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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO CONCLUSÃO DA AVENIDA CARMELITA DRUMOND DINIZ (AVENIDA MARACANÃ) VOLUME ÚNICO CADERNO DE ENCARGOS DE INFRAESTRUTURA - TOMO II Elaboração: Engesolo Engenharia Ltda. Dezembro/2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM · prefeitura municipal de contagem secretaria municipal de desenvolvimento urbano conclusÃo da avenida carmelita drumond diniz (avenida maracanÃ)

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO

CONCLUSÃO DA AVENIDA CARMELITA DRUMOND DINIZ

(AVENIDA MARACANÃ)

VOLUME ÚNICO – CADERNO DE ENCARGOS DE

INFRAESTRUTURA - TOMO II

Elaboração: Engesolo Engenharia Ltda.

Dezembro/2018

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Cliente:

Projeto/Obra:

Identificação do Documento:

Número do Cliente: Número da Engesolo:

Revisão Data Descrição das Revisões Validação/Aprovação

0 Dezembro/2018

CONTROLE DE DOCUMENTOS TÉCNICOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM - SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO

CONCLUSÃO DA AVENIDA CARMELITA DRUMOND DINIZ (AV. MARACANÃ)

VOLUME ÚNICO - CADERNO DE ENCARGOS DE INFRAESTRUTURA - TOMO II

VU_PR_147_14_RE_99_102_0

Emissão do Projeto Executivo

ENGESOLO ENGENHARIA LTDA.Rua Alcobaça, 1.210 - Bairro São Francisco - Tel.: (31) 2103-4300 - Fax.: (31) 2103-4399

E-mail: [email protected] - CEP: 31.255-210 - Belo Horizonte-MG

Revisão do Formulário: 2

Data: 10/09/04

Folha: 01/01

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ÍNDICE

TOMO I

1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 21

2. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 22

3. INSTALAÇÃO DA OBRA ................................................................................ 23

3.1. OBJETIVO ....................................................................................................... 23

3.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA ............................................................. 23

3.3. VISTORIA TÉCNICA CAUTELAR .................................................................... 23

3.3.1. Objetivo ............................................................................................................................. 23 3.3.2. Condições Gerais .............................................................................................................. 23 3.3.3. Condições Específicas ...................................................................................................... 24 3.3.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................... 25

3.4. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ................................................... 29

3.4.1. Objetivo ............................................................................................................................. 29 3.4.2. Documentação de Referência ........................................................................................... 29 3.4.3. Definições ......................................................................................................................... 30 3.4.4. Condições Gerais .............................................................................................................. 32 3.4.5. Medidas de Proteção ........................................................................................................ 34

3.5. CANTEIRO DE OBRAS E SERVIÇOS ............................................................. 35

3.5.1. Objetivo ............................................................................................................................. 35 3.5.2. Condições Gerais .............................................................................................................. 35 3.5.3. Escritórios ......................................................................................................................... 36 3.5.4. Barracões de Obra (vestiário, instalação sanitária, área coberta, depósito e ferramentaria,

depósito de materiais ensacados e refeitório) .................................................................... 40 3.5.5. Elementos de Identificação ............................................................................................... 47 3.5.6. Elementos de Proteção .................................................................................................... 49 3.5.7. Elementos de Sinalização ................................................................................................ 53 3.5.8. Locação da Obra .............................................................................................................. 55

3.6. PROJETO “AS BUILT” ..................................................................................... 62

3.6.1. Objetivo ............................................................................................................................ 62 3.6.2. Procedimentos ................................................................................................................. 62 3.6.3. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................ 62

3.7. LIMPEZA DA OBRA ......................................................................................... 63

3.7.1. Objetivo ............................................................................................................................ 63 3.7.2. Condições Gerais ............................................................................................................. 63

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4. DEMOLIÇÕES E REMOÇÕES ........................................................................ 64

4.1. OBJETIVO ....................................................................................................... 64

4.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA ............................................................. 64

4.3. CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................... 64

4.4. DEMOLIÇÕES ................................................................................................. 65

4.4.1. Objetivo ............................................................................................................................ 65 4.4.2. Definição .......................................................................................................................... 65 4.4.3. Condições Específicas ..................................................................................................... 65

4.5. REMOÇÃO, TRANSPORTE E DESTINO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO

CIVIL................................................................................................................ 67

4.5.1. Objetivo ............................................................................................................................ 67 4.5.2. Definições ......................................................................................................................... 67 4.5.3. Condições Específicas ..................................................................................................... 67

4.6. CRITÉRIOS DE LEVANTAMENTO, MEDIÇÃO E PAGAMENTO ..................... 69

4.6.1. Remoção de Telhas em Geral e Engradamentos de Telhado ........................................ 69 4.6.2. Remoção de Calhas, Meio-fio e Cercas de Arame ......................................................... 70 4.6.3. Remoção de Esquadrias de Madeiras e Metálicas em Geral (portas, janelas e

caixilhos), Forros, Quadros, Bancadas e Alambrado ...................................................... 70 4.6.4. Demolição de Revestimento ............................................................................................ 70 4.6.5. Demolição de Pisos, Passeios e Pavimentos ................................................................. 71 4.6.6. Demolição, Remoção e Carga Manual de Alvenaria em Geral (tijolos ou blocos) e

Demolição de Concreto Simples e Concreto Armado ..................................................... 71 4.6.7. Demolição, Remoção e Carga Mecânica ........................................................................ 72 4.6.8. Demolição de Placas Divisórias em Geral, Inclusive Entarugamento, Barroteamento,

Perfis de Sustentação ...................................................................................................... 72 4.6.9. Remoção de Peças Diversas, Marcos e Alizares ........................................................... 72 4.6.10. Carga e Transporte de Material Demolido em Carrinho de Mão, Caminhão e Caçamba

.......................................................................................................................................... 73

5. TRABALHOS EM TERRA ............................................................................... 77

5.1. OBJETIVO ....................................................................................................... 77

5.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA ............................................................. 77

5.3. CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................... 77

5.3.1. Considerações Gerais Sobre Empolamento ................................................................... 77 5.3.2. Classificação dos Materiais ............................................................................................. 78

5.4. CAMINHOS DE SERVIÇO ............................................................................... 78

5.4.1. Objetivo ............................................................................................................................ 78 5.4.2. Definições ......................................................................................................................... 79 5.4.3. Condições Específicas ..................................................................................................... 79

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5.5. DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO E LIMPEZA DO TERRENO ................ 80

5.5.1. Objetivo ............................................................................................................................ 80 5.5.2. Definições ......................................................................................................................... 80 5.5.3. Condições Específicas ..................................................................................................... 80 5.5.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................ 82

5.6. ESCAVAÇÃO MECÂNICA INCLUSIVE TRANSPORTE ATÉ 50M .................... 83

5.6.1. Objetivo ............................................................................................................................ 83 5.6.2. Definições ......................................................................................................................... 84 5.6.3. Condições Específicas ..................................................................................................... 84 5.6.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................ 86

5.7. ESCAVAÇÃO E CARGA MECANIZADA .......................................................... 87

5.7.1. Objetivo ............................................................................................................................ 87 5.7.2. Definições ......................................................................................................................... 87 5.7.3. Condições Específicas ..................................................................................................... 87 5.7.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................ 89

5.8. ESCAVAÇÃO E CARGA MECANIZADA EM MATERIAL DE 3ª CATEGORIA .. 90

5.8.1. Objetivo ............................................................................................................................ 90 5.8.2. Definição ........................................................................................................................... 90 5.8.3. Condições Específicas ..................................................................................................... 90 5.8.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ......................................................... 92

5.9. ESCAVAÇÃO E CARGA, TRANSPORTE E DESCARGA COM MOTO-ESCAVO-

TRANSPORTADOR ........................................................................................ 93

5.9.1. Objetivo ............................................................................................................................ 93 5.9.2. Definições ......................................................................................................................... 93 5.9.3. Condições Específicas ..................................................................................................... 93 5.9.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ......................................................... 95

5.10. CARGA DE MATERIAL DE QUALQUER CATEGORIA EM CAMINHÕES ........ 97

5.10.1. Objetivo ............................................................................................................................ 97 5.10.2. Definições ......................................................................................................................... 97 5.10.3. Condições Específicas ..................................................................................................... 97 5.10.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ......................................................... 98

5.11. TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER CATEGORIA EM CAMINHÃO,

INCLUSIVE DESCARGA ................................................................................. 99

5.11.1. Objetivo ............................................................................................................................ 99 5.11.2. Definição ........................................................................................................................... 99 5.11.3. Condições Específicas ..................................................................................................... 99 5.11.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 100

5.12. ATERRO COMPACTADO .............................................................................. 101

5.12.1. Objetivo .......................................................................................................................... 101

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5.12.2. Definição ......................................................................................................................... 101 5.12.3. Condições Específicas ................................................................................................... 101 5.12.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 106

5.13. ESCAVAÇÃO DE VALAS............................................................................... 107

5.13.1. Objetivo .......................................................................................................................... 107 5.13.2. Condições Gerais ........................................................................................................... 107 5.13.3. Condições Específicas ................................................................................................... 107 5.13.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 111

5.14. REATERRO E COMPACTAÇÃO DE VALAS ................................................. 113

5.14.1. Objetivo .......................................................................................................................... 113 5.14.2. Condições Específicas ................................................................................................... 113 5.14.3. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 114

5.15. REGULARIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO DO TERRENO ................................ 115

5.15.1. Objetivo .......................................................................................................................... 115 5.15.2. Definição ......................................................................................................................... 115 5.15.3. Condições Específicas ................................................................................................... 115 5.15.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 115

5.16. TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER NATUREZA EM CARRINHO DE

MÃO TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER NATUREZA EM

CAÇAMBA ..................................................................................................... 116

5.16.1. Objetivo .......................................................................................................................... 116 5.16.2. Condições Específicas ................................................................................................... 116 5.16.3. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento ......................................................... 116

5.17. TERRAPLENO DE CAMPO DE FUTEBOL .................................................... 117

5.17.1. Objetivo .......................................................................................................................... 117 5.17.2. Condições Específicas ................................................................................................... 117 5.17.3. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 118

6. DRENAGEM URBANA.................................................................................. 119

6.1. OBJETIVO ..................................................................................................... 119

6.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA ........................................................... 119

6.3. CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................ 121

6.4. REDE TUBULAR DE CONCRETO ................................................................. 122

6.4.1. Objetivo .......................................................................................................................... 122 6.4.2. Definições ....................................................................................................................... 122 6.4.3. Condições Específicas ................................................................................................... 122 6.4.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ...................................................... 131

6.5. REDE TUBULAR DE CONCRETO COM JUNTA ELÁSTICA .......................... 132

6.5.1. Objetivo .......................................................................................................................... 132

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6.5.2. Definições ....................................................................................................................... 132 6.5.3. Condições Específicas ................................................................................................... 132 6.5.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ...................................................... 135

6.6. REDE TUBULAR DE PVC.............................................................................. 136

6.6.1. Objetivo .......................................................................................................................... 136 6.6.2. Definições ....................................................................................................................... 137 6.6.3. Condições Específicas ................................................................................................... 137 6.6.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ...................................................... 141

6.7. ALA DE REDE TUBULAR .............................................................................. 141

6.7.1. Objetivo .......................................................................................................................... 141 6.7.2. Definições ....................................................................................................................... 141 6.7.3. Condições Específicas ................................................................................................... 141 6.7.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 143

6.8. BOCA DE LOBO ............................................................................................ 144

6.8.1. Objetivo .......................................................................................................................... 144 6.8.2. Definições ....................................................................................................................... 144 6.8.3. Condições Específicas ................................................................................................... 158 6.8.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 160

6.9. CONJUNTO QUADRO GRELHA E CANTONEIRA ........................................ 161

6.9.1. Objetivo .......................................................................................................................... 161 6.9.2. Definições ....................................................................................................................... 161 6.9.3. Condições Específicas ................................................................................................... 161 6.9.4. Critérios de Levantamentos, Medição e Pagamento ..................................................... 176

6.10. CAIXA DE PASSAGEM ................................................................................. 177

6.10.1. Objetivo .......................................................................................................................... 177 6.10.2. Definições ....................................................................................................................... 177 6.10.3. Condições Específicas ................................................................................................... 177 6.10.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 182

6.11. POÇO DE VISITA .......................................................................................... 183

6.11.1. Objetivo .......................................................................................................................... 183 6.11.2. Definições ....................................................................................................................... 183 6.11.3. Condições Específicas ................................................................................................... 184 6.11.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 190

6.12. CHAMINE DE POÇO DE VISITA.................................................................... 190

6.12.1. Objetivo .......................................................................................................................... 190 6.12.2. Definição ......................................................................................................................... 190 6.12.3. Condições Específicas ................................................................................................... 191 6.12.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 192

6.13. TAMPÃO DE POÇO DE VISITA ..................................................................... 193

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6.13.1. Objetivo .......................................................................................................................... 193 6.13.2. Definições ....................................................................................................................... 193 6.13.3. Condições Específicas ................................................................................................... 193 6.13.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 203

6.14. DESCIDA D’ÁGUA......................................................................................... 203

6.14.1. Objetivo .......................................................................................................................... 203 6.14.2. Definições ....................................................................................................................... 204 6.14.3. Condições Específicas ................................................................................................... 204 6.14.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 210

6.15. DRENOS ....................................................................................................... 211

6.15.1. Objetivo .......................................................................................................................... 211 6.15.2. Definições ....................................................................................................................... 211 6.15.3. Condições Gerais ........................................................................................................... 212 6.15.4. Condições Específicas ................................................................................................... 212 6.15.5. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 219

6.16. BARRAGEM .................................................................................................. 219

6.16.1. Objetivo .......................................................................................................................... 219 6.16.2. Definições ....................................................................................................................... 219 6.16.3. Condições Específicas ................................................................................................... 220 6.16.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 221

6.17. SARJETA ...................................................................................................... 221

6.17.1. Objetivo .......................................................................................................................... 221 6.17.2. Definições ....................................................................................................................... 221 6.17.3. Condições Específicas ................................................................................................... 222 6.17.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 223

6.18. CANALETA DE ÁGUA PLUVIAL .................................................................... 224

6.18.1. Objetivo .......................................................................................................................... 224 6.18.2. Definição ......................................................................................................................... 224 6.18.3. Condições Específicas ................................................................................................... 225 6.18.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 233

6.19. ESCORAMENTO DESCONTÍNUO DE VALAS .............................................. 233

6.19.1. Objetivo .......................................................................................................................... 233 6.19.2. Definições ....................................................................................................................... 233 6.19.3. Condições Específicas ................................................................................................... 234 6.19.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 234

6.20. ESCORAMENTO CONTÍNUO DE VALAS ..................................................... 238

6.20.1. Objetivo .......................................................................................................................... 238 6.20.2. Definições ....................................................................................................................... 238 6.20.3. Condições Específicas ................................................................................................... 239

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6.21. MINITÚNEL ................................................................................................... 247

6.21.1. Objetivo .......................................................................................................................... 247 6.21.2. Considerações Gerais .................................................................................................... 247 6.21.3. Definição ......................................................................................................................... 247 6.21.4. Condições Específicas ................................................................................................... 247 6.21.5. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 250

6.22. ELEMENTOS DE DRENAGEM PARA RETENÇAO E INFILTRAÇÃO DE AGUAS

PLUVIAIS - CAIXAS DE CAPTAÇAO E DRENAGEM..................................... 251

6.22.1. Objetivo .......................................................................................................................... 251 6.22.2. Considerações Gerais .................................................................................................... 252 6.22.3. Definições ....................................................................................................................... 252 6.22.4. Condições Específicas ................................................................................................... 252 6.22.5. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 265

6.23. PROCEDIMENTOS PARA VERIFICAÇÃO DA IMPERMEABILIDADE DOS

SOLOS .......................................................................................................... 265

6.23.1. Objetivo .......................................................................................................................... 265 6.23.2. Definição ......................................................................................................................... 265 6.23.3. Condições Específicas ................................................................................................... 265

7. GALERIA CELULAR E CONTENÇÕES ....................................................... 268

7.1. OBJETIVO ..................................................................................................... 268

7.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA ........................................................... 268

7.3. CONDIÇÕES GERAIS ................................................................................... 269

7.3.1. Locação da Obra ............................................................................................................ 269 7.3.2. Escavação ...................................................................................................................... 270

7.4. ENROCAMENTO DE PEDRA DE MÃO ......................................................... 270

7.4.1. Objetivo .......................................................................................................................... 271 7.4.2. Definições ....................................................................................................................... 271 7.4.3. Condições Específicas ................................................................................................... 271 7.4.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 273

7.5. CONCRETO DE REGULARIZAÇÃO ............................................................. 273

7.5.1. Condições Específicas ................................................................................................... 273 7.5.2. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento ......................................................... 274

7.6. GALERIA CELULAR MOLDADA “IN LOCO” .................................................. 274

7.6.1. Objetivo .......................................................................................................................... 274 7.6.2. Definições ....................................................................................................................... 274 7.6.3. Condições Específicas ................................................................................................... 275 7.6.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 280

7.7. GALERIAS PRÉ-MOLDADAS (ADUELAS) .................................................... 282

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7.7.1. Objetivo .......................................................................................................................... 282 7.7.2. Definições ....................................................................................................................... 282 7.7.3. Condições Específicas ................................................................................................... 282 7.7.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 284

7.8. JUNTA ELÁSTICA PRÉ-MOLDADA PARA CONCRETO ............................... 285

7.8.1. Objetivo .......................................................................................................................... 285 7.8.2. Definições ....................................................................................................................... 285 7.8.3. Condições Específicas ................................................................................................... 285 7.8.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 286

7.9. MATERIAL DRENANTE ................................................................................ 287

7.9.1. Objetivo .......................................................................................................................... 287 7.9.2. Definições ....................................................................................................................... 287 7.9.3. Condições Específicas ................................................................................................... 287 7.9.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 288

7.10. MANTA GEOTÊXTIL ..................................................................................... 288

7.10.1. Objetivo .......................................................................................................................... 288 7.10.2. Definições ....................................................................................................................... 288 7.10.3. Condições Específicas ................................................................................................... 290 7.10.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 291

7.11. DRENO COM TUBO COLETOR .................................................................... 291

7.11.1. Objetivo .......................................................................................................................... 291 7.11.2. Definições ....................................................................................................................... 292 7.11.3. Condições Específicas ................................................................................................... 292 7.11.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 296

7.12. DRENO DE ALÍVIO ........................................................................................ 297

7.12.1. Objetivo .......................................................................................................................... 297 7.12.2. Definições ....................................................................................................................... 297 7.12.3. Condições Específicas ................................................................................................... 297 7.12.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 298 7.12.5. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 299

7.13. LIGAÇÃO DE DRENO À LATERAL DA GALERIA .......................................... 300

7.13.1. Objetivo .......................................................................................................................... 300 7.13.2. Definições ....................................................................................................................... 300 7.13.3. Condições Específicas ................................................................................................... 300 7.13.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 300

7.14. DRENOS LATERAIS DE GALERIA ................................................................ 301

7.14.1. Objetivo .......................................................................................................................... 301 7.14.2. Definições ....................................................................................................................... 301 7.14.3. Condições Específicas ................................................................................................... 301

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7.14.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 303

7.15. DRENO DE TALVEGUE ................................................................................ 304

7.15.1. Objetivo .......................................................................................................................... 304 7.15.2. Definições ....................................................................................................................... 304 7.15.3. Condições Específicas ................................................................................................... 304 7.15.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 304

7.16. DRENO DE SERVIÇO ................................................................................... 305

7.16.1. Objetivo .......................................................................................................................... 305 7.16.2. Definições ....................................................................................................................... 305 7.16.3. Condições Específicas ................................................................................................... 305 7.16.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 306

7.17. POÇO DE BOMBEAMENTO .......................................................................... 307

7.17.1. Objetivo .......................................................................................................................... 307 7.17.2. Definições ....................................................................................................................... 307 7.17.3. Condições Específicas ................................................................................................... 307 7.17.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 308

7.18. ALA DE GALERIA CELULAR ......................................................................... 309

7.18.1. Objetivo .......................................................................................................................... 309 7.18.2. Definições ....................................................................................................................... 309 7.18.3. Condições Específicas ................................................................................................... 309 7.18.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento. ...................................................... 313

7.19. POÇO DE VISITA DE GALERIA .................................................................... 314

7.19.1. Objetivo .......................................................................................................................... 314 7.19.2. Definições ....................................................................................................................... 315 7.19.3. Condições Específicas ................................................................................................... 315 7.19.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 319

7.20. GRELHAS ..................................................................................................... 320

7.20.1. Objetivo .......................................................................................................................... 320 7.20.2. Definições ....................................................................................................................... 320 7.20.3. Condições Específicas ................................................................................................... 320 7.20.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 320

7.21. GABIÃO ......................................................................................................... 322

7.21.1. Objetivo .......................................................................................................................... 322 7.21.2. Definições ....................................................................................................................... 322 7.21.3. Condições Específicas ................................................................................................... 323

7.22. PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA ENTRADA EM GALERIAS .................. 327

7.22.1. Objetivo .......................................................................................................................... 327 7.22.2. Condições Específicas ................................................................................................... 328

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TOMO II

8. PAVIMENTAÇÃO .......................................................................................... 333

8.1. OBJETIVO ..................................................................................................... 333

8.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA ........................................................... 333

8.3. REGULARIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO DO SUBLEITO ................................ 334

8.3.1. Objetivo .......................................................................................................................... 334 8.3.2. Definição ......................................................................................................................... 334 8.3.3. Condições Específicas ................................................................................................... 334 8.3.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 336

8.4. REFORÇO DO SUBLEITO ............................................................................ 337

8.4.1. Objetivo .......................................................................................................................... 337 8.4.2. Definição ......................................................................................................................... 337 8.4.3. Condições Específicas ................................................................................................... 337 8.4.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 340

8.5. SUB-BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE ............................ 341

8.5.1. Objetivo .......................................................................................................................... 341 8.5.2. Definição ......................................................................................................................... 341 8.5.3. Condições Específicas ................................................................................................... 341 8.5.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 344

8.6. BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE ..................................... 345

8.6.1. Objetivo .......................................................................................................................... 345 8.6.2. Definições ....................................................................................................................... 345 8.6.3. Condições Específicas ................................................................................................... 346 8.6.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 352

8.7. TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER NATUREZA ........................ 353

8.7.1. Objetivo .......................................................................................................................... 353 8.7.2. Condições Específicas ................................................................................................... 353 8.7.3. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 354

8.8. IMPRIMAÇÃO E PINTURA DE LIGAÇÃO ...................................................... 354

8.8.1. Objetivo .......................................................................................................................... 354 8.8.2. Definições ....................................................................................................................... 354 8.8.3. Condições Específicas ................................................................................................... 355 8.8.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 358

8.9. CONCRETO BETUMINOSO USINADO À QUENTE ...................................... 358

8.9.1. Objetivo .......................................................................................................................... 358 8.9.2. Definição ......................................................................................................................... 358 8.9.3. Condições Específicas ................................................................................................... 358 8.9.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 363

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8.10. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE COM ASFALTO-

BORRACHA .................................................................................................. 364

8.10.1. Objetivo .......................................................................................................................... 364 8.10.2. Definição ......................................................................................................................... 364 8.10.3. Condições Específicas ................................................................................................... 364 8.10.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 369

8.11. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE COM ASFALTO-POLÍMERO

...................................................................................................................... 370

8.11.1. Objetivo .......................................................................................................................... 370 8.11.2. Definição ......................................................................................................................... 370 8.11.3. Condições Específicas ................................................................................................... 370 8.11.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 375

8.12. TRATAMENTOS SUPERFICIAIS .................................................................. 376

8.12.1. Objetivo .......................................................................................................................... 376 8.12.2. Definição ......................................................................................................................... 376 8.12.3. Condições Específicas ................................................................................................... 376 8.12.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 382

8.13. TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO COM ASFALTO POLÍMERO ............ 382

8.13.1. Objetivo .......................................................................................................................... 382 8.13.2. Referência ...................................................................................................................... 382 8.13.3. Definição ......................................................................................................................... 383 8.13.4. Condições Gerais ........................................................................................................... 383 8.13.5. Manejo Ambiental ........................................................................................................... 386 8.13.6. Inspeção ......................................................................................................................... 387 8.13.7. Critérios de Medição ...................................................................................................... 389 8.13.8. Recomendação .............................................................................................................. 390

8.14. MICRO REVESTIMENTO ASFÁLTICO A FRIO COM EMULSÃO MODIFICADA

POR POLÍMERO ........................................................................................... 390

8.14.1. Prefácio .......................................................................................................................... 390 8.14.2. Objetivo .......................................................................................................................... 390 8.14.3. Referências .................................................................................................................... 390 8.14.4. Definição ......................................................................................................................... 391 8.14.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 391 8.14.6. Condições Específicas ................................................................................................... 391 8.14.7. Manejo Ambiental ........................................................................................................... 394 8.14.8. Inspeção ......................................................................................................................... 396 8.14.9. Critérios de Medição ...................................................................................................... 399

8.15. CONCRETO BETUMINOSO PRÉ-MISTURADO A FRIO ............................... 399

8.15.1. Objetivo .......................................................................................................................... 399

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8.15.2. Definição ......................................................................................................................... 399 8.15.3. Condições Específicas ................................................................................................... 399 8.15.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 402

8.16. LAMA ASFÁLTICA ......................................................................................... 402

8.16.1. Objetivo .......................................................................................................................... 402 8.16.2. Definição ......................................................................................................................... 402 8.16.3. Condições Específicas ................................................................................................... 403 8.16.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 406

8.17. REVESTIMENTO COM ALVENARIA POLIÉDRICA ....................................... 406

8.17.1. Objetivo .......................................................................................................................... 407 8.17.2. Definição ......................................................................................................................... 407 8.17.3. Condições Específicas ................................................................................................... 407 8.17.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 410

8.18. ESPECIFICAÇÕES COMPLEMENTARES .................................................... 411

8.18.2. Fresagem do Revestimento Betuminoso ....................................................................... 413 8.18.3. Remendos Superficiais .................................................................................................. 415 8.18.4. Remendos Profundos ..................................................................................................... 417 8.18.5. Demolição e Remoção de Camadas do Pavimento Existente ...................................... 419 8.18.6. Sub-base ou Base de Brita Graduada Tratada com Cimento - BGTC (DER/SP - ET-DE-

P 00-009_A) ................................................................................................................... 420 8.18.7. Pisos em Concreto com Telas Eletrosoldadas .............................................................. 431

9. ESTRUTURAS DE CONCRETO E METÁLICA ............................................. 448

9.1. OBJETIVO ..................................................................................................... 448

9.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA ........................................................... 448

9.3. ESTRUTURAS DE CONCRETO .................................................................... 449

9.3.1. Objetivo .......................................................................................................................... 449 9.3.2. Definições ....................................................................................................................... 449 9.3.3. Condições Gerais ........................................................................................................... 454 9.3.4. Condições Específicas ................................................................................................... 454

9.4. ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO ...................................... 474

9.4.1. Objetivo .......................................................................................................................... 474 9.4.2. Condições Gerais ........................................................................................................... 474 9.4.3. Condições Específicas ................................................................................................... 475

9.5. CRITÉRIOS DE LEVANTAMENTO, MEDIÇÃO E PAGAMENTO ................... 486

9.6. ESTRUTURAS METÁLICAS .......................................................................... 487

9.6.1. Objetivo .......................................................................................................................... 487 9.6.2. Condições Gerais ........................................................................................................... 487 9.6.3. Condições Específicas ................................................................................................... 488

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9.6.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ....................................................... 503

10. OBRAS DE ARTE ESPECIAIS - PONTES E VIADUTOS ............................. 505

10.1. PLATAFORMA DE SERVIÇO ........................................................................ 505

10.1.1. Prefácio .......................................................................................................................... 505 10.1.2. Objetivo .......................................................................................................................... 505 10.1.3. Referências Normativas ................................................................................................. 505 10.1.4. Definição ......................................................................................................................... 505 10.1.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 505 10.1.6. Condições Específicas ................................................................................................... 506 10.1.7. Manejo Ambiental ........................................................................................................... 506 10.1.8. Inspeção ......................................................................................................................... 506 10.1.9. Critérios de Medição ...................................................................................................... 507

10.2. SERVIÇOS PRELIMINARES ......................................................................... 507

10.2.1. Prefácio .......................................................................................................................... 507 10.2.2. Objetivo .......................................................................................................................... 507 10.2.3. Referências Normativas ................................................................................................. 507 10.2.4. Definições ....................................................................................................................... 508 10.2.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 508 10.2.6. Condições Específicas ................................................................................................... 508 10.2.7. Condicionantes Ambientais ............................................................................................ 509 10.2.8. Inspeções ....................................................................................................................... 509 10.2.9. Critério de Medição ........................................................................................................ 510

10.3. CONCRETOS, ARGAMASSAS E CALDA DE CIMENTO PARA INJEÇÃO .... 510

10.3.1. Prefácio .......................................................................................................................... 510 10.3.2. Objetivo .......................................................................................................................... 510 10.3.3. Referências Normativas ................................................................................................. 510 10.3.4. Definições ....................................................................................................................... 512 10.3.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 512 10.3.6. Condições Específicas ................................................................................................... 513 10.3.7. Condicionantes Ambientais ............................................................................................ 518 10.3.8. Inspeções ....................................................................................................................... 519 10.3.9. Critérios de Medição ...................................................................................................... 523

10.4. ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO ................................................ 523

10.4.1. Prefácio .......................................................................................................................... 523 10.4.2. Objetivo .......................................................................................................................... 523 10.4.3. Referências Normativas ................................................................................................. 524 10.4.4. Definições ....................................................................................................................... 524 10.4.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 526 10.4.6. Condições Específicas ................................................................................................... 526

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10.4.7. Condicionantes Ambientais ............................................................................................ 529 10.4.8. Inspeções ....................................................................................................................... 529 10.4.9. Critério de Medição ........................................................................................................ 532

10.5. ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO ........................................ 533

10.5.1. Prefácio .......................................................................................................................... 533 10.5.2. Objetivo .......................................................................................................................... 533 10.5.3. Referências Normativas ................................................................................................. 533 10.5.4. Definições ....................................................................................................................... 533 10.5.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 535 10.5.6. Condições Específicas ................................................................................................... 535 10.5.7. Condicionantes Ambientais ............................................................................................ 539 10.5.8. Inspeções ....................................................................................................................... 539 10.5.9. Critérios de Medição ...................................................................................................... 540

10.6. FORMAS ....................................................................................................... 540

10.6.1. Prefácio .......................................................................................................................... 540 10.6.2. Objetivo .......................................................................................................................... 541 10.6.3. Referências Normativas ................................................................................................. 541 10.6.4. Definições ....................................................................................................................... 541 10.6.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 542 10.6.6. Condições Específicas ................................................................................................... 542 10.6.7. Condicionantes Ambientais ............................................................................................ 545 10.6.8. Inspeções ....................................................................................................................... 546 10.6.9. Critério de Medição ........................................................................................................ 546

10.7. FUNDAÇÕES ................................................................................................ 546

10.7.1. Prefácio .......................................................................................................................... 546 10.7.2. Objetivo .......................................................................................................................... 546 10.7.3. Referências Normativas ................................................................................................. 546 10.7.4. Definições ....................................................................................................................... 547 10.7.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 548 10.7.6. Condições Específicas ................................................................................................... 548 10.7.7. Condicionantes Ambientais ............................................................................................ 556 10.7.8. Inspeções ....................................................................................................................... 556 10.7.9. Critérios de Medição ...................................................................................................... 558

10.8. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ................................................... 561

10.8.1. Prefácio .......................................................................................................................... 561 10.8.2. Objetivo .......................................................................................................................... 561 10.8.3. Referências Normativas ................................................................................................. 561 10.8.4. Definições ....................................................................................................................... 562 10.8.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 562 10.8.6. Condições Específicas ................................................................................................... 562

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10.8.7. Condicionantes Ambientais ............................................................................................ 567 10.8.8. Inspeções ....................................................................................................................... 567 10.8.9. Critérios de Medição ...................................................................................................... 568

10.9. ESTRUTURAS DE CONCRETO PROTENDIDO ........................................... 569

10.9.1. Prefácio .......................................................................................................................... 569 10.9.2. Objetivo .......................................................................................................................... 569 10.9.3. Referências Normativas ................................................................................................. 569 10.9.4. Definições ....................................................................................................................... 570 10.9.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 570 10.9.6. Condições Específicas ................................................................................................... 571 10.9.7. Condicionantes Ambientais ............................................................................................ 573 10.9.8. Inspeções ....................................................................................................................... 573 10.9.9. Critérios de Medição ...................................................................................................... 574

10.10. ESCORAMENTOS ........................................................................................ 574

10.10.1. Prefácio .......................................................................................................................... 574 10.10.2. Objetivo .......................................................................................................................... 574 10.10.3. Referências Normativas ................................................................................................. 575 10.10.4. Definições ....................................................................................................................... 575 10.10.5. Condições Gerais ........................................................................................................... 576 10.10.6. Condições Específicas ................................................................................................... 576 10.10.7. Inspeção ......................................................................................................................... 578 10.10.8. Condicionantes Ambientais ............................................................................................ 579 10.10.9. Inspeções Adicionais ...................................................................................................... 580 10.10.10. Critérios de Medição ............................................................................................... 581

11. ESPECIFICAÇÕES PARTICULARES DA TRINCHEIRA .............................. 582

11.1. PAREDE DIAFRAGMA .................................................................................. 582

11.1.1. Objetivo .......................................................................................................................... 582 11.1.2. Referências .................................................................................................................... 582 11.1.3. Generalidades ................................................................................................................ 582 11.1.4. Execução ........................................................................................................................ 582 11.1.5. Critério de Medição ........................................................................................................ 583

12. SINALIZAÇÃO .............................................................................................. 585

12.1. PINTURA COM TINTA À BASE DE RESINA ACRÍLICA, RETRORREFLETIVA,

ESPESSURA ÚMIDA 0,6 MM ......................................................................... 585

12.1.1. Generalidades ................................................................................................................ 585 12.1.2. Documentos Complementares ....................................................................................... 585 12.1.3. Materiais ......................................................................................................................... 585 12.1.4. Equipamentos................................................................................................................. 588

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12.1.5. Execução ........................................................................................................................ 588 12.1.6. Controle de Qualidade ................................................................................................... 589 12.1.7. Critérios de Medição e Pagamento ................................................................................ 590

12.2. PINTURA COM TERMOPLÁSTICO EXTRUDADO, RETRORREFLETIVO .... 591

12.2.1. Generalidades ................................................................................................................ 591 12.2.2. Documentos Complementares ....................................................................................... 591 12.2.3. Materiais ......................................................................................................................... 591 12.2.4. Equipamentos................................................................................................................. 593 12.2.5. Execução ........................................................................................................................ 594 12.2.6. Controle de Qualidade ................................................................................................... 595 12.2.7. Critérios de Medição e Pagamento ................................................................................ 596

12.3. PINTURA COM TERMOPLÁSTICO ASPERGIDO, RETRORREFLETIVO ..... 596

12.3.1. Generalidades ................................................................................................................ 596 12.3.2. Documentos Complementares ....................................................................................... 597 12.3.3. Materiais ......................................................................................................................... 597 12.3.4. Equipamentos................................................................................................................. 598 12.3.5. Execução ........................................................................................................................ 599 12.3.6. Controle de Qualidade ................................................................................................... 600 12.3.7. Critérios de Medição e Pagamento ................................................................................ 601

12.4. PLACAS DE SINALIZAÇÃO VERTICAL......................................................... 602

12.4.1. Generalidades ................................................................................................................ 602 12.4.2. Placas em Aço Carbono ................................................................................................. 602 12.4.3. Placas em Chapa de Alumínio - Liga 5052 H38 ............................................................ 604 12.4.4. Critérios de Medição e Pagamento ................................................................................ 605

12.5. SUPORTE SIMPLES E BRAÇO PROJETADO EM AÇO CARBONO

GALVANIZADO ............................................................................................. 606

12.5.1. Generalidades ................................................................................................................ 606 12.5.2. Documentos Complementares ....................................................................................... 606 12.5.3. Materiais ......................................................................................................................... 606 12.5.4. Critérios de Medição e Pagamento ................................................................................ 607

12.6. TACHÕES BIDIRECIONAIS .......................................................................... 607

12.6.1. Generalidades ................................................................................................................ 607 12.6.2. Materiais ......................................................................................................................... 607 12.6.3. Execução / Assentamento .............................................................................................. 609 12.6.4. Controle de Qualidade ................................................................................................... 610 12.6.5. Critérios de Medição e Pagamento ................................................................................ 610

12.7. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA PARA PEDESTRES ...................................... 611

12.7.1. Generalidades ................................................................................................................ 611 12.7.2. Documentos Complementares ....................................................................................... 611

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12.7.3. Materiais ......................................................................................................................... 611 12.7.4. Critérios de Medição e Pagamento ................................................................................ 616

12.8. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA PARA VEÍCULOS .......................................... 616

12.8.1. Generalidades ................................................................................................................ 616 12.8.2. Documentos Complementares ....................................................................................... 616 12.8.3. Materiais ......................................................................................................................... 617 12.8.4. Critérios de Medição e Pagamento ................................................................................ 623

12.9. SINALIZAÇÃO E PROTEÇÃO DE OBRA ....................................................... 624

12.9.1. Sinalização Vertical ........................................................................................................ 624 12.9.2. Sinalização Noturna ....................................................................................................... 625 12.9.3. Tapume .......................................................................................................................... 626 12.9.4. Estrutura para Travessia de Veículos ............................................................................ 626 12.9.5. Passadiço de Madeira para Pedestres .......................................................................... 627

13. OBRAS COMPLEMENTARES E PAISAGISMO ........................................... 628

13.1. OBJETIVO ..................................................................................................... 628

13.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA ........................................................... 628

13.3. ASSENTAMENTO DE MEIO-FIO ................................................................... 629

13.3.1. Objetivo .......................................................................................................................... 629 13.3.2. Definições ....................................................................................................................... 629 13.3.3. Condições Específicas ................................................................................................... 629 13.3.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ...................................................... 632

13.4. REMOÇÃO E ASSENTAMENTO DE MEIO-FIO ............................................ 633

13.4.1. Objetivo .......................................................................................................................... 633 13.4.2. Definições ....................................................................................................................... 633 13.4.3. Condições Específicas ................................................................................................... 633 13.4.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento para Remoção de Meio-Fio ......... 635

13.5. CORDÃO DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO BOLEADO 10 X 10 COM BASE 636

13.5.1. Objetivo .......................................................................................................................... 636 13.5.2. Definições ....................................................................................................................... 636 13.5.3. Condições Específicas ................................................................................................... 636 13.5.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ...................................................... 637

13.6. PASSEIO ....................................................................................................... 638

13.6.1. Objetivo .......................................................................................................................... 638 13.6.2. Definições ....................................................................................................................... 638 13.6.3. Condições Gerais ........................................................................................................... 639 13.6.4. Condições Específicas ................................................................................................... 640 13.6.5. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ...................................................... 651

13.7. DELIMITADOR FÍSICO DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO ............................ 651

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13.7.1. Objetivo .......................................................................................................................... 651 13.7.2. Definições ....................................................................................................................... 651 13.7.3. Condições Específicas ................................................................................................... 651 13.7.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ...................................................... 652

13.8. FORNECIMENTO E LANÇAMENTO DE MATERIAL EM DRENO E PÁTIO ... 654

13.8.1. Objetivo .......................................................................................................................... 654 13.8.2. Condições Específicas ................................................................................................... 654 13.8.3. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ...................................................... 654

13.9. LANÇAMENTO E ESPALHAMENTO DE SOLOS EM PASSEIO .................... 654

13.9.1. Objetivo .......................................................................................................................... 654 13.9.2. Condições Específicas ................................................................................................... 655 13.9.3. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ...................................................... 656

13.10. MUROS ......................................................................................................... 656

13.10.1. Objetivo .......................................................................................................................... 656 13.10.2. Definições ....................................................................................................................... 657 13.10.3. Condições Gerais ........................................................................................................... 657 13.10.4. Condições Específicas ................................................................................................... 657 13.10.5. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento ...................................................... 660

13.11. CERCAS DEFINITIVAS ................................................................................. 661

13.11.1. Objetivo .......................................................................................................................... 661 13.11.2. Definições ....................................................................................................................... 661 13.11.3. Condições Específicas ................................................................................................... 661 13.11.4. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................ 669

13.12. ALAMBRADO ................................................................................................ 669

13.12.1. Objetivo .......................................................................................................................... 669 13.12.2. Definições ....................................................................................................................... 669 13.12.3. Condições Específicas ................................................................................................... 669

13.13. BARREIRA DE SEGURANÇA DE CONCRETO ............................................. 672

13.13.1. Objetivo .......................................................................................................................... 672 13.13.2. Definições ....................................................................................................................... 672 13.13.3. Condições Específicas ................................................................................................... 672

13.14. ESTRUTURA SUPORTE PARA FIXAÇÃO DE ARAME FARPADO ............... 676

13.14.1. Objetivo .......................................................................................................................... 676 13.14.2. Definições ....................................................................................................................... 676 13.14.3. Condições Específicas ................................................................................................... 677 13.14.4. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................ 677

13.15. LIXEIRA ......................................................................................................... 677

13.15.1. Objetivo .......................................................................................................................... 677 13.15.2. Definições ....................................................................................................................... 677

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13.15.3. Condições Gerais ........................................................................................................... 677 13.15.4. Condições Específicas ................................................................................................... 677 13.15.5. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................ 681

13.16. PLANTIO DE GRAMA .................................................................................... 681

13.16.1. Objetivo .......................................................................................................................... 681 13.16.2. Definições ....................................................................................................................... 682 13.16.3. Condições Específicas ................................................................................................... 682 13.16.4. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................ 686

13.17. AJARDINAMENTO ........................................................................................ 687

13.17.1. Objetivo .......................................................................................................................... 687 13.17.2. Definições ....................................................................................................................... 687 13.17.3. Condições Gerais ........................................................................................................... 687 13.17.4. Condições Específicas ................................................................................................... 688 13.17.5. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................ 696

13.18. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO PARA ÁRVORES ....................................... 698

13.18.1. Objetivo .......................................................................................................................... 698 13.18.2. Definições ....................................................................................................................... 698 13.18.3. Condições Específicas ................................................................................................... 698 13.18.4. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento ........................................................ 701

13.19. PROCEDIMENTO PARA TRANSPLANTIO, PODA OU SUPRESSÃO DE

ÁRVORES LOCALIZADAS EM ÁREA PÚBLICA ............................................ 702

13.19.1. Objetivo .......................................................................................................................... 702 13.19.2. Definições ....................................................................................................................... 702 13.19.3. Condições Específicas ................................................................................................... 703

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1. APRESENTAÇÃO

A ENGESOLO ENGENHARIA LTDA., detentora do contrato n.º: 001/2014-SEMOBS, que

tem por objeto a Elaboração de Estudos Técnicos e Projetos Básicos e Projetos Executivos

de Engenharia para trechos viários prioritários no município de Contagem, apresenta o

volume Caderno de Encargos para Obras de Infraestrutura, parte constituinte dos

serviços da Conclusão da Av. Carmelita Drumond Diniz (Av. Maracanã), objeto da Ordem

de Serviço n° 002.

O Caderno de Encargos ora apresentado é constituído pelas especificações dos serviços e

os critérios de medição e pagamento de todos os serviços necessários para a implantação

dos empreendimentos, e se aplica a todos os projetos desenvolvidos para o contrato

supracitado.

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2. INTRODUÇÃO

As obras e serviços de infraestrutura previstos na “Conclusão da Av. Carmelita Drumond Diniz (Av. Maracanã)" deverão ser executados conforme os procedimentos

definidos neste Caderno de Encargos, que são baseados nos procedimentos constantes do

Caderno de Encargos da SUDECAP – Superintendência de Desenvolvimento da Capital de

Belo Horizonte, Revisão de dezembro/2008, 3a Edição e nas especificações gerais do DNER/

DNIT, últimas versões disponíveis.

Para os casos de serviços que demandaram a necessidade de "Especificações Particulares",

estas foram apresentadas especificamente nos respectivos projetos de infraestrutura

desenvolvidos, e prevalecerão sobre o especificado neste Caderno de Encargos.

Quanto aos serviços porventura omissos neste documento, os procedimentos a serem

adotados deverão ser previamente discutidos e aprovados junto à equipe de Supervisão de

Obras da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM.

Salienta-se, ainda, que:

- Para os serviços de implantação de redes de esgotamento sanitário e abastecimento de

água, bem como os respectivos remanejamentos de redes existentes, deverão ser

seguidas as especificações da concessionária COPASA-MG;

- Para os remanejamentos dos demais serviços públicos existentes nas áreas de

implantação, deverão ser seguidas as especificações das respectivas concessionárias;

- Para os serviços de sinalização viária, além das especificações aqui apresentadas,

deverão ser seguidas orientações específicas porventura exigidas pela TRANSCON –

órgão da Prefeitura Municipal de Contagem.

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8. PAVIMENTAÇÃO

8.1. OBJETIVO O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços de pavimentação, com a terraplenagem já concluída na cota estabelecida em projeto, separando as etapas executivas por tipo de estrutura. 8.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA Sugere-se para a complementação deste capítulo a seguinte bibliografia específica:

DNER-47/64 – Índice Suporte Califórnia – Proctor Normal;

DNER-ME 48/64 – Índice Suporte Califórnia – Proctor Intermediário;

DNER-ME 049/94 – Solos – Determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas;

DNER-ME 051/94 – Solos – Análise granulométrica;

DNER-ME 080/94 – Solos – Análise granulométrica por peneiramento;

DNER-ME 082/94 – Solos – Determinação do limite de plasticidade;

DNER-ES 299/97 – Pavimentação – Regularização do subleito;

DNER-ES 300/97 – Pavimentação – Reforço do subleito;

DNER-ES 301/97 – Pavimentação – Sub-base estabilizada granulometricamente;

DNER-ES 302/97 – Pavimentação – Sub-base de solo melhorado com cimento;

DNER-ES 303/97 – Pavimentação – Base estabilizada granulometricamente;

DNER-ES 305/97 – Pavimentação – Base de solo cimento;

DNER-ES 306/97 – Pavimentação – Imprimação;

DNER-ES 307/97 – Pavimentação – Pintura de ligação;

DNER-ES 308/97 – Pavimentação – Tratamento superficial simples;

DNER-ES 309/97 – Pavimentação – Tratamento superficial duplo;

DNER-ES 310/97 – Pavimentação – Tratamento superficial triplo;

DNER-ES 311/97 – Pavimentação – Macadame betuminoso por penetração;

DNER-ES 312/97 – Pavimentação – Areia asfalto a quente;

DNER-ES 313/97 – Pavimentação – Concreto betuminoso;

DNER-ES 314/97 – Pavimentação – Lama asfáltica;

DNER-ES 315/97 – Pavimentação – Acostamento;

DNER-ES 316/97 – Pavimentação – Base de macadame hidráulico;

DNER-ES 317/97 – Pavimentação – Pré-misturados a frio;

DNER-ES 318/97 – Pavimentação – Concreto betuminoso reciclado a quente na usina;

DNER-ES 319/97 – Pavimentação – Concreto betuminoso reciclado a quente no local;

DNER-ES 320/97 – Pavimentação – Micro revestimento betuminoso a frio;

DNER-ES 322/97 – Pavimentação – Sub-base de concreto de cimento Portland, compactada com rolo;

DNER-ES 323/97 – Pavimentação – Sub-base com concreto de cimento Portland adensado por vibração;

DNER-ES 324/97 – Pavimentação – Concreto de cimento Portland com equipamento de fôrmas deslizantes;

DNER-ES 325/97 – Pavimentação – Concreto de cimento Portland com equipamento de pequeno porte;

DNER-ES 326/97 – Pavimentação – Concreto de cimento Portland com equipamento fôrma- trilho;

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DNER-ES 327/97 – Pavimentação – Pavimento com peças pré-moldadas de concreto;

DNER-ES 328/97 – Pavimentação – Reabilitação de pavimentos rígidos;

DNER-EM 362/97 – Asfaltos diluídos tipo cura rápida;

DNER-EM 363/97 – Asfaltos diluídos tipo cura média;

DNER-EM 364/97 – Alcatrões para pavimentação;

DNER-EM 365/97 – Emulsões asfálticas para lama asfáltica. 8.3. REGULARIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO DO SUBLEITO 8.3.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços de regularização e compactação do subleito de vias a pavimentar, com a terraplenagem já concluída na cota estabelecida em projeto. 8.3.2. Definição A Regularização resume-se em corrigir algumas falhas da superfície terraplenada, pois, no final da terraplenagem, a superfície já deve apresentar bom acabamento. As operações devem compreender até 20cm de espessura, onde, o que exceder esta altura será considerado como terraplenagem. 8.3.3. Condições Específicas a. Equipamentos Para a execução da regularização, poderão ser utilizados os seguintes equipamentos:

• Motoniveladora pesada, com escarificador;

• Carro-tanque distribuidor de água;

• Rolos compactadores dos tipos pé-de-carneiro, liso vibratório e pneumático, rebocados ou autopropulsores;

• Grade de discos;

• Pulvimisturador;

• Os equipamentos de compactação e mistura serão escolhidos de conformidade com o tipo de material empregado na regularização.

Sendo inviável o uso de equipamento convencional, poderão ser utilizados os seguintes:

• Placas vibratórias, sapos mecânicos ou rolos compactadores de pequeno porte para a compactação;

• Ferramentas manuais para a regularização, aeração e/ou umedecimento do material. b. Materiais Os materiais empregados na regularização do subleito serão os do próprio subleito. No caso de substituição ou adição de material, este deverá ser proveniente de ocorrências indicadas no projeto, devendo satisfazer às seguintes exigências:

• Ter um diâmetro máximo de partícula igual ou inferior a 76mm;

• Ter um Índice de Suporte Califórnia, determinado com a energia de compactação do método DNER- ME 049/94 Solos – Determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas (Proctor Normal) igual ou superior ao do material

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empregado no dimensionamento do pavimento, como representativo do trecho em causa;

• Ter expansão inferior a 2%. c. Execução A regularização do subleito deverá ser executada de acordo com os perfis transversais e longitudinais indicados no projeto, e a compactação será realizada com o equipamento apropriado. Toda a vegetação e material orgânico, porventura existentes no leito da via, serão removidos previamente. Após a execução de cortes ou aterros, operações necessárias para atingir o greide de projeto, será realizada uma escarificação geral na profundidade de 20cm, seguida de pulverização, umedecimento ou aeração, compactação e acabamento. No caso de cortes em rocha ou de material inservível para subleito, deverá ser executado o rebaixamento na profundidade estabelecida em projeto e substituição desse material. O grau de compactação deverá ser, no mínimo, 100% em relação à massa específica aparente seca máxima obtida no ensaio DNER-ME 47-64 (Proctor Normal) e o teor de umidade deverá ser a umidade ótima do ensaio citado ± 2%. Quando se tratar de serviços de recomposição de valas de drenagem ou de execução de remendos em pavimentos já existentes, será admitido o uso de equipamentos de menor porte para a compactação do subleito, desde que a área da vala ou do remendo a ser trabalhado não permita o uso dos equipamentos usuais, a critério da FISCALIZAÇÃO. Esta especificação aplica-se também a situações em que não há possibilidade do emprego de equipamentos convencionais, em razão dos locais de acentuada declividade, espaços exíguos para operação dos mesmos, e ainda, pequenas áreas a serem trabalhadas, como os entornos de poços de visita, caixas de boca de lobo e outros eventuais obstáculos à operação de equipamento pesado. d. Controle d.1. Controle tecnológico d.1.1. Ensaios

• Determinação de massa específica aparente, “in situ”, com espaçamento máximo de 100m na pista, nos pontos onde forem coletadas as amostras para os ensaios de compactação.

