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Ideias para Avenida Brasil e dilemas do planejamento urbano Tardes do Saber: Desenvolvimento Urbano 1º lugar Prêmio Ministro Gama Filho 2015 da ECG/TCE/RJ Tarciso Binoti Simas Arquiteto Urbanista, Mestre em Eng. de Transportes pelo PET/UFRJ Professor - FAU/UFRJ e FAU/UNISUAM Doutorando pelo PROURB/UFRJ

Ideias para Avenida Brasil e dilemas do planejamento urbano · Ideias para a Avenida Brasil.. Prêmio Ministro Gama Filho 2015 Escola de Contas e Gestão – TCE-RJ Cluster urbano

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Ideias para Avenida Brasil e dilemas do planejamento urbano

Tardes do Saber: Desenvolvimento Urbano

1º lugar Prêmio Ministro Gama Filho 2015 da ECG/TCE/RJ

Tarciso Binoti Simas

Arquiteto Urbanista, Mestre em Eng. de Transportes pelo PET/UFRJ

Professor - FAU/UFRJ e FAU/UNISUAM

Doutorando pelo PROURB/UFRJ

Ideias para a Avenida Brasil..

Prêmio Ministro Gama Filho 2015

Escola de Contas e Gestão – TCE-RJ

Cluster urbano como estratégia de redesenvolvimento na Avenida Brasil - Rio

de Janeiro *Pesquisa de Mestrado feita entre os anos de

2011 e 2012 de um recorte específico

..e dilemas do planejamento urbano

O planejamento da cidade pode assumir abordagens opostas

Cidade pensada para uma elite

Mercado imobiliário, empresas de ônibus, indústria do turismo, empresas multinacionais..

Cidade pensada para pessoas

Diminuir as desigualdades, aumentar a qualidade de vida, de bem-estar social, desenvolvimento

mais sustentável

http://www.tdtsustentabilidade.org/blog/ 18/05/2016; 10 hs

(in) Sustentabilidade

Século 21: Era urbana Cidade é o habitat para maior parte da

humanidade

População mundial urbana 1950 (30%) 2014 (54%) 2050 (66%)

Brasil 2014 (85%) 2050 (91%)

Crise da sustentabilidade pegada ecológica x Biocapacidade

Era urbana – consumista e poluidora *Cultura do Consumismo

Aumento do consumo de bens, recursos, energia Aumento de poluição e desperdício

Grande parte vive em metrópoles Brasil: 43% da população (87 milhões de

habitantes) residem nas 25 maiores regiões metropolitanas, ocupando apenas 2,0% do

território nacional

Além de poluidora, a cidade está mais vulnerável a catástrofes e crises ambientais..

Globalização

http://www.archdaily.com.br/br/763172/mapas-a-urbanizacao-no-mundo-entre-1950-e-2030/54f480a3e58ecefd78000016

Acesso em 16/02/2016, às 16 horas.

Foco de decisão pode mudar facilmente entre as cidades globais

Aumentou a competitividade das cidades para atrair investimentos

“Fábrica planetária” Globalização, deslocalização e sistemas de

informação A produção busca competitividade locacional (mão

de obra barata, incentivos fiscais, matéria prima) Foco de decisão nas cidades globais

Imagem da cidade City Marketing, global class, planejamento

estratégico

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2014/11/06/interna_vidaurbana,541095/consorcio-apresenta-redesenho-do-projeto-novo-recife.shtml

Acesso em 23/09/2016, às 10horas.

City marketing

Objetivo de atrair investimentos Desenvolvimento exógeno

A cidade se torna um negócio financeiro

Tratamento da imagem da cidade (planejamento) Desejo de renovação imobiliária

Cenário artificial (não condiz com a realidade) Perspectivas de arranha-céu espelhado (prejuízo

em identidade, conforto térmico, gasto energético) Paisagem “livre” de favela

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2014/11/06/interna_vidaurbana,541095/consorcio-apresenta-redesenho-do-projeto-novo-recife.shtml

Acesso em 23/09/2016, às 10horas.

Supervalorização do solo

Valor do imóvel: potencial de endividamento Os bancos e os fundos internacionais investem em

locais com supervalorização A população financia a vida inteira um imóvel

Modelo de escravidão

Gentrificação – Enobrecimento Aumento do valor do solo, da moradia, custo de

vida População mais pobre é obrigada a morar em

territórios mais baratos na periferia

Baixo rendimento financeiro de bolsas de valor Empresas e bancos tem investimento no

mercado imobiliário (Josep Maria Montaner e Zaída Muxí, 2014)

quantidade de moradia não garante o acesso/direito à moradia

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2014/11/06/interna_vidaurbana,541095/consorcio-apresenta-redesenho-do-projeto-novo-recife.shtml

Acesso em 23/09/2016, às 10horas.

