ na coligada ou contro-lada.

Notas

(1) A contrapartida da reavaliação de quaisquer bens da pessoa jurídica somente poderá ser computada em conta de resultado ou na determinação do lucro real quando ocorrer a efetiva realização do bem reavaliado (Lei nº 9.959/2000, art. 4º).

(2) Desde 1º.01.2008, a legislação societária (Lei nº 6.404/1976, art. 182, § 3º) não admite mais a reavaliação dos elementos do Ativo para as sociedades por ações. Assim, ao dar nova redação à letra “d” do § 2º do art. 178, ao § 3º do art. 182 e ao revogar o § 2º do art. 187 da Lei nº 6.404/1976, a Lei nº 11.638/2007 eliminou a possibilidade de as sociedades por ações efetuarem reavaliações espontâneas do seu Ativo Imobilizado.

O art. 6º da Lei nº 11.638/2007 deu ainda opção às companhias de manterem os saldos existentes dessa reserva, que deverão ser realizados de acordo com as regras atuais (no caso das companhias abertas, nos termos da Deliberação CVM nº 183/1995) ou de estornarem esses saldos até 31.12.2008.

Segundo a legislação do Imposto de Renda (RIR/1999, arts. 434 e 435), a contrapartida do aumento de valor de bens do Ativo, em virtude de nova avaliação baseada em laudo, não será computada na determinação do lucro real enquanto mantida em conta de reserva de reavaliação.

O valor da reserva de reavaliação deve ser computado na determinação do lucro real, em cada período de apuração, no montante do aumento do valor dos bens reavaliados que tenha sido realizado no período, inclusive mediante:

a) alienação, sob qualquer forma;

b) depreciação, amortização ou exaustão; ou

c) baixa por perecimento.

Até 31.12.1999, por força do disposto no RIR/1999, art. 435, I, o valor da reserva de reavaliação que fosse utilizado para aumento do capital social também devia ser computado na determinação do lucro real.

Todavia, desde 1º.01.2000, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.959/2000, art. 4º, a contrapartida da reavaliação de quaisquer bens da pessoa jurídica somente deve ser computada em conta de resultado ou na

determinação do lucro real e da base de cálculo da CSL quando ocorrer a efetiva realização do bem reavaliado.

A reserva de reavaliação é considerada realizada na proporção em que se realizarem os bens reavaliados e deve ser transferida para lucros ou prejuízos acumulados sem transitar pelas contas do resultado.

Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), tal reserva não poderá ser utilizada para aumento de capital ou amortização de prejuízo enquanto não for realizada.

Devem ser considerados como realizados os valores de reavaliação na medida da ocorrência dos seguintes fatos:

a) depreciação, amortização ou exaustão do valor correspondente à reavaliação dos bens computados como custo ou despesa opera-cional no período;

b) baixa dos bens reavaliados em virtude de alienação ou perecimento;

c) baixa de investimentos em controladas ou coligadas que tenham bens reavaliados.

(3) Cabe lembrar que, no período de 1º.01.1997 a 31.12.1999, foi eliminada a proibição fiscal de utilização da contrapartida da reavaliação de bens para compensar prejuízos fiscais enquanto não houvesse sido efetivada a realização do bem objeto da reavaliação (Lei nº 9.430/1996, art. 88, XVII). Contudo, desde 1º.01.2000, a contrapartida da reavaliação de quaisquer bens da pessoa jurídica somente deve ser computada em conta de resultado ou na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL quando ocorrer a efetiva realização do bem reavaliado (Lei nº 9.959/2000, art. 4º).

Linha 09A/23 - Perdas de Capital por Variação Percentual em Participação Societária Avaliada pelo Patrimônio Líquido

Informar, nesta linha, a perda de capital resul-tante de redução, por variação percentual, do valor do patrimônio líquido de investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial (Linha 07A/71).

Linha 09A/24 - Deságio Amortizado Anteriormente à Alienação ou Baixa de Investimentos

Indicar, nesta linha, o valor do deságio amortizado anteriormente e controlado na Parte B do Lalur, em razão da alienação ou baixa do investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial.

Linha 09A/25 - Prêmios na Emissão de Debêntures - Destinação Diversa

Indicar, nesta linha, o valor dos prêmios recebidos na emissão de debêntures, excluído da apuração do lucro real, nos termos do art. 19 da Lei nº 11.941/2009, quando seja dada destinação diversa à reserva de lucros específica.

Nota

O prêmio na emissão de debêntures será tributado caso seja dada destinação diversa a reserva de lucros específica, inclusive nas hipóteses de:

a) capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de prêmios na emissão de debêntures;

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24-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

b) restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos 5 anos anteriores à data da emissão das debên-tures com o prêmio, com posterior capitalização do valor do prêmio, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de prêmios na emissão de debêntures; ou

c) integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

Linha 09A/26 - Doações e Subvenções para Investimento - Destinação Diversa

Indicar, nesta linha, o valor das doações e subven-ções para investimentos recebidas do Poder Público, excluído da apuração do lucro real, nos termos do art. 18 da Lei nº 11.941/2009, quando seja dada destina-ção diversa à reserva de lucros a que se refere o art. 195-A da Lei nº 6.404/1976.

Nota

As doações e subvenções serão tributadas caso seja dada destinação diversa à reserva de lucros a que se refere o art. 195-A da Lei nº 6.404/1976, inclusive nas hipóteses de:

a) capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de doações ou subvenções gover-namentais para investimentos;

b) restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos 5 anos anteriores à data da doação ou da subvenção, com posterior capitalização do valor da doação ou da subvenção, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de doa-ções ou de subvenções governamentais para investimentos; ou

c) integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

Linha 09A/27 - Realização de Receitas Originárias de Planos de Benefícios Administrados por Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Lei nº 11.948/2009, art. 5º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente ao reconhecimento da realização das receitas origi-nárias de planos de benefícios administrados por entidades fechadas de previdência complementar (pessoa jurídica patrocinadora) que foram registradas contabilmente pelo regime de competência, na forma estabelecida pela CVM ou outro órgão regulador.

Linha 09A/28 - Remuneração da Prorrogação da Licença-Maternidade (Lei nº 11.770/2008, art. 5º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente ao total da remuneração integral da empregada pago nos 60 dias de prorrogação de sua licença-maternidade, por ser não dedutível como despesa operacional.

Linha 09A/29 - Despesas e Custos com Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos e Processos Inovadores em Empresas e Entidades Nacionais Realizados com

Recursos de Subvenções Governamentais (Lei nº 10.973/2004, art. 19)

Indicar, nesta linha, no período de recebimento da subvenção, o valor empregado dos recursos decor-rentes das subvenções governamentais de que trata o art. 19 da Lei nº 10.973/2004, inclusive as despesas e custos já considerados na base de cálculo em pe-ríodos anteriores ao do recebimento da subvenção, conforme disposto no § 1º e no inciso I do § 2º do art. 30 da Lei nº 12.350/2010.

Linha 09A/30 - Despesas e Custos com Remuneração de Pesquisadores Empregados em Atividades de Inovação Tecnológica em Empresas no País Realizados com Recursos de Subvenções Governamentais (Lei nº 11.196/2005, art. 21)

Indicar, nesta linha, no período de recebimento da subvenção, o valor do empregado dos recursos decorrentes das subvenções governamentais de que trata o art. 21 da Lei nº 11.196/2005, inclusive as despesas e custos já considerados na base de cálculo em períodos anteriores ao do recebimento da subvenção, conforme disposto no § 1º e no inciso I do § 2º do art. 30 da Lei nº 12.350/2010.

Linha 09A/31 - Tributos com Exigibilidade Suspensa

Indicar, nesta linha, o valor correspondente aos tributos cuja exigibilidade esteja suspensa, nos ter-mos da Lei nº 5.172/1966, art. 151, II a V, haja ou não depósito judicial, se esses tributos e contribuições tiverem sido computados na demonstração do lucro líquido.

Linha 09A/32 - Resultados Negativos com Atos Cooperativos

As sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na legislação específica indicarão, nesta linha, os resultados negativos das operações reali-zadas com seus associados.

Não deve preencher esta linha a cooperativa de consumo que tenha por objeto a compra e o forneci-mento de bens aos consumidores (Lei nº 9.532/1997, art. 69; Parecer Normativo CST nº 38/1980; Ato Declaratório Normativo Cosit nº 4/1999).

Linha 09A/33 - Custos e Despesas Vinculados às Receitas da Atividade Imobiliária Tributadas pelo Regime Especial de Tributação (RET)

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24-08 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

Informar nesta linha o valor relativo ao somatório dos custos e despesas próprios das incorporações imobiliárias inscritas no RET, inclusive no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), de que tratam os arts. 1º a 4º da Lei nº 10.931/2004, alterados pelo art. 1º da Lei nº 12.024/2009, tendo em vista que o pagamento do IRPJ equivalente a 7%, 6%, 4% ou 1% da receita mensal recebida, conforme o caso, relativo a essa atividade, é considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela incor-poradora.

Linha 09A/34 - Custos e Despesas Vinculados às Receitas da Atividade de Construção no Âmbito do PMCMV

Informar, nesta linha, o valor relativo ao somatório dos custos e despesas próprios das construções de unidades habitacionais contratadas no âmbito do PMCMV, de que trata o art. 2º da Lei nº 12.024/2009, tendo em vista que o pagamento do IRPJ equivalente a 1% da receita mensal recebida no caso de declara-ção relativa a evento de cisão, fusão ou incorporação de pessoa jurídica ou de encerramento de atividade que ocorrerem a contar de 1º.01.2013, tendo em vista que o pagamento do IRPJ, relativo a essa atividade, é considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela construtora.

Linha 09A/35 - Custos e Despesas Vinculados às Receitas da Atividade de Construção ou Reforma de Estabelecimentos de Educação Infantil

Informar nesta linha o valor relativo ao somatório dos custos e despesas próprios das construções ou reformas de estabelecimentos de educação infantil de que trata os arts. 24 a 27 da Lei nº 12.715/2012, tendo em vista que o pagamento do IRPJ equivalente a 1% da receita mensal recebida, relativo a essa atividade, é considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela construtora.

Linha 09A/36 - Parcela dos Lucros de Contratos de Construção por Empreitada ou Fornecimento, Celebrados com Pessoa Jurídica de Direito Público

Indicar, nesta linha, a parcela do valor do lucro que houver sido excluída em período de apuração anterior, proporcional à receita recebida no próprio período de apuração, inclusive mediante resgate ou alienação, sob qualquer forma, de títulos públicos ou

certificados de securitização, emitidos especifica-mente para quitação desses créditos, decorrente de contratos de construção por empreitada ou de forneci-mento, a preço predeterminado, de bens ou serviços, celebrados com pessoa jurídica de direito público ou empresa sob seu controle, empresa pública, socie-dade de economia mista ou sua subsidiária (Lei nº 8.003/1990, art. 3º; Lei nº 9.711/1998, art. 18).

Linha 09A/37 - Parcela de Aporte de Recursos nos Contratos de Parceria Público-Privada para Construção ou Aquisição de Bens Reversíveis - Reversão (Lei nº 11.079/2004, art. 6º, §§ 2º a 4º)

Indicar, nesta linha, a parcela do valor do lucro que houver sido excluída, na proporção em que o custo para realização de obras e aquisição de bens a que se refere o § 2º do art. 6º da Lei nº 11.079/2004 for realizado, inclusive mediante depreciação ou extinção da concessão.

Linha 09A/38 - Participações Não Dedutíveis

Incluir os valores das participações indicadas na Linha 07A/76 e o montante daquelas consignadas nas Linhas 07A/74, 07A/75 e 07A/77 que não satisfaçam as condições de dedutibilidade previstas na legisla-ção tributária.

Linha 09A/39 - Depreciação/Amortização Incenti-vada - Reversão (Lei nº 11.196/2005, art. 17, III e IV, e art. 20)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada contábil relativo a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumen-tos, novos, depreciados aceleradamente, de que trata o inciso III do art. 17 da Lei nº 11.196/2005, ou depreciados integralmente conforme as alterações introduzidas no texto do inciso III pelo art. 4º da Lei nº 11.774/2008, a partir do período de apuração em que o total da depreciação acumulada, incluindo a contá-bil e a acelerada ou integral (Lalur), atingir o custo de aquisição do bem que está sendo depreciado.

Caso a pessoa jurídica não tenha registrado a amortização acelerada incentivada, prevista no inciso IV do art. 17 da Lei nº 11.196/2005, direta-mente na contabilidade, fazendo sua exclusão via Lalur, também deve ser informado nesta linha o valor correspondente à amortização acelerada a partir do período de apuração em que o total da amortização acumulada, incluindo a contábil e a acelerada (Lalur), atingir o custo de aquisição do bem intangível que está sendo depreciado.

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24-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

Notas

(1) A depreciação acelerada multiplicada por 2 aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, adquiridos antes das alterações introduzidas pelo art. 4º da Lei nº 11.774/2008, exceto para efeito de apuração da base de cálculo da CSL.

(2) A depreciação integral aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, adquiridos após as alterações introduzidas pelo art. 4º da Lei nº 11.774/2008, inclusive para efeito de apuração da base de cálculo da CSLL.

Linha 09A/40 - Depreciação Acelerada Incentivada - Reversão (Lei nº 11.196/2005, art. 31)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada a partir do pe-ríodo de apuração em que o total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada (Lalur), atingir o custo de aquisição do bem que está sendo depreciado.

O benefício aplica-se a máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, destinados à incorporação ao ativo imobilizado de empreendimento aprovado para instalação, ampliação, modernização ou diversificação de atividade em setores da econo-mia considerados prioritários para o desenvolvimento regional, em microrregiões menos desenvolvidas loca-lizadas nas áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), conforme a tipologia da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) de que trata o Anexo II ao Decreto nº 6.047/2007.

Nota

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha consiste na depreciação integral, no próprio ano da aquisição.

Linha 09A/41 - Depreciação Acelerada Incentivada - Atividade de Hotelaria - Reversão (Lei nº 11.727/2008, art. 1º, § 3º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada a partir do pe-ríodo de apuração em que o total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada (Lalur), atingir o custo de aquisição do bem que está sendo depreciado.

O benefício se aplica à pessoa jurídica que explore a atividade de hotelaria, que poderá utilizar depreciação acelerada incentivada de bens móveis integrantes do ativo imobilizado, adquiridos no pe-ríodo de 03.01.2008 até 31.12.2010.

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação da taxa de depreciação admitida pela legislação tributária, sem prejuízo da depreciação contábil.

Linha 09A/42 - Depreciação Acelerada Incentivada - Fabricante de Veículos e Autopeças - Reversão (Lei nº 11.774/2008, art. 11, § 3º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada a partir do pe-ríodo de apuração em que o total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada (Lalur), atingir o custo de aquisição do bem que está sendo depreciado.

O benefício se aplica às empresas industriais fabricantes de veículos e de autopeças que terão direito à depreciação acelerada sobre máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, relacionados em regulamento, adquiridos entre 01.05.2008 e 31.12.2010, destinados ao ativo imo-bilizado e empregados em processo industrial do adquirente.

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por 4, sem prejuízo da depreciação normal.

A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470/1958.

Linha 09A/43 - Depreciação Acelerada Incentivada - Fabricante de Bens de Capital - Reversão (Lei nº 11.774/2008, art. 12, § 3º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada a partir do pe-ríodo de apuração em que o total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada (Lalur), atingir o custo de aquisição do bem que está sendo depreciado.

O benefício se aplica às pessoas jurídicas fabricantes de bens de capital que terão direito à depreciação acelerada sobre máquinas, equipa-mentos, aparelhos e instrumentos, novos, adquiridos entre 1º.05.2008 e 31.12.2010, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial do adquirente.

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24-10 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por 4, sem prejuízo da depreciação normal.

A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470/1958.

Linha 09A/44 - Depreciação Acelerada - Veículos Automóveis Adquiridos para Transporte de Mercado-rias - Reversão (Lei 12.788/2013, art. 1º, I)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada a partir do pe-ríodo de apuração em que o total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada (Lalur), atingir o custo de aquisição do bem que está sendo depreciado.

O benefício aplica-se a veículos automóveis para transporte de mercadorias, novos, adquiridos ou objeto de contrato de encomenda entre 1º.09 e 31.12.2012, destinados à incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente, de acordo com o estabe-lecido no inciso I do art. 1º da Lei nº 12.788/2013.

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por 3, sem prejuízo da depreciação normal.

A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470/1958.

Nota

Esta linha só terá seu preenchimento habilitado para as declarações relativas ao ano-calendário de 2013.

Linha 09A/45 - Depreciação Acelerada - Vagões, Locomotivas, Locotratores e Tênderes - Reversão (Lei nº 12.788/2013, art. 1º, II)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada a partir do pe-ríodo de apuração em que o total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada (Lalur), atingir o custo de aquisição do bem que está sendo depreciado.

O benefício aplica-se a vagões, locomotivas, locotratores e tênderes, novos, adquiridos ou objeto de contrato de encomenda entre 1º.09 e 31.12.2012,

destinados à incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente, de acordo com o estabe-lecido no inciso II do art. 1º da Lei nº 12.788/2013.

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por 3, sem prejuízo da depreciação normal.

A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470/1958.

Nota

Esta linha só terá seu preenchimento habilitado para as declarações relativas ao ano-calendário de 2013.

Linha 09A/46 - Depreciação Acelerada - Máquinas, Equipamentos, Aparelhos e Instrumentos (Medida Provisória nº 582/2012, art. 4º, § 4º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada a partir do pe-ríodo de apuração em que o total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada (Lalur), atingir o custo de aquisição do bem que está sendo depreciado.

O benefício aplica-se a máquinas, instrumentos, aparelhos e instrumentos, novos, relacionados em regulamento, adquiridos ou objeto de contrato de encomenda entre 16.09 e 31.12.2012, destinados à incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente, de acordo com o estabelecido no art. 4º da lei nº 12.794/2013.

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação adicional da taxa de depreciação usualmente admitida, sem preju-ízo da depreciação normal.

A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470/1958.

Nota

Esta linha só terá seu preenchimento habilitado para as declarações relativas ao ano-calendário de 2013.

