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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA P/ ICMS/RJ PROFESSOR: ALUISIO NETO 1 www.pontodosconcursos.com.br Comentários às questões da Aula 02 – IPVA e ITCMD Olá, caro aluno! Conforme prometido, trago até você os comentários às questões apresentadas junto com a aula 02, quando abordamos dois impostos estaduais: o IPVA e o ITCMD. Espero que faça bom proveito, assimilando ainda mais os conceitos apresentados na aula e memorizando os pontos mais importantes relativos ao assunto tratado. A resolução de exercícios é de fundamental importância na sua aprovação nesse certame. Só com eles você estará apto a detectar os pontos que o elaborador das questões da sua prova costuma selecionar para tentar arrancar alguns pontos preciosos. 01. (FGV/SEFAZ-RJ/2007/Fiscal de Rendas Com adaptações) Nos termos da Lei 2.877/97, não é(são) isento(s) do IPVA: a) Veículos automotores terrestres com mais de 15 (quinze) anos de fabricação. b) Vans, Kombis, Topics ou veículos similares destinadas exclusivamente ao transporte complementar de passageiros. c) veículos automotores de Associações representativas de pessoas portadoras de deficiência. d) os veículos automotores de propriedade das pessoas jurídicas de direito público externo, quando destinados ao uso de sua missão diplomática ou consulado. e) a embarcação pertencente a pescador, pessoa física, utilizada na atividade artesanal ou de subsistência, comprovada por entidade representativa da classe, limitada a um veículo por beneficiário. Essa questão foi apresentada no texto da aula 02, sendo o tipo de questão em que não se tem muito o que pensar. Ou se sabe ou não se sabe, exigindo do candidato apenas o disposto literalmente em lei, típico de prova da FGV, conforme comentei.

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Comentários às questões da Aula 02 – IPVA e ITCMD

Olá, caro aluno!

Conforme prometido, trago até você os comentários às questões apresentadas junto com a aula 02, quando abordamos dois impostos estaduais: o IPVA e o ITCMD.

Espero que faça bom proveito, assimilando ainda mais os conceitos apresentados na aula e memorizando os pontos mais importantes relativos ao assunto tratado.

A resolução de exercícios é de fundamental importância na sua aprovação nesse certame. Só com eles você estará apto a detectar os pontos que o elaborador das questões da sua prova costuma selecionar para tentar arrancar alguns pontos preciosos.

01. (FGV/SEFAZ-RJ/2007/Fiscal de Rendas – Com adaptações) Nos termos da Lei 2.877/97, não é(são) isento(s) do IPVA:

a) Veículos automotores terrestres com mais de 15 (quinze) anos de fabricação.

b) Vans, Kombis, Topics ou veículos similares destinadas exclusivamente ao transporte complementar de passageiros.

c) veículos automotores de Associações representativas de pessoas portadoras de deficiência.

d) os veículos automotores de propriedade das pessoas jurídicas de direito público externo, quando destinados ao uso de sua missão diplomática ou consulado.

e) a embarcação pertencente a pescador, pessoa física, utilizada na atividade artesanal ou de subsistência, comprovada por entidade representativa da classe, limitada a um veículo por beneficiário.

Essa questão foi apresentada no texto da aula 02, sendo o tipo de questão em que não se tem muito o que pensar. Ou se sabe ou não se sabe, exigindo do candidato apenas o disposto literalmente em lei, típico de prova da FGV, conforme comentei.

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A alternativa “a” traz o caso de isenção concedida aos veículos com mais de 15 anos de fabricação, conforme consta no inciso VII do artigo 5º da lei estadual.

A alternativa “b”, gabarito da questão, traz caso geral de veículos destinados ao transporte de passageiros. Para que venham a se beneficiar da isenção prevista em lei, as Vans, Kombis, Topics ou veículos similares devem:

• Devem ser pertencentes às Cooperativas;

• As Cooperativas devem estar devidamente regularizadasno órgão público estadual competente na forma da Lei a ser editada;

• Os veículos devem ser destinados exclusivamente ao transporte complementar de passageiros;

A alternativa “c” traz o caso de isenção previsto no inciso XI do artigo 5º da lei estadual, enquanto o caso previsto na alternativa “d” encontra-se no inciso I do mesmo artigo estadual.

Por sua vez, a isenção presente na alternativa “e” trata de caso que não possui mais aplicação prática, uma vez que não incide mais o IPVA sobre a propriedade de embarcações, apesar de ainda constar na lei como uma hipótese de isenção.

Gabarito: alternativa b.

02. (FGV/SEFAZ-RJ/2009/Fiscal de Rendas) Segundo a Lei nº 2.877/97, com relação a um veículo novo adquirido em 20 de abril de 2009 e a um veículo usado (ano de fabricação: 2000) sinistrado em 25 de maio de 2009 (perda total), é correto afirmar, respectivamente, que:

a) o proprietário obriga-se ao pagamento do valor correspondente a 9/12 do IPVA/2009 / não tem direito à devolução alguma (veículo sinistrado), pois o IPVA/2009 foi pago anteriormente ao sinistro.

b) o proprietário obriga-se ao pagamento do valor correspondente a 9/12 do IPVA/2009 / tem direito à devolução (veículo sinistrado), tenha ou não pagado integralmente o IPVA/2009.

c) o proprietário obriga-se ao pagamento do valor correspondente a 9/12 do IPVA/2009 apenas no caso de tratar-se de

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importação de veículo / não tem direito à restituição, pois o fato gerador do imposto ocorreu em 1º de janeiro de 2009.

d) o proprietário obriga-se ao pagamento do valor integral do IPVA/2009, no caso de ser consumidor final / não tem direito à restituição, pois o fato gerador do imposto ocorreu depois de 1º de janeiro de 2009.

e) o proprietário obriga-se ao pagamento do valor integral do IPVA/2009, no caso de ser pessoa jurídica / tem direito à restituição total se pagou o IPVA/2009 integralmente e no prazo legal.

Conforme vimos na aula, quando alguém adquire um veículo, ficará sujeito ao pagamento do IPVA em virtude da propriedade do veículo adquirido. O valor a pagar será proporcional ao período do ano em que o veículo ficará sob a propriedade do adquirente. Deve-se ter em mente ainda que as frações de meses serão contadas como mês integral, para efeito de pagamento do imposto.

Assim, para o caso em tela, o adquirente deverá pagar o valor equivalente à 9/12 do valor integral do IPVA/2009, em qualquer caso, e não só na importação, como afirma a alternativa “c”. Assim, já podemos eliminar as alternativas “c”, “d” e “e”.