• Uma determinação do teor de umidade a cada 100m, imediatamente antes da operação de compactação;

• Ensaios de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria, usando-se, respectivamente, os métodos DNER-ME 122/94, DNER-ME 082/94 e DNER-ME 051/94), com espaçamento máximo de 250m de pista;

• Um ensaio do Índice de Suporte Califórnia, com a energia de compactação do método DNER-ME 049/94 – Solos – Determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas (Proctor Normal), com espaçamento máximo de 500m de pista;

• Um ensaio de compactação, segundo o método DNER-ME 129/94 – Solos – Compactação utilizando amostras não trabalhadas e DNER-ME 162/94 – Solos – Ensaio de compactação utilizando amostras trabalhadas (Proctor Normal), para determinação da massa específica aparente seca máxima, com espaçamento

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máximo de 100m de pista, com amostras coletadas em pontos obedecendo sempre à ordem: bordo direito, eixo, bordo esquerdo, eixo, bordo direito etc., a 60cm do bordo ou a 30cm do meio-fio;

• O número de ensaios de compactação poderá ser reduzido, desde que se verifique a homogeneidade do material, ficando a critério da SUPERVISÃO. A amostragem (conjunto de ensaios para a determinação do valor estatístico) deverá ser feita na mesma frente de trabalho e não em frentes de trabalho separadas.

d.1.2. Aceitação

Os valores máximos e mínimos decorrentes da amostragem, a serem confrontadas com os especificados, serão calculados pelas seguintes fórmulas:

σσ 68,029,1. ++=N

xmáxX

σσ 68,029,1. +−=N

xmínX

Para o caso do Índice de Suporte Califórnia, o valor µ calculado de acordo com a fórmula abaixo, deverá ser igual ou superior ao valor mínimo especificado.

Nx σµ 29,1

−= N

xx ∑−

)1()( 2

−−

=N

xxσ

sendo:

• N > 9 (número de determinações feitas);

• µ = índice de suporte Califórnia;

• σ = tensão admissível do terreno. d.2. Controle geométrico Após a execução da regularização do subleito, será realizada a relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:

• 2cm em relação às cotas do projeto;

• + 20cm, para cada lado, quanto à largura de projeto, não se tolerando medida a menos;

• Até 20% em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta. 8.3.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) O levantamento dos serviços de regularização e compactação do subleito será efetuado pela área, em metros quadrados (m²) de plataforma a ser regularizada de acordo com o equipamento utilizado, com os dados fornecidos pelo projeto. b. Medição

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A medição dos serviços de regularização e compactação do subleito será efetuada por metro quadrado (m²) de plataforma efetivamente regularizada e compactada considerando o equipamento utilizado. Não serão medidas as diferenças de cortes e/ou aterros admitidos nos limites de tolerância. c. Pagamento O pagamento será efetuado com base no preço unitário apresentado para este serviço, incluindo todas as operações de corte e/ou aterro até a espessura máxima de 20cm em relação ao greide final de terraplenagem, a escarificação, o umedecimento ou aeração, a homogeneização, a conformação geométrica e a compactação do subleito, de acordo com o projeto, bem como toda a mão de obra e encargos necessários à sua execução. Quando o serviço de regularização exceder de 20cm, em corte ou aterro, o excedente será pago como serviço de terraplenagem. 8.4. REFORÇO DO SUBLEITO 8.4.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo definir as diretrizes para a execução dos serviços de reforço do subleito. 8.4.2. Definição Reforço do subleito é a camada de espessura constante transversalmente e variável longitudinalmente, de acordo com o dimensionamento do pavimento, fazendo parte integrante deste e que, por circunstâncias técnico-econômicas, será executada sobre o subleito regularizado. O reforço do subleito é executado normalmente em estruturas espessas resultantes de fundação de má qualidade ou tráfego de cargas muito pesadas, ou ambos os fatores combinados. 8.4.3. Condições Específicas a. Equipamentos Para execução do serviço de reforço do subleito poderão ser usados os seguintes equipamentos:

• Motoniveladora pesada com escarificador;

• Carro-pipa distribuidor de água;

• Rolos compactadores tipos pé de carneiro, liso vibratório e pneumático, rebocados ou autopropulsores;

• Grade de disco;

• Pulvimisturador. Os equipamentos de compactação e mistura serão escolhidos de acordo com o tipo de material empregado. b. Materiais

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338

O material a ser empregado deverá ser proveniente de empréstimos indicados no projeto, possuindo características superiores às dos materiais do subleito. Preferencialmente, serão empregados solos residuais (argila, saibros, etc.), selecionados na fase de projeto, dentre os melhores disponíveis. O Índice de Suporte Califórnia mínimo, determinado segundo método do DNER-ME 049-94 – Solos – Determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas e com a energia de compactação do método DNER-ME 47-64 (Proctor Normal), deverá ser superior ao valor do Índice de Suporte Califórnia do subleito. A expansão máxima deverá ser de 1%. O diâmetro máximo admissível dos grãos não deverá ultrapassar 2” (5cm), ou seja, metade da espessura da camada quando ela for de 10cm. No caso de espessuras maiores, o diâmetro máximo dos grãos não deverá ultrapassar 3” (7,6cm). O grau de compactação deverá ser, no mínimo 100% em relação à massa específica aparente seca máxima obtida no ensaio DNER-ME 47-64 (Proctor Normal) e o teor de umidade deverá ser a umidade ótima do ensaio citado 2%. c. Execução Compreende as operações de escavação e carga no empréstimo, transporte, descarga, espalhamento, pulverização, umedecimento ou secagem, compactação do material importado lançado na pista já regularizada e acabamento final. A construção da camada de reforço não apresenta diferenças operacionais acentuadas em relação à construção das camadas que exigem importação de solo ou outro material. Antes da importação do solo é necessário balizar os alinhamentos laterais colocando os piquetes devidamente espaçados e afastados, para evitar o deslocamento prematuro pela passagem das máquinas. O material ou materiais importados deverão ser esparramados em camadas, com espessura que, após a compactação, resulte entre 10cm e 20cm de camada compactada. Antes da compactação, deve-se verificar o teor de umidade, procurando-se, se houver excesso, reduzir o teor por tombamentos sucessivos com motoniveladoras. d. Controle d.1. Controle tecnológico d.1.1. Ensaios

• Determinação de massa específica aparente, “in situ”, com espaçamento máximo de 100m na pista, nos pontos onde forem coletadas as amostras para os ensaios de compactação;

• Uma determinação do teor de umidade a cada 100m, imediatamente antes da operação de compactação; Ensaios de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria, usando-se, respectivamente, os métodos DNER-ME 122/94, DNER-ME 082-94 e DNER-ME 051/94), com espaçamento máximo de 250m de pista;

• Um ensaio do Índice de Suporte Califórnia, com a energia de compactação do método DNER-ME-48-64, com espaçamento máximo de 500m de pista;

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339

• Um ensaio de compactação, segundo os métodos DNER-ME 129/94 – Solos – Compactação utilizando amostras não trabalhadas e DNER-ME 162/94 – Solos – Ensaio de compactação utilizando amostras trabalhadas, para determinação da massa específica aparente seca máxima, com espaçamento máximo de 100m de pista, com amostras coletadas em pontos obedecendo sempre à ordem: bordo direito, eixo, bordo esquerdo, eixo, bordo direito etc., a 60cm do bordo ou a 30cm do meio-fio.

O número de ensaios de compactação poderá ser reduzido, desde que se verifique a homogeneidade do material, ficando a critério da FISCALIZAÇÃO. A amostragem deve sempre ser recolhida numa camada constituída de materiais da mesma ocorrência (empréstimo ou jazida). d.1.2. Aceitação Os valores máximos e mínimos decorrentes da amostragem, a serem confrontadas com os especificados, serão calculados pelas seguintes fórmulas:

σσ 68,029,1. ++=N

xmáxX

σσ 68,029,1. +−=N

xmimX

Para o caso do Índice de Suporte Califórnia, o valor µ calculado de acordo com a fórmula abaixo, deverá ser igual ou superior ao valor mínimo especificado.

Nx σµ 29,1

−= N

Xx ∑−

)1()( 2

−−

=N

Xxσ

sendo:

• N > 9 (número de determinações feitas);

• µ = índice de suporte Califórnia;

• σ = tensão admissível do terreno. No caso da não aceitação dos serviços pela análise estatística, o trecho considerado será subdividido em subtrechos, fazendo-se um ensaio com material coletado em cada um deles. Para os ensaios do índice de suporte Califórnia, cada um destes subtrechos terá uma extensão máxima de 100m e, para os demais ensaios, uma extensão máxima de 50 metros. Os subtrechos serão dados como aceitos, tendo em vista os resultados dos ensaios, face aos valores exigidos pelas especificações. d.2. Controle geométrico Após a execução do reforço do subleito, proceder-se-á à relocação e ao nivelamento do eixo e dos bordos. No caso da existência de meios-fios, a relocação e nivelamento serão executados, respectivamente, no eixo e a 10cm do meio-fio, tanto de um lado quanto do outro da via. Serão permitidas as seguintes tolerâncias:

• + 10cm, para cada lado, quanto à largura de projeto, não se tolerando medida a menos;

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340

• Até 20% em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta;

• A espessura média da camada de reforço, determinada pela fórmula:

Nx σµ 29,1

−= N

xx ∑−

)1()( 2

−−

=N

xxσ

sendo:

• N > 9 (número de determinações feitas);

• µ = índice de suporte Califórnia;

• σ = tensão admissível do terreno.

Na determinação de x serão utilizados pelo menos 9 valores de espessuras individuais x,

obtidas por nivelamento, conforme mencionado no primeiro parágrafo deste subitem, de 20 em 20m, antes e depois das operações de espalhamento e compactação.

Não será tolerado qualquer valor individual de espessura fora do intervalo de + 2cm, em relação à espessura do projeto.

No caso de se aceitar, dentro das tolerâncias estabelecidas, uma camada de reforço com espessura média inferior à do projeto, a diferença será acrescida à camada imediatamente superior. No caso de aceitação de camada de reforço dentro das tolerâncias, com espessura média superior à do projeto, a diferença não será deduzida da espessura do projeto da camada imediatamente superior.

8.4.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento

a. Levantamento (quantitativos de projeto)

Os serviços de reforço do subleito serão levantados pelo volume, em metros cúbicos (m³), de material a ser compactado na pista, segundo as seções transversais e os resultados das sondagens feitas no local.

No cálculo para levantamento dos volumes será considerada a espessura média ( x )

constante no projeto.

b. Medição

A medição dos serviços será feita por metro cúbico (m³) de material efetivamente compactado na pista.

No cálculo dos volumes, obedecidas as tolerâncias especificadas, será considerada a

espessura média ( x ) calculada como no item anterior.

Quando x for inferior à espessura de projeto, será considerado o valor x , e quando x for

superior à espessura do projeto, será considerada a espessura de projeto.

c. Pagamento

O pagamento será feito com base no preço unitário por metro cúbico apresentado para este serviço, incluindo, espalhamento, mistura, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento e toda a mão de obra e encargos necessários à execução do serviço. Serão

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341

pagas à parte, conforme especificação própria, as operações de escavação, carga, transporte e descarga. 8.5. SUB-BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE 8.5.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução de sub-bases granulares constituídas de camadas de canga ferruginosa, minério de ferro, laterita, escória siderúrgica, brita de bica corrida ou, ainda, fundo de pedreira, estabilizados granulometricamente e sem mistura de materiais. 8.5.2. Definição Sub-base é a camada complementar à base, quando, por circunstâncias técnicas e econômicas, não for aconselhável construir a base diretamente sobre a regularização ou reforço do subleito. 8.5.3. Condições Específicas a. Equipamentos São indicados os seguintes tipos de equipamentos para execução de sub-bases:

• Motoniveladora pesada com escarificador;

• Carro tanque distribuidor de água;

• Rolos compactadores tipo pé de carneiro, liso vibratório e pneumático, rebocados ou autopropulsores;

• Grade de disco;

• Pulvimisturador. Além destes, poderão ser usados outros equipamentos, desde que aceitos pela SUPERVISÃO. b. Materiais Os materiais a serem empregados devem apresentar Índice de Suporte Califórnia igual ou superior a 20% e expansão máxima de 1%, determinados segundo o método DNER-ME 49-64 e com a energia de compactação correspondente ao método do DNER-ME 48-64 (Proctor Intermediário) ou correspondente ao ensaio T-180-57 da AASHTO (Proctor Modificado), conforme indicação do projeto. O índice de grupo deverá ser igual a zero. O agregado retido na peneira nº 10 deve ser constituído de partículas duras e duráveis, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, isento de matéria vegetal ou outras substâncias prejudiciais. O diâmetro máximo dos elementos da sub-base deverá ser, no máximo, igual a 5cm (2”), devendo-se reduzir este diâmetro, sempre que possível. b.1. Escória

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A escória deverá ser proveniente de alto-forno, estar isenta de refratário e deverá ter garantida a sua estabilidade em contato com água, exigindo-se assim que ela se sujeite a depósito a céu aberto, pelo período mínimo de 2 anos, após sua formação. b.2. Brita bica corrida Entende-se por brita de bica corrida, o produto total de britagem do primário ou secundário, o qual não é objeto de peneiramento. Para os fins da presente especificação, não se exige que o material esteja isento de contaminação por solos residuais, sendo até mesmo desejável que haja frações argilosas presentes, de modo a proporcionar-lhe certa plasticidade (IP da ordem de 4%).

b.3. Canga ferruginosa, minério de ferro ou outros solos lateríticos Quando da utilização destes materiais, o índice de grupo poderá ser diferente de zero. Entende-se como solos lateríticos, aqueles cuja relação molecular S/R (sílica sesquióxidos)* for menor que 2 e que apresentem expansão inferior a 0,2%, medida no ensaio de ISC (DNER-ME 049-94 – Solos – Determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas), com 26 golpes por camada. Será admitido o valor de expansão até 0,5% no ensaio do ISC, desde que o ensaio de expansibilidade (DNER-ME 029-94 – Solo – Determinação de expansibilidade) apresente um valor inferior a 10%.

160102

60*3232

2

OFeOAl

SiO

RS

+=

A canga de minério de ferro a ser empregada deverá ser, preferencialmente, de natureza limonítica, caracterizada pela cor avermelhada, sendo desejável que tenha índice de plasticidade mínimo de 5% (IP 5%). c. Execução Compreende as operações de espalhamento, pulverização, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento dos materiais importados, realizadas na pista devidamente preparada na largura desejada, nas quantidades que permitam após a compactação, atingir a espessura constante do projeto. Quando houver necessidade de se executar camadas de sub-base com espessura final superior a 20cm, elas deverão ser subdivididas em camadas parciais, sempre com espessura máxima de 20cm e mínima de 10cm, após a compactação. O grau de compactação deverá ser, conforme determinação do projeto:

• No mínimo 100% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida no ensaio DNER-ME

• 48-64 (Proctor intermediário), ou;

• No mínimo 100% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida no ensaio T-180-57 da AASHTO (Proctor Modificado).

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343

A determinação do desvio máximo de umidade admissível será estabelecida pelo projeto ou pela SUPERVISÃO, em função das características do material a ser empregado. d. Controle d.1. Controle tecnológico d.1.1. Ensaios a serem procedidos

• Determinação de massa específica aparente, “in situ”, com espaçamento máximo de 100m na pista, nos pontos onde forem coletadas as amostras para os ensaios de compactação, a profundidade do furo será igual à espessura da camada compactada;

• Uma determinação do teor de umidade a cada 100m, imediatamente antes da compactação, com peso mínimo da amostra de 500g;

• Ensaios de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria, usando-se, respectivamente, os métodos DNER-ME 122/94, DNER-ME 082/94 e DNER-ME 051/94), com espaçamento máximo de 150m de pista, sendo as amostras coletadas do material espalhado na pista, imediatamente antes da compactação da camada;

• Um ensaio do Índice de Suporte Califórnia, de acordo com o método DNER-ME 049-94, com a energia de compactação do método DNER-ME 48-64 ou com energia de compactação do método T-180-57 da AASHTO, com espaçamento máximo de 300m de pista. Para o caso de solos lateríticos, o material deve ser moldado logo após a coleta da amostra, sem alteração da umidade da pista;

• Um ensaio de compactação segundo o método DNER-ME 48-64 (Proctor Intermediário) ou segundo T-180-57 da AASHTO (Proctor Modificado), para determinação da massa específica aparente seca máxima, com espaçamento máximo de 100m de pista, com amostras coletadas em pontos, obedecendo sempre a ordem: bordo direito, eixo, bordo esquerdo, eixo, bordo direito e assim sucessivamente, a 60cm do bordo ou a 30cm do meio-fio. As amostras devem ser coletadas do material espalhado na pista, imediatamente antes da compactação da camada;

• O número de ensaios de caracterização física e mecânica poderá ser reduzido, desde que se verifique a homogeneidade do material, ficando a critério da FISCALIZAÇÃO;

• A amostragem deve sempre ser recolhida numa camada constituída de materiais da mesma ocorrência (jazida).

d.1.2. Aceitação

Os valores máximos e mínimos decorrentes da amostragem, a serem confrontadas com os especificados, serão calculados pelas seguintes fórmulas:

σσ 68,029,1. ++=N

xmáxX

σσ 68,029,1. +−=N

xmimX

Para o caso do Índice de Suporte Califórnia, o valor µ calculado de acordo com a fórmula abaixo, deverá ser igual ou superior ao valor mínimo especificado.

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Nx σµ 29,1

−= N

xx ∑−

)1()( 2

−−

=N

xxσ

sendo:

• N > 9 (número de determinações feitas);

• µ = Índice de Suporte Califórnia;

• σ = tensão admissível do terreno.

No caso da não aceitação dos serviços pela análise estatística, o trecho considerado será subdividido em subtrechos, fazendo-se um ensaio com material coletado em cada um deles. Para os ensaios do Índice de Suporte Califórnia, cada um destes subtrechos terá uma extensão máxima de 100m e, para os demais ensaios, uma extensão máxima de 50metros. Os subtrechos serão dados como aceitos, tendo em vista os resultados dos ensaios, face aos valores exigidos pelas especificações. d.2. Controle geométrico Após a execução da sub-base, será realizada a relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos, permitindo- se as seguintes tolerâncias:

• + 10cm, para cada lado, quanto à largura de projeto;

• Até 20% em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta;

• A espessura média da camada de reforço, determinada pela fórmula:

Nx σµ 29,1

−= N

xx ∑−

)1()( 2

−−

=N

xxσ

sendo:

• N > 9 (número de determinações feitas);

• µ = Índice de Suporte Califórnia;

• σ = tensão admissível do terreno.

Na determinação de x , serão utilizados pelo menos 9 valores de espessuras individuais

x, obtidas por nivelamento do eixo de 20 em 20m, antes e depois das operações de espalhamento e compactação. Existindo meios-fios, o nivelamento será feito no eixo e junto aos meios-fios. Não se tolerará nenhum valor individual de espessura fora do intervalo de + 2cm, em relação à espessura do projeto. No caso de se aceitar, dentro das tolerâncias estabelecidas, uma camada de sub-base com espessura média inferior à do projeto, a diferença será acrescida à camada de base. No caso de aceitação de camada da sub-base dentro das tolerâncias, com espessura média superior à do projeto, a diferença não será deduzida da espessura do projeto referente à camada de base. 8.5.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento

a. Levantamento (quantitativos de projeto)

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345

Os serviços de sub-base sem mistura serão levantados pelo volume, em metros cúbicos (m³), de material a ser compactado na pista, segundo as seções transversais do projeto. No

cálculo para levantamento dos volumes será considerada a espessura média ( x ) constante

no projeto. b. Medição Os serviços serão medidos pelo volume efetivamente compactado na pista, em metros cúbicos (m³). No cálculo dos volumes, obedecidas as tolerâncias especificadas, será considerada a

espessura média ( x ) calculada como no item anterior.

Quando x for inferior à espessura de projeto, será considerado o valor x , e quando x for superior à espessura projeto, será considerada a espessura de projeto. c. Pagamento O pagamento será efetuado conforme o preço unitário apresentado para este serviço, compreendendo a aquisição do material, todas as operações de limpeza de jazida, escavação, carga, confecção dos caminhos de serviço dentro da área da jazida ou utilizados para transporte, espalhamento, umedecimento ou aeração, homogeneização, compactação e conformação geométrica, bem como a mão de obra e todos os encargos necessários à sua execução. O transporte do material da ocorrência para a pista será medido e pago conforme especificação própria para o serviço. 8.6. BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE 8.6.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços de base estabilizada granulometricamente com ou sem mistura, e utilização de equipamento pesado (rolo) ou placa vibratória. 8.6.2. Definições Base é a camada destinada a resistir aos esforços verticais oriundos do tráfego e distribuí-los, e consiste na utilização de canga ferruginosa, minério de ferro, escória siderúrgica, sozinhas, ou misturadas a solos finos residuais, laterita, brita de bica corrida, estas últimas executadas exclusivamente sem mistura, que oferecem, após umedecimento e compactação, boas condições de estabilidade. Esta especificação também se aplica a situações em que não há possibilidade do emprego de equipamentos convencionais, em razão dos locais com acentuada declividade, espaços exíguos para operação dos mesmos, e ainda, pequenas áreas a serem trabalhadas, como em torno de poços de visita para drenagem pluvial e canalização, em torno das caixas de boca de lobo e outros eventuais obstáculos à operação de equipamento pesado.

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Para bases realizadas com misturas, teremos as seguintes porcentagens:

• 50% de solo local e 50% de canga de minério de ferro;

• 50% de solo local e 50% de escória;

• 40% de solo local e 60% de canga de minério de ferro;

• 40% de solo local e 60% de escória. As bases assim constituídas se aplicam a vias locais ou coletoras com reduzido volume e peso de tráfego. 8.6.3. Condições Específicas Os materiais a serem utilizados deverão atender aos parâmetros da presente especificação, as disposições do projeto e a sua procedência deverá ser indicada por ele ou pela SUPERVISÃO. a. Equipamentos São indicados os seguintes tipos de equipamentos para execução da base:

• Motoniveladora pesada, com escarificador;

• Carro tanque distribuidor de água;

• Rolos compactadores tipos pé de carneiro, liso, liso vibratório e pneumático, rebocados ou autopropulsores;

• Grade de discos;

• Pulvimisturador.

• Sendo inviável o uso de equipamento convencional, poderão ser utilizados os seguintes:

• Placas vibratórias, sapos mecânicos ou rolos compactadores de pequeno porte para a compactação;

• Ferramentas manuais para a regularização, aeração e/ou umedecimento do material.

b. Materiais b.1. Solos residuais Os solos residuais a serem empregados na mistura com materiais mais nobres poderão ser da própria via a ser pavimentada (caso de segmentos em corte), ou ser proveniente de empréstimos próximos (caso de segmentos em aterro), devendo preencher os seguintes requisitos:

• A fração que passa na peneira nº 40 deverá apresentar índice de plasticidade mínimo de 9%, sendo o limite máximo estabelecido pela própria trabalhabilidade do solo;

• A expansão máxima média deverá ser de 2%, determinada segundo o método DNER-ME 49-64 e com a energia de compactação correspondente aos métodos DNER-ME 129/94 – Solos – Compactação utilizando amostras não trabalhadas e DNER-ME 162/94 – Solos – Ensaio de compactação utilizando amostras trabalhadas (Proctor Normal), sendo que nenhum valor individual deverá ser superior a 2,5%;

• A fração que passa na peneira nº 200 deve ser superior a 35%. b.2. Solos granulares não lateríticos

Os materiais a serem empregados em base estabilizada granulometricamente, relacionados no item anterior, com exceção de canga de minério de ferro e outros solos lateríticos, deverão preencher os seguintes requisitos:

• Possuir composição granulométrica enquadrada em uma das faixas do seguinte quadro abaixo:

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Peneiras Faixas (%)

Polegadas mm A B C D

2” 50,8 100 100 - -

1” 25,4 - 75 – 90 100 100

3/8” 9,5 30 – 65 40 – 75 50 – 85 60 – 100

Nº 4 4,8 25 – 55 30 – 60 35 – 65 50 – 85

Nº 10 2,0 15 – 40 20 – 45 25 – 50 40 – 70

Nº 40 0,42 8 – 20 15 – 30 15 – 30 25 – 45

Nº 200 0,074 2 – 8 5 – 15 5 – 15 5 – 20

Tabela 1 - Faixas granulométricas para solos

• Com um material muito sensível à segregação, deverá ser escolhida a faixa B ou a faixa C, em vez da faixa A, a mais favorável à segregação;

• A fração que passa na peneira nº 40 deverá apresentar limite de liquidez inferior ou igual a 25% e índice de plasticidade inferior ou igual a 6%; quando estes limites forem ultrapassados; o equivalente de areia deverá ser maior do que 30%;

• A porcentagem do material que passa na peneira nº 200 não deve ultrapassar 2/3 da porcentagem que passa na peneira nº 40;

• O Índice de Suporte Califórnia não deverá ser inferior a 60% e a expansão máxima será de 0,5%, determinados segundo o método DNER-ME 049-94 e com a energia de compactação correspondente ao método DNER-ME 48-64 (Proctor Intermediário) ou correspondente ao ensaio T-180-57 da AASHTO (Proctor Modificado), conforme indicação de projeto. Para as vias em que o tráfego previsto para o período de projeto ultrapassar o valor N = 5 x 106, o Índice de Suporte Califórnia do material da camada de base não deverá ser inferior a 80%;

• O agregado retido na peneira nº 10 deve ser constituído de partículas duras e duráveis, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, de matéria vegetal ou outras substâncias prejudiciais. Quando o agregado for submetido ao ensaio de abrasão “Los Angeles” não deverá apresentar desgaste superior a 55%;

• A escória a ser utilizada deverá ser proveniente de alto-forno, estar isenta de refratário, devendo estar assegurada sua estabilidade em contato com água. Dessa forma, exige-se que a escória de alto-forno a ser empregada se sujeite ao depósito a céu aberto, pelo período mínimo de 2 anos, após sua formação.

• Entende-se por brita de bica corrida, o produto total de britagem do primário ou secundário, o qual não é objeto de peneiramento. Para os fins da presente especificação, não se exige que o material esteja isento de contaminação por solos residuais, sendo até mesmo desejável que haja frações argilosas presentes, de modo a proporcionar-lhe certa plasticidade (IP da ordem de 4%).

b.3. Cangas ferruginosas, minérios de ferro e solos lateríticos Caso os materiais empregados sejam canga ferruginosa, minério de ferro ou outro solo laterítico, os mesmos deverão satisfazer a outros parâmetros. Entende-se por solos lateríticos, aqueles cuja relação molecular S/R (sílica sesquióxidos)* for menor que 2 e que apresentem expansão inferior a 0,2%, medida no ensaio de ISC, DNER-ME 49-74, com 26 golpes por camada.

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Será admitido o valor de expansão até 0,5% no ensaio do ISC, desde que o ensaio de expansibilidade (DNER-ME 029-94 – Solo – Determinação de expansibilidade) apresente um valor inferior a 10%.

160102

60*3232

2

OFeOAl

SiO

RS

+=

b.4. Misturas As misturas obtidas por quaisquer das combinações descritas no item acima, deverão possuir Índice Suporte Califórnia superior a 40% e a 50%, respectivamente para os casos de misturas com 50% a 60% de material nobre e a expansão máxima será de 1% sendo que nenhum valor individual poderá apresentar valor superior a 1,5%, determinados segundo o método DNER-ME 049-94, com a energia de compactação correspondente aos métodos DNER-ME 129/94 e DNER-ME 162/94, com 26 golpes por camada (Proctor Intermediário). b.5. Parâmetros de controle O Índice de Suporte Califórnia (ISC) deverá obedecer aos seguintes valores, relacionados ao número N de operações do eixo padrão de 8,2 t, para o período de projeto:

• ISC ≥ 60% para N ≤ 5 x 106;

• ISC ≥ 80% para N > 5 x 106. Os valores mínimos do ISC devem ser verificados dentro de uma faixa de variação de umidade, a qual será fixada pelo projeto e pelas especificações particulares.

• LL (limite de liquidez) ≤ 40% ;

• IP (índice de plasticidade) ≤ 15%. O agregado retido na peneira de 2mm deve ser constituído de partículas duras e duráveis, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, isento de matéria vegetal ou outra substância prejudicial e apresentando valores de abrasão “Los Angeles” menores ou iguais a 65%. Os materiais devem satisfazer a uma das seguintes faixas granulométricas, em peso, por cento: Faixas granulométricas:

Peneiras Faixas (%)

Polegadas mm A B

2” 50,8 100 -

1” 25,4 75 – 100 100

3/8” 9,5 40 – 85 60 – 95

Nº 4 4,8 20 – 75 30 – 85

Nº 10 2,0 15 – 60 15 – 60

Nº 40 0,42 10 – 45 10 – 45

Nº 200 0,074 5 – 30 5 – 30

Tabela 2 - Faixas granulométricas para misturas

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A canga de minério de ferro a ser empregada deverá ser preferencialmente de natureza limonítica caracterizada pela cor avermelhada, sendo desejável que tenha índice de plasticidade mínimo de 5% (5% ≤ IP < 15%). c. Execução Compreende as operações de espalhamento, pulverização, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento dos materiais importados, realizadas na pista devidamente preparada na largura desejada, nas quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessura constante do projeto. Quando houver necessidade de se executar camadas de base com espessura final superior a 20cm, elas deverão ser subdivididas em camadas parciais, sempre com espessura máxima de 20cm e mínima de 10cm, após a compactação. O grau de compactação deverá ser conforme determinação do projeto:

• No mínimo 100% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida no ensaio DNER-ME 48-64 (Proctor Intermediário);

• No mínimo 100% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida no ensaio T-180-57 da AASHTO (Proctor Modificado).

A determinação do desvio máximo de umidade admissível será estabelecido pelo projeto ou pela SUPERVISÃO, em função das características do material a ser empregado. Para bases realizadas com misturas, temos: c.1. Segmentos em aterro A execução dos aterros obedece as seguintes etapas:

• Regularização do subleito;

• Lançamento do solo;

• Lançamento do minério ou escória;

• Execução da mistura e pulverização;

• Compactação da mistura. c.2. Segmentos em corte Quando de tratar de corte de material não aproveitável como solo para a mistura, as etapas serão as mesmas anteriores, após a execução do corte, até a cota do subleito. Entretanto, se o material for aproveitável, a execução obedecerá a seguinte ordem de serviços: c.2.1. Cortes de pequena extensão

• Escavar até o nível do subleito, depositando o material em local determinado pela SUPERVISÃO;

• Regularização do subleito;

• Lançamento do material (solo) depositado na quantidade prevista no projeto;

• Lançamento do minério ou escória;

• Execução da mistura e pulverização;

• Compactação da mistura.

c.2.2. Cortes extensos

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• Escavar até uma cota acima do subleito igual à espessura do solo prevista para a mistura;

• Escavar um segmento de 100m a ou outra extensão designada pela SUPERVISÇÃO, até a cota do subleito;

• O material extraído será depositado em local determinado pela SUPERVISÃO;

• Regularizar o subleito desse segmento;

• Escavar, em seguida, o segmento de mesma extensão adjacente ao primeiro, lançando material (solo) na quantidade necessária sobre o subleito do segmento anterior; eventuais restos do material serão depositados no local já designado pela SUPERVISÃO;

• Realizar a mesma operação nos segmentos subsequentes, com a mesma extensão;

• Lançar o minério ou escória sobre o solo já colocado na pista;

• Executar a mistura e pulverizar;

• Compactar a mistura. O solo que eventualmente sobrar no depósito, poderá ser aproveitado na execução da base nos aterros. Embora a mistura, nesta especificação, esteja indicada em peso, quando da execução, em função das características dos materiais empregados, a SUPERVISÃO determinará a sistemática para execução de mistura em volume, em termos de espessura de cada material a ser espalhada (espessura solta) na fase anterior à homogeneização e compactação da mistura. Tais espessuras serão objeto de controle geométrico pela verificação das alturas das camadas, após cada lançamento. d. Controle d.1. Controle tecnológico d.1.1. Ensaios a serem procedidos

• Determinações da massa específica aparente, “in situ”, com espaçamento máximo de 100m na pista, nos pontos onde forem coletadas as amostras para os ensaios de compactação, a profundidade do furo será igual à espessura da camada compactada;

• Uma determinação do teor de umidade a cada 100m, imediatamente antes da compactação, com peso mínimo da amostra de 500g;

• Ensaios de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria, usando-se, respectivamente, os métodos DNER-ME 122/94, DNER-ME 082/94 e DNER-ME 051/94), com espaçamento máximo de 150m de pista, sendo as amostras coletadas do material espalhado na pista, imediatamente antes da compactação da camada;

• Um ensaio do Índice de Suporte Califórnia, de acordo com o método DNER-ME 049-94, com a energia de compactação dos métodos DNER-ME 129/94 e DNER-ME 162/94 ou com energia de compactação do método T-180-57 da AASHTO, com espaçamento máximo de 300m de pista. Para o caso de solos lateríticos, o material deve ser moldado logo após a coleta da amostra, sem alteração da umidade da pista;

• Um ensaio de compactação segundo o método DNER-ME 48-57 (Proctor Intermediário) ou segundo T-180-57 da AASHTO (Proctor Modificado), para determinação da massa específica aparente seca máxima, com espaçamento máximo de 100m de pista, com amostras coletadas em pontos, obedecendo sempre a ordem: bordo direito, eixo, bordo esquerdo, eixo, bordo direito etc., a 60cm do bordo ou a 30cm do meio- fio. As amostras devem ser coletadas do material espalhado na pista, imediatamente antes da compactação da camada;

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• Uma determinação do equivalente de areia, com espaçamento de 100m no caso de materiais não lateríticos, com índice de plasticidade maior do que 6% e limite de liquidez maior do que 25%.

O número de ensaios de caracterização física e mecânica poderá ser reduzido, desde que se verifique a homogeneidade do material, ficando a critério da SUPERVISÃO. A amostragem deve sempre ser recolhida numa camada constituída de materiais da mesma ocorrência (jazida). d.1.2. Aceitação Os valores máximos e mínimos decorrentes da amostragem, a serem confrontados com os especificados, serão calculados pelas seguintes fórmulas:

σσ 68,029,1. ++=N

xmáxX

σσ 68,029,1. +−=N

xmimX

Para o caso do Índice de Suporte Califórnia, o valor µ, calculado de acordo com a fórmula abaixo, deverá ser igual ou superior ao valor mínimo especificado.

Nx σµ 29,1

−= N

xx ∑−

)1()( 2

−−

=N

xxσ

sendo:

• N > 9 (número de determinações feitas);

• µ = índice de suporte Califórnia;

• σ = tensão admissível do terreno.

No caso da não aceitação dos serviços pela análise estatística, o trecho considerado será subdividido em subtrechos, fazendo-se um ensaio com material coletado em cada um deles. Para os ensaios do Índice de Suporte Califórnia, cada um destes subtrechos terá uma extensão máxima de 100m e, para os demais ensaios, uma extensão máxima de 50 metros. Os subtrechos serão dados como aceitos, tendo em vista os resultados dos ensaios, face aos valores exigidos pelas especificações. d.2. Controle geométrico Após a execução da base, será realizada a relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:

• + 10cm, para cada lado, quanto à largura de projeto da plataforma;

• Até 20% em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta;

• O desempenho longitudinal da superfície poderá apresentar flechas, no máximo, igual a 1,5cm, quando determinados por meio de régua de 3m;

• A espessura média da camada de base é determinada pela fórmula:

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Nx σµ 29,1

−= N

xx ∑−

)1()( 2

−−

=N

xxσ

sendo:

• N > 9 (número de determinações feitas);

• µ = índice de suporte Califórnia;

• σ = tensão admissível do terreno.

Na determinação de x serão utilizados pelo menos 9 valores de espessuras individuais x,

obtidas por nivelamento do eixo de 20 em 20m antes e depois das operações de espalhamento e compactação. Existindo meios-fios, o nivelamento será feito no eixo e junto aos meios-fios. Não se tolerará nenhum valor individual de espessura fora do intervalo de + 2cm, em relação à espessura do projeto. No caso de se aceitar, dentro das tolerâncias estabelecidas, uma camada de base com espessura média inferior à do projeto, o revestimento será aumentado de uma espessura estruturalmente equivalente a diferença encontrada. No caso de aceitação de camada da base dentro das tolerâncias com espessura média superior à do projeto, a diferença não será deduzida da espessura do projeto da camada de revestimento. 8.6.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) Os serviços de estabilização de base serão levantados pelo volume, em metros cúbicos (m³), de material a ser compactado na pista, segundo as seções transversais do projeto e considerando o equipamento utilizado (placa ou rolo), como também o material utilizado e se realizado com algum dos tipos de mistura.

No cálculo para levantamento dos volumes será considerada a espessura média ( x )

constante no projeto. O movimento de terra para executar base com mistura será levantado como serviço de terraplenagem. b. Medição Os serviços serão medidos pelo volume efetivamente compactado na pista, em metros cúbicos (m³).

No cálculo dos volumes, obedecidas as tolerâncias especificadas, será considerada a

espessura média ( x ) calculada como indicado no item anterior.

Quando x for inferior à espessura de projeto, será considerado o valor x , e quando x for superior à espessura indicada no projeto, será considerada a espessura limite, indicada no projeto. c. Pagamento O pagamento será efetuado conforme o preço unitário apresentado para este serviço, compreendendo a aquisição do material, todas as operações de limpeza de jazida, escavação, carga, conservação dos caminhos de serviço dentro da área da jazida ou

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utilizados para transporte, espalhamento, umedecimento ou aeração, homogeneização, compactação e conformação geométrica, bem como a mão de obra e todos os encargos necessários à sua execução. O transporte do material da ocorrência para a pista será medido e pago conforme especificação própria para o serviço. O movimento de terra executado como foi descrito no item anterior, será pago como serviços de terraplenagem, conforme especificações próprias. 8.7. TRANSPORTE DE MATERIAL DE QUALQUER NATUREZA 8.7.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços de transporte de material de qualquer natureza. 8.7.2. Condições Específicas a. Equipamentos Para o transporte e descarga dos materiais relacionados no item anterior, serão usados, preferencialmente, caminhões basculantes em número e capacidade adequada, que possibilitem a execução do serviço com a produtividade requerida. b. Materiais Os materiais transportados e descarregados serão aqueles utilizados na execução das diversas camadas do pavimento. c. Execução O carregamento é feito por pás carregadeiras ou escavadeiras trabalhando em cortes, empréstimos ou ocorrências de material destinadas às diversas camadas do pavimento. O caminho de percurso, tanto no caso de cortes como de empréstimos e jazidas, deverá ser mantido em condições de permitir velocidade adequada ao equipamento transportador, boa visibilidade e possibilidade de cruzamento. Especialmente para o caso de empréstimos ou jazidas, os caminhos de percurso deverão ser, quando necessário, umedecidos e drenados com a finalidade de evitar excesso de poeira ou formação de atoleiros. No caso de empréstimos, a trajetória a ser seguida pelo equipamento transportador será objeto de aprovação prévia pela supervisão. O material deverá estar distribuído na báscula, de modo a não haver derramamento pelas bordas laterais ou traseira durante o transporte. A descarga do material será efetuada nas áreas e locais indicados pela FISCALIZAÇÃO, seja na constituição dos aterros, nos locais de bota-fora ou depósito para futura utilização, ou na pista para confecção das diversas camadas do pavimento. d. Controle

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Deverão ser providenciados meios para o controle das viagens do equipamento transportador, a fim de se evitar que o material transportado não apresente as características exigidas no projeto para emprego nas diversas camadas constituintes do pavimento. 8.7.3. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) O material a ser transportado será levantado com base nos volumes geométricos levantados no projeto. As distâncias médias de transporte serão determinadas pela FISCALIZAÇÃO e pelo SUPERVISOR DE PROJETOS, através do percurso do trajeto desde os centros de massa do local de carga (corte, empréstimo ou jazida), até a área destinada à descarga (aterro, bota-fora ou depósito). A distância média de transporte adotada será a média entre o percurso de ida e volta aos destinos acima descritos. Para o levantamento dos serviços de transporte e descarga para materiais de pavimentação, o transporte será medido em t x km, sendo o peso em toneladas determinado através da multiplicação do volume do material a ser compactado, de acordo com o projeto, pelo peso específico do material. b. Medição O transporte será medido adotando-se o mesmo critério do levantamento, sendo o peso, em toneladas, determinado através da multiplicação do volume do material compactado pela densidade máxima seca média apresentada na pista, considerando-se os seguintes intervalos de distâncias médias de transporte:

• DMT ≤ 10 km;

• DMT > 10 km. c. Pagamento Os serviços de transporte e descarga de material para as diversas camadas do pavimento serão pagos conforme preços unitários contratuais, aplicados à medição referida no item anterior. Os preços que remuneram as operações descritas nesta especificação incluem os encargos de manutenção, manobras e tempo de espera, bem como toda a mão de obra, encargos e outras despesas inerentes à execução dos serviços. O empolamento do material não será pago em nenhuma hipótese, pois está contemplado nas respectivas composições de preços unitários. 8.8. IMPRIMAÇÃO E PINTURA DE LIGAÇÃO 8.8.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços de imprimação e pintura de ligação. 8.8.2. Definições

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a. Imprimação Consiste na aplicação de uma camada de material asfáltico, com ligante de baixa viscosidade, sobre a superfície de uma base concluída, antes da execução de um revestimento betuminoso qualquer, objetivando o aumento da coesão na superfície da base, através da penetração do material asfáltico, promovendo condições de aderência entre a base e o revestimento. b. Pintura de ligação A pintura de ligação consiste na aplicação de uma camada de material asfáltico sobre a superfície de uma base ou de um pavimento, antes da execução de um revestimento betuminoso qualquer, objetivando promover a aderência entre este revestimento e a camada subjacente. 8.8.3. Condições Específicas a. Equipamentos Para a varredura da superfície da base usam-se, de preferência, vassouras mecânicas rotativas, podendo, entretanto, esta operação ser manual ou, a jato de ar comprimido. A distribuição do ligante deverá ser efetuada por carros equipados com bomba reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento, que permitam a aplicação do material betuminoso em quantidade uniforme. As barras de distribuição devem ser de tipo de circulação plena, com dispositivo que possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante. Os carros distribuidores devem dispor de tacômetro, calibradores e termômetros, em locais de fácil observação e, ainda, de um espargidor manual para tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. O depósito de material betuminoso, quando necessário, deve ser equipado com dispositivo que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito deve ter uma capacidade tal, que possa armazenar a quantidade de material betuminoso a ser aplicado em, pelo menos, um dia de trabalho. b. Materiais Todos os materiais devem satisfazer às especificações em vigor e aprovadas pelo DNIT. b.1. Imprimação Podem ser empregados asfaltos diluídos (tipo CM-30 e CM-70), escolhidos em função da textura do material de base. A taxa de aplicação é aquela que pode ser absorvida pela base em 48 horas, devendo ser determinada experimentalmente, no canteiro da obra. A taxa de aplicação varia de 0,8 a

1,6 l/m², conforme o tipo e textura da base e do material betuminoso escolhido. b.2. Pintura de ligação

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Podem ser empregados os materiais betuminosos seguintes:

• Emulsões asfálticas tipo RR-1C, RR-2C, RM-1C, RM-2C e RL-1C, diluídas com água na razão de 1:1;

• Asfalto diluído CR-70, exceto para bases absorventes ou betuminosas, com taxa de

aplicação em torno de 0,5 l/m². c. Execução Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela SUPERVISÃO, devendo estar de acordo com esta especificação, sem o que não será dada a ordem para o início do serviço. Após a perfeita conformação geométrica da base, será realizada a varredura da sua superfície, de modo a eliminar o pó e o material soltos existentes. Aplica-se, a seguir, o material betuminoso adequado, na quantidade certa e de maneira mais uniforme. O material betuminoso não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10º C, ou em dias de chuva, ou ainda, quando esta estiver iminente. A temperatura de aplicação do material betuminoso deverá ser fixada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. Deverá ser escolhida a temperatura que proporcione a melhor viscosidade para espalhamento. As faixas de viscosidades recomendadas para espalhamento são:

• Para asfaltos diluídos: de 20 a 60 segundos, Saybolt-Furol;

• Para emulsões asfálticas: de 25 a 100 segundos, Saybolt-Furol.

Deve-se evitar a formação de poças de ligantes na superfície da base. Caso isto aconteça, o excesso de ligantes deve ser removido para não danificar o revestimento a ser colocado. A fim de evitar a superposição, ou excesso, nos pontos inicial e final das aplicações, devem-se colocar faixas de papel transversalmente na pista, de modo que o início e o término da aplicação do material betuminoso situem-se sobre essas faixas, as quais serão, a seguir, retiradas. Qualquer falha na aplicação do material betuminoso deve ser imediatamente corrigida. Quando da utilização de distribuidores manuais (canetas ou similar), a uniformidade dependerá essencialmente da experiência do operador da mangueira. c.1. Imprimação Deve-se imprimar a pista inteira em um mesmo turno de trabalho e deixá-la, sempre que possível, fechada ao trânsito. Quando isto não for possível, trabalhar-se-á em meia pista fazendo-se a imprimação da adjacente, assim que à primeira for permitida a abertura ao trânsito. O tempo de exposição da base imprimada ao trânsito será condicionado pelo comportamento da primeira, não devendo ultrapassar a 30 dias. Na ocasião da aplicação do material betuminoso, a base deve se encontrar levemente úmida para o uso do CM-30 e para o CM-70 a superfície deve se encontrar seca. c.2. Pintura de ligação Antes da aplicação do material betuminoso, no caso de bases de solo-cimento ou concreto magro, a superfície da base deve ser irrigada, a fim de saturar os vazios existentes, não se admitindo excesso de água sobre a superfície.

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Quando o ligante betuminoso utilizado for emulsão asfáltica diluída, recomenda-se que a mistura (água – emulsão) seja preparada no mesmo turno de trabalho; deve-se evitar o estoque da mesma por prazo superior a 12 horas.

d. Controle

O material betuminoso deverá ser examinado em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNIT, e considerado de acordo com as especificações em vigor.

d.1. Ensaios

d.1.1. Para asfaltos diluídos

• 1 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio do ponto de fulgor, para cada 100t;

• 1 ensaio de destilação, para cada 100t;

• 1 curva de viscosidade x temperatura, para cada 200t.

d.1.2. Para emulsões asfálticas

• 1 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de resíduo por evaporação, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de peneiramento, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de sedimentação, para cada 100t.

d.2. Controle de temperatura

A temperatura de aplicação deve ser estabelecida para o tipo de material betuminoso em uso.

d.3. Controle da quantidade aplicada

Será feito mediante a pesagem do carro distribuidor, antes e depois da aplicação do material betuminoso. Não sendo possível a realização do controle por esse método, admite-se que seja efetuado por um dos modos seguintes:

• Coloca-se, na pista, uma bandeja de peso e área conhecidos. Por uma simplespesada, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade do material betuminoso usado;

• Utilização de uma régua de madeira, pintada e graduada, que possa dar, diretamente,pela diferença de altura do material betuminoso no tanque do carro distribuidor, antes e depois da operação, a quantidade de material consumido.

d.4. Controle de uniformidade de aplicação

A uniformidade depende do equipamento empregado na distribuição. Ao se iniciar o serviço, deve ser realizada uma descarga de 15 a 30 segundos, para que se possa controlar a uniformidade de distribuição. Esta descarga poderá ser efetuada fora da pista, ou na própria pista, quando o carro distribuidor estiver dotado de uma calha colocada abaixo da barra distribuidora, para recolher o ligante betuminoso.

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8.8.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) Os serviços de imprimação e pintura de ligação serão levantados através da área a ser executada, de acordo com o projeto, em metros quadrados (m²), considerando-se o tipo de material betuminoso a ser utilizado. b. Medição Os serviços de imprimação e pintura de ligação serão medidos adotando-se o critério do levantamento. c. Pagamento O serviço será pago conforme o preço contratual, de acordo com a medição referida no item anterior, compreendendo a aquisição, estocagem e transporte de material betuminoso (inclusive perdas) até a pista e todas as operações necessárias à perfeita execução do serviço, incluindo a varrição da pista e sua completa limpeza. 8.9. CONCRETO BETUMINOSO USINADO À QUENTE 8.9.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução de revestimento com concreto betuminoso usinado a quente. 8.9.2. Definição Concreto betuminoso usinado a quente é o revestimento flexível resultante da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado mineral graduado, material de enchimento (filler) e material betuminoso, espalhado e comprimido a quente sobre a superfície imprimada e/ou pintada. 8.9.3. Condições Específicas a. Equipamentos Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela SUPERVISÃO que emitirá um laudo, autorizando a sua operação. a.1. Acabadora O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos. As acabadoras deverão ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para a frente e para trás. As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento dos mesmos, à temperatura requerida, para colocação da mistura sem irregularidades. a.2. Equipamento para a compressão

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O equipamento para compressão será constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo Tanden, ou outro equipamento aprovado pela SUPERVISÃO. Os rolos compressores, tipo Tanden devem ter uma carga de 8 a 12t. Os rolos pneumáticos autopropulsores devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 a 120 libras por polegada quadrada. O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade. a.3. Caminhões para transporte da mistura Os caminhões tipo basculante para o transporte do concreto betuminoso deverão ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência de mistura às chapas. b. Materiais Todos os materiais devem satisfazer às especificações em vigor e aprovadas pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. b.1. Cimentos asfálticos Apresentam propriedades aglutinantes e impermeabilizantes, possuem características de flexibilidade, durabilidade e alta resistência à ação da maioria dos ácidos, sais e álcalis. Classificam-se de acordo com sua consistência, medida pela viscosidade dinâmica ou absoluta, isto é, o tempo necessário ao escoamento de um volume determinado de asfalto através de um tubo capilar, com auxílio de vácuo. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo - ANP (2005) os cimentos asfálticos de petróleo (CAP) são classificados em:

• CAP 30/45;

• CAP 50/70;

• CAP 85/100;

• CAP 150/200. b.2. Agregado graúdo O agregado graúdo é constituído de pedra britada, escória britada, seixo rolado com pelo menos uma face britada, ou outro material indicado nas especificações complementares e previamente aprovado pela SUPERVISÃO, e deve obedecer às seguintes condições:

• Fragmentos duráveis, sãos, de superfície rugosa e forma angular;

• Inexistência de torrões de argila, matéria orgânica e substâncias nocivas;

• Abrasão “Los Angeles” inferior a 50%;

• Ter boa adesividade com o asfalto utilizado;

• Quando submetido ao ensaio de durabilidade, com sulfato de sódio, não deve apresentar perda superior a 12%, em 5 ciclos;

• Não ter, em excesso, pedras lamelares alongadas, a fim de não prejudicar a trabalhabilidade da mistura e a inalterabilidade da granulometria, limitando-se assim o índice de lamelaridade inferior a 35%;

• No caso de emprego de escória, esta deve ter uma massa específica aparente igual ou superior a 1100kg/m3.

b.3. Agregado miúdo

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O agregado miúdo pode ser constituído de areia, pó de pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes, apresentar moderada angulosidade, livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. No método do Equivalente de Areia, deve apresentar um valor igual ou inferior a 55. b.4. Material de enchimento (filler) Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, inertes em relação aos demais componentes da mistura, não plásticos, tais como cimento, cal extinta, pós-de-pedra, de calcário, etc., que atendam à granulometria da Tabela 3.

Peneira Porcentagem mínima passando

nº 40 100

nº 80 95

nº 200 65

Tabela 3 - Faixas granulométricas para material de enchimento (Filler)

Quando da aplicação, deverá estar seco e isento de grumos. b.5. Composição da mistura A composição do concreto betuminoso deve satisfazer aos requisitos do quadro seguinte. A faixa a ser usada deve ser aquela cujo diâmetro máximo seja igual ou inferior a 2/3 da espessura da camada de revestimento, ou conforme indicação do projeto.