Linha 09A/47 - Depreciação/Amortização Acelerada Incentivada - Demais Hipóteses de Reversão

Devem ser informados, nesta linha:

a) o valor correspondente à depreciação normal do bem constante da escrituração comercial

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24-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

a partir do período de apuração em que o to-tal da depreciação acumulada, incluindo a normal (contábil) e acelerada (Lalur), atingir o custo de aquisição do bem, o qual compre-enderá, obrigatoriamente, o total do encargo computado no resultado em cada período de apuração (trimestral ou anual) do imposto;

b) o encargo de depreciação normal constante da escrituração comercial de bem integrante do ativo imobilizado, exceto a terra nua, utili-zado na exploração da atividade rural, a partir do período de apuração seguinte ao da aqui-sição deste (Lei nº 8.023/1990, art. 12, § 2º; Medida Provisória nº 1.673-28/1998, art. 5º, e reedições), o qual compreenderá, obrigatoria-mente, o total do encargo computado no resul-tado em cada período de apuração (trimestral ou anual) do imposto;

c) o saldo da depreciação, existente na Parte B do Lalur, no caso de alienação dos bens do ativo imobilizado.

Para mais informações sobre esses benefícios, consultar os Pareceres Normativos CST nºs 1 e 19/1982.

Notas

(1) Esta linha também será utilizada pelas empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas de geração de energia elétrica, para informar a reversão do valor da diferença entre o valor do encargo decorrente das taxas anuais de depreciação fixadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e o valor do encargo contabilizado decorrente das taxas anuais de depreciação fixadas pela legislação específica aplicável aos bens do ativo imobilizado, exceto terrenos, adquiridos ou construídos por tais empresas (Lei nº 11.196/2005, art. 37).

(2) Esta linha também será utilizada: pelas empresas titulares de Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (PDTI) e Programa de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário (PDTA), aprovados até 31.12.2005 (arts. 495 e 504, III, do Decreto nº 3.000/1999) para informar o valor correspondente à amortização normal do ativo intangível constante da escrituração comercial a partir do período de apuração em que o total da amortização acumulada, incluindo a normal (contábil) e acelerada (Lalur), atingir o custo de aquisição do ativo intangível.

Linha 09A/48 - Perdas Incorridas no Mercado de Renda Variável no Período de Apuração, exceto Day-Trade

Deve ser indicado, nesta linha, o valor das perdas, excedentes aos ganhos auferidos no mesmo período de apuração, decorrentes de aplicações no mercado de renda variável, exceto day-trade.

As perdas incorridas em operações no mercado de renda variável de titularidade de instituição finan-ceira, sociedade de seguro, de previdência privada aberta e de capitalização, sociedade corretora de títulos, valores mobiliários e câmbio, sociedade distri-

buidora de títulos e valores mobiliários ou sociedade de arrendamento mercantil podem ser compensadas integralmente (Lei nº 8.981/1995, art. 77, III; Lei nº 9.249/1995, art. 12; Lei nº 8.981/1995, art. 77, I; Lei nº 9.065/1995, art. 1º).

Notas

(1) As perdas incorridas no mercado de renda variável, exceto day-trade, devem ser informadas na coluna “Atividade Geral”.

(2) As perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade) deverão ser informadas na Linha 09A/43.

Linha 09A/49 - Perdas em Operações Day-Trade no Período de Apuração

As perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade ) devem ser adicionadas pelo seu valor total.

Nota

No caso de a pessoa jurídica possuir atividade geral e rural, as perdas em operações day-trade devem somente ser informadas na coluna “Ativida-de Geral”.

Linha 09A/50 - Outras Adições

Indicar, nesta linha, os demais valores a serem adicionados ao lucro líquido, na determinação do lucro real, que não se classifiquem em qualquer das linhas anteriores, tais como:

a) o valor do ágio que, somado ao prejuízo fiscal de períodos anteriores, exceder a 30% do lu-cro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação aplicável, quando se tratar de instituições participantes do Progra-ma de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro, de que trata a Lei nº 9.710/1998, cujo processo de incorporação tenha ocorrido até 31.12.1996;

b) os juros, decorrentes de empréstimos, pagos ou creditados a empresa controlada ou coli-gada, independentemente do local de seu do-micílio, incidentes sobre valor equivalente aos lucros não disponibilizados por empresas con-troladas, domiciliadas no exterior (Medida Pro-visória nº 1.991-15/2000, art. 35, e reedições);

c) o valor dos prejuízos havidos na alienação de participações integrantes do ativo circulante ou do ativo realizável a longo prazo, com de-ságio superior a 10% dos respectivos valores de aquisição, caso a venda não tenha sido realizada em bolsa de valores ou, onde esta não existir, não tenha sido efetuada por meio de leilão público, com divulgação do respec-tivo edital, na forma da lei, durante 3 dias no período de um mês (RIR/1999, art. 393);

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24-12 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

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Imposto de Renda e Legislação Societária

d) os dispêndios efetuados pela microempresa e a empresa de pequeno porte sujeitas ao lucro real com a execução por encomenda de proje-to de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica por encomenda (Lei nº 11.196/2005, art. 18, §§ 2º e 3º).

Linha 09A/51 - SOMA DAS ADIÇÕES

Somatório dos valores informados nas Linhas 09A/04 a 09A/50.

EXCLUSÕES

Linha 09A/52 - (-) Reversão dos Saldos das Provisões Não Dedutíveis

Informar, nesta linha, o montante da reversão dos saldos das provisões não dedutíveis e o montante dos créditos deduzidos a título de provisão para créditos de liquidação duvidosa que tenham sido recuperados, em qualquer época ou a qualquer título, inclusive nos casos de novação da dívida ou do arresto dos bens recebidos em garantia real.

Os bens recebidos a título de quitação do débito serão escriturados pelo valor do crédito ou avaliados pelo valor definido na decisão judicial que tenha determinado sua incorporação ao patrimônio do cre-dor (Lei nº 9.430/1996, art. 12).

Linha 09A/53 - (-) Lucros e Dividendos Derivados de Investimentos Avaliados pelo Custo de Aquisição

Informar, nesta linha, o valor dos lucros derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição no País, inclusive da sociedade em conta de par-ticipação (SCP), que, em observância à legislação pertinente, podem ser excluídos do lucro líquido para fins de determinação do lucro real.

Linha 09A/54 - (-) Ajustes por Aumento no Valor de Investimentos Avaliados pelo Patrimônio Líquido

Informar, nesta linha, o valor dos resultados positivos auferidos em participações societárias, relativos aos investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial, e os resultados positivos auferidos pelas SCP, que, em observância à legisla-ção pertinente, podem ser excluídos do lucro líquido para fins de determinação do lucro real.

Nota

Consideram-se controlados a filial, a agência, a sucursal, a dependência ou o escritório de representação no exterior sempre que os respectivos ativos e passivos não estejam incluídos na contabilidade da investidora, por força de normatização específica.

Linha 09A/55 - (-) Amortização de Deságio nas Aquisições de Investimentos Avaliados pelo Patrimônio Líquido

Indicar, nesta linha, o valor da amortização registrada no período (Linha 07A/26), referente ao deságio nas aquisições de investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

Nota

O valor amortizado que for excluído do lucro líquido para determinação do lucro real deve ser controlado na Parte B do Lalur até a alienação ou baixa da participação societária, quando, então, deve ser adicionado ao lucro líquido para determinação do lucro real no período de apuração em que for computado o ganho ou perda de capital havido.

Linha 09A/55 - (-) Ágio Amortizado Anteriormente à Alienação ou Baixa de Investimentos

Indicar, nesta linha, o valor do ágio amortizado anteriormente e controlado na Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), em razão da alienação ou baixa do investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial.

Linha 09A/57 - (-) Rendimentos e Ganhos de Capital Auferidos no Exterior

As pessoas jurídicas submetidas à apuração trimestral do imposto poderão informar, nesta linha, o valor relativo aos rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior do 1º ao 3º trimestres do ano-calendário.

Notas

(1) O valor excluído nos 3 primeiros trimestres do ano-calendário deverá ser adicionado ao lucro líquido para fins de determinação do lucro real no 4º trimestre, na Linha 09A/08.

(2) Os rendimentos e ganhos de capital no exterior deverão ser informados na coluna “Atividade Geral”.

Linha 09A/58 - (-) Variações Cambiais Ativas (Medida Provisória nº 1.858-10/1999, art. 30)

Esta linha deve ser preenchida somente pelas pessoas jurídicas que optaram por considerar, para fins de determinação da base de cálculo do Imposto de Renda, da CSL, da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, o valor correspondente às variações monetárias das obrigações e direitos de crédito, em função da taxa de câmbio, quando da liquidação da correspondente operação (Medida Provisória nº 1.858-10/1999, art. 30, e reedições).

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à variação cambial ativa, informado na Linha 07A/19,

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24-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

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ainda que tal variação corresponda a operação liqui-dada no período de apuração.

Notas

(1) A opção pelo reconhecimento das variações cambiais, quando da liquidação das correspondentes operações, será definitiva para todo o ano-calendário (Medida Provisória nº 1.858-10/1999, art. 30, e reedições).

(2) No caso de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias, em função da taxa de câmbio, em anos-calendário subsequentes, deve ser observada a Instrução Normativa RFB nº 1.079/2010.

Linha 09A/59 - (-) Variações Cambiais Passivas - Operações Liquidadas (Medida Provisória nº 1.858-10/1999, art. 30)

Esta linha deve ser preenchida exclusivamente pelas pessoas jurídicas que optaram, a contar de 1º.01.2000, pelo reconhecimento, na determinação do lucro real e do lucro da exploração, das variações monetárias, em função da taxa de câmbio, quando da liquidação da correspondente operação (Medida Provisória nº 1.858-10/1999, art. 30, e reedições).

Deve ser informado, nesta linha, o valor das variações cambiais passivas verificadas a contar de 1º.01.2000, cujas operações tenham sido liquidadas no período de apuração.

Nota

À medida que for liquidada a operação que deu origem ao saldo de va-riação cambial, devem ser consideradas realizadas as variações, ocorridas tanto no próprio período de apuração, quanto em períodos de apuração an-teriores, que tenham sido adicionadas na determinação do lucro real (Linha 09A/12) e do lucro da exploração (Linha 08/24).

Linha 09A/60 - (-) Dispêndios em Pesquisa Tecno-lógica e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica (Lei nº 11.196/2005, art. 26, § 1º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente a até 160% dos dispêndios realizados no período de apura-ção com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, relativamente às atividades de informática e automação.

A dedução somente pode ser efetuada pelas pessoas jurídicas que utilizarem os benefícios de que tratam as Leis nº 8.248/1991, nº 8.387/1991 e nº 10.176/2001.

A exclusão poderá chegar a (Decreto nº 5.798/2006, art. 16):

a) 170% no caso de a pessoa jurídica incremen-tar o número de pesquisadores, contratados no ano-calendário de gozo do incentivo, em até 5%, em relação à média de empregados

pesquisadores com contratos em vigor no ano-calendário anterior ao de gozo do incenti-vo; e

b) até 180%, no caso de a pessoa jurídica incre-mentar o número de pesquisadores contrata-dos no ano-calendário de gozo do incentivo em percentual acima de 5%, em relação à mé-dia de empregados pesquisadores com con-tratos em vigor no ano-calendário anterior ao de gozo do incentivo.

A partir do período de apuração em que ocorrer a dedução, o valor da depreciação ou amortização relativo aos dispêndios, conforme o caso, registrado na escrituração comercial deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real.

Para efeito deste benefício, consideram-se ativi-dades de informática e automação as exploradas com o intuito de produzir os seguintes bens e serviços:

a) componentes eletrônicos a semicondutor, op-toeletrônicos, bem como os respectivos insu-mos de natureza eletrônica;

b) máquinas, equipamentos e dispositivos base-ados em técnica digital, com funções de co-leta, tratamento, estruturação, armazenamen-to, comutação, transmissão, recuperação ou apresentação da informação, seus respecti-vos insumos eletrônicos, partes, peças e su-porte físico para operação;

c) programas para computadores, máquinas, equipamentos e dispositivos de tratamento da informação e respectiva documentação técni-ca associada (software);

d) serviços técnicos associados aos bens e ser-viços descritos nos itens “a”, “b” e “c”;

e) aparelhos telefônicos por fio, com unidade de auscultador-microfone sem fio, que incor-porem controle por técnicas digitais, códi-go 8517.11.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM);

f) terminais portáteis de telefonia celular, código 8517.12.31 da NCM; ou

g) unidades de saída por vídeo (monitores), clas-sificadas nas subposições 8528.41 e 8528.51 da NCM, desprovidas de interfaces e circuita-rias para recepção de sinal de rádiofrequên-cia ou mesmo vídeo composto, próprias para operar com máquinas, equipamentos ou dis-positivos baseados em técnica digital da po-sição 8471 da NCM (com funções de coleta, tratamento, estruturação, armazenamento, co-

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24-14 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

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Imposto de Renda e Legislação Societária

mutação, transmissão, recuperação ou apre-sentação da informação).

Linha 09A/61 - (-) Ganhos de Capital por Variação Percentual em Participação Societária Avaliada pelo Patrimônio Líquido

Informar, nesta linha, o ganho de capital resul-tante de acréscimo, por variação percentual, do valor do patrimônio líquido de investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial (Linha 07A/67).

Linha 09A/62 - (-) Prêmios na Emissão de Debêntures

Indicar, nesta linha, o valor dos prêmios recebidos na emissão de debêntures.

Notas

(1) A pessoa jurídica poderá excluir o valor decorrente de prêmios recebidos na emissão de debêntures, reconhecido no exercício, para fins de apuração do lucro real caso mantenha em reserva de lucros específica a parcela decorrente de prêmio na emissão de debêntures, apurada até o limite do lucro líquido do exercício.

(2) O prêmio na emissão de debêntures será tributado caso seja dada destinação diversa da que está prevista na nota 1 anterior, inclusive nas hipóteses de:

a) capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de prêmios na emissão de debêntures;

b) restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos 5 anos anteriores à data da emissão das debên-tures com o prêmio, com posterior capitalização do valor do prêmio, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de prêmios na emissão de debêntures; ou

c) integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

Linha 09A/63 - (-) Doações e Subvenções para Investimento

Indicar, nesta linha, o valor das subvenções para investimento recebidas, inclusive mediante isenção ou redução de impostos concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos eco-nômicos, e as doações recebidas do Poder Público.

Nota

A assistência governamental toma muitas formas, variando sua natureza ou condições. O propósito da assistência pode ser o de encorajar a entidade a seguir certo rumo que ela normalmente não teria tomado se a assistência não fosse proporcionada. A contabilização deve sempre seguir a essência econômica.

O recebimento da assistência governamental por uma entidade pode ser significativo para a preparação das demonstrações contábeis em razão da necessidade de identificar método apropriado para sua contabilização, bem como para indicar a extensão pela qual a entidade se beneficiou de tal assistência durante o período coberto pelas demonstrações. Isso permite a comparação das demonstrações contábeis entre períodos e entre entidades diferentes.

A subvenção governamental é também designada por subsídio, incentivo fiscal, doação, prêmio etc.

Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita, ao longo do período, confrontada com as despesas que se pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições do CPC 07 (R1) - Subvenção e Assistência Governamentais. A subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido.

O tratamento contábil da subvenção governamental como receita deriva dos seguintes principais argumentos:

a) uma vez que a subvenção governamental é recebida de uma fonte que não os acionistas e deriva de ato de gestão em benefício da entidade, não deve ser creditada diretamente no patrimônio líquido, mas, sim, reconhecida como receita nos períodos apropriados;

b) subvenção governamental apenas excepcionalmente é gratuita. A entidade ganha efetivamente essa receita quando está de acordo com as regras das subvenções e cumpre determinadas obrigações. A subvenção, dessa forma, deve ser reconhecida como receita na demonstração do resultado nos períodos ao longo dos quais a enti-dade reconhece os custos relacionados à subvenção que são objeto de compensação;

c) assim como os tributos são despesas reconhecidas na demonstra-ção do resultado, é lógico registrar a subvenção governamental, que é, em essência, uma extensão da política fiscal, como receita na demonstração do resultado.

Linha 09A/64 - (-) Receitas Originárias de Planos de Benefícios Administrados por Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Lei nº 11.948/2009, art. 5º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente às receitas originárias de planos de benefícios admi-nistrados por entidades fechadas de previdência complementar registradas contabilmente pelo regime de competência pela pessoa jurídica patrocinadora, na forma estabelecida pela Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão regulador, para reconheci-mento na data de sua realização.

Linha 09A/65 - (-) Receitas de Subvenções Governamentais para Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos e Processos Inovadores em Empresas e Entidades Nacionais (Lei nº 10.973/2004, art. 19)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente ao recebimento de recursos financeiros, humanos, materiais ou de infraestrutura, destinados a apoiar atividades de pesquisa e desenvolvimento, para aten-der às prioridades da Política Industrial e Tecnológica Nacional (subvenções econômicas), nos termos do art. 19 da Lei nº 10.973/2004, tendo em vista o dis-posto no art. 30 da Lei nº 12.350/2010.

Linha 09A/66 - (-) Receitas de Subvenções Governamentais para Remuneração de Pesquisadores Empregados em Atividades de Inovação Tecnológica em Empresas no País (Lei nº 11.196/2005, art. 21)

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24-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

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Manual de Procedimentos

Indicar, nesta linha, o valor correspondente ao recebimento de subvenção para a remuneração de pesquisadores, titulados como mestres ou doutores, empregados em atividades de inovação tecnológica em empresas localizadas no território brasileiro, nos termos do art. 21 da Lei nº 11.196/2005, tendo em vista o disposto no art. 30 da Lei nº 12.350/2010.

Linha 09A/67 - (-) Rendimentos Tributados Exclusivamente na Fonte (Lei nº 12.431/2011, arts. 2º e 3º)

Indicar, nesta linha, o valor dos rendimentos produzidos por debêntures e cotas de fundo de investimento a que se referem os arts. 2º e 3º da Lei nº 12.431/2010, sujeitos à incidência do imposto sobre a renda, exclusivamente na fonte.

Linha 09A/68 - (-) Resultados Não Tributáveis de Sociedades Cooperativas

As sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na legislação específica indicarão, nesta linha, os resultados positivos das operações reali-zadas com seus associados.

Não deve preencher esta linha a cooperativa de consumo que tenha por objeto a compra e o forneci-mento de bens aos consumidores (Lei nº 9.532/1997, art. 69; Parecer Normativo CST nº 38/1980; Ato Declaratório Normativo Cosit nº 4/1999).

Linha 09A/69 - (-) Receitas da Atividade Imobiliária Tributadas pelo RET

Informar nesta linha o valor relativo ao somatório das receitas próprias das incorporações imobiliárias inscritas no Regime Especial de Tributação (RET), inclusive no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), de que tratam os arts. 1º a 4º da Lei nº 10.931/2004, alterados pelo art. 1º da Lei nº 12.024/2009, tendo em vista que o pagamento do IRPJ equivalente a 4% ou 1% da receita mensal recebida, conforme o caso, relativo a essa atividade, é considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela incorporadora.