Quanto ao veículo sinistrado, devemos supor inicialmente que o IPVA já foi pago anteriormente à perda total. Assim, uma vez que a legislação do Estado do Rio de Janeiro prevê que não serão devidas restituição de valores já pagos, resta como correta a alternativa “a”, gabarito da questão.

Gabarito: alternativa a.

03. (FGV/SEFAZ-RJ/2010/Fiscal de Rendas) Com relação ao Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor – IPVA, instituído e cobrado no Estado do Rio de Janeiro, assinale a afirmativa incorreta.

a) O imposto incide sobre a propriedade de aeronaves. b) É isento do pagamento do IPVA os veículos automotores

terrestres com mais de 15 (quinze) anos de fabricação. c) A base de cálculo do IPVA é o valor venal do veículo automotor.

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d) A alíquota é de 3% para automóveis de passeio e camionetas bi-combustíveis, movidos a álcool e/ou gasolina.

e) O imposto é devido por duodécimos ou fração que faltem para o término do exercício, na hipótese de perda da condição de não-incidência ou de isenção.

Conforme estudamos na aula, a legislação do Estado do Rio de Ja-neiro não prevê a incidência do imposto sobre aeronaves e embar-cações, condizente com o que pensa o STF sobre o assunto, ainda que não unanimemente. É o que dispõe o artigo 1º da lei estadual nº 2.877/97. Assim, resta incorreta a alternativa “a”, gabarito da questão.

“Art. 1.º O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores Ter-restres, devido anualmente, tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor terrestre por proprietário domiciliado ou residente no Estado do Rio de Janeiro.”

A alternativa “b” é correta, conforme já vimos na questão 43, apresentada na aula. São isentos do pagamento do IPVA os veícu-los automotores com mais de 15 anos de fabricação, conforme o inciso VII do artigo 5º da lei estadual nº 2.877/97.

”Art. 5.º Estão isentos do pagamento do imposto: ........... VII - veículos automotores terrestres com mais de 15 (quinze) anos de fabricação;”

A alternativa “c”, conforme visto no item da aula relativo à base de cálculo, mostra-se correta, uma vez que o valor venal do veículo é o que determina, regra geral, a base de cálculo sobre a qual irá ser aplicada a alíquota para determinação do imposto a ser pago. É o que determina o artigo 6º da lei estadual nº 2.877/97.

”Art. 6.º A base de cálculo do imposto é o valor venal do veículo automotor.”

A alternativa “d” também é correta. Esse é o teor do inciso II-A do artigo 10 da lei estadual nº 2.877/97.

”Art. 10. A alíquota do imposto é de: ............... II-A - 3% (três por cento) para automóveis de passeio e camionetas bi-combustíveis, movidos a álcool e/ou gasolina;”

Por fim, temos a alternativa “e”, também correta. Esse é o teor do artigo 13 da lei estadual nº 2.877/97.

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”Art. 13. Na perda total por sinistro, roubo ou furto, o imposto é devido por duodécimo ou fração, contado até a data da ocorrência, não cabendo restituição, se o imposto tiver sido pago anteriormente ao evento.”

Gabarito: alternativa a.

04. (FGV/SEFAZ-RJ/2010/Fiscal de Rendas) Com relação aos tributos de competência dos Estados é correto afirmar que:

a) o ICMS deverá ser seletivo em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços.

b) o ITCMD terá a competência para sua instituição regulada por lei complementar, caso o doador tenha domicílio ou residência no exterior.

c) o ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal, sendo que, em casos de isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não ocorrerá a anulação do crédito relativo às operações anteriores.

d) em razão de expressa disposição constitucional e atendimento ao princípio da capacidade contributiva, o IPVA não poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização dos veículos.

e) o ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas por resolução do Confaz.

Essa questão, como muitas da FVG, cobrou o conhecimento mínimo a ser exigido de um candidato a Auditor Fiscal, sem maiores problemas.

A alternativa “a” trata do ICMS, a ser visto nas aulas 03 a 08. Essa alternativa é errada, uma vez que o ICMS poderá ser seletivo em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. Não é uma imposição ao legislador, e sim uma faculdade. É o que dispõe o inciso III do §2º do artigo 155 da CF/88. Falaremos mais sobre esse assunto na aula seguinte.

“III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;”

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A alternativa “b”, gabarito da questão, trata do ITCMD. Segundo o que foi visto no início da aula 02, o imposto terá a competência tributária para sua instituição regulada por lei complementar sempre que o De cujus ou o doador dos bens ou direitos tiver domicílio ou residência no exterior, conforme determina o inciso III do §1º do artigo 155 da CF/88:

“III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior;”

A alternativa “c” está errada, tendo em vista o que dispõem os incisos I e II do §2º do artigo 155 da CF/88, a serem comentados na aula 03:

“I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;” b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

A alternativa “d” refere-se ao IPVA, encontrando-se errada, tendo em vista o que dispõe o inciso II do §6º do artigo 155 da CF/88:

“§ 6º O imposto previsto no inciso III:

I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;

II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. “

Por fim, na alternativa “e”, o elaborador “viajou na maionese”. Alíquotas do ITCMD fixadas pelo CONFAZ? O CONFAZ é tema ligado ao ICMS, não tendo nada a ver como o imposto de transmissão. Quem fixa as alíquotas máximas do ITCMD é o Senado Federal, que o fez por meio de sua Resolução nº 08/91.

Gabarito: alternativa b.

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05. (FGV/SEFAZ-RJ/2007/Fiscal de Rendas) No caso de transmissão de títulos, créditos, ações, quotas, valores e outros bens móveis de qualquer natureza, bem como dos direitos a eles relativos, o imposto é devido

ao Estado do Rio de Janeiro se nele tiverem domicílio as pessoas relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

a) o doador, ou se nele se processar a sucessão b) o donatário, na hipótese em que o doador tenha domicílio ou

residência no exterior c) o herdeiro ou legatário, se o de cujus possuía bens, era

domiciliado ou residente no exterior, ainda que a sucessão tenha sido processada no país

d) o herdeiro ou legatário, se a sucessão tiver sido processada no exterior

e) o donatário, em qualquer hipótese

Conforme vimos na aula, no caso de bens móveis, o imposto de transmissão será devido ao Estado onde tiver domicílio o doador, ou onde tiver sido processado o inventário ou arrolamento, nos casos de transmissões causa mortis. Assim, resta correta a alternativa “a”.

No caso do doador possuir domicílio ou residência no exterior, o ITCMD caberá ao Estado onde tiver domicílio o donatário dos bens ou direitos transmitidos, o que torna a alternativa “b” correta.