Supervalorização do solo

Planejamento das cidades Voltado para aumentar o lucro, o poder e o

domínio de segmentos elitistas, como o mercado imobiliário, indústria do turismo e empresas

multinacionais. E não às necessidades da população

“Quanto mais mega-projetos, mais nós roubamos dos pobres, mais construímos cidades que os

excluem” Saskia Sassen (sociológa holandesa)

“Instrumentalização” da cultura Cultura como um negócio

cenário que não condiz a identidade local (Claudia Seldin, 2015)

http://www.bbc.com/travel/story/20111201-the-futurist-rios-museum-of-tomorrow?OCID=fbtvl

Acesso em 23/09/2016, às 10horas.

Projeto de arquitetura de grife Arquiteto estrela

“Desenvolvimento Sustentável satisfaz às necessidades das gerações atuais sem

comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazer as suas próprias”

(“Nosso Futuro Comum” Relatório das Nações Unidas, 1988)

Arquitetura como objeto de poder econômico e político

Processo de planejamento: Cima para baixo Sem participação popular ou consenso coletivo

Sem atender as necessidades da população local Sem estudo das vocações do território

Planejamento da cidade

Desigualdades + de 1 bilhão de pes. vivem em favelas (UN, 2013)

Brasil, + de 11 milhões vivem em aglomerações

subnormais (IBGE, 2016)

http://www.straight.com/news/442711/global-inequality-threatens-united-nations-progress-poverty-visiting-scholar-vancouver 18/05/2016; 10 hs

..a geração atual

Favela não como um problema

Desde o êxodo rural até os dias atuais

solução informal para o déficit habitacional

Supervalorização da moradia: autoconstrução e a informalidade

Dívida social

Melhores infraestruturas e condições de vida

Catástrofes e crises

A população mais pobre está mais vulnerável..

direito a cidades “mais” sustentáveis

entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-

estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes

e futuras gerações (Estatuto da Cidade)

Segregação

Gentrificação (enobrecimento) “Expulsão branca” da população mais pobre para

periferias

Expansão para áreas verdes afastadas pouca infraestrutura urbana e de transporte (não

urbanizado).. é mais barato Aumenta o lucro da indústria da construção civil

Vende uma ilusão de vida mais tranquila Expansão em baixa densidade

Modelo urbano Maior segregação entre casa-trabalho

Deslocamentos pendulares - Dependente do automóvel e de transporte público ineficiente

Aumentando a área de urbanização Infraestrutura e equipamentos insuficientes

Falta de identidade urbana Ilusão de vida mais tranquila: Os problemas

(insegurança) continuam Consumo de áreas verdes e perda da

biodiversidade

Territórios centrais vão acumulando vazios urbanos

Territórios que não cumprem função social ou abaixo do aproveitamento construtivo mínimo

Aumentam a sensação de insegurança, de falta de interesse

Desperdício de infraestruturas urbanas, terreno ou imóvel ocioso

(recursos e energia na construção civil) Desprezo pela memória da cidade

Potencial de crescimento interno, reciclagem da cidade

Deve ter maior cautela sobre seu tratamento

Vazios urbanos

Ineficiência da cidade Baixa qualidade de vida

Aumento do custo de urbanização/habitante Infraestruturas subutlizadas

Cautela no planejamento Planejamento de baixo para cima

Feito pelas (e para) pessoas Baseado nas necessidades e vocação local

Valorização da identidade e os laços culturais Desenvolvimento das funções sociais

Diminuição das desigualdades

Sem interesse de atração de grande empresas

Cautela

Ideias (não projeto) para a Avenida Brasil

Avenida Brasil

Baixo/Médio IDH Escolaridade, Longevidade, Renda

Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Disponível em <http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-09-07/cinco-mil-imoveis-estao-abandonados-no-rio-300-deles-somente-no-centro.html>. Acesso em 15/07/2015 às 11 horas.

Vazios da indústria Rio de Janeiro perdeu grande parte de sua função

produtiva ao longo do eixo industrial da Avenida Brasil

Localização privilegiada Centro da cidade, Porto do Rio, Aeroporto..

Indústrias remanescentes Escassas, sobreviventes..

Bairros que diminuíram postos de trabalho

Média/Alta densidade demográfica Edifícios residenciais mais próximos às estações

ferroviárias, vilas industriais, favelas..