Linha 09A/70 - (-) Receitas da Atividade de Construção no Âmbito do PMCMV

Informar nesta linha o valor relativo ao somatório das receitas próprias das construções de unidades habitacionais contratadas no âmbito do PMCMV, de

que trata o art. 2º da Lei nº 12.024/2009, tendo em vista que o pagamento do IRPJ equivalente a 1% da receita mensal recebida no caso de declaração relativa a evento de cisão, fusão ou incorporação de pessoa jurídica ou de encerramento de atividade que ocorrerem a contar de 1º.01.2013, tendo em vista que o pagamento do IRPJ, relativo a essa atividade, é considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela construtora.

Linha 09A/71 - (-) Receitas da Atividade de Construção ou Reforma de Estabelecimentos de Educação Infantil

Informar nesta linha o valor relativo ao somatório das receitas próprias das construções ou reformas de estabelecimentos de educação infantil de que trata os arts. 24 a 27 da Lei nº 12.715/2012, tendo em vista que o pagamento do IRPJ equivalente a 1% da receita mensal recebida, relativo a essa atividade, é conside-rado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese, direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela construtora.

Linha 09A/72 - (-) Parcela dos Lucros de Contratos de Construção por Empreitada ou Fornecimento, Celebrados com Pessoa Jurídica de Direito Público

Indicar, nesta linha, a parcela dos lucros decor-rentes de contratos de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços celebrados com pessoa jurídica de direito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, computada no resultado do período de apuração, proporcional à receita de tais opera-ções consideradas nesse resultado e não recebida até a data do balanço de encerramento do mesmo período de apuração (Lei nº 8.003/1990, art. 3º, e Ato Declaratório Normativo CST nº 5/1991).

Também poderá ser incluída, nesta linha, a parcela dos lucros decorrentes dos contratos referidos quando os créditos com essas pessoas jurídicas forem quitados pelo Poder Público com títulos de sua emissão, inclusive com certificados de securitização, emitidos especificamente para essa finalidade. Tal parcela deve ser adicionada no período de apuração do resgate desses títulos ou de sua alienação sob qualquer forma (Lei nº 9.711/1998, art. 18).

No caso de subcontratação de parte da emprei-tada ou fornecimento, o direito ao diferimento cabe

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24-16 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

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Imposto de Renda e Legislação Societária

também à empreiteira ou fornecedora, na proporção da sua participação na receita a receber. A parcela excluída nos termos desta linha deve ser adicionada ao resultado do período de apuração (apuração tri-mestral ou anual) em que a receita for recebida.

Linha 09A/73 - (-) Aporte de Recursos nos Contratos de Parceria Público-Privada para Construção ou Aquisição de Bens Reversíveis (Lei nº 11.079/2004, art. 6º, §§ 2º e 4º)

Indicar, nesta linha, o valor do aporte dos recursos realizado nos contratos de parceria público-privada para construção ou aquisição de bens reversíveis, nos termos do § 2º do art. 6º da Lei nº 11.079/2004.

Linha 09A/74 - (-) Juros Produzidos por Notas do Tesouro Nacional - NTN (Lei nº 10.179/2001, art. 1º, III)

Informar, nesta linha, somente o valor dos juros produzidos por NTN, série A1, emitidas para troca por Bônus da Dívida Externa Brasileira que foram objeto de permuta por dívida externa do setor público, registrada no Banco Central do Brasil, por meio do Brazil Investment Bond Exchange Agreement, cujas características estão definidas no § 1º do art. 7º do Decreto nº 3.859/2001, isentos de Imposto de Renda com base no art. 4º da Lei nº 10.179/2001.

Linha 09A/75 - (-) Dispêndios com Inovação Tecnológica (Lei nº 11.196/2005, art. 19)

Indicar, nesta linha:

a) o valor relativo aos dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnoló-gica e desenvolvimento de inovação tecnoló-gica, classificáveis como despesas pela legis-lação do IRPJ, excluído do lucro líquido (Lei nº 11.196/2005, art. 19);

Notas

(1) Para fins de exclusão, devem ser observados os seguintes percentuais (Decreto nº 5.798/2006, art. 8º, § 1º):

a) até 60% da soma dos dispêndios realizados no período de apura-ção;

b) até 80% dos dispêndios, no caso de a pessoa jurídica incrementar o número de pesquisadores contratados no ano-calendário de gozo do incentivo em percentual acima de 5%, em relação à média de pesquisadores com contratos em vigor no ano-calendário anterior ao de gozo do incentivo; e

c) até 70%, no caso de a pessoa jurídica incrementar o número de pes-quisadores contratados no ano-calendário de gozo do incentivo até 5%, em relação à média de pesquisadores com contratos em vigor no ano-calendário anterior ao de gozo do incentivo.

(2) A pessoa jurídica que se dedica exclusivamente à pesquisa tecnológica e ao desenvolvimento de inovação tecnológica, para fins de cálculo dos percentuais em questão, poderá considerar os sócios que atuem

com dedicação de pelo menos 20 horas semanais na atividade de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica explorada pela própria pessoa jurídica (Decreto nº 5.798/2006, art. 8º, § 3º).

b) o valor correspondente a até 20% da soma dos dispêndios ou pagamentos vinculados à pes-quisa tecnológica e ao desenvolvimento de inovação tecnológica objeto de patente conce-dida ou cultivar registrado (Lei nº 11.196/2005, art. 19, § 3º; Decreto nº 5.798/2006, art. 9º, § 4º).

Nota

A exclusão prevista nesta linha fica limitada ao valor do lucro real antes da própria exclusão, vedado o aproveitamento de eventual excesso em pe-ríodo de apuração posterior, exceto para a pessoa jurídica que se dedique exclusivamente à pesquisa tecnológica e ao desenvolvimento de inovação tecnológica (Lei nº 11.196/2005, art. 19, §§ 5º e 6º).

Linha 09A/76 - (-) Dispêndios em Pesquisa Científica e Tecnológica e de Inovação Tecnológica por ICT ou Entidades Científicas e Tecnológicas Privadas, sem Fins Lucrativos (Lei nº 11.196/2005, art. 19-A)

Indicar, nesta linha, o valor dos dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tec-nológica e de inovação tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica (ICT), a que se refere o inciso V do caput do art. 2º da Lei nº 10.973/2004 (Lei nº 11.196/2005, art. 19-A; Decreto nº 6.260/2007, art. 1º).

Considera-se ICT o órgão ou a entidade da admi-nistração pública que tenha por missão institucional, dentre outras, executar atividade de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico.

A exclusão (Lei nº 11.196/2005, art. 19-A, § 1º; Decreto nº 6.260/2007, art. 1º, § 1º):

a) terá valor correspondente, à opção da pessoa jurídica, a no mínimo a metade e no máximo duas vezes e meia o valor dos dispêndios efe-tuados, observado o disposto no art. 3º e seu § 2º e no art. 5º do Decreto nº 6.260/2007;

b) deverá ser efetuada no período de apuração em que os recursos forem despendidos e fi-cará limitada ao valor do lucro real antes da própria exclusão, vedado o aproveitamento de um eventual excesso em período posterior.

Nota

O incentivo fiscal de que trata o art. 19-A não pode ser cumulado com o regime de incentivos fiscais à pesquisa tecnológica e à inovação tecnoló-gica, previsto nos arts. 17 e 19 da Lei nº 11.196/2005, nem com a dedução a que se refere o inciso II, § 2º, do art. 13 da Lei nº 9.249/1995, relativamente a projetos desenvolvidos pela ICT com recursos despendidos na forma do caput do referido art. 19-A (Lei nº 11.196/2005, art. 19-A, § 11; Decreto nº 6.260/2007, art. 4º).

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24-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

Linha 09A/77 - (-) Atividade Audiovisual (Decreto nº 3.000/1999, art. 372)

Indicar nesta linha as quantias referentes a investimento em projeto previamente aprovado pela Ancine para a produção de obra audiovisual cine-matográfica brasileira de produção independente (Decreto nº 6.304/2007, art. 3º, I) e para a produção cinematográfica (em áreas específicas) de exibição, distribuição e infraestrutura técnica, cujo projeto tenha sido apresentado por empresa brasileira (Decreto nº 6.304/2007, art. 3º, II).

Nota

Os investimentos nos projetos produzidos com os recursos decorren-tes da opção por aplicar 3% das importâncias relativas a rendimentos ou remuneração, pagos, creditados, empregados, remetidos ou entregues aos produtores, distribuidores ou intermediários no exterior, pela exploração no País de obras cinematográficas e videofonográficas ou por sua aquisição ou importação a preço fixo, bem como qualquer montante referente a aquisição ou licenciamento de qualquer forma de direitos, em contrapartida da isen-ção da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) de que trata o inciso X do art. 39 da Medida Provisória nº 2.228-1/2001, não podem ser excluídos (Decreto nº 6.304/2007, art. 15).

Linha 09A/78 - (-) Depreciação Integral / Amortização Acelerada (Lei nº 11.196/2005, art. 17, III e IV, e art. 20)

Esta linha é utilizada para as exclusões relativas aos benefícios de depreciação e amortização acele-rada incentivada previstos no art. 17, incisos III e IV, e art. 20 da Lei nº 11.196/2005.

Indicar, nesta linha:

a) o valor da depreciação acelerada incentiva-da, calculada pela aplicação da taxa de de-preciação usualmente admitida, multiplicada por 2, de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, destinados à utilização nas atividades de pesquisa tecnológica e de-senvolvimento de inovação tecnológica (Lei nº 11.196/2005, art. 17, inciso III);

b) o valor da depreciação integral incentivada, de máquinas, equipamentos, aparelhos e ins-trumentos, novos (Lei nº 11.196, de 2005, art. 17, inciso III), adquiridos após as alterações introduzidas pelo art. 4º da Lei nº 11.774/2008;

c) o valor correspondente à amortização acele-rada dos dispêndios relativos à aquisição de bens intangíveis, vinculados exclusivamente às atividades de pesquisa tecnológica e de-senvolvimento de inovação tecnológica, caso a pessoa jurídica não tenha registrado a amor-tização acelerada incentivada diretamente na

contabilidade, fazendo sua exclusão via Lalur (Lei nº 11.196/2005, art. 17, inciso IV);

d) o valor do saldo não depreciado ou não amor-tizado relativo a instalações fixas, aparelhos, máquinas e equipamentos, destinados à utili-zação em projetos de pesquisa e desenvolvi-mento tecnológico, metrologia, normalização técnica e avaliação da conformidade, aplicá-veis a produtos, processos, sistemas e pesso-al, procedimentos de autorização de registros, licenças, homologações e suas formas corre-latas, bem como relativos a procedimentos de proteção de propriedade intelectual, no pe-ríodo de apuração em que for concluída sua utilização (Lei nº 11.196/2005, art. 20).

Notas

(1) A depreciação acelerada multiplicada por 2 aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, adquiridos antes das alterações introduzidas pelo art. 4º da Lei nº 11.774/2008; contudo, não é aplicável para efeito de apuração da base de cálculo da CSLL.

(2) A depreciação integral aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, adquiridos após as alterações introduzidas pelo art. 4º da Lei nº 11.774/2008, inclusive para efeito de apuração da base de cálculo da CSLL.

(3) A pessoa jurídica beneficiária da depreciação ou amortização acelerada referida nos itens “a” e “c” anteriores (incisos III e IV do art. 17 da Lei nº 11.196/2005) não poderá utilizar-se do benefício de que trata o item “d” (art. 20 da Lei nº 11.196/2005) relativamente aos mesmos ativos.

Linha 09A/79 - (-) Depreciação Acelerada Incentivada (Lei nº 11.196/2005, art. 31)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, destinados à incorporação ao ativo imobilizado de empreendimento aprovado para instalação, amplia-ção, modernização ou diversificação de atividade em setores da economia considerados prioritários para o desenvolvimento regional, em microrregiões menos desenvolvidas localizadas nas áreas de atuação da Sudene e da Sudam, conforme a tipologia da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) de que trata o Anexo II ao Decreto nº 6.047/2007.

Nota

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha consiste na depreciação integral, no próprio ano da aquisição.

Linha 09A/80 - (-) Depreciação Acelerada Incen-tivada - Atividade de Hotelaria (Lei nº 11.727/2008, art. 1º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada sobre bens móveis integrantes do ativo imobilizado, adquiridos no

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24-18 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

período de 03.01.2008 até 31.12.2010 pelas pessoas jurídicas que explorem a atividade de hotelaria.

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação da taxa de depreciação admitida pela legislação tributária, sem prejuízo da depreciação contábil.

Linha 09A/81 - (-) Depreciação Acelerada Incentivada - Fabricante de Veículos e Autopeças (Lei nº 11.774/2008, art. 11, § 1º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada sobre máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, rela-cionados em regulamento, adquiridos pelas empresas industriais fabricantes de veículos e de autopeças entre 1º.05.2008 e 31.12.2010, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial do adquirente.

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por 4, sem prejuízo da depreciação normal.

A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470/1958.

Linha 09A/82 - (-) Depreciação Acelerada - Fabricante de Bens de Capital (Lei nº 11.774/2008, art. 12, § 1º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada sobre máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, adquiridos pelas pessoas jurídicas fabricantes de bens de capital, entre 1º.05.2008 e 31.12.2010, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial do adquirente.

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por 4, sem prejuízo da depreciação normal.

A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470/1958.

Linha 09A/83 - (-) Depreciação Acelerada - Veículos Automotores Adquiridos para Transporte de Mercadorias (Lei nº 12.788/2013, art. 1º, I)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada sobre os veículos automóveis para transporte de mercadorias, novos, adquiridos ou objeto de contrato de encomenda entre 1º.09 e 31.12.2012, destinados à incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente, de acordo com o estabelecido no inciso I do art. 1º da Lei nº 12.788/2013.

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por 3, sem prejuízo da depreciação normal.

A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470/1958.

Linha 09A/84 - (-) Depreciação Acelerada - Vagões , Locomotivas, Locotratores e Tênderes (Lei nº 12.788/2013, art. 1º, II)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada sobre vagões, locomotivas, locotratores e tênderes, novos, adquiri-dos ou objeto de contrato de encomenda entre 1º.09 e 31.12.2012, destinados à incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente, de acordo com o estabelecido no inciso II, art. 1º, da Lei nº 12.788/2013.

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por 3, sem prejuízo da depreciação normal.

A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470/1958.

Linha 09A/85 - (-) Depreciação Acelerada - Máquinas, Equipamentos, Aparelhos e Instrumentos (Lei nº 12.794/2013, art. 4º)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à depreciação acelerada incentivada sobre máquinas, instrumentos, aparelhos e instrumentos, novos, rela-cionados em regulamento, adquiridos ou objeto de contrato de encomenda entre 16.09 e 31.12.2012, destinados à incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente, de acordo com o estabe-lecido no § 1º do art. 4º da Lei nº 12.794/2013.

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24-19Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

A depreciação acelerada incentivada prevista nesta linha é calculada pela aplicação adicional da taxa de depreciação usualmente admitida, sem preju-ízo da depreciação normal.

Linha 09A/86 - (-) Depreciação/Amortização Ace-lerada Incentivada - Demais Hipóteses

Esta linha é utilizada para as exclusões relativas aos benefícios de depreciação e amortização acele-rada incentivada.

As empresas que exerçam, simultaneamente, atividades comerciais e industriais poderão utilizar o benefício em relação aos bens destinados exclusiva-mente à atividade industrial.

Para fins de determinação do valor a ser excluído a título de depreciação acelerada incentivada, relativo a cada bem objeto do benefício, devem ser observadas as disposições dos arts. 313 a 323 do RIR/1999. Para mais informações sobre esses benefícios, consultar os Pareceres Normativos CST nºs 1 e 19/1982.

Nota

Esta linha será utilizada pelas empresas titulares de PDTI e PDTA, apro-vados até 31.12.2005, para a exclusão relativa ao benefício da amortização acelerada incentivada de que tratam os arts. 495 e 504, III, do RIR/1999.

Linha 09A/87 - (-) Exaustão Incentivada

Esta linha será utilizada pelas empresas de mineração para exclusão da quota de exaustão mineral incentivada de que tratam os arts. 331 a 333 do Decreto nº 3.000/1999 e os Pareceres Normativos CST nºs 153/1972 e 44/1977.

Linha 09A/88 - (-) Perdas Incorridas no Mercado de Renda Variável - Períodos de Apuração Anteriores

Incluir, nesta linha, as perdas incorridas no mer-cado de renda variável em períodos de apuração anteriores, não compensadas com ganhos líquidos nas mesmas operações naqueles períodos. O valor a ser indicado nesta linha limita-se ao valor dos ganhos líquidos auferidos nas operações de mesma natureza no próprio período de apuração, devidamente com-putado no lucro líquido.

Notas

(1) O disposto no parágrafo anterior não se aplica às operações day-trade.

(2) As perdas incorridas no mercado de renda variável, exceto em operações day-trade, deverão ser informadas na coluna “Atividade Geral”.

Linha 09A/89 - (-) Divulgação Eleitoral Gratuita

As emissoras de rádio e televisão obrigadas à divulgação da propaganda eleitoral e partidária gratuitas e as empresas concessionárias de serviços públicos de telecomunicações obrigadas ao tráfego gratuito de sinais de televisão e rádio podem informar, nesta linha, o valor relativo a tais gastos apurado de acordo com regulamentação do Poder Executivo.