Quanto às alternativas “c” e “d”, também corretas, vale a mesma explicação dada à alternativa “b”, em que o contribuinte do imposto será o herdeiro ou o legatário residente ou domiciliado no Estado do Rio de Janeiro, relativamente às transmissões causa mortis.

Por fim, temos a alternativa “e”, incorreta e gabarito da questão. Não será qualquer hipótese que o donatário será o contribuinte do ITCMD. Nos casos de transmissões causa mortis em que o inventário ou arrolamento tiver sido processado em outro Estado ou no DF, o imposto caberá ao ente onde estes

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tiverem sido processados, e não ao Rio de Janeiro, mesmo que o donatário seja residente ou domiciliado neste Estado.

Gabarito: alternativa e.

06. (FGV/SEFAZ-RJ/2007/Fiscal de Rendas) Será objeto de recolhimento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD:

a) a dação em pagamento. b) o oferecimento de bens imóveis em garantia. c) a doação de bens em adiantamento de legítima. d) a transmissão de bens ao cônjuge, em virtude da comunicação

decorrente do regime de bens do casamento. e) a consolidação da propriedade na pessoa do fiduciário.

Diante do que vimos na aula, somente incidirá o ITCMD nas transmissões causa mortis e nas doações, estas, operações não-onerosas por natureza. Assim, sendo a dação em pagamento um ato oneroso, a alternativa “a” é incorreta.

Quanto à alternativa “b”, esta se mostra incorreta, uma vez que não incide o ITCMD nas transmissões de direitos reais de garantia, conforme o inciso II do artigo 1º da lei estadual nº 1.427/89.

A alternativa “c”, gabarito da questão, refere-se aos casos em que os bens do “futuro” De cujus são doados por este aos futuros herdeiros. Sendo uma doação, incide o ITCMD.

Por sua vez, a alternativa “d” é incorreta, uma vez que se trata de uma hipótese de isenção, não sendo devido o pagamento do imposto. Há o fato gerador, mas não há a constituição do crédito tributário e, por conseqüência, não haverá o pagamento. Essa isenção está capitulada no inciso IV do artigo 3º da lei estadual nº 1.427/89.

Por fim, a alternativa “e” também é incorreta, tendo em vista tratar-se de outra hipótese de isenção prevista na lei estadual em seu inciso V, artigo 3º.

Gabarito: alternativa c.

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07. (FGV/SEFAZ-RJ/2008/Fiscal de Rendas) Em relação ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITD), analise as afirmativas a seguir:

I. É isento do imposto a doação de imóvel a ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, se destinado à sua residência. II. Não há possibilidade de incidência do imposto na doação de um imóvel destinado a uma instituição religiosa. III. No caso de doação, é contribuinte do imposto o doador. IV. Incide o imposto na aquisição do bem ou direito em excesso pelo cônjuge meeiro, na partilha, em dissolução de sociedade con-jugal. V. O herdeiro é contribuinte do imposto, mesmo que a sucessão tiver sido processada no exterior, se ele tiver domicílio no Estado, seja quanto à transmissão de bens móveis, quanto de bens imóveis.

Assinale:

a) se somente as afirmativas I, II, IV e V forem verdadeiras. b) se somente as afirmativas I, II e IV forem verdadeiras. c) se somente as afirmativas I, III e IV forem verdadeiras. d) se somente a afirmativa I for verdadeira. e) se somente as afirmativas I e IV forem verdadeiras.

Item I) Certo. É o que determina o inciso VI do artigo 3º da lei estadual nº 1.427/89.

Item II) Errado. Há a possibilidade de incidência do imposto na doação de um imóvel destinado a uma instituição religiosa, desde que o imóvel doado não seja destinado às finalidades essenciais da instituição, conforme determina o §4º do artigo 150 da CF/88:

“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: ................ VI - instituir impostos sobre: ............ b) templos de qualquer culto; ................. § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços,

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relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.”

Item III) Errado. Na doação, o contribuinte do imposto é o donatário, aquele que recebe os bens. É o que determina o artigo 5º da lei estadual nº 1.427/89

Item IV) Certo. É o que determina o inciso IV do artigo 1º da lei estadual nº 1.427/89.

Item V) Errado. No caso de transmissão de bens imóveis, o imposto caberá ao Estado da situação do bem, independente de a sucessão tiver sido ou não processada no exterior.

Gabarito: alternativa e.

08. (FGV/SEFAZ-RJ/2010/Fiscal de Rendas) Com relação ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e por Doação – ITD, no caso de extinção de usufruto de imóvel por renúncia do usufrutuário, assinale a afirmativa correta.

a) O imposto não é devido, pois o ITD só incide sobre transmissão causa mortis.

b) O imposto é devido, desde que o usufrutuário não seja proprietário de outro imóvel.

c) O imposto não é devido, salvo se a extinção do usufruto tivesse decorrido de morte do usufrutuário.

d) O imposto é devido, pois ocorreu transmissão de direito real sobre o imóvel.

e) O imposto é devido, sendo a base de cálculo do ITD equivalente a 60% do valor do bem.

Ao renunciar ao usufruto, o usufrutuário abre mão do direito a ele conferido de utilizar o bem. Com isso, há a extinção do usufruto. Extinto o usufruto, direito real sobre bem imóvel, há a transmissão do direito real constituído sobre o bem ao nu-proprietário, incidindo o ITCMD. É o que determina o inciso II do artigo 1º da lei estadual nº 1.427/89.

Gabarito: alternativa “d”.

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09. (FGV/SEFAZ-RJ/2010/Fiscal de Rendas) Com relação ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e por Doação – ITD, devido no caso de escritura pública de inventário e partilha de bens, assinale a afirmativa incorreta.

a) O reconhecimento de isenção, imunidade e não incidência deve ser certificado pela autoridade fazendária, no plano de partilha apresentado.

b) O ITD deve ser pago antes da lavratura do ato notarial. c) Para processamento da guia de recolhimento do ITD, o

interessado deve apresentar à Secretaria de Estado de Fazenda, dentre outros documentos, o plano de partilha, certidões de óbito e de casamento do autor da herança.

d) O lançamento do ITD terá por base os valores atribuídos aos bens pela autoridade fiscal.

e) Havendo desigualdade nas meações ou entre quinhões, sem compensação financeira compatível, não incide o ITD.

Essa questão exigiu do candidato o conhecimento da Resolução Conjunta SEFAZ/PGE nº 03/07. Entretanto, foi exigido o conhecimento literal do que ela dispõe, sem qualquer dificuldade para o candidato.