Peneiras Porcentagem passando em peso

Agregado graúdo Agregado miúdo

(“) (mm) A B C D

2” 50,8 100 - - -

1 ½” 38,1 95 – 100 100 - -

1” 25,4 75 – 100 95 – 100 - -

¾” 19,1 60 – 90 80 – 100 - -

½” 12,7 - - 85 – 100 100

3/8” 9,52 35 – 65 45 – 80 75 – 100 90 – 100

Nº 4 4,76 25 – 50 28 – 60 50 – 85 70 – 100

Nº 10 2,00 20 – 40 20 – 45 30 – 75 60 – 90

Nº 40 0,42 10 – 30 10 – 32 15 – 40 30 – 70

Nº 80 0,20 5 – 20 8 – 20 8 – 30 10 – 40

Nº 200 0,074 1 – 8 3 – 8 5 – 10 5 – 12

Betume (%) 4,0 - 7,5 4,5 - 8,0 4,0 – 10,0 4,5 – 11,0

Tabela 4 - Faixas granulométricas para composição da mistura de CBUQ

A curva granulométrica indicada no projeto poderá apresentar as seguintes tolerâncias máximas, conforme apresentadas na Tabela 5:

Peneiras % passando em peso

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Polegadas mm

3/8” – 1 ½” 9,5 – 38,0 ± 7

Nº 40 – Nº 4 0,42 – 4,0 ± 5

Nº 80 0,18 ± 3

Nº 200 0,074 ± 2

Tabela 5 - Tolerâncias máximas para mistura de CBUQ

Deverá ser adotado o método Marshall para a verificação das condições de vazios, estabilidade e fluência da mistura betuminosa, segundo os valores do quadro seguinte:

Método de Projeto Marshall Tráfego Pesado Tráfego Médio

Mín. Máx. Mín. Máx.

1) Número de golpes em cada face do corpo-de-prova 75 50

2) Estabilidade (libras) 1600 1000

3) Fluência (1/100”) 8 16 8 16

4) Vazios de ar (%)

Camada de rolamento

3 5 3 5

Camadas de ligação, nivelamento e base 5 8 3 8

5) Relação asfalto – vazios

Camada de rolamento

75 82 75 82

Camadas de ligação, nivelamento e base 65 72 65 72

Tabela 6 - Método Marshall

A porcentagem de asfalto ótima é a média aritmética das seguintes porcentagens de asfalto:

• % de asfalto correspondente à máxima densidade;

• % de asfalto correspondente à máxima estabilidade;

• % de asfalto correspondente a porcentagem média de vazios prevista para o tipo de mistura. Assim, para a camada de rolamento é a porcentagem de asfalto correspondente a 4% de vazios e para as camadas de binder e nivelamento é a porcentagem de asfalto correspondente a 5,5% de vazios.

c. Execução É competência da SUPERVISÃO autorizar ou não a execução da pintura de ligação nos casos onde tenha havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda, tenha sido a imprimação recoberta com areia, pó de pedra etc. A temperatura de aplicação do cimento asfáltico deve ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresenta uma viscosidade, situada dentro da faixa de 75 a 150 segundos, Saybolt-Furol. Entretanto, não devem ser efetuadas misturas a temperaturas inferiores a 107º C e nem superiores a 177º C. Os agregados devem ser aquecidos a temperatura de 10º C a 15º C, acima da temperatura do ligante betuminoso. O concreto betuminoso deverá ser transportado da usina ao ponto de aplicação, nos veículos basculantes e quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada, cada carregamento deverá ser coberto com lona ou material similar, para proteger a mistura com total segurança.

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As misturas de concreto betuminoso devem ser distribuídas somente através de máquinas acabadoras e quando a temperatura ambiente se encontrar acima de 10º C e com tempo não chuvoso. Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, as mesmas deverão ser sanadas pela adição manual de concreto betuminoso, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos. Imediatamente após a distribuição do concreto betuminoso, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar, sendo recomendável, aquela na qual o ligante apresenta uma viscosidade Saybolt-Furol, de 140 ± 15 segundos, para o cimento asfáltico. Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão (60 lb/ pol²), aumenta-se em progressão aritmética, à medida que a mistura betuminosa suporte pressões mais elevadas. A pressão dos pneus deve variar a intervalos periódicos (60, 80, 100, 120 lb/pol²), adequando um conveniente número de passadas, de forma a obter o grau de compactação especificado. A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada passada do rolo deverá ser recoberta pela seguinte, de, pelo menos, a metade da largura anterior. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada. Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marchas, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém compactado. As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura. Os revestimentos recém acabados deverão ser mantidos sem trânsito, até o seu completo resfriamento. Quaisquer danos decorrentes da abertura ao trânsito sem a devida autorização prévia serão de inteira responsabilidade da CONTRATADA. d. Controle Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia de ensaios indicada pelo DNIT. d.1. Controle da mistura A operação da usina e, consequentemente, o fornecimento da massa produzida por quaisquer empresas, estará condicionado ao funcionamento concomitante de um laboratório de asfalto em área contígua à usina, de forma a garantir a obtenção de massa asfáltica uniforme e dentro das características definidas na dosagem. O preparo da mistura requisita o conhecimento prévio da dosagem que deverá ser submetida à aprovação da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Quando houver alterações dos agregados constituintes da mistura, torna-se indispensável proceder a novas dosagens para aprovação a priori da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Serão efetuadas medidas de temperatura da mistura, no momento do espalhamento e no início da rolagem, na pista.

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Em cada caminhão, antes da descarga, será feita, pelo menos, uma leitura da temperatura. As temperaturas devem satisfazer aos limites especificados anteriormente. d.2. Controle das características Marshall da mistura Dois ensaios Marshall, com três corpos-de-prova cada, devem ser realizados por dia de produção da mistura. Os valores de estabilidade e de fluência deverão satisfazer ao especificado no item anterior. As amostras devem ser retiradas após a passagem da acabadora e antes da compressão. d.3. Controle de compressão O controle de compressão da mistura betuminosa deverá ser feito, preferencialmente, medindo-se a densidade aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura comprimida na pista, por meios de brocas rotativas. Na impossibilidade de utilização deste equipamento, admite-se o processo do anel de aço. Para tanto, colocam-se sobre a base, antes do espalhamento da mistura, anéis de aço de 10cm de diâmetro interno e de altura 5mm inferior à espessura da camada comprimida. Após a compressão são retirados os anéis e medida a densidade dos corpos-de-prova neles moldados. Deve ser uma determinação, a cada 150m de meia pista, não sendo permitidas densidades inferiores a 96% da densidade do projeto. O controle de compressão poderá também ser feito, medindo-se as densidades aparentes dos corpos-de-prova extraídos da pista e comparando-as com as densidades aparentes de corpos-de-prova moldados no local. As amostras para moldagem destes corpos-de-prova deverão ser colhidas bem próximo ao local onde serão realizados os furos e antes de sua compressão. A relação entre estas duas densidades não deverá ser inferior a 100%. d.4. Controle de espessura Será medida a espessura por ocasião da extração dos corpos-de-prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura. Será admitida variação de ± 10% da espessura de projeto, para pontos isolados, e até + 5% de variação da espessura, em 10 medidas sucessivas, não se admitindo reduções. d.5. Controle de acabamento da superfície Durante a execução, deverá ser feito o controle diariamente do acabamento da superfície de revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3m e outra de 0,90m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da via, respectivamente. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas. Observar, constantemente, o acabamento do revestimento betuminoso na junção com a sarjeta, a fim de assegurar a impermeabilização desejada. 8.9.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento

O concreto betuminoso usinado a quente será levantado, através da massa da mistura a ser aplicada em toneladas (t), de acordo com os dados do projeto. O volume será levantado em

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metros cúbicos (m³) e multiplicado pelo peso específico do CBUQ (2,4t/m³), originando peso em toneladas. b. Medição Serão adotados para medição os mesmos critérios do levantamento. c. Pagamento O concreto betuminoso usinado a quente será pago conforme o preço contratual, de acordo com a medição dos serviços englobando a aquisição, carga, transporte, descarga, e todas as operações necessárias à perfeita aplicação do mesmo. 8.10. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE COM ASFALTO-BORRACHA 8.10.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução de revestimento com concreto betuminoso usinado a quente utilizando como ligante o cimento asfáltico modificado pela incorporação de borracha moída de pneus (Asfalto-Borracha), com o objetivo de construir, reforçar, rejuvenescer ou conservar pavimentos. 8.10.2. Definição Concreto Betuminoso Usinado a Quente com Asfalto-Borracha é o revestimento flexível resultante da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado mineral graduado, material de enchimento (filler) e ligante asfáltico modificado com adição de pó de borracha de pneumáticos, espalhado e comprimido a quente sobre a superfície imprimada e/ou pintada. 8.10.3. Condições Específicas a. Equipamentos Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela SUPERVISÃO que emitirá um laudo, autorizando a sua operação. a.1. Acabadora O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos. As acabadoras deverão ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para frente e para trás. As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento dos mesmos, à temperatura requerida, para colocação da mistura sem irregularidades. a.2. Equipamento para a compressão

O equipamento para compressão será constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo Tanden, ou outro equipamento aprovado pela SUPERVISÃO. Os rolos compressores, tipo Tanden, devem ter uma carga de 8 a 12t. Os rolos pneumáticos autopropulsores devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 a 120 libras por polegada quadrada.

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O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.

a.3. Caminhões para transporte da mistura

Os caminhões, tipo basculante, para o transporte do concreto betuminoso, deverão ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência de mistura às chapas.

b. Materiais

Todos os materiais devem satisfazer às especificações em vigor.

b.1. Materiais asfálticos - Asfalto-Borracha

O cimento asfáltico modificado com adição de borracha de pneumáticos deve possuir as seguintes características:

• o teor mínimo de borracha deve ser de 15% em peso, incorporado no ligante asfáltico (via úmida);

• o tempo máximo e as condições de armazenamento e estocagem do asfalto-borracha, para diferentes situações devem ser definidos pelo fabricante;

• a garantia do produto asfáltico por carga, deve ser atestada pelo fabricante através de certificado com as características do produto;

• para utilização do asfalto–borracha estocado deve-se verificar, previamente, se os resultados dos ensaios cumprem com os limites indicados no quadro apresentado a seguir.

As características a serem obedecidas e os limites exigidos pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) se encontram detalhados na Tabela 7.

Asfalto-Borracha - Cimento Asfáltico Modificado com Adição de Borracha de Pneumáticos

ENSAIO NORMA ESPECIFICAÇÃO

Mínima Máxima

Penetração (100g, 5s, 25°C), 0,1 mm NBR 6576 30 70

Ponto de Amolecimento, °C NBR 6560 55 -

Recuperação Elástica – torciômetro, % NLT 329 / 91 50 -

Recuperação Elástica Ductilômetro (25ºC, 10cm), % NBR 15086 50 -

Ponto de Fulgor, °C NBR 11341 235 -

Densidade Relativa, 25°C/25°C NBR 6296 1,000 1,050

Viscosidade Brookfield a 175°C, cP, Spindle 3, 20 rpm NBR 15529 800 2000

ENSAIOS NO RESÍDUO DO RTFOT

Variação de Massa do RTFOT, % NBR 15235 - 1,0

Variação do Ponto de Amolecimento, ºC NBR 6560 - 10

Porcentagem da Penetração Original, % NBR 6576 55 -

Porcentagem da recuperação elástica Original, (25ºC, 10cm), %

NBR 15086 100 -

Tabela 7 - Asfalto-Borracha - Características e limites exigidos pelo IBP

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b.2. Agregado graúdo

O agregado graúdo é constituído, normalmente, de pedra britada, escória britada, seixo rolado com pelo menos uma face britada, ou outro material indicado nas especificações complementares e previamente aprovado pela SUPERVISÃO. Deve ainda obedecer às seguintes condições:

• Fragmentos duráveis, sãos, de superfície rugosa e forma angular;

• Inexistência de torrões de argila, matéria orgânica e substâncias nocivas;

• Abrasão “Los Angeles” inferior a 50%;

• Ter boa adesividade com o asfalto utilizado;

• Quando submetido ao ensaio de durabilidade, com sulfato de sódio, não deve apresentar perda superior a 12%, em 5 ciclos;

• Não ter, em excesso, pedras lamelares alongadas, a fim de não prejudicar a trabalhabilidade da mistura e a inalterabilidade da granulometria, limitando-se assim o índice de lamelaridade inferior a 35%;

• No caso de emprego de escória, esta deve ter uma massa específica aparente igual ou superior a 1100kg/m3.

b.3. Agregado miúdo

O agregado miúdo pode ser constituído de areia, pó de pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes, apresentar moderada angulosidade, livres de torrões de argila e de substâncias nocivas.

No método do Equivalente de Areia, deve apresentar um valor igual ou superior a 55.

b.4. Material de enchimento (filler)

Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, inertes em relação aos demais componentes da mistura, não plásticos, tais como cimento, cal extinta, pó de pedra, de calcário, etc., que atendam à granulometria da Tabela 3. Faixas granulométricas para material de enchimento (Filler).

Quando da aplicação, deverá estar seco e isento de grumos.

b.5. Composição da mistura

A composição do concreto betuminoso deve satisfazer os requisitos da Tabela 4 - Faixas granulométricas para composição da mistura de CBUQ. A faixa a ser usada deve ser aquela cujo diâmetro máximo seja igual ou inferior a 2/3 da espessura da camada de revestimento, ou conforme indicação do projeto.

A curva granulométrica, indicada no projeto, poderá apresentar as seguintes tolerâncias máximas, conforme apresentadas na Tabela 5 - Tolerâncias máximas para mistura de CBUQ:

Deverá ser adotado o método Marshall para a verificação das condições de vazios, estabilidade e fluência da mistura betuminosa, segundo os valores da Tabela 8:

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Método de Projeto Marshall Tráfego Pesado

Mín. Máx.

1) Número de golpes em cada face do corpo-de-prova 75

2) Estabilidade (libras) 1600

3) Fluência (1/100”) 8 16

4) Vazios de ar (%)

Camada de rolamento

3 5

Camadas de ligação, nivelamento e base 5 8

5) Relação asfalto – vazios

Camada de rolamento

70 82

Camadas de ligação, nivelamento e base 65 75

Tabela 8 - Método Marshal - só para tráfego pesado

A porcentagem de asfalto ótima é a média aritmética das seguintes porcentagens de asfalto:

• % de asfalto correspondente à máxima densidade;

• % de asfalto correspondente à máxima estabilidade;

• % de asfalto correspondente a porcentagem média de vazios prevista para o tipo de mistura. Assim, para a camada de rolamento é a porcentagem de asfalto correspondente a 4% de vazios e para as camadas de binder e nivelamento é a porcentagem de asfalto correspondente a 5,5% de vazios.

c. Execução É competência da SUPERVISÃO autorizar ou não a execução da pintura de ligação nos casos onde tenha havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda, tenha sido a imprimação recoberta com areia, pó de pedra etc. Os depósitos para o cimento asfáltico modificado com borracha de pneus têm que possuir capacidade adequada e dispositivos capazes de aquecer o ligante nas temperaturas fixadas nesta Especificação. Estes dispositivos devem também evitar qualquer superaquecimento localizado. É necessário que sejam instalados agitadores mecânicos nos tanques e um sistema de recirculação para o ligante betuminoso, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador durante todo o período de operação. A temperatura de aquecimento do cimento asfáltico modificado com borracha de pneus empregado deve se situar, salvo em orientação contrária e justificada do fabricante, nos limites de 165ºC a 180ºC. A temperatura de aquecimento dos agregados, medida nos silos quentes, deve ser até 10°C superior à temperatura definida para o aquecimento do ligante, desde que não supere a 185°C. O Concreto Betuminoso com Asfalto-Borracha deverá ser transportado da usina ao ponto de aplicação, nos veículos basculantes e quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada, cada carregamento deverá ser coberto com lona ou material similar, para proteger a mistura com total segurança. As misturas de Concreto Betuminoso com Asfalto-Borracha devem ser distribuídas somente através de máquinas acabadoras e quando a temperatura ambiente se encontrar acima de 10º C e com tempo não chuvoso.

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Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, as mesmas deverão ser sanadas pela adição manual de Concreto Betuminoso com Asfalto-Borracha, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos. Imediatamente após a distribuição do Concreto Betuminoso com Asfalto-Borracha, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar. A temperatura mínima recomendável para a compactação da mistura é de 150ºC, devendo ser ajustada no campo em função dos equipamentos de compactação, condições ambientais e de serviço que garantam as características requeridas pela mistura, por ocasião do projeto. Caso sejam empregados rolos de pneus de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão (60 lb/ pol²), aumenta-se em progressão aritmética, à medida que a mistura betuminosa suporte pressões mais elevadas. A pressão dos pneus deve variar a intervalos periódicos (60, 80, 100, 120 lb/pol²), adequando um conveniente número de passadas, de forma a obter o grau de compactação especificado. A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada passada do rolo deverá ser recoberta pela seguinte, de, pelo menos, a metade da largura anterior. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada. Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marchas, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém compactado. As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura. Os revestimentos recém acabados deverão ser mantidos sem trânsito, até o seu completo resfriamento. Quaisquer danos decorrentes da abertura ao trânsito sem a devida autorização prévia serão de inteira responsabilidade da CONTRATADA. d. Controle Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia de ensaios indicada pelo DNIT e ABNT. d.1. Controle da mistura A operação da usina e, consequentemente, o fornecimento da massa produzida por quaisquer empresas, estará condicionado ao funcionamento concomitante de um laboratório de asfalto em área contígua à usina, de forma a garantir a obtenção de massa asfáltica uniforme e dentro das características definidas na dosagem. O preparo da mistura requisita o conhecimento prévio da dosagem que deverá ser submetida à aprovação da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Quando houver alterações dos agregados constituintes da mistura, torna-se indispensável proceder a novas dosagens para aprovação a priori da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Serão efetuadas medidas de temperatura da mistura, no momento do espalhamento e no início da rolagem, na pista. Em cada caminhão, antes da descarga, será feita, pelo menos, uma leitura da temperatura. As temperaturas devem satisfazer aos limites especificados anteriormente.

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d.2. Controle das características Marshall da mistura Dois ensaios Marshall, com três corpos-de-prova cada, devem ser realizados por dia de produção da mistura. Os valores de estabilidade e de fluência deverão satisfazer ao especificado no item anterior. As amostras devem ser retiradas após a passagem da acabadora e antes da compressão. d.3. Controle de compressão O controle de compressão da mistura betuminosa deverá ser feito, preferencialmente, medindo-se a densidade aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura comprimida na pista, por meios de brocas rotativas. Na impossibilidade de utilização deste equipamento, admite-se o processo do anel de aço. Para tanto, colocam-se sobre a base, antes do espalhamento da mistura, anéis de aço de 10cm de diâmetro interno e de altura 5mm inferior à espessura da camada comprimida. Após a compressão são retirados os anéis e medida a densidade dos corpos-de-prova neles moldados. Deve ser uma determinação, a cada 150m de meia pista, não sendo permitidas densidades inferiores a 96% da densidade do projeto. O controle de compressão poderá também ser feito, medindo-se as densidades aparentes dos corpos-de-prova extraídos da pista e comparando-as com as densidades aparentes de corpos-de-prova moldados no local. As amostras para moldagem destes corpos-de-prova deverão ser colhidas bem próximo ao local onde serão realizados os furos e antes de sua compressão. A relação entre estas duas densidades não deverá ser inferior a 100%. d.4. Controle de espessura Será medida a espessura por ocasião da extração dos corpos-de-prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura. Será admitida variação de ± 10% da espessura de projeto, para pontos isolados, e até + 5% de variação da espessura, em 10 medidas sucessivas, não se admitindo reduções. d.5. Controle de acabamento da superfície Durante a execução, deverá ser feito o controle diariamente do acabamento da superfície de revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3m e outra de 0,90m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da via, respectivamente. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas. Observar, constantemente, o acabamento do revestimento betuminoso na junção com a sarjeta, a fim de assegurar a impermeabilização desejada. 8.10.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) O Concreto Betuminoso Usinado a Quente com Asfalto-Borracha será levantado, através da massa da mistura a ser aplicada em toneladas (t), de acordo com os dados do projeto. O volume será levantado em metros cúbicos (m³) e multiplicado pelo peso específico do CBUQ (em t/m³), originando peso em toneladas. b. Medição

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Serão adotados para medição os mesmos critérios do levantamento. c. Pagamento O Concreto Betuminoso Usinado a Quente com Asfalto-Borracha será pago conforme o preço contratual, de acordo com a medição dos serviços englobando a aquisição, carga, transporte, descarga, e todas as operações necessárias à perfeita aplicação do mesmo. 8.11. CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE COM ASFALTO-POLÍMERO 8.11.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução de revestimento com concreto betuminoso usinado a quente utilizando como ligante o cimento asfáltico modificado por polímero tipo SBS, com o objetivo de construir, reforçar, rejuvenescer ou conservar pavimentos. 8.11.2. Definição Concreto Betuminoso Usinado a Quente com Asfalto-Polímero é o revestimento flexível resultante da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado mineral graduado, material de enchimento (filler) e ligante asfáltico modificado por polímero tipo SBS, espalhado e comprimido a quente sobre a superfície imprimada e/ou pintada. 8.11.3. Condições Específicas a. Equipamentos Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela SUPERVISÃO que emitirá um laudo, autorizando a sua operação. a.1. Acabadora O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos. As acabadoras deverão ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para frente e para trás. As acabadoras deverão ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento dos mesmos, à temperatura requerida, para colocação da mistura sem irregularidades. a.2. Equipamento para a compressão O equipamento para compressão será constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo Tanden, ou outro equipamento aprovado pela SUPERVISÃO. Os rolos compressores, tipo Tanden, devem ter uma carga de 8 a 12t. Os rolos pneumáticos autopropulsores devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 a 120 libras por polegada quadrada. O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.

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a.3. Caminhões para transporte da mistura Os caminhões, tipo basculante, para o transporte do concreto betuminoso, deverão ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência de mistura às chapas. b. Materiais Todos os materiais devem satisfazer às especificações em vigor. b.1. Materiais asfálticos - Asfalto Modificado por Polímero O cimento asfáltico modificado por polímero tipo SBS deve possuir as seguintes características:

• a garantia do produto asfáltico por carga, deve ser atestada pelo fabricante através de certificado com as características do produto;

• para utilização do asfalto-polímero estocado, deve-se verificar, previamente, se os resultados dos ensaios cumprem com os limites indicados no quadro apresentado a seguir.

As características a serem obedecidas e os limites exigidos pela ANP (Agência Nacional de Petróleo e Gás) se encontram descritas na Tabela 9. b.2. Agregado graúdo O agregado graúdo é constituído normalmente de pedra britada, escória britada, seixo rolado com pelo menos uma face britada, ou outro material indicado nas especificações complementares e previamente aprovado pela SUPERVISÃO. Deve ainda obedecer às seguintes condições:

• Fragmentos duráveis, sãos, de superfície rugosa e forma angular;

• Inexistência de torrões de argila, matéria orgânica e substâncias nocivas;

• Abrasão “Los Angeles” inferior a 50%;

• Ter boa adesividade com o asfalto utilizado;

• Quando submetido ao ensaio de durabilidade, com sulfato de sódio, não deve apresentar perda superior a 12%, em 5 ciclos;

• Não ter, em excesso, pedras lamelares alongadas, a fim de não prejudicar a trabalhabilidade da mistura e a inalterabilidade da granulometria, limitando-se assim o índice de lamelaridade inferior a 35%;

• No caso de emprego de escória, esta deve ter uma massa específica aparente igual ou superior a 1100kg/m³.

CIMENTO ASFÁLTICO MODIFICADO POR POLÍMERO TIPO SBS

TIPO (Ponto de Amolecimento / Recuperação Elástica) (*) 50/65 55/75 60/85 65/90

CARACTERÍSTICA UNIDADE MÉTODO ESPECIFICAÇÃO

Penetração (100g, 5s, 25°C) 0,1mm NBR 6576 45 a 70 45 a 70 40 a70 40 a 70

Ponto de Amolecimento, mín. ºC NBR 6560 50 55 60 65

Ponto de Fulgor, mín. ºC NBR 11341 235 235 235 235

Viscosidade Brookfield a 135°C, SP 21, 20 rpm, máx.

cP NBR 15184 1500 3000 3000 3000

Viscosidade Brookfield a 155°C, SP 21, 50 rpm, máx.

1000 2000 2000 2000

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Viscosidade Brookfield a 175°C, SP 21, 100 rpm, máx.

500 1000 1000 1000

Separação de Fase, máx. ºC NBR 15166 5 5 5 5

Recuperação Elástica, 25ºC, 20 cm, mín.

% 65 75 85 90

Teste no Resíduo do RTFOT a 163ºC, 85 minutos:

Variação de massa, máx. % NBR 15235 1,0 1,0 1,0 1,0

Aumento do Ponto de Amolecimento, máx.

ºC NBR 6560 6,0 7,0 7,0 7,0

Redução do Ponto de Amolecimento, máx.

ºC NBR 6560 3,0 5,0 5,0 5,0

Porcentagem de Penetração Original, mín.

% NBR 6576 60 60 60 60

Porcentagem da Recuperação Elástica Original, mín.

% NBR 15086 80 80 80 80

(*) A nomenclatura de cada tipo de Asfalto-Polímero se dá pelas exigências mínimas nos ensaios de Ponto de Amolecimento / Recuperação Elástica. Por exemplo: o Asfalto-Polímero 60/85 deve ter um valor de ponto de amolecimento de, no mínimo, 50ºC e uma recuperação elástica de, no mínimo 65,0%.

Tabela 9 - Asfalto-polímero - Características e limites exigidos pela ANP

b.3. Agregado miúdo O agregado miúdo pode ser constituído de areia, pó de pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes, apresentar moderada angulosidade, livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. No método do Equivalente de Areia, deve apresentar um valor igual ou superior a 55. b.4. Material de enchimento (filler) Deve ser constituído po materiais minerais finamente divididos, inertes em relação aos demais componentes da mistura, não plásticos, tais como cimento, cal extinta, pó de pedra, de calcário, etc., que atendam à granulometria da Tabela 3 - Faixas granulométricas para material de enchimento (filler). Quando da aplicação, deverá estar seco e isento de grumos. b.5. Composição da mistura A composição do concreto betuminoso deve satisfazer os requisitos da Tabela 4 - Faixas granulométricas para composição da mistura de CBUQ. A faixa a ser usada deve ser aquela cujo diâmetro máximo seja igual ou inferior a 2/3 da espessura da camada de revestimento, ou conforme indicação do projeto. A curva granulométrica, indicada no projeto, poderá apresentar as seguintes tolerâncias máximas, conforme apresentadas na Tabela 5 - Tolerâncias máximas para mistura de CBUQ Deverá ser adotado o método Marshall para a verificação das condições de vazios, estabilidade e fluência da mistura betuminosa, segundo os valores da Tabela 8 Método Marshall - só para tráfego pesado

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A porcentagem de asfalto ótima é a média aritmética das seguintes porcentagens de asfalto:

• % de asfalto correspondente à máxima densidade;

• % de asfalto correspondente à máxima estabilidade;

• % de asfalto correspondente a porcentagem média de vazios prevista para o tipo de mistura. Assim, para a camada de rolamento é a porcentagem de asfalto correspondente a 4% de vazios e para as camadas de binder e nivelamento é a porcentagem de asfalto correspondente a 5,5% de vazios.

c. Execução É competência da SUPERVISÃO autorizar ou não a execução da pintura de ligação nos casos onde tenha havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda, tenha sido a imprimação recoberta com areia, pó de pedra etc. Os depósitos para o cimento asfáltico modificado por polímero tipo SBS têm que possuir capacidade adequada e dispositivos capazes de aquecer o ligante nas temperaturas fixadas nesta Especificação. Estes dispositivos devem também evitar qualquer superaquecimento localizado. É necessário que sejam instalados agitadores mecânicos nos tanques e um sistema de recirculação para o ligante betuminoso, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador durante todo o período de operação. A temperatura de aquecimento do cimento asfáltico modificado por polímero empregado é variável de acordo com cada tipo de Asfalto-Polímero e deve ser informada pelo fabricante. Sendo que os limites recomendáveis devem se situar, salvo em orientação contrária e justificada do fabricante, entre 160ºC a 177ºC. A temperatura de aquecimento dos agregados, medida nos silos quentes, deve ser até 10°C superior à temperatura definida para o aquecimento do ligante, desde que não supere a 180°C. O Concreto Betuminoso com Asfalto-Polímero deverá ser transportado da usina ao ponto de aplicação, nos veículos basculantes e quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada, cada carregamento deverá ser coberto com lona ou material similar, para proteger a mistura com total segurança. As misturas de Concreto Betuminoso com Asfalto-Polímero devem ser distribuídas somente através de máquinas acabadoras e quando a temperatura ambiente se encontrar acima de 10º C e com tempo não chuvoso. Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, as mesmas deverão ser sanadas pela adição manual de Concreto Betuminoso com Asfalto-Polímero, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos. Imediatamente após a distribuição do Concreto Betuminoso com Asfalto-Polímero, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar. A temperatura mínima recomendável para a compactação da mistura é variável de acordo com cada tipo de Asfalto-Polímero e deve ser indicada pelo fabricante. Ajustes no campo podem ser necessários em função dos equipamentos de compactação, condições ambientais e de serviço que garantam as características requeridas pela mistura, por ocasião do projeto.

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Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão (60 lb/ pol²), aumenta-se em progressão aritmética, à medida que a mistura betuminosa suporte pressões mais elevadas. A pressão dos pneus deve variar a intervalos periódicos (60, 80, 100, 120 lb/pol²), adequando um conveniente número de passadas, de forma a obter o grau de compactação especificado. A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada passada do rolo deverá ser recoberta pela seguinte, de, pelo menos, a metade da largura anterior. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada. Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marchas, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém compactado. As rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura. Os revestimentos recém acabados deverão ser mantidos sem trânsito, até o seu completo resfriamento. Quaisquer danos decorrentes da abertura ao trânsito sem a devida autorização prévia serão de inteira responsabilidade da CONTRATADA. d. Controle Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia de ensaios indicada pelo DNIT e ABNT. d.1. Controle da mistura A operação da usina e, consequentemente, o fornecimento da massa produzida por quaisquer empresas, estará condicionado ao funcionamento concomitante de um laboratório de asfalto em área contígua à usina, de forma a garantir a obtenção de massa asfáltica uniforme e dentro das características definidas na dosagem. O preparo da mistura requisita o conhecimento prévio da dosagem que deverá ser submetida à aprovação da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Quando houver alterações dos agregados constituintes da mistura, torna-se indispensável proceder a novas dosagens para aprovação a priori da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Serão efetuadas medidas de temperatura da mistura, no momento do espalhamento e no início da rolagem, na pista. Em cada caminhão, antes da descarga, será feita, pelo menos, uma leitura da temperatura. As temperaturas devem satisfazer aos limites especificados anteriormente. d.2. Controle das características Marshall da mistura Dois ensaios Marshall, com três corpos-de-prova cada, devem ser realizados por dia de produção da mistura. Os valores de estabilidade e de fluência deverão satisfazer ao especificado no item anterior. As amostras devem ser retiradas após a passagem da acabadora e antes da compressão. d.3. Controle de compressão

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O controle de compressão da mistura betuminosa deverá ser feito, preferencialmente, medindo-se a densidade aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura comprimida na pista, por meios de brocas rotativas. Na impossibilidade de utilização deste equipamento, admite-se o processo do anel de aço. Para tanto, colocam-se sobre a base, antes do espalhamento da mistura, anéis de aço de 10cm de diâmetro interno e de altura 5mm inferior à espessura da camada comprimida. Após a compressão são retirados os anéis e medida a densidade dos corpos-de-prova neles moldados. Deve ser uma determinação, a cada 150m de meia pista, não sendo permitidas densidades inferiores a 96% da densidade do projeto. O controle de compressão poderá também ser feito, medindo-se as densidades aparentes dos corpos-de-prova extraídos da pista e comparando-as com as densidades aparentes de corpos-de-prova moldados no local. As amostras para moldagem destes corpos-de-prova deverão ser colhidas bem próximo do local onde serão realizados os furos e antes de sua compressão. A relação entre estas duas densidades não deverá ser inferior a 100%. d.4. Controle de espessura Será medida a espessura por ocasião da extração dos corpos-de-prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura. Será admitida variação de ± 10% da espessura de projeto, para pontos isolados, e até + 5% de variação da espessura, em 10 medidas sucessivas, não se admitindo reduções. d.5. Controle de acabamento da superfície Durante a execução, deverá ser feito o controle diariamente do acabamento da superfície de revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3m e outra de 0,90m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da via, respectivamente. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas. Observar, constantemente, o acabamento do revestimento betuminoso na junção com a sarjeta, a fim de assegurar a impermeabilização desejada. 8.11.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) O Concreto Betuminoso Usinado a Quente com Asfalto-Polímero será levantado, através da massa da mistura a ser aplicada em toneladas (t), de acordo com os dados do projeto. O volume será levantado em metros cúbicos (m³) e multiplicado pelo peso específico do CBUQ (em t/m³), originando peso em toneladas. b. Medição Serão adotados para medição os mesmos critérios do levantamento. c. Pagamento O Concreto Betuminoso Usinado a Quente com Asfalto-Polímero será pago conforme o preço contratual, de acordo com a medição dos serviços englobando a aquisição, carga, transporte, descarga, e todas as operações necessárias à perfeita aplicação do mesmo.

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8.12. TRATAMENTOS SUPERFICIAIS 8.12.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços relativos aos tratamentos superficiais do pavimento. 8.12.2. Definição O tratamento superficial é um revestimento constituído por aplicação de material asfáltico e agregado mineral granulometricamente especificado. Os tratamentos podem ser de três tipos, como descritos abaixo: a. Simples Constituído de material betuminoso e agregado mineral, no qual o agregado é colocado uniformemente sobre o material asfáltico, aplicado em uma só camada e submetido à operação de compressão e acabamento. b. Duplo Constituído de duas aplicações de material asfáltico, cobertos, cada uma, por agregado mineral. A primeira aplicação de material asfáltico é feita diretamente sobre a base imprimada ou sobre o revestimento asfáltico e coberta imediatamente com agregado graúdo constituindo a primeira camada do tratamento. A segunda camada é semelhante à primeira, usando-se agregado miúdo. c. Triplo Constituído de três aplicações de material asfáltico, cobertos, cada uma, por agregado mineral. A primeira aplicação de material asfáltico é feita diretamente sobre a base imprimada ou sobre o revestimento asfáltico e coberta imediatamente com agregado graúdo, constituindo a primeira camada do tratamento. A segunda e terceira camadas são semelhantes à primeira, usando-se, respectivamente, agregados médio e miúdo, especificados. 8.12.3. Condições Específicas a. Equipamento Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela SUPERVISÃO, devendo estar de acordo com esta especificação, sem o que não será dada a Ordem de Serviço:

• Veículos automotores, para transporte do agregado;

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• Distribuidor mecânico de agregado, rebocáveis ou automotrizes, possuindo dispositivos que permitam uma distribuição homogênea da quantidade de agregados fixada no projeto;

• Veículos distribuidores do material betuminoso, especialmente construídos para esse fim, providos de dispositivos de aquecimento e de rodas pneumáticas, tacômetro, calibradores e termômetros, em locais de fácil acesso, e, ainda, disporem de um espargidor manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas;

• Rolos compressores tipo Tandem, que apliquem uma carga entre 25 e 45kgf por centímetro de roda, com seu peso total, não excedendo a 10 toneladas, ou, preferencialmente, rolos pneumáticos, autopropulsores, que permitam a calibragem de pneus Quando da utilização de distribuidores manuais (canetas ou similar), a uniformidade dependerá essencialmente da experiência do operador da mangueira de 35 a 120 libras por polegada quadrada;

• Vassouras, pás, enxadas, garfos, rastelos, etc. b. Materiais Todos os materiais devem satisfazer às especificações em vigor aprovadas pelo DNIT. b.1. Betuminosos Podem ser empregados os seguintes materiais betuminosos:

• Cimento asfáltico de petróleo: tipo CAP 30/45;

• Emulsões asfálticas, tipo RR-1C e RR-2C;

• Asfaltos diluídos tipo CR-250. O material betuminoso não deve ser aplicado em superfícies molhadas, exceção da emulsão asfáltica, desde que em superfícies sem excesso de água. Nenhum material betuminoso será aplicado quando a temperatura ambiente for inferior a 10º C e em dias chuvosos. A temperatura de aplicação deverá ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. Será escolhida a temperatura que proporcionar a melhor viscosidade para o espalhamento, sendo as faixas de viscosidade recomendadas para espalhamento, as seguintes:

• Para cimento asfáltico e asfalto diluído, 20 a 60 segundos, Saybolt-Furol;

• Para emulsão asfáltica, 25 a 100 segundos, Saybolt-Furol. b.1.1. Melhoradores de adesividade Não havendo boa adesividade entre o agregado e o material betuminoso, deverá ser empregado um melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto, adicionado ao ligante betuminoso no canteiro de obra, obrigando-se sempre a circulação da mistura ligante betuminoso-aditivo. Preferencialmente, deve- se fazer esta mistura com a circulação do ligante betuminoso, no caminhão. b.2. Agregados Os agregados podem ser pedra britada, escória britada e cascalho ou seixo rolado, britados. Somente um tipo de agregado será usado. Devem consistir de partículas limpas, duras, duráveis, isentas de cobertura e torrões de argila.

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O desgaste Los Angeles não deve ser superior a 40%. Quando não houver na região, materiais com esta qualidade, admite-se o emprego de agregados com valor de desgaste até 50%, ou outros que, utilizados anteriormente, tenham apresentado, comprovadamente, bom comportamento. O índice de forma não deve ser inferior a 0,5%. Opcionalmente, poderá ser determinada a porcentagem de grãos de forma defeituosa, que se enquadrem na expressão:

I + g > 6 e Onde:

• I = maior dimensão do grão;

• g = diâmetro mínimo do anel através do qual o grão pode passar;

• e = afastamento mínimo de dois planos paralelos entre os quais pode ficar contido o grão.

Não se dispondo de anéis ou peneiras com crivos de abertura circular, o ensaio poderá ser realizado utilizando-se peneiras de malhas quadradas, adotando-se a fórmula:

I + 1,25 g > 6 e Sendo g = medida das aberturas de duas peneiras entre as quais fica retido o grão. A porcentagem de grãos de forma defeituosa não poderá ultrapassar 20%.

No caso de emprego de escória britada, esta deve ter uma massa específica aparente igual ou superior a 1200kg / m3. b.2.1. Granulometria Os agregados que irão compor os tratamentos simples, duplo ou triplo devem, inicialmente, satisfazer às seguintes condições granulométricas, para cada camada.

5,090

10 ≥Dd

Onde:

• d10 (tamanho mínimo efetivo) – é a abertura da malha quadrada, se necessário interpolada, na qual são retidas 10% do agregado considerado, sendo o valor mínimo permitido igual a 2 mm;

• D90 (tamanho máximo efetivo) – é a abertura da malha quadrada, se necessário interpolada, na qual passam 90% do agregado considerado, sendo o valor máximo permitido igual a 25,4mm;

• No caso dos tratamentos duplo e triplo, o D90 de cada camada sobreposta deve ser, no máximo, igual ao d10 das camadas subjacentes, sendo desejável, mesmo que haja um intervalo entre os dois valores (ou peneiras) da ordem de 1mm para as camadas de graduação mais e de 3mm para as camadas de graduação mais fina e de 3mm para as camadas de graduação mais grossa;

• Nenhum elemento deve ser superior a 1,33 D;

• As porcentagens de material em peso, passando na peneira d10 ou retida na peneira d90 devem ser, cada uma, inferior a 15 e na soma inferior a 20%;

• A porcentagem passando da peneira 0,6 d10, deve ser inferior a 5% do peso total da camada;

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• Nenhum caso pode-se ter percentagem superior a 2% passando na peneira número200.

c. Execução

Antes de serem iniciadas as operações de execução do tratamento, será realizada uma varredura da pista imprimada, eliminando todas as partículas de pó.

Os materiais betuminosos são aplicados de uma só vez em toda a largura a ser tratada, no máximo em duas faixas. A aplicação será feita de modo a assegurar uma boa junção entre duas aplicações adjacentes. O distribuidor deve ser ajustado e operado de modo a distribuir o material uniformemente sobre a largura determinada. Depósitos excessivos de material betuminoso devem ser prontamente eliminados.

Imediatamente após a aplicação do material betuminoso, o agregado especificado deve ser uniformemente espalhado. Quando necessário, para garantir uma cobertura uniforme, a distribuição poderá ser complementada por processo manual e o excesso de agregado deve ser removido antes da compressão.

A extensão de material betuminoso aplicado deve ficar condicionada à capacidade de cobertura imediata com agregado. No caso de paralisação súbita e imprevista do carro distribuidor de agregados, o agregado será espalhado, manualmente, na superfície já coberta com o material betuminoso. O agregado deve ser comprimido em sua largura total, o mais rápido possível, após a sua aplicação. A compressão deve ser interrompida antes do aparecimento de sinais de esmagamento do agregado.

A compressão deve começar pelos bordos e progredir para o eixo, nos trechos em tangente, e, nas curvas, deverá progredir sempre do bordo mais baixo para o bordo mais alto, sendo cada passagem do rolo recoberta, na vez subsequente, de pelo menos a metade da largura deste. O trânsito não será permitido quando da aplicação do material betuminoso ou do agregado. Só deverá ser aberto após a compressão terminada. Entretanto, em caso de necessidade de abertura do trânsito antes de completar a compressão, deverá ser feito um controle, para que os veículos não ultrapassem a velocidade de 10km / hora. Decorridas 24 horas do término da compressão, o trânsito deve ser controlado, com velocidade máxima de 40km / hora. No caso de emprego de asfalto diluído, o trecho não deve ser aberto ao trânsito, até que o material betuminoso tenha secado e que os agregados não sejam mais arrancados pelos veículos. De 5 a 10 dias após abertura do trânsito, deverá ser feita uma varredura dos agregados não fixados pelo ligante.

As quantidades de agregado e de ligante betuminoso a serem empregadas poderão estar compreendidas nos limites apresentados nas Tabelas 10 e 11, porém, os valores exatos a empregar serão fixados no projeto.

Quando for empregada escória britada ou outro agregado de porosidade ou absorção elevadas, tais características deverão ser consideradas para a fixação da taxa de aplicação do ligante betuminoso.

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Quantidade de agregado (kg/m²)

Tipo de tratamento Simples Duplo Triplo

1ª camada 4 a 12 8 a 21 13 a 26

2ª camada - 4 a 9 6 a 13

3ª camada - - 4 a 7

Tabela 10 - Quantidade de agregado

Quantidade de Ligante (kg/m²)

Tipo de tratamento Simples Duplo Triplo

CAP 30/45 0,7 a 0,9 1,0 a 2,0 1,7 a 2,7

RR-1C 1,1 a 1,5 1,6 a 3,2 2,7 a 4,3

RR-2C 1,0 a 1,3 1,5 a 3,0 2,5 a 4,0

CR-250 1,0 a 1,3 1,4 a 2,8 2,4 a 3,9

Tabela 11 - Taxa de aplicação do ligante betuminoso

Nota: Não se recomenda o uso do CAP 30/45 para:

• Tratamento Simples com D90 < 3/16”;

• Tratamentos Duplos com D90 < ½” na 1ª camada;

• Tratamentos Triplos com D90 < 5/8” na 1ª camada. d. Controle Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNIT, e satisfazer às especificações em vigor. d.1. Material betuminoso O controle de qualidade do material betuminoso constará do seguinte: d.1.1. Cimento asfáltico

• 1 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de ponto de fulgor, para cada 100t;

• 1 índice Pfeiffer, para cada 500t;

• 1 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra;

• 1 curva de viscosidade x temperatura a cada 200t.

d.1.2. Asfaltos diluídos

• 1 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de ponto de fulgor, para cada 100t;

• 1 ensaio de destilação, para cada 100t;

• 1 curva de viscosidade x temperatura a cada 200t.

d.1.3. Emulsões asfálticas

• 1 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de resíduo por evaporação, para todo carregamento que chegar à obra;

• 1 ensaio de sedimentação, para cada 100t;

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• 1 curva de viscosidade x temperatura a cada carregamento a ser utilizado na obra quando a emulsão utilizada for a RR-2C.

d.1.4. Agregados O controle de qualidade dos agregados constará do seguinte:

• 2 análises granulométricas, para cada dia de trabalho;

• 1 ensaio de índice de forma, para cada 900m³;

• 1 ensaio de desgaste Los Angeles, quando houver variação da natureza do material;

• 1 ensaio de densidade, para cada 900m³;

• 1 ensaio de adesividade, para o carregamento de ligante betuminoso a ser utilizado na obra e sempre que houver variação da natureza do material.

d.1.5. Melhorador de adesividade O controle do melhorador de adesividade constará do seguinte:

• 1 ensaio de adesividade, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de adesividade, toda vez que o aditivo for incorporado ao ligante betuminoso.

d.1.6. Temperatura de aplicação do ligante betuminoso A temperatura de aplicação deve ser a especificada para o tipo de material betuminoso em uso. d.1.7. Quantidade do ligante betuminoso O controle de quantidade do material betuminoso será efetuado mediante a pesagem do carro distribuidor, antes e depois da aplicação do material betuminoso. Não sendo possível a realização do controle por esse método, admitem-se as seguintes modalidades:

• Coloca-se na pista uma bandeja, de peso e área conhecidos. Mediante uma pesagem, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade de material betuminoso usada;

• Utiliza-se uma régua de madeira, pintada e graduada, tal que forneça, diretamente, por diferença de alturas do material betuminoso no tanque do carro distribuidor, antes e depois da operação, a quantidade do material consumido.

d.1.8. Quantidade e uniformidade do agregado Devem ser feitos para cada dia de operação, pelo menos dois controles da quantidade de agregado aplicado. Este controle é feito colocando-se na pista, alternadamente, recipientes de peso e área conhecidos. Por simples pesagens, após a passagem do veículo distribuidor, será obtida a quantidade de agregado realmente espalhada. Este mesmo agregado servirá para o ensaio de granulometria, que controlará a uniformidade do material utilizado. d.1.9. Uniformidade de aplicação do material betuminoso Deverá ser efetuada uma descarga de 15 a 30 segundos, para que se possa controlar a uniformidade de distribuição. Esta descarga poderá ser efetuada fora da pista, ou na própria pista, quando o carro distribuidor estiver dotado de uma calha, colocada abaixo da barra, para recolher o ligante betuminoso.

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d.2. Controle geométrico O controle geométrico, no tratamento superficial, será dado através de uma verificação do acabamento da superfície. Para tanto, serão usadas duas réguas, uma de 1m e outra de 3m de comprimento, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da via, respectivamente. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder 0,5cm, quando verificada com qualquer das duas réguas. 8.12.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) Os serviços de tratamentos superficiais serão levantados pela área a ser executada, de acordo com o projeto, em metros quadrados (m²), considerando-se o tipo e o material betuminoso empregado. b. Medição Os serviços serão medidos adotando-se o critério do levantamento, observando a área efetivamente tratada. c. Pagamento Os tratamentos superficiais serão pagos conforme os preços contratuais, de acordo com a medição referida no item anterior, envolvendo aquisição, carga, descarga e estocagem de todos os materiais necessários e demais operações e encargos para sua execução. 8.13. TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO COM ASFALTO POLÍMERO

8.13.1. Objetivo

Fixar a sistemática empregada na execução de revestimentos asfálticos, do tipo tratamento superficial duplo com asfalto polímero, sobre uma superfície imprimada ou pintada, de acordo com os alinhamentos, greide e seção transversal de projeto.

8.13.2. Referência

Para entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

− DNER-EM 396/99 - Cimento asfáltico modificado por polímero;

− DNER-ME 002/98 - Emulsão asfáltica - carga da partícula;

− DNER-ME 003/94 - Material betuminoso - determinação da penetração;

− DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração;

− DNER-ME 006/94 - Emulsões asfálticas - determinação da sedimentação;

− DNER-ME 035/98 - Agregados - determinação da abrasão “Los Angeles”;

− DNER-ME 059/94 - Emulsões asfálticas - determinação da resistência à água

(adesividade);

− DNER-ME 063/94 - Emulsões asfálticas catiônicas - determinação da

desemulsibilidade;

− DNER-ME 078/94 - Agregado graúdo - adesividade a ligante betuminoso;

− DNER-ME 079/94 - Agregado - adesividade a ligante betuminoso;

− DNER-ME 083/98 - Agregados - análise granulométrica;

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− DNER-ME 086/94 - Agregado - determinação do índice de forma;

− DNER-ME 089/94 - Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções

de sulfato de sódio ou de magnésio;

− DNER-ME 148/94 - Material betuminoso - determinação dos pontos de fulgor e de

combustão

− (vaso aberto Cleveland);

− DNER-ME 382/99 - Determinação da recuperação elástica de materiais asfálticos

modificados por polímero, pelo método do ductilômetro;

− DNER-ME 384/99 - Estabilidade ao armazenamento de asfalto polímero;

− DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços;

− DNER-ISA 007 - Instrução de serviço ambiental;

− ABNT-MB 581/71 - Viscosidade “Saybolt-Furol” de emulsões asfálticas;

− ABNT NBR-6560/85 - Materiais betuminosos - determinação de ponto de

amolecimento;

− ABNT NBR-6568/84 - Determinação do resíduo de destilação de emulsão asfáltica;

− x) Pesquisa de asfaltos modificados por polímeros - Divisão de Pesquisas e

Desenvolvimento, IPR/DNER.

8.13.3. Definição

Para os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:

• Tratamento superficial duplo com asfalto polímero - camada de revestimento do pavimento constituída por duas aplicações sucessivas de ligante asfáltico modificado por polímero do tipo SBS, cobertas cada uma por camada de agregado mineral.

8.13.4. Condições Gerais

Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, sob condições climáticas adversas, tais como, chuva ou temperaturas inferiores a 10ºC. Todo carregamento de ligante asfáltico modificado por polímero que chegar à obra deve ter certificado de análise, além de apresentar indicações relativas do tipo, da procedência, da quantidade do seu conteúdo e da distância de transporte entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

a. Material

Os materiais constituintes do tratamento superficial duplo são o agregado e o cimento asfáltico modificado por polímero, ou emulsão asfáltica polimerizada, os quais devem satisfazer as especificações aprovadas pelo DNER.

a.1. Ligante asfáltico modificado por polímero Podem ser empregados:

• cimentos asfálticos modificados por polímero do tipo SBS;

• emulsões asfálticas, tipos RR-1C e RR-2C, modificadas por polímero (SBS).