Nota

As emissoras de rádio e televisão obrigadas à divulgação gratuita da propaganda partidária e eleitoral, de plebiscitos e referendos podem efetuar a compensação fiscal, na apuração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), inclusive da base de cálculo dos recolhimentos mensais previstos na legislação fiscal, e da base de cálculo do IRPJ devido com base no lucro presumido, conforme previsto na Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995, art. 52, parágrafo único), na Lei nº 9.504/1997, art. 99, que estabelece normas gerais para as eleições, e no Decreto nº 7.791/2012, que dispõe sobre o cálculo da compensação fiscal, que se dará mensalmente, de acordo com seguinte procedimento:

a) parte-se do preço dos serviços de divulgação de mensagens de propaganda comercial, fixados em tabela pública pelo veículo de divulgação, para o mês de veiculação da propaganda partidária e eleitoral, do plebiscito ou referendo;

b) apura-se o “valor do faturamento” com base na tabela a que se refe-re a letra “a”, conforme segue:

b.1) parte-se do volume de serviço de divulgação de mensagens de propaganda comercial local efetivamente prestado pelo veículo de divulgação no mês da veiculação da propaganda partidária e eleitoral, do plebiscito ou referendo;

b.2) classifica-se o volume de serviço da alínea “b.1” por faixa de horário, identificando-se o respectivo valor com base na tabela pública para veiculações comerciais locais;

b.3) para cada faixa de horário, multiplica-se o respectivo valor uni-tário de prestação de serviço pelo volume de serviço a ela rela-tivo; e

b.4) o somatório dos resultados da multiplicação referida na alínea “b.3”, para cada faixa de horário, corresponde ao “valor do fatu-ramento”, com base na tabela pública;

c) apura-se o “valor efetivamente faturado” no mês de veiculação da propaganda partidária ou eleitoral com base nos documentos fiscais emitidos pelos serviços de divulgação de mensagens de propagan-da comercial local efetivamente prestados;

d) calcula-se o coeficiente percentual entre os valores apurados confor-me previsto nas letras “b” e “c”, de acordo com a seguinte fórmula:

Coeficiente percentual =

Valor efetivamente faturado (letra “c”)

x 100Valor do faturamento conforme tabela (letra “b”) x 0,8

e) para cada espaço de serviço de divulgação de mensagens de pro-paganda cedido para o horário eleitoral e partidário gratuito:

e.1) identifica-se, na tabela pública de que trata a letra “a”, o respec-tivo preço, multiplicando-o pelo espaço cedido e por 0,8;

e.2) multiplica-se cada resultado obtido na letra “e.1” por 0,25 no caso de transmissões em bloco, e por 1, no caso de inserções;

e.3) aplica-se sobre cada valor apurado na letra “e.2” o coeficiente percentual a que se refere a letra “d”; e

f) apura-se o somatório dos valores decorrentes da operação de que trata a letra “e.3”.

O valor apurado na forma supramencionada poderá ser excluído:

a) do lucro líquido para determinação do lucro real;

b) da base de cálculo do IRPJ devido mensalmente por estimativa, ou com base em balanço ou balancete de suspensão ou redução, de que trata o art. 2º da Lei nº 9.430/1996; e

c) da base de cálculo do IRPJ incidente sobre o lucro presumido.

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24-20 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

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Imposto de Renda e Legislação Societária

Linha 09A/90 - (-) Custos e Despesas com Capacitação de Pessoal - TI e TIC (Lei nº 11.774/2008, art. 13-A)

Indicar, nesta linha, o valor correspondente à exclusão do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real, dos custos e despesas com capacitação de pessoal que atua no desenvolvimento de programas de computador (softwares) realizados pelas empre-sas dos setores de tecnologia da informação (TI) e de tecnologia da informação e da comunicação (TIC). Esta exclusão fica limitada ao valor do lucro real antes da própria exclusão, vedado o aproveitamento de eventual excesso em período de apuração posterior.

Linha 09A/91 - (-) Outras Exclusões

Indicar, nesta linha, o valor total das exclusões contidas no Lalur, que não se classifiquem em qual-quer das linhas anteriores, a exemplo:

a) do valor dos créditos utilizados corresponden-tes às dívidas novadas do Fundo de Compen-sação de Variações Salariais, como contrapar-tida da aquisição de bens e direitos no âm-bito do Plano de Nacional de Desestatização - PND (Lei nº 10.150/2000, art. 9º);

b) das importâncias auferidas pela microempre-sa e empresa de pequeno porte sujeitas ao lucro real pela execução por encomenda de projeto de pesquisa tecnológica e desenvolvi-mento de inovação tecnológica por encomen-da, desde que utilizadas integralmente na rea-lização do projeto (Lei nº 11.196/2005, art. 18, §§ 2º e 3º);

c) desde que tenham sido contabilizadas como receitas e computadas na apuração do lucro real, por serem isentas do IRPJ, das receitas decorrentes de valores em espécie pagos ou creditados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Imposto sobre Ope-rações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunica-ção (ICMS) e ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), no âmbito de pro-gramas de concessão de crédito voltados ao estímulo à solicitação de documento fiscal na aquisição de mercadorias e serviços (art. 4º da Lei nº 11.945/2009).

Nota

As exclusões do lucro líquido, em anos-calendário subsequentes àque-le em que deveria ter sido procedido o ajuste, não poderão produzir efeito diverso daquele que seria obtido se realizado na data prevista. As exclusões que deixarem de ser procedidas em ano-calendário em que a pessoa jurídica tenha apurado prejuízo fiscal terão o mesmo tratamento deste.

Linha 09A/92 - Soma das Exclusões

Somatório dos valores informados nas Linhas 09A/52 a 09A/91.

Esse valor deve coincidir com a soma das exclusões contidas na demonstração do lucro real do período de apuração transcrito na Parte A do Lalur.

Linha 09A/93 - Lucro Real Antes da Compensação de Prejuízos do Próprio Período de Apuração

Resultado da seguinte operação: Linha 09A/03 mais Linha 09A/51 menos Linha 09A/92.

Este valor corresponde ao lucro real ou prejuízo fiscal compensável do período de apuração. Apurado o prejuízo fiscal, este valor é repetido na Linha 09A/93. Nesse caso, não devem ser preenchidas as Linhas 09A/94 a 09A/95.

Notas

(1) A pessoa jurídica com prejuízo fiscal no período de apuração não deve acumular valores correspondentes a prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores.

(2) As compensações de prejuízos fiscais do próprio período e de pe-ríodos anteriores não poderão ser superiores ao valor do lucro real antes das compensações de prejuízos.

Linha 09A/94 - (-) Atividades em Geral

Valor do prejuízo fiscal apurado na atividade geral, no próprio período de apuração, a ser compensado com o lucro líquido da atividade rural, ajustado pelas adições e exclusões.

Essa compensação não está sujeita ao limite de 30% do lucro líquido ajustado.

Nota

A pessoa jurídica pode compensar o prejuízo fiscal apurado na de-monstração do lucro real e registrado no Lalur, desde que mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do montante do prejuízo fiscal utilizado para a compensação.

O prejuízo fiscal apurado a partir do encerramento do ano-calendário de 1995 pode ser compensado, cumulativamente com os prejuízos fiscais apurados até 31.12.1994, com o lucro líquido ajustado pelas adições e ex-clusões previstas na legislação do Imposto de Renda, observado o limite máximo, para compensação, de 30% do referido lucro líquido ajustado.

A pessoa jurídica pode, ainda, compensar os prejuízos fiscais apura-dos até 31.12.1994, independentemente do prazo previsto na legislação vi-gente à época, se, naquela data, estes fossem passíveis de compensação, na forma da legislação então aplicável.

Linha 09A/95 - (-) Atividade Rural

Informar, nesta linha, o valor do prejuízo fiscal apurado na atividade rural, no próprio período de

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24-21Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

apuração, a ser compensado com o lucro líquido da atividade geral, ajustado pelas adições e exclusões.

Essa compensação não está sujeita ao limite de 30% do lucro líquido ajustado.

Nota

O prejuízo fiscal apurado na atividade rural pode ser compensado com o resultado positivo da mesma atividade, obtido em períodos posteriores, não se lhe aplicando o limite de 30% do lucro líquido ajustado, para fins de redução por compensação de prejuízos fiscais.

O prejuízo fiscal da atividade rural apurado no período pode ser com-pensado com o lucro real das demais atividades apurado no mesmo período, sem limite.

O prejuízo fiscal da atividade rural pode ser compensado com o lucro real de outras atividades, em períodos de apuração subsequentes, observa-do o limite de 30% do lucro líquido ajustado.

Linha 09A/96 - (-) Lucro Real Após a Compensação dos Prejuízos do Próprio Período de Apuração

“Atividades em Geral”: diferença entre os valores informados nas Linhas 09A/93 e 09A/95;

“Atividade Rural”: diferença entre os valores infor-mados nas Linhas 09A/93 e 09A/94.

COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS DE PERÍODOS DE APURAÇÃO ANTERIORES

Linha 09A/97 - (-) Atividades em Geral

A pessoa jurídica, para efetuar a compensação dos prejuízos fiscais relativos a períodos anteriores, deve observar o limite de 30% do valor informado na Linha 09A/93, ainda que a compensação seja efe-tuada com o lucro líquido ajustado da atividade rural (Linha 09A/93, coluna “Atividade Rural”).

O total das compensações informadas nas Linhas 09A/97 a 09A/98 não pode ser superior ao lucro real após a compensação dos prejuízos do próprio pe-ríodo (Linha 09A/96).

Linha 09A/98 - (-) Atividade Rural

A compensação destes prejuízos fiscais origina-dos na atividade rural deve obedecer aos seguintes limites:

a) 30% do valor informado na Linha 09A/93 desta ficha na coluna “Atividades em Geral”;

b) 100% do valor informado na Linha 09A/89 des-ta ficha na coluna “Atividade Rural”.

O total das compensações informadas nas Linhas 09A/97 a 09A/98 não poderá ser superior ao lucro real após a compensação dos prejuízos do próprio período (Linha 09A/96).

Nota

A pessoa jurídica que optar pela apuração do lucro real anual deverá indicar, nesta linha, o valor do prejuízo fiscal a ser compensado, relativo aos anos-calendário de 1991 a 2009.

Linha 09A/99 - Lucro Real

Resultado do valor da Linha 09A/96 diminuído dos valores informados nas Linhas 09A/97a 09A/98, em cada coluna.

O valor indicado nesta linha constitui, quando positivo, a base de cálculo do imposto. Se negativo (prejuízo), seu valor será controlado na Parte B do Lalur, para fins de compensação nos períodos de apuração subsequentes.

Linha 09A/100 - Lucro Real Postergado de Períodos de Apuração Anteriores

Indicar, nesta linha, o valor do lucro postergado de períodos de apuração anteriores em decorrência de inexatidão quanto ao período de escrituração de receitas, rendimentos, custos ou deduções (RIR/1999, art. 273). Incluir, na mesma coluna, a soma dos lucros postergados das atividades em geral e da atividade rural.

Nota

Relativamente a período encerrado a contar de 1º.01.1995, multiplicar a base de cálculo do Imposto de Renda postergado pela alíquota do Imposto de Renda vigente no ano-calendário da postergação.

A pessoa jurídica deve verificar se a soma da base de cálculo do Im-posto de Renda postergado com o lucro real declarado, correspondente ao período de apuração da postergação, excede ou não o limite estabelecido para o cálculo do adicional. Caso exceda, deve calcular o adicional sobre a parcela excedente e incluir o resultado na linha correspondente. Não ha-vendo excesso, não incide o adicional sobre a base de cálculo do Imposto de Renda postergado, ainda que a pessoa jurídica esteja sujeita a este no período de apuração em que está informando o valor do imposto postergado.

3. MODELO DA FICHA 09A

Segue o modelo da Ficha 09A, apenas para fins de demonstração.

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24-22 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

Ficha 09a - Demonstração Do Lucro reaL (LaLur)

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24-23Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

Nota

(1) A Instrução Normativa RFB nº 949/2009 instituiu o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont), destinado obrigatória e exclusivamente às pessoas jurídicas sujeitas cumulativamente ao lucro real e ao RTT. O FCont é uma escrituração, das contas patrimoniais e de resultado, em partidas dobradas, que considera os métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007, aplicados pela legislação tributária. Sua utilização é necessária à realização dos ajustes por esses métodos e critérios para apurar o resultado do período, para fins fiscais, não podendo ser substituída por qualquer outro controle ou memória de cálculo.

(2) A partir de 1º.01.2015 começará a vigorar o novo regime tributário introduzido pela Lei nº 12.973/2014 (resultante da conversão, com emendas, da Medida Provisória nº 627/2013). Entretanto, a pessoa jurídica poderá optar pela aplicação antecipada das disposições contidas nos seus arts. 1º e 2º e 4º a 70 da referida norma, a contar de 1º.01.2014, observando-se que a opção será irretratável e acarretará a aplicação de todas as alterações trazidas pelos artigos mencionados anteriormente, bem como os efeitos das revogações previstas nos incisos I a VI, VIII e X do caput do art. 117, que serão também a contar de 1º.01.2014, na forma, no prazo e nas condições a serem editadas pela RFB (Lei nº 12.973/2014, art. 75 e art. 119, § 1º, II e § 2º, II). Entre as novas disposições, ressalta-se que a Lei nº 12.973/2914, art. 117, X, revogou o RTT (com efeitos a partir de 1º.01.2015, ou a contar de 1º.01.2014, no caso de opção pela aplicação antecipada).

N

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24-24 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

S/A

Capital autorizado SUMÁRIO 1. Previsão legal 2. O que deve constar da autorização 3. Correção monetária 4. Opção de compra de ações 5. Bônus de subscrição

1. PREVISÃO LEGAL

Nos termos da Lei nº 6.404/1976, art. 168, caput (Lei das S/A), o estatuto social da companhia (aberta ou fechada) pode conter autorização para aumento do capital social independentemente de reforma esta-tutária. É o chamado sistema de capital autorizado, que se contrapõe ao do capital fixo.

Adotado esse sistema, a companhia pode ser constituída com capital inferior ao autorizado. Este fica estipulado no estatuto social como um limite até o qual a Assembleia-Geral ou o Conselho de Administração pode deliberar aumento de capital social, sem a necessi- dade de se processar alteração estatutária para tanto.

Notas

(1) Nos termos da Lei das S/A, art. 284, não se aplicam à sociedade em comandita por ações as regras aqui examinadas sobre autorização estatutá-ria de aumento de capital.

(2) As companhias de capital aberto devem também observar o dispos-to na Lei nº 4.728/1965, arts. 45 a 48.

2. O QUE DEVE CONSTAR DA AUTORIZAÇÃO

De acordo com a Lei nº 6.404/1976, art. 168, § 1º, a autorização para aumento do capital social, independentemente de reforma estatutária, deverá especificar:

a) o limite de aumento, em valor do capital ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas;

b) o órgão competente para deliberar sobre as emissões, que poderá ser a Assembleia-Geral ou o Conselho de Administração (observando--se, contudo, que as companhias de capital autorizado, obrigatoriamente, devem ter Con-selho de Administração - Lei das S/A, art. 138, § 2º, e IN DNRC nº 100/2006);

c) as condições a que estiverem sujeitas as emis-sões;

d) os casos ou as condições em que os acionis-tas terão direito de preferência para subscri-ção, ou de inexistência desse direito.

2.1 Supressão ou restrição do direito de preferência

Segundo a Lei das S/A, art. 172 (com a redação dada pela Lei nº 10.303/2001), o estatuto da compa-nhia aberta que contiver autorização para o aumento do capital pode prever a emissão, sem direito de pre-ferência para os antigos acionistas ou com redução do prazo de decadência para o exercício do direito de preferência (art. 171, § 4º), de ações e debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição, cuja colocação seja feita mediante:

a) venda em bolsa de valores ou subscrição pú-blica; ou

b) permuta por ações, em oferta pública de aqui-sição de controle.

3. CORREÇÃO MONETÁRIA

A Lei nº 6.404/1976, art. 168, § 2º, dispõe que o limite de autorização para o capital, quando fixado em valor do capital social, deverá ser anualmente corrigido pela Assembleia-Geral Ordinária, com base nos mes-mos índices adotados na correção do capital social.

Trata-se de previsão que se harmonizava com a obrigatoriedade de correção da expressão monetária do capital da companhia, como parte integrante do sistema conhecido como “correção monetária das demonstrações financeiras”.

Contudo, o dispositivo em tela tornou-se inócuo a contar de 1º.01.1996 em decorrência da revogação da correção monetária do balanço, acompanhada da expressa proibição da utilização de qualquer sistema de correção monetária de demonstrações financeiras, inclusive para fins societários (Lei nº 9.249/1995, arts. 4º e 35).

4. OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕES

A Lei das S/A permite que as companhias que adotem a sistemática de capital autorizado outor-guem opção de compra de ações a administradores, empregados e prestadores de serviços (pessoas físi-cas). Trata-se, claramente, de previsão que objetiva incentivar e recompensar essas pessoas.

a Legislação Societária

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24-25Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

Assim estabelece o mencionado dispositivo:

§ 3º - O estatuto pode prever que a companhia, dentro do limite de capital autorizado, e de acordo com plano apro-vado pela assembléia-geral, outorgue opção de compra de ações a seus administradores ou empregados, ou a pessoas naturais que prestem serviços à companhia ou à sociedade sob seu controle.

5. BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO

A Lei das S/A, art. 75, permite que a companhia emita, dentro do limite de aumento de capital auto-

rizado no estatuto, títulos negociáveis denominados “Bônus de Subscrição”.

Pouco usuais e com autêntica característica de opção de compra de ações, os bônus de subscrição conferem aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, direito de subscrever ações do capital social, que será exercido mediante apresentação do título à companhia e do pagamento do preço de emissão das ações.

N

a IOB Setorial

DeSPORTO

IRPJ/CSL/Cofins/PIS-Pasep - Tributação das entidades participantes da Copa das Confederações Fifa de 2013 e da Copa do Mundo Fifa de 2014

1. INTRODUÇÃO

A Lei nº 12.350/2010 (arts. 1º a 16 e 22 a 29), resul-tante da conversão da Medida Provisória nº 497/2010, instituiu diversas medidas tributárias no sentido de promover a desoneração dos tributos federais, entre elas os benefícios fiscais destinados à realização, no Brasil, da Copa das Confederações Fifa de 2013 e da Copa do Mundo Fifa de 2014. Posteriormente, a referida lei foi regulamentada pelo Poder Executivo por meio do Decreto nº 7.578/2011 e disciplinada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) pela Instrução Normativa RFB nº 1.173/2011, alterada pelas Instruções Normativas RFB nºs 1.289 e 1.304/2012.

De acordo com a Exposição de Motivos, “para a realização da Copa do Mundo no Brasil, o Governo Federal, juntamente com Governos Estaduais e Municipais, assumiu o compromisso com a Fédération Internationale de Football Association (Fifa) de cons-truir ou modernizar os estádios de futebol que serão utilizados para realização dos jogos do mundial. A reforma ou o levantamento dos estádios, por sua vez, deve obedecer a um padrão de qualidade equiva-lente aos melhores estádios do Mundo, estágio em que os atuais estádios nacionais não se encontram, o que traz a necessidade de um grande dispêndio de recursos em obras por parte das iniciativas pública e

privada”, um dos motivos que justifica a concessão dos benefícios fiscais.