Alternativa a) Certa. É o que determina o artigo 7º da Resolução, bem como o artigo 29 da lei estadual nº 1.427/89.

“Art. 7.º O reconhecimento de isenção tributária, imunidade e não-incidência deverá ser certificado pela Autoridade Fazendária, no plano de partilha apresentado”

Alternativa b) Certa. É o que determina o artigo 1º da Resolução.

“Art. 1.º No caso de escritura pública de inventário e partilha de bens, nos termos do artigo 982 e 1.124-A, do Código de Processo Civil, com a redação dada pela Lei n.º 11.441, de 4 de janeiro de 2007, o ITD deverá ser pago antes da lavratura do ato notarial, nos termos das normas contidas nos artigos 18 e 26, da Lei Estadual n.º 1.427/89.”

Alternativa c) Certa. É o que determina os incisos I, II e II do artigo 2º da Resolução.

“Art. 2.º Para o processamento da guia de recolhimento do imposto é necessário que sejam apresentados à Secretaria de Estado de Fazenda, pelo interessado, os seguintes documentos, em cópia autenticada, que darão origem a procedimento administrativo específico:

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I - Plano de partilha, em duas vias, assinado por advogado, no qual constará a qualificação do autor da herança, a qualificação do cônjuge supérstite, se houver, a relação de bens, com as respectivas descrição e avaliação, a relação dos herdeiros devidamente qualificados, e a forma da partilha do acervo hereditário; II - Certidão de óbito do autor da herança; III - Certidão de casamento do autor da herança, e o pacto antenupcial, se houver;”

Alternativa d) Certa. É o que determina o artigo 3º da Resolução.

“Art. 3.º O lançamento tributário terá por base os valores atribuídos aos bens pela autoridade fiscal, nos termos do artigo 14, caput e parágrafo único, da Lei Estadual n.º 1.427/89.”

Alternativa e) Errada. Havendo desigualdade nas meações ou entre quinhões, sem compensação financeira, fica configurada a doação de um cônjuge ao outro, incidindo o ITCMD. É o que determina o parágrafo único do artigo 3º da lei estadual nº 1.427/89.

“Parágrafo único - Observado o disposto no caput deste artigo, havendo desigualdade nas meações ou entre os quinhões, sem compensação financeira compatível, incidirá o imposto estadual de doação.”

10. (CESPE/Exame da Ordem/2008) Wilson foi ao DETRAN, no dia 17/12/2007, para proceder à transferência da propriedade de seu veículo a Airton. Lá, foi informado de que a transferência dependia da quitação do IPVA daquele ano, e que ele deveria ir à Secretaria da Fazenda para providenciar o pagamento. Na Secretaria da Fazenda, relatou o fato e, após assinar o requerimento da segunda via do documento de arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), recebeu a notificação para pagamento do respectivo imposto.

A situação hipotética acima configura caso de lançamento tributário:

a) por declaração. b) por homologação. c) de ofício. d) por requerimento.

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Nessa questão o elaborador tentou “pescar” o candidato menos atento, ou mais “afobado”. Mesmo lançando o tributo após o relato do fato pelo proprietário e contribuinte do IPVA, o lançamento é feito de ofício pelo autoridade tributária competente, a qual é responsável pela determinação da alíquota, da base de cálculo e do montante a ser pago, sem nenhuma interferência do sujeito passivo. Diferentemente ocorre com o ITCMD, que é lançado por declaração. Neste tipo de imposto, a autoridade tributária lança o tributo devido após declaração efetuada pelo sujeito passivo ou por terceiro sobre matéria de fato indispensável ao lançamento.

Gabarito: alternativa c.

11. (NCE/SEFAZ-MG/Gestor Fazendário-TI/2007) Em relação ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), pode-se afirmar que:

a) a Constituição Federal atribui competência privativa aos Estados e municípios para a instituição desse imposto;

b) a incidência do IPVA, cujo fato gerador é a propriedade do veículo, não impede a exigência do pedágio, que é cobrado, pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

c) o IPVA apresenta fim predominantemente extra-fiscal; d) contribuintes do IPVA são apenas as pessoas físicas

proprietárias de veículos automotores; e) a Constituição Federal estabelece alíquota progressiva em

relação ao IPVA.

Alternativa a) Errada. Conforme visto, a CF/88 atribui competência tributária para a instituição do IPVA apenas aos Estados, DF e União. A competência da União, entretanto, somente será exercida quando da eventual criação de território federal.

Alternativa b) Certa. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Enquanto o IPVA tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor, o pedágio, conforme redação da alternativa, é cobrado pela utilização de vias conservadas pelo poder público. A previsão para a cobrança de pedágio consta no inciso V do artigo 150 da CF/88:

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“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

...............

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos inte-restaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;”

Alternativa c) Errada. Conforme visto na aula. O IPVA tem caráter essencialmente fiscal, pois sua principal função é prover o Estado tributante com receitas, incidindo sobre uma manifestação de riqueza do contribuinte.

Alternativa d) Errada. Conforme consta na lei estadual nº 2.877/97, o contribuinte do IPVA é o proprietário do veículo, não fazendo distinção entre pessoa física ou jurídica. Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem ser proprietárias de veículos. Logo, ambas podem ser contribuintes do IPVA. Aqueles que porventura possuam seu veículo financiado junto a uma instituição financeira (leasing) podem conferir o proprietário do veículo constante no documento de arrecadação do IPVA. Nele consta a instituição financeira. Após o pagamento integral, seu nome é o que constará nesse campo.

Alternativa e) Errada. Na CF/88 não consta nem previsão nem autorização para o estabelecimento de alíquotas progressivas do IPVA. Somente poderão ser progressivos os tributos que a CF/88 expressamente autorizar em seu texto.

12. (CESPE/Banco da Amazônia/Técnico Científico/2007 – COM ADAPTAÇÕES) Considere que O Estado do Rio de Janeiro tenha modificado a base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) no dia 22 de dezembro, tornando-o mais oneroso. Nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir, acerca da legislação tributária.

a) A modificação da base de cálculo equipara-se à majoração do IPVA. b) É lícita a cobrança do novo valor do IPVA a partir do primeiro dia útil do exercício financeiro seguinte.

Item a) Verdadeiro. A modificação da base de cálculo é uma forma de majoração do IPVA, devendo sempre ser feita por lei em sentido estrito, conforme o artigo 97, IV, do CTN. E para que

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produza efeitos no exercício seguinte, essa alteração deve ser realizada e publicada em lei até o último dia do exercício para que seus efeitos possam ser válidos já no primeiro dia do ano seguinte. E o que nos diz o princípio da anterioridade do exercício financeiro, combinado com a exceção ao princípio da noventena dada à mudança da base de cálculo do IPVA, todos com sede constitucional.