O uso da emulsão asfáltica somente é permitido quando forem empregados em todas as camadas do revestimento.

a.2. Melhoradores de adesividade

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Não havendo boa adesividade entre o agregado e o asfalto polímero, deve ser empregado um melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto. a.3. Agregados Os agregados podem ser pedra, escória, cascalho ou seixo rolado, britados. Devem consistir de partículas limpas, duras, resistentes, isentas de cobertura e torrões de argila e apresentar as características seguintes:

• desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035); admite-se agregados com valores maiores, no caso de terem apresentado desempenho satisfatório em utilização anterior;

• índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);

• durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 089);

• adesividade superior a 90% (DNER-ME 059);

• granulometria do agregado (DNER-ME 083), obedecendo uma das faixas seguintes:

Peneira de malha quadrada Percentagem passando, em peso (faixas) Tolerância na curva de

projeto

(%) ABNT Abertura A

1ª Camada

B

1ª ou 2ª Camada

C

2ª Camada

1” 25,4 100 - - -

3/4” 19,1 90 -100 - - ± 7

1/2” 12,5 20 - 55 100 - ± 7

3/8” 9,5 0 - 15 85 - 100 100 ± 7

Nº 4 4,8 0 - 5 10 - 30 85 - 100 ± 5

Nº 10 2,0 - 0 - 10 10 - 40 ± 5

Nº 200 0,075 0 - 2 0 - 2 0 - 2 ± 2

a.4. Taxas de aplicação e de espalhamento As quantidades, ou taxas de aplicação de ligante asfáltico e de espalhamento de agregados, são fixadas no projeto e ajustadas no campo, por ocasião do início dos serviços. As quantidades do ligante asfáltico empregadas na 1ª e 2ª aplicação são definidas também no projeto em função do tipo utilizado (asfalto ou emulsão). Quando for empregado agregado poroso, deve ser considerada a sua porosidade na fixação da taxa de aplicação do ligante asfáltico modificado por polímero.

Recomenda-se, de uma maneira geral, as seguintes taxas de aplicação de agregados e de cimento asfáltico. No caso de emulsão considerar o asfalto residual.

Camada Cimento asfáltico Agregado

1ª 1,20λ/m²

– 1,80λ/m² 20kg/m² a 25kg/m²

2ª 0,80λ/m²

– 1,20λ/m² 10kg/m² a 12kg/m²

b. Equipamento

Todo equipamento, antes do início da execução do serviço, deve atender ao recomendado nesta Especificação, fator que condiciona a emissão da ordem de serviço. Os equipamentos

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requeridos são os seguintes:

• Carros distribuidores de ligante asfáltico modificado por polímero, providos de dispositivos de aquecimento, tacômetro, calibradores e termômetros com precisão de ± 1 °C, em locais de fácil acesso, e, ainda, de espargidor manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo que possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante e que permitam uma aplicação homogênea;

• Distribuidores de agregados rebocáveis ou automotrizes, possuindo dispositivos que permitam um espalhamento homogêneo da quantidade de agregados, fixada no projeto;

• Rolos compressores do tipo tandem ou de preferência, pneumáticos, autopropulsores. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, devem ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 psi a 120 psi.

c. Execução As operações para as execuções das camadas do Tratamento Superficial Duplo com asfalto polímero são descriminadas a seguir:

• Inicialmente, proceder a uma varredura da pista imprimada, ou pintada, para eliminar todas as partículas de pó.

• A temperatura para aplicação do ligante asfáltico é determinada em função da relação temperatura-viscosidade para as emulsões asfálticas. São recomendadas as seguintes faixas de viscosidade e temperatura: cimento asfáltico, 150ºC acrescida de 3ºC para cada 1% de polímero:

150ºC + 3ºC/1% polímero.

emulsões asfálticas, 20 segundos a 100 segundos, “Saybolt-Furol” (ABNT-MB 581. A temperatura máxima deve ser de 180ºC.

No caso de utilização de melhorador de adesividade, exigir que este seja adicionado ao ligante asfáltico, no canteiro de obra, obrigando-se sempre à recirculação da mistura.

O material asfáltico deve ser aplicado de uma só vez, em toda a largura da faixa a ser tratada. Excedentes de material asfáltico na pista devem ser prontamente eliminados. Imediatamente após, proceder ao espalhamento da 1ª camada do agregado, na quantidade indicada no projeto. Excesso ou faltas devem ser corrigidas antes do início da compressão. Iniciar a compressão do agregado, imediatamente, após o seu lançamento na pista. A compressão deve começar pelos bordos e progredir para o eixo, nos trechos em tangente e, nas curvas, deve progredir sempre do bordo mais baixo para o bordo mais alto, sendo que cada passagem deve recobrir, pelo menos, a metade da largura anteriormente rolada. Após a compressão da camada e fixação do agregado, fazer uma varredura leve do material solto. Executar a segunda camada de modo idêntico à primeira, após a liberação da primeira camada. Não é permitido o tráfego quando da aplicação do ligante asfáltico ou do agregado. Liberar o tráfego somente após o término da compressão e de maneira controlada. Recomenda-se a não superposição de juntas longitudinais na execução do tratamento superficial.

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8.13.5. Manejo Ambiental

Para execução de revestimento asfáltico do tipo Tratamento Superficial Duplo modificado por polímero são necessários trabalhos envolvendo a utilização de asfalto polímero e agregados.

Os cuidados observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção e aplicação de agregados, e o estoque. a. Agregados

No decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

• A brita e a areia somente são aceitas após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal cuja cópia da licença deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

• Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

• Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

• Impedir queimadas como forma de desmatamento.

• Seguir as recomendações constantes da Norma DNER-ES 279 para os Caminhos de Serviço.

• Construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para cursos d’água.

• Exigir a documentação atestando a regularidade das instalações pedreira/areal/usina, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente, caso estes materiais sejam fornecidos por terceiros.

b. Ligante asfáltico modificado por polímero

• Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

• Vedar o refugo de materiais usados à beira da estrada ou em outros locais onde possam causar prejuízos ambientais.

• Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução, mediante a remoção da usina e dos depósitos e à limpeza dos canteiros de obra.

c. Quanto à instalação

Definir no projeto executivo, áreas para as instalações industriais, de maneira tal, que se consiga o mínimo de agressão ao meio ambiente.

d. Operação

• Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

• Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

• Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de controle.

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• Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade) e o estabelecimento de barreiras vegetais no local, sempre que possível.

8.13.6. Inspeção

a. Controle de qualidade do material

Todos os materiais devem ser examinados em laboratório obedecendo a metodologia indicada pelo DNER, e aceitos de acordo com as especificações em vigor.

a.1. Ligante asfáltico modificado por polímero Todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve ser submetido aos seguintes tipos de ensaios: a.1.1. Cimento asfáltico modificado por polímero

O controle de qualidade do ligante asfáltico consta dos seguintes ensaios:

• Para todo carregamento que chegar à obra: 01 ensaio de penetração a 25°C (DNER-ME 003); 01 ensaio de ponto de fulgor (DNER-ME 148); 01 ensaio de ponto de amolecimento (ABNT NBR-6560); 01 ensaio de recuperação elástica a 25ºC (DNER - ME 382); 01 ensaio de espuma; 01 ensaio de estabilidade ao armazenamento (DNER-ME 384).

• Para cada 500t:

01 ensaio de infravermelho para determinação do teor de polímero, sendo permitida uma tolerância de ± 0,4% do teor de projeto.

a.1.2. Emulsões asfálticas modificadas por polímeros

• Para todo o carregamento que chegar à obra 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (ABNT-MB 581): 01 ensaio de resíduo (ABNT NBR-6568); 01 ensaio de peneiramento (DNER-ME 005); 01 ensaio de carga de partícula (DNER-ME 002); 01 ensaio de recuperação elástica a 25ºC no resíduo da emulsão (DNER-ME

382).

• Para cada 500t: 01 ensaio de infravermelho no resíduo da emulsão para determinação do teor

de polímero, sendo permitida uma tolerância de ± 0,4% do teor de projeto.

• Para cada 100t: 01 ensaio de sedimentação (DNER-ME 006); 01 ensaio de desemulsibilidade (DNER-ME 063); 01 ensaio de destilação (ABNT-NBR 6568).

a.2. Agregado

• 02 ensaios de granulometria dos agregados para cada jornada de 8 horas de trabalho (DNER- ME 083) com amostras coletadas de uma maneira aleatória;

• 01 ensaio de índice de forma, para cada 900m³ (DNER-ME 086);

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• 01 ensaio de adesividade, para todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra e sempre que houver variação da natureza do material (DNER-ME 078, DNER-ME 079);

• 01 ensaio de desgaste Los Angeles, por mês, ou quando houver variação da natureza do material (DNER-ME 035).

b. Controle da execução b.1. Temperatura A temperatura de aplicação do ligante asfáltico deve ser medida no caminhão distribuidor, imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz a temperatura preconizada. b.2. Taxas de aplicação e espalhamento b.2.1.Ligante asfáltico modificado por polímero

O controle da quantidade do ligante asfáltico aplicado, obtido através do ligante residual, será feito, mediante a colocação de bandejas de peso e área conhecidos, na pista, aleatoriamente, onde está sendo feita a aplicação. Por intermédio de pesagens, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade de ligante asfáltico utilizado no cálculo da taxa de aplicação no caso de cimento asfáltico. Para as emulsões, considerar o asfalto

residual, após peso constante. A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ± 0,2 λ/m².

b.2.2. Agregados

O controle de quantidade de agregados espalhados longitudinal e transversalmente é feito mediante a colocação de bandejas, de peso e área conhecidos, na pista, aleatoriamente, onde estiver sendo feito o espalhamento. Por intermédio de pesagens, após a passagem do dispositivo espalhador, tem-se a quantidade de agregados espalhada. A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ± 1,5kg/m². O número de ensaios e determinações utilizadas nos ensaios de controle de granulometria dos agregados e das taxas é definido pelo executante em função do risco a ser assumido de se rejeitar um serviço de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:

Tabela de Amostragem Variável

n 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 21

k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,19 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

α 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,13 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras

k = coeficiente multiplicador

α = risco do executante

O número mínimo de ensaios e determinações por segmento (área inferior a 3.000m²) é de cinco. c. Verificação final da qualidade

c.1. Acabamento da superfície

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O acabamento da superfície dos diversos segmentos concluídos deve ser verificado com duas réguas, uma de 1,20m e outra de 3,00m de comprimento, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas. c.2. Alinhamentos A verificação do eixo e bordos nas diversas seções correspondentes às estacas da locação deve ser feita à trena. Os desvios verificados não devem exceder ± 5cm. d. Critérios de aceitação e rejeição

Todos os ensaios dos materiais indicados na letra a devem atender aos requisitos especificados para os materiais nesta Norma.

Para o controle estatístico da granulometria dos agregados, das taxas de aplicação do ligante asfáltico e de espalhamento do agregado em que são especificados intervalos de valores máximos e mínimos devem ser verificadas as condições seguintes:

X - ks < valor mínimo de projeto ou X + ks > valor máximo de projeto → rejeitar o serviço;

X - ks ≥ valor mínimo de projeto e X + ks ≤ valor máximo de projeto → aceitar o serviço.

Sendo:

X = nX i∑

1

)(−

−= ∑

nXX

s i

Onde:

iX = valores individuais;

X = média da amostra; s = desvio padrão da amostra;

K = coeficiente tabelado em função do número de determinações; n = número de determinações.

Os serviços rejeitados devem ser corrigidos, complementados ou refeitos. Os resultados do controle estatístico da execução devem ser registrados em relatórios periódicos de acompanhamento e associados à medição dos serviços. 8.13.7. Critérios de Medição

Os serviços aceitos são medidos de acordo com os critérios seguintes: O Tratamento Superficial Duplo com asfalto polímero é medido através da área executada, em metros quadrados, incluindo: todas as operações e encargos para a sua execução; o fornecimento de materiais (agregados pétreos britados); o fornecimento do ligante asfáltico

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modificado por polímero (SBS), o transporte comercial do mesmo da fonte de aquisição até o canteiro de obras/tanques de estocagem e o armazenamento no canteiro de obras; o transporte do ligante asfáltico dos tanques de estocagem à pista. Será objeto de medição em separado o transporte comercial do agregado pétreo britado da fonte de aquisição até o local de aplicação (pista), pelo momento de transporte, em t x km, considerando-se os seguintes intervalos de DMT: DMT ≤ 10 km ou DMT > 10 km. 8.13.8. Recomendação

Os serviços rejeitados poderão ser corrigidos de acordo com as proposições das Instruções para Controle Tecnológico de Serviços de Pavimentação, resolução 1715/87 do Conselho Administrativo do DNER, com as devidas adaptações onde couber.

Recomenda-se α = 0,10 da Tabela de Amostragem Variável do item b.2.2. A frequência das determinações de campo poderá ser realizada a cada 700m² de pista. 8.14. MICRO REVESTIMENTO ASFÁLTICO A FRIO COM EMULSÃO MODIFICADA

POR POLÍMERO 8.14.1. Prefácio A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM para servir como documento base na sistemática a ser empregada na execução de micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero. Está formatada de acordo com a norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNER -ES 389/99.

8.14.2. Objetivo

Fixar a sistemática a ser usada na confecção e aplicação do micro revestimento asfáltico a frio utilizando emulsão modificada por polímero com o objetivo de selar, impermeabilizar ou rejuvenescer pavimentos asfálticos.

8.14.3. Referências

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

− DNER-EM 396/99 - Cimento asfáltico modificado por polímero; − DNER-ME 002/98 - Emulsão asfáltica - carga da partícula; − DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração; − DNER-ME 006/94 - Emulsões asfálticas - determinação da sedimentação; − DNER-ME 035/98 - Agregados - determinação da abrasão “Los Angeles”; − DNER-ME 054/94 - Equivalente de areia; − DNER-ME 059/94 - Emulsões asfálticas - determinação da resistência à água

(adesividade) − DNER-ME 063/94 - Emulsões asfálticas catiônicas - determinação da

desemulsibilidade; − DNER-ME 083/98 - Agregados - análise granulométrica; − DNER-ME 089/94 - Agregados - avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções

de sulfato de sódio ou de magnésio ; − ABNT- MB 581/71 - Viscosidade Saybolt- Furol de emulsões asfálticas;

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− ABNT-NBR 6568/84 - Determinação do resíduo de destilação de emulsão asfáltica; − ASTM-D 2172 - Misturas betuminosas - extração de butume; − ISSA- A 105/91 - Lama asfáltica (Slurry Seal); − ISSA- TB Nº 100/90 - Wet Track Abrasion Loss - WTAS; − ISSA- TB Nº 109/90 - Loaded Wheel Tester - LWT; − ISSA- TB Nº 114/90 - Wet Stripping Test - WST; − DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços; − DNIT 011/2003-PRO - Gestão de Qualidade em Obras Rodoviárias.

8.14.4. Definição Para os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:

• Micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero - consiste na associação de agregado, material de enchimento (filler), emulsão asfáltica modificada por polímero do tipo SBS, água, aditivos se necessários, com consistência fluida, uniformemente espalhada sobre uma superfície previamente preparada.

8.14.5. Condições Gerais O micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero pode ser empregado como camada selante, impermeabilizante, regularizadora e rejuvenescedora ou como camada antiderrapante de pavimentos. Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.

Todo o carregamento de emulsão as fáltica modificada com polímero que chegar à obra deve apresentar certificado de resultados de análise dos ensaios de caracterização exigidos pela especificação, correspondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento e transporte para o canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar de 10 dias. Deve trazer também indicação clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a fábrica e o canteiro de obra.

Nota: Vide item 8.14.8, subitem a.1 - Emulsão asfáltica modificada com polímero.

8.14.6. Condições Específicas

a. Material

Os constituintes do micro revestimento asfáltico a frio são: agregado miúdo, material enchimento (filler), emulsão asfáltica modificada por polímero do tipo SBS, aditivos se necessários e água, os quais devem satisfazer as especificações aprovadas pelo DNER. O micro revestimento asfáltico a frio com emulsão polimerizada deve satisfazer aos requisitos exigidos nesta Especificação, a qual seguiu de uma maneira geral as indicações da ISSA - A143 - Recomended Performance Guidelines for Micro-Surfacing.

a.1. Emulsão asfáltica modificada por polímero Emulsão asfáltica modificada por polímero de ruptura controlada, catiônica.

a.2. Aditivos Podem ser empregados aditivos para acelerar ou retardar a ruptura da emulsão na execução do micro revestimento asfáltico a frio.

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a.3. Água Deve ser limpa, isenta de matéria orgânica, óleos e outras substâncias prejudiciais à ruptura da emulsão asfáltica. Será empregada na qualidade necessária a promover consistência adequada.

a.4. Agregados É constituído de agregados, pó de pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais devem ser resistentes, livres de torrões de argila, substâncias nocivas e apresentar as características seguintes:

• desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER- ME 035) no agregado antes da sua britagem. Entretanto, podem ser admitidos valores de desgaste maiores no caso de desempenho satisfatório em utilização anterior;

• durabilidade, perda inferior a 12% (DNER - ME 089);

• equivalente de areia igual ou superior a 60% (DNER -ME 054).

a.5. Material de enchimento (filler) Quando necessário deve ser constituído por materiais finamente divididos, não plásticos, secos e isentos de grumos, tais como pó de pedra, cimento Portland, Cal extinta, pós-calcários, de acordo com a Norma DNER EM-367:

b. Composição da mistura

A composição granulométrica da mistura de agregados deve satisfazer os requisitos do quadro deste item, com as respectivas tolerâncias quando ensaiadas pelo Método DNER-ME 083.

Outras informações gerais sobre o as falto residual da mistura taxas de aplicação / espessuras e utilização, estão também apresentadas no quadro.

A dosagem adequada do micro revestimento asfáltico a frio é realizada com base nos ensaios recomendados pela ISSA - International Slurry Surfacing Association:

Um ajuste de dosagem dos componentes do micro revestimento asfáltico a frio pode ser feito nas condições de campo, antes do início do serviço operação contínua, sem processo de segregação.

MÉTODOS E CONDIÇÕES DE DOSAGEM (ISSA - 143)

Método Resultado

ISSA - TB 100 Wet Track Abrasion Loss Máximo 1 hora ou 538 gr/m²

ISSA - TB 109 Loaded Wheel Test - Sand Adhesion Máximo 538 gr/m²

ISSA - TB 614 Wet Stripping Test Mínimo 90% coberto

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COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DA MISTURA DE AGREGADOS (ISSA - 143)

Peneira de malha quadrada Percentagem passando, em peso

Tolerância da curva de projeto (%) Peneiras

Faixa I Faixa II Faixa III Nome Abertura, mm

½” 12,5 - - 100 -

3/8” 9,5 100 100 85 - 100 ± 5

nº 4 4,75 90 - 100 70 - 90 60 - 87 ± 5

nº 8 2,36 65 - 90 45 - 70 40 - 60 ± 5

nº 16 1,18 45 - 70 28 - 50 28 - 45 ± 5

nº 30 0,60 30 - 50 19 - 34 19 - 34 ± 5

nº 50 0,33 18 - 30 12 - 25 14 - 25 ± 5

nº 100 0,15 10 - 21 7 - 18 8 - 17 ± 5

nº 200 0,075 5 - 15 5 - 15 4 - 8 ± 3

Asfalto residual

% em peso do agregado

7,5 - 13,5 6,5 - 12,0 5,5 - 7,5 ± 2

Filler % em peso do

agregado 0 - 3 0 - 3 0 - 3 ± 0,3

Polímero % em peso do

asfalto residual

3 mín. 3 mín. 3 mín. -

Taxa de aplicação

2Kg/m 5 - 11 8 - 16 15 - 30 -

Espessura (mm)

- 4 - 15 6 - 20 12 - 37 -

Utilização Áreas

Urbanas aeroportos

Rodovias de tráfego pesado

Trilhas de Roda

Regularização de Rodovias e Rodovias de

tráfego pesado

NOTA: As tolerâncias constantes do quadro são permitidas desde que os limites da faixa não sejam

ultrapassados.

c. Equipamento

c.1. Equipamento de limpeza

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Para limpeza da superfície utilizam-se assouras mecânicas, jatos de ar comprimido, ou outros.

c.2. Equipamento de mistura e de espalhamento O micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero deve ser executado com equipamento apropriado que apres ente as características mínimas seguintes:

• silo para agregado miúdo;

• depósito separados para água, emulsão asfáltica e aditivos;

• depósito para material de enchimento (filler), com alimentador automático;

• sistema de circulação e alimentação do ligante asfáltico, interligado por acoplagem direta ou não, com sistema de alimentação do agregado miúdo, de modo a assegurar perfeito controle de traço;

• sistema misturador capaz de processar uma mistura uniforme e de despejar a massa diretamente sobre a pista, em operação contínua, sem processo de segregação;

• chassi - todo o conjunto descrito nos itens anteriores é montado sobre um chassi móvel autopropulsado, ou atrelado a um cavalo mecânico, ou trator de pneus;

• caixa distribuidora - esta peça se apóia diretamente sob re o pavimento atrelada ao chassi. Deve ser montada sobre borracha, ter largura regulável para 3,50m (meia pista) e ser suficientemente pesada para garantir uniformidade de distribuição e bom acabamento.

d. Execução

Aplicação do micro revestimento asfáltico a frio com emulsão polímero deve ser realizada à velocidade uniforme, a mais reduzida possível. Em condições normais, a operação se processa com bastante simplicidade. A maior preocupação requerida consiste em observar a consistência da massa, abrindo ou fechando a alimentação d’água, de modo a obter uma consistência uniforme e manter a caixa distribuidora uniformemente carregada de massa.

e. Correção de falhas As possíveis falhas de execução, tais como, escassez ou excesso de massa, irregularidade na emenda de faixas, devem ser corrigidas, imediatamente, após a execução. A escassez é corrigida com adição de massa e os excessos com a retirada por meio de rodos de madeira ou de borracha. Após estas correções, a superfície áspera deixada é alisada com a passagem suave de qualquer tecido espesso, umedecido com a própria massa, ou com emulsão.

8.14.7. Manejo Ambiental

Para execução da camada betuminosa do micro revestimento asfáltico a frio são necessários trabalhos envolvendo a utilização de emulsão asfáltica modificada e agregados.

Os cuidados observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção, a estocagem e a aplicação de agregados, assim como a operação da usina.

NOTA: Devem ser observadas as prescrições estabelecidas nos Programas Ambientais que integram o Projeto Básico Ambiental - PBA.

a. Agregados

No decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras devem ser considerados os seguintes cuidados principais.

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A brita e a areia somente são aceitas após apresentação da licença ambiental da pedreira/areal, cuja cópia da licença deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

Impedir queimadas como forma de desmatamento. Seguir as recomendações constantes na Norma DNER -ES 279/97 para Caminhos de Serviço.

Construir, junto às instalações de britagem bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carregamento para cursos d’ água.

Exigir a documentação atestando a regularidade das instalações pedreiras/areal/usina, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente, caso estes materiais sejam fornecidos por terceiros.

b. Emulsão asfáltica modificada por polímero

Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’águ a.

Vedar o refugo de materiais usados à beira da estrada e em outros locais onde possam causar prejuízos ambientais.

Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução, mediante a remoção da usina e dos depósitos e à limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas misturadoras a frio englobam:

• estocagem, dosagem, peneiramento e transporte dos agregados frios;

• transporte e estocagem do filler;

• transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e emulsão asfáltica modificada.

AGENTES E FONTES POLUIDORES

AGENTE POLUIDOR FONTES POLUIDORAS

I. Emissão de partículas As fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II. Emissão de gases

Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, mon óxido de carbono e hidrocarbonetos. Aquecimento de emulsão asfáltica: hidrocarbonetos. Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

III. Emissões Fugitivas As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

NOTA: Emissões Fugitivas - São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé

ou duto projetados para corrigir ou controlar seu fluxo.

Em função destes agentes, devem ser obedecidos os itens c e d abaixo.

c. Quanto à instalação

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Definir no projeto executivo, áreas para as instalações industriais, de maneira a alcançar o mínimo de agressão ao meio ambiente.

Atribuir à executante responsabilidade pela obtenção da licença de instalação/operação.

d. Operação

• Dotar os silos de estocagem de agregados de proteções laterais e cobertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

• Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de capacidade.

• Dotar os silos de estocagem de filler de sistema próprio de filtragem a seco.

• Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de controle.

• Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade) e o estabelecimento de barreiras vegetais no local, sempre que possível.

8.14.8. Inspeção

a. Controle dos insumos

Todos os materiais devem ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNIT, e aceitos de acordo com as especificações em vigor.

a.1. Emulsão asfáltica modificada por polímero O controle de qualidade da emulsão asfáltica consta do seguinte:

Para todo carregamento que chegar à obra: • 01 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, (ABNT NBR-581);

• 01 ensaio de resíduo (ABNT NBR-6568);

• 01 ensaio de peneiramento (DNER-ME 005);

• 01 ensaio de carga de partícula (DNER-ME 002);

• 01 ensaio de recuperação elástica a 25º C, no resíduo da emulsão, (DNER -ME 382) (Vide Nota).

Nota: Os ensaios assinalados são geralmente realizados na origem do carregamento. Caso

haja dúvidas quanto ao certificado dos mesmos o controle da obra deve providenciar a sua execução.

a.2. Agregados O controle de qualidade dos agregados consta do seguinte:

• ensaios de granulometria do agregado (DNER-ME 083);

• ensaios de adesividade, DNER-ME 079 e DNER-ME 059);

• ensaio de equivalente de areia, (DNER –ME 054).

b. Verificação da produção (espalhamento / execução)

A verificação da produção (execução) é exercido através de coleta aleatória de amostras, ensaios e determinações. b.1. Verificação do equipamento

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Cada equipamento empregado na aplicação do micro revestimento asfáltico a frio deve ser calibrado no início dos serviços através da execução de segmentos experimentais.

As verificações efetuadas são as seguintes:

• Consistência da mistura espalhada;

• Atendimento do projeto da mistura conforme os subitens seguintes, b.2 e b.3;

• Quantidade, espessuras e velocidades de aplicação para proporcionar o acabamento desejado. São calculadas através das taxas de aplicação obtidas por pesagem de bandejas ou outro dispositivo de área conhecida.

Se ao final destas três verificações em segmentos experimentais os resultados esperados não forem alcançados, deve ser revisto todo o processo de calibração do equipamento.

b.2. Verificação da quantidade do ligante asfáltico modificado por polímero A quantidade de ligante asfáltico deve ser determinada através da retirada de amostras aleatórias em cada segmento de aplicação, além da extração de betume com o aparelho Soxhlet (ASTM -D-2172). A percentagem de ligante residual pode variar, no máximo ± 0,3% da fixada no projeto.

b.3. Verificação da graduação da mistura de agregados A verificação da graduação da mistura de agregados é feito através da análise granulométrica da mistura de agregados provenientes do ensaio de extração do item anterior. As tolerâncias são dadas no traço fixado no projeto.

c. Verificação do produto c.1. Acabamento da superfície A superfície acabada é verificada visualmente devendo se apresentar desempenada e com o mesmo aspecto e textura obtidos nos segmentos experimentais.

c.2. Alinhamentos A verificação dos alinhamentos do eixo e bordos nas diversas seções correspondentes às estacas da locação é feita utilizando a trena. Os desvios verificados não devem exceder ± 5cm.

d. Plano de amostragem - controle tecnológico

O número e a frequência de verificação e de determinações correspondentes aos diversos ensaios para o controle tecnológico dos insumos, da produção e do produto devem ser estabelecidos pelo Executante segundo um Plano de Amostragem Aleatória definido de acordo com a seguinte tabela de controle estatístico de resultados (DNER-PRO-277):

TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL

n 5 6 7 8 9 10 11 12

K 1,5 5 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,19 1,16

α 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,13 0,10

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TABELA DE AMOSTRAGEM VARIÁVEL (continuação)

n 13 14 15 16 17 19 21

K 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01

α 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01

n = n° de amostras, k = coeficiente multiplicador,

α = risco do Executante

e. Condições de conformidade e não conformidade Todos os ensaios de controle e verificações para os Insumos a Produção e o Produto realizadas de acordo com o Plano de Amostragem, devem cumprir as Condições Gerais e Condições Específicas dos itens 8.14.5 e 8.14.6 desta Norma, e atenderem às condições de Conformidade e Não Conformidade de acordo com os seguintes critérios (DNER-PRO-277):

• Nos ensaios ou verificações em que é especificada uma faixa de valores mínimos e máximos deve ser verificado o seguinte para atender as condições de Conformidade e Não Conformidade:

X - ks < valor mínimo especificado ou X + ks > valor máximo de projeto → não conformidade;

X - ks = valor mínimo especificado ou X + ks > valor máximo de projeto →

conformidade

Sendo:

X = nx∑ 1

1

)( 21

−= ∑

nxx

s

Onde:

1x - valores individuais;

X - média da amostra; s - desvio padrão da amostra;

k - coeficiente tabelado em função do número de determinações; n - número de determinações.

• Nos ensaios e verificações em que é especificado um valor mínimo a ser atingido, deve-se verificar o seguinte para atender às condições de Conformidade e Não Conformidade:

Se X - ks < valor mínimo especificado - Não Conformidade;

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Se X - ks ≥ valor mínimo especificado - Conformidade.

Os resultados do controle estatístico são registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004 - PRO, a qual estabelece que sejam tomadas providências para tratamento das “Não Conformidades” da Produção e do Produto. Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma. Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido. Qualquer serviço só deve ser aceito se as correções executadas colocarem-no em conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário será rejeitado.

8.14.9. Critérios de Medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os critérios estabelecidos de acordo com as seguintes disposições gerais:

• O micro revestimento asfáltico a frio é medido na pista através da área executada, em metros quadrados, incluindo todas as operações e encargos para a sua execução; o fornecimento e transporte de materiais (agregados pétreos britados, filler, fibra e cal, etc.), exclusive o transporte de agregados; o fornecimento do ligante asfáltico modificado por polímero (SBS), o transporte comercial do mesmo da fonte de aquisição até o canteiro de obras/tanques de estocagem e o armazenamento no canteiro de obras; o transporte do ligante asfáltico dos tanques de estocagem à pista.

• Nenhuma medição deve ser processada se a ela não estiver anexado um relatório de controle da qualidade contendo os resultados dos ensaios e determinações devidamente interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado.

• Será objeto de medição em separado o transporte comercial do agregado pétreo britado da fonte de aquisição até o local de aplicação (pista), pelo momento de transporte, em t x km, considerando-se os seguintes intervalos de DMT: DMT ≤ 10 km ou DMT > 10 km.

8.15. CONCRETO BETUMINOSO PRÉ-MISTURADO A FRIO 8.15.1. Objetivo

O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços relativos ao concreto betuminoso pré-misturado a frio. 8.15.2. Definição O concreto betuminoso pré-misturado a frio é o produto resultante da mistura, em equipamento apropriado, de agregados minerais e emulsão asfáltica ou asfalto diluído, que deve ser espalhado e comprimido a frio, podendo ser utilizado como camada de regularização, como base ou como revestimento, além de serviços de conservação, com camadas variando de 3 a 20cm, dependendo do tipo de serviço e granulometria final da mistura. Esta mistura de agregado e ligante pode ser complementada ou não com filler, onde o agregado é utilizado a frio e o ligante na temperatura convencional de aplicação.

8.15.3. Condições Específicas

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a. Equipamentos Faz-se necessário para a sua execução, a utilização dos seguintes equipamentos:

• Caminhões basculantes são utilizados para o transporte da mistura. Nos pequenos canteiros são utilizados carrinhos de mão com pneus;

• Acabadora automotriz, capaz de espalhar e conformar a mistura segundo as especificações requeridas. Podem ser utilizadas, ainda, motoniveladoras e espalhadoras de solo, sem maiores restrições para o caso de camadas de base, mas com bastantes restrições no caso de camadas de revestimento, face à frequente segregação que provocam.

• O equipamento para compressão deverá, preferencialmente, ser um rolo vibratório, liso, autopropulsor, com frequência controlada, ou rolo pneumático, de pressão variável, autopropulsor. Um rolo liso Tandem de 8 a 10t, também pode ser utilizado, ficando restrito a serviços de menor responsabilidade, onde possa ser tolerado um menor grau de compactação, deixando por conta do trânsito o adensamento definitivo.

Sendo inviável o uso de equipamento convencional, poderão ser utilizados os seguintes:

• Placas vibratórias, sapos mecânicos ou rolos compactadores de pequeno porte para a compactação;

b. Materiais b.1. Emulsão asfáltica

• Emulsão de ruptura média (RM) – utilizada em pré-misturados abertos e semidensos;

• Emulsão de ruptura lenta (RL-1C) – utilizados em pré-misturados densos e semidensos.

b.2. Asfalto diluído

• CR-250 – empregado em pré-misturados densos. c. Execução Numa escala de produção intermediária, são utilizadas usinas projetadas para pré-misturados do tipo “pugmill”, ou ainda, argamassadeiras horizontais dotadas de dosadores e pás de arraste de agregados, que promovem misturas contínuas e descontínuas respectivamente. Para pequenas produções, em bateladas, utilizam-se betoneiras comuns, preferindo-se as de eixo horizontal, embora as do tipo “pera” (eixo vertical) possam também ser usadas. A utilização de misturadores do tipo “eixo sem fim” requer cuidados especiais, principalmente com emulsões. A rolagem da mistura a frio deve aguardar um certo tempo para a cura ou ruptura do material betuminoso, pois, com a presença dos solventes ou agentes emulsificadores, o asfalto não deve ter atingido ainda todo o seu poder aglutinante, e a mistura, suas condições de estabilidade. A utilização dos rolos pneumáticos de pressão variável e regulável – autoinflável – poderá permitir uma rolagem imediata, aplicando-se aos pneus pressões iniciais baixas que seriam aumentadas progressivamente, na medida em que a mistura oferece resistência gradativamente maior.

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Em compensação, as misturas a frio oferecem a grande vantagem de permitir estocagem por algum tempo. Essa possibilidade dá grande tranquilidade ao esquema de produção e aplicação, pois a linha contínua entre os silos e a rolagem, passando pela usinagem, transporte e aplicação, pode ser rompida ou suspensa. Para estocagem de agregados devem ser previstos, normalmente, silos ou depósitos para 3 materiais. O espalhamento manual deve ficar restrito ao serviço de “tapa-buracos” ou de pequenos “panos” descontínuos. c.1. Recomendações gerais Embora não existam especificações rígidas para o pré-misturado a frio, alguns valores e métodos de controle e execução já estão bastante testados, sendo sua observação, além das normais precauções técnicas, fator decisivo na qualidade da obra. Assim, para cada serviço, deve ser escolhida uma faixa granulométrica adequada, calculada na composição da mistura e no teor ideal do ligante. Esta é a fase de projeto, em laboratório, que pode sofrer as eventuais adaptações de campo. Na fase de execução, devem ser controlados o teor de ligante, a granulometria da mistura e a densidade após à compactação. É desejável o controle da estabilidade já que, embora inexistindo especificações, possibilite a obtenção de valores comparativos. Da literatura e experiência sobre o assunto, podem ser alinhadas as seguintes recomendações:

• Para a mesma granulometria, quanto mais “pesado” o diluente, mais longa a estocagem da mistura;

• Massa muito estocável é de cura mais demorada, podendo apresentar problemas de retenção do diluente nos pré-misturados densos. Pré-misturados de estocagem prolongada (diluente “pesado”) devem, portanto, ser mais abertos e reservados para serviços de conservação;

• Para camadas de rolamentos, o pré-misturado deve ser denso, com diluente o mais “leve” possível ou sem ele;

• É necessária uma aeração mínima de 2 horas da massa espalhada, para permitir a evaporação do diluente caso seja presente, antes do início da compressão;

• A compressão com rolo de pneus deve ser feita partindo de uma pressão de cerca de 50 libras/pol² e que deve subir gradativamente até atingir 100 a 120 libras/pol² (não há problema, pois a massa é fria). O rolo liso promove o acabamento da camada.

Após a abertura ao trânsito, é normal um ligeiro aumento da densidade. d. Controle Os agregados e a emulsão asfáltica deverão ser examinados em laboratório e satisfazer as especificações em vigor. Deverão ser efetuadas extrações de betume em amostras coletadas na pista, para controle de emulsão asfáltica. Deverão ser efetuadas granulometrias após extrações visando à qualidade da mistura dos agregados. A Tabela 12 se baseia na especificação 106/80 do DNIT, relaciona as faixas granulométricas. Observações:

• A faixa A deve ser aplicada como camada de ligação ou Binder;

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• A faixa B como camada de ligação e rolamento;

• A faixa C como camada de rolamento.

Peneiras % Passando em peso

Faixa A Faixa B Faixa C Faixa D Faixa E Faixa F

1 ½” 100 - - 100 - -

1” 75 – 100 100 - 95 – 100 100 -

¾” 50 – 80 85 – 100 100 70 – 90 95 – 100 100

½” - - 75 – 100 - - 90 – 100

3/8” 25 – 50 30 – 60 35 – 70 35 – 60 40 – 70 45 – 80

Nº 4 5 – 20 10 – 35 15 – 48 15 – 35 20 – 40 25 – 45

Nº 10 0 – 10 5 – 20 10 – 25 5 – 20 10 – 25 15 – 30

Nº 200 0 – 4 0 – 5 0 – 5 0 – 8 0 – 8 0 – 8

Tabela 12 - faixas granulométricas segundo faixa 106/80 do DNIT

8.15.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) O concreto pré-misturado a frio será levantado através da massa da mistura, a ser aplicada, em toneladas (t), de acordo com os dados do projeto e do tipo de equipamento utilizado na compactação. b. Medição A medição será feita através da massa da mistura, efetivamente aplicada em toneladas. c. Pagamento O concreto pré-misturado a frio será pago conforme o preço contratual, de acordo com a medição dos serviços, englobando a aquisição, carga, transporte, descarga de todos os materiais empregados e todas as operações necessárias à perfeita aplicação do mesmo. 8.16. LAMA ASFÁLTICA 8.16.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços relativo à lama asfáltica. 8.16.2. Definição Lama asfáltica é a associação, em consistência fluida, de agregados ou misturas de agregados miúdos, material de enchimento (filler), emulsão asfáltica e água, devidamente espalhada e nivelada. A lama asfáltica tem seu principal emprego no rejuvenescimento ou conservação dos pavimentos asfálticos, já desgastados, sendo também muito usada como camada de desgaste e impermeabilizante nos revestimentos executados com tratamento superficial ou macadame betuminoso.

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Por apresentar condições de elevada resistência à derrapagem – alto coeficiente de atrito – é também empregada na correção de trechos lisos e derrapantes. 8.16.3. Condições Específicas a. Equipamentos Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela FISCALIZAÇÃO, devendo estar de acordo com esta especificação, sem o que não será dada a ordem de serviço. a.1. Limpeza Para a limpeza da superfície utilizam-se vassouras mecânicas ou jato de ar comprimido, ou qualquer outro equipamento permitido pela SUPERVISÃO. a.2. Mistura e espalhamento A lama asfáltica deve ser executada por equipamento apropriado, que apresente as seguintes características mínimas:

• Silo para o agregado miúdo, com capacidade mínima de 3 m³;

• Depósitos separados, para água e emulsão asfáltica, com capacidade individual mínima de 1500 litros;

• Depósito para material de enchimento, com alimentador automático;

• Sistema de circulação e alimentação do ligante betuminoso, correlacionado, por acoplagem direta ou não, com sistema de alimentação do agregado miúdo, de modo a assegurar perfeito controle do traço, quer em operação contínua, quer em operação por traço;

• Sistema misturador “Pug-mill”, do tipo de pás móveis a corpo fixo, capaz de processar uma mistura uniforme e de despejar a massa diretamente sobre a pista, em operação contínua, sem processo de segregação;

• Chassi – Todo o conjunto descrito nos itens anteriores é montado sobre um chassi móvel autopropulsado, ou atrelado a um cavalo mecânico, ou trator de pneus. Um chassi de caminhão é preferível a qualquer outro, devido à maior mobilidade e ao mais fácil controle da velocidade de operação;

• Caixa distribuidora – Esta peça se apoia diretamente sobre o pavimento e é atrelada, por correntes ao chassi. Deverá ser montada sobre borracha neoprene ou similar, ter largura regulável para 3,5m (meia pista) e ser suficientemente pesada para garantir uniformidade de distribuição e bom acabamento (deverá ser atrelada na parte traseira da caixa uma lona com comprimento igual a esta e largura de 80 a 100cm).

Em casos especiais, a critério da SUPERVISÃO, a mistura pode ser executada, na pista, manualmente. Neste processo, a mistura é realizada em betoneiras, derramada diretamente sobre a pista e espalhada uniformemente por operários munidos de rodos e vassourões apropriados. O processo manual é, entretanto, falho e moroso, podendo ser adotado apenas em obras de pequeno vulto.

b. Materiais Todos os materiais devem satisfazer às especificações em vigor e aprovadas pelo DNIT. A dosagem adequada da lama asfáltica será realizada com base no ensaio de desgaste “Wet Track Abrasion Test”. O valor máximo tolerado é de 0,11g/cm² (100 g/pol²).

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b.1. Material betuminoso O material betuminoso a ser empregado é a emulsão catiônica tipo RL-1C. b.2. Material de enchimento (filler) O material de enchimento deverá satisfazer a granulometria da Tabela 3 - Faixas granulométricas para material de enchimento (FIller) Deverá ser usado cimento, admitindo-se também o uso de material de enchimento calcário (pó de pedra). Quando da aplicação, deverá estar seco e isento de grumos. b.3. Água Deverá ser limpa, isenta de matéria orgânica, óleos e outras substâncias prejudiciais à ruptura da emulsão asfáltica. Será empregada na quantidade necessária a promover a consistência adequada. b.4. Agregado miúdo Será constituído de areia, pó de pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais deverão ser resistentes e apresentar moderada angulosidade. Deverá estar livre de torrões de argila e de substâncias nocivas, ter boa adesividade com emulsão asfáltica e apresentar um equivalente de areia igual ou superior a 40. O agregado miúdo deverá obedecer à seguinte granulometria da Tabela13.

Peneiras Porcentagem passando em peso

Polegadas Mm Mistura fina A Mistura média B Mistura grossa C

3/8” 9,5 100

5/16” 7,9 95 – 100

¼” 6,35 100 80 – 100

nº 4 4,8 85 – 100 70 – 95

nº 8 2,4 100 65 – 90 45 – 70

nº 16 1,2 65 – 90 45 – 70 28 – 50

nº 30 0,6 40 – 60 30 – 50 19 – 34

nº 50 0,3 25 – 42 18 – 30 12 – 25

nº 100 0,15 15 – 30 10 – 21 7 – 18

Tabela 13 - Granulometria para agregado miúdo

c. Execução c.1. Sinalização, limpeza e preparo da pista Nas vias com tráfego, os serviços com lama asfáltica exigem uma sinalização muito eficiente. Para as emulsões catiônicas, dependendo das condições de umidade e temperatura do ar, o prazo mínimo de interrupção, da faixa trabalhada, considerando o tempo de operação e o de ruptura da emulsão, deverá variar entre 1 e 4 horas.

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O tráfego deverá ser desviado da faixa a ser trabalhada (meia pista), numa extensão mínima de 100m. A faixa deverá ser muito bem limpa, com vassouras mecânicas ou manuais. Ao mesmo tempo será feita inspeção da faixa, para assinalar qualquer trinca, fissura ou outros pequenos defeitos do pavimento, os quais deverão ser corrigidos com a própria lama asfáltica, aplicada por irrigadores manuais do tipo bico de pato. c.2. Espalhamento da lama asfáltica Uma vez preparada e sinalizada a pista, o equipamento será colocado em a posição, com a caixa distribuidora perfeitamente centrada, em relação à faixa de trabalho. Com a mangueira d’água do equipamento, umedece-se toda a superfície do pavimento, correspondente a área de distribuição da caixa, a fim de se reduzir a avidez do revestimento e retardar a penetração da emulsão. A partir do início da operação, esse umedecimento é realizado pela barra espargidora do equipamento. Abrem-se todas as comportas de alimentação dos agregados, emulsão, água e material de enchimento, de acordo com o traço projetado e as tabelas de abertura do equipamento, pondo o “Pugmill” a funcionar, até produzir quantidade de massa suficiente à alimentação de toda a área interna da caixa distribuidora. Além do operador da máquina, haverá um operário de cada lado da caixa, munido de rodo de borracha, promovendo, quando necessário, uniformidade de distribuição da massa dentro da caixa distribuidora. Com velocidade uniforme, mais reduzida possível, é dada a partida do veículo e iniciada a operação. O operador deve observar a consistência da massa, abrir ou fechar a alimentação d’água, de modo a obter uma consistência uniforme. c.3. Correção de falhas e compactação pelo tráfego As possíveis falhas de execução, tais como escassez ou excesso de massa, irregularidades na emenda de faixas etc., deverão ser corrigidas imediatamente após a execução. A escassez é corrigida com adição de massa, e os excessos, com a retirada por meio de rodos de madeira ou de borracha. Após estas correções, a superfície áspera deixada, será alisada com a passagem suave de qualquer tecido espesso, umedecido com a própria massa, ou com emulsão. Os sacos de aniagem são os mais adequados para o acabamento final dessas correções. Duas ou três horas após o espalhamento da lama asfáltica, com emulsão catiônica, a superfície tratada deverá ser submetida à ação compactadora e de alisamento pelo tráfego. É importante que a faixa trabalhada seja reaberta ao tráfego, logo que a massa de lama asfáltica tenha adquirido consistência suficiente para não se deixar desagregar pela passagem dos veículos. Em vias sem tráfego, serão, preferencialmente, empregados rolos pneumáticos compactadores. c.4. Quantidades Dependendo do estado do pavimento existente e da finalidade da aplicação da lama asfáltica, a taxa de aplicação variará, aproximadamente, de 2 a 4kg/m² para misturas finas, de 4 a 6kg/m² para misturas médias e de 4 a 10kg/m² para misturas grossas. Deverá ser espalhada em camada uniforme, na espessura do diâmetro máximo dos agregados.

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d. Controle Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNIT. d.1. Controle de qualidade do material betuminoso O controle de qualidade do material betuminoso constará do seguinte:

• 1 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de resíduo por evaporação, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de peneiramento, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de sedimentação, para cada 100t;

• 1 ensaio de carga de partícula, para o carregamento a ser utilizado na obra;

• 1 ensaio de mistura com cimento para o carregamento a ser utilizado na obra. d.2. Controle de qualidade dos agregados O controle de qualidade dos agregados constará do seguinte:

• 2 ensaios de granulometria de cada agregado por dia de trabalho;

• 2 ensaios de adesividade, a cada lote de agregado que chegar a obra;

• 1 ensaio de equivalente de areia por dia. d.3. Controle de quantidade do ligante betuminoso A quantidade de ligante betuminoso deverá ser determinada pelo menos duas vezes por dia, fazendo-se a extração do betume com aparelho Soxhlet. A porcentagem de ligante poderá variar, no máximo, 0,5% da fixada no projeto. d.4. Controle de graduação da mistura de agregados O controle da graduação da mistura de agregados deverá ser efetuado, no mínimo, duas vezes por dia e as tolerâncias serão admitidas de acordo com o traço pré-determinado. 8.16.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) A lama asfáltica será levantada, em metros quadrados (m²), através da área a ser executada, de acordo com o projeto, considerando-se a granulometria da mistura. b. Medição A medição adotará o mesmo critério de levantamento, observando-se a área efetivamente executada. c. Pagamento A lama asfáltica será paga conforme o preço contratual, de acordo com a medição referida no item anterior, considerando-se a aquisição, carga, transporte, descarga de todos os materiais empregados até a pista, varrição e todas as operações necessárias à perfeita fabricação e aplicação da mesma. 8.17. REVESTIMENTO COM ALVENARIA POLIÉDRICA

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8.17.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços de revestimento em alvenaria poliédrica. 8.17.2. Definição Revestimento de alvenaria poliédrica é o que se caracteriza por revestimento flexível de materiais pétreos irregulares, assentados por processo manual, em um colchão de areia espalhado sobre a base de solo estabilizado. 8.17.3. Condições Específicas a. Equipamentos São indicados os seguintes tipos de equipamentos para execução do revestimento em alvenaria poliédrica e para a sua remoção: a.1. Para execução e reconstrução

• Carro-tanque com distribuidor de água;

• Rolo Tandem de 10 e 12 toneladas; ou rolo compactador de 3 rodas;

• Ferramentas manuais;

• Caminhões basculantes para o transporte;

• Motoniveladoras. a.2. Para a remoção

• Motoniveladoras com escarificador;

• Trator com lâmina;

• Pá carregadeira;

• Caminhões basculantes;

• Ferramentas manuais. Além destes poderão ser usados outros equipamentos aceitos pela SUPERVISÃO. b. Materiais O revestimento em alvenaria poliédrica será executado com materiais autorizados pela SUPERVISÃO e que preencham os seguintes requisitos: b.1. Material pétreo poliédrico O material pétreo poliédrico a ser utilizado deverá satisfazer os seguintes requisitos:

• Resistência à compressão simples maior do que 1000kg/cm²;

• Peso específico aparente mínimo de 2400kg/m²;

• Absorção de água, após 48 horas de imersão, inferior a 0,5% em peso;

• Dimensões: o material pétreo poliédrico deverá ter uma face para rolamento, mais ou menos plana, que se inscreva em círculos de raios entre 0,05m e 0,10m, e uma altura variável entre 0,10 e 0,15m.

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b.2. Material para fixação, enchimento e recobrimento da alvenaria poliédrica Este material deverá ser constituído de partículas limpas, duras e duráveis, de areia, finos de minério ou outro material aprovado pela SUPERVISÃO, isentas de torrões de terra, observando sempre a granulometria apresentada no quadro a seguir:

Nº de peneira Abertura (mm) Percentual que passa (%)

3 6,35 100

200 0,074 5 –15

Tabela 14 - Material de enchimento para pavimento poliédrico

c. Execução c.1. Construção e reconstrução do revestimento O material de enchimento e fixação do material poliédrico deverá ser espalhado manual ou mecanicamente sobre a base numa espessura uniforme de 8cm. Serão assentadas, inicialmente, as pedras mestras, que servirão de referência para o assentamento das demais. As pedras mestras deverão ser assentadas com espaçamento de cerca de 1,50 a 2,00m no sentido transversal da via, a partir do eixo e de 4,00m no sentido longitudinal. Desta maneira forma-se um reticulado que facilitará o trabalho de assentamento, evitando desvios em relação aos elementos do projeto. Segue-se o assentamento das demais pedras, com as faces de rolamento, cuidadosamente escolhidas pelo calceteiro, fixadas para cima. As pedras deverão ficar entrelaçadas, de modo que não coincidam as juntas vizinhas, e que as faces superiores não apresentem saliências acentuadas, uma em relação às outras. As juntas maiores serão preenchidas com lascas de pedras e as menores com o material de enchimento e fixação. Após o assentamento das pedras, deverá ser espalhada sobre elas, uma camada de material de enchimento, com 2cm de espessura, forçando-se a penetração desse material nas juntas dos poliedros, por meio de vassourões adequados ou irrigação, em quantidade que não carreie o material, mas apenas facilite a penetração nas juntas. Deverão ser executadas, nos cruzamentos, fileiras de guias transversais à pista de rolamento das vias secundárias, paralelamente ao eixo da via principal obedecendo ao nivelamento do revestimento. Logo após a conclusão do serviço de rejuntamento dos poliedros, o calçamento será devidamente compactado. A rolagem deverá progredir, nas tangentes, das bordas para o centro, paralelamente ao eixo da pista, de modo uniforme e cada passada atingirá a metade da outra faixa de rolamento até completa fixação do calçamento, isto é, até quando não se observar mais movimentação alguma das pedras pela passagem do rolo. Nos trechos em curva a progressão do rolo deverá ser do bordo interno da curva para o bordo externo.