Dessa forma, em face da realização da Copa do Mundo Fifa de 2014 no Brasil, trataremos, neste procedimento, dos benefícios fiscais da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins na importação, do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL), do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Nota

O despacho aduaneiro de bens de procedência estrangeira para uti-lização na Copa das Confederações Fifa de 2013, na Copa do Mundo Fifa de 2014 e nas atividades relacionadas a essas competições, oficialmente organizadas, chanceladas, patrocinadas ou apoiadas pela Fifa, pela Subsi-diária Fifa no Brasil, pelo Comitê Organizador Brasileiro (LOC) ou pela Confe-deração Brasileira de Futebol (CBF), encontra-se disciplinado pela Instrução Normativa RFB nº 1.293/2012.

2. CONCEITOS

Para efeito da aplicação dos benefícios fiscais previstos neste texto, consideram-se:

a) Fédération Internationale de Football Associa-tion (Fifa) - associação suíça de direito priva-do, entidade mundial que regula o esporte de futebol de associação, e suas subsidiárias, não domiciliadas no Brasil;

b) subsidiária Fifa no Brasil - pessoa jurídica de direito privado, domiciliada no Brasil, cujo ca-pital social total pertence à Fifa;

c) Copa do Mundo Fifa 2014 - Comitê Organiza-dor Brasileiro Ltda. (LOC, de Local Organising Committee) - pessoa jurídica brasileira de di-reito privado, reconhecida pela Fifa, consti-tuída com o objetivo de promover, no Brasil,

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24-26 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

a Copa das Confederações Fifa de 2013 e a Copa do Mundo Fifa de 2014, bem como os eventos relacionados;

d) Confederação Brasileira de Futebol (CBF) - as-sociação brasileira de direito privado, sendo a associação nacional de futebol;

e) competições - a Copa das Confederações Fifa de 2013 e a Copa do Mundo Fifa de 2014;

f) eventos - as competições e as seguintes ativi-dades relacionadas a estas, oficialmente orga-nizadas, chanceladas, patrocinadas ou apoia-das pela Fifa, pela subsidiária Fifa no Brasil, pelo LOC ou pela CBF:

f.1) os congressos da Fifa, os banquetes, as cerimônias de abertura, o encerramento, a premiação e outras cerimônias, o sor-teio preliminar, o final e quaisquer outros sorteios, os lançamentos de mascote e outras atividades de lançamento;

f.2) os seminários, as reuniões, as conferên-cias, os workshops e as coletivas de im-prensa;

f.3) as atividades culturais: concertos, exi-bições, apresentações, espetáculos ou outras expressões culturais, bem como os projetos Futebol pela Esperança (Foo-tball for Hope) ou projetos beneficentes similares;

f.4) as partidas de futebol e as sessões de treino; e

f.5) outras atividades consideradas relevan-tes para a realização, organização, pre-paração, marketing, divulgação, promo-ção ou encerramento das competições;

g) confederações Fifa:

g.1) Confederação Asiática de Futebol (Asian Football Confederation - AFC);

g.2) Confederação Africana de Futebol (Con-fédération Africaine de Football - CAF);

g.3) Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Confederation of North, Central American and Caribbean Association Football - Concacaf);

g.4) Confederação Sul-Americana de Futebol (Confederación Sudamericana de Fútbol - Conmebol);

g.5) Confederação de Futebol da Ocea-nia (Oceania Football Confederation - OFC); e

g.6) União das Associações Europeias de Fu-tebol (Union des Associations Européen-nes de Football - Uefa);

h) associações estrangeiras membros da Fifa - as associações nacionais de futebol de ori-gem estrangeira, oficialmente afiliadas à Fifa, participantes ou não das competições;

i) emissora fonte da Fifa - pessoa jurídica licencia-da ou nomeada, com base em relação contra-tual, para produzir o sinal e o conteúdo audiovi-sual básicos ou complementares dos eventos, com o objetivo de distribuição no Brasil e no exterior para os detentores de direitos de mídia;

j) prestadores de serviços da Fifa - pessoas ju-rídicas licenciadas ou nomeadas, com base em relação contratual, para prestar serviços relacionados à organização e à produção dos eventos:

j.1) como coordenadores da Fifa na gestão de acomodações, de serviços de trans-porte, de programação de operadores de turismo e dos estoques de ingressos;

j.2) como fornecedores da Fifa de serviços de hospitalidade e de soluções de tec-nologia da informação; ou

j.3) outros prestadores licenciados ou nome-ados pela Fifa para a prestação de ser-viços ou para o fornecimento de bens, relacionados no anexo do Decreto nº 7.578/2011;

k) parceiros comerciais da Fifa - pessoa jurídica licenciada ou nomeada, com base em qual-quer relação contratual, bem como os seus subcontratados, para atividades relacionadas a eventos, excluindo-se as entidades referidas nas letras “a”, “d” e “g” a “j”;

l) voluntário da Fifa, de subsidiária Fifa no Brasil ou do LOC - pessoa física que dedica parte do seu tempo, sem vínculo empregatício, para auxiliar a Fifa, a subsidiária Fifa no Brasil ou o LOC na organização e realização dos eventos;

m) bens duráveis - aqueles cuja vida útil ultrapas-se o período de 1 ano;

n) base temporária de negócios - a instalação de unidade no País para o exercício de ativi-dades inerentes à realização e à organização dos Eventos pelos beneficiários domiciliados no exterior; e

o) pacotes de hospedagem - refere-se a pacotes que incluam hospedagem, podendo estar as-sociados a um ou vários dos serviços abaixo:

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24-27Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

o.1) ingressos de qualquer tipo;o.2) alimentação;o.3) estacionamento;o.4) entretenimento; eo.5) outros serviços.

Notas(1) As pessoas jurídicas estrangeiras anteriormente relacionadas,

qualquer que seja o seu objeto, somente poderão funcionar no País pelo prazo de vigência previsto na Lei nº 12.350/2010, art. 62, ou seja, para efeito da isenção e da suspensão, serão aplicadas aos fatos geradores ocorridos no período de 1º.01.2011 a 31.12.2015, ainda que por estabelecimentos subordinados ou base temporária de negócios, salvo autorização do Poder Executivo, nos termos da legislação brasileira.

(2) É facultado à Fifa ou a qualquer de suas subsidiárias integrais constituir ou incorporar subsidiárias integrais no País, até o limite de 5, mediante escritura pública, sob qualquer modalidade societária, desde que tal subsidiária Fifa no Brasil tenha finalidade específica vinculada à organização e à realização dos eventos, e cuja duração termine em data anterior a 31.12. 2015, e tenha como único acionista ou cotista a própria Fifa ou qualquer de suas subsidiárias integrais. Entretanto, as Subsidiárias Fifa no Brasil poderão permanecer em funcionamento após 31.12.2015 para cumprir obrigações previamente assumidas em relação à organização ou à realização dos Eventos, tais como os reembolsos de valores pagos por ingressos, hipótese em que não gozarão de nenhum benefício fiscal previsto na Lei nº 12.350/2010 a partir de tal data.

(3) A emissora fonte da Fifa, os parceiros comerciais e os prestadores de serviço referidos nas letras “i”, “j” e “k” poderão ser nomeados ou licenciados diretamente pela Fifa ou por meio de uma de suas nomeadas ou licenciadas.

(4) O Poder Executivo poderá estabelecer condições necessárias à defesa dos interesses nacionais, inclusive quanto ao montante de capital destinado às operações no País e à individualização do seu representante legal para resolver quaisquer questões e receber comunicações oficiais.

(Lei nº 12.350/2010, art. 2º; Decreto nº 7.578/2011, art. 2º)

3. HABILITAÇÃO

A fruição dos benefícios fiscais estará condicio-nada à habilitação.

A Fifa ou Subsidiária Fifa no Brasil deverá apre-sentar, na forma disciplinada pela RFB, lista dos Eventos e das pessoas físicas e jurídicas passíveis de serem beneficiadas; na sua impossibilidade, caberá ao LOC apresentá-la.

O Poder Executivo atribuiu à RFB a responsabili-dade quanto à disciplina e à habilitação dos referidos eventos, bem como das pessoas físicas e jurídicas.

A Subsidiária Fifa no Brasil e o LOC somente poderão apresentar a lista de eventos após serem habilitados, observando-se que, no caso de criação de mais de uma Subsidiária Fifa no Brasil, cada Subsidiária deverá ser habilitada separadamente.

A RFB deverá divulgar a lista dos Eventos e dos nomes das pessoas físicas e jurídicas habilitadas à fruição dos benefícios por meio de Ato Declaratório Executivo. A publicidade desse ato deverá ocorrer de forma consolidada no site da RFB na Internet, sendo dispensada a sua publicação no Diário Oficial da União.

Nota

Os procedimentos necessários à habilitação para fins de gozo dos be-nefícios fiscais, relativos à realização, no Brasil, da Copa das Confederações Fifa de 2013 e da Copa do Mundo Fifa de 2014, são os estabelecidos na Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012. Observa-se que essa habilitação não dispensa a habilitação de importadores, exportadores e internadores da Zona Franca de Manaus para operação no Sistema Integrado de Comér-cio Exterior (Siscomex) e o credenciamento de seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro, disciplinada na Instrução Normativa SRF nº 650/2006.

(Decreto nº 7.578/2011, arts. 5º a 9º; Instrução Normativa RFB nº 1.173/2011; Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012)

3.1 Condições

Somente poderão usufruir dos benefícios fiscais de que trata a Lei nº 12.350/2010 os eventos, as bases temporárias de negócios e as pessoas físicas e jurídicas, domiciliadas ou não no Brasil, previamente habilitadas pela RFB, exceto:

a) optantes pelo Simples Nacional;b) de que trata o inciso I do art. 8º da Lei nº

10.637/2002; ec) com situação irregular perante a RFB.

É facultado à Fédération Internationale de Football Association (Fifa) constituir ou incorporar até 5 subsi-diárias integrais no País, mediante escritura pública, sob qualquer modalidade societária, desde que tais subsidiárias Fifa no Brasil tenham finalidade específica vinculada à organização e à realização dos eventos, com duração não superior ao prazo de vigência da Lei nº 12.350/2010, e tenha como único acionista ou cotista a própria Fifa.

No caso de criação de mais de uma subsidiária Fifa no Brasil, cada uma delas deverá ser habilitada separadamente.

A habilitação do Parceiro Comercial da Fifa domi-ciliado no exterior e das bases temporárias de negó-cios no Brasil, instaladas pela Fifa, por Confederações Fifa, por Associações estrangeiras membros da Fifa, por Emissora Fonte da Fifa e por Prestadores de Serviços da Fifa será condicionada:

a) à indicação de representante, inscrito no Ca-dastro de Pessoas Físicas (CPF), para resolver quaisquer questões e receber comunicações oficiais; e

b) à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do Parceiro Comercial da Fifa domiciliado no exterior e das bases temporá-rias de negócios no Brasil.

No caso de Parceiro Comercial da Fifa domici-liado no exterior e de base temporária de negócios no Brasil instalada pela Fifa, por Emissora Fonte da Fifa e

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24-28 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

por Prestadores de Serviços da Fifa, o representante a que se refere o inciso I do caput deverá ser domici-liado no Brasil e sua indicação será efetuada por meio de procuração, cuja cópia autenticada deverá ser anexada ao requerimento de habilitação, observando--se, ainda, que:

a) a procuração particular outorgada no Brasil de-verá ter reconhecimento de firma do signatário;

b) a procuração outorgada em outro país deverá ser autenticada por repartição consular brasilei-ra e estar acompanhada de sua tradução jura-mentada caso não esteja em língua portuguesa.

No caso de base temporária de negócios no Brasil instalada pelas Confederações Fifa e pelas Associações estrangeiras membros da Fifa, a indi-cação do representante a que se refere o inciso I do caput poderá recair sobre o dirigente da entidade, informado por subsidiária Fifa no Brasil, hipótese em que sua inscrição de ofício no CPF será efetuada pela Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) do domicílio da Subsidiária Fifa no Brasil, caso esse representante já não esteja inscrito.

A habilitação requer autorização prévia da RFB para funcionar no Brasil, no caso de base temporária de negócios, ou para operar no comércio exterior, no caso do Parceiro Comercial da Fifa, obtida mediante inscrição de ofício da respectiva entidade no CNPJ pela DRF do domicílio tributário da requerente da habilitação, observando-se o seguinte:

a) no caso de Parceiro Comercial da Fifa domici-liado no exterior:a.1) o nome empresarial deverá correspon-

der ao nome da entidade no seu país de origem acrescido da expressão “Lei nº 12.350/2010 - exclusivamente para ope-rar no comércio exterior”;

a.2) a natureza jurídica deverá ser 221-6 (Em-presa Domiciliada no Exterior);

a.3) o endereço deverá corresponder àquele constante do requerimento de habilitação;

a.4) o representante da entidade no CNPJ deve-rá ser aquele inscrito no Cadastro de Pes-soas Físicas (CPF), para resolver quaisquer questões e receber comunicações oficiais;

b) no caso de base temporária de negócios no Brasil:b.1) o nome empresarial deverá correspon-

der ao nome da entidade no seu país de origem acrescido da expressão “Lei nº 12.350/2010”;

b.2) a natureza jurídica deverá ser 217-8 (Es-tabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira);

b.3) o endereço deverá corresponder àquele constante do requerimento de habilitação;

b.4) o representante da entidade no CNPJ deverá ser aquele inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), para resolver quaisquer questões e receber comunica-ções oficiais.

A Emissora Fonte, caso seja domiciliada no Brasil, e os Prestadores de Serviço da FIFA domiciliados no Brasil deverão ser constituídos sob a forma de sociedade com finalidade específica para o desen-volvimento de atividades diretamente relacionadas à realização dos eventos.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, arts. 2º a 5º, com as alterações da Instrução Normativa RFB nº 1.304/2012)

3.2 Procedimentos

3.2.1 Fifa ou Subsidiária Fifa

A Fifa ou a Subsidiária Fifa no Brasil deverá requerer a habilitação dos Eventos, das bases tem-porárias de negócios e das pessoas físicas e jurídicas passíveis de serem beneficiadas pelas desonerações previstas na Lei nº 12.350/2010.

Contudo, antes da apresentação dos requerimen-tos de habilitação, a Fifa e a Subsidiária Fifa no Brasil deverão solicitar suas próprias habilitações, por meio de requerimento no modelo constante do Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 6º)

3.2.2 Fifa ou Subsidiária Fifa

A habilitação do Comitê Organizador Local (LOC) deverá ser requerida pela Fifa ou pela Subsidiária Fifa no Brasil mediante a apresentação de formulário no modelo constante do Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012.

Observa-se que, na impossibilidade de a Fifa ou a subsidiária Fifa no Brasil requererem as habilitações, caberá ao LOC requerê-las depois do deferimento de sua habilitação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 7º)

3.2.3 Prestadores de serviço da Fifa

A habilitação dos Prestadores de Serviço da Fifa domiciliados no Brasil deverá ser requerida pela

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24-29Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

Fifa ou pela Subsidiária Fifa no Brasil, mediante a apresentação de formulário no modelo constante do Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012. A habilitação de Prestadores de Serviço da Fifa domi-ciliados no exterior deverá ser requerida pela Fifa ou por Subsidiária Fifa no Brasil, por meio de formulário no modelo constante do Anexo IX da referida norma.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 8º)

3.2.3.1 Operador logístico contratado pelas Confederações Fifa ou pelas Associações estrangeiras membros da Fifa

A habilitação do operador logístico contratado pelas Confederações Fifa ou pelas Associações estran-geiras membros da Fifa deverá ser requerida mediante a utilização do formulário no modelo constante do Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, estabelecido para a habilitação de Prestadores de Serviço Fifa domiciliados no Brasil.

Por ocasião da habilitação do operador logístico, deverá ser apresentada a prova de relação contratual que legitima o operador logístico a promover a impor-tação de interesse da contratante.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 8º-A; Instru-ção Normativa RFB nº 1.465/2014, art. 1º)

3.2.4 Eventos

Os Eventos a serem habilitados deverão ser apresentados pela Fifa ou pela Subsidiária Fifa no Brasil mediante requerimento no modelo constante do Anexo III da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 9º)

3.2.5 Bases temporárias de negócios

A habilitação das bases temporárias de negó-cios no País, instaladas por Confederações Fifa, por Associações estrangeiras membros da Fifa, por Emissora Fonte da Fifa, por Prestadores de Serviços da Fifa e por parceiros comerciais da Fifa deverá ser requerida pela Fifa ou por Subsidiária Fifa no Brasil por meio de formulário no modelo constante do Anexo IV da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012.

A habilitação do parceiro comercial da Fifa domici-liado no exterior deverá ser requerida pela Fifa ou por Subsidiária Fifa no Brasil, por meio de formulário no modelo constante do Anexo VIII à Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 10)

3.2.6 Emissora Fonte

A habilitação da Emissora Fonte deverá ser efe-tuada pela Fifa ou por Subsidiária Fifa no Brasil me-diante requerimento no modelo constante do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 11)

3.2.7 Pessoas jurídicas industriais

A habilitação das pessoas jurídicas industriais que vendam diretamente produtos nacionais para uso ou consumo da Fifa, da Subsidiária Fifa no Brasil e da Emissora Fonte da Fifa, com isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), deverá ser efetuada pela Fifa ou por Subsidiária Fifa no Brasil por meio de requerimento no modelo constante do Anexo VI da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012

A habilitação das pessoas jurídicas industriais que vendam diretamente bens duráveis para a Fifa, para a Subsidiária Fifa no Brasil e para a Emissora Fonte da Fifa, com suspensão de IPI, deverá ser efetuada pela Fifa ou por Subsidiária Fifa no Brasil por meio de requerimento no modelo constante do Anexo VI da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, arts. 12 e 13)

3.2.8 Pessoas jurídicas comerciais

A habilitação das pessoas jurídicas que vendam mercadorias com suspensão da incidência da con-tribuição para o PIS-Pasep e da Cofins para a Fifa, para a Subsidiária Fifa no Brasil ou para a Emissora Fonte deverá ser efetuada pela Fifa ou por Subsidiária Fifa no Brasil por meio de requerimento no modelo constante do Anexo VI da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 14)

3.2.9 Pessoas físicas

A habilitação das pessoas físicas não residentes no País, empregadas ou de outra forma contratadas para trabalhar de forma pessoal e direta na organiza-ção ou na realização dos eventos, que ingressarem no país com visto temporário deve ser efetuada pela Fifa ou por Subsidiária Fifa no Brasil por meio de requerimento no modelo constante do Anexo VII da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012.

A habilitação também é aplicável aos árbitros, aos jogadores de futebol, aos outros membros das delegações e aos voluntários, residentes ou não no País, da Fifa, da Subsidiária FIFA no Brasil ou do LOC.