Item b) Verdadeiro. A mesma explicação dada ao final do item anterior é resposta para esse item.

Gabarito: VV

13. (Questão Inédita) Preencha os parênteses em branco com as alíquotas do IPVA referentes aos veículos descritos, segundo o disposto na lei estadual 2.877/97. Em seguida, marque aalternativa que contém a seqüência verdadeira.

1. 1,0% 2. 2,0% 3. 3,0% 4. 4,0% 5. 0,5% 6. Isento

( ) Caminhonetes bi-combustíveis ( ) Ônibus ( ) Microônibus ( ) Ambulância da Prefeitura de Petrópolis ( ) Automóvel movido a álcool ( ) Veículo que utilize gás natural ou energia elétrica ( ) Automóveis utilitários ( ) Veículo de empresa locadora, destinado a locação, adquirido

mediante contrato de “leasing” ( ) Automóvel de passeio ( ) Cavalos Mecânicos ( ) Automóvel pertencente à Embaixada da Espanha em Nova Friburgo ( ) Ciclomotores

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a) 3-2-2-4-3-2-4-1-2-1-4-2 b) 2-1-3-1-3-2-2-1-2-1-4-2 c) 3-1-3-4-3-2-2-1-4-1-2-1 d) 3-2-2-6-2-1-3-5-4-1-6-2 e) 3-2-3-2-3-2-3-1-4-1-4-5

Essa questão é respondida com o simples conhecimento do que dispõem os artigos 5º e 10 da lei estadual nº 2.877/97:

“Art. 10. A alíquota do imposto é de:

I - REVOGADO.

II - 4% (quatro por cento) para automóveis de passeio e camionetas, exceto utilitários;

II-A - 3% (três por cento) para automóveis de passeio e camionetas bi-combustíveis, movidos a álcool e/ou gasolina;

III - 3% (três por cento) para utilitários;

IV - 2% (dois por cento) para ônibus, microônibus, motocicletas e ciclomotores;

V - 1% (um por cento) para caminhões, caminhões-tratores e veículos de transporte de passageiros a taxímetro pertencentes a pessoas jurídicas;

VI - 2% (dois por cento) para automóveis movidos a álcool;

VII - 1% (um por cento) para veículos que utilizem gás natural ou energia elétrica;

VIII - 0,5% (meio por cento) para veículos destinados exclusivamente à locação, de propriedade de pessoa jurídica com atividade de locação devidamente comprovada nos termos da legislação aplicável, ou na sua posse em virtude de contrato formal de arrendamento mercantil ou propriedade fiduciária.

IX - 4% (quatro por cento) para demais veículos não alcançados pelos incisos anteriores, inclusive os veículos de procedência estrangeira;”

Preenchendo corretamente os espaços com a alíquota correspondente à cada tipo de veículo, temos o seguinte:

(3) Caminhonetes bi-combustíveis (2) Ônibus (2) Microônibus (6) Ambulância da Prefeitura de Petrópolis (2) Automóvel movido a álcool (1) Veículo que utilize gás natural ou energia elétrica (3) Automóveis utilitários (5) Veículo de empresa locadora, destinado a locação, adquirido

mediante contrato de “leasing” (4) Automóvel de passeio (1) Cavalos Mecânicos (6) Automóvel pertencente à Embaixada da Espanha em Nova Friburgo (2) Ciclomotores

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Gabarito: alternativa d.

14. (Questão Inédita) Julgue os itens a seguir, tendo em vista as disposições relativas ao IPVA, especialmente as constantes na lei estadual 2.877/97:

a) O STF, em seu RE 134.509/AM, decidiu unanimemente sobre a não incidência do IPVA sobre a propriedade de embarcações e aeronaves, embora grande parte da doutrina defenda a tese da incidência da exação também sobre esses veículos.

b) A base de cálculo do veículo novo é o valor constante da Nota Fiscal da Venda, independente do valor de mercado, para efeito da sua primeira tributação.

c) São isentos do IPVA os veículos terrestres especiais de propriedade de deficiente físico, desde que únicos em cada espécie e categoria, nos termos da classificação constante da legislação de trânsito e conforme a regulamentação disponha.

d) Para efeito de sua primeira tributação, considera-se ocorrido o fato gerador, em se tratando de veículo de procedência estrangeira, na data do desembaraço aduaneiro, quando importado por consumidor final e por empresa revendedora de veículos.

e) Considera-se ocorrido o fato gerador do IPVA sempre dia 1º de janeiro de cada exercício.

Alternativa a) Falsa. Conforme comentado na aula, a decisão do STF excluindo do campo de incidência do IPVA os veículos automotores aquáticos e aéreos não é unânime entre os magistrados do Egrégio Tribunal Federal.

Alternativa b) Falsa. Quando os valores constantes na nota fiscal de venda não corresponderem ao valor real de mercado do veículo novo, o valor do veículo, para efeito de determinação da base de cálculo do IPVA, será o preço comercial tabelado pelo órgão competente, conforme previsão do artigo 8º da lei estadual.

Alternativa c) Verdadeira. Transcrição literal do inciso V do artigo 5º da lei estadual.

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Alternativa d) Falsa. A previsão consta no artigo 1º da lei estadual. Quanto ao consumidor final, o fato gerador ocorre na data do desembaraço aduaneiro. Quanto à empresa revendedora de veículos, o fato gerador só ocorre, quanto a esta, quando da incorporação do veículo ao seu ativo permanente. Na venda do veículo a consumidor final, o fato gerador só ocorre no momento da venda.

Alternativa e) Falsa. Essa é a regra geral. Entretanto, a lei estadual enumera outras hipóteses em que se considera ocorrido o fato gerador, constantes no parágrafo único do artigo 1º da lei estadual.