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Qualquer irregularidade ou depressão que venha a surgir durante a compactação, deverá ser prontamente corrigida, removendo e recolocando os poliedros com maior ou menor adição do material de assentamento, em quantidade suficiente à total correção do defeito. A compactação das partes inacessíveis aos rolos compactadores deverá ser executada por meio de soquetes manuais adequados. As águas pluviais deverão ser desviadas por meio de valetas provisórias e o tráfego deverá ser proibido sobre a pista cujo pavimento estiver em construção. Quando a via não possuir meios-fios, o acabamento lateral do revestimento será executado com cordões ou peças de rocha ou concreto, com seção retangular ou trapezoidal, destinadas a serem assentadas com a face superior coincidindo com a superfície de rolamento dos poliedros, com a finalidade de proteger os bordos do pavimento. As dimensões dos cordões serão estabelecidas no projeto, podendo ser utilizadas as peças de meio-fio pré-moldadas. c.2. Demolição e remoção do pavimento Quando se tratar de segmento de via cujo revestimento de alvenaria poliédrica será substituído por outro tipo de revestimento, a demolição deverá ser feita com motoniveladora e escarificador. Após revolver o revestimento, as pedras e o material de enchimento e fixação serão devidamente amontoados para fins de carregamento e transporte para locais determinados pela SUPERVISÃO. Estas operações devem ser realizadas com o máximo cuidado, para que a base não seja danificada. Por isto deverão ser usados, de preferência, pás carregadeiras e tratores com pneus. Quando os serviços de demolição e remoção forem localizados, para fins de manutenção do revestimento ou abertura de valas, as pedras deverão ser removidas com utilização de ferramentas manuais. As pedras retiradas serão lançadas lateralmente para o reaproveitamento, tão logo tenham sido sanados os defeitos locais ou reaterradas as valas. A reconstrução do revestimento será executada seguindo as mesmas instruções do subitem anterior e a compactação poderá ser feita com sapos mecânicos ou soquetes manuais, se não se dispuser de rolos mais pesados. c.3. Revestimento asfáltico sobre alvenaria poliédrica Em situação em que o órgão municipal contratante autoriza o revestimento asfáltico sobre a alvenaria poliédrica, recomenda-se manter um espaço de 50cm entre a camada asfáltica, e o espelho do meio-fio. Este espaço será preenchido pelo próprio calçamento poliédrico, com o objetivo de não obstruir as saídas pluviais das edificações lindeiras. d. Controle d.1. Conhecimento tecnológico Antes de iniciados os serviços, deverão ser feitos com a pedra a ser utilizada, os ensaios de desgaste “Los Angeles” e durabilidade “Soundnes Test”. O desgaste não deverá ser superior a 40% e a durabilidade não deverá apresentar perdas maiores que 12%, quando submetida à exposição de 5 ciclos. d.2. Controle geométrico

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O pavimento pronto deverá ter forma definida pelos alinhamentos, perfis, dimensões e seção transversal-tipo, estabelecidos pelo projeto, com as seguintes tolerâncias:

• Tolerância das dimensões dos poliedros depois de assentados: serão tolerados, na fileira completa, no máximo 20% de poliedros com dimensões diferentes do estabelecido nesta especificação. A altura do poliedro nas sondagens feitas em diversos pontos escolhidos pela FISCALIZAÇÃO, não poderá exceder em mais de 10% fora dos limites estabelecidos nesta especificação;

• Tolerância da superfície: a face do calçamento não deverá apresentar, sob uma régua rígida de 2,50m a 3,00m de comprimento, disposta em qualquer direção, uma flecha superior a 10 mm em qualquer direção;

• Tolerância de espessura: a altura da camada de enchimento e fixação, mais a dos poliedros, depois de comprimidos nas sondagens feitas em diversos pontos escolhidos pela SUPERVISÃO, não poderá diferir em mais de 5% da espessura fixada pelo projeto.

O pavimento deverá ser entregue ao tráfego somente depois de estar totalmente concluído, isto é, depois da compressão final. No caso de demolição de revestimento, deverá haver um controle visual com relação às danificações que poderão acontecer na base. Quando houver reconstrução do revestimento poliédrico em pontos localizados, será feito somente o controle referente à superfície. 8.17.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) O serviço será levantado por metro quadrado (m²) de revestimento poliédrico a ser executado, tanto no caso de construção, como no caso de remoção e reconstrução para fins de abertura de valas ou de manutenção. b. Medição A medição será efetuada conforme os critérios do levantamento, observando-se o revestimento efetivamente executado. Quando houver demolição e remoção de revestimento poliédrico, o serviço será medido como terraplenagem. c. Pagamento O pagamento será efetuado com base nos preços unitários, por metro quadrado, apresentados para este serviço, seja para execução, ou seja, para remoção e reassentamento das peças poliédricas. Os preços englobarão todas as operações necessárias aos serviços, descritas nesta especificação, devendo estar incluídos o fornecimento e transporte dos materiais utilizados e toda a mão de obra, equipamentos e encargos necessários à sua confecção.

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Figura 1 - Seções tipo de vias arteriais (a)

8.18. ESPECIFICAÇÕES COMPLEMENTARES

8.18.1. Escalonamento e Reforço da Junta Longitudinal de Pavimento Existente e

Pavimento Novo (Alargamento nos Locais das Novas Baías de Pontos de Parada de Ônibus)

A execução de pavimentos novos lateralmente a pavimentos existentes (novas baías de pontos de parada de ônibus) deverá observar o escalonamento e reforço da junta pavimento existente - pavimento novo, conforme detalhes constantes de desenhos constantes dos projetos, envolvendo:

• demolição e remoção do revestimento betuminoso do pavimento existente em faixa longitudinal com largura de 0,60m;

• remoção mecanizada da camada granular do pavimento existente em faixa longitudinal com largura de 0,30m ou 0,60m (dependendo da espessura do revestimento do pavimento existente);

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• escalonamento da junta longitudinal das camadas de sub-base, base e revestimento (sobrelargura de 0,30m para a camada de base e de 0,60m para o revestimento betuminoso);

• reforço da junta por meio da aplicação de geogrelha flexível de poliéster com revestimento betuminoso, combinada com não tecido ultra leve, abertura da malha 40mm x 40mm e resistência à tração longitudinal/transversal 50/50kN/m (Hatelit C 40/17, da Huesker ou equivalente, citando-se o geocomposto MacGrid AR 5G.2, da Maccaferri), largura 1,00m (0,50m na largura do pavimento existente e 0,50m na largura do pavimento novo).

Para a instalação/aplicação da geogrelha deverão ser observadas as seguintes recomendações básicas e sequência executiva (adicionalmente, recomenda-se consultar os catálogos e manuais do Fabricante):

• preparação da superfície, mantendo-a seca e limpa;

• execução de pintura de ligação sobre a superfície do pavimento; a emulsão deverá ser levada à ruptura antes da aplicação da geogrelha;

• instalação da geogrelha: - a extremidade inicial do rolo da geogrelha deve ser provisoriamente ancorada.

Eventualmente podem ser utilizados grampos de fixação com esta finalidade; neste caso, sugere-se que sejam alinhados aproximadamente a 20cm da extremidade da geogrelha, distanciados entre si de 50cm. A geogrelha deve ser desenrolada sempre diretamente no local a ser posicionada, manualmente ou por equipamentos que não ofereçam risco de danos ao material, sem dobras ou rugas;

- para permitir o acompanhamento de curvas, a bobina pode ser ancorada por grampos; as dobras podem ser cortadas e sobrepostas, garantindo que a geogrelha seja instalada de forma esticada sobre a superfície. Alternativamente, especialmente no caso de curvas acentuadas ou esquinas, podem ser utilizados pedaços pequenos com sobreposições;

• emendas/sobreposições: - na direção longitudinal da geogrelha, as emendas entre mantas subsequentes

devem apresentar uma sobreposição de no mínimo 25cm, levando-se em consideração a direção de aplicação do revestimento/reforço betuminoso, para evitar o levantamento da geogrelha nestas regiões. Na direção transversal da geogrelha, as emendas entre mantas lateralmente adjacentes, se necessárias, devem apresentar uma sobreposição de no mínimo 15cm.

• tráfego sobre a geogrelha: - idealmente, a geogrelha não deve ser exposta ao tráfego normal até que seja

executado o revestimento/reforço betuminoso sobrejacente. Os equipamentos necessários à execução devem movimentar-se com cuidado sobre a geogrelha.

Devem ser evitadas freadas e mudanças bruscas de velocidade. Durante a instalação da geogrelha podem ser observadas falhas (rasgos localizados) em relação ao não-tecido constituinte do material. Isto não terá nenhuma influência na eficiência da instalação, tampouco no desempenho do produto.

a. Critérios de medição e pagamento a.1. Medição Os serviços em questão serão medidos de acordo com os seguintes itens e critérios:

− demolição de pavimentação asfáltica: pelo volume geométrico, em metros cúbicos (m3), de revestimento betuminoso demolido e removido, calculado em função da área efetivamente trabalhada e espessura do revestimento existente;

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− remoção mecanizada de camada granular do pavimento: pelo volume geométrico, em metros cúbicos (m3) de material granular removido, calculado em função da área efetivamente trabalhada e espessura de material granular existente;

− transporte de material demolido em caminhão: será medido de acordo com os seguintes itens (conforme Capítulo 4 - "Demolições e Remoções"):

• pelo volume, em metros cúbicos (m3), de material efetivamente transportado (volume "empolado"), separadamente para os seguintes intervalos de distâncias de transporte: DMT ≤ 1 km ou 1 km < DMT ≤ 2 km;

• pelo momento de transporte, em m3 x km, de material efetivamente transportado (volume "empolado"), para os seguintes intervalos de distâncias de transporte: 2 km < DMT ≤ 5 km ou DMT > 5 km;

− disposição final de material demolido/removido no aterro de resíduos: pelo volume, em metros cúbicos (m3) de material efetivamente transportado e descarregado (volume "empolado");

− fornecimento e aplicação de geogrelha: pela área, em metros quadrados (m2), efetivamente coberta com geogrelha; os trespasses/emendas não serão computados na área calculada e deverão ser considerados como "acréscimo" no consumo de material, na Composição de Preço Unitário (CPU).

a.2. Pagamento Os serviços serão pagos com base nos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que deverão remunerar todos os equipamentos e ferramentas, fornecimento e transporte de materiais, mão de obra e encargos, e eventuais necessários à completa execução dos serviços.

8.18.2. Fresagem do Revestimento Betuminoso a. Generalidades Esta especificação fixa as condições exigidas para fresagens contínuas e descontínuas a frio de pavimentos asfálticos com vistas à sua remoção, aplicando-se às seguintes situações (poderá ser consultada, em complementação, a especificação DNIT 159/2011-ES - "Fresagem a Frio"):

− fresagens descontínuas do revestimento betuminoso existente para a execução de remendos superficiais ;

− fresagens contínuas, parciais, do revestimento existente de faixas de tráfego específicas nas intervenções de reforço/reabilitação do pavimento ("Fresagem/reposição do revestimento betuminoso na faixa central + Micro revestimento + Recapeamento"; "Fresagem/reposição do revestimento betuminoso na faixa central + Micro revestimento + Reforço"; "Fresagem/reposição do revestimento betuminoso na faixa interna/central/externa + Micro revestimento + Reforço" e "Fresagem + Reposição revestimento").

Para efeito da presente especificação a fresagem descontínua é aquela que se aplica em áreas descontínuas, com largura variável, podendo atingir a largura de uma faixa de tráfego, e de comprimento máximo de cerca de 100m. b. Equipamento Serão empregados os seguintes equipamentos:

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− fresadora: máquina autopropulsora, capaz de cortar as camadas de pavimento na profundidade necessária, em uma só passada. Deve possuir dispositivos de regulagem que permitam graduar corretamente a profundidade de corte, comando hidrostático e possibilidade para fresar, a frio, na largura necessária. Os dentes da fresadora devem ser cambiáveis e devem ser extraídos e montados através de dispositivos simples e práticos. Deve possuir dispositivos que permitam a retirada do material fresado da pista através da descarga sobre caçamba de caminhão (transporte para deposição em bota-fora);

− trator de pneus;

− vassoura mecânica;

− equipamento para aplicação de jato de ar comprimido, para auxiliar na limpeza da superfície fresada;

− caminhão tanque, para abastecimento do depósito de água da fresadora;

− caminhão basculante para transporte do material fresado;

− ferramentas manuais diversas. c. Execução A fresadora deverá ser regulada para a operação de forma a cortar o pavimento na espessura recomendada no projeto. A largura de fresagem será determinada em função da largura total a ser cortada. Deverá ser levada em consideração a operação da via, no caso de ser necessário manter o tráfego simultaneamente aos serviços de fresagem. A velocidade da máquina deverá ser compatível com a produção necessária e com a segurança do tráfego. Durante a fresagem deverá ser mantida a operação de jateamento de água, para resfriamento dos dentes do tambor. Para isso, o tanque da fresadora deverá ser constantemente abastecido. O material fresado será imediatamente elevado e descarregado sobre caçamba de caminhão. Após a fresagem os segmentos trabalhados deverão ser limpos com vassoura mecânica e equipamento de jato de ar comprimido, para eliminação do pó resultante do corte. d. Controle d.1. Controle da execução Deve ser verificado o seguinte:

− textura rugosa e uniforme da superfície fresada;

− ausência de desníveis entre uma passada e outra do equipamento;

− desempeno da superfície (controle da declividade transversal do projeto); A superfície fresada não deve apresentar falhas no corte decorrentes de defeitos no(s) dente(s) e depressões.

d.2. Verificação do produto d.2.1. Controle geométrico: o controle geométrico deve ser verificado por meio das seguintes medidas:

− profundidade de corte verificada nas bordas com auxílio de uma régua ou de uma trena rígida; no centro, por levantamento topográfico;

− a espessura de fresagem é determinada pela média aritmética de, no mínimo, 3 (três) medidas para cada 100m2 fresados.

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Os serviços executados em cada área tratada, considerando-se as profundidades de corte, devem atender às seguintes condições:

− para espessuras de corte iguais ou superiores a 5cm a média aritmética obtida deve

situar-se no intervalo de ±5%, em relação à espessura prevista em projeto;

− para espessuras de corte inferiores a 5cm a média aritmética obtida deve situar-se no

intervalo de ±10%, em relação à espessura prevista em projeto;

− a declividade transversal, em pontos isolados, pode diferir em até 20% da inclinação estabelecida em projeto, não se admitindo depressões que propiciem o acúmulo de água.

d.2.2. Condições do tráfego: devem ser verificadas as condições de segurança. e. Critérios de medição e pagamento e.1. Medição A fresagem será medida pelo volume de material fresado, em metros cúbicos (m3), calculado com base na área efetivamente trabalhada e no controle da espessura de corte (volume geométrico do material antes da operação de corte), separadamente para:

− fresagem descontínua do revestimento betuminoso;

− fresagem contínua do revestimento betuminoso. Será objeto de medição em separado:

− o transporte do material fresado em caminhão para disposição em bota-fora, de acordo com os seguintes critérios (conforme Capítulo 4 -"Demolições e Remoções"):

• pelo volume, em metros cúbicos (m3), de material efetivamente transportado (volume "empolado"), separadamente para os seguintes intervalos de distâncias de transporte: DMT ≤ 1 km ou 1 km < DMT ≤ 2 km;

• pelo momento de transporte, em m3 x km, de material efetivamente transportado (volume "empolado"), para os seguintes intervalos de distâncias de transporte: 2 km < DMT ≤ 5 km ou DMT > 5 km;

− a disposição final do material fresado no aterro de resíduos: pelo volume, em metros cúbicos (m3) de material efetivamente transportado e descarregado (volume "empolado");

e.2. Pagamento Os serviços serão pagos com base nos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que deverão remunerar todos os equipamentos e ferramentas, fornecimento e transporte de materiais, peças de reposição, mão de obra e encargos, operação de limpeza e eventuais necessários à completa execução dos serviços. 8.18.3. Remendos Superficiais Remendos superficiais são intervenções a serem executadas em áreas danificadas do pavimento, decorrentes de problemas superficiais do revestimento, tais como: trincamento excessivo, classe 2 e 3, remendos mal feitos, etc. A intervenção abrange a remoção parcial ou total da camada de revestimento e sua posterior reconstrução. Os serviços deverão ser executados na sequência descrita a seguir: a) delimitação da área a ser recortada. A área deverá ter a forma de um polígono

circunscrito à área afetada, com uma folga de no mínimo 5,0cm para cada lado; b) remoção, parcial ou total, do revestimento com emprego de fresadora (descarga do

material fresado em caçamba de caminhão);

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c) transporte do material fresado para locais de bota-fora; d) limpeza da superfície, com compressor de ar ou vassouras, de modo a eliminar o pó e o

material solto existente; e) pintura de ligação do fundo e das paredes verticais da cava, com a utilização de

espargidor manual, utilizando-se emulsão asfáltica do tipo RR-1C, diluída em água à razão de 1:1 e a uma taxa de aplicação de cerca de 0,5 l/m² de emulsão;

f) espalhamento manual e compressão/compactação, preferencialmente com rolo pneumático autopropulsor (equipamentos manuais, do tipo placa vibratória, somente deverão ser empregados na impossibilidade da utilização de rolos autopropelidos), de mistura betuminosa tipo CBUQ faixa "C" (DNIT 031/2006-ES, empregando-se como material betuminoso CAP 50/70). No lançamento da massa asfáltica a mesma deverá exceder em cerca de 1,0cm a cota da superfície circunvizinha do revestimento existente. No caso de utilização de equipamentos manuais para a compressão/compactação da mistura betuminosa as espessuras, após compactação, não deverão exceder 5,0cm; caso sejam necessárias, para o preenchimento da cava, espessuras superiores a 5,0cm, o novo revestimento deverá ser executado em camadas múltiplas. A cota do revestimento do remendo acabado deverá coincidir com a cota da superfície circunvizinha do revestimento existente. O revestimento recém-acabado deverá ser mantido sem trânsito até o seu completo resfriamento.

O controle da execução dos remendos superficiais do revestimento será visual. Todos os materiais empregados na composição das misturas betuminosas deverão ser examinados em laboratório e submetidos aos controles determinados na especificação DNIT 031/2006-ES - "Concreto Asfáltico". Deverão ainda ser verificadas as qualidades da mistura. a. Critérios de medição e pagamento a.1. Medição Os serviços relativos à execução de remendos superficiais serão medidos pelo volume geométrico de material compactado (revestimento betuminoso em CBUQ faixa "C" com CAP 50/70), em metros cúbicos (m3), calculado com base na área, em metros quadrados (m2), efetivamente trabalhada e na espessura da camada, em metros (m), determinada no controle. Será objeto de medição em separado, conforme especificação própria, os seguintes serviços:

− fresagem descontínua do revestimento betuminoso;

− transporte do material fresado em caminhão para disposição em bota-fora;

− disposição do material fresado em aterro de resíduos. Não será objeto de medição em separado quaisquer outros serviços e fornecimentos relativos à completa execução dos serviços de remendos superficiais, tais como:

− pintura de ligação dos bordos e da superfície do pavimento a ser recomposta, inclusive o fornecimento e transporte do material betuminoso (emulsão asfáltica);

− recomposição da camada de revestimento do pavimento com CBUQ, inclusive fornecimento e transporte da massa asfáltica e do material betuminoso (CAP 50/70).

a.2. Pagamento Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que deverão remunerar a completa execução dos serviços, incluindo todas as operações/serviços previstos, fornecimento e transporte de materiais,

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ferramentas e equipamentos, mão de obra, encargos e eventuais necessários à completa execução dos serviços. 8.18.4. Remendos Profundos Remendos profundos são intervenções a serem executadas em áreas danificadas do pavimento, decorrentes de deficiência das camadas de base, sub-base e/ou subleito, ou mesmo por problemas superficiais, mas que tenham atingido tais camadas, tais como: afundamentos significativos, trincamento classe FC-3 acentuado, panelas, etc. A intervenção abrange a remoção, parcial ou total, das camadas do pavimento que estejam afetadas, podendo atingir até o subleito, e sua posterior reconstrução. Os serviços deverão ser executados na sequência descrita a seguir: a) delimitação da área a ser recortada. A área deverá ter a forma de um polígono

circunscrito à área afetada, com uma folga de no mínimo 10,0cm para cada lado; b) recorte e remoção do revestimento em toda a área do polígono demarcado, com auxílio

de perfuratrizes pneumáticas; c) remoção do material do pavimento (camadas granulares) e subleito, caso necessário, na

área do polígono circunscrito à área afetada, utilizando-se equipamentos manuais, até a profundidade desejada. Eventualmente a remoção poderá ser feita com auxílio de pá carregadeira, dependendo das dimensões do remendo;

d) transporte do material proveniente da remoção para locais de bota-fora. Os materiais que eventualmente forem reaproveitados deverão ser depositados em locais que não interfiram com o andamento dos serviços;

e) limpeza do fundo da cava, com equipamentos manuais ou mesmo jato de ar comprimido; f) compactação do fundo da cava utilizando-se compactadores manuais, tipo "sapo"

pneumático, placa vibratória, e/ou rolos compactadores de pequeno ou médio porte, dependendo das dimensões do remendo, nas condições ótimas da energia de referência do Proctor intermediário;

g) execução do reforço/substituição do material do subleito em camadas de no máximo 20,0cm e no mínimo 10,0cm de espessura, após a compactação, compactadas nas condições ótimas da energia de referência do Proctor intermediário;

h) o reforço/substituição do subleito deverá ser executado apenas em locais onde o mesmo apresentar baixa capacidade de suporte. Os materiais a serem utilizados serão

preferencialmente solos argilosos selecionados, que apresentem ISC ≥ 6%, quando

compactados com a energia de referência do Proctor intermediário, e expansão ≤ 1%; i) execução de camada de base com espessura final, após compactação, de 20,0 cm,

utilizando-se mistura brita + 2% de cimento, em peso (mistura manual). É vedada a utilização de materiais drenantes, tipo brita graduada, e outros que apresentem permeabilidade elevada. A camada de base deverá ser compactada com a energia de referência do Proctor intermodificado e ser executada até a cota inferior do revestimento existente da superfície circunvizinha;

j) execução de pintura de cura/ligação, com a utilização de espargidor manual, empregando-se emulsão asfáltica do tipo RR-1C, diluída em água à razão de 1:1, com a taxa de aplicação de cerca de 0,5 l/m² de emulsão;

k) espalhamento manual e compressão/compactação, preferencialmente com rolo pneumático autopropulsor (equipamentos manuais, do tipo placa vibratória, somente deverão ser empregados na impossibilidade da utilização de rolos autopropelidos), de mistura betuminosa tipo CBUQ faixa "C" (DNIT 031/2006-ES, empregando-se como material betuminoso CAP 50/70). No lançamento da massa asfáltica a mesma deverá exceder em cerca de 1,0cm a cota da superfície circunvizinha do revestimento existente. No caso de utilização de equipamentos manuais para a compressão/compactação da mistura betuminosa as espessuras, após compactação, não deverão exceder 5,0cm;

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caso sejam necessárias, para o preenchimento da cava, espessuras superiores a 5,0cm, o novo revestimento deverá ser executado em camadas múltiplas. A cota do revestimento do remendo acabado deverá coincidir com a cota da superfície circunvizinha do revestimento existente. O revestimento recém-acabado deverá ser mantido sem trânsito até o seu completo resfriamento.

Para cada área de remendo profundo poderão ser procedidos, em cada uma das camadas de reforço/substituição do subleito e base a série dos ensaios adiante relacionados. A critério da Fiscalização, em função da área recuperada, os ensaios poderão ser dispensados, fazendo-se apenas o controle visual.

− determinação de massa específica aparente "in situ", nos pontos onde forem coletadas amostras para os ensaios de compactação;

− determinação do teor de umidade, imediatamente antes da compactação;

− ensaios de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria, respectivamente segundo os métodos DNER-ME 44/64, ME 82/63 e ME 80/64);

− um ensaio de índice suporte Califórnia, com a energia de compactação do método DNER-ME 48/64;

− um ensaio de compactação, com a energia do método DNER-ME 48/64, para determinação da massa específica aparente seca máxima.

No caso da realização dos ensaios a quantidade dos mesmos será definida pela Fiscalização. Todos os materiais empregados na composição das misturas betuminosas deverão ser examinados em laboratório e submetidos aos controles determinados na especificação DNIT 031/2006-ES - "Concreto Asfáltico". Deverão ainda ser verificadas as qualidades da mistura. a. Critérios de medição e pagamento a.1. Medição Os serviços relativos à execução de remendos profundos serão medidos pelo volume geométrico de material compactado (camadas granulares e revestimento betuminoso em CBUQ faixa "C" com CAP 50/70), em metros cúbicos (m3), calculado com base na área, em metros quadrados (m2), efetivamente trabalhada e nas espessuras das camadas, em metros (m), determinada no controle. Os serviços serão medidos considerando-se as reais espessuras do revestimento betuminoso do pavimento a ser recomposto, separadamente para os seguintes intervalos:

− espessura até 5cm;

− espessura entre 5 e 7cm;

− espessura entre 8 e 12cm (média de 10cm). Será objeto de medição em separado, conforme especificação própria, os seguintes serviços:

− demolição de pavimentação asfáltica, exclusive transporte do material retirado;

− remoção mecanizada de camada granular do pavimento;

− transporte de material demolido/removido em caminhão para disposição em bota-fora;

− disposição final do material demolido/removido em aterro de resíduos.

Não será objeto de medição em separado quaisquer outros serviços e fornecimentos relativos à completa execução dos serviços de remendos profundos, tais como:

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− recomposição da camada de base/sub-base com mistura de brita e cimento, bem como o fornecimento e transporte dos agregados e cimento da fonte de produção/aquisição até a pista;

− pintura de ligação da superfície da base recomposta e dos bordos do revestimento, inclusive o fornecimento e transporte do material betuminoso (emulsão asfáltica);

− recomposição da camada de revestimento do pavimento com CBUQ, inclusive fornecimento e transporte da massa asfáltica e do material betuminoso (CAP 50/70).

a.2. Pagamento Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que deverão remunerar a completa execução dos serviços, incluindo todas as operações/serviços previstos, fornecimento e transporte de materiais, ferramentas e equipamentos, mão de obra, encargos e eventuais necessários à completa execução dos serviços. 8.18.5. Demolição e Remoção de Camadas do Pavimento Existente a. Generalidades Esta especificação trata da demolição e remoção de revestimento betuminoso e da remoção de camadas granulares (base e sub-base) do pavimento existente, compreendendo as operações de demolição do revestimento betuminoso, escavação e carga dos materiais (revestimento betuminoso e camadas granulares) sobre caminhão. b. Equipamentos São indicados os seguintes equipamentos:

− martelete pneumático, com respectivo compressor de ar/perfuratrizes pneumáticas com implemento de corte;

− serra circular;

− retro-escavadeira;

− motoniveladora com escarificador;

− trator de esteiras com lâmina;

− pá-carregadeira;

− caminhões com caçamba basculante;

− ferramentas manuais. c. Execução Previamente à execução dos serviços deverão ser demarcadas/definidas as áreas ou segmentos a serem removidas as camadas do pavimento, de comum acordo com a Fiscalização. A demolição e remoção do revestimento betuminoso e a remoção das camadas granulares deverão ser realizadas mecanicamente, na espessura necessária à implantação de novas estruturas de pavimento ou em espessura a ser previamente acordada com a Fiscalização em locais/áreas de "pavimentos remanescentes" (novas áreas de canteiros, ilhas, passeios, etc.) Eventualmente, em pequenas áreas e de comum acordo com a Fiscalização, pode ser necessário que as operações de remoção do revestimento betuminoso previamente demolido e de escavação/remoção dos materiais granulares, bem como a carga dos materiais sobre caminhão, sejam realizadas manualmente.

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Segue-se à remoção dos materiais demolidos sua carga e transporte para bota-foras, em locais previamente aprovados pela Fiscalização. d. Controle O controle da remoção das camadas do pavimento existente se fará por inspeção visual. e. Critérios de medição e pagamento e.1. Medição A medição dos serviços de demolição e remoção de camadas do pavimento existente será efetuada pelo volume, em metros cúbicos (m3), de material removido (volume geométrico do material antes da remoção), calculado com base na área efetivamente trabalhada e espessuras das camadas removidas, separadamente para:

− demolição mecanizada de pavimentação asfáltica: pelo volume geométrico, em metros cúbicos (m3), de revestimento betuminoso demolido e removido, calculado em função da área efetivamente trabalhada e espessura do revestimento existente;

− demolição e remoção manual de pavimentação asfáltica: pelo volume geométrico, em metros cúbicos (m3), de revestimento betuminoso demolido e removido, calculado em função da área efetivamente trabalhada e espessura do revestimento existente;

− remoção mecanizada de camada granular do pavimento: pelo volume geométrico, em metros cúbicos (m3) de material granular removido, calculado em função da área efetivamente trabalhada e espessura de material granular existente;

− remoção manual de camada granular do pavimento: pelo volume geométrico, em metros cúbicos (m3) de material granular removido, calculado em função da área efetivamente trabalhada e espessura de material granular existente.

Será medido separadamente, de acordo com especificação própria, os seguintes itens de serviços:

− transporte de material demolido/removido em caminhão: será medido de acordo com os seguintes itens (conforme Capítulo 4 -"Demolições e Remoções"):

• pelo volume, em metros cúbicos (m3), de material efetivamente transportado (volume "empolado"), separadamente para os seguintes intervalos de distâncias de transporte: DMT ≤1 km ou 1 km < DMT ≤2 km;

• pelo momento de transporte, em m3 x km, de material efetivamente transportado (volume "empolado"), para os seguintes intervalos de distâncias de transporte: 2 km < DMT ≤ 5 km ou DMT > 5 km;

− disposição final de material demolido/removido no aterro de resíduos: pelo volume, em metros cúbicos (m3) de material efetivamente transportado e descarregado (volume "empolado").

e.2. Pagamento Os serviços serão pagos com base nos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior, que deverão remunerar a completa execução dos serviços, incluindo todas as operações/serviços previstos, ferramentas e equipamentos, mão de obra, encargos e eventuais necessários à completa execução dos serviços. 8.18.6. Sub-base ou Base de Brita Graduada Tratada com Cimento - BGTC (DER/SP -

ET-DE-P 00-009_A) a. Objetivo

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Definir os critérios que orientam a produção, execução, aceitação e medição dos serviços de sub-bases e bases de brita graduada tratada com cimento BGTC. b. Definição Brita graduada tratada com cimento é o produto resultante da mistura, em usina, de pedra britada, cimento Portland, água e, eventualmente, aditivos, em proporções determinadas experimentalmente. Após misturação, compactação e cura, a mistura adquire propriedades físicas específicas para atuar como camada de base ou sub-base de pavimentos. c. Materiais c.1. Cimento O cimento empregado deve atender à especificação de material DNER EM 036, para recebimento e aceitação do material. Podem ser empregados:

NBR 5732 - Cimento Portland comum; NBR 5735 - Cimento Portland de alto-forno; NBR 5736 - Cimento Portland pozolânico.

c.2. Água

Deve estar isenta de matéria orgânica ou outras substâncias prejudiciais à hidratação do

cimento. Deve atender aos requisitos estabelecidos pela NBR NM 137. c.3. Agregado A camada de base e sub-base de brita graduada tratada com cimento deve ser executada com materiais que atendam aos seguintes requisitos:

• os agregados utilizados obtidos a partir da britagem e classificação de rocha sã devem constituir-se por fragmentos duros, limpos e duráveis, livres do excesso de partículas lamelares ou alongadas, macias ou de fácil desintegração, assim como de outras substâncias ou contaminações prejudiciais;

• desgaste no ensaio de abrasão Los Angeles, conforme NBR NM 51, inferior a 50%;

• equivalente de areia do agregado miúdo, conforme NBR 12052, superior a 55%;

• índice de forma superior a 0,5 e porcentagem de partículas lamelares inferior a 10%, conforme NBR 6954;

• perda no ensaio de durabilidade conforme DNER ME 089, em cinco ciclos, com solução de sulfato de sódio, deve ser inferior a 20% e, com sulfato de magnésio, inferior a 30%.

c.4. Projeto da mistura da brita graduada tratada com cimento A dosagem da mistura da brita tratada com cimento deve conter:

• curva granulométrica de projeto da mistura dos agregados que deve enquadrar-se na faixa granulométrica da Tabela 1;

• a faixa de trabalho, definida a partir da curva granulométrica de projeto, deve obedecer à tolerância indicada para cada peneira na Tabela 1, porém respeitando os limites da faixa granulométrica;

• a porcentagem do material que passa na peneira nº 200 não deve ultrapassar 2/3 da porcentagem que passa na peneira nº 40.

Tabela 1 - Faixa Granulométrica

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Peneira de Malha Quadrada

% em Massa, Passando

Tolerâncias

ASTM mm

1 ½” 37,5 100 ± 7%

1” 25,0 90 – 100 ± 7%

¾” 19,0 75 – 95 ± 7%

3/8” 9,5 45 – 64 ± 7%

nº 4 4,8 30 – 45 ± 5%

nº 10 2,0 18 – 33 ± 5%

nº 40 0,42 7 – 17 ± 5%

nº 80 0,18 1 – 11 ± 3%

nº 200 0,075 0 – 8 ± 2%

Espessura da camada acabada (cm) 12 a 18

c.4.1. Teor de cimento

Define-se teor de cimento em massa a relação entre a massa de cimento e a massa de agregados secos, multiplicado por 100. A porcentagem em massa de cimento a ser incorporada aos agregados para constituição da mistura deve ser fixada de modo a atender a resistência à compressão simples e à tração no ensaio de compressão diametral, ambas aos 28 dias, fixadas no projeto da estrutura do pavimento. Quando necessário, a incorporação de aditivos deve ser cuidadosamente estudada, e sua dosagem deve ser feita de maneira racional em laboratório. d. Equipamentos

Antes do início dos serviços todo equipamento deve ser examinado e aprovado pela SUPERVISÃO.

O equipamento básico para a execução da sub-base ou base de brita graduada tratada com cimento compreende as seguintes unidades

• usina misturadora dotada de unidade dosadora com, no mínimo, três silos, dispositivo de adição de água com controle de vazão e misturador do tipo pugmill;

• caminhões basculantes;

• vibro-acabadora;

• rolos compactadores autopropulsores dos tipos liso, vibratório, estático e do tipo pneumático com controle de pressão;

• caminhão tanque irrigador de água,;

• motoniveladora com escarificador;

• compactadores vibratórios manuais ou portáteis, uso eventual;

• pá carregadeira;

• rompedores, eventuais;

• duas réguas de madeira ou metal, uma de 1,20 e outra de 3,0m de comprimento;

• ferramentas manuais diversas.

e. Execução

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e.1. Preparo da Superfície A superfície a receber a camada de sub-base ou base de brita graduada tratada com cimento deve estar totalmente concluída, perfeitamente limpa, isenta de pó, lama e demais agentes prejudiciais, desempenada e com as declividades estabelecidas no projeto, além de ter recebido prévia aprovação por parte da fiscalização. Eventuais defeitos existentes devem ser adequadamente reparados antes da distribuição da brita graduada tratada com cimento. e.2. Produção A brita graduada tratada com cimento deve ser preparada em usina do tipo contínua ou descontínua. Os agregados, o cimento e a água devem ser dosados em massa. Os agregados resultantes da operação de britagem normalmente formam três frações de dimensões máximas distintas, devendo ser estocados convenientemente, além de drenados e cobertos de modo que cada fração ocupe um silo da usina. Não é permitida a mistura prévia dos materiais no abastecimento da usina. Cada uma das frações deve apresentar homogeneidade granulométrica. Nas usinas utilizadas para produção brita graduada tratada com cimento, os silos devem ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do misturador, e devem possuir, no mínimo, três silos agregados. Os silos devem conter dispositivos que os abriguem da chuva.

A usina deve ser calibrada racionalmente, de forma a assegurar a obtenção das características desejadas para a mistura. As frações obtidas, acumuladas nos silos da usina, são combinadas no misturador, acrescentando-se, ainda, a água necessária à condução da mistura de agregados à respectiva umidade ótima, mais o acréscimo destinado a fazer frente às perdas verificadas nas operações construtivas subsequentes. O abastecimento dos insumos deve ser convenientemente programado de modo a evitar a interrupção da produção. As frações devem ser combinadas de forma tal a enquadrar a mistura final dentro da faixa granulométrica especificada. A introdução da água no misturador deve ser controlada por meio de dispositivo que permita a verificação da quantidade acrescentada por ciclo. Eventuais zonas mortas no misturador, nas quais o material não seja revolvido suficientemente, devem ser desfeitas. e.3. Transporte A brita graduada tratada com cimento produzida na central deve ser descarregada diretamente sobre caminhões basculantes e em seguida transportada para a pista. Os materiais devem ser protegidos por lonas para evitar perda de umidade durante seu transporte. Não é permitida a estocagem do material usinado. A produção da brita graduada na usina deve ser adequada às extensões de aplicação na pista.

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e.4. Espalhamento A definição da espessura do material solto deve ser obtida a partir da criteriosa observação de panos experimentais previamente executados. Após a compactação, essa espessura deve permitir a obtenção da espessura definida em projeto. Imediatamente antes do espalhamento, a superfície a ser recoberta deve ser umedecida sem apresentar excessos de água. A operação de espalhamento deve ser feita com vibro-acabadora, capaz de distribuir a brita graduada tratada com cimento em espessura uniforme sem produzir segregação e de forma a evitar conformação adicional da camada. Caso, no entanto, isto seja necessário, admite-se conformação pela atuação da motoniveladora, exclusivamente por ação de corte, previamente ao início da compactação. A largura de cada pano não deve permitir que juntas longitudinais se situem abaixo de trilhas de tráfego. O mesmo procedimento deve ser realizado nas juntas transversais, as quais não devem coincidir com bueiros, drenos ou outros fatores que venham a enfraquecer a seção. O espalhamento não pode ser realizado sob chuva.

Não será permitido o espalhamento do material com motoniveladora. e.5. Compactação e acabamento O tipo de equipamento a ser utilizado e o número de passadas do rolo compactador devem ser definidos logo no início da obra, em função dos resultados obtidos na execução de trechos experimentais, de forma que a camada atinja o grau de compactação especificado. Este procedimento deve ser repetido no caso de mudança no projeto da faixa granulométrica adotada. Terminada a operação de espalhamento, o material deve ser rapidamente compactado. O tempo decorrido entre a adição de água à mistura e o término da compactação não deve exceder o tempo de início de pega do cimento. A energia de compactação a ser adotada como referência para a execução da brita graduada tratada com cimento, deve ser a intermediária, que deve ser adotada na determinação da densidade seca máxima e umidade ótima, determinadas conforme a NBR 7182. O teor de umidade da brita graduada tratada com cimento, imediatamente antes da compactação, deve estar compreendido no intervalo de -2,0% a +1,0%, em relação à umidade ótima obtida de compactação.

A compactação da brita graduada tratada com cimento é executada mediante o emprego de rolos vibratórios lisos e de rolos pneumáticos de pressão regulável. Nos trechos em tangente, a compactação deve evoluir partindo das bordas para eixo, e nas curvas, partindo da borda interna para borda externa. Em cada passada, o equipamento utilizado deve recobrir, ao menos, a metade da faixa anteriormente compactada. Em lugares inacessíveis ao equipamento de compactação ou onde seu emprego não for recomendável, a compactação requerida deve ser realizada à custa de compactadores portáteis, sejam manuais ou mecânicos.

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A camada deve ser executada em espessura única, totalizando o valor definido em projeto. A espessura da camada compactada deve ser de no mínimo 12cm e no máximo 18cm. A compactação deve evoluir até que se obtenha o grau de compactação mínimo superior a 100% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida no ensaio de compactação, conforme NBR 7182, na energia intermediária, e o desvio de umidade deve estar compreendido entre -2,0% a +1,0%.

e.6. Juntas de construção Ao fim de cada jornada de trabalho, ou em caso de interrupção dos serviços, deve ser executada uma junta transversal de construção, mediante corte vertical da camada, podendo ser utilizados: rompedores, ferramentas manuais ou lâmina da motoniveladora. As juntas transversais de construção não devem coincidir entre dois panos de serviços adjacentes.

A face da junta deve ser umedecida antes da colocação da camada subsequente.

As juntas transversais não devem coincidir com os locais de juntas da camada subjacente anteriormente executada. Nas juntas geradas nos pontos de início e fim de execução da camada a compactação deve ser executada transversalmente ao eixo da pista. e.7. Cura A superfície da brita graduada com cimento deve ser protegida contra a evaporação da água por meio de imprimação com emulsão asfáltica RR-2C, de acordo com a ET-DE-P00-020- Imprimação Betuminosa Ligante. A película protetora deve ser aplicada em quantidade suficiente para construir uma membrana contínua. Este procedimento deve ser executado imediatamente após o término da compactação. Previamente à aplicação da pintura de cura, se necessário, a camada deve ser adequadamente umedecida. A aplicação da imprimação da camada só deve ser executada se a camada tiver sido liberada pela fiscalização. No caso de ocorrência de chuvas, antes da aplicação da imprimação, a camada de BGTC deve ser removida e refeita, sem ônus ao contratante. e.8. Abertura ao tráfego A sub-base ou base de brita graduada tratada com cimento não deve ser liberada à ação do tráfego. A fiscalização poderá, em caráter excepcional, autorizar a abertura ao tráfego desde que a camada apresente, na ocasião, resistência compatível com a solicitação de carga e que a imprimação esteja completamente rompida e curada. f. Controle f.1. Controle dos materiais f.1.1. Cimento

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Deve ser realizado um ensaio de finura, conforme NBR 11579

a cada 30t de cimento utilizado. f.1.2. Água

Deve estar isenta de matéria orgânica ou outras substâncias prejudiciais à hidratação do cimento. Sempre que houver indícios sobre a má qualidade da água, verificar a sua sanidade conforme a NBR NM 137.

f.1.3. Controle dos materiais na usina

Devem ser executados os seguintes ensaios no agregado graúdo:

• abrasão Los Angeles, conforme NBR NM 51: 1 ensaio no início da utilização do agregado na obra e sempre que houver variação da natureza do material;

• índice de forma e percentagem de partículas lamelares, conforme NBR 6954: 1 ensaio no início da utilização do agregado na obra e sempre que houver variação da natureza do material;

• durabilidade com sulfato de sódio e com sulfato de magnésio, em cinco ciclos, conforme DNER ME 089: 1 ensaio início da utilização do agregado na obra e sempre que houver variação da natureza do material.

Para agregado miúdo, determinar o equivalente de areia, conforme NBR 12052, 1 ensaio por jornada de 8h de trabalho e sempre que houver variação da natureza do material. f.2. Controle da produção da brita graduada com cimento na usina O controle das características da mistura na usina deve abranger:

• determinação do teor de umidade pelo método expedito da frigideira, com amostras coletadas na saída do misturador, 4 determinações por jornada de 8h de trabalho; o desvio da umidade em relação à umidade ótima deve ser estabelecido experimentalmente, no início dos serviços, em função da perda de umidade por evaporação, ocorrida entre a saída do misturador e o início das operações de compactação;

• granulometria, conforme NBR NM 248, 2 determinações por jornada de 8h de trabalho em amostras coletadas na esteira, sem a adição do cimento;

• determinação do teor de cimento, obtido pela razão entre a diferença de massas da mistura, com cimento e sem cimento, pela massa da mistura sem cimento, multiplicado por 100. Devem ser feitas 2 determinações por jornada de 8 h de trabalho e sempre que houver suspeita de falta de cimento; as massas da mistura com e sem cimento são obtidas a partir de coletas na correia transportadora; as amostras devem ser recolhidas na mesma extensão da correia.

f.3. Controle da execução O controle das características da brita graduada com cimento na pista deve abranger:

• determinação do teor de umidade a cada 250m² de pista, imediatamente antes da compactação; se o desvio da umidade em relação à umidade ótima for de no máximo de -2,0% a +1,0% ponto porcentual, o material pode ser liberado para compactação;

• ensaio de compactação na energia intermediária, conforme método NBR 7182, para determinação da massa específica aparente seca máxima e umidade ótima, de

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amostras coletadas na pista; 1 ensaio no início da utilização do material na obra e sempre que a curva granulométrica da mistura se achar fora da faixa de trabalho;

• determinação da resistência à compressão simples, de amostras coletadas na pista, aos 28 dias de cura, NBR 5739, a cada 250m² e a cada 750m² de pista aos 7 dias; para avaliar os resultados iniciais em relação à resistência final a ser atingida;

• determinação da resistência à tração por compressão diametral, de amostras coletadas na pista, aos 28 dias de cura, conforme NBR 7222(14), a cada 250 m2 de pista;

• determinação da umidade e da massa específica aparente seca “in situ”, conforme NBR 7185, e respectivo grau de compactação em relação aos valores obtidos no ensaio citado acima, a cada 250m² de pista, em pontos que sempre obedeçam à ordem: borda direita, eixo, borda esquerda, eixo, borda direita etc.; a determinação nas bordas deve ser feita a 60cm delas;

• determinar o intervalo de tempo decorrido entre a incorporação do cimento à mistura na usina e o início da compactação. Este intervalo não deve ser superior ao início de pega do cimento.

• devem ser registrados os locais de aplicação da mistura, sempre associados às datas de produção, mediante controle de carga e descarga realizada pelos caminhões acompanhados, com os respectivos ensaios de controle tecnológico.

Na moldagem dos corpos de prova, para determinação da resistência à compressão simples e à tração, cada exemplar é constituído por dois corpos de prova moldados na mesma massada, no mesmo ato, para cada idade de rompimento. Toma-se como resistência do exemplar, na idade de rompimento, o maior dos dois valores obtidos no ensaio. Os corpos de prova devem ser moldados imediatamente antes da compactação. f.4. Controle geométrico e de acabamento f.4.1. Controle de espessura e cotas

A espessura da camada e as diferença de cotas, entre a camada subjacente e a de brita graduada tratada com cimento, devem ser determinadas pelo nivelamento da seção transversal, a cada 20m, conforme nota de serviço. A relocação e o nivelamento do eixo e das bordas devem ser executados a cada 20m; devem ser nivelados os pontos no eixo, bordas e dois pontos intermediários. f.4.2. Controle da largura e alinhamento

A verificação do eixo e das bordas deve ser feita durante os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. A largura da plataforma acabada deve ser determinada por medidas à trena executadas pelo menos a cada 20m. f.4.3. Controle do acabamento da superfície

Durante a execução deve ser feito, em cada estaca da locação, o controle de acabamento da superfície com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m, colocadas respectivamente em ângulo reto e paralelamente ao eixo da pista. Deve ser conferida especial atenção à verificação da presença de segregação superficial. f.5. Deflexões

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As deflexões recuperáveis exigidas em projeto devem ser verificadas a cada 20m por faixa alternada e 40m na mesma faixa, seja pela viga Benkelman, conforme DNER ME 24, ou por FWD – Falling Weight Deflectometer, conforme DNER PRO 273, após 28 dias de cura.

g. Aceitação

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam simultaneamente as exigências de materiais, produção e de execução, estabelecidas nesta especificação, e discriminadas a seguir. g.1. Materiais g.1.1. Cimento

O cimento é aceito desde que atenda a especificação de aceitação e recebimento DNER

EM 036 e apresente índice de finura satisfatório.

g.1.2. Água Água é aceita desde seja isenta de matéria orgânica ou outras substâncias prejudiciais à hidratação do cimento. Quando houver indícios sobre a sanidade da água será aceita desde que atenda a NBR NM 137.

g.1.3. Agregados

Os agregados graúdos são aceitos desde que os resultados individuais de abrasão Los Ange- les, índice de forma, indicie de lamelaridade, durabilidade atendam aos estabelecidos no subitem c.3. Os agregados miúdos são aceitos desde que os resultados individuais de equivalente de areia sejam superiores a 55%. g.2. Produção da brita graduada com cimento g.2.1. Granulometria

Os resultados da granulometria da mistura, quando analisados estatisticamente para conjuntos de no mínimo 4 e no máximo 10 amostras, devem apresentar variação máxima definida pela faixa de trabalho correspondente. g.2.2. Teor de cimento

A variação individual admitida para o teor de cimento é de ± 0,5 ponto percentual do teor ótimo de cimento do projeto da mistura. g.3. Execução g.3.1. Resistência

Os resultados da análise estatística das resistências características estimadas à compressão simples e à tração devem ser maiores ou iguais às resistências do projeto da estrutura do pavimento. Os lotes devem ser formados por no mínimo quatro e no máximo dez exemplares.

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Não são admitidos no ensaio de compressão diametral valores individuais de resistência à compressão simples e à tração inferiores a 90% das resistências especificadas no projeto da estrutura do pavimento. g.3.2. Compactação

O grau de compactação é aceito desde que não sejam obtidos valores individuais inferiores a 100%, ou os resultados da análise feita estatisticamente para conjuntos de no mínimo 4 e no máximo 10 amostras, através da equação 3 do anexo B, sejam iguais ou superiores a 100%. g.3.3. Geometria

Os serviços executados são aceitos, quanto à geometria, desde que:

• as variações individuais das cotas obtidas estejam compreendidas no intervalo de -2cm a +1cm em relação à de projeto;

• não se obtenham diferenças nas espessuras superiores a 10% em relação à espessura de projeto, em qualquer ponto da camada;

• a espessura determinada estatisticamente através do controle bilateral, conforme anexo B, situe-se no intervalo de ± 5% em relação à espessura prevista em projeto;

• não se obtenham valores individuais da largura da plataforma inferiores as de projeto;

• o abaulamento transversal esteja compreendido na faixa de ± 0,5 % em relação ao valor de projeto, não se admitindo depressões que propiciem o acúmulo de água.

O acabamento da superfície é aceito desde que:

• a variação máxima entre dois pontos de contato, de qualquer uma das réguas e a superfície da camada, não seja superior a 0,5cm;

• na inspeção visual não se deve verificar segregação dos materiais;

• as juntas executadas devem apresentar-se homogêneas em relação ao conjunto da mistura, isentas de desníveis e de saliências.

g.4. Deflexões A deflexão característica de cada subtrecho determinada de acordo equação 4 do anexo B, para no mínimo 15 determinações, deve ser igual a definida em projeto. h. Controle ambiental

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e providências para proteção do meio ambiente, a serem observados no decorrer da execução da sub-base ou base de brita graduada tratada com cimento. h.1. Exploração de ocorrência de materiais Devem ser observados os seguintes procedimentos na exploração das ocorrências de materiais:

• para as áreas de apoio necessárias a execução dos serviços devem ser observadas as normas ambientais vigentes no Município de Contagem;

• o material somente será aceito após a executante apresentar a licença ambiental de operação da pedreira e areal;

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• não é permitida a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação permanente ou de proteção ambiental;

• não é permitida a exploração de areal em área de preservação permanente ou de proteção ambiental;

• deve-se planejar adequadamente a exploração dos materiais, de modo a minimizar os impactos decorrentes da exploração e facilitar a recuperação ambiental após o término das atividades exploratórias;

• caso seja necessário promover o corte de árvores, para instalação das atividades, deve ser obtida autorização dos órgãos ambientais competentes; os serviços devem ser executados em concordância com os critérios estipulados pelos órgãos ambientais constante nos documentos de autorização. Em hipótese alguma, será admitida a queima de vegetação ou mesmo dos resíduos do corte: troncos e arvores;

• deve-se construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para re- tenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para cursos d’água;

• caso os agregados britados sejam fornecidos por terceiros, deve-se exigir documentação que ateste a regularidade das instalações, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente;

• instalar sistemas de controle de poluição do ar, dotar os depósitos de estocagem de agregados de proteção lateral e cobertura para evitar dispersão de partículas, dotar o misturador de sistema de proteção para evitar emissões de partículas para a atmosfera.

h.2. Execução Durante a execução devem ser observados os seguintes procedimentos:

• deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as normas pertinentes aos serviços;

• deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo da estrada para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

• caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-se proceder o cadastro de acordo com a legislação vigente;

• as áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser devidamente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de lubrificantes ou combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As áreas devem ser recuperadas ao final das atividades;

• todos os resíduos de lubrificantes ou combustíveis utilizados pelos equipamentos, seja na manutenção ou operação dos equipamentos, devem ser recolhidos em recipientes adequados e dada a destinação apropriada;

• é proibido a deposição irregular de sobras de materiais utilizado na base e sub-base de brita graduada tratada com cimento junto ao sistema de drenagem lateral, evitando seu assoreamento, bem como o soterramento da vegetação;

• é obrigatório o uso de EPI, equipamentos de proteção individual, pelos funcionários. i. Critérios de medição e pagamento

Os serviços devem ser medidos pelo volume geométrico de material efetivamente aplicado, em metros cúbicos (m3), de acordo com o projeto, medido após compactação. Será medido separadamente o transporte da mistura (BGTC), da usina até a pista, em t x km, considerando-se os seguintes intervalos de DMT: DMT ≤ 10 km ou DMT > 10 km. Não será objeto de medição em separado o transporte dos materiais (brita e cimento) das

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fontes de aquisição até a usina. Serão medidos separadamente os serviços de pintura de cura (pintura de ligação) da camada de base, conforme especificação própria. Os serviços recebidos e medidos da forma descrita são pagos conforme preços unitários contratuais respectivos, nos quais se incluem o fornecimento de materiais, homogeneização da mistura em usina devidamente calibrada, perdas, carga e transporte dos insumos (brita e cimento) dos locais de aquisição até a usina, descarga da mistura na pista, espalhamento, umedecimento, compactação e acabamento, abrangendo inclusive a mão de obra com encargos sociais, BDI e equipamentos necessários aos serviços, executados de forma a atender ao projeto e às especificações técnicas, exceto a pintura de cura.