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24-30 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

Para a habilitação de que trata este subtópico é necessário que o habilitando possua documento de identificação válido, sendo aceitos a esse título o passaporte ou o documento nacional de identifi-cação, com fotografia, conforme previsto em acordo internacional do qual o Brasil seja signatário.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 15)

3.3 Apresentação e da análise do requerimento

O requerimento de habilitação deverá ser enca-minhado à DRF do domicílio tributário da requerente.

Para a concessão da habilitação, a DRF deverá verificar o cumprimento das condições estabelecidas no art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, tratadas no subtópico 3.1.

Observa-se que a regularidade fiscal será verifi-cada em procedimento interno da RFB, ficando dis-pensada a juntada de documentos comprobatórios.

Na hipótese de ser constatada insuficiência na instrução do pedido, a requerente deverá ser intimada a regularizar as pendências no prazo de 20 dias, con-tado da ciência da intimação.

O deferimento do requerimento de habilitação será formalizado por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE) do titular da unidade da RFB, publicado no Diário Oficial da União (DOU) no prazo de até 30 dias, contado da data de apresentação do requerimento ou do atendimento à intimação supracitada.

Na hipótese de ser constatada insuficiência na instrução do pedido, o prazo de 30 dias será contado a partir do atendimento à intimação.

O ADE será emitido para o número de inscrição no CNPJ objeto do requerimento, observando-se que o ADE de habilitação da matriz aplica-se a todos os seus estabelecimentos.

O ADE referente à habilitação de pessoa física ou de eventos pode abranger mais de um habilitado.

A habilitação requerida vigorará a partir da data de assinatura do respectivo ADE, que será publicado no site da RFB, na Internet, no endereço: www.receita.fazenda.gov.br.

O ADE de habilitação de pessoas, físicas ou jurídicas, deverá conter os seguintes elementos infor-mativos:

a) o número do processo de habilitação;

b) o nome da pessoa, física ou jurídica, habilitada;

c) o número de inscrição no CPF ou no CNPJ da pessoa habilitada;

d) a data de expiração da habilitação, caso a ha-bilitação tenha sido requerida a termo; e

e) o número do Anexo à Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012 que contém o modelo do reque-rimento a que corresponde a habilitação.

O ADE de habilitação de Eventos deverá conter os seguintes elementos informativos:

a) o número do processo de habilitação; b) o nome do Evento; c) a data de inicio do Evento; d) a data de término do Evento; e e) o local ou locais de realização do Evento.

O chefe da unidade da RFB encaminhará, via caixa corporativa eletrônica, os dados do ADE refe-rente à habilitação ao setor responsável pela sua publicação no site da RFB na Internet.

Na hipótese de indeferimento do pedido de habilitação, caberá, no prazo de 10 dias, contado da data da ciência ao interessado, a apresentação de recurso, em instância única, ao Superintendente da Receita Federal do Brasil da região fiscal do domicílio do requerente.

O recurso deverá ser protocolizado na unidade da RFB à qual foi apresentado o requerimento para habilitação.

Proferida a decisão sobre o recurso, a unidade da RFB adotará as providências cabíveis e dará ciência ao interessado.

A RFB divulgará, em seu site na Internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br, a relação das pessoas físicas e jurídicas habilitadas.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, arts. 16 a 20)

3.4 Cancelamento da habilitação

O cancelamento da habilitação ocorrerá:

a) a pedido; oub) de ofício, sempre que se apure que o benefi-

ciário não satisfazia ou deixou de satisfazer, ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisi-tos para habilitação ao Regime.

O pedido de cancelamento da habilitação deverá ser protocolizado na unidade da RFB à qual foi

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24-31Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

apresentado o requerimento para habilitação pela requerente ou pela habilitada.

O cancelamento da habilitação será formalizado por meio de ADE emitido pelo chefe da unidade da RFB que emitiu o ADE de habilitação.

No caso de cancelamento de ofício, caberá, no prazo de 10 dias, contado da data da ciência ao interessado, a apresentação de recurso, em instância única, ao Superintendente da Receita Federal do Brasil da região fiscal do domicílio do requerente.

O recurso deverá ser protocolizado na unidade da RFB à qual foi apresentado o requerimento para habilitação.

O ADE de cancelamento de habilitação deverá conter os seguintes elementos informativos:

a) o número do processo de desabilitação, caso seja diferente do de habilitação;

b) o número do ADE de habilitação;

c) o nome da pessoa, física ou jurídica, ou do Evento desabilitado; e

d) o número de inscrição no CNPJ ou no CPF da pessoa desabilitada.

O chefe da unidade da RFB encaminhará, via caixa corporativa eletrônica, os dados do ADE refe-rente à habilitação ao setor responsável pela sua publicação no site da RFB na Internet.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 21)

3.5 Recopa

A habilitação na forma da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012 ou na forma da Instrução Normativa RFB nº 1.211/2011 não substitui a habilitação na forma da Instrução Normativa RFB nº 1.176/2011 para a fruição dos benefícios do Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou Modernização de Estádios de Futebol (Recopa), instituído nos termos do art. 17 da Lei nº 12.350/2010.

A Coordenação-Geral de Gestão de Cadastros (Cocad) poderá editar ato complementar relativo aos procedimentos para inscrição no CPF e no CNPJ de que tratam os §§ 2º e 3º do art. 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, arts. 22 e 23, com as alterações da Instrução Normativa RFB Nº 1.304/2012)

4. IMPORTAÇÃO COM ISENÇÃO DE TRIBUTOS

A isenção dos tributos federais incidentes nas importações promovidas pela Fifa, pela Subsidiária Fifa no Brasil, pelas Confederações Fifa, pelas Associações estrangeiras membros da Fifa, pelos Parceiros Comerciais da Fifa domiciliados no exterior, pela Emissora Fonte da Fifa e pelos Prestadores de Serviços da Fifa domiciliados no exterior aplica-se:

a) aos alimentos, suprimentos médicos, produtos farmacêuticos, combustíveis e materiais de escritório;

b) aos troféus, medalhas, placas, estatuetas, dis-tintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos;

c) aos materiais promocionais, impressos, folhe-tos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou utiliza-dos nos Eventos;

d) aos bens dos tipos e em quantidades normal-mente consumidos em atividades esportivas da mesma magnitude; e

e) a outros bens não duráveis, assim considera-dos aqueles cuja vida útil seja de até 1 ano.

4.1 Abrangência da isenção

A isenção abrange os seguintes tributos:

a) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente no desembaraço aduaneiro;

b) Imposto de Importação (II);

c) Contribuição para os Programas de Integra-ção Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente sobre a importação (Contribuição para o PIS-Pasep/Importação);

d) Contribuição para o Financiamento da Seguri-dade Social incidente sobre a importação de bens e serviços (Cofins/Importação);

e) Taxa de Utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex);

f) Taxa de Utilização do Mercante;

g) Adicional ao Frete para Renovação da Mari-nha Mercante (AFRMM); e

h) Contribuição de Intervenção no Domínio Eco-nômico incidente sobre a importação e a co-mercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível.

A isenção será concedida com observância das seguintes condições:

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24-32 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

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Imposto de Renda e Legislação Societária

a) apresentação prévia à RFB da relação deta-lhada dos bens e mercadorias a serem impor-tados, contendo:a.1) a classificação fiscal dos bens;a.2) indicação do valor unitário dos bens; ea.3) quantidade e destinação finalística dos

bens; eb) os bens ou mercadorias deverão ser importa-

dos para uso ou consumo exclusivo na organi-zação ou realização dos Eventos.

Notas

(1) Para fins de fruição da isenção, entende-se por bens consumidos os bens dos tipos e em quantidades normalmente utilizados em Eventos dessa magnitude.

(2) O conceito de bens consumidos estabelecido na nota 1 não abrange veículos automotores em geral, nem motocicletas, motonetas, bicicletas com motor, motos aquáticas e similares, aeronaves e embarcações de todo tipo, tampouco armas.

(3) As importações efetuadas na forma deste tópico não darão, em nenhuma hipótese, direito a crédito da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins (Instrução Normativa RFB nº 1.293/2012, art. 2º, § 3º).

4.2 Importação de bens duráveis com isenção de tributos

A isenção prevista no tópico 4 aplica-se, também, aos bens duráveis de que trata o tópico 5, cujo valor unitário, apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio (GATT), de 1994, seja igual ou inferior a R$ 5.000,00, observado o disposto nos arts. 75 a 89 do Decreto nº 6.759/2009, com as alterações do Decreto nº 8.010/2013.

A isenção será concedida com observância das seguintes condições:

a) apresentação prévia à RFB da relação deta-lhada dos bens a serem importados, conten-do:a.1) a classificação fiscal dos bens;a.2) indicação do valor unitário dos bens; ea.3) quantidade e destinação finalística dos

bens; eb) os bens ou mercadorias deverão ser importa-

dos para uso ou consumo exclusivo na organi-zação ou realização dos Eventos.

(Lei nº 12.350/2010, art. 3º; Decreto nº 7.578/2011, arts. 11 a 13; Instrução Normativa RFB nº 1.293/2012, art. 2º, § 3º)

4.3 Aplicação da isenção aos bens duráveis

O benefício fiscal da isenção é aplicável, entre outros, aos seguintes bens duráveis:

a) equipamento técnico-esportivo;

b) equipamento técnico de gravação e transmis-são de sons e imagens;

c) equipamento médico;

d) equipamento técnico de escritório; e

e) outros bens duráveis, desde que relacionados diretamente com os eventos.

(Lei nº 12.350/2010, art. 4º; Decreto nº 7.578/2011, art. 12, § 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.293/2012, art. 4º, § 1º)

5. IMPORTAÇÃO COM SUSPENSÃO DE TRIBUTOS

A suspensão dos tributos federais mencionados no subtópico 4.1, no caso da importação de bens sob o Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária pelas entidades referidas no tópico 4, será regulari-zada mediante a reexportação dos bens em até 180 dias contados do término do prazo estabelecido pelo art. 33 do Decreto nº 7.578/2011 (31.12.2015), ou convertida em isenção, desde que tais bens sejam:

a) doados à União em até 180 dias contados do término do prazo supramencionado, a qual poderá repassá-los às:

a.1) entidades beneficentes de assistência social, certificadas nos termos da Lei nº 12.101/2009, desde que atendidos os re-quisitos do art. 14 da Lei nº 5.172/1966 - CTN - e do § 2º do art. 12 da Lei nº 9.532/1997; ou

a.2) pessoas jurídicas de direito público;

b) doados diretamente aos beneficiários a seguir em até 180 contados do término do prazo su-pramencionado:

b.1) entidades beneficentes de assistência social, certificadas nos termos da Lei nº 12.101/2009, desde que atendidos os re-quisitos do art. 14 da Lei nº 5.172/1966 - CTN - e do § 2º do art. 12 da Lei nº 9.532/1997;

b.2) pessoas jurídicas de direito público; ou

b.3) entidades sem fins lucrativos desportivas ou outras pessoas jurídicas cujos objetos sociais sejam relacionados a prática de esportes, desenvolvimento social, prote-ção ambiental ou assistência a crianças, desde que atendidos os requisitos das alíneas “a” a “h” do § 2º do art. 12 da Lei nº 9.532/1997.

Aplica-se o benefício fiscal exclusivamente aos bens que tenham sido utilizados na organização ou realização dos Eventos.

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24-33Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

Notas

(1) As entidades relacionadas na letra “b.3” deverão ser reconhecidas pelos Ministérios do Esporte, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome ou do Meio Ambiente, conforme critérios a serem definidos em atos expedidos pelos respectivos órgãos certificantes.

(2) As entidades de assistência a crianças a que se refere a letra “b.3” são aquelas que recebem recursos dos fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais, Distrital e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

(3) As entidades de prática de esportes a que se refere a “b.3” deverão aplicar as doações em apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte.

(Lei nº 12.350/2010, arts. 4º e 5º, §§ 1º a 3º; Decreto nº 7.578/2011, arts. 12 e 13, 25, 26 e 33)

6. IMPOSSIBILIDADE DE CRéDITO DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS-PASEP E DA COFINS

As importações efetuadas na forma dos tópicos 4 e 5 não darão, em nenhuma hipótese, direito a crédito da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins.

(Lei nº 12.350/2010, art. 5º, § 4º; Decreto nº 7.578/2011, art. 13, § 2º; Instrução Normativa RFB nº 1.293/2012, art. 2º, § 3º; Instrução Normativa RFB nº 1.363/2013)

7. ISENÇÕES CONCEDIDAS A FIFA E OUTRAS PESSOAS JURíDICAS

A isenção concedida à Fifa, às Confederações Fifa, às Associações estrangeiras membros da Fifa, à Emissora Fonte da Fifa e aos Prestadores de Serviços da Fifa, não domiciliados no País, em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos, abrange os seguintes tributos federais:

a) impostos:

a.1) Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF); e

a.2) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF);

b) contribuições sociais:

b.1) contribuições sociais previstas na alínea “a” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212/1991;

b.2) contribuições administradas pela RFB na forma do art. 3º da Lei nº 11.457/2007, devidas por lei a terceiros, assim enten-didos os fundos públicos e as entidades privadas de serviço social e de formação profissional;

b.3) contribuição para o PIS-Pasep/Importa-ção; e

b.4) Cofins/Importação; e

c) contribuições de intervenção no domínio eco-nômico:

c.1) Contribuição para o Programa de Estí-mulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, instituída pela Lei nº 10.168/2000; e

c.2) Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), instituída pela Medida Pro-visória nº 2.228-1/2001.

As isenções previstas nas letras “a” e “c” aplicam--se exclusivamente:

a) aos rendimentos pagos, creditados, entre-gues, empregados, ou remetidos à Fifa, às Confederações Fifa, às Associações estran-geiras membros da Fifa, à Emissora Fonte da Fifa e aos Prestadores de Serviços da Fifa pe-las mesmas, em espécie ou de outra forma, inclusive mediante o fornecimento de bens ou prestação de serviços; e

b) às operações de crédito, de câmbio e de se-guro realizadas pelas pessoas jurídicas supra-citadas.

As isenções previstas nas letras “b.3” e “b.4” referem-se apenas à importação de serviços.

Nota

A base temporária de negócios no País instalada pela Fifa, pelas Con-federações Fifa, pelas Associações estrangeiras membros da Fifa, pela Emissora Fonte da Fifa, e pelos Prestadores de Serviços da Fifa não domici-liados no País, com a finalidade específica de servir à organização e à reali-zação dos Eventos, não configura estabelecimento permanente para efeitos de aplicação da legislação brasileira e não se sujeita ao disposto nos incisos II e III do caput do art. 147 do RIR/1999, bem como no art. 126 da Lei nº 5.172/1966 (CTN).

7.1 Inaplicabilidade da isenção

A isenção de que trata o tópico 7 não alcança:

a) os rendimentos e ganhos de capital auferidos nas operações realizadas no mercado finan-ceiro e de capitais ou na alienação de bens e direitos; e

b) as operações de câmbio realizadas para in-gresso de recursos no País para aplicação nos mercados financeiros e de capitais e as ope-rações relativas a títulos ou valores mobiliários que deverão observar o disposto no Decreto nº 6.306/2007.

O disposto neste subtópico não desobriga:

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Imposto de Renda e Legislação Societária

a) a pessoa jurídica domiciliada no País e a pes-soa física residente no País que aufiram renda ou proventos de qualquer natureza, recebidos das pessoas jurídicas de que trata este artigo, do pagamento do IRPJ e do IRPF, respectiva-mente, observada a legislação específica;

b) a pessoa física residente no País que aufira renda ou proventos de qualquer natureza de-correntes da prestação de serviços às pes-soas jurídicas do recolhimento da contribuição previdenciária de que trata o art. 21 da Lei nº 8.212/1991; e

c) as pessoas jurídicas de que trata este artigo de reter e recolher a contribuição previdenci-ária dos segurados empregados, prevista no art. 20 da Lei nº 8.212/1991.

(Lei nº 12.350/2010, arts. 7º a 9º; Decreto nº 7.578/2011, art. 15)

8. ISENÇÃO PARA A SUBSIDIÁRIA FIFA NO BRASIL E à EMISSORA FONTE

A isenção concedida à subsidiária Fifa no Brasil, e à emissora fonte, na hipótese de serem pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou à realização dos eventos, abrange os seguintes tributos federais:

a) impostos:a.1) IRPJ;a.2) IRRF;a.3) IOF; ea.4) IPI, na saída de produtos importados

do estabelecimento importador da subsidiária Fifa no Brasil ou da emissora fonte domiciliada no País; e

b) contribuições sociais:b.1) CSL;b.2) contribuição para o PIS-Pasep;b.3) Cofins;b.4) contribuição para o PIS-Pasep/Importa-

ção;b.5) Cofins/Importação;b.6) contribuições sociais previstas na alínea

“a” do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212/1991; e

b.7) contribuições administradas pela RFB na forma do art. 3º da Lei nº 11.457/2007, devidas por lei a terceiros, assim enten-didos os fundos públicos e as entidades

privadas de serviço social e de formação profissional; e

c) contribuições de intervenção no domínio eco-nômico:

c.1) Contribuição para o Programa de Estí-mulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, instituída pela Lei nº 10.168/2000; e

c.2) Condecine, instituída pela Medida Provi-sória nº 2.228-1/2001.

As isenções previstas nas letras “a.1” a “a.3”, “b.1” e “c” aplicam-se exclusivamente:

a) às receitas, lucros e rendimentos auferidos por subsidiária Fifa no Brasil e por Emissora Fonte no Brasil, excluindo-se os rendimentos e ga-nhos de capital auferidos nas operações reali-zadas no mercado financeiro e de capitais ou na alienação de bens e direitos;

b) aos rendimentos pagos, creditados, entre-gues, empregados ou remetidos pela subsi-diária Fifa no Brasil ou pela emissora fonte no Brasil ou para subsidiária Fifa no Brasil e para emissora fonte no Brasil, em espécie ou de ou-tra forma, inclusive mediante o fornecimento de bens ou prestação de serviços; e

c) às operações de crédito, de câmbio e de se-guro realizadas por subsidiária Fifa no Brasil ou por emissora fonte no Brasil.

O benefício fiscal não desobriga:

a) a pessoa física residente no País que aufira renda ou proventos de qualquer natureza de-correntes da prestação de serviços às pes-soas jurídicas de que trata este artigo, do re-colhimento da contribuição previdenciária de que trata o art. 21 da Lei nº 8.212/1991; e

b) a pessoa jurídica de que trata este tópico de reter e recolher a contribuição previdenciária dos segurados empregados, prevista no art. 20 da Lei nº 8.212/1991, na forma estabeleci-da pela RFB.