Gabarito: FFVFF

15. (FCC/SEFAZ-SP/2009/Agente Fiscal da Rendas – Com adaptações) Tártarus, casado sob o regime de comunhão universal de bens com Afrodite, faleceu e deixou viúva e dois filhos de nomes Oranos e Hemera, dois netos, filhos desta última, de nomes Theia e Brontes e nenhum ascendente. Os bens comuns do casal foram avaliados em R$ 100.000,00. Os filhos do falecido, Oranos e Hemera, renunciaram à herança. Quanto à sujeição passiva do ITCMD e ao montante do imposto causa mortis a ser recolhido, tendo em vista a legislação do Estado do Rio de Janeiro, é correto afirmar:

a) Afrodite, viúva, em face da renúncia dos filhos do falecido, herdará a totalidade da herança, respondendo pelo pagamento do imposto, no valor total de R$ 4.000,00.

b) Theia e Brontes, netos do falecido, são considerados contribuintes do imposto, pois herdam por direito próprio e por cabeça. O valor do imposto devido será de R$ 1.000,00 para cada um.

c) Oranos e Hemera são responsáveis individualmente pelo pagamento do imposto, no valor de R$ 2.000,00, cada um, por se tratar de renúncia pura e simples.

d) Afrodite, viúva, recolherá o imposto, no valor de R$ 2.000,00, correspondente aos bens que herdou do falecido marido, por ser a próxima da classe a suceder.

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e) Theia e Brontes são considerados contribuintes do imposto, por serem sucessores do falecido, em decorrência da renúncia pura e simples de sua mãe e de seu tio, devendo cada um deles pagar o imposto no valor de R$ 2.000,00.

Inicialmente devemos considerar a alíquota do ITCMD, presente no artigo 17 da lei estadual: 4%.

Sendo o casamento em regime de comunhão universal de bens, segundo o artigo 1.829 Código Civil, o cônjuge sobrevivente não entra na partilha dos bens pertencentes ao De Cujus, sendo estes transmitidos aos seus herdeiros, ou seja, a Oranos e a Hemera. O valor a ser transmitido corresponde a R$ 50.000,00. A outra parte da meação pertence a Afrodite.

“Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais.” (Grifo nosso)

Uma vez que Oranos e Hemera renunciaram à herança, esta passa a ser direito dos netos do falecido, segundo dispõe o artigo 1.811 do Código Civil:

“Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça.”

Diante da caso apresentado, e tendo em vista as disposições legais, serão contribuintes do ITCMD os netos do falecido, por receberem a herança por esse deixada com a sua morte e tendo em vista a renúncia da sua mãe, Hemera, e do seu tio, Oranos.

Assim, aplicando-se a alíquota de 4% sobre a base de cálculo no valor de R$50.000,00, chegaremos ao valor do imposto de transmissão devido de R$ 2.000,00. Esse valor, entretanto, será dividido entre ambos os herdeiros, resultando em R$ 1.000,00 para cada um.

Alternativa correta: letra b.

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16. (NCE/SEFAZ-MG/2007/Gestor Fazéndario – Com adaptações) Sobre as hipóteses de não-incidência do imposto de transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, e levando-se em consideração a legislação do Estado do Rio de Janeiro, assinale a alternativa FALSA. O imposto NÃO incidirá quando o herdeiro, legatário ou donatário for: a) a União, o Estado ou o município; b) empresas públicas e sociedades de economia mista; c) templos de qualquer culto; d) partidos políticos; e) entidades sindicais.

Essa ficou fácil. Basta saber as hipóteses de imunidade previstas na CF/88 em seu artigo 150, VI, incisos de “a” a “c”. Exceto as empresas públicas e sociedades de economia mista, todas as demais entidades presentes na questão são imunes a impostos sobre o seu patrimônio, nos quais está incluído o ITCMD.

Gabarito: alternativa b.

17. (ESAF/SEFAZ-CE/2007/Auditor Fiscal da Receita) João, nascido em Fortaleza e residente e domiciliado no Rio de Janeiro, veio a falecer deixando testamento em favor de Pedro, residente no Rio de Janeiro, e de Paulo, residente no Ceará. Pelo testamento, foram destinadas a Pedro uma casa em Fortaleza e várias obras de arte, e a Paulo um apartamento no Rio de Janeiro e um lote de ações da Cia. Vale do Rio Doce. O inventário processou-se no Rio de Janeiro. Considerando os dados acima, e tendo em vista as normas sobre o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD), assinale as afirmativas abaixo com F ou V, conforme sejam falsas ou verdadeiras e, a seguir, marque a opção que contém a seqüência correta.

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( ) Paulo é contribuinte do ITCD, devido ao Estado do Ceará, incidente sobre o apartamento. ( ) Paulo é contribuinte do ITCD, devido ao Estado do Ceará, incidente sobre as ações. ( ) Pedro é contribuinte do ITCD, devido ao Estado do Ceará, incidente sobre a casa. ( ) Pedro é contribuinte do ITCD, devido ao Estado do Ceará, incidente sobre as obras de arte. ( ) Pedro não é contribuinte do ITCD devido ao Estado do Ceará. ( ) Paulo não é contribuinte do ITCD devido ao Estado do Ceará. a) F, V, V, F, V, F b) F, F, V, F, F, V c) V, F, F, V, V ,F d) V, V, F, F, F, V e) F, F, F, V, V, V

Novamente, essa questão se resolve com a leitura do que dispõe o §1º do artigo 155 da CF/88, que define a competência do Estado para a cobrança ou não do ITCMD. Em se tratando de bens imóveis e respectivos direitos, compete o imposto ao Estado da situação dos bens, seja na transmissão causa mortis, seja na doação. No caso de bens móveis, títulos e créditos, o imposto caberá ao Estado onde for processado o inventário ou arrolamento, nos casos de transmissão causa mortis, ou onde tive domicílio o doador, nos casos de doação.

Inicialmente, temos os seguintes domicílios e localização dos bens imóveis:

João: Estado do Rio de Janeiro;

Paulo: Estado do Ceará;

Pedro: Estado do Rio de Janeiro;

Casa: Fortaleza/CE/89;

Apartamento: Rio de janeiro/RJ

Tendo sido o inventário processado no Estado do Rio de Janeiro, o ITCMD incidente sobre os bens móveis compete a este Estado. Assim, incidirá o imposto sobre as obras de arte e sobre o lote de ações da Cia. Vale do Rio Doce, e será devido ao Rio de Janeiro, repito.

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Quanto aos bens imóveis, caberá o imposto incidente sobre a transmissão causa mortis ao Estado onde estes se situarem. Quando à casa herdada por Pedro, caberá o ITCMD ao Estado do Ceará. Quanto ao apartamento herdado por Paulo, caberá o ITCMD ao Estado do Rio de Janeiro.

Sendo assim, podemos formar a seguinte tabela:

Contribuinte Bem herdado Estado Tributante

Pedro Casa Ceará

Obras de Arte Rio de Janeiro

Paulo

Apartamento Rio de Janeiro

Lote de Ações da Cia. Vale do Rio Doce

Rio de Janeiro

Gabarito: alternativa b.