8.18.7. Pisos em Concreto com Telas Eletrosoldadas a. Generalidades Esta especificação objetiva apresentar as metodologias e recomendações técnicas para a execução dos pisos em concreto com telas eletrosoldadas, de forma a possibilitar sua execução de forma rápida e eficaz, porém, utilizando critérios em todas as etapas do processo, respeitando-se na íntegra todas as etapas descritas a seguir, garantindo, assim, a vida útil projetada da(s) estrutura(s) dimensionada(s). A execução dos pisos objeto desta especificação deverá, preferencialmente, ser realizada por empresa especializada, com experiência comprovada por meio de atestados técnicos. Tal recomendação é decorrente da natureza/aspectos particulares dos serviços, visando garantir o atendimento/cumprimento dos requisitos técnicos especificados e do projeto, bem como o melhor acabamento final dos pisos executados. b. Equipamentos

• Formas de concretagem metálicas em U com furação a cada 30cm, altura = 15 e 10cm, comprimento 2 ou 3m por peça, com um mínimo de 240 metros lineares de formas disponíveis no local;

• Nível óptico tipo N1;

• Nível a laser;

• Régua vibratória treliçada autopropelida com largura mínima de 12m;

• Vibradores de imersão de alta frequência e elétricos;

• Régua Spreader espargidora de agregados com largura mínima de 12m;

• Rodos de corte (Bump Cutter);

• Rodos alisadores de madeira (Channel Float);

• Acabadoras de superfície tipo simples (unidades de 26”, 36” e 46”), equipadas com discos de flotagem;

• Acabadoras de superfície tipo dupla com discos de flotação (unidades de 36” com funcionamento mecânico e de 46” com funcionamento hidráulico);

• Jogos de pás de flotagens e pás de acabamento;

• Espargidores de produto químico para cura;

• Serra cliper;

• Discos para serra cliper;

• Ferramentas manuais diversas.

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c. Execução c.1. Serviços preliminares c.1.1. Ensaios do solo local (subleito) Os materiais constituintes do subleito deverão apresentar capacidade de suporte igual ou superior ao valor adotado no dimensionamento do pavimento e, ainda, expansão < 2%. Para tanto, a capacidade de suporte dos materiais do subleito deverá ser confirmada durante a fase de execução das obras, por meio da realização de sondagens e ensaios rotineiros em laboratório, em distribuição/quantidade suficiente, acordada com a Fiscalização. c.1.2. Substituição de material do subleito Caso os materiais do subleito nos segmentos/áreas com terraplenagem em corte e aterro com altura inferior a 0,60m apresentem capacidade de suporte inferior ao valor adotado no dimensionamento e/ou expansão ≥ 2%, deverá ser promovida a substituição por material com características satisfatórias. Nos segmentos com terraplenagem em corte a substituição deverá ser realizada em espessura de 0,60m; nos aterros com altura inferior a 0,60m a substituição deverá ser realizada em espessura complementar à altura do aterro para totalizar 0,60m. c.2. Execução das camadas inferiores (subleito, camada drenante e sub-base) c.2.1. Subleito O solo local deve ser preparado e os resultados apresentados em conformidade com os valores adotados para o respectivo perfil dimensionado e adotado. Para a obra em questão, especificou-se de forma genérica a escarificação e compactação superficial do solo em camada de espessura 20cm, com atendimento e garantia do grau de compactação (GC) de 100% do Proctor normal, conforme a especificação própria constante no item 8.3 deste Capítulo - “Regularização e Compactação do Subleito” e/ou especificação DNIT 137/2010-ES - “Regularização do Subleito”. Em época de chuva, atentar para o controle rigoroso da umidade, de forma a se atingir os resultados necessários de compactação para execução das camadas de fundação do pavimento, aproveitando-se ao máximo o material disponível no local. Por se tratar de pavimentação submetida a elevada solicitação de tráfego de veículos de transporte, será necessária a complementação de algumas amostragens de ensaios, verificando-se o ISC - Índice de Suporte Califórnia, expansão e o grau de compactação (GC) deste solo durante todo o processo executivo. O ISC é o ensaio que mede a resistência dos solos compactados; o grau de compactação verifica se trata de solo de boa qualidade e se a execução está de acordo com os parâmetros adotados pelo cálculo e determinados previamente no laboratório. Sintetizam-se, a seguir, os procedimentos para o preparo do subleito:

• Remoção de eventual camada de material de baixa consistência - imprescindível onde houver umidade elevada (“borrachudos”);

• Escarificação do solo superficialmente, com profundidade mínima de 20cm;

• Compactação do solo local com a energia de 100% do Proctor normal (GC ≥ 100%). A metodologia dos ensaios deve observar/atender os “Métodos de Ensaios do DNIT”;

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• Toda a camada superficial onde houver umidade elevada e presença de material orgânico, porventura existentes no terreno, deverá ser removida e substituída por material seco e de boa procedência, que atenda às características estipuladas no dimensionamento do piso.

Todos os serviços deverão ser executados em atendimento à especificação própria constante no item 8.3 deste capítulo - “Regularização e Compactação do Subleito” e/ou especificação DNIT 137/2010-ES - “Regularização do Subleito”. Deverá também ser observada toda a sistemática dos controles (tecnológico e geométrico) e de aceitação dos serviços contidos nas especificações citadas. A cota acabada e finalizada de topo da camada de solo local (subleito) deverá ser de (-40cm) em relação ao piso acabado (0,00) nas áreas do piso em concreto estruturalmente armado (circulação de ônibus) e de (-20cm) nas áreas do piso em concreto (circulação de pedestres), salvo em regiões de rebaixo dos acessos, onde haverá um engrossamento em área localizada na transição entre pavimento de concreto / pavimento flexível (asfáltico), conforme planta e detalhes constantes do Projeto de Pavimentação. c.2.2. Camada drenante: O objetivo dessa camada intermediária é preservar o pavimento das águas que possam danificá-lo. Estas águas, de um modo geral, são de duas procedências: infiltrações diretas das precipitações pluviométricas e provenientes de lençóis d'água subterrâneos. Neste caso específico, apenas nas áreas do piso em concreto estruturalmente armado (circulação de ônibus), utiliza-se como camada drenante uma camada de material granular, com granulometria apropriada, imediatamente acima do subleito e abaixo da sub-base, com a finalidade de drenar as águas infiltradas e eventuais águas subterrâneas. Materiais De um modo geral, os materiais usados nas bases drenantes são agregados de rocha sadia, britados ou não. No presente caso, a camada drenante do piso de concreto da área interna de circulação de ônibus dos terminais (plataformas alimentadoras, área de mangueira, áreas adjacentes e estacionamento coberto para Polícia/Médico) será constituída de brita graduada simples (BGS), de gnaisse. A granulometria da brita graduada deverá ser enquadrada na faixa "B" da especificação DNIT 141/2010-ES - “Base Estabilizada Granulometricamente” (quadro a seguir).

Granulometria da Brita Graduada ( DNIT 141/2010 - ES)

Peneira (mm) Passando%

Faixa A Faixa B Faixa C

50 100 100

25 75 a 90 100

9,5 30 a 65 40 a 75 50 a 85

4,8 25 a 55 30 a 60 35 a 65

2 15 a 40 20 a 45 25 a 50

0,425 8 a 20 15 a 30 15 a 30

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0,075 2 a 8 5 a 15 5 a 15

A fração que passa na peneira n°40 (0,425mm) deverá apresentar limite de liquidez inferior ou igual a 25% e índice de plasticidade inferior ou igual a 6%; quando esses limites forem ultrapassados, o equivalente de areia deverá ser maior que 30%. A porcentagem do material que passa na peneira n°200 (0,075mm) não deve ultrapassar 2/3 da porcentagem que passa na peneira n°40. Previamente à execução dos serviços, o executor deverá apresentar as características da mistura a ser empregada, como a curva granulométrica, curva de compactação, densidade máxima e umidade ótima. A camada de brita graduada simples deverá ser compactada com a energia de referência do Proctor modificado (GC ≥ 100%). Todos os serviços deverão seguir a especificação própria constante do item 8.6 deste capítulo - “Base Estabilizada Granulometricamente” e/ou a especificação DNIT 141/2010-ES - "Base Estabilizada Granulometricamente". Deverá também ser observada toda a sistemática dos controles (tecnológico e geométrico) e de aceitação dos serviços contidos nas especificações citadas. Os caimentos desta camada seguirão os caimentos já adotados na drenagem e na regularização do subleito, conforme pré-determinado nos projetos específicos de pavimentação, onde constam todos os caimentos previstos para o revestimento final, neste caso, concreto.

c.2.3. Sub-base estabilizada por adição de cimento - brita graduada tratada com

cimento/BGTC (áreas de piso em concreto armado de circulação de ônibus)

A função da camada de sub-base é de uniformizar e promover o reforço (melhoria) da camada de subleito, aumentando significativamente o valor do coeficiente de recalque (K - módulo de reação de Westergaard), e diminuindo o bulbo de tensões no solo gerado pelas cargas aplicadas sobre o pavimento, além de reduzir a ocorrência de bombeamento de materiais finos plásticos, presentes no solo de fundação, quando na presença de água e cargas pesadas. Neste caso específico, a camada de sub-base do piso de concreto da área interna de circulação de ônibus dos terminais (plataformas alimentadoras, área de mangueira, áreas adjacentes e estacionamento coberto para Polícia/Médico) será constituída de brita graduada estabilizada por adição de cimento, com mistura em usina, empregando-se brita graduada com composição granulométrica enquadrada na faixa "C" da especificação DNIT 141/2010-ES - "Base Estabilizada Granulometricamente", conforme quadro a seguir:

Tipos I II

Peneiras # Faixa A Faixa B Faixa C Faixa D Faixa E Faixa F

2” 100 100 - - - -

1” - 75-90 100 100 100 100

3/8” 30-65 40-75 50-85 60-100 - -

No 4 25-55 30-60 35-65 50-85 55-100 70-100

No 10 15-40 20-45 25-50 40-70 40-100 55-100

No 40 8-20 15-30 15-30 25-45 20-50 30-70

No 200 2-8 5-20 5-15 10-25 6-20 8-25

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A dosagem da mistura brita graduada + cimento para composição da brita graduada tratada com cimento - BGTC deverá ser realizada observando-se que:

• o teor de cimento a ser incorporado deverá ser fixado em função da resistência à compressão simples da mistura aos 28 (vinte e oito) dias de cura, sendo estimado em

cerca de 4%, em relação ao peso da mistura seca (≅ 100kg/m³);

• a resistência à compressão simples (σc), medida de acordo com o Método DNER-ME 201/94, com corpos-de-prova moldados com a energia de compactação do Proctor modificado (DNER-ME 129/94; Método "C"), deverá ser superior a 45kgf/cm² aos 7 (sete) dias de cura.

A camada de base de brita graduada tratada com cimento (BGTC) deverá ser compactada com a energia de referência do Proctor modificado (GC ≥ 100%), em espessura final mínima, após compactação, de 15,0cm. Todos os serviços deverão seguir a especificação ET-DE-P00/009 do DER/SP, constante do item 8.18.6 deste capítulo - “Sub-base ou Base de Brita Graduada Tratada com Cimento - BGTC”. Deverá também ser observada toda a sistemática dos controles (tecnológico e geométrico) e de aceitação dos serviços contidos nas especificações citadas. Pode-se adicionar de 30% a 40% de material fino (pó de pedra) para melhor fechamento superficial e nivelamento, desde que mantidas as características de resistência exigidas. Dosagem da BGTC (Recomendações Complementares) A formulação para preparação da BGTC possibilita a busca de melhores propriedades para o material em termos de resistência e módulo de deformação para um menor consumo de cimento, uma vez que o teor de umidade da mistura (relação a/c) é um fator muito condicionante para o ganho de resistência da BGTC. As especificações nacionais não fazem menção a esta peculiaridade da mistura. Contudo, face às conclusões inferidas a partir de estudos experimentais, é extremamente aconselhável que o teor de umidade seja objeto de dosagem da mistura, o que se considera da seguinte maneira:

• Proceder, inicialmente, à dosagem por teor de cimento em peso, para valores entre 3 % e 5% em relação ao peso da mistura dos agregados secos, como recomenda a ABNT;

• Através de ensaios estáticos aos 7 ou 28 dias de idade dos corpos-de-prova, selecionar o teor de cimento que permita o maior ganho de resistência para a BGTC; neste caso, adotamos valor de resistência equivalente (fck) ≥ 4,5 MPa aos 7 dias;

• Para o teor de cimento escolhido, realizar dosagem complementar quanto ao teor de umidade da mistura, variando-se o mesmo entre a umidade ótima de compactação e 2 % abaixo desta umidade de referência;

• Por meio de ensaios estáticos aos 7 ou 28 dias de idade dos corpos-de-prova, dosados quanto ao teor de umidade, selecionar o teor de umidade que conduza ao maior ganho de resistência, quando se utiliza o cimento Portland comum.

• Como o projeto já especifica, uma dada resistência é possível pelo procedimento descrito, ou seja, controlando-se consumo de cimento e teor de umidade, encontrar o consumo de cimento mais econômico para se atingir a resistência especificada.

O procedimento de dosagem complementar quanto ao teor de umidade garantirá o melhor aproveitamento possível das misturas de BGTC. Recorda-se aqui que, no caso dos materiais estabilizados com cimento, para sua a completa hidratação seriam requeridos tão somente 20% de seu peso em água. c.2.4. Sub-base estabilizada de brita bica corrida (áreas de piso em concreto de circulação de pedestres)

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A camada de sub-base dos pisos de concreto das plataformas alimentadoras e passeios do tráfego de pedestres em áreas internas e externas (entrada) dos terminais será constituída de brita bica corrida. A granulometria da brita bica corrida a ser empregada deverá atender às seguintes recomendações:

• 100% passando na peneira 3/4" (diâmetro máximo 19,0 mm) e no máximo de 15% passando na peneira no 200;

• preferencialmente enquadrada na faixa "C" da especificação DNIT 141/2010-ES – “Base Estabilizada Granulometricamente” (100% passando na peneira 3/4"), conforme quadro apresentado no subitem c.2.3 anterior.

A camada de sub-base de brita bica corrida deverá ser compactada com a energia de referência do Proctor modificado (GC ≥ 100%). Todos os serviços deverão seguir a especificação própria constante do item 8.6 deste capítulo - “Base Estabilizada Granulometricamente” e/ou a especificação DNIT 141/2010 - ES - "Base Estabilizada Granulometricamente". Deverá também ser observada toda a sistemática dos controles (tecnológico e geométrico) e de aceitação dos serviços contidos nas especificações citadas. c.2.5. Aplicação de lona plástica sobre a sub-base A utilização de lona plástica entre a camada de reforço granular (sub-base de BGTC e sub-base de brita bica corrida) e o concreto reduz significativamente o coeficiente de atrito entre as camadas, permitindo a melhor movimentação das placas de concreto no sentido horizontal (retração/dilatação). A lona a ser aplicada sobre a camada de sub-base de BGTC (piso em concreto estruturalmente armado em áreas de circulação de ônibus), ou de brita bica corrida (piso em concreto em áreas de circulação de pedestres), após acabamento, deve ser de polietileno, espessura mínima 0,2 mm (200 micras). A aplicação da lona plástica deverá abranger toda a superfície da sub-base a receber o lançamento do concreto de revestimento/base do piso, afastada 0,20m das formas metálicas, evitando-se dobras/ondulações; as emendas longitudinais e transversais da lona deverão ser realizadas com trespasse mínimo de 0,20m. c.3. Preparação das pistas: c.3.1. Assentamento das formas de concretagem As formas devem ser de perfil metálico tipo U, com alturas variáveis de 15cm para a pavimentação das vias (circulação de ônibus) e 10cm para os pisos das plataformas (circulação de pedestres), espessuras padrões de formas e suficientes para suporte da régua vibratória. As formas deverão ser dotadas de furos de diâmetro de 16mm no centro, espaçados a cada 30cm, para permitir o perfeito posicionamento das barras de transferência, que devem ser instaladas criteriosamente, de acordo com o projeto de paginação de juntas. As formas a serem empregadas devem atender os seguintes requisitos:

• linearidade superior a 3mm em 5m;

• seja rígida o suficiente para suportar as pressões laterais produzidas pelo concreto;

• seja estruturada para suportar os equipamentos de adensamento do tipo réguas vibratórias, quando estas são empregadas;

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• deve ser leve para permitir o manuseio sem o emprego de equipamentos pesados e prática para que a montagem seja rápida e simples;

• a furação para colocação das barras de transferência deve ter diâmetro que permita a remoção da forma com facilidade, cuja tolerância de colocação é ± 25mm no plano horizontal e ± 12,5mm no vertical.

Para o assentamento das formas recomenda-se a utilização de nível óptico tipo N1, garantindo melhor aferição do nivelamento e alinhamento dos perfis. Pode-se utilizar nível a laser, desde que a checagem final seja com utilização do nível óptico. As formas podem ser assentadas com utilização de concreto nas faces externas (bolas de concreto) ou fixadas com grampos metálicos, a serem removidos durante a concretagem. c.3.2. Colocação de lona plástica Sobre a camada de sub-base acabada, colocar lona plástica com espessura de 0,2mm, afastada 20cm das formas metálicas. Nas emendas da lona, considerar 20cm de trespasse. c.3.3. Colocação das armaduras em telas eletrosoldadas - montagem Nas áreas de pavimentação das vias com armaduras duplas (circulação de ônibus) , a tela inferior deve ser posicionada sobre espaçadores plásticos ou de argamassa, com altura de 3,0cm. Posicionar os espaçadores a cada 0,50m², de modo a manter uma distância constante da tela à base, sem permitir encostar a tela na lona plástica de isolamento. Sobre a tela inferior, posicionar e amarrar as treliças metálicas com h=8,0cm, com espaçamento máximo a cada 1 metro linear, para perfeitos alinhamento e nivelamento da armadura superior sem flambagem. Amarrar a tela superior em painéis no banzo superior das treliças. Checar o cobrimento da tela superior, que deverá ser de no mínimo 3,0cm. Nas áreas de pavimentação com armadura simples (circulação de pedestres), posicionar e amarrar as treliças metálicas com h = 6,0cm, com espaçamento máximo a cada 1,0m linear, para perfeitos alinhamento e nivelamento da tela em painéis sem flambagem. Amarrar a tela no banzo superior das treliças. Checar o cobrimento da tela, que deverá ser de no mínimo 3,0cm.

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Perfil típico 1 - área de pavimentação das vias (circulação de ônibus):

Tela superior Tela inferior Treliça metálica h=8cm (perfil 1) 15cm-p1

Lona Base compactada e regularizada Telas eletrosoldadas superior e inferior: Q138 ou fio 4,2mm a cada 10cm. Perfíl típico 2 - área de plataformas (circulação de pedestres):

Perfil típico do piso: Tela superior Treliça metálica h=6cm (perfil 2) 10cm-p2 Lona Base compactada e regularizada

Telas eletrosoldadas superior: Q138 ou fio 4,2mm a cada 10cm.

IMPORTANTE: As telas deverão ser seccionadas em todas as juntas, sejam de construção,

serradas ou de dilatação. Seccionar sempre antes das concretagens. No caso de trespasse, estes deverão ter no mínimo 3 fios (2 malhas com largura total de 0,20m).

Trespasse das telas:

> 20cm

Nas regiões das quinas dos pilares e caixas coletoras/de passagem, as armaduras adicionais em telas e vergalhões têm a finalidade de reforço de bordas, evitando-se a propagação de fissuras perpendiculares às quinas, pontos mais críticos de concentração de tensões nos pisos. Os detalhes de posicionamentos, dimensões e taxas de armaduras estão contidos nos desenhos de detalhamento dos pisos constantes do projeto. Todas as armaduras em telas de reforço de quinas deverão ser posicionadas anteriormente ao início da execução do lançamento do concreto nas pistas. As armaduras complementares são compostas por 3 barras de aço CA 50 diâmetro de 16mm e comprimento 50cm, amarradas sobre a tela superior de armação do piso (ver desenhos constantes do detalhamento em projeto).

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c.3.4. Colocação das armaduras barras de transferência em todas as juntas Em todas as juntas, utilizar armaduras barras de transferência CA 25 lisa, diâmetro 16mm (perfil 1) e 12,5mm (perfil 2), posicionadas a cada 30cm, comprimento 50cm, para evitar empenamento das bordas das placas e transmitir as tensões dos carregamentos para as placas adjacentes. Todas as barras devem ser engraxadas em 60% do comprimento, evitando o engastamento em ambos os lados das placas concretadas. Nas juntas serradas, as barras serão posicionadas amarradas nas treliças metálicas, sob o banzo superior, garantindo perfeito alinhamento e posicionamento (ver detalhamento constante de desenhos do projeto). Nas juntas de concretagem, as barras serão posicionadas diretamente na furação das formas metálicas, não necessitando de treliças metálicas (espaçadores) para o correto posicionamento.

c.4. Especificações do concreto: O traço de concreto deverá atender às seguintes especificações:

Característica Un Pisos sobre solo

Resistência à Tração na Flexão (fctM,k) MPa 4,2

Resistência à Compressão (fck) aos 28 dias MPa 30

Abatimento de Lançamento mm 100 + 20

Teor de Argamassa % 52 a 54

Consumo Mínimo e Máximo de Cimento kg/m³ 340 a 390

Fator Água / Cimento a/c < 0,56

Retração Hidráulica Máxima (8 semanas) μm/m 400

Teor de Ar Incorporado Máximo % < 3

Exsudação Máxima % >2 e < 4%

Tempo de Início de Pega h >4 e < 5 h

Os materiais utilizados para a produção do concreto deverão atender às seguintes especificações: Cimento Deverão ser empregados cimentos tipo CPII E 40 ou CPIII 40, de acordo com as normas técnicas NBR 11578, NBR 5735 e NBR 5733. A dosagem do concreto deve ser feita levando-se em consideração o tempo de corte das juntas, a exsudação e as retrações plástica e hidráulica, variáveis para cada tipo de cimento. IMPORTANTE: não se recomenda a utilização de cimento do tipo CP V, devido à retração

inicial muito elevada. Agregados Os agregados deverão atender às prescrições da norma NBR 7211, sendo que os miúdos deverão ser, preferencialmente, compostos por areia natural de origem quartzosa, de granulometria média grossa a grossa, ou areia artificial oriunda da britagem de rochas, convenientemente dosada com areia natural para corrigir deficiência de finos.

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Deve-se atentar para o fato de que o agregado miúdo irá afetar basicamente a trabalhabilidade do concreto, sendo que a utilização de material muito fino irá facilitar as operações de acabamento, mas com o aumento da demanda de água; no outro extremo, a adoção de areia grossa dificultará o acabamento, tornando a mistura áspera e favorecerá a exsudação do concreto, muito embora possa ocorrer redução do volume de água. O agregado graúdo deve ser formado, preferencialmente, pela mistura apropriada das britas 1 e 0, de forma a formar uma granulometria aproximadamente contínua e com baixo volume de vazios. Os agregados deverão obedecer aos requisitos abaixo:

Granulometria dos Agregados

Peneira

(mm)

Porcentagem Passando

Brita 1 Brita 0 Areia

19,0 100 −

12,5 - 100

9,5 0 a 20 100

6,3 0 a 8 -

4,8 0 a 5 95 a 100

2,4 80 a 90

1,2 50 a 75

0,6 30 a 50

0,3 10 a 20

0,15 2 a 5

Características Gerais

Propriedade Agregado Miúdo

Agregado Graúdo

Torrões de Argila máx. 1,5% máx. 1,0%

Material Carbonoso máx. 1,5% máx. 0,5%

Material Pulverulento máx. 5,0% máx. 1,0%

Impurezas Orgânicas máx. 300ppm -

Índice de Forma - máx. 3

Aditivos O concreto poderá ser dosado com aditivos plastificantes polifuncionais/ redutores de água de pega normal, de modo a não interferir e principalmente retardar o período de dormência e postergar as operações de acabamento superficial mecanizado e os cortes das juntas. Água

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A água de amassamento do concreto deve atender aos requisitos:

Característica Limites

Matéria orgânica (oxigênio consumido) < 3 mg/litro

Ph entre 5 e 8

Resíduos sólidos < 5.000mg/litro

Sulfatos (íons SO4) < 600mg/litro

Açúcar < 5mg/litro

Controle tecnológico do concreto: Antes do lançamento do concreto devem ser executados ensaios de abatimento (“Slump Test”) de todo caminhão, devendo o concreto apresentar abatimento dentro do especificado para sua liberação ao uso. Deverão ser moldados e rompidos CPs nas idades 3, 7, 14 e 28 dias. Ressalta-se que o piso só poderá ser liberado ao uso com resistência à compressão axial superior a 30MPa. c.5. Lançamento, adensamento e acabamento do piso: c.5.1. Lançamento do concreto: O lançamento do concreto deverá ocorrer diretamente nas pistas de concretagem pelos caminhões betoneiras, mantendo-se a uniformidade do concreto. Checar, sempre antes da liberação do descarregamento, o abatimento do concreto através do ensaio “Slump Test”, que deverá ser executado por técnico especializado. Não devem ocorrer grandes intervalos entre as descargas dos caminhões de concreto (maior que 30min), podendo ocorrer juntas frias de concretagem na fase de acabamento superficial do piso. O lançamento do concreto deve ser realizado de forma contínua e com velocidade constante; como referência, cita-se o lançamento de um caminhão (7m³) a cada 20 minutos (20m³/h). O lançamento do concreto deve ser realizado, preferencialmente, diretamente do caminhão-betoneira; podem ser empregadas bombas, sendo recomendada a do tipo lança (maior versatilidade e capacidade de lançamento). O lançamento deve ser feito sempre em camada única, e a sua velocidade deve ser compatível com a condição de vibração e acabamento do concreto, não sendo recomendável que, após o lançamento, haja demora nos trabalhos complementares. Com regra geral, a concretagem deve ser executada em faixas alternadas (processo comum quando se empregam réguas vibratórias); o procedimento de concretagem executada em “dama” ou “xadrez” não deve ser empregado. c.5.2. Adensamento e sarrafeamento do concreto: O adensamento do concreto será promovido com a utilização do equipamento régua vibratória treliçada autopropelida, apoiada sobre as formas metálicas de concretagem devidamente alinhadas e niveladas, e com auxílio de vibradores de imersão de alta

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frequência, utilizados na região das laterais próximas às formas de concretagem ou baldrames laterais. A régua vibratória deve estar perfeitamente nivelada e alinhada, com largura e dimensões apropriadas de acordo com as pistas de concretagem. c.5.3. Acabamento superficial Imediatamente após a passagem da régua vibratória, utilizar o equipamento rodo de corte (Bump Cutter) no sentido transversal à concretagem, para correção das imperfeições e ondulações promovidas pela régua e vibradores. Na fase de início de pega do concreto, utilizar acabadoras de superfície simples equipadas com discos de flotagem, para amaciamento da argamassa superficial e homogeneização da mesma. Nesta etapa deve-se utilizar novamente o rodo de corte, melhorando significativamente os índices de nivelamento (FI) e de planicidade do piso (Ff). Para aumento do brilho e tratamento antipó, deverá ser aplicado, em duas demãos, líquido endurecedor de superfície à base de silicato de sódio ou lítio, produto tipo Ashford Fórmula, ou equivalente. c.5.4. Aspersão de agregados de alta dureza Para aumento da resistência ao desgaste abrasivo das áreas do piso de circulação de ônibus, sobre o concreto ainda em estado fresco, logo após a passagem da régua vibratória, aspergir percentual de agregados minerais de alta dureza, com adição de percentual de cimento CP V para incorporação na argamassa superficial do concreto (recomenda-se o emprego de Polipiso P05 MI CIME). Para os pisos de concreto das plataformas alimentadoras e passeios internos (tráfego de pedestres) é prevista a aspersão, sobre o concreto ainda em estado fresco, de agregados minerais de alta dureza, brancos, tipo Polipiso P500 BR8. Para a perfeita aspersão dos agregados, utilizar equipamento mecanizado régua Spreader com largura e dimensões apropriadas, de acordo com as pistas de concretagem. A incorporação de agregados de alta resistência na superfície do concreto confere ao mesmo incremento de resistência quanto ao desgaste abrasivo, enquadrando o piso na classe A da Norma Brasileira NBR 11801. Consumo recomendado mínimo de 3,0kg/m² nas pistas do perfil 1 (circulação de ônibus) e 4,0kg/m² nas áreas de plataformas (perfil 2 - circulação de pedestres). Sobre o material recém aspergido, utilizar rodo de alisamento “Channel Float” de madeira para incorporação dos agregados na argamassa de superfície do concreto. Não utilizar, em hipótese alguma, rodo de magnésio ou metálico. c.5.5. Cura do concreto A cura do concreto deverá ser do tipo úmida, através da aspersão de água em abundância imediatamente após o término das operações de acabamento superficial do piso. Após a secagem do concreto, aplicar água em abundância, mantendo a superfície úmida por um período mínimo de 7 dias consecutivos (molhar pelo menos 2 vezes ao dia). Molhar e manter coberto com manta geotêxtil não tecido de cura, específica para esta finalidade. Manta de cura recomendada: Etrúria ou Neomatex.

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c.5.6. Acabamento superficial final Para o acabamento final, utilizar equipamento acabadora de superfície do tipo Dupla, equipada com pás de acabamento para polimento fino. O acabamento deverá ser do tipo liso fosco, porém, sem espelhamento, reduzindo as chances de delaminação superficial do piso. Para o piso de concreto das plataformas alimentadoras e passeios internos (tráfego de pedestres), é prevista lapidação superficial até exposição dos agregados miúdos e graúdos do concreto, com aplicação simultânea de líquido densificador de alta resistência e brilho. Lapidar com abrasivos metálicos de nº 220 a 420 e abrasivos resinados de nº 420 a 3.000. c.5.7. Tolerâncias superficiais - Planicidade e Nivelamento O acabamento superficial deve atender aos seguintes índices de planicidade e nivelamento:

• Planicidade: Ff = 40/30 (índice médio / índice mínimo local);

• Nivelamento: Fl = 25/20 (índice médio / índice mínimo local). A medição de controle de verificação e certificação do piso deve ser executada por empresa credenciada pelo FACE School – USA, e o profissional devidamente habilitado para utilizar o equipamento de medição - obrigatoriamente. Nota: 1) Planicidade: principal característica superficial, define a quantidade de ondulações e

outras imperfeições superficiais.Índice de planicidade (Ff) define a máxima curvatura permitida no piso em 600mm, calculada com base em duas medidas sucessivas de elevações diferenciais, tomadas a cada 300mm.

2) Índice de nivelamento (Fl) define a conformidade relativa da superfície com um plano horizontal, medido a cada 3m.

c.5.8. Juntas do piso: As juntas serradas devem ser executadas no período entre 6 a 12 horas do término do acabamento do piso, com a utilização de serra cliper e corte com profundidade de no mínimo 1/3 da espessura da placa de concreto. As juntas de concretagem serão serradas somente após a verificação do destacamento entre os pisos de diferentes idades de concretagem. O corte das juntas deve iniciar-se assim que o concreto apresentar resistência suficiente para ser cortado sem que haja quebras nas juntas. É importante a programação do corte das juntas (as juntas que são cortadas inicialmente tendem a apresentar maior abertura). A prática de cortar uma longa faixa ao meio e posteriormente subdividi-la deve ser evitada (juntas com excessiva movimentação futura). As juntas dos pisos devem atender, no mínimo, os seguintes requisitos:

• as barras de transferência devem ser posicionadas de modo que a variação do espaçamento entre elas difira, no máximo, 25mm;

• o ponto médio da barra de transferência deve estar no máximo a 10mm da junta;

• a tolerância no posicionamento das barras de transferência em relação ao plano médio da placa de concreto poderá ser de ± 7mm;

• o alinhamento das juntas construtivas não deve variar mais do que 10mm ao longo de 3m;

• nas juntas serradas, a profundidade do corte não deve variar mais do que 5mm em relação ao especificado.

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O preenchimento/selagem das juntas somente deverá ser executado após o período de cura do concreto, ou 28 dias do acabamento. As juntas a serem seladas deverão ser previamente limpas. Para o preenchimento/selagem das juntas deverão ser empregados os produtos indicados nos desenhos de detalhamento do projeto. Todas as juntas deverão ser limpas e preenchidas com selante mastique de poliuretano modificado com alcatrão, resistente a U.V. (piso perfil 1 - áreas expostas ao tráfego de ônibus, contorno dos pilares e caixas pluviais), e com selante mastique de poliuretano comum branco (piso perfil 2 - áreas de tráfego de circulação de pedestres). NOTA: Deve-se alertar para a necessidade de vistoria e manutenção periódica do produto

selante das juntas, pois os mesmos possuem vida útil limitada e devem ser reparados ou substituídos após determinado período de utilização. Esta manutenção é estipulada pelo fabricante e aplicador do produto.

c.5.9. Revestimento das escadas (circulação externa) O revestimento das escadas (circulação externa) deverá empregar placas pré-moldadas de concreto frisadas, largura de 32cm e espessura 2,5cm, com bordas bisotadas/beiral - pingadeira, cor natural, tipo DE2 da PREALL ou equivalente. d. Critérios de medição e pagamento d.1. Medição Os serviços relativos à execução dos pisos de concreto serão medidos separadamente, de acordo com o tipo de piso e conforme os seguintes itens: d.1.1. Piso de concreto estruturalmente armado (plataformas alimentadoras, área de mangueira e áreas adjacentes de circulação de ônibus) A medição será realizada conforme o levantamento das quantidades dos serviços relativos às diversas etapas de execução, a saber:

• Regularização e compactação do subleito até 20cm de espessura - pela área efetivamente trabalhada, em metros quadrados (m²);

• Sub-base de brita graduada (camada drenante) - pelo volume geométrico de material efetivamente aplicado, em metros cúbicos (m3), de acordo com o projeto, medido após compactação. Será medido separadamente o transporte do material, da fonte de aquisição até a pista, em t x km, considerando-se os seguintes intervalos de DMT: DMT ≤ 10 km ou DMT > 10 km;

• Sub-base de brita graduada tratada com cimento (BGTC) - pelo volume geométrico de material efetivamente aplicado, em metros cúbicos (m3), de acordo com o projeto, medido após compactação. Será medido separadamente o transporte da mistura (BGTC), da usina até a pista, em t x km, considerando-se os seguintes intervalos de DMT: DMT ≤ 10 km ou DMT > 10 km. Não será objeto de medição em separado o transporte dos materiais (brita e cimento) das fontes de aquisição até a usina;

• Pintura de ligação com emulsão RR-1C - pela área efetivamente trabalhada, em metros quadrados (m²). Não será objeto de medição em separado o fornecimento e transporte comercial do material betuminoso da fonte de aquisição até o canteiro de obras, e do canteiro de obras até a pista;

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• Fornecimento e aplicação de lona plástica de polietileno, espessura 200 micras - pela área efetivamente recoberta, em metros quadrados (m²). No cálculo da área serão considerados os consumos relativos aos trespasses da lona, na aplicação;

• Armação em tela de aço eletrosoldada nervurada Q-138, aço CA-60 - pelo peso, em quilos (kg), de tela efetivamente fornecida e aplicada, sendo consideradas, no cálculo da área para conversão em peso, as faixas de tela correspondentes aos trespasses;

• Fornecimento e colocação de pastilhas plásticas H = 3cm - por unidade (un) de pastilha fornecida e aplicada, de acordo com o espaçamento/malha prevista em projeto;

• Fornecimento e colocação de espaçadores metálicos (treliças metálicas) - pelo peso, em quilos (kg), de treliça efetivamente fornecida e aplicada, de acordo com o espaçamento previsto em projeto, separadamente para:

- treliça tipo TR 06634 (NBR 14862), com altura H = 6 cm; - treliça tipo TR 08634 (NBR 14862), com altura H = 8 cm;

• Fornecimento, corte e colocação de barras de transferência em aço CA-25 liso, diâmetro 16 mm - pelo peso, em quilos (kg), de barras efetivamente fornecidas e aplicadas, de acordo com o previsto em projeto, devidamente engraxadas (60% do comprimento);

• Concreto usinado bombeado fck = 30 MPa - pelo volume geométrico de concreto efetivamente aplicado, em metros cúbicos (m3), de acordo com o projeto, medido após adensamento. Será considerada no cálculo do volume do concreto uma perda equivalente a 5%. Não será objeto de medição em separado o transporte do concreto da usina até o local de aplicação. Serão medidos separadamente os seguintes serviços relativos ao revestimento em concreto do piso:

- Fornecimento e aspersão de agregados minerais de alta dureza com adição de cimento CP V, tipo Polipiso P05 MI CIME - pelo peso, em quilos (kg), de agregado aplicado, calculado com base na área efetivamente trabalhada (m2), a uma taxa de aplicação de agregado de cerca de 3kg/m2;

- Cura úmida do concreto por período mínimo de 7 (sete) dias consecutivos, com utilização de manta geotêxtil não tecido (Etruria ou equivalente) - pela área, em metros quadrados (m²), efetivamente coberta/trabalhada. Não será objeto de medição em separado o fornecimento da manta geotêxtil, prevendo-se o seu reaproveitamento pelo menos 3 vezes;

- Corte, limpeza e preenchimento/selagem de juntas com selante à base de mastique de poliuretano modificado com alcatrão, resistente a UV - pelo comprimento de junta cortada/selada, em metros lineares (m). Não será objeto de medição em separado o fornecimento de discos para serra cliper e o fornecimento do selante;

- Polimento do piso (acabamento final) com acabadoras tipo Duplas equipadas com discos de flotação - pela área, em metros quadrados (m²), efetivamente trabalhada;

- Fornecimento e aplicação de líquido endurecedor de superfície à base de silicato de sódio ou lítio, tipo ASHFORD ou equivalente - pela área, em metros quadrados (m²), efetivamente trabalhada.

d.1.2. Piso de concreto (plataformas alimentadoras e passeios internos de tráfego de pedestres)

A medição será realizada conforme o levantamento das quantidades dos serviços relativos às diversas etapas de execução, a saber:

• Regularização e compactação do subleito até 20cm de espessura - pela área efetivamente trabalhada, em metros quadrados (m²);

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• Sub-base em brita bica corrida - pelo volume geométrico de material efetivamente aplicado, em metros cúbicos (m3), de acordo com o projeto, medido após compactação. Será medido separadamente o transporte do material, da fonte de aquisição até a pista, em t x km, considerando-se os seguintes intervalos de DMT: DMT ≤ 10 km ou DMT > 10 km;

• Fornecimento e aplicação de lona plástica de polietileno, espessura 200 micras - pela área efetivamente recoberta, em metros quadrados (m²). No cálculo da área serão considerados os consumos relativos aos trespasses da lona, na aplicação;

• Fornecimento e colocação de espaçadores metálicos (treliças metálicas) - pelo peso, em quilos (kg), de treliça efetivamente fornecida e aplicada, de acordo com o espaçamento previsto em projeto, para: treliça tipo TR 06634 (NBR 14862), com altura H = 6 cm;

• Fornecimento, corte e colocação de barras de transferência em aço CA-25 liso, diâmetro 16 mm - pelo peso, em quilos (kg), de barras efetivamente fornecidas e aplicadas, de acordo com o previsto em projeto, devidamente engraxadas (60% do comprimento);

• Concreto usinado bombeado fck = 30 MPa - pelo volume geométrico de concreto efetivamente aplicado, em metros cúbicos (m3), de acordo com o projeto, medido após adensamento. Será considerada no cálculo do volume do concreto uma perda equivalente a 5%. Não será objeto de medição em separado o transporte do concreto da usina até o local de aplicação. Serão medidos separadamente os seguintes serviços relativos ao revestimento em concreto do piso: Fornecimento e aspersão de agregados minerais de alta dureza brancos,

tipo Polipiso P500 BR8 - pelo peso, em quilos (kg), de agregado aplicado, calculado com base na área efetivamente trabalhada (m2), a uma taxa de aplicação de agregado de cerca de 4kg/m2;

Cura úmida do concreto por período mínimo de 7 (sete) dias consecutivos, com utilização de manta geotêxtil não tecido (Etruria ou equivalente) - pela área, em metros quadrados (m²), efetivamente coberta/trabalhada. Não será objeto de medição em separado o fornecimento da manta geotêxtil, prevendo-se o seu reaproveitamento pelo menos 3 vezes;

Corte, limpeza e preenchimento/selagem de juntas com selante à base de mastique de poliuretano comum, branco - pelo comprimento de junta cortada/selada, em metros lineares (m). Não será objeto de medição em separado o fornecimento de discos para serra cliper e o fornecimento do selante;

Polimento do piso (acabamento final) com acabadoras tipo Duplas equipadas com discos de flotação - pela área, em metros quadrados (m²), efetivamente trabalhada;

Lapidação superficial até exposição dos agregados miúdos e graúdos do concreto, com aplicação simultânea de líquido densificador de alta resistência e brilho, lapidação com abrasivos metálicos de nº 220 a 420 e abrasivos resinados de nº 420 a 3000 - pela área, em metros quadrados (m²), efetivamente trabalhada.

d.1.3. Revestimento de escadas da circulação externa

A medição será realizada pela área, em metros quadrados (m²), efetivamente recoberta/revestida, com emprego de placas pré-moldadas de concreto frisadas, largura 32 cm e espessura 2.5 cm, com bordas bisotadas/beiral - pingadeira, cor natural, tipo DE2 da PREALL ou equivalente.

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d.2. Pagamento Os serviços serão pagos com base nos preços unitários contratuais relativos às etapas de execução, em conformidade com a medição referida no item anterior, que deverão remunerar a completa execução dos serviços, incluindo todas as operações/serviços previstos, ferramentas e equipamentos, mão de obra, encargos e eventuais necessários à sua completa execução.

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9. ESTRUTURAS DE CONCRETO E METÁLICA 9.1. OBJETIVO O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM tem como objetivo determinar as diretrizes básicas para a execução de estruturas de concreto e metálica, envolvendo seus aspectos construtivos, critérios de medição e pagamento. A construção civil brasileira dos dias atuais está voltando a sua atenção, cada vez mais, para os aspectos inerentes à durabilidade das estruturas, passando pelo inevitável controle de qualidade dos processos e produtos envolvidos em sua execução, ‘respeitando-se todas as normas recomendadas pelos organismos de normalização, tal como a ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. 9.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA Para melhor orientação dever-se-á, consultar as seguintes normas:

NBR NM5 – Concreto compactado com rolo – Determinação da umidade in situ com uso de densímetro nuclear;

NBR NM26 – Agregados – Amostragem;

NBR NM49 – Agregado fino – Determinação de impurezas orgânicas;

NBR NM51 – Agregado graúdo – Ensaio de abrasão “Los Angeles”;

NBR NM 67 – Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento de cone;

NBR 5732 – Cimento Portland comum;

NBR 5733 – Cimento Portland de alta resistência inicial;

NBR 5735 – Cimento Portland de alto-forno;

NBR 5736 – Cimento Portland pozolânico;

NBR 5738 – Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto;

NBR 5739 – Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos;

NBR 5875 – Parafusos, porcas e acessórios;

NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento;

NBR 6355 – Perfis estruturais de aço formados a frio – Padronização;

NBR 7190 – Projeto de estruturas de madeira;

NBR 7211 – Agregado para concreto;

NBR 7212 – Execução de concreto dosado em central;

NBR 7350 – Exposição de superfícies de aço para remoção de carepa;

NBR 7480 – Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado;

NBR 7668 – Segurança na execução de obras e serviços de construção;

NBR 7348 – Pintura industrial - Preparação de superfície de aço com jato abrasivo e hidrojateamento;

NBR 8800 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios;

NBR 8540 – Controle da qualidade para o sistema de recebimento de materiais produtivos e serviços – Diretrizes;

NBR 8548 – Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com emenda mecânica ou por solda – Determinação de resistência à tração;

NBR 8953 – Concreto para fins estruturais – Classificação por grupos de resistência;

NBR 9062 – Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado;

NBR 11297 – Execução de sistema de pintura para estruturas e equipamentos de aço - carbono zincado;

NBR 11578 – Cimento Portland composto;

NBR 11768 – Aditivos para concreto de cimento Portland;

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NBR 11919 – Verificação de emendas metálicas de barras de concreto armado;

NBR 12654 – Controle tecnológico de materiais componentes do concreto – Procedimento;

NBR 12655 – Concreto – Preparo, controle e recebimento – Procedimento;

NBR 14762 – Dimensionamento de estruturas de ações constituídas por perfis formados a frio – Procedimento;

NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto – Procedimento;

NBR 15239 – Tratamento de superfícies de aço com ferramentas manuais e mecânicas;

ISO SIS 5900 – Norma Sueca (Svensk Standard);

ASTM – D4145-83 (1996) Standard Test Method for Coating Flexibility of Prepainted Sheet;

ASTM – D1654-92 (2000) Standard Test Method for Evaluation of Painted or Coated

Specimens Subjected to Corrosive Environments;

ASTM – D660-93 Standard Test Method for Evaluating Degree of Checking of Exterior Paints;

ASTM – D4946-89(1999) Standard Test Method for Blocking Resistance of Architectural Paints;

ASTM – D564-87(1996) Standard Test Methods for Liquid Paint Driers. 9.3. ESTRUTURAS DE CONCRETO 9.3.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as diretrizes gerais para a execução dos serviços de fabricação e montagem de estruturas de concreto, em sua ampla gama de aplicação, podendo-se citar pisos, lajes, viadutos, edifícios, muros, etc. 9.3.2. Definições É necessário consolidar um novo conceito na execução de estruturas de concreto armado em obras, principalmente em se tratando de obras públicas, cuja principal característica deve ser a durabilidade. Todas as vezes que for mencionado o termo “controle tecnológico” da execução da referida estrutura, subentende-se a existência de um processo mais amplo e abrangente, que se inicia na contratação do projeto estrutural. Tal como se controla a qualidade dos materiais inerentes à estrutura, é fundamental que esse controle de qualidade passe também pela concepção de um projeto estrutural bem elaborado e compatível com os outros projetos complementares necessários às construções, mediante a utilização de técnicas gerenciais de compatibilização de projetos. Isso significa que, já na fase de concepção da estrutura, todas as diretrizes da NBR 6118 devam ser perseguidas e atendidas. Questões afetas aos requisitos de qualidade da estrutura, tais como, capacidade resistente, desempenho em serviço e durabilidade devem ser cuidadosamente estudadas de modo que quando utilizadas, conforme preconizado em projeto, conservem suas segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil. Neste contexto, é essencial a participação ativa da SUPERVISÃO das etapas do projeto, ainda no escritório do engenheiro projetista, envolvendo discussões sobre a concepção inicial do lançamento da estrutura, passando pelo cálculo propriamente dito e pelo seu detalhamento.