Notas

(1) A isenção de que trata a letra “a.2” não desobriga a subsidiária Fifa no Brasil e a emissora fonte no Brasil de efetuar a retenção do Imposto de Renda, de que trata o art. 7º da Lei nº 7.713/1988, na forma estabelecida pela RFB.

(2) As isenções de que tratam as letras “b.2” e “b.3” não alcançam as receitas da venda de ingressos e de pacotes de hospedagem, observado que a contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins serão apuradas por subsidiária Fifa no Brasil na forma do art. 8º da Lei nº 10.637/2002 e do art. 10 da Lei nº 10.833/2003.

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Imposto de Renda e Legislação Societária

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(3) A isenção de operações de crédito, de câmbio e de seguro realiza-das por subsidiária Fifa no Brasil ou por emissora fonte no Brasil não alcança as operações de câmbio realizadas para ingresso de recursos no País para aplicação nos mercados financeiros e de capitais e as operações relativas a títulos ou valores mobiliários que deverão observar o disposto no Decreto nº 6.306/2007.

(4) A emissora fonte, na hipótese de ser pessoa jurídica domiciliada no Brasil, deverá ser estabelecida com finalidade específica para o desenvol-vimento de atividades diretamente relacionadas à realização dos eventos.

8.1 Notas fiscais

Deverão constar das notas fiscais relativas às vendas realizadas pela subsidiária Fifa no Brasil ou pela emissora fonte no Brasil com a isenção de que tratam as letras “b.2” e “b.3” a expressão “Venda efetuada com isenção da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins” e a indicação do dispositivo legal correspondente.

Deverão constar das notas fiscais relativas às saídas de que trata a letra “a.4” a expressão “Venda efetuada com isenção do IPI” e a indicação do dispo-sitivo legal correspondente.

Se os produtos não forem destinados a uso ou consumo na organização e realização dos Eventos, o beneficiário ou o responsável tributário ficará sujeito ao pagamento dos tributos e da penalidade cabível como se a isenção não existisse.

8.2 Impossibilidade de crédito do PIS-Pasep e da Cofins

Não serão admitidos os descontos de créditos da contribuição para o PIS-Pasep ou da Cofins, previstos, respectivamente, no art. 3º da Lei nº 10.637/2002 e no art. 3º da Lei nº 10.833/2003, pelos adquirentes, em relação às vendas realizadas por subsidiária Fifa no Brasil ou por emissora fonte no Brasil.

(Lei nº 12.350/2010, art. 8º; Decreto nº 7.578/2011, art. 16)

9. ISENÇÃO DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DA FIFA E AO LOC

A isenção concedida aos prestadores de ser-viços da Fifa estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica para o desen-volvimento de atividades diretamente relacionadas à realização dos Eventos, e ao Comitê Organizador Brasileiro Ltda. (LOC) - Copa do Mundo Fifa 2014, abrange os seguintes tributos federais:

a) impostos:

a.1) IRPJ;

a.2) IOF; e

b) contribuições sociais:b.1) CSL;b.2) contribuição para o PIS-Pasep; eb.3) Cofins.

Notas

(1) A isenção aplica-se apenas aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou à realização dos eventos.

(2) As isenções previstas na letra “a” e na letra “b.1” aplicam-se, exclusivamente:

a) às receitas, lucros e rendimentos auferidos, decorrentes da pres-tação de serviços diretamente à Fifa ou subsidiária Fifa no Brasil, excluindo-se os rendimentos e ganhos de capital auferidos nas ope-rações realizadas no mercado financeiro e de capitais ou na aliena-ção de bens e direitos; e

b) às operações de crédito, de câmbio e de seguro realizadas pelo LOC ou pelos prestadores de serviços da Fifa.

(3) As isenções de que tratam as letras “b.2” e “b.3”:

a) não alcançam as receitas da venda de ingressos e de pacotes de hospedagem, observando-se que a contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins serão apuradas por subsidiária Fifa no Brasil na forma do art. 8º da Lei nº 10.637/2002 e do art. 10 da Lei nº 10.833/2003;

b) aplicam-se exclusivamente às receitas provenientes de serviços prestados diretamente à Fifa ou subsidiária Fifa no Brasil; e

c) não darão, em hipótese alguma, direito a crédito da contribuição para o PIS-Pasep nem da Cofins.

(4) A isenção de que trata a nota 2, letra “b”, não alcança as operações de câmbio realizadas para ingresso de recursos no País para aplicação nos mercados financeiros e de capitais e as operações relativas a títulos ou valores mobiliários, que deverão observar o disposto no Decreto nº 6.306/2007.

9.1 Notas fiscais

Deverão constar das notas fiscais relativas às vendas realizadas pelos prestadores de serviços Fifa estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica ou pelo LOC, com a isenção de que tratam as letras “b.2” e “b.3” do tópico 9, a expres-são “Venda efetuada com isenção da Contribuição para o PIS/Pasep” e da Cofins e a indicação do dispo-sitivo legal correspondente.

(Lei nº 12.350/2010, art. 9º; Decreto nº 7.578/2011, arts. 17 e 24)

10. ISENÇÕES A PESSOAS FíSICAS

Estão isentos do imposto sobre a renda os ren-dimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos pela Fifa, pelas demais pessoas jurídi-cas não domiciliadas no País (confederações Fifa, associações estrangeiras membros da Fifa, emissora fonte da Fifa e prestadores de serviços da Fifa) ou, por subsidiária Fifa no Brasil, para pessoas físicas, não residentes no País, empregadas ou de outra forma contratadas para trabalhar de maneira pessoal e direta na organização ou realização dos eventos, que ingressarem no País com visto temporário.

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24-36 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

Notas

(1) Salienta-se que as isenções também são aplicáveis aos árbitros, jogadores de futebol e outros membros das delegações, exclusivamente no que concerne ao pagamento de prêmios relacionados aos eventos, efetuado pelas pessoas jurídicas mencionadas neste tópico. Para esse efeito, prêmio é o valor auferido por essas pessoas físicas em função da sua participação nos eventos.

(2) Não caracteriza residência no País a permanência no Brasil durante o período de 1º.01.2011 a 31.12.2015, salvo no caso de obtenção de visto permanente ou vínculo empregatício com pessoa jurídica distinta da Fifa, de subsidiária Fifa no Brasil e das demais pessoas jurídicas de que trata este tópico.

(Lei nº 12.350/2010, art. 10; Decreto nº 7.578/2011, art. 18)

10.1 Pessoas físicas não residentes

Sem prejuízo dos acordos, dos tratados e das convenções internacionais firmados pelo Brasil, ou da existência de reciprocidade de tratamento, os demais rendimentos recebidos de fonte no Brasil, inclusive o ganho de capital na alienação de bens e direitos situa-dos no País, pessoas físicas empregadas ou de outra forma contratadas para trabalhar de maneira pessoal e direta na organização ou realização dos eventos, que ingressarem no País com visto temporário serão tributadas de acordo com normas específicas aplicá-veis aos não residentes no Brasil.

(Lei nº 12.350/2010, art. 10, § 3º; Decreto nº 7.578/2011, art. 18, § 3º)

10.2 IRRF

Estão isentos do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) os valores dos benefícios indiretos e o reembolso de despesas recebidos por voluntário da Fifa, da subsidiária Fifa no Brasil ou do LOC que auxi-liar na organização e realização dos eventos, até o valor de 5 salários-mínimos por mês, sem prejuízo da aplicação da tabela de incidência mensal do Imposto Renda sobre o valor excedente.

Salienta-se que, no caso de recebimento de 2 ou mais pagamentos em um mesmo mês, a parcela isenta deve ser considerada em relação à soma des-ses pagamentos.

A parcela dos rendimentos excedente ao limite será tributada na fonte conforme tabela progressiva mensal vigente no mês do pagamento e está sujeita ao ajuste anual.

O imposto retido na fonte poderá ser considerado antecipação do devido no ajuste anual.

No caso de ocorrer diferença a menor do limite de isenção em um mês, a diferença não poderá ser

transferida para meses anteriores ou posteriores para efeito da fruição da isenção.

(Lei nº 12.350/2010, art. 11; Decreto nº 7.578/2011, art. 19)

10.3 Declaração de ajuste anual

Caso o contribuinte esteja obrigado a apresentar a declaração de ajuste anual, deverá informar o soma-tório dos valores mensais recebidos e considerados isentos na forma do subtópico 10.2.

Entretanto, os rendimentos que excederem ao limite de isenção não poderão ser aproveitados para fruição da isenção em meses subsequentes.

(Lei nº 12.350/2010, art. 11, §§ 2º e 3º; Decreto nº 7.578/2011, art. 19, §§ 2º e 3º)

11. DESONERAÇÃO DE TRIBUTOS NAS AQUISIÇÕES REALIZADAS NO MERCADO INTERNO PELA FIFA, POR SUBSIDIÁRIA FIFA NO BRASIL E PELA EMISSORA FONTE DA FIFA

Dentre as desonerações de tributos indiretos inci-dentes nas aquisições realizadas no mercado interno pela Fifa, por subsidiária Fifa no Brasil e pela emissora fonte da Fifa, destacam-se a suspensão do PIS-Pasep e da Cofins.

11.1 Suspensão do PIS-Pasep e da Cofins

As vendas realizadas no mercado interno para a Fifa, para subsidiária Fifa no Brasil ou para a emissora fonte da Fifa, de mercadorias destinadas a uso ou consumo exclusivo na organização e realização dos eventos, serão dadas com suspensão da incidência da Contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins.

A suspensão desses tributos será convertida em isenção, após comprovação da utilização ou consumo do bem, nas finalidades previstas na Lei nº 12.350/2010, observado que, em hipótese alguma, dará direito a crédito da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins à Fifa, à subsidiária Fifa no Brasil e à emissora fonte.

A Fifa, a subsidiária Fifa no Brasil e a emissora fonte da Fifa são obrigadas solidariamente a recolher, na condição de responsáveis, as contribuições não pagas em decorrência da suspensão, acrescidas de juros e multa de mora, na forma da lei, calculados a partir da data da aquisição, se não utilizar ou consu-mir o bem na finalidade prevista, ressalvados os bens e equipamentos duráveis adquiridos para utilização nos eventos, desde que esses bens e equipamentos

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24-37Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

sejam reexportados ou doados nos prazos e nas con-dições estabelecidos no art. 5º da Lei nº 12.350/2010.

A suspensão somente se aplica aos bens adqui-ridos diretamente de pessoa jurídica indicada pela Fifa ou por subsidiária Fifa no Brasil, e habilitada pela RFB, nos termos e prazos por ela disciplinados.

A suspensão, e posterior conversão em isenção, não dará, em hipótese alguma, direito a crédito da Contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins à Fifa, à subsidiária Fifa no Brasil e à emissora fonte.

O benefício da suspensão da contribuição para o PIS-Pasep da Cofins aplica-se, ainda, aos bens e equipamentos duráveis adquiridos para utilização nos eventos, desde que esses bens e equipamentos sejam reexportados ou doados nos prazos e condi-ções estabelecidos no art. 5º da Lei nº 12.350/2010.

A RFB poderá relacionar os bens sujeitos aos benefícios citados neste subtópico.

(Lei nº 12.350/2010, art. 15; Decreto nº 7.578/2011, art. 23)

11.2 Notas fiscais

Nas notas fiscais relativas às vendas, de que trata o subtópico 11.1, deverá constar a expressão “Venda efetuada com suspensão da incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins”, com a indicação do dispositivo legal correspondente.

(Lei nº 12.350/2010, art. 15, § 4º; Decreto nº 7.578/2011, art. 23)

12. IMPORTAÇÃO DE BENS INTEGRANTES DE BAGAGEM ACOMPANHADA

A RFB poderá editar atos normativos específicos relativos ao tratamento tributário aplicável à bagagem dos viajantes que ingressarem no País para participar dos eventos de que trata este texto.

Os bens trazidos como bagagem acompanhada pertencentes à delegação esportiva poderão ser des-pachados conjuntamente por um de seus integrantes, segundo os procedimentos de controle aduaneiro e tratamento tributário aplicáveis aos bens de viajante, previstos na Instrução Normativa RFB nº 1.059/2010.

Nota

Segundo o Guia Aduaneiro para a Copa do Mundo Fifa 2014, são tam-bém considerados viajantes os integrantes de delegações esportivas que participarão da Copa do Mundo de 2014, como jogadores, preparadores téc-nicos, pessoal médico e correlato, dirigentes e pessoal de apoio em geral.

Porém, não são considerados como integrantes da delegação os convidados e profissionais de imprensa que viajam com a delegação.

O regime de bagagem independe de habilitação da delegação esporti-va estrangeira perante a RFB (aduana). São reconhecidas como delegações as Associações estrangeiras membros da Fifa, ou seja, as seleções de fute-bol estrangeiras.

Estão sujeitos ao tratamento de bagagem aqueles que podem ser im-portados no regime de tributação especial (RTE) de bagagem os bens, novos ou usados, de uso pessoal, como as peças de vestuário, os bens comuns da delegação esportiva, equipamento e material médico, utensílios de cozinha, alimentos e quaisquer outros itens destinados a suas atividades, inclusive as administrativas. Entretanto, alguns bens estão sujeitos a restrições e condi-ções, tais como os bens duráveis na bagagem entram no país no regime de admissão temporária, o que obriga o seu retorno ao exterior ou à adoção de outra forma de extinção desse regime, como a doação ou destruição (Ex.: animais de companhia só podem entrar no Brasil com o respectivo certi-ficado veterinário internacional; armas e suas munições só podem ser im-portadas com a prévia anuência da autoridade militar; bebidas alcoólicas, cigarros, charutos e tabacos estão sujeitos às restrições quantitativas na im-portação como bagagem, sendo, respectivamente: 12 litros, 10 maços com até 20 unidades; 25 unidades e 250 gramas, por viajante).

(Lei nº 12.350/2010, art. 6º; Decreto nº 7.578/2011, art. 14; Instrução Normativa RFB nº 1.293/2012, art. 18-A; Instrução Normativa RFB nº 1.363/2013; Guia Aduaneiro para a Copa do Mundo Fifa 2014)

13. IMPORTAÇÃO DE CARGAS COM ISENÇÃO TRIBUTÁRIA POR INTERMéDIO DE EMPRESAS DE TRANSPORTE DE COURIER INTERNACIONAL PARA OS EVENTOS RELACIONADOS à COPA DO MUNDO FIFA DE 2014

As importações promovidas pela Fifa, Subsidiária Fifa no Brasil, Confederações Fifa, Associações estrangeiras membros da Fifa, Parceiros Comerciais da Fifa domiciliados no exterior, Emissora Fonte da Fifa e Prestadores de Serviço da Fifa domiciliados no exterior podem realizar importações com o benefício fiscal previsto no art. 3º da Lei nº 12.350/2010.

Conforme o Guia Aduaneiro para a Copa do Mundo Fifa 2014:

a) qualquer tipo de bem utilizado na organização e execução dos Eventos relacionados com a Copa do Mundo Fifa de 2014 pode ser impor-tado, não se admitindo, no entanto, essa forma de importação para bebidas alcoólicas, fumo e produtos de tabacaria, armas e munições, moeda corrente e mercadorias destinadas ao comércio ou industrialização;

b) não podem ser despachadas na forma própria de courier as importações de bens cujo valor seja superior a US$ 3.000,00 ou o equivalente em outra moeda, os quais poderão ser despa-chados como carga, na forma das Seções 2 ou 3 do Guia Aduaneiro para a Copa do Mun-do Fifa 2014, conforme se trate de admissão temporária ou importação com isenção tribu-tária, respectivamente. Para fins de cálculo do valor referido (valor aduaneiro):

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24-38 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

b.1) considera-se o valor dos bens importados acrescido da importância paga (ou a pa-gar) pelo destinatário à empresa de cou-rier pelo transporte até o endereço desse no Brasil e, se contratado, da importân-cia do seguro de transporte internacional paga (ou a pagar) pelo destinatário;

b.2) as despesas anteriormente referidas su-portadas pelo remetente (incluídas no preço do bem) não são acrescidas ao valor aduaneiro;

c) para utilizar o benefício fiscal, é necessária a habilitação do destinatário dos bens impor-tados perante a Secretaria da RFB - aduana, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, observando-se que os domicilia-dos no exterior, para se habilitarem, devem in-dicar representante inscrito no CPF e realizar sua própria inscrição no CNPJ;

d) essas importações só podem ser realizadas por intermédio de empresas de transporte de courier habilitadas perante a RFB (aduana), cuja relação de empresas habilitadas ao transporte de courier está disponível no site da RFB na Internet (www.receita.fazenda.gov.br/aduana/rts.htm).

Nota

Na importação por meio de empresa de transporte de courier, esta assume e executa todos os procedimentos para a entrada dos bens no País e para o seu desembaraço aduaneiro, entregando os bens importados ao destinatário na condição de nacionalizados, livres para utilização, no endereço no Brasil consignado pelo remetente.

O remetente deverá entregar ao transportador internacional courier a fatura comercial (invoice) ou fatura proforma, para fins de comprovar o valor dos bens remetidos aos Brasil, e apresentar o Ato Declaratório Executivo (ADE) para comprovação da concessão da habilitação do destinatário perante a RFB.

As pessoas habilitadas aos benefícios da Lei nº 12.350/2010 poderão ser consultadas no site da RFB na Internet (www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/RegimePessoasHabilitadasParaAsCopas/RelacaodasPJIN1211.htm).

O destinatário dos bens (o importador) não tem qualquer participação nos procedimentos aduaneiros, e não tem relacionamento com a RFB (aduana), mas apenas com a empresa de courier.

Para que a isenção nas importações concedida aos entes referidos supra, pela Lei nº 12.750/2010, seja reconhecida pela RFB (aduana), é indispensável que:

a) o remetente, no exterior, informe à empresa de transporte de courier o número de inscrição do destinatário no CNPJ do destinatário no Brasil;

b) o remetente instrua a empresa de transporte de courier a informar, na Declaração de Importação de Remessa Expressa (Dire), que a importação é isenta de tributação com fundamento no art. 3º da Lei nº 12.350/2010;

c) o destinatário esteja habilitado aos benefícios da referida lei na for-ma da Instrução Normativa RFB nº 1.289/de 2012;

d) o remetente junte à embalagem de remessa ao Brasil a relação dos bens enviados, com indicação de seu valor unitário, quantidade e destinação finalística.

Ressalta-se que a RFB (aduana) não pode reconhecer o direito à isenção tributária se esse não for solicitado pela empresa de transporte de courier por meio da Dire.