Memória e identidade cultural Edifícios históricos e industriais,

equipamentos culturais, esportivos..

Avenida Brasil

Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Disponível em <http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-09-07/cinco-mil-imoveis-estao-abandonados-no-rio-300-deles-somente-no-centro.html>. Acesso em 15/07/2015 às 11 horas.

2012 | AEIU da Avenida Brasil Desregulamentação urbanística de incentivo ao reaproveitamento e reocupação desses imóveis

industriais

Amplia as possibilidades de uso (sem restrição ao industrial)

Aumenta o potencial construtivo no fator 0,5

Diminui algumas exigências de projeto

Projeto de Lei 1340 do ano de 2012 Ainda não aprovado na Câmara de Vereadores

Ementa:concede benefícios fiscais relacionados a obras de revitalização da Área de Especial

Interesse Urbanístico da Avenida Brasil Remissão (Perdão) de dívida e isenção de

IPTU, de ITBI e de ISS

Ideias favoráveis ao mercado imobiliário

Cautela quanto aos edifícios históricos e industrias Preservar a memória industrial com novos

usos

Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Disponível em <http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-09-07/cinco-mil-imoveis-estao-abandonados-no-rio-300-deles-somente-no-centro.html>. Acesso em 15/07/2015 às 11 horas.

Função Social da propriedade

O interesse coletivo prevalece sobre o uso da propriedade individual

Art. 182 da Constituição de 1988 § 2º A propriedade urbana cumpre sua

função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas

no plano diretor.

Constituição de 1988 + Estatuto da Cidade

[1] Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios

[2] Imposto Predial e Territorial Urbano –IPTU progressivo no tempo

[3] Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública

o poder público municipal poderá desapropriar o imóvel, depois de decorridos 05 anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo

Assim como, dar ao terreno ocioso a destinação prevista no plano diretor, o que poderá ser

feito diretamente, por alienação ou concessão a terceiros

Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Disponível em <http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-09-07/cinco-mil-imoveis-estao-abandonados-no-rio-300-deles-somente-no-centro.html>. Acesso em 15/07/2015 às 11 horas.

Ideias para Avenida Brasil

Vazios da Indústria

Fins habitacionais

Ideias

Projetos feitos por concursos de projeto, cooperativas de arquitetos, valorize a

identidade industrial e local

Sem arquitetos estrelas ou de grife

Projetos sem “banho de loja”

Sem objetivo de elitização,

supervalorização do solo/gentrificação

Dívida social – favelas, alta densidade populacional

Melhores infraestruturas e condições de vida

“Não basta distribuir renda para assegurar a justiça urbana. É preciso distribuir melhor a

cidade.”

Ermínia Maricato (Professora da FAU-USP)

Vazios: potencial de complementaridade para a atender as necessidades locais em serviços

LAZER + SERVIÇOS + TRABALHO

ramal de trem Saracuruna-Gramacho

BRT TransBrasil + BRT TransCarioca

Linhas Amarela, Vermelha, Ponte Rio-Niterói

Centro da Cidade + Porto Comercial

Fundão (UFRJ, Pq. Tecnológico, Distrito Verde)

Aeroporto do Galeão

Baía de Guanabara, Praia de Ramos..

Bonsucesso, Manguinhos, Maré, Olaria e Ramos

NORTE

Área de estudo

desenvolvimento industrial (oportunidade de trabalho)

descontinuidade de projetos

ociosidade terrenos + correntes migratórias

formação de favelas

Breve histórico

1886 – expansão da cidade por trilhos

Jorge Macedo Vieira

bairro industrial e operário com retificação dos rios

1900 – FIOCRUZ

1927 - Agache

bairro industrial e operário com canais navegáveis, porto e parque

1940 – início da Avenida Brasil impulsiona o desenvolvimento industrial

1950 – Prefeitura projeto Avenida Guanabara e Parque Uruçumirim

1954 – Ilha do Fundão e duplicação da Avenida Brasil

1965 – Doxiadis industrial, portuária e institucional

Linhas Amarela e Vermelha

1980 – deslocamento do eixo econômico para Zona Oeste, outras localidades

1980 – fechamento do Cine Paraíso e Cine Mello

Êxodo de indústrias

População significativa

Vazios urbanos

Região de insegurança

Falta de investimentos

1979 – Projeto Rio melhores condições para população de baixa renda, remoção de palafitas, adequação ecológica

Parte da X RA de Ramos

Bonsucesso, Manguinhos, Olaria e Ramos

rendimento mensal é o dobro da Maré

(até 9,9 salários/responsável)