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a. Concreto fresco À massa constituída de agregado miúdo, graúdo, pasta de cimento e ar dá-se o nome de concreto fresco. Neste tipo de mistura devem ser tomados alguns cuidados indispensáveis à obtenção de um bom concreto no estado fresco, como por exemplo, ser transportado, lançado e adensado sem segregação. Depois de endurecida, a massa deve se apresentar homogênea e com um mínimo de vazios. Durante a produção de concreto nas obras, deve-se atentar para a garantia das seguintes propriedades: a.1. Trabalhabilidade Quando um concreto atende às particularidades de um tipo de estrutura, como dimensões das peças, afastamento e distribuição das armaduras, métodos de transporte, lançamento e adensamento e ao acabamento que se pretende dar, diz-se que ele é um concreto trabalhável. Um concreto deve apresentar uma trabalhabilidade que assegure plasticidade máxima, segregabilidade mínima e consistência apropriada, e depende:

• Da fluidez da pasta dada pelo fator água - cimento;

• Da plasticidade da mistura dada pela proporção entre a pasta e os agregados;

• Da proporção entre os agregados;

• Das características dos agregados;

• De aditivos ou adições utilizadas na mistura. A trabalhabilidade não é característica inerente ao próprio concreto, mas depende também do tipo de obra. Assim sendo, um concreto para peças de grandes dimensões e pouca armação, pode não ser o mesmo indicado para peças esbeltas e muito armadas, bem como um concreto que aceite um perfeito adensamento com vibração, provavelmente não dará uma moldagem satisfatória com adensamento manual. Concluindo, um concreto pode ser trabalhável para alguns casos e em outros não. Vale lembrar que, a má trabalhabilidade gera porosidades, ou seja, diminui a densidade do concreto, transformando-o num concreto de qualidade inferior, com ninhos na estrutura, dificuldades no adensamento e, principalmente, induzindo a um consumo exagerado de água, prejudicando qualidades fundamentais do concreto endurecido como permeabilidade e resistência. A correção da trabalhabilidade deve ser feita com a granulometria. Aumentando-se os finos do concreto (cimento e areia), a trabalhabilidade aumentará. Esta regra, porém, só é válida até um certo limite, pois, o concreto ficando muito denso se tornará menos trabalhável. A melhor proporção entre os componentes da mistura é aquela na qual se obtém a trabalhabilidade máxima, com o menor fator água - cimento possível. Em geral, à medida que se aumenta o diâmetro do agregado, diminui-se a quantidade de água, aumentando-se a resistência. a.2. Fluidez e plasticidade Juntamente com a segregabilidade, a fluidez e a plasticidade são os elementos que determinam a trabalhabilidade. Plasticidade do concreto é a sua capacidade de adaptar-se às formas e fluidez é a facilidade de escoar em planos. A plasticidade está intimamente relacionada com a granulometria e a fluidez com a quantidade de água. a.3. Compactabilidade e mobilidade

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São duas propriedades das quais depende a consistência do concreto. Consistência segundo o ACI (American Concrete Institute) é “a relativa mobilidade ou facilidade do concreto ou argamassa escoar”. A compactabilidade pode ser caracterizada pela relação entre o peso específico de uma amostra de concreto e a soma teórica dos pesos específicos de seus componentes. Quanto maior este índice mais compacto é o concreto. Já a mobilidade é a propriedade inversamente proporcional à resistência interna e à deformação e depende de três características do concreto fresco: ângulo de atrito interno, coesão e viscosidade. É importante o estudo da mobilidade para se conhecer o comportamento do concreto fresco durante o transporte, lançamento, adensamento e acabamento. a.4. Consistência Quando o concreto atende às particularidades da obra como dimensões das peças, armadura, diâmetro máximo do agregado e processo de execução, a trabalhabilidade dependerá apenas da consistência do concreto. Para uma estrutura específica pode-se utilizar várias misturas trabalháveis, mas de consistência variável podendo-se gerar concretos secos, plásticos ou fluidos. A natureza da obra e o adensamento indicarão o grau de consistência mais conveniente. Podemos definir a consistência como a resistência momentânea do concreto fresco às forças que tendem a modificar sua forma. Dentro de uma mesma consistência ou grau de umidade a trabalhabilidade poderá variar com a granulometria. Os fatores que afetam a consistência do concreto são:

• Teor água/mistura seca;

• Granulometria e forma dos grãos dos agregados;

• Os aditivos;

• Tempo e temperatura. a.5. Calor de hidratação O cimento ao hidratar-se eleva muito a sua temperatura e a massa do concreto expande-se. Ao se resfriarem, as camadas externas em contato com o ar, contraem-se e, como o núcleo da massa ainda está expandindo e o concreto ainda não adquiriu coesão suficiente, as camadas externas fissuram e também se separam das internas, enfraquecendo a estrutura. A temperatura atingida é função de temperatura ambiente, do calor de hidratação do cimento empregado, das dimensões do bloco concretado, da velocidade de lançamento, das condições de aeração do ambiente, das propriedades térmicas do agregado e da quantidade de calor que pode ser irradiado. Deve se procurar temperaturas mais baixas principalmente nos grandes blocos. Para tal pode-se utilizar gelo em vez de água, reduzir a dosagem de cimento, utilizar cimento de baixo calor de hidratação, reduzir-se a espessura das camadas concretadas e usar-se aditivos retardadores de pega. É bom procedimento lavar o agregado graúdo uma hora antes da mistura, pois além de diminuir-se a temperatura, ganha-se maior aderência com a pasta. Aumentando-se o teor de cimento surgem deformações que não compensam o aumento da resistência mecânica. O ideal é ficar com o teor de cimento na faixa de 300 a 400kg/m3 quando se pretende concretos com alta resistência. a.6. Segregação

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É a separação dos constituintes da mistura impedindo a obtenção de um concreto com características de uniformidade razoáveis. A segregação pode ocorrer por diversos motivos:

• Vibração exagerada em concretos muito plásticos;

• Lançamento de grande distância ou grande altura;

• Número exagerado de voltas na betoneira. Existem duas formas de segregação: na primeira os grãos maiores do agregado tendem-se a se separar da pasta depositando-se no fundo das formas ou da betoneira ou rolando mais rapidamente quando transportados em calhas. A segunda forma ocorre em concretos muito plásticos quando a pasta separa-se do resto. A primeira forma pode ocorrer em concretos pobres e secos e pode ser combatida aumentando-se a coesão com adição de água. Em misturas muito úmidas ocorre a segunda forma de segregação. a.7. Tempo de pega É um fenômeno químico resultante das reações do cimento no qual os agregados influem um pouco, e que mensura com precisão a rapidez em que um determinado concreto inicia o seu endurecimento. a.8. Exudação É uma forma particular de segregação. É a tendência de a água de amassamento aflorar enquanto o concreto não faz pega. Formam-se nas superfícies superiores resultando um concreto poroso, fraco e de pouca durabilidade. Combate-se a exudação usando-se a água estritamente necessária para o tipo de adensamento e adicionando-se mais cimento e material pulverulento. a.9. Incorporação de ar O ar é incorporado à mistura no amassamento, no lançamento e no manuseio. Se o concreto é lançado de grande altura, a quantidade de ar incorporado aumenta; ao passo que diminui à medida que se aumenta o cimento ou que se usa cimento mais fino. O ar incorporado melhora a trabalhabilidade e a impermeabilidade, mas reduz a resistência, pois as gotas de ar agem como lubrificante, interrompem o fissuramento contínuo e aumentam os vazios respectivamente. A diminuição de resistência devido ao aumento dos vazios pode ser compensada em parte com a redução da água devido ao aumento de trabalhabilidade. b. Concreto endurecido A passagem de um concreto do seu estado fresco para o endurecido requer cuidados especiais, na medida em que são responsáveis pela boa qualidade da peça produzida, garantindo os requisitos mínimos de segurança e durabilidade exigidos. Existem diversos fatores que afetam o desempenho dos concretos, modificando as suas propriedades, e que devem ser observados atentamente pela CONTRATADA. Destacam-se: b.1. Permeabilidade Todo concreto produzido deve ter a devida e necessária impermeabilização para que, o mesmo, não permita a percolação de água para o seu interior, fato que irá proporcionar consequências danosas à vida útil e durabilidade dos concretos, na medida em que podem provocar a oxidação das armaduras ali existentes, bem como a geração de sais solúveis de consequências danosas. Um concreto impermeável é obtido com uma correta dosagem, escolhendo materiais e fator água/cimento adequados, e com uma correta vibração e adensamento.

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b.2. Resistência mecânica A resistência do concreto obtida em corpos-de-prova em laboratório é um indício de qualidade do concreto. Influem na resistência final do concreto o tipo de cimento, o grau de adensamento, o fator água/cimento, o processo de cura além dos agregados. b.3. Peso O peso do concreto é função dos componentes, traço e adensamento usados. Normalmente, a resistência do concreto cai com a diminuição da densidade do concreto mantendo-se constantes os outros fatores. A introdução de ar incorporado diminui o peso e a resistência do concreto. b.4. Retração Ao secar, o concreto diminui de volume por perda de água. A retração gera gretas capilares e fissuras que comprometem a impermeabilidade do concreto e, por consequência, a sua durabilidade. São os seguintes os principais tipos de retração do concreto:

• Retração por sedimentação nas primeiras horas;

• Retração por perda de água nos primeiros dias;

• Variações de volume por dilatação térmica;

• Variações do volume devido à umidade ambiente;

• Deformação lenta. A norma NBR 14931 recomenda e especifica algumas ações básicas a serem controladas e ajustadas para o controle adequado da cura dos concretos. b.5. Dilatação O coeficiente de dilatação do concreto é aproximadamente 0,01mm/m/C dentro dos limites de -15º a +15º C. As Normas Brasileiras exigem juntas de dilatação a cada 30 metros para combater os efeitos da dilatação, mas dependendo da amplitude da variação da temperatura conforme o local deve-se encurtar as referidas juntas. As variações bruscas de temperatura poderão gerar tensões prejudiciais ao concreto, pois sendo ele um razoável isolante de calor terá temperaturas bem diferentes no núcleo e na superfície. A dilatação depende da natureza do agregado, do traço e do processo de cura. c. Concreto usinado ou pré-misturado Todo e qualquer concreto utilizado nas obras da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, em volumes acima de 6 metros cúbicos (m³), deverá ser usinado, gerado em centrais dosadoras com o perfeito controle de qualidade dos materiais utilizados e do processo. Ele pode ser fornecido à CONTRATADA para um sistema de lançamento dito convencional ou bombeado, e deverá respeitar todas as prescrições contidas nas normas NBR 6118 e NBR 14931 da ABNT. A CONTRATADA deverá indicar um laboratório de concreto, idôneo, da confiança da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, onde, com os agregados e cimento utilizados pela concreteira licitante, será reproduzido o concreto a ser fornecido. O objetivo desse procedimento é verificar em laboratório, algumas propriedades do concreto fresco e endurecimento a ser fornecido. Tal procedimento e seus custos correrão por conta da CONTRATADA.

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Antes de sua aplicação para produção dos elementos pré-fabricados, o concreto recebido na planta de produção (que não é produzido por ela) deve ter sua consistência analisada com a realização do ensaio de abatimento de tronco de cone, de acordo com as exigências da norma NBR NM 67. Devem ser mantidos registros documentados internos ou laudos de laboratório com os resultados do ensaio e de qualquer adição de água posterior autorizada pelo responsável pelo recebimento. Após o recebimento do concreto, este deve ser rastreado, de maneira a proporcionar o controle tecnológico. 9.3.3. Condições Gerais A SUPERVISÃO deverá realizar ainda as seguintes atividades específicas:

• Atender às solicitações efetuadas pela CONTRATADA através do diário de obra, para liberação da concretagem de partes ou peças da estrutura. Tal liberação somente se dará se for solicitada em tempo hábil, para que sejam executadas as eventuais correções necessárias;

• Liberar a execução da concretagem da peça, após conferir as dimensões, os alinhamentos, os prumos, as condições de travamento, vedação e limpeza das formas e do cimbramento, além do posicionamento e bitolas das armaduras, eletrodutos, passagem de dutos e demais instalações. Tratando-se de uma peça ou componente de uma estrutura em concreto aparente, comprovar que as condições das formas são suficientes para garantir a textura do concreto indicada no projeto de arquitetura;

• Não permitir que a posição de qualquer tipo de instalação ou canalização, que passe através de vigas ou outros elementos estruturais, seja modificada em relação à indicada no projeto, sem a prévia autorização da SUPERVISÃO;

• Em estruturas especiais, solicitar, aprovar e acompanhar a execução dos planos de concretagem elaborados pela CONTRATADA;

• Acompanhar a execução da concretagem, observando se são obedecidas as recomendações sobre o preparo, o transporte, o lançamento, a vibração, a desforma e a cura do concreto. Especial cuidado deverá ser observado para o caso de peças em concreto aparente, evitando durante a operação de adensamento a ocorrência de falhas que possam comprometer a textura final;

• Controlar com o auxílio de laboratório, a resistência do concreto utilizado e a qualidade do aço empregado, programando a realização dos ensaios necessários à comprovação das exigências do projeto, cujos relatórios de resultados deverão ser catalogados e arquivados;

• Exigir o preparo das juntas de concretagem, conforme projeto de construção correspondente. No caso de concreto aparente, solicitar ao autor do projeto o plano de juntas, quando não indicado no projeto de arquitetura;

• Solicitar da CONTRATADA, sempre que necessário, o plano de descimbramento das peças, aprovando-o e acompanhando sua execução;

• Verificar continuamente os prumos nos pontos principais da obra, como por exemplo: cantos externos, pilares, poços de elevadores e outros;

• Observar se as juntas de dilatação obedecem rigorosamente aos detalhes do projeto. 9.3.4. Condições Específicas a. Materiais Os materiais recebidos na planta de produção e destinados à produção dos elementos pré-fabricados ou montagem, devem ser verificados em relação ao seu aspecto geral,

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quantidade, validade e demais características, garantindo que eles atendam às especificações de compra estabelecidas. O estoque de insertos e de outros elementos metálicos, para utilização em elementos pré-fabricados, deve ser realizado em local afastado do solo e demais fontes de umidade, de modo a garantir a não ocorrência de oxidações excessivas ou alteração de suas características de recebimento. O armazenamento deve ser separado por tipo de material ou especificações de projeto, com identificação clara, caso existam peças similares estocadas no mesmo local. O transporte destes materiais deve ser realizado de maneira a garantir as condições de estocagem anteriormente definidas. a.1. Agregados É fundamental que se tenha um perfeito conhecimento dos agregados a serem utilizados para a obtenção de um concreto com boa resistência e durabilidade, visto que eles constituem aproximadamente 75% da composição do concreto, sendo os materiais menos homogêneos dentre os utilizados nas estruturas de concreto armado. Eles podem ser subdivididos em duas categorias:

• Agregado miúdo: “Areia de origem natural ou resultante do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT 4,8mm e ficam retidos na peneira ABNT 0,075mm”;

• Agregado graúdo: “Pedregulho ou brita proveniente de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira de malha quadrada com abertura nominal de 152mm e ficam retidos na peneira ABNT 4,8mm”.

Os agregados a serem utilizados nas estruturas de concreto armado deverão obedecer às exigências contidas nas NBR 7211 - “Agregado para concreto” e NBR 6118 da ABNT. Dentre as recomendações mais importantes destacam-se:

• Os agregados devem possuir granulometria e forma dos grãos adequada, resistência mecânica e serem isentos de substâncias nocivas e impurezas orgânicas, tais como: torrões de argila, materiais carbonosos e material pulverulento, nos limites propostos pela normalização;

• Deverá ser coletada amostra do agregado miúdo sempre que houver dúvidas sobre sua homogeneidade em relação à proposta para a dosagem do concreto. A amostra deverá ser coletada de acordo com a NBR NM26 - “Agregados - Amostragem” e sendo realizados todos os ensaios propostos pela NBR 7211;

• A granulometria dos agregados deverá se enquadrar em uma das faixas propostas e referenciadas nas Tabelas 1 e 2;

• Os agregados devem possuir teor de matéria orgânica conforme NBR NM 49 (somente areia);

• Quando os agregados forem medidos em volume, as padiolas ou carrinhos, especialmente construídos, deverão trazer, na parte externa, em caracteres bem visíveis, o material, o número de padiolas por saco de cimento e o traço respectivo. A SUPERVISÃO deverá ser chamada para conferir os caixotes ou carrinhos especiais e só após sua aprovação em diário os mesmos poderão ser usados;

• Os lotes de agregados, somente serão aceitos se, após a realização de ensaio das amostras em laboratório indicado pela SUPERVISÃO da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM constatar-se que foram cumpridas todas as prescrições da NBR 7211 e as prescrições especiais combinadas com o FORNECEDOR.

O estoque e transporte de agregados para concreto devem ser realizados de maneira a garantir que não ocorram contaminações com outros materiais.

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Os locais estabelecidos para armazenamento devem ser identificados com o tipo do material e uso pretendido (traço, pista, produto etc.).

Tabela 1 - Limites granulométricos de agregado miúdo

Agregado Miúdo Porcentagem, em peso, retida acumulada na peneira ABNT

Peneira ABNT Zona 1 (muito fina) Zona 2 (fina) Zona 3 (média) Zona 4 (grossa)

9,5mm 0 0 0 0

6,3mm 0 a 3 0 a 7 0 a 7 0 a 7

4,8mm 0 a 5 (A) 0 a 10 0 a 11 0 a 12

2,4mm 0 a 5 (A) 0 a 15 (A) 0 a 25 (A) 5(A) a 40

1,2mm 0 a 10 (A) 0 a 25 (A) 10(A) a 45 (A) 30(A) a 70

0,6mm 0 a 20 21 a 40 41 a 65 66 a 85

0,3mm 50 a 85 (A) 60 a 88 (A) 70(A) a 92 (A) 80(A) a 95

0,15mm 85(B) a 100 90(B) a 100 90(B) a 100 90(B) a 100

(A) - Pode haver uma tolerância de até um máximo de 5 unidades de porcento em um só dos limites

marcados com a letra “A” ou distribuídos em vários deles. (B) - Para agregado miúdo resultante de britamento, este limite poderá ser 80.

Tabela 2 - Limites granulométricos de agregado graúdo

Graduação

Agregado Graúdo Porcentagem retida acumulada, em peso, nas peneiras de abertura nominal, em mm

152 76 64 50 38 32 25 19 12,5 9,5 6,3 4,8 2,4

0 - - - - - - - - 0 0-10 - 80-100 95-100

1 - - - - - - 0 0-10 - 80-100 92-100 95-100 -

2 - - - - - 0 0-25 75-100 90-100 95-100 - - -

3 - - - 0 0-30 75-100 87-100 95-100 - - - - -

4 - 0 0-30 75-100 90-100 95-100 - - - - - - -

5 - - - - - - - - - - - - -

a.2. Aço O aço recebido na planta de produção deve atender às exigências das normas NBR 7480, 7481, 7482 e/ou 7483 (de acordo com o tipo de aço utilizado), no mínimo em relação aos ensaios de:

• tração e dobramento, no caso de fios, barras e telas para concreto armado;

• tensão a 1% de alongamento, tração e relaxação (se necessário), no caso de fios e cordoalhas para concreto protendido.

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Devem ser mantidos laudos de laboratório ou fornecedor que comprovem o atendimento às exigências para todos os lotes entregues. Existem dois tipos de nomenclatura para os aços:

• Barras: produtos de bitola igual ou superior a 5mm, obtidos por laminação à quente ou por este método associado a encruamento a frio;

• Fios: produtos de bitola inferior a 12,5mm obtidos por trefilação ou estiramento. De acordo com o valor característico da resistência de escoamento registrado em ensaio de tração, são classificados em: CA-25, CA-50 e CA-60. As barras e fios devem apresentar suficiente homogeneidade quanto às suas características geométricas, e possuir mossas e saliências visíveis para melhorar a aderência das mesmas ao concreto. Por acordo prévio entre FORNECEDOR e a PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, este último deve ter livre acesso aos locais em que as peças encomendadas estejam sendo fabricadas examinadas ou ensaiadas, tendo o direito de inspecioná-las. A inspeção pode ser efetuada diretamente pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM ou através de inspetor credenciado. Todo o sistema de controle de qualidade, envolvendo as atividades de amostragem, ensaios e análise de resultados, deverá ser realizado segundo as especificações contidas na norma NBR 7480 da ABNT, que irá propor a aceitação ou rejeição dos materiais disponibilizados pela CONTRATADA. É necessária a realização da amostragem dos materiais no próprio canteiro, sendo sobre estas amostras, realizados ensaios de tração e dobramento, os quais já tiveram seus custos contemplados no BDI. Não é vedada a utilização de barras de aço soldada, desde que seja decidido pela SUPERVISÃO e ouvida a equipe técnica da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Entretanto, alguns requisitos devem ser obrigatoriamente respeitados, tais como:

• Emendas admissíveis somente em aços CA-50 e diâmetros superiores a 12,5mm;

• Pode-se utilizar soldagem por caldeamento ou eletrodo convencional, desde que respeite a todos os requisitos propostos pela NBR 8548 - “Barras de aço destinadas às armaduras para concreto armado com emendas mecânicas ou por solda - Determinação de resistência à tração” e NBR 6118 -”Projeto de estruturas de concreto - Procedimento”;

• Utilizar soldas de topo ou por trespasse. Quando da utilização de peças protendidas nas obras, os fios e cordoalhas de concreto protendido a serem utilizados serão inspecionados e avaliados respeitando-se às prescrições contidas na NBR 8540 - “Controle da qualidade para o sistema de recebimento de materiais produtivos e serviços - Diretrizes”. O estoque do aço (bruto ou armaduras montadas) deve ser realizado em local afastado do solo e demais fontes de umidade, de modo a garantir a não ocorrência de oxidações excessivas, carepas, materiais aderidos, deformações ou dobramentos (antes da montagem). O armazenamento deve ser separado por tipo (bitola, rolos, painéis etc.). Os materiais devem ser devidamente identificados por tipo. As armaduras montadas (se estocadas) devem ter a identificação da peça ou elemento a que se destinam. O transporte do aço até o local de produção da peça deve ser realizado garantindo a não ocorrência de deformações e, no caso de armaduras pré-montadas, evitando-se rupturas dos

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vínculos de posicionamento, conformação das armaduras (incluindo sua identificação) e posicionamento de elementos de ligação ou ancoragens (quando aplicável). a.3. Cimentos A composição química e as características mecânicas dos cimentos a serem utilizados, devem ser compatíveis com o trabalho a que se destinam. Como a grande maioria das obras executadas pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM utiliza o cimento Portland, em relação as especificações e procedimentos de recebimento, deve-se respeitar as prescrições contidas na NBR 5732 - “Cimento Portland comum”. Admite-se que sejam utilizados todos os cimentos produzidos no Brasil, tais como:

• Cimento CP II E, CP II F, CP II Z (especificação NBR 11578 - “Cimento Portland composto”).

• Cimento CP III (especificação NBR 5735 - “Cimento Portland de alto - forno”).

• Cimento CP IV (especificação NBR 5736 - “Cimento Portland pozolânico” ).

• Cimento CP V ARI (especificação NBR 5733 - “Cimento Portland de alta resistência inicial”).

A CONTRATADA deverá respeitar todos os requisitos propostos pelas normas técnicas em relação aos cimentos, especificamente com atenção voltada para: condições de estocagem e armazenamento; inspeção periódica e ensaios; critérios de escolha em função do tipo de peça de concreto produzida e das condições de exposição a que ela estará submetida (submersa, enterrada, ar livre, etc.). Em relação à embalagem, marcação e entrega dos cimentos, têm-se:

• O cimento pode ser entregue em sacos, “contêineres“ ou a granel;

• Quando o cimento é entregue em sacos, estes devem ter impressos de forma bem visível em cada extremidade, as siglas e classes correspondentes, com 60mm de altura no mínimo e no centro, a denominação normalizada, o nome e a marca do FABRICANTE;

• Os sacos devem conter 50kg líquidos de cimento e devem estar íntegros na ocasião da inspeção e recebimento;

• No caso de cimento a granel ou conteiner, a documentação que acompanha a entrega deve conter a sigla correspondente (CP E, CP Z, etc.), a classe (25, 32 ou 40), a denominação normalizada, o nome, marca do FABRICANTE e a massa líquida de cimento entregue.

Em relação ao armazenamento em sacos, recomenda-se:

• Os sacos de cimento devem ser armazenados em locais bem secos e bem protegidos para preservação da qualidade, de forma a permitir fácil acesso à inspeção e identificação de cada lote. As pilhas devem ser colocadas sobre estrados secos e não devem ter mais de 15 sacos, para uso em até 15 dias e não mais de 10 sacos, para uso superior a 15 dias.

• Preferencialmente, a escolha do tipo de cimento a ser utilizado deverá constar do projeto executivo, e quando da sua não definição prévia, ficará sob responsabilidade da SUPERVISÃO.

• Dependendo do porte da obra a ser realizada, e a critério da SUPERVISÃO, os cimentos poderão ser fornecidos em silos instalados dentro do canteiro de obra ou da praça de trabalho.

• Quando, por alguma razão, a SUPERVISÃO detectar algum tipo de anomalia no cimento em utilização na obra, poderá solicitar a realização de ensaios de avaliação da qualidade e da atividade dos mesmos, os custos ficarão por conta da CONTRATADA. Uma vez detectada a perda de atividade dos cimentos estocados na

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obra, a CONTRATADA procederá imediatamente a sua remoção do canteiro e a sua consequente reposição.

• Qualquer problema na mudança de coloração das peças em concreto aparente, motivado pela alteração do tipo de cimento, será de inteira responsabilidade da CONTRATADA, ficando a seu cargo, sem ônus para a PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, a resolução do problema, mediante a utilização de técnicas apropriadas, tais como a estucagem.

• Não será conveniente utilizar numa mesma concretagem mistura de tipos diferentes de cimento, nem de marcas diferentes, ainda que pertencentes a um mesmo tipo.

• O estoque de cimento para concreto deve ser realizado em local coberto ou fechado, de modo que não tenha contato com a umidade e que seja garantida sua validade estabelecida pelo fabricante, não ocorrência de endurecimento, contaminação ou alterações de suas características. O transporte interno até o local de mistura deve garantir as mesmas condições de estoque.

• Especificamente para o cimento ensacado, ele deve ser estocado de maneira a atender a todas as condições estabelecidas na embalagem (local, empilhamento máximo etc.), e seu transporte deve evitar que os sacos sejam molhados ou rasgados até sua utilização.

a.4. Água A água é elemento necessário à hidratação do cimento, reação química básica para produção de concretos e argamassas. Deve ser isenta de teores prejudiciais e de substâncias estranhas. Podem ser usadas para produção de concretos, as águas potáveis e as que apresentarem PH entre 5,8 e 8,0 e respeitem os seguintes limites máximos:

• Matéria orgânica (expressa em oxigênio consumido) 3mg /L

• Resíduo sólido 5000mg /L

• Sulfatos (expresso em íons SO4-2) 300mg /L

• Cloretos (expresso em íons Cl -1) 500mg /L

• Açúcar 5mg /L A SUPERVISÃO poderá, caso algum dos limites acima não seja atendido, exigir estudos experimentais em laboratório para avaliação das consequências do uso da água em questão, em conformidade com as prescrições da NBR 6118 da ABNT. Qualquer tipo de água disponibilizada diretamente pela COPASA é aceita e recomendada para a utilização em concretos. a.5. Aditivos Aditivo, por definição, é todo e qualquer material incorporado na mistura até o limite de 5% sobre o peso de cimento ou aglomerante utilizado na produção de concretos. É recomendável a utilização de aditivos nos concretos produzidos visando alcançar alguma propriedade desejável e importante. Dentre eles pode-se citar:

• Plastificantes e superplastificantes;

• Redutor de água;

• Incorporador de ar;

• Corantes;

• Hidrofugantes;

• Acelerador ou retardador de pega, etc. Todos os aditivos a serem utilizados deverão atender às especificações contidas na norma NBR 11768 - “Aditivos para concreto de cimento Portland” da ABNT. É dispensável, por

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parte da CONTRATADA, a realização de ensaios de recepção e controle dos aditivos a serem utilizados. Entretanto, caso haja, no ato de produção, lançamento ou cura do concreto, a aparição de alguma patologia ou dano, cuja origem tenha sido a qualidade do aditivo utilizado, a CONTRATADA é responsável pelos danos ocasionados, ficando obrigada a repor o concreto às condições prescritas pelo projeto. A qualquer tempo, a SUPERVISÃO poderá exigir a contratação de um laboratório especializado, com o objetivo de avaliar o desempenho de possíveis aditivos a serem utilizados nos concretos, sem ônus para a PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. A utilização de qualquer aditivo é condicionada a uma aprovação prévia da SUPERVISÃO. a.6. Adições Entende-se como adição todo e qualquer material incorporado no concreto acima de 5% sobre o peso de cimento ou aglomerante utilizado. É admissível a utilização de adições nos concretos, ficando a cargo da CONTRATADA a realização de ensaios comprobatórios, em laboratórios qualificados, da melhoria de performance e de qualidade dos concretos produzidos. Caso venha ocorrer algum tipo de patologia nos concretos produzidos cuja causa esteja relacionada com o uso da adição, ela será de inteira responsabilidade da CONTRATADA, ficando a mesma responsável pela reparação dos danos ocasionados. Pode-se utilizar como adição os seguintes materiais: escória moída, pozolanas, filler, etc. a.7. Formas Os materiais de execução das formas serão compatíveis com o acabamento desejado e indicado no projeto. Partes da estrutura não visíveis poderão ser executadas com madeira serrada em bruto. Para as partes aparentes, será exigido o uso de chapas compensadas, madeira aparelhada, madeira em bruto revestida com chapa metálica ou simplesmente outros tipos de materiais, conforme indicação no projeto e conveniência de execução, desde que sua utilização seja previamente aprovada pela SUPERVISÃO. As madeiras deverão ser armazenadas em locais abrigados, onde as pilhas terão o espaçamento adequado, a fim de prevenir a ocorrência de incêndios. O material proveniente da desforma, quando não mais aproveitável, será retirado das áreas de trabalho. Geralmente são encontrados dois tipos de estruturas de formas:

• Estruturas padrão, moduladas, com grande número de repetições e aplicação em diversos prédios;

• Estrutura atípica como escadas, reservatórios d’água, rampas, elevadores e mesmo pequenas obras com finalidade específica.

Em relação à estrutura padrão, a experiência tem mostrado que é fundamental racionalizar o serviço, empregando materiais que possuam um alto índice de reaproveitamento e que minimizem a mão de obra. O uso do aço (escoras, painéis laterais e fundos de vigas) combinado com fibras sintéticas em forma de módulos de laje, tem tido resultados excepcionais em obras, tanto nos fatores qualidade e prazo, como também no ótimo reaproveitamento. a.8. Escoramentos Os escoramentos podem ser de dois tipos:

• Madeira: utilizando pontaletes de eucalipto sem nós visíveis ou em peças de lei serradas de dimensões mínimas de 7,0cm;

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• Metálicos: sistemas padronizados, versáteis e práticos, projetados por empresas especializadas e devidamente concebidas em função das necessidades impostas pelo projeto de formas.

b. Execução O objetivo deste item é expor de forma comentada, as determinações da NBR 6118 e da NBR 14931, bem como a experiência acumulada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM em suas obras de concreto armado. Já há muitos anos, vem sendo dada ênfase especial à questão qualidade - durabilidade, ultrapassando em importância e preocupação outra questão ligada às estruturas de concreto armado - a resistência mecânica. Procurar-se enfatizar os aspectos ligados a execução de uma obra de concreto armado, para lhe garantir uma vida com qualidade, superior a 50 anos. A passagem de tubulações ou qualquer outro elemento, através de peças estruturais (vigas e/ou lajes), será executada na peça devidamente curada, utilizando-se perfuratrizes especiais. Vale ressaltar que, tal procedimento, só será aceito com a existência de detalhamento no projeto estrutural, especificando o diâmetro e posição relativa dos furos, salientando, ainda, os cuidados estruturais a serem tomados. Os níveis definidos no projeto estrutural serão marcados e transferidos, obrigatoriamente, com o uso de equipamento a laser. Desta forma, serão descritos neste item normas e procedimentos voltados para a execução de obras, relacionando posturas de controle, inspeção e aceitação das suas estruturas. b.1. Formas e escoramentos As formas deverão ser dimensionadas de modo que não possuam deformações prejudiciais, quer sob a ação dos fatores ambientais, quer sob a carga, especialmente a do concreto fresco, considerando nesta o efeito do adensamento sobre o empuxo do concreto. O escoramento deverá ser projetado de modo a não sofrer, sob a ação de seu peso, do peso da estrutura e das cargas acidentais que possam atuar durante a execução da obra, deformações prejudiciais à forma da estrutura ou que possam causar esforços no concreto na fase de endurecimento. Não se admitem pontaletes de madeira com diâmetro ou menor lado da seção retangular inferior a 5cm, para madeiras duras, e 7cm para madeiras moles. Os pontaletes com mais de 3,00m de comprimento deverão ser contraventados. Deverão ser tomadas as precauções necessárias para evitar recalques prejudiciais provocados no solo ou na parte da estrutura que suporta o escoramento, pelas cargas por eles transmitidas. No caso do emprego de escoramento metálico, devem ser seguidas as instruções do fornecedor responsável pelo sistema.

• Dimensionamento

As formas e os escoramentos deverão ser dimensionados e construídos obedecendo às prescrições da norma brasileira NBR 7190 - “Projeto de estruturas de madeira”.

• Precauções contra incêndio Deverão ser tomadas nas obras as devidas precauções para proteger as formas e o escoramento contra os riscos de incêndio, tais como cuidados nas instalações elétricas

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provisórias, remoção de resíduos combustíveis e limitação no emprego de fontes de calor, observando a NR 18.

• Emenda nos pontaletes Cada pontalete de madeira só poderá ter uma emenda, que não deverá ser executada no terço médio do seu comprimento. Nas emendas, os topos das duas peças a emendar deverão ser planos e normais ao eixo comum. Deverão ser pregadas cobre-juntas em toda a volta das emendas. b.1.1. Montagem de formas para concreto armado

• Montagem de forma de pilar Na montagem das formas dos pilares, devem ser observados os seguintes procedimentos: − Verificar se o desmoldante foi aplicado nas formas (exceto no primeiro uso); − Observar se o posicionamento das galgas e dos espaçadores e o espaçamento

entre tensores ou agulhas atendem ao projeto; − Conferir o prumo das formas de pilares, utilizando um prumo face, e a altura de

topo de cada painel; − Conferir a imobilidade do conjunto mão-francesa-gastalho e o esquadro do

encontro dos painéis no topo do pilar; − Verificar todos os encaixes das formas para que não haja folgas. Acertar

eventuais diferenças encontradas em qualquer dos itens averiguados.

• Montagem de forma de viga. Na montagem das formas das vigas, devem ser observados os seguintes procedimentos: − Utilizando um prumo, observar se os pontos de fixação das linhas de náilon que

definem os eixos da obra foram transferidos, do andar inferior para o pavimento a ser concretado, com exatidão. Acertar qualquer diferença encontrada;

− Verificar a locação dos topos das formas de pilares, com uma tolerância de 2mm, bem como as dimensões internas das formas;

− Checar se o desmoldante foi aplicado na face da forma de viga (exceto no primeiro uso);

− Certificar-se do perfeito encaixe das formas na cabeça dos pilares, admitindo uma tolerância de 2mm;

− O alinhamento dos painéis laterais deve ser conferido por intermédio de linhas de náilon unindo as cabeças dos pilares;

− Observar o nivelamento dos fundos de viga, medindo com um metro a altura da forma até a linha de náilon posicionada horizontalmente, abaixo dos fundos de viga;

− Avaliar a perfeita imobilidade de todo o conjunto, assim como o espaçamento dos garfos definido em projeto.

• Montagem de forma de lajes Na montagem das formas das lajes, devem ser observados os seguintes procedimentos:

• Verificar a fixação e o posicionamento dos sarrafos - guia para apoio das longarinas;

• Checar o posicionamento das longarinas e das escoras, bem como o seu travamento;

• Será obrigatória, a verificação do nivelamento das formas de laje, com aparelho de nível a laser, pela parte superior das formas. O aparelho será instalado, em um local onde o trânsito de pessoas e a possibilidade de deslocamento do mesmo, seja menor, devendo a base, ser o mais firme possível. Define-se então, a referência de nível, segundo a qual, será verificado o nível da laje. Posiciona-se o sensor eletrônico do aparelho, preso a uma régua de alumínio, em diversos pontos, procedendo em

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cada um, os ajustes necessários, até que se tenha uma condição de nivelamento perfeita. Deve-se atentar para as lajes com previsão de contraflecha. A Figura 1, apresenta o detalhe de um aparelho de nível à laser;

• Observar se o assoalho está todo pregado nas longarinas e com desmoldante aplicado.

Figura 1 - Nivelamento a laser b.1.2. Dispositivos para retirada das formas e do escoramento A construção das formas e do escoramento deverá ser executada de modo a facilitar a retirada de seus diversos elementos separadamente, se necessário. Para que se possa fazer essa retirada sem choque, o escoramento deverá ser apoiado sobre cunhas, caixas de areia ou outros dispositivos apropriados a esse fim. Deverão ser utilizados produtos que facilitem a retirada das formas após a concretagem, sem, contudo, deixar manchas ou bolhas sobre a superfície dos concretos. No ato de desforma das peças, é obrigatória a amarração prévia das formas a serem retiradas, como forma de evitar a sua queda e por consequência riscos de acidente e danos à futuras reutilizações. É importante que em todo sistema de forma sejam previstas faixas de reescoramento, cujas escoras não serão removidas no ato da desforma, ali permanecendo, como forma de se evitar a deformação plástica imediata e instantânea das peças de concreto. b.1.3. Precauções anteriores ao lançamento do concreto Antes do lançamento do concreto deverão ser conferidas as dimensões e a posição das formas, a fim de assegurar que a geometria da estrutura corresponda ao projeto. Procede-se a limpeza do interior das formas e a vedação das juntas, de modo a evitar a fuga de pasta. Nas formas de paredes, pilares e vigas estreitas e altas, deve se deixar aberturas próximas ao fundo, para limpeza.

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As formas absorventes deverão ser molhadas até a saturação, fazendo-se furos para escoamento da água em excesso. No caso em que as superfícies das formas sejam tratadas com produtos antiaderentes, destinados a facilitar a desmontagem, esse tratamento deverá ser executado antes da colocação da armadura. Os produtos empregados não deverão deixar, na superfície do concreto, resíduos que sejam prejudiciais ou possam dificultar a retomada da concretagem ou a aplicação de revestimento. b.2. Armadura b.2.1. Emprego de diferentes classes e categorias de aço Não poderão ser empregados na obra aços de qualidades diferentes das especificadas no projeto, sem aprovação prévia do projetista. Quando previsto o emprego de aços de qualidades diversas, deverão ser tomadas as necessárias precauções para evitar a troca involuntária. b.2.2. Limpeza As barras de aço deverão ser convenientemente limpas de qualquer substância prejudicial à aderência, retirando-se as escamas eventualmente destacadas por oxidação. b.2.3. Dobramento, fixação das barras e barras curvadas O dobramento das barras, inclusive para os ganchos, deverá ser feito com os raios de curvatura previstos no projeto e respeitando os diâmetros internos de curvatura previstos na NBR 14931. As barras de aço deverão ser sempre dobradas a frio. As barras não podem ser dobradas junto às emendas com soldas, observando-se uma distância mínima de 10 vezes o diâmetro. b.2.4. Emendas As emendas das barras de aço poderão ser executadas por trespasse ou por solda. Os trespasses deverão respeitar, rigorosamente, os detalhes e orientações do projeto estrutural. A solda, quando especificada no projeto, só poderá ser:

• Por pressão (caldeamento);

• Com eletrodo. As máquinas soldadoras deverão ter características elétricas e mecânicas apropriadas à qualidade do aço e à bitola da barra e ser de regulagem automática. Nas emendas por pressão, as extremidades das barras deverão ser planas e normais aos eixos e, nas com eletrodos, as extremidades serão chanfradas, devendo-se limpar perfeitamente as superfícies. As barras de aço classe B só poderão ser soldadas com eletrodo, executando-se a solda por etapas e com aquecimento controlado de modo a não prejudicar a qualidade do aço. A solda de barras de aço CA-50A deverá ser executada com eletrodos adequados, pré-aquecimento e resfriamento gradual. Deverão ser realizados ensaios prévios da solda na forma e com o equipamento e o pessoal a serem empregados na obra, assim como ensaios posteriores para controle, de acordo com a NBR 11919 - “Verificação de emendas metálicas de barras de concreto armado”. b.2.5. Montagem

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A armadura deverá ser posicionada e fixada no interior das formas de modo que durante o lançamento do concreto se mantenha na posição indicada no projeto, conservando-se inalteradas as distâncias das barras entre si e às faces internas das formas. Para isso, deverão ser adotados os procedimentos descritos no item. Nas lajes deverá ser efetuada a amarração das barras, de modo que em cada uma destas o afastamento entre duas amarrações não exceda 35cm.

b.2.6. Proteção

Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas de serviços deverão estar dispostas de modo a não acarretarem deslocamento das armaduras.

As barras de espera deverão ser devidamente protegidas contra a oxidação; ao ser retomada a concretagem elas deverão ser perfeitamente limpas, de modo a permitir boa aderência.

b.2.7. Cobrimento

Deverá ser realizado respeitando-se as prescrições contidas na NBR 6118, bem como o projeto executivo. Qualquer barra da armadura, inclusive de distribuição, de montagem e estribos, deve ter cobrimento pelo menos igual ao seu diâmetro, mas não menor que:

Tipo de estrutura Componente ou

elemento

Classe de agressividade ambiental (Tabela 4)

I II III IV(3)

Cobrimento nominal cm

Concreto armado Laje

(2) 2,0 2,5 3,5 4,5

Viga/Pilar 2,5 3,0 4,0 5,0

Concreto protendido(1)

Todos 3,0 3,5 4,5 5,5

1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas, sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão fragilizante sob tensão.

2) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros tantos, as exigências desta tabela podem ser substituídas por um cobrimento nominal ≥ 1,5cm.

3) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 4,5cm.

Tabela 3 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal

A agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado na Tabela 3 e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas partes.

Classe de agressividade ambiental

Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de

projeto

Risco de deterioração da estrutura

I Fraca Rural

Insignificante Submersa

II Moderada Urbana 1) 2) Pequeno

III Forte Marinha 1)

Grande Industrial 1) 2)

IV Muito forte Industrial 1) 3)

Elevado Respingos de maré

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1) Pode-se admitir um microclima com classe de agressividade um nível mais branda para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).

2) Pode-se admitir uma classe de agressividade um nível mais branda em: obras em regiões de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.

3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.

Tabela 4 - Classes de agressividade ambiental

• Medidas especiais A dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado no concreto não pode superar em 20% a espessura nominal do cobrimento, ou seja:

• dmáx ≤ 1,2 Cnom Para concreto em contato com o solo e se o solo não for rochoso, sob a estrutura deverá ser interposta uma camada de concreto simples, não considerada no cálculo, com o consumo mínimo de 250kg de cimento por metro cúbico e espessura de pelo menos 5,0cm. Para cobrimento maior que 6,0cm, deve se colocar uma armadura de pele complementar, em rede, cujo cobrimento não deve ser inferior aos limites especificados neste item. Qualquer armadura terá cobrimento de concreto nunca menor que as espessuras prescritas no projeto e na norma NBR 6118. Para garantia do cobrimento mínimo preconizado em projeto, serão utilizados espaçadores plásticos ou espaçadores de concreto, e mesmo até outro dispositivo aprovado pela SUPERVISÃO, com espessuras iguais ao cobrimento previsto e que não tenham partes metálicas expostas. A resistência do concreto dos espaçadores deverá ser igual ou superior à do concreto das peças às quais serão incorporadas. Os espaçadores de concreto deverão apresentar relação água/cimento menor ou igual a 0,5. Os espaçadores serão providos de arames de fixação nas armaduras. b.3. Tolerâncias A execução das obras deverá ser a mais cuidadosa possível a fim de que as dimensões, a forma e a posição das peças obedeçam às indicações do projeto, bem como da NBR 6118 e da NBR 14931 da ABNT. b.4. Preparo do concreto b.4.1. Dosagem experimental Tanto a dosagem para o preparo do concreto em obra, quanto à encomenda e o

fornecimento de concreto pré-misturado, deverão ter por base a resistência característica,

fck, nos termos da norma NBR 6118 da ABNT. b.4.2. Concreto produzido na obra

• A medida dos materiais No caso de concretos produzidos nos canteiros, deverão ser obedecidas as seguintes condições:

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− Quando o aglomerante for usado a granel, deverá ser medido em peso com tolerância de 3%; no caso de cimento ensacado, pode ser considerado o peso nominal do saco, atendidas as exigências das Especificações Brasileiras;

− Os agregados miúdo e graúdo deverão ser medidos em peso ou volume, com tolerância de 3%, devendo-se sempre levar em conta a influência da umidade;

− A água poderá ser medida em volume ou peso, com tolerância de 3%; − O aditivo poderá ser medido em volume ou peso, com tolerância de 5%.

• O amassamento mecânico. O amassamento mecânico em canteiro deverá durar, sem interrupção, o tempo necessário para permitir a homogeneização da mistura de todos os elementos, inclusive eventuais aditivos; a duração necessária aumenta com o volume da amassada e será tanto maior quanto mais seco o concreto.

O tempo mínimo de amassamento, em segundos, será d120 ,

d60 ou d30 ,

conforme o eixo da misturadora seja inclinado, horizontal ou vertical, sendo d o

diâmetro máximo da misturadora (em metros). Nas misturadoras de produção contínua deverão ser descartadas as primeiras amassadas até se alcançar a homogeneização necessária. No caso de concreto pré-misturado aplica-se a NBR 7212 - “Execução de concreto dosado em central”. − A produção do concreto na própria obra será sempre realizada por intermédio de

betoneiras de eixo inclinado. − Devido à existência de uma forte correspondência entre a relação água/cimento, a

resistência à compressão do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os requisitos mínimos expressos na Tabela 5 de acordo com a NBR 6118. Tal adoção terá efeito na permeabilidade do concreto produzido, que no caso de fatores água/cimento mais baixos, implicam em concretos menos porosos e, portanto, com suas armaduras menos sujeitas ao ataque do oxigênio do ar e da água.

Tabela 5 - Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto

Concreto Tipo Classe de agressividade (Tabela 4)

I II III IV

Relação água/cimento em

massa

CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45

CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45

Classe de concreto(NBR

8953)

CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40

CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40

NOTAS: 1) O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na NBR 12655. 2) CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado. 3) CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.

− O concreto adequado deverá ser produzido, criteriosamente, de modo a modificar,

o menos possível, as suas propriedades. − As condições de estocagem do cimento e dos agregados (segundo NBR 14931)

com a utilização de um umidímetro é preciso fazer um mínimo de 3 medições diárias da umidade da areia e com ajuda de um balde graduado, previamente aferido em laboratório, completar a água necessária para conferir ao concreto a trabalhabilidade necessária, mantendo inalterado o fator água/cimento. A determinação constante da umidade da areia, sempre que iniciada a produção do concreto e quando for utilizado novo carregamento, junto com um cuidadoso lançamento da água necessária na betoneira, são os dois fatores principais que garantirão a uniformidade do concreto produzido.

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− Esse controle será facilitado com o treinamento do mestre de obras ou encarregado de concreto, na determinação da umidade da areia e no uso de tabela que relaciona umidade da areia e água a adicionar à betoneira, para 1 ou 2 sacos de cimento.

− Após o operador da betoneira estar devidamente orientado sobre a quantidade de água a ser adicionada, sua função será controlar o tempo da mistura, o número de carrinhos padiolas de agregados e sacos de cimento lançados no carregador da betoneira. Uma verificação da consistência do concreto, no início da produção do dia ou período, completa o rol de controles da produção. Sem esses cuidados, não será possível obter concreto de qualidade e uniformidade desejáveis.

− Para efeito de controle da produção serão retirados pares de corpos-de-prova cilíndricos de concretos, para ensaios à compressão. Os custos dos ensaios serão contemplados pelo BDI - Bonificação e Despesas Indiretas da obra.

b.5. Concretagem b.5.1. Transporte O concreto deverá ser transportado do local do amassamento ou da boca de descarga do caminhão betoneira até o local da concretagem num tempo compatível com as condições, e o meio utilizado não deverá acarretar desagregação ou segregação de seus elementos ou perda sensível de qualquer deles por vazamento ou evaporação. No caso de transporte por bombas, o diâmetro interno do tubo deverá ser no mínimo quatro vezes o diâmetro máximo do agregado. O sistema de transporte deverá, sempre que possível, permitir o lançamento do concreto direto nas formas, evitando-se depósito intermediário; se este for necessário, no manuseio do concreto deverão ser tomadas precauções para evitar segregação. b.5.2. Lançamento Salvo condições específicas definidas em projeto, ou influência de condições climáticas ou de composição do concreto, recomenda-se que o intervalo de tempo transcorrido entre o instante em que a água de amassamento entra em contato com o cimento e o final da concretagem não ultrapasse a 2:30h. Quando a temperatura ambiente for elevada, ou sob condições que contribuam para acelerar a pega do concreto, esse intervalo de tempo deve ser reduzido, a menos que sejam adotadas medidas especiais, como o uso de aditivos retardadores, que aumentem o tempo de pega sem prejudicar a qualidade do concreto. Em nenhuma hipótese se fará lançamento após o início da pega. Para os lançamentos a serem executados a seco, em recintos sujeitos à penetração de água, deverão ser tomadas as precauções necessárias para que não haja água no local em que se lança o concreto nem possa o concreto fresco vir a ser por ela lavado. O concreto deverá ser lançado o mais próximo possível de sua posição final, evitando-se incrustação de argamassas nas paredes das formas e nas armaduras. Deverão ser tomadas precauções para manter a homogeneidade do concreto. A altura de queda livre não poderá ultrapassar 2,00m. Para peças estreitas e altas, o concreto deverá ser lançado por janelas abertas na parte lateral, ou por meio de funis ou trombas.

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Cuidados especiais deverão ser tomados quando o lançamento se der em ambiente com temperatura inferior a 10°C ou superior a 40°C.

• Lançamento submerso Quando o lançamento for submerso, o concreto deverá ter no mínimo 400kg de cimento por m³, ser de consistência plástica e ser levado dentro da água por uma tubulação, mantendo-se a ponta do tubo imersa no concreto já lançado, a fim de evitar que ele caia através da água e que provoque agitação prejudicial; o lançamento poderá também ser efetuado por processo especial, de eficiência devidamente comprovada. Após o lançamento o concreto não deverá ser manuseado para lhe dar forma definitiva. Não se deverá lançar concreto submerso quando a temperatura da água seja inferior a 5°C, estando o concreto com temperatura normal, nem quando a velocidade da água supere 2,0m/s. b.5.3. Adensamento Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deverá ser vibrado ou apiloado contínua e energicamente com equipamento adequado à sua consistência. O adensamento deverá ser cuidadoso para que o concreto preencha todos os recantos da forma. Durante o adensamento deverão ser tomadas as precauções necessárias para que não se formem ninhos ou haja segregação dos materiais; deve-se evitar a vibração da armadura para que não se formem vazios a seu redor com prejuízo da aderência. Quando se utilizarem vibradores de imersão a espessura da camada deverá ser aproximadamente igual a ¾ do comprimento da agulha; se não puder atender a esta exigência não deverá ser empregado vibrador de imersão. O vibrador nunca deverá ser desligado com a agulha introduzida no concreto. b.5.4. Juntas de concretagem Quando o lançamento do concreto for interrompido e, assim, formar-se uma junta de concretagem, deverão ser tomadas as precauções necessárias para garantir, ao reiniciar-se o lançamento, a suficiente ligação do concreto já endurecido com o do novo trecho. Antes de reiniciar-se o lançamento, deverá ser removida a nata e feita a limpeza da superfície da junta. Deverão ser tomadas precauções para garantir a resistência aos esforços que podem agir na superfície da junta, que poderão consistir na cravação de barras ou deixar arranques ou reentrâncias no concreto mais velho. As juntas deverão ser localizadas nas áreas de menores esforços de cisalhamento, preferencialmente em posição normal aos de compressão. O concreto deverá ser perfeitamente adensado até a superfície da junta. O responsável pelo cálculo estrutural deverá ser consultado sobre a melhor localização da junta. A concretagem das vigas deverá atingir o terço médio do vão, não sendo permitidas juntas próximas aos apoios. Na ocorrência de juntas em lajes, a concretagem deverá atingir o terço médio do maior vão, localizando-se as juntas paralelamente a armadura principal. Em lajes nervuradas as juntas deverão situar-se paralelamente ao eixo longitudinal das nervuras. Especial cuidado deverá ser tomado quanto ao adensamento junto a interface entre o concreto já endurecido e o recém lançado, a fim de se garantir a perfeita ligação das partes. No lançamento de concreto novo sobre superfície antiga poderá ser exigida, a critério da SUPERVISÃO, o emprego de adesivos estruturais. b.5.5. Programa de lançamento

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Quando a sequência das fases de lançamento do concreto puder resultar efeitos prejudiciais à resistência e à deformação ou à fissuração da estrutura, o lançamento deverá obedecer ao programa que leve em conta a retração, e seja organizado tendo em vista o projeto do escoramento e as deformações que serão nele provocadas pelo peso próprio do concreto e pelas cargas resultantes dos trabalhos de execução. b.6. Cura, retirada das formas e do escoramento b.6.1. Cura e outros cuidados Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto deverá ser protegido contra agentes prejudiciais, tais como mudanças bruscas de temperatura, secagem, chuva forte, água torrencial, congelamento, agentes químicos, bem como choques e vibrações de intensidade tal, que possa produzir fissuração na massa do concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura. A proteção contra a secagem prematura, pelo menos durante os 7 primeiros dias após o lançamento do concreto, aumentado este mínimo quando a natureza do cimento o exigir, poderá ser efetuada mantendo-se umedecida a superfície ou protegendo com uma película impermeável ou cura química. O endurecimento do concreto poderá ser antecipado por meio de tratamento térmico adequado e devidamente controlado, não se dispensando as medidas de proteção contra a secagem. b.6.2. Retirada das formas e do escoramento

• Prazos A retirada das formas e do escoramento só poderá ser efetuada quando o concreto se achar suficientemente endurecido para resistir às ações que sobre ele atuarem e não conduzir a deformações inaceitáveis, tendo em vista o valor baixo de Ec, a maior probabilidade de grande deformação lenta quando o concreto é solicitado com pouca idade. Se não for demonstrado o atendimento das condições acima e não se tendo usado cimento de alta resistência inicial ou processo que acelere o endurecimento, a retirada das formas e do escoramento não deverá ser efetuada antes dos seguintes prazos:

- Faces laterais: 3 dias; - Faces inferiores, deixando-se pontaletes bem encunhados e

convenientemente espaçados: 14 dias, entretanto, permanecendo no local as faixas de reescoramentos previamente projetadas;

- Faces inferiores, sem pontaletes: 21 dias.