As importações não isentas estão sujeitas à incidência do Imposto de Importação (II) calculado pela alíquota de 60% do valor aduaneiro dos bens. A depender da Unidade da Federação do endereço do destinatário, pode haver também a incidência do ICMS.

Os tributos devidos são recolhidos pela empresa de transporte, cabendo ao destinatário ressarci-la por essa despesa, na forma do contrato de transporte.

A importação de documentos não sofre qualquer tributação. Livros, jornais e periódicos também têm suas importações totalmente isentas de tributos, independentemente de habilitação a este benefício pelo destinatário, mas estes também sofrem a mesma limitação de valor para despacho na forma de courier, ou seja, o valor dos mesmos não pode ultrapassar a US$ 3.000,00.

(Instrução Normativa RFB nº 1.073/2010; Instrução Normativa RFB nº 1.059/2010; Guia Aduaneiro para a Copa do Mundo Fifa 2014)

14. PENALIDADES E OBRIGAÇÕES ACESSóRIAS

A utilização dos benefícios fiscais concedidos pela Lei nº 12.350/2010, em desacordo com os seus termos sujeitará o beneficiário, ou o responsável tributário, ao pagamento dos tributos devidos, acrescidos da taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), sem prejuízo das demais penalidades cabíveis.

A Fifa se sujeitará aos pagamentos anteriormente referidos em caso de vício contido na lista de eventos que impossibilite ou torne incerta a identificação e loca-lização do sujeito passivo ou do responsável tributário.

O disposto neste texto não desobriga as pessoas jurídicas e físicas beneficiadas de apresentar declara-ções e de cumprir as demais obrigações acessórias previstas em atos da RFB.

(Decreto nº 7.578/2011, arts. 30 e 32)

15. DISPOSIÇÕES GERAIS

A Fifa ou a subsidiária Fifa no Brasil apresentarão, à RFB, a relação dos eventos e das pessoas físicas e jurídicas passíveis de serem beneficiadas pelas deso-nerações tributárias focalizadas neste texto. A referida lista deverá ser atualizada trimestralmente ou sempre que exigido, na forma a ser prevista em regulamento.

A RFB divulgará a relação das pessoas físicas e jurídicas habilitadas à fruição dos benefícios. Contudo, na impossibilidade de a Fifa ou de subsidiária Fifa no Brasil apresentar a relação dos beneficiários, caberá ao LOC apresentá-la.

As desonerações tributárias aplicam-se somente às operações que a Fifa, as subsidiárias Fifa no Brasil, a emissora fonte da Fifa e os prestadores de serviço da Fifa demonstrarem, por intermédio de documen-tação fiscal ou contratual idônea, estar relacionadas com os eventos.

Os eventuais tributos federais recolhidos inde-vidamente, com inobservância do disposto na Lei

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24-39Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

nº 12.350/2010, serão restituídos de acordo com as regras previstas na legislação brasileira.

A utilização dos benefícios fiscais concedidos em desacordo com os termos determinados na legislação sujeitará o beneficiário ou o responsável tributário ao pagamento dos tributos devidos, acrescidos da taxa Selic, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis.

Fica a Fifa sujeita aos pagamentos dos tributos devidos no caso de vício contido na lista de benefici-ários da desoneração tributária, caso impossibilite ou torne incerta a identificação e a localização do sujeito passivo ou do responsável tributário.

A União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social de que trata o art. 68 da Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), no valor correspondente à estimativa de renúncia decorrente da desoneração de que trata a Lei nº 12.350/2010, relativa às contribuições previden-ciárias, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social, observando-se que:

a) renúncia consistirá na diferença entre o valor da contribuição que seria devido, como se não houvesse incentivo, e o valor da contribuição efetivamente recolhido; e

b) o valor estimado da renúncia será incluído na Lei Orçamentária Anual, sem prejuízo do repasse, enquanto não constar na mencionada lei.

A RFB estabeleceu regras sobre a habilitação dos eventos a se realizarem nos meses de julho e agosto de 2011 relacionados com a Copa das Confederações Fifa de 2013 e a Copa do Mundo Fifa de 2014, e das pessoas físicas e jurídicas a eles relacionadas para efeito de fruição dos benefícios, conforme espe-cificado no tópico 15. Quanto aos demais órgãos competentes do Governo Federal, no âmbito das respectivas competências, disciplinarão o benefício fiscal nos termos da Lei nº 9.779/1999, art. 16.

O Poder Executivo deverá encaminhar, ao Congresso Nacional, e fará publicar, até 1º.08.2016, a prestação de contas relativas à Copa das Confederações Fifa de 2013 e à Copa do Mundo Fifa de 2014, em que conste, dentre outras informações que possam ser atribuídas às competições, o seguinte:

a) a renúncia fiscal total;

b) o aumento de arrecadação;

c) a geração de empregos;

d) o número de estrangeiros que ingressaram no País para assistir aos jogos; e

e) o custo total das obras do Recopa.

(Lei nº 12.350/2010, art. 29; Decreto nº 7.578/2011, art. 31; Instrução Normativa RFB nº 1.173/2011, art. 1º)

16. HABILITAÇÃO DOS EVENTOS RELACIONADOS à COPA DAS CONFEDERAÇÕES FIFA DE 2013 E à COPA DO MUNDO FIFA DE 2014 JUNTO à RFB

A habilitação dos Eventos a se realizarem nos meses de julho e agosto de 2011 relacionados com a Copa das Confederações de Fifa 2013 e a Copa do Mundo Fifa de 2014, e das pessoas físicas e jurídicas a eles relacionadas, para efeito de fruição dos bene-fícios focalizados neste texto, devem se pautar pelas orientações constantes deste tópico.

Nota

Consideram-se eventos as competições referidas neste tópico e as se-guintes atividades a elas relacionadas, oficialmente organizadas, chanceladas, patrocinadas ou apoiadas pela Fifa, pela Subsidiária Fifa no Brasil ou pelo LOC:

a) os congressos da Fifa, banquetes, cerimônias de abertura, encer-ramento, premiação e outras cerimônias, sorteio preliminar, final e quaisquer outros sorteios, lançamentos de mascote e outras ativida-des de lançamento;

b) seminários, reuniões, conferências, workshops e coletivas de imprensa;

c) atividades culturais: concertos, exibições, apresentações, espetácu-los ou outras expressões culturais, bem como os projetos Futebol pela Esperança (Football for Hope) ou projetos beneficentes similares;

d) partidas de futebol e sessões de treino; e

e) outras atividades consideradas relevantes para a realização, orga-nização, preparação, marketing, divulgação, promoção ou encerra-mento das Competições.

(Instrução Normativa RFB nº 1.173/2011, art. 1º)

16.1 Lista dos eventos e lista das pessoas físicas e jurídicas

A lista dos Eventos a se realizarem em julho e agosto de 2011 relacionados com a Copa das Confederações Fifa de 2013 e a Copa do Mundo Fifa de 2014, e a lista das pessoas físicas e jurídicas que neles atuarem deverão ser apresentadas à Secretaria da RFB pela Fifa ou pela Subsidiária Fifa no Brasil.

A lista dos Eventos deverá conter nome, data e local de cada uma das atividades.

A lista das pessoas físicas e jurídicas deverá conter:

a) no caso de pessoa física, nome completo e nú-mero de inscrição no CPF, ou, na inexistência, o número do passaporte e país de procedência; ou

b) no caso de pessoa jurídica, nome empresarial e número de inscrição no CNPJ, ou, na sua ausência, o CPF do responsável.

As listas deverão conter apenas os Eventos a se realizarem em julho e agosto de 2011 e as pessoas físicas e jurídicas a eles relacionados.

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24-40 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

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Imposto de Renda e Legislação Societária

As listas deverão ser entregues na Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat) do Rio de Janeiro em meio eletrônico com cópia impressa.

(Instrução Normativa RFB nº 1.173/2011, arts. 2º e 7º)

16.2 Divulgação da habilitação

A RFB, com base nas listas referidas no subtópico 15.1, divulgará por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE) editado pelo Secretário da RFB a relação dos Eventos e das pessoas físicas e jurídicas habilitadas à fruição dos benefícios de que trata a Lei nº 12.350/2010.

A publicidade do ADE deverá ocorrer de forma consolidada no site da RFB, na internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br, sendo dispensada a sua publicação no Diário Oficial da União.

Os benefícios somente alcançam os Eventos e as respectivas operações a eles concernentes realizadas após a publicação do ADE.

(Decreto nº 7.578/2011, art. 8º; Instrução Normativa RFB nº 1.173/2011, arts. 3º e 4º)

16.3 Isenção dos tributos na importação

Para fins de fruição da isenção dos tributos na importação, entende-se por bens consumidos os bens dos tipos e em quantidades normalmente utilizados em eventos dessa magnitude.

O conceito de bens consumidos estabelecido não abrange veículos automotores em geral (motocicletas, motonetas, bicicletas com motor, motos aquáticas e simi-lares, aeronaves e embarcações de todo tipo) e armas.

As importações efetuadas na forma deste artigo não darão, em nenhuma hipótese, direito a crédito da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins.

Ressalvada a hipótese mencionada no subitem 4.2, a isenção a que se refere o subtópico 15.2 não se aplica à importação de bens e equipamentos durá-veis, os quais poderão ser admitidos no país sob o Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária, com suspensão (e não isenção) do pagamento dos tributos incidentes sobre a importação.

O benefício fiscal da suspensão do pagamento dos tributos em relação aos bens e equipamentos duráveis admitidos no País sob Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária é aplicável aos seguintes bens:

a) equipamento técnico-esportivo;b) equipamento técnico de gravação e transmis-

são de sons e imagens;c) equipamento médico; e

d) equipamento técnico de escritório.

Nessa hipótese, será concedida suspensão total dos tributos federais mencionados no tópico 4, inclusive no caso de bens admitidos temporariamente no País para utilização econômica, observados os requisitos e as con-dições estabelecidos nos arts. 353 a 382 do Decreto nº 6.759/2009, com as alterações do Decreto nº 8.010/2013.

(Decreto nº 7.578/2011, arts. 10, §§ 4º a 6º, e 12)

17. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS ACESSóRIAS

A apresentação de obrigações tributárias acessó-rias pelas pessoas jurídicas que gozam de benefícios fiscais tratados neste texto deverá ser formalizada de acordo com o que dispõe a legislação tributária federal, em especial a Instrução Normativa RFB nº 1.313/2012.

17.1 Forma e prazos para apresentação

As formas, os prazos para apresentação e as penalidades decorrentes da não apresentação ou da apresentação com incorreções das declarações de tributos a que estejam obrigadas essas pessoas jurídicas deverão obedecer ao estabelecido nas dis-posições normativas que regem essas declarações.

(Instrução Normativa RFB nº 1.313/2012, art. 1º, § 1º)

17.2 Obrigatoriedade de apresentação

Os entes domiciliados no Brasil, habilitados para a fruição dos benefícios fiscais focalizados neste texto não estão, em hipótese alguma, dispensados de apresentar as declarações de tributos exigidas dos contribuintes pela legislação tributária federal.

(Instrução Normativa RFB nº 1.313/2012, art.1º, § 2º)

17.3 Bases temporárias de negócios

As bases temporárias de negócios instaladas no País:

a) pela Fifa, por Emissora Fonte da Fifa e por Prestadores de Serviços da Fifa, estão obriga-das à apresentação da Declaração de Infor-mações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídi-ca (DIPJ) e da Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (DIRF);

b) por Confederações Fifa e por Associações membros da Fifa estão obrigadas à apresenta-ção da DIRF apenas nos casos de obrigação de retenção na fonte de tributos federais sobre importâncias pagas ou creditadas no Brasil.

(Instrução Normativa RFB nº 1.313/2012, arts. 2º e 4º)

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24-41Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 IR/LS

Imposto de Renda e Legislação Societária

Manual de Procedimentos

17.4 Dispensa de apresentação

As bases temporárias de negócios no País ins-taladas por Confederações Fifa e por Associações membros da Fifa ficam dispensadas de cumprir as seguintes obrigações acessórias caso não realizem no período operações pertinentes a essas:

a) Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF);

b) Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon); e

c) Declaração de Informações Econômico-Fis-cais da Pessoa Jurídica (DIPJ).

(Instrução Normativa RFB nº 1.313/2012, art. 5º)

17.5 Parceiro Comercial da Fifa domiciliado no exterior

O Parceiro Comercial da Fifa domiciliado no exte-rior não está obrigado ao cumprimento de obrigações acessórias relativas aos tributos internos adminis-trados pela Secretaria da RFB, exceto no caso de a exigência estar expressa em lei ou decreto.

Observe-se que também não se aplicam as obri-gações acessórias relativas ao registro especial e à utilização do selo de controle de que trata a Instrução Normativa SRF nº 504/2005.

(Instrução Normativa RFB nº 1.313/2012, art. 6º; Instrução Normativa RFB nº 1.362/2013)

17.6 Declaração de cessação de atividades com benefícios

A Fifa, a Subsidiária Fifa no Brasil e a Emissora Fonte da Fifa ficam obrigadas a apresentar à RFB declaração de cessação de atividades com os benefí-cios da Lei nº 12.350/2010 , acompanhada da compro-vação do cumprimento do requerimento de conversão da suspensão em isenção, por meio de doação ou reexportação e exportação a que se referem os arts. 8º a 11 da Instrução Normativa RFB nº 1.313/2012 em até 180 dias depois de 31.12.2015, observando-se que na declaração devem constar o nome e o endereço no Brasil do representante para fins de receber notificações da RFB, relativamente a qualquer matéria fiscal federal.

(Instrução Normativa RFB nº 1.313/2012, art. 12)

N

a IOB Perguntas e Respostas

COnTABILIDADe

Lavagem de dinheiro - optantes pelo simples nacional - sujeição

1) Os profissionais e organizações contábeis op-tantes do Simples Nacional estão sujeitos aos proce-dimentos da Resolução CFC nº 1.445/2013 (Normas Gerais de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Fi-nanciamento do Terrorismo)?

Sim. Independente de serem ou não optantes pelo Simples Nacional, os profissionais e organiza-ções contábeis estão sujeitas ao procedimento da Resolução CFC nº 1.445/2013, que disciplina normas gerais de prevenção à lavagem de dinheiro e ao finan-ciamento do terrorismo.

Salienta-se que não há necessidade de formaliza-ção de política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (§ 2º do art. 2º da Resolução CFC nº 1.445/2013), bem como aos pro-

cedimentos adicionais instituídos no § 1º do mesmo artigo, devendo serem cumpridos os demais disposi-tivos estabelecidos na Resolução.

(Resolução CFC nº 1.445/2013, arts. 1º e 2º)

Propriedade para investimento - Definição e classificação contábil

2) Onde deve ser classificado, no balanço patrimo-nial, um imóvel de propriedade de pessoa jurídica que não explora atividade imobiliária, mas pretende locá-lo por um determinado período para fins de obter rendi-mentos de aluguel?

De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 28, um bem, seja terreno, edifício, ou parte de um edifício, deve ser classificado como propriedade para investi-mento se mantido, pelo proprietário ou pelo arrendatá-rio em arrendamento financeiro, para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para:

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24-42 IR/LS Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Imposto de Renda e Legislação Societária

a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou

b) venda no curso ordinário do negócio.

(Pronunciamento Técnico CPC 28, item 5 - Propriedade para Investimento)

COFInS/PIS-PASeP

execução de obras de construção civil - regime cumulativo

3) Após as alterações promovidas pela Lei nº 12.973/2014 (que converteu a Medida Provisória nº 627/2013), as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil continuam sendo tributadas pelo regime cumulativo da contribuição para o PIS--Pasep e da Cofins?

Sim. As receitas decorrentes das atividades men-cionadas na questão continuam sendo tributadas pelo regime cumulativo da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, observando que o prazo anteriormente previsto para limite nessa sistemática era até 2015, mas foi ampliado para até 2019.

(Lei nº 10.833/2003, art. 10, XX, alterado pela Lei nº 12.973/2014, art. 55)

IRPF

curso presencial no exterior - remessa de recursos para dependentes - isenção

4) As remessas de recursos efetuadas por pessoa física a residentes ou domiciliados no exterior para cobertura de gastos com ensino de dependentes são tributadas pelo Imposto de Renda?

Em princípio, as remessas de recursos efetuadas por pessoa física a instituição de ensino domiciliada no exterior destinadas ao pagamento de curso de mestrado sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda na fonte à alíquota de 25%. Todavia, no período de 1º.01.2011 a 31.12.2015, estão isentas do Imposto de Renda as remessas efetuadas a esse título, desde que se trate de curso presencial no exterior e seja observado o limite global de R$ 20.000,00 ao mês, para os gastos pessoais e de seus dependentes referentes às despesas relacionadas no § 3º do art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.214/2011. Se

ultrapassado o limite global mensal, o imposto incidirá somente sobre a parcela que o ultrapassar.

(Instrução Normativa RFB nº 1.214/2011, art. 1º, § 3º; So-lução de Consulta Disit nº 142/2012, da 10ª Região Fiscal - RS)

Desapropriação por interesse público ou social - isenção

5) O ganho de capital apurado pela indenização paga a valor justo em desapropriação, por interesse público ou social, é tributado pelo Imposto de Renda?

Não. A indenização decorrente de desapropria-ção não encerra ganho de capital, pois a propriedade é transferida ao Poder Público por valor justo e determinado pela Justiça a título de indenização, não ensejando lucro, mas mera reposição do valor do bem expropriado.

(Solução de Consulta Cosit nº 105/2014; Lei nº 10.522/2002, art. 19; Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1/2014; Nota PGFN/CRJ nº 1.114/2012)

TRIBuTOS e COnTRIBuIçõeS FeDeRAIS

Benefícios fiscais da copa do mundo Fifa de 2014 - habilitação

6) Como deverá ser feita a habilitação do operador logístico contratado pelas Confederações Fifa ou pelas associações estrangeiras membros da Fifa para fins de fruição dos benefícios fiscais relativos à realização, no Brasil, da Copa do Mundo Fifa de 2014?

Somente poderão usufruir dos benefícios fiscais de que trata a Lei nº 12.350/2010 os eventos, as bases tem-porárias de negócios e as pessoas físicas e jurídicas, domiciliadas ou não no Brasil, previamente habilitadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

A habilitação deverá ser requerida mediante a utilização do formulário no modelo constante do Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, estabelecido para a habilitação de prestadores de serviço Fifa domiciliados no Brasil. Ressalta-se que, por ocasião da habilitação do operador logístico, deverá ser apresentada a prova de relação contratual que legitima o operador logístico a promover a impor-tação de interesse da contratante.

(Instrução Normativa RFB nº 1.289/2012, art. 8º-A, incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.465/2014)