728 estabelecimentos industriais

3565 estabelecimentos comerciais e de serviços

XXX RA da Maré

Alta densidade demográfica

menores IDH e social da cidade

Considerável população abaixo da linha da pobreza

Poucos estabelecimentos industriais e comerciais formais

rico em história, memória e identidade..

equipamentos culturais, esportivos, lazer

Piscinão de Ramos, Vila Olímpica da Maré, Museu da Maré, Parque Vila Pinheiro, Museu da Vida,

FTERJ, Bonsucesso Futebol Clube, Microcine (ICCB), Social Ramos Clube, GRES Imperatriz

Leopoldinense, GRES Cacique de Ramos, Olaria Atlético Clube..

rede entre equipamentos existentes e oportunidades para novos equipamentos

educacionais, culturais, esportivos e de lazer

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Voltado para a população local e não para o turismo

Valorização e despoluição dos recursos hídricos (canais, Baía da Guanabara..)

Reinterpretação do parque proposto por Agache, Parque Uruçumirim e Projeto Rio

área não edificada (Piscinão de Ramos, Batalhão de Infantaria, Vila Olímpica da Maré, Comando da

Aeronáutica, Parque Vila Pinheiros, FIOCRUZ, Parque de Manguinhos sob trilhos elevados..)

[qualidade ambiental]

permeabilidade do solo, respeito ecológico, pulmão para atividades urbanas e, tratando-se de

uma zona industrial, um caminho para a reabilitação do solo provavelmente contaminado

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paisagem desértica, árida ..

Arborização do bairro

Baixa arborização em via pública

Arborização

Estacionamento (público ou privado): subutilizado

Arborização

Arborização

Arborização

Novas estações de BRT Transbrasil

concentração e dispersão de pessoas

Arborização

Estacionamentos: praças e calçadão

Arborização (espécies escolhidas pela população)

Arborização

Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Disponível em <http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-09-07/cinco-mil-imoveis-estao-abandonados-no-rio-300-deles-somente-no-centro.html>. Acesso em 15/07/2015 às 11 horas.

Ideias para Avenida Brasil

Complemento por novas escolas, serviços, lazer.. Seriam uma opção de geração de emprego

Bairros que perderam postos de trabalho

Dependência de áreas que ofertam trabalho,

como centro, zona sul e Barra da Tijuca

identidade|vocação industrial

Jorge Macedo Vieira, Agache, Doxiadis, Prefeitura..

Industrias remanescentes

Viabilidade de atividades de produção

http://www.research-in-germany.org/en/research-landscape/research-organisations/networks-and-clusters.html

18/05/2016; 10 hs

Territórios produtivos

Reestruturação produtiva

(frente a fragmentação e dispersão da cadeia produtiva)

Diversos conceitos diferentes sobre gestão do conhecimento e inovação tecnológica

Cluster (mais popular internacionalmente), Distrito Industrial na Terceira Itália, Polo ou parque

tecnológico, Milieux Innovateurs, Local Production System, Arranjo Produtivo Local (APL)

APL: “aglomeração territorial de agentes econômicos, políticos e sociais - com foco em um

conjunto específico de atividades econômicas - que apresentam vínculos mesmo que incipientes”

Objetivo de geração constante de conhecimento, inovação tecnológica e

desenvolvimento socioeconômico

Economia do Conhecimento

Transição para uma Era do Conhecimento

http://financialtribune.com/articles/economy-sci-tech/32966/govt-promoting-knowledge-economy-overseas

18/05/2016, às 15 hs.

Um mundo mais globalização, maior necessidade de renovar suas competências.

A chave do sucesso não é estática no conhecimento consolidado e específico, mas sim no

aprendizado como um processo dinâmico na geração de novos conhecimentos, diferenciação e

competitividade (Lastres e Cassiolato, 2003, p. 3; 13).

Cluster: vantagens de cooperação

maior atração de clientes,

uma base local de fornecedores e de mão de obra qualificada,

um ambiente propício para troca de conhecimentos e implantação de novas ideias, tecnologias e

entrantes,

apoio de instituições de ensino, capacitação e pesquisa na geração de novos

conhecimentos

http://www.gettyimages.com/detail/illustration/creative-city-royalty-free-illustration/165761206 18/05/2016, às 15 hs.

Apoio a clusters de indústrias criativas como cinema, video, musica, artes etc. e novas

oportunidades de emprego, após o declínio das cidades industriais

(ISP, 2011, p. 9-11; Sasaki, 2011, p. 31)

Cidade criativa

“Modismo” – City marketing Imagem da cidade voltada para o exterior e atração

de capital

Identidade | vocação industrial

Jorge Macedo Vieira, Agache, Doxiadis, Prefeitura..