18. (MPRN/MP-RN/2001/Procurador) O recolhimento do Imposto sobre a Transmissão causa mortis deve ser efetuado com base na alíquota vigente: a) na data da homologação do cálculo pelo juiz. b) na data da abertura da sucessão. c) na data da abertura do inventário ou do arrolamento. d) no primeiro dia do exercício seguinte ao que ela houver sido

modificada. e) na data da avaliação judicial, se esta ocorrer.

Essa questão se resolve com o simples conhecimento do que dispõe a Súmula STF nº 112:

“O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão””

Gabarito: alternativa b.

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19. (Questão Inédita) Em relação à lei estadual nº 1.427/89, que instituiu o ITCMD no Estado do Rio de Janeiro, assinale a alternativa correta:

a) Fica permitido, nos termos e condições estabelecidas em Resolução do Secretário de Estado de Fazenda, o pagamento parcelado dos valores devidos em até 36 vezes.

b) Não será cobrado o imposto sobre bem ou direito cuja respectiva guia de pagamento não ultrapasse o valor equivalente a 100 UFIRs-RJ;

c) O imposto, entre outras hipóteses, tem como fato gerador a transmissão de direitos reais sobre imóveis;

d) Nas transmissões causa mortis ou por doação que se efetuarem sem o pagamento do imposto devido, são solidariamente responsáveis por esse pagamento o inventariante ou o doador, conforme o caso;

e) É tributável, a título de doação, a renúncia manifestada por herdeiro ou legatário em favor de pessoa indeterminada ou indeterminável.

Alternativa a) Errada. Conforme o parágrafo único do artigo 17 da lei estadual, o pagamento do ITCMD poderá ser parcelado em até 24 veze, e não em 36.

Alternativa b) Errada. O valor mínimo de pagamento do ITCMD será o equivalente a 50 UFRI-RJ, conforme disposto no artigo 29-C da lei estadual.

Alternativa c) Errada. Não são todos os direitos reais sobre imóveis que são fatos geradores do ITCMD. Excluem-se os direitos reais de garantia e as servidões prediais. É o que determina o inciso II do artigo 1º.

Alternativa d) Certa. É o teor do artigo 6º da lei estadual.

Alternativa e) Errada. Conforme determina a lei, só é tributada a renúncia em favor de pessoa DETERMINADA ou DETERMINÁVEL, conforme o parágrafo único do artigo 2º da lei estadual.

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20. (Questão Inédita) Em relação à lei estadual nº 2.877/97, que instituiu o IPVA no Estado do Rio de Janeiro, assinale a alternativa correta:

a) A base de cálculo do imposto é o valor constante na nota fiscal de venda, emitida em decorrência da compra, no caso de veículos nacionais, ou o valor constante no documento de importação, para os veículos importados;

b) Contribuinte do imposto é toda pessoa física ou jurídica possuidora de veículo automotor, sendo o adquirente responsável solidário com o alienante em relação ao imposto anteriormente devido e não pago;

c) Considera-se ocorrido o fato gerador do IPVA em 1º de janeiro de cada ano, exceto em relação aos veículos importados, novos ou usados, em que o fato gerador será a data do desembaraço aduaneiro;

d) A falta de recolhimento do imposto nos prazos fixados acarreta atualização monetária e sujeita o contribuinte à multa de 25 % do valor atualizado do veículo;

e) Para a apuração do valor venal poderão ser levados em conta os preços mensalmente praticados no mercado e os preços médios aferidos por publicações especializadas, podendo ainda ser considerados: peso, potência, capacidade máxima de tração, cilindrada, número de eixos, tipo de combustível e dimensões do veículo.

Alternativa a) Errada. Essas não são as únicas hipóteses de definição de base de cálculo presentes na lei. Além disso, esses valores, em ambos os casos, são válidos apenas para efeitos de primeira tributação. O caso geral é que a base de cálculo seja o valor venal do veículo, conforme tabela baixada pelo Poder Executivo. É o que determinam os artigos 6º a 9º da lei estadual nº 2.877/97.

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Alternativa b) Errada. Todo o enunciado está correto, inclusive em relação à responsabilidade solidária do adquirente, exceto quanto ao termo “possuidora”. O correto seria proprietária, termo técnico utilizado na lei. Posse é diferente de propriedade. Uma nem sempre pressupõe a outra.

Alternativa c) Errada. Conforme consta no parágrafo único do artigo 1º da lei estadual, existem outras hipóteses de fato gerador:

“Parágrafo único - considera-se ocorrido o fato gerador: I - em 1º de janeiro de cada exercício ou quando o veículo for encontrado no território do estado do rio de janeiro sem o comprovante do pagamento do imposto objeto desta lei; II - na data de sua primeira aquisição por consumidor final, no caso de veículo novo; III - na data do desembaraço aduaneiro, em se tratando de veículo novo ou usado importado do exterior pelo consumidor final.”

Alternativa d) Errada. A penalidade prevista pela falta de recolhimento do imposto nos prazos previstos acarreta multa de 25%, mas sobre o valor do imposto devido, e não sobre o valor do veículo. (Se fosse verdadeiro, seria uma baita sacanagem do legislador. 25% do valor de uma Ferrari... nada mal ☺).

Alternativa e) Certa. É o teor do que determina o parágrafo único do artigo 7º da lei estadual nº 2.877/97.

21. (Questão Inédita) Em relação à lei estadual nº 1.427/89, que instituiu o ITCMD no Estado do Rio de Janeiro, são hipóteses de isenção do imposto, exceto:

a) a consolidação da propriedade na pessoa do fiduciário; b) a transmissão causa mortis de valores recebidos em vida pelo

de cujus, correspondentes a remuneração, rendimentos de aposentadoria e pensão, honorários, PIS, PASEP, FGTS;

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c) a aquisição do domínio direto, por doação e a aquisição, por doação, por Estado estrangeiro, de imóvel exclusivamente destinado a uso de sua missão diplomática ou consular;

d) a doação, pelo Poder Público a particular, de bem imóvel inserido no âmbito de programa habitacional destinado a pessoas de baixa renda ou em decorrência de calamidade pública e a transmissão, por doação, de imóvel destinado à construção de habitações de interesse social e, quando ocupados por comunidades de baixa renda, seja objeto de regularização fundiária e urbanística;

e) a transmissão dos bens ao cônjuge, em virtude da comunicação decorrente do regime de bens do casamento.

Essa questão trata de disposições literais da lei. As hipóteses de isenção estão capituladas no artigo 3º da lei estadual nº 1.427/89.