• Precauções A retirada do escoramento e das formas deverá ser efetuada sem choques e de acordo com o plano de desforma previamente estabelecido de acordo com o tipo da estrutura e de maneira a não comprometer a segurança e o desempenho em serviço da estrutura. b.7. Lajes b.7.1. Laje nível zero A concretagem das lajes poderá ser realizada mediante o emprego de técnica e equipamentos específicos, possibilitando ao término do serviço, a obtenção de uma superfície com acabamento final, que poderá ser acamurçado, liso ou vitrificado,

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correspondendo respectivamente, aos acabamentos sarrafeado, feltrado e natado do sistema convencional. Esta metodologia é conhecida como “sistema de laje nível zero” e consiste em incluir no processo de concretagem, equipamentos como régua vibratória, desempenadeiras mecânicas e o nível a lazer. Os dois primeiros equipamentos atuam no adensamento, nivelamento e acabamento da superfície e o terceiro, permite a determinação e acompanhamento do nível de acabamento durante todo o processo. A adoção deste sistema, dispensará tanto a realização da camada de revestimento, quando a especificação for o piso cimentado, quanto da camada de regularização (contrapiso), quando for especificado outro tipo de acabamento, gerando, portanto, substancial economia no custo da obra. Vale lembrar que é perfeitamente admissível a execução da laje nível zero em associação com uma laje nervurada. b.7.2. Lajes pré-moldadas

• Laje pré-moldada com vigotas de concreto São lajes que possuem estrutura espacial composta por vigas pré-moldadas (vigotas de concreto armado de seção “T”), materiais de enchimento que podem ser blocos cerâmicos, de concreto, concreto celular entre outros e concreto moldado no local para complementar a espessura necessária da laje. O pavimento imediatamente inferior, quando for o caso, deve estar liberado para receber a carga proveniente do pavimento a concretar e os outros pavimentos inferiores devem estar devidamente reescorados. É interessante que as vigas já estejam concretadas até a altura do fundo da laje, para que sirvam de apoio às nervuras. No caso de concretagem com concreto bombeado, a tubulação deve ser instalada e lubrificada com argamassa, a bomba corretamente posicionada e deve-se prever de dois a quatro homens para segurar e movimentar a extremidade da tubulação (mangote). Quando se tratar de concretagem com bomba-lança (ou caminhão-lança), deve se verificar se a lança atinge todos o pontos a concretar, se as redes públicas de telefone e eletricidade permitem a instalação e movimentação da lança e, deve-se ainda, verificar se a tubulação encontra-se lubrificada com argamassa. É necessário um homem para manusear a extremidade da tubulação. Em se tratando de concretagem com o auxílio de grua, a caçamba deverá ser molhada antes da concretagem e deve ser retirado qualquer resto de concreto ou argamassa acumulado de outras concretagens.

• Procedimento de execução do serviço A parte das vigas já concretadas deve ser molhada em abundância e a superfície deve estar limpa e livre de restos de concreto ou argamassa solta. Não deve se permitir que se acumule um volume muito grande de concreto em ponto isolado sobra a laje. As nervuras devem penetrar nas vigas o mínimo exigido pelo fabricante ou recomendado em projeto. A disposição das nervuras será sempre mostrada em projeto ou ao longo do menor vão. Deve-se lançar o concreto em tempo hábil, ou seja, em tempo inferior ao início de pega levando-se em conta, porém, se foi empregado aditivo retardador de pega ou não. Nivelar os sarrafos de madeira, respeitando-se os níveis indicados em projeto.

• Montagem

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Inicialmente são colocadas as vigotas seguindo o sentido indicado em projeto. Após a colocação das nervuras deve se colocar os blocos. A laje deve ser escorada antes do início da concretagem e deve-se, também, aplicar a contra flecha especificada em projeto. Devem ser colocadas a armadura, as caixas das instalações elétricas, hidráulicas e eletrodutos. As extremidades das vigotas que serão introduzidas nas vigas ou cintas sobre alvenaria deverão ter o concreto removido de tal forma que as barras da armadura das vigotas fiquem expostas e tenham assim aderência com o concreto da viga a ser lançado. As vigotas que porventura apresentem deformações prévias (flechas) ou sinais de corrosão não devem ser empregadas. Caso seja detalhado pelo projetista o uso da armadura negativa na ligação entre lajes deve-se empregar “caranguejos” para seu correto posicionamento.

• Lajes treliçadas

- Definição / aplicação A laje treliçada é composta por uma estrutura de aço eletrossoldada. Este modelo de estrutura, que combina estrutura espacial e concreto, permite que se tenha uma gama muito grande de combinações de vãos e sobrecargas. Seu uso dentro da construção civil vai desde a construção de pequenas lajes para casas, lojas, indústrias, até a utilização de grandes vãos (até 15 metros) ou grandes sobrecargas como pontes, viadutos, etc.

- Metodologia de execução Todos os vãos devem ser escorados com tábuas colocadas em espelhos, exceto nos escoramentos destinados às nervuras de travamento, onde deverão ser colocadas “horizontalmente”, e pontaleteadas. O escoramento deve ser apoiado sobre base firme, bem contra ventada e com altura necessária para possibilitar a contra flecha da laje treliçada. A colocação das vigas deve ser realizada seguindo as indicações contidas na planta de execução que é fornecida juntamente com o material; os números indicados na planta podem corresponder aos marcados nas vigas treliçadas. Esta planta também deve conter todas as informações sobre os ferros negativos e os de distribuição. Para caminhar sobre a laje treliçada durante o lançamento é aconselhável fazê-lo sobre tábuas apoiadas nas vigas treliçadas. As vigas treliçadas devem ser colocadas usando blocos em cada extremidade para espaçá-las exatamente. A primeira carreira de blocos deve se apoiar de um lado sobre a parede ou na forma (tábua) e de outro sobre a primeira viga treliçada. Coloque todos os blocos restantes entre as vigas treliçadas. Devem ser colocados com cuidado para que não fiquem folgas e não saiam do esquadro. Nas nervuras de travamento e extremidades deverão ser colocados blocos fechados para evitar consumo desnecessário de concreto. Os ferros devem ser distribuídos de acordo com as indicações de bitola e quantidade anotada na planta. Apoiar e amarrá-los sobre os ferros que serão colocados no sentido transversal ao das vigas treliçadas. O ferro não deverá entrar nas juntas entre as vigas treliçadas e blocos de concreto, mas ficar no meio da espessura da capa. O material deve ser bem molhado antes de lançar o concreto. Para o concreto da capa, verificar a indicação de fck contida na planta de execução.

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Não é aconselhável caminhar sobre a laje recém concretada. Durante os três primeiros dias após o lançamento do concreto, a superfície da capa deve ser bem molhada. A desforma do escoramento não deve ser realizada antes de passados 18 dias do lançamento do concreto. Em edifícios de múltiplos pisos, não retire o escoramento do piso inferior antes de terminar a execução da laje imediatamente superior (sempre deverão estar escoradas as duas lajes de pisos contíguos verticais), e nas lajes treliçadas de forro, não retire o escoramento antes do carpinteiro terminar o serviço de cobertura do telhado. O escoramento deve ser retirado do centro para as extremidades. Deve-se verificar se o próximo andar a ser concretado não descarregará excesso de carga através do escoramento, sobre a laje treliçada recém concretada. b.7.3. Lajes Nervuradas

• Conceituação: Consiste em lajes compostas por módulos, ocos ou não, e um vigamento especial cruzado, que dá a devida estabilidade e sustentação à laje.

• Utilização: Esse tipo de laje de concreto armado é especialmente recomendado quando da necessidade de vencer vãos, sem a necessidade de vigas intermediárias, pois possibilita o aumento da altura (h) da laje, com grande economia no volume de concreto. Nas lajes de teto de garagens, além desta finalidade, a laje nervurada com módulos plásticos, permite eliminar o revestimento do teto, por apresentar superfície de acabamento adequada a estes ambientes.

• Determinações técnicas: De acordo com a ABNT, as lajes nervuradas devem apresentar as seguintes características:

- A resistência da mesa à flexão deverá ser verificada sempre que a distância entre as nervuras for superior a 50cm ou houver carga concentrada no painel entre as nervuras;

- As nervuras deverão ser sempre verificadas quanto ao cisalhamento. Como vigas, se a distância livre entre elas for superior a 50cm e, como laje, em caso contrário;

- O apoio das lajes deverá ser feito ao longo de uma nervura; - Nas lajes armadas numa só direção, serão necessárias nervuras transversais

sempre que houver cargas concentradas a distribuir ou quando o vão teórico for superior a 4m. Exige se duas nervuras no mínimo quando esse vão ultrapassar 6m;

- Nas nervuras com espessuras inferiores a 8cm, não é permitido colocar armadura de compressão no lado oposto à mesa.

c. Controle tecnológico O controle tecnológico deverá ser realizado segundo as prescrições contidas na NBR 6118 e na NBR 14931, controlando todos os materiais a serem utilizados, e através de laboratório idôneo e certificado em padrão de referência ISO. Enfatiza-se a necessidade da realização de uma inspeção visual detalhada, por parte da SUPERVISÃO, buscando-se detectar nichos, brocas e vazios na estrutura, e só após este controle será definida a metodologia de recuperação a ser adotada, se for o caso.

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Em caso de dúvidas, ou na presença de pequenas e precoces deteriorações nas estruturas que possam vir a comprometer a qualidade e durabilidade das mesmas, será, a critério da SUPERVISÃO e da equipe técnica da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, recomendada a realização de ensaios especiais, preferencialmente não destrutivos, como forma de melhor balizar decisões sobre a recuperação, o desmanche, a modificação do processo construtivo e, mesmo até do projeto. Dentre eles, enquadram-se ensaios de prova de carga realizados diretamente na estrutura. Qualquer ônus deste tipo de trabalho é de responsabilidade da CONTRATADA. Os custos dos referidos ensaios, estão incluídos no BDI. 9.4. ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO 9.4.1. Objetivo O objetivo deste documento é estabelecer critérios padronizados para regulamentar a produção e montagem de Elementos Pré-fabricados. 9.4.2. Condições Gerais A empresa deve utilizar projetos e outros documentos para a execução dos elementos pré-fabricados, contendo no mínimo as seguintes especificações:

• Identificação do desenho (folha, peça etc.), com nome ou logomarca da empresa, projetista ou responsável pelo desenho, data da primeira emissão do desenho, número de revisões e as alterações e modificações realizadas;

• Identificação clara de cada elemento pré-fabricado e suas medidas;

• Tipo do concreto e características, sendo no mínimo a resistência do concreto para manuseio e transporte dos elementos pré-moldados, liberação da armadura na pré-tração (ou para aplicação da protensão por pós-tração) e resistência na idade especificada;

• Os tipos de aços com suas dimensões, bitolas, quantidades e posições, incluindo o valor da tensão na armadura protendida, quando existir;

• Detalhes das ligações, soldas e emendas;

• Localização e inclinação das alças de içamento e pontos de apoio para armazenamento e transporte;

• Tolerâncias dimensionais dos elementos pré-fabricados;

• Volume e peso de cada elemento pré-fabricado. a. Especificações de cobrimento para os elementos O projeto ou documento interno da empresa deve estabelecer os valores de cobrimento dos elementos pré-fabricados, atendendo às especificações do item 9.2.1.1 da NBR 9062, em função dos diversos parâmetros de agressividade e qualidade do concreto (previstos na NBR 6118), suas tolerâncias e critérios para redução, desde que os valores de cobrimento não sejam inferiores a:

• Lajes em concreto armado: cobrimento ≥ 15 mm

• Demais peças em concreto armado (vigas/pilares): cobrimento ≥ 20 mm

• Peças em concreto protendido: cobrimento ≥ 25 mm

• Peças delgadas em concreto protendido (telhas / nervuras): cobrimento ≥ 15 mm

• Lajes alveolares protendidas: cobrimento ≥ 20 mm b. Especificações para montagem

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A empresa deve utilizar projetos e outros documentos para a montagem da estrutura de elementos pré - fabricados, contendo no mínimo as seguintes especificações:

• Identificação do desenho (folha, etapa, obra etc.), com nome ou logomarca da empresa, projetista ou responsável pelo desenho, data da primeira emissão do desenho, número de revisões, alterações e modificações realizadas, descritas ou identificadas com símbolos, como desenho, cores etc.;

• Identificação clara de cada elemento pré-fabricado;

• Cotas, níveis e outras medidas para o posicionamento dos elementos;

• Detalhes das ligações a serem executadas na obra, durante ou após a montagem, incluindo materiais constituintes e sequência de execução durante a montagem, além dos critérios para solidarização de peças ou capeamento de lajes, quando aplicáveis;

• Tolerâncias para a montagem dos elementos pré-moldados;

• Detalhes e critérios para a impermeabilização ou vedação da estrutura executada, incluindo juntas, rufos e pinos;

• Carregamentos utilizados para o cálculo da estrutura, incluindo as sobrecargas, solicitações dinâmicas, cargas de ventos e outros dados, conforme método adotado pela empresa.

c. Controle de especificações e projetos A empresa deve estabelecer sistemática que garanta o controle das versões de projetos internos e documentos correlatos (citados em determinada planta, tais como especificação de ligações, valor de protensão de cabos etc.), elaborados pela planta de produção para a produção e montagem dos elementos pré-fabricados. 9.4.3. Condições Específicas a. Materiais Os materiais dos elementos pré-fabricados de concreto estão descritos juntamente com o item 9.3.4. b. Produção b.1. Traços para o concreto A empresa deve definir formalmente os traços do concreto utilizados na planta de produção. A documentação que os descreve (procedimento, listas, tabelas etc.) deve estabelecer para cada um dos traços, no mínimo as seguintes informações:

• Resistência característica (Mpa);

• Peso do agregado miúdo por metro cúbico e identificação do tipo de material;

• Peso da brita por metro cúbico, identificação genérica de granulometria (pedrisco, brita 1 etc.) e tipo de material;

• Consumo de cimento por metro cúbico e sua especificação (classe e tipo);

• Relação água/cimento (a/c);

• Quantidade e tipo de aditivos (quando aplicável). Os traços devem ser disponibilizados para o local de produção ou identificados claramente para cada tipo de elemento pré-fabricado produzido. Nota: Os valores de a/c definidos devem atender às exigências mínimas para cada categoria

de concreto utilizado, conforme parâmetros definidos na NBR 6118. b.2. Produção e transporte do concreto

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O concreto produzido deve ser dosado e preparado conforme NBR 12655 (onde forem estabelecidas especificações para a “obra”, entende-se como “planta de produção”). Seu transporte após produção deve ser realizado em caminhões betoneira, caçambas ou carrinhos específicos que não permitam segregação, diretamente do local de produção para as formas dos elementos pré-fabricados. Os locais de produção e transporte (betoneiras, caçambas etc.) devem ser lavados após 6 horas de uso ininterrupto ou sempre que houver paralisação por mais de 1 hora. b.3. Controle tecnológico Para todo concreto recebido ou produzido na planta de produção (relativo aos elementos pré-fabricados), devem ser realizados todos os ensaios necessários para a comprovação das especificações de projeto para o produto final, como resistências à compressão e outros quando existirem (módulo de elasticidade, permeabilidade etc.). Especificamente para os ensaios de resistência à compressão, estes devem atender às seguintes condições:

• A moldagem e cura dos corpos-de-prova devem seguir as orientações da NBR 5738;

• No caso dos corpos-de-prova para liberação de desforma ou desprotensão, eles podem ser mantidos junto à forma da peça e submetidos às mesmas condições de cura;

• Os ensaios de resistência à compressão devem ser realizados conforme NBR 5739, comprovando-se os dados especificados em projeto ou em documento interno da empresa, desde que ele esteja vinculado ao projeto;

• Todos os exemplares utilizados para a amostragem dos ensaios devem ser compostos de no mínimo 2 corpos-de-prova para cada idade a ser avaliada;

• A amostragem para controle das resistências de projeto (fck) deverá atender ao

estabelecido na NBR 12655. No caso de amostragem parcial, esta deverá ser constituída de pelo menos 1 exemplar a cada 50m³ de concreto de um mesmo traço produzido, sendo no mínimo 6 exemplares por mês (abrangendo amostras de semanas distintas);

• Os resultados de resistência final devem atender às condições da NBR 12655;

• No caso da utilização de amostragem parcial, o lote representativo do controle estatístico (inclusive para definição do desvio padrão), deve ser claramente definido pela empresa. Devem ser mantidos laudos de laboratório que descrevam os resultados encontrados.

b.4. Desprotensão Para todo concreto protendido utilizado na planta de produção devem ser realizados todos os ensaios necessários para a comprovação das especificações de projeto, atendendo no mínimo as seguintes condições:

• A amostragem para controle das resistências de desprotensão (fcj) deve ser

constituída de no mínimo 1 exemplar por pista a ser concretada ou a cada 30m³ de concreto de um mesmo traço produzido. Em caso de retirada de uma única amostragem em pistas, esta deverá ser feita no final dela;

• Os resultados de resistência devem ser obtidos, obrigatoriamente, antes do início da protensão da pista ou peça, considerando-se o maior valor encontrado entre os dois corpos-de-prova de cada exemplar moldado;

• Devem ser mantidos laudos de laboratório que descrevam os resultados encontrados;

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• Caso verificado resultado inferior ao esperado em um dos corpos-de-prova do exemplar, pode-se reservar (se necessário) o outro para ensaio e liberação posterior. Liberações com base em resultados inferiores ao especificado (concessões), somente serão aceitos com anuência por escrito do projetista ou responsável por projetos na empresa.

b.5. Desforma Para todo concreto armado utilizado na planta de produção devem ser realizados todos os ensaios necessários para a comprovação das especificações de projeto para desformação, atendendo no mínimo as seguintes condições:

• A amostragem para controle das resistências de desformação deve ser constituída de no mínimo 1 exemplar por dia para cada traço produzido;

• Os resultados de resistência devem ser obtidos obrigatoriamente antes do início da desformação dos respectivos elementos (e não apenas para comprovação posterior), considerando-se o maior valor encontrado entre os dois corpos-de-prova de cada exemplar moldado;

• Devem ser mantidos laudos de laboratório que descrevam os resultados encontrados;

• Caso verificado resultado inferior ao esperado em um dos corpos-de-prova do exemplar, pode-se reservar (se necessário) o outro para ensaio e liberação posterior. Liberações com base em resultados inferiores ao especificado (concessões), somente serão aceitos com anuência por escrito do projetista ou responsável por projetos na empresa.

b.6. Formas As formas para concreto armado ou protendido devem ser estáveis e conferir aos elementos pré-fabricados uma superfície uniforme. Sua execução deve ser realizada conforme especificações de dimensionamento, montagem, ancoragem, limpeza e desmoldagem, estabelecidas no item 9 da NBR 9062. b.7. Alças, insertos e outros detalhes Os detalhes construtivos em aço, necessários ao transporte e à ligação dos elementos pré-fabricados na montagem, executados na planta de produção (sejam elas através de insertos, chapas metálicas, alças ou outros processos) devem atender às especificações estabelecidas em projeto. Caso seja necessária a utilização de solda para a execução das ligações, esta deve ser realizada por profissional qualificado por entidade habilitada e certificada. Devem ser mantidos registros da qualificação dos soldadores na planta de produção (quando existir tal serviço), que identifique o tipo de solda executado por este profissional (soldador a arco elétrico com eletrodo revestido, oxiacetilênico etc.). b.8. Armação passiva A execução da armação para o concreto armado deve ser executada com base nas especificações de projeto e atender às exigências construtivas, de confecção e montagem estabelecidas no item 9 da NBR 9062. b.9. Armação protendida

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A execução da armação para o concreto protendido deve ser executada com base nas especificações de projeto e atender às exigências construtivas, de confecção e montagem estabelecidas no item 9 da NBR 9062. A verificação da carga de tração deve ser realizada de forma visual através de manômetro do macaco hidráulico, dinamômetros nos fios e cordoalhas ou através da análise do alongamento total. Nota: No caso da utilização da análise do alongamento, deve ser definida a sistemática de

cálculo do valor real, a ser comparado com as especificações de projeto (levando-se em consideração desvios provocados pela eliminação de catenárias, macacos hidráulicos etc.). Esta sistemática deve ser formalmente aprovada pelo projetista ou responsável técnico da empresa.

b.10. Cobrimento da armadura O cobrimento dos elementos da armadura deve atender ao especificado em projeto ou em documentos internos da empresa (no caso de elementos pré-fabricados padronizados), em todas as faces dos elementos. Os cobrimentos podem ser verificados diretamente na forma, antes da concretagem ou após (caso seja visível). b.11. Execução da concretagem O concreto utilizado para a produção dos elementos pré-fabricados deve ser lançado e adensado (incluindo a execução de juntas quando aplicável) conforme item 9 da NBR 9062. Deve ser realizada a rastreabilidade de todo o concreto lançado, correlacionando os elementos produzidos com os resultados de ensaio de resistência. O prazo para desmoldagem deve garantir a resistência estabelecida em projeto ou documento interno da empresa. Este processo deve ser controlado através do acompanhamento da resistência obtida pelos ensaios descritos na letra “b.3” do item 9.4.3 desta especificação. b.12. Verificação do elemento pré-fabricado Após a desmoldagem, pós-tração (quando aplicável) e retirada do elemento pré-fabricado das formas, deve ser realizada a verificação de suas dimensões e aspecto geral, considerando as seguintes exigências:

• Deve-se verificar visualmente a ocorrência de deformações muito acentuadas, falhas de concretagem e fissuras ao longo das peças, nos cantos e zonas de tensão de protensão, quando existirem;

• As características dimensionais devem atender às especificações de projeto, aceitando-se as tolerâncias apresentadas nas tabelas e figuras a seguir, para os seguintes elementos:

- Painéis arquitetônicos; - Pilares, vigas, pórticos e escadas armadas; - Vigas e pórticos protendidos; - Terças de cobertura (10 pt.); - Lajes armadas ou protendidas; - Lajes ou painéis alveolares; - Telhas; - Estacas e blocos de fundação;

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- Monoblocos.

• Caso os elementos não atendam às exigências de aceitação estabelecidas, eles devem apresentar disposições definidas por uma função responsável, tais como refugo, reparos, ajustes, uso alternativo fora da obra do cliente etc.;

• Devem ser estabelecidas sistemáticas de identificação da aprovação ou não de cada elemento pré-fabricado, produzido na planta de produção.

Nota: é admissível a utilização, na obra, de elementos fora das tolerâncias definidas

(somente aqueles reprovados dentro de toda a produção que teve sua amostragem aceitável), desde que estes não comprometam o desempenho estrutural e arquitetônico da obra como um todo. Tal fato deve ser comprovado através de registros apropriados que comprovem a avaliação das consequências do uso dos elementos pelo projetista e a descrição das alterações de projeto ou montagem necessárias para tratar tais problemas, garantindo o atendimento das tolerâncias finais de montagem.

c. Execução c.1. Armazenamento de elementos pré-fabricados Os elementos pré-fabricados devem ser armazenados na planta de produção apoiados nas posições estabelecidas em projeto ou outro documento interno da empresa, atendendo às especificações do item 10 da NBR 9062. Os pontos de apoio para armazenamento podem ser deslocados em valores máximos definidos por projeto ou documento interno. No caso de não existir tal especificação, adota-se o limite de 40cm. c.2. Transporte e manuseio de elementos pré-fabricados A retirada dos elementos pré-fabricados das formas deve ser realizada após comprovação do atendimento de sua resistência para transporte estabelecida em projeto. O içamento deve ser realizado pelas alças ou demais mecanismos também previstos em projeto, em ângulos não superiores a 45° da direção vertical. O manuseio e o transporte devem garantir a integridade dos elementos desde sua movimentação interna, deslocamento sobre veículos e montagem na obra, atendendo às exigências do item 10 da NBR 9062. Os pontos de apoio para carregamento e transporte podem ser deslocados em valores máximos definidos por projeto ou documento interno. No caso de não existir tal especificação, adota-se o limite de 40cm.

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Figura 2 - Parte A - Tolerâncias Dimensionais - Elemento Pré-Fabricado

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Figura 3 - Continuação - Parte A - Tolerâncias dimensionais - Elemento pré-fabricado

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Figura 6 - Desenho ilustrativo de tipos de tolerâncias para elementos (exemplo com viga).

Figura 4 - Desenho ilustrativo de tipos de tolerâncias para elementos (exemplo com

laje ou painel alveolar).

Figura 5 - Desenho ilustrativo de tipos de tolerâncias para elementos (exemplo com

pilar).

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Figura 7- Parte B - Tolerâncias de montagem - Estrutura final (obra)

Figura 8 - Parte C - Tolerâncias de montagem - Elementos da estrutura

Figura 9 - Desenhos ilustrativos de tipos de tolerâncias para montagem (exemplo com painéis).

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Figura 10 - Desenhos ilustrativos de tipos de tolerâncias para montagem (exemplo com pilares e vigas).

c.3. Acabamento dos elementos pré-fabricados De acordo com o uso do elemento este pode necessitar de um acabamento final para regularização de sua superfície aparente, caso esta apresente pequenas imperfeições que não comprometam a resistência e durabilidade da peça, como fissuras acentuadas ou falhas de grandes dimensões. Deve ser realizado também o acabamento do elemento para a proteção de pontos com fios e cordoalhas aparentes de peças cortadas, não sendo admitidas para armação fora das tolerâncias de cobrimento. Devem ser estabelecidas sistemáticas de identificação da aprovação ou não de cada elemento pré-fabricado que necessite de acabamento para sua expedição para a obra ou outro uso especificado. c.4. Identificação dos elementos pré-fabricados Os elementos liberados para expedição (após execução e acabamento) devem manter sua identificação de produção ou receberem nova codificação de maneira a possibilitarem a correta montagem ou uso na obra. Esta identificação deve garantir a rastreabilidade do elemento em relação aos dados de sua produção. c.5. Locação das fundações A locação das fundações, quando não realizada pela empresa, deve ser verificada antes do início da montagem, com o uso de equipamento de medição adequado e aceitando-se

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tolerância de ± 5cm para posição final das estacas ou tubulões e de ± 5cm para os blocos sobre a fundação. Caso o projeto ou outra documentação interna da empresa ou do cliente especifique tolerâncias com valores inferiores, tais especificações devem ser também atendidas. Devem ser mantidos registros documentados internos ou externos dos resultados destas verificações. c.6. Montagem e ligação dos elementos pré-fabricados A montagem de todos os elementos pré-fabricados deve ser realizada de acordo com o item 11 da NBR 9062, com base no projeto e já nas posições definitivas na obra. As ligações em aço executadas na obra devem atender às especificações estabelecidas em projeto, caso seja necessária a utilização de solda para a execução delas, esta deve ser realizada por profissional qualificado. Devem ser mantidos registros da qualificação dos soldadores que executam as ligações na obra (quando esta for realizada) que identifique o tipo de solda executado por este profissional (soldador a arco elétrico com eletrodo revestido, oxiacetilênico, etc.). c.7. Serviços complementares na obra Caso sejam realizados serviços em concreto necessários para a montagem da estrutura pré-fabricada (previstos em propostas ou contrato), tais como fundações, peças complementares ou capeamento de lajes, estes devem seguir as especificações de projeto. No caso específico do concreto recebido diretamente na obra, para a execução de serviços complementares, deve ter seu controle realizado de acordo com a NBR 12655. No caso de aço recebido diretamente na obra para a execução de serviços complementares, este deve atender às exigências das normas NBR 7480 ou 7481. Devem ser mantidos laudos de laboratório ou fornecedor que comprovem o atendimento às exigências para todos os lotes de aço entregues. Devem ser mantidos laudos de laboratório que comprovem o atendimento às exigências para todos os lotes de concreto entregues. Pode se aceitar laudos do fornecedor desde que não haja exigências oriundas de requisitos contratuais (com o cliente) e somente se o fornecedor disponibilizar o certificado de calibração de sua prensa, além do controle tecnológico detalhado estar descrito no contrato de fornecimento de concreto para a obra. Nota: este item não é aplicável quando a execução de tais serviços é realizada pelo cliente, conforme comprovação do escopo dos serviços em contrato. c.8. Controle tecnológico Após a montagem dos elementos deve ser realizada a verificação do posicionamento das peças e do aspecto final da estrutura:

• Devem-se verificar, visualmente, o alinhamento e a uniformidade de cor dos elementos aparentes, a ocorrência de deformações acentuadas, fissuras ou quebras nos pontos de apoio ou solicitação;

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• A montagem da estrutura deve atender a todas as tolerâncias apresentadas na NBR 9062 no item 1.3.12, independente do tipo de estrutura ou tecnologia empregada, para os itens:

- Posição dos pilares; - Posição e nível de monoblocos; - Níveis dos elementos sobre apoios; - Prumo do painel, pilar externo isolado ou carregado; - Juntas entre elementos aparentes.

• Devem ser estabelecidas sistemáticas de identificação da aprovação ou não da estrutura final montada, antes da entrega da obra ao cliente.

9.5. CRITÉRIOS DE LEVANTAMENTO, MEDIÇÃO E PAGAMENTO a. Levantamento (quantitativos de projeto) Deverá ser efetuado por nível, separando-se as peças por tipo (exemplo: pilares, vigas, lajes, escadas, paredes, etc.). Serviços de forma, armação e concreto estrutural devem ser levantados separadamente, referenciados por suas respectivas unidades, a saber: m², kg e m³. a.1. Particularidades a.1.1. Formas

• Será considerada a área real de contato com o concreto;

• Os fundos de viga não serão considerados como laje e serão descontadas as áreas correspondentes à interseção com pilares;

• As vigas devem ser levantadas trecho por trecho, evitando-se com isso, considerar formas, nas laterais das interseções;

• Para os pilares, considera-se o perímetro da seção do pilar, e a altura compreendida entre o piso concretado da laje inferior e o fundo da laje superior, descontando-se as interseções com as vigas.

a.1.2. Concreto O volume das interseções dos diversos elementos estruturais será levantado uma só vez. Concretos com resistências (fck) diferentes serão levantados separadamente. Em lajes nervuradas serão descontados os volumes dos elementos inertes (blocos ou gomos vazios). No caso de laje nível zero, para o item que remunera a mão de obra mecanizada para acabamento de laje, será considerada a mesma área (m²) da laje. a.1.3. Armação Muitas vezes, o quadro resumo dos projetos já inclui perdas. A quantidade levantada deverá ser exata, sem perdas, as quais já estão consideradas na composição de preço unitário. b. Medição b.1. Formas

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Será efetuada por metro quadrado (m²) nas quantidades obtidas, utilizando-se os critérios de levantamento. b.2. Concreto Será efetuada por metro cúbico (m³) nas quantidades obtidas, utilizando-se os critérios de levantamento. b.3. Armação Será efetuada por quilograma (kg) nas quantidades obtidas, utilizando-se os critérios de levantamento. c. Pagamento c.1. Formas Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual, contemplando toda a mão de obra, materiais e ferramentas necessárias à execução das formas e escoramentos, bem como desforma, organização e limpeza da área. Está considerada a reutilização dos compensados e tábuas, no mínimo 3 vezes. c.2. Concreto Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual, contemplando fornecimento, transporte, aplicação, cura, bem como equipamentos e ferramentas necessárias. No caso de laje nível zero, deverá ser efetuado pagamento complementar da mão de obra que contempla nivelamento com equipamento a laser, acabamento e polimento do concreto com equipamento mecanizado. c.3. Armação Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual, contemplando o fornecimento, corte, montagem, colocação e perdas. Estão consideradas todas as ferramentas e materiais necessários, inclusive arame, espaçadores, gabaritos e caranguejos de apoio de negativos. 9.6. ESTRUTURAS METÁLICAS 9.6.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as diretrizes gerais para a execução dos serviços de fabricação e montagem de estruturas metálicas, em sua ampla gama de aplicação, podendo-se citar pontes, elevados, passarelas, viadutos, edifícios de andares múltiplos, aeroportos, galpões, etc. 9.6.2. Condições Gerais Todos os elementos de projeto produzidos pelo FABRICANTE deverão ser submetidos à aprovação do autor do projeto, que deverá, de preferência, acompanhar a execução dos serviços.

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As modificações de projeto que eventualmente forem necessárias durante os estágios de fabricação e montagens da estrutura, deverão ser submetidas à aprovação da SUPERVISÃO e do autor do projeto. A SUPERVISÃO deverá realizar as seguintes atividades específicas:

• Conferir se as dimensões e características das peças componentes da estrutura estão de acordo com os desenhos, especificações, tolerâncias permitidas e outros requisitos, com a finalidade de assegurar uma montagem simples e perfeita e de modo que a estrutura cumpra as finalidades dela exigidas;

• Fazer inspeção dos componentes de fabricação da estrutura tais como: chapas e perfis laminados, eletrodutos, parafusos, arruelas e quaisquer outros componentes estruturais, antes de serem colocados na obra;

• Solicitar da CONTRATADA todos os documentos pertinentes tais como: certificados de matéria-prima fornecida por terceiro, certificado de testes de eletrodos, certificado de parafusos e outros materiais, qualificação de soldadores e qualquer outro elemento que seja necessário para demonstrar a qualidade dos materiais e a adequação dos métodos e mão de obra aplicados;

• Conferir, através de listas de remessa elaboradas pela CONTRATADA, se as peças componentes da estrutura a serem transportadas estão devidamente marcadas com pintura de fácil reconhecimento, inclusive com lista de parafusos de montagem;

• Rejeitar as matérias-primas que apresentarem defeito de laminação ou curvaturas, além dos limites permitidos;

• Observar se os processos utilizados em todo e qualquer estágio de fabricação, como método de soldagem, método de aperto de parafusos, método de alinhamento e correção de distorções, método de usinagem, asseguram o atendimento às especificações de projeto;

• Recusar qualquer método de trabalho considerado prejudicial aos materiais ou componentes das estruturas acabadas;

• Inspecionar, usando torquímetro pré-calibrado, pelo menos um parafuso de cada conexão, verificando se não apresenta torque abaixo do mínimo especificado nas normas. Caso isso ocorra, todos os parafusos da conexão deverão ser rejeitados;

• Verificar se as condições dos elementos de ligação estão de acordo com os detalhes de projeto, quando da execução da montagem;

• Observar as condições de corrosão das peças, recusando as que não satisfazem às especificações;

• Acompanhar a execução da pintura de estrutura em suas diversas etapas, solicitando a realização dos devidos ensaios, se necessários à aceitação dos serviços.

9.6.3. Condições Específicas a. Materiais A escolha do tipo de aço para construções metálicas em geral é feita em função dos aspectos ligados ao ambiente em que as estruturas se localizam e da previsão do comportamento estrutural de suas partes, devido à geometria e aos esforços solicitantes. Peças comprimidas com elevado índice de esbeltez ou peças fletidas em que a deformação (flechas) é fator preponderante estrutural, são casos típicos de utilização de média resistência mecânica. Para peças com baixa esbeltez e deformação não preponderante é mais econômica a utilização de aços de alta resistência. Portanto, sua aplicação, com finalidade estrutural é guiada por dois fatores:

• Tipos de aço;

• Seção transversal do perfil.

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Em relação aos tipos de aço, tem-se: os aços estruturais utilizados no Brasil são produzidos segundo normas estrangeiras (especialmente a ASTM - AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL e DIN- DEUSTSCHE INDUSTRIE NORMEN) ou fornecidos segundo denominação dos próprios fabricantes: Aços de média resistência para uso geral:

• Perfis, chapas e barras redondas acima de 50mm: ASTM A-36;

• Chapas finas: ASTM A-570 e SAE 1020;

• Barras redondas (6 a 50mm): SAE 1020;

• Tubos redondos sem costura: DIN 2448 ASTM A-53 grow B;

• Tubos quadrados e retangulares, com e sem costura: DIN 17100. Aços estruturais, baixa liga, resistentes à corrosão atmosférica, média resistência mecânica:

• Chapas: USI-SAC 41 (USIMINAS);

• Chapas: Aço estrutural com limite de escoamento de 245MPa (COSIPA).

• Aços estruturais, baixa liga, resistentes à corrosão atmosférica, alta resistência mecânica:

• Chapas ASTM A-242, ASTM A-588 COS-AR-COR, USI-SAC-SO e NIOCOR;

• Perfis: ASTM A-242, A-588. Já no tocante aos perfis utilizados, estes se dividem em perfis de chapa dobrada, perfis soldados e perfis laminados. Todos os perfis metálicos, laminados ou soldados, comumente utilizados na construção civil, devem ser inspecionados, avaliados e recepcionados segundo a normalização específica da ABNT. São os seguintes perfis metálicos utilizados nas construções: cantoneiras, perfis chatos, metalon, perfis I; perfis caixões; perfis tubulares; etc. Entende-se como perfis metálicos, os elementos de diversas seções, constituídos de aço carbono, podendo conter algum tipo de proteção anticorrosiva superficial, do tipo galvanização. Já os componentes metálicos são os elementos acessórios comumente utilizados nas construções, tais como: porcas, parafusos, arruelas, rebites, estojos, manilhas, cavaletes, abraçadeiras, etc. As emendas e uniões que por ventura venham a ser realizadas nos perfis deverão obedecer às prescrições contidas na normalização vigente, bem como proporcionar a devida estabilidade e segurança à estrutura. As uniões podem ser realizadas mediante o uso de soldas, parafusos, e rebites, e devem obedecer ao detalhamento existente e proposto no projeto. Caso seja conveniente e necessário, a SUPERVISÃO poderá exigir ensaios de recepção e controle das emendas realizadas na estrutura metálica, ficando o seu custo por conta da CONTRATADA. É claro que, no caso de parafusos, os mesmos sejam avaliados segundo a prescrição de análise e controle proposta pela NBR 5875 - “Parafusos, porcas e acessórios” da ABNT, preponderando a realização de ensaios em tamanho natural dos mesmos. Em se tratando de soldagem, pode se utilizar sistemas tradicionais, com o uso de eletrodos revestidos, e mesmo até de sistemas mais sofisticados, tais como, MIG, TIG e arco submerso. Em todo sistema de soldagem envolvido nas construções metálicas, deve-se

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atentar para a necessidade de qualificar os soldadores e os processos envolvidos, através de empresa especializada.

Os custos com a qualificação correrão por conta da CONTRATADA. Em algumas situações, a critério da SUPERVISÃO, ouvida a equipe técnica da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, poderá ser dispensada, fato que, entretanto, não isenta a CONTRATADA dos defeitos que por ventura venham ocorrer.

Quando se tratar de peças ou perfis galvanizados, é fundamental que as mesmas sejam avaliadas quanto ao recobrimento da camada de zinco existente, sua uniformidade e durabilidade.

Os custos dos ensaios correrão por conta da CONTRATADA, e estes deverão ser realizados em laboratório idôneo e qualificado.

Na Tabela 6, são apresentadas as características gerais dos aços laminados a quente.

b. Fabricação

b.1. Matéria-prima

O aço e os elementos de ligação utilizados na fabricação das estruturas metálicas obedecerão às prescrições estabelecidas nas especificações de materiais. Somente poderão ser utilizados na fabricação os materiais que atenderem aos limites de tolerância de fornecimento estabelecidos no projeto.

Serão admitidos ajustes corretivos através de desempeno mecânico ou por aquecimento controlado, desde que a temperatura não ultrapasse a 650°C. Estes procedimentos também serão admitidos para a obtenção de pré-deformações necessárias.

No tocante aos gabaritos a serem utilizados na fabricação, recomenda-se:

Para garantia da forma das peças que saem da fábrica, é importante a preparação de um gabarito de posicionamento de todos os elementos que irão compor a peça, com as devidas compensações de deformação, que irão surgir devido às retrações de solda. Em relação ao acabamento comumente encontrado, no estado bruto, sobre a superfície da matéria prima utilizada (perfil, cantoneira, tubo, etc.), o mesmo pode ser classificado em quatro diferentes graus, a saber:

• Grau A

Superfície de aço com a carepa de laminação praticamente intacta e sem corrosão. Representa a superfície de aço recentemente laminada;

• Grau B

Superfície de aço com princípio de corrosão, da qual a carepa de laminação começa a desprender-se;

• Grau C

Superfície de aço em que a laminação foi eliminada pela corrosão ou poderá ser removida, por raspagem ou jateamento, porém sem que se tenham formado cavidades muito visíveis (pites), em grande escala;

• Grau D

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Superfície de aço onde a carepa de laminação foi eliminada pela corrosão, com formação de cavidades visíveis em grande escala;

b.2. Tratamento antioxidante

A partir dos graus de acabamento encontrados sobre a matéria prima, pode-se definir o melhor e mais adequado tipo de tratamento preliminar antioxidante a ser adotado, que é também função do sistema de pintura especificado no projeto. Este tratamento antioxidante obedecerá, às prescrições contidas na norma Sueca SIS 5900 (Svensk Standard).

O tipo de padrão a ser adotado deverá constar na especificação do projeto executivo, cabendo à SUPERVISÃO verificar e avaliar a sua utilização, quando do início de produção das serralherias. A SUPERVISÃO irá avaliar a correta escolha do sistema de limpeza adotado, em observância às prescrições contidas na norma ISO-SIS 5900, que propõe os seguintes padrões de limpeza:

• Padrão St 2 - limpeza manual

Raspagem com raspadeira de metal duro e escovamento cuidadoso, a fim de remover as escamas de laminação, óxido e partículas estranhas. Após a limpeza, a superfície deve ter suave brilho metálico. Este padrão pode ser aplicado a qualquer tipo de superfície, exceto àquelas pertencentes ao Grau A;

Tabela 6 - Características gerais dos aços

Nome atual do aço Nome antigo do aço Limite de

Escoamento (MPa) Resistência à

corrosão atmosférica Resistência ao fogo

ASTM A 36 - 250 ▲ ▲ ▲

ASTM A 36MD ASTM A 36MG 300 ▲ ▲ ▲

ASTM A572-50-1 - 345 ◊ ▲ ▲

USI-SAC-250 USI-SAC-41 250 ▲ ◊ ▲

USI-SAC-300 USI-SAC-41-MG 300 ● ◊ ▲

USI-SAC-350 USI-SAC-50 350 ◊ ◊ ▲

USI-SAC-400

USI-SAC-60

450 ◊

USI-SRC-300 - 300 ● ◊ ▲

USI-SRC-350 - 350 ◊ ◊ ▲

USI-FIRE-300 USI-FIRE-400 300 e 200 a 600°C ● ◊ ◊

SUI-FIRE-350 USI-FIRE-490 325 e 217 a 600°C ◊ ◊ ◊

▲ baixa ● média ◊ alta Na Tabela 7 pode-se observar um resumo da similaridade dos aços laminados a quente para construção civil, em relação a diversos organismos de normalização.

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NORMAS

Qualidade ASTM EN JIS NBR MERCOSUL

ASTM A 36 - EN 10025-S235J0 JIS G3101-

SS400 NBR 6650-

CF26 NM02-131-ED24

ASTM A 572-50- 1

- EN 10025-S335J0 IS G3101- SS490 NBR 5000 NBR 5004

NM02-102-MCF-345 NM02-101-MCG-360

I-SAC 250 USI-SAC 41

ASTM A 709- GR36

EN 10155-S235J0 JIS G3114-

SMA400

NBR5921- CFR-400

NBR 5008- CGR-400

NM02-103-GRAU- 400

USI –SAC 300 USI-SAC 41 E

USI SAC 41MG

ASTM A 709- GR50

- -

NBR 5921- CFR-400

NBR 5008- CGR-400

NM02-103-GRAU- 400

USI-SAC-350 USI-SAC 50

ASTM A 588 (cg)

ASTM A 606-2 (tq)

EN 10155-S355J0W JIS G3114-

SMA490

NBR 5921- CFR 500

NBR 5008- CGR-500

NM02-103-GRAU- 500

USI-SAC 450 USI-SAC 60

ASTM A 709- FR-70

- JIS G3114-

SMA570 - -

USI-SRC 300 - - - - -

USI-SRC 350

ASTM A 242-1 (CG)

ASTM A 606-4 (tq)

EN 10155- S3555J0WP

JIS G3125- SPA-H

- -

Tabela 7 - Similaridade de aços laminados a quente

Na Tabela 8 observa-se a caracterização das categorias dos aços com seus respectivos sistemas químicos.

Aplicação Nomenclatura Sistema Químico

Estrutural ASTM A 36-MD ASTM A 36

ASTM A 572 50-1 C, Mn

Anticorrosão USI-SAC 250 USI-SAC 300 USI-SAC 350

Cu , Cr

Resistente à corrosão USI-SAC 250 USI-SAC 350

Si, P, Cu

Resistente ao Fogo USI-FIRE 250 USI-FIRE 350

Mo, Cu

Tabela 8 - Caracterização das categorias dos aços com seus sistemas químicos

• Padrão St 3 - limpeza mecânica ou manual Raspagem e escovamento com escova de aço, de modo cuidadoso. Após a limpeza, deverá a superfície apresentar pronunciado brilho metálico. Este padrão não se aplica as superfícies de grau A;

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• Padrão Sa 1- jateamento ligeiro com abrasivo O jato se move rapidamente sobre a superfície de aço, a fim de remover as escamas de laminação, óxido e partículas estranhas. Este padrão não se aplica as superfícies de grau A;

• Padrão Sa 2 - jateamento abrasivo comercial Jateamento cuidadoso a fim de remover praticamente toda escama de laminação, óxido e partículas estranhas. Caso a superfície possua cavidade (pites), apenas ligeiros resíduos poderão ser encontrados no fundo da cavidade, porém 2/3 de uma área de 1 polegada quadrada deverão estar livre de resíduos visíveis. Após o tratamento, a superfície apresentará uma coloração acinzentada. Este padrão não se aplica às superfícies de grau A;

• Padrão Sa 2 ½ - jateamento abrasivo ao metal quase branco O jato é mantido por tempo suficiente para assegurar a remoção das escamas de laminação, ferrugem e partículas estranhas, de tal modo que apenas apareçam leves sombras, listras ou descoloração da superfície. Os resíduos são removidos com um aspirador de pó, ar comprimido seco e limpo, ou escova limpa. Ao final da limpeza, 95% de 1 polegada quadrada deverão estar livres de resíduos e a superfície apresentará cor cinza-claro;

• Padrão Sa 3 - jateamento abrasivo ao metal branco Jateamento abrasivo perfeito, com remoção total das escamas de laminação, óxido e partículas estranhas. Os resíduos serão removidos com um aspirador de pó, ar comprimido seco e limpo ou escova. Quando limpa, a superfície apresentará cor cinza muito clara e uniforme, em listras ou sombras. Pode-se observar na Tabela 9 uma proposta de preparo prévio das estruturas metálicas em geral, função do tipo de pintura a ser adotada ou previamente especificado.

Sistema de Pintura Preparo da Superfície

“Shop Primers” Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Silicato Inorgânico de Zinco Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Epóxi rico em Zinco Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Poliuretano Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Epóxi Catalizado Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

“Coal Tar” Epóxi Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Vinílico Padrão Sa 3 ou Sa 2 ½

Borracha Clorada Padrão Sa 2 1/2 ou Sa 2

Éster de Epóxi Padrão Sa 2 1/2 ou Sa 2

Éster de Poliuretano Padrão Sa 2 1/2 ou Sa 2

Alquídico Padrão Sa 2 ou St 3

Óleo –Resinoso Padrão Sa 2 ou St 3

Betuminoso Padrão St 3 ou Sa 1

Tabela 9 - Sistema de preparo da superfície das estruturas metálicas em função do tipo de pintura a ser adotado

Já a normalização brasileira da ABNT propõe uma correlação entre os diversos tipos de preparo de superfície. Entretanto, tal proposta não contempla alguns importantes tipos de preparo das superfícies das serralherias. Caberá à SUPERVISÃO definir qual deverá ser a metodologia a se respeitar, salvo em condições onde o projeto executivo faça uma menção explícita da mesma. Esta correlação pode ser observada na Tabela 10.

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Tipo de Tratamento Normas SIS 5900

(Suécia) Normal ABNT

Limpeza manual St 2 NBR 15239

Limpeza mecânica St 3 NBR 15239

Com jato abrasivo

Ligeiro Sa 1

NBR 7348 Comercial Sa 1

Metal quase branco Sa 2 ½

Metal branco Sa 3

Outros tipos

Limpeza com solventes Sa 1

NBR 7350 Limpeza a fogo Sa 1

Decapagem química Sa 2 ½

Intemperismo e jato abrasivo

Sa 3

Tabela 10 - Paralelo entre sistema de tratamento de superfície das estruturas metálicas proposta pela norma ISO

e pela ABNT

b.3. Cortes Os cortes por meios térmicos deverão ser realizados, de preferência, com equipamentos automáticos. As bordas assim obtidas deverão ser isentas de entalhes e depressões. Eventuais entalhes ou depressões de profundidade inferior a 4,5mm poderão ser tolerados. Além desse limite, deverão ser removidos por esmerilhamento. Todos os cantos reentrantes deverão ser arredondados com um raio mínimo de 13mm. b.4. Aplainamento de bordas Não será necessário aplainar ou dar acabamento às bordas de chapas ou perfis cortados com serra, tesoura ou maçarico, salvo indicação em contrário nos desenhos e especificações. Bordas cortadas com tesoura deverão ser evitadas nas zonas sujeitas à formação de rótulas plásticas. Se não puderem ser evitadas, as bordas deverão ter acabamento liso, obtido por esmeril, goiva ou plaina. As rebarbas deverão ser removidas para permitir o ajustamento das partes que serão parafusadas ou soldadas, ou se originarem riscos durante a construção. b.5. Produtos laminados Os ensaios para a demonstração da conformidade do material com os requisitos de projeto serão limitados aos exigidos pelas normas e especificações, a não ser que sejam estabelecidas exigências especiais neste Caderno de Encargos. Se o material recebido não atender às tolerâncias da ASTM A6 relativas à curvatura, planicidade, geometria e outros requisitos, será admitida a correção por aquecimento ou desempeno mecânico, dentro dos limites indicados na norma. Os procedimentos corretivos para recondicionamento de chapas e perfis estruturais recebidos da usina poderão também ser utilizados pelo FABRICANTE da estrutura se as anomalias forem constatadas ou ocorrerem após o recebimento dos produtos. Procedimentos mais restritivos deverão ser acordados com a SUPERVISÃO, de conformidade com o estabelecido no Caderno de Encargos. Os materiais retirados do estoque deverão ter qualidade igual ou superior à exigida pelas especificações. Os relatórios elaborados pela usina poderão ser aceitos para a comprovação

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da qualidade. Os materiais de estoque adquiridos sem qualquer especificação não poderão ser utilizados sem aprovação expressa da SUPERVISÃO e do autor do projeto. b.6. Perfis soldados Todas as colunas, vigas principais ou secundárias e outras peças da estrutura deverão ser compostas com chapas ou perfis laminados inteiramente soldados, conforme indicação do projeto. Todas as soldas a arco serão do tipo submerso e deverão obedecer às normas da AWS. O processo de execução deverá ser submetido à aprovação da SUPERVISÃO. As soldas entre abas e almas serão de ângulo e contínuas ou de topo com penetração total, executadas por equipamento inteiramente automático. Poderão ser utilizadas chapas de encosto em função das necessidades. As soldas de enrijecedores às almas das peças deverão ser semiautomáticas ou manuais. Os elementos deverão ser posicionados de tal modo que a maior parte do calor desenvolvido durante a solda seja aplicado ao material mais espesso. As soldas serão iniciadas pelo centro e se estenderão até as extremidades, permitindo que estas estejam livres para compensar a contração da solda e evitar o aparecimento de tensões confinadas. As peças prontas deverão ser retilíneas e manter a forma de projeto, livre de distorções, empenos ou outras tensões de retração. b.7. Colunas As colunas deverão ser fabricadas numa peça única em toda a sua extensão, ou de conformidade com as emendas indicadas no projeto. As emendas somente poderão ser alteradas após aprovação da SUPERVISÃO e do autor do projeto. As extremidades das colunas em contato com placas de base ou placas de topo, destinadas a transmitir os esforços por contato (compressão), deverão ser usinadas. As abas e almas deverão ser soldadas à chapa. As placas de base deverão ser acabadas em atendimento aos seguintes requisitos:

• As placas de base laminadas com espessura igual ou inferior a 50mm poderão ser utilizadas sem usinagem, desde que seja obtido apoio satisfatório por contato;