Indústrias remanescentes

Ilha do Fundão

(UFRJ, Hospital Universitário, Parque Tecnológico, Distrito Verde..)

porto operacional

Faculdade Gama e Souza, SENAC, UNISUAM (Nexus), Hospital Federal de Bonsucesso,

FIOCRUZ, INCA, FAETEC, ABRASCO

proximidade ao centro da cidade e ao Galeão

cluster urbano, Arranjo Produtivo Local

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Vazios urbanos

órgão de articulação

novos centros de capacitação profissional

Correção de assimetrias de qualificação

Incubadoras de empresas e de cooperativas

espaços públicos coworking

Incentivos ao Microempreendedorismo (formalização) e indústrias de reciclagem

Valorização da vocação local

Produção artesanal e tradicional de bens, serviços e cultura

Desenvolvimento endógeno

Sem incentivo a grandes empresas ou ao “modismo” de city marketing voltado para

indústrias criativas (artes visuais, cinema..) e de TI

Centros de pesquisa

Integração para maior produtividade, inovação e sustentabilidade nos processos existentes e nos

novos nichos encontrados

Incentivo ao consumo sustentável e inteligente

Incentivo às redes colaborativas e solidárias

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Avenida Brasil

Foto de André Teixeira (O Globo, 2011)

Planejamento para a população local

Em vez do “banho de loja”, city marketing

Ocupação dos vazios (sem incentivos, com IPTU progressivo ou por desapropriação)

oportunidade de complemento das atividades para melhor qualidade de vida

(novas habitações, escolas, clínicas, lazer, esporte)

Rede de mobilidade (maior inclusão social, trocas –economia-, maior competitividade com o

automóvel, entorno das estações - novos núcleos)

territórios produtivos (desenvolvimento endógeno, centros de pesquisa e capacitação,

espaços para coworking, incentivos ao microemprendedorismo e reciclagem)

Valorização da memória e identidade local

Novos equipamentos culturais voltados para a população (sem interesse ao turismo)

integração entre favela e cidade (dívida)

Qualidade ambiental

Foto: Gustavo Stephan (Skyscrapercity, 2015).

Região Metropolitana

Gentrificação? Valorização do solo?

Modelo não restrito a uma área Mas a partir de um levantamento de toda Região Metropolitana

Camadas (Layers): Processo mais de 10 anos 1) Levantamento dos vazios urbanos 2) Pressão para sua ocupação (IPTU progressivo) 3) Desapropriação 4) Conversão em novas atividades que atendam

as necessidades da população (complemento de atividades)

Em paralelo (baixo impacto) 1) Arborização 2) Implantação de ciclovia 3) Pequenas praças, parques.. 4) Escola, posto de saúde, biblioteca..

Rede de mobilidade (alto impacto) 1) Necessidade para a Região Metropolitana -

Intenso investimento em transporte 2) A população deve decidir quais são as linhas

prioritárias

Foto: Gustavo Stephan (Skyscrapercity, 2015).

Região Metropolitana

Linhas de transporte – valorização do solo Dilema?

Aluguel social Propriedades sem função social – novas moradias Regular o preço do aluguel das demais moradias

Proteção à gentrificação

Apoio social e inclusivo Bolsa social de estudos voltado para capacitação, microempreendedorismo..

Valorização dos laços Mínimo de desapropriação de habitação (nas favelas), criação de redes colaborativas e solidárias..

Participação nas decisões - Pertencimento Escolha dos novos usos dados aos vazios urbanos, Escolha e plantio da vegetação, Aprovação dos projetos de ciclovia, transporte..

Foto: Gustavo Stephan (Skyscrapercity, 2015).

Região Metropolitana

Oportunidade para cidade para combater a especulação imobiliária

Ocupação dos vazios na cidade inteira como crescimento interno, mas principalmente para melhoria da qualidade de vida

Maiores IDH

(escolaridade, longevidade, renda)

Cidade polinuclear - descentralizada

Bairros mais autônomos (uso misto do solo)

Eficiência urbana (ocupação de vazios, controle da expansão territorial, menor custo de urbanização/habitante)

Cidade pensada para sua população

Tarciso Binoti Simas Arquiteto Urbanista, Professor - FAU/UFRJ e FAU/UNISUAM

Mestre em Eng. de Transportes pelo PET/UFRJ, Doutorando pelo PROURB/UFRJ

[email protected]

21 98813.8539