A única alternativa que apresenta incorreção é a “b”, uma vez que a isenção relativa à transmissão causa mortis de valores se refere àqueles NÃO recebidos em vida pelo De Cujus, correspondentes a remuneração, rendimentos de aposentadoria e pensão, honorários, PIS, PASEP, FGTS.

Gabarito: alternativa b.

22. (Questão Inédita) Em relação à lei estadual nº 1.427/89, que instituiu o ITCMD no Estado do Rio de Janeiro, assinale a alternativa correta:

a) Nas transmissões causa mortis e doações ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos forem os herdeiros, legatários ou donatário, exceto em relação aos bens indivisíveis, que não comportam transmissão separadamente a cada um dos herdeiros ou legatários;

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b) se considera existir transferência de direito na renúncia à herança ou legado, quando esta se efetive dentro das seguintes circunstâncias concorrentes: seja feita sem ressalva, em benefício do monte, e não tenha o renunciante praticado qualquer ato que demonstre a intenção de aceitar a herança ou legado;

c) A base de cálculo do imposto é o valor real dos bens ou direitos, ou o valor do título ou crédito, transmitidos ou doados, entende-se por valor real o valor corrente de mercado do bem ou direito; no caso de valores mobiliários, ativos financeiros e outros bens negociados em bolsa, considera-se valor real o da cotação média publicada na data do fato gerador;

d) No caso de imóvel, o valor da base de cálculo não será superior: em se tratando de imóvel urbano ou direito a ele relativo, ao fixado para o lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU, ou em se tratando de imóvel rural ou direito a ele relativo, ao valor total do imóvel declarado pelo contribuinte para efeito de lançamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR;

e) O imposto será pago antes da realização do ato ou da lavratura do instrumento, público ou particular, que configurar a obrigação de pagá-lo, sem exceção.

Alternativa a) Errada. O fato gerador do ITCMD é múltiplo, quando os herdeiros ou legatários, ou donatários, forem em número maior que dois. Essa característica do fato gerador é independente da indivisibilidade ou não do bem transmitido ou doado.

Alternativa b) Errada. Os casos presentes na alternativa são aqueles em que NÃO se considera existir transferência de direito na renúncia à herança ou à legado, conforme determina o artigo 2º da lei estadual nº 1.427/89.

Alternativa c) Certa. É o que determinam os artigo 10, caput e §1º, e 15 da lei estadual nº 1.427/89.

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Alternativa d) Errada. A previsão constante no parágrafo único do artigo 14 da lei estadual nº 1.427/89, quanto aos valores do IPTU e do ITR, referem-se aos valores mínimos a serem adotados. Sendo assim, o valor da base de cálculo do imóvel transmitido não poderá ser inferior aos constantes para o IPTU e para o ITR, conforme o caso.

Alternativa e) Errada. A previsão constante no artigo 18 da lei estadual nº 1.427/89 admite exceções, constantes nos incisos I a V:

“Art. 18. O imposto será pago antes da realização do ato ou da lavratura do instrumento, público ou particular, que configurar a obrigação de pagá-lo, com exceção dos casos adiante especificados, cujos prazos para pagamento são os seguintes: I - na transmissão causa mortis, cujo inventário se processe sob o rito convencional, dentro de 90 (noventa) dias, a contar da intimação da decisão homologatória do cálculo; II - na sucessão provisória, 6 (seis) meses depois de passar em julgado a sentença que determinar a sua abertura; III - na doação de bem imóvel ou direito a ele relativo, objeto de instrumento lavrado em outro Estado , antes da apresentação no Registro Público competente situado no território fluminense; IV - na hipótese do artigo 1º, inciso IV, desta lei, dentro de 30 (trinta) dias contados da ciência da homologação da partilha de bens; V - nos casos não especificados, decorrentes de atos judiciais, dentro de 30 (trinta) dias contados da sua ciência pelo contribuinte.”

23. (Questão Inédita) Em relação às penalidades previstas na lei estadual nº 1.427/89 relativamente ao descumprimento das obrigações previstas na lei, assinale a alternativa correta. O infrator ficará sujeito à multa:

a) de 50% do valor do veiculo, quando não forem prestadas as informações necessárias ao lançamento ou não for pago o tributo, nos prazos legais ou regulamentares;

b) de 1% do valor não informado, não superior a 1.000 UFIRs-RJ, caso a serventia extrajudicial, de acordo com suas atribuições,

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deixe de prestar semanalmente informações a que estejam obrigados;

c) de 76% do valor do imposto, na ocorrência de omissão ou de inexatidão de declaração, sem ficar caracterizada a intenção fraudulenta;

d) de 250% do valor do imposto devido, nunca inferior a 130 UFIRs-RJ, caso ocorra omissão ou inexatidão que possam influir no cálculo do tributo ou que provoquem a declaração da não-incidência, isenção ou suspensão do pagamento do imposto;

e) de 10% do imposto devido na transmissão causa mortis, quando o inventário não for aberto em até dois meses após o óbito, ou, no caso de escritura pública, o procedimento de lançamento não tiver sido iniciado nesse mesmo prazo.

Alternativa a) Errada. A multa refere-se à 50% do valor do imposto devido, e não em relação ao valor do veículo. É o que determina o inciso I do artigo 20 da lei estadual nº 1.427/89.

Alternativa b) Errada. O limite mínimo do valor da multa é que é de 1.000 UFIRS-RJ, e não o limite máximo. Quanto às informações a serem prestadas, essas devem ser feitas mensalmente, e não semanalmente, como consta na alternativa. É o que determina o inciso VI do artigo 20 da lei estadual nº 1.427/89.

Alternativa c) Errada. O valor da multa é de 76 UFIRS-RJ, e não de 76% do valor do imposto. É o que determina o inciso III do artigo 20 da lei estadual nº 1.427/89.

Alternativa d) Certa. É o que determina o inciso II do artigo 20 da lei estadual nº 1.427/89.

Alternativa e) Errada. Muita atenção nesse item, caro aluno! Dois meses nem sempre correspondem a 60 dias! Quando o inventário não for aberto, o prazo previsto na lei fala de 60 diasapós o óbito, ou, no caso de escritura pública, o procedimento de lançamento não tiver sido iniciado nesse mesmo prazo. É o que determina o inciso IV do artigo 20 da lei estadual nº 1.427/89.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA P/ ICMS/RJ PROFESSOR: ALUISIO NETO

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GABARITO

1 B 13 D 2 A 14 FFVFF 3 A 15 B 4 B 16 B 5 E 17 B 6 C 18 B 7 E 19 D 8 D 20 E 9 E 21 B 10 C 22 C 11 B 23 D 12 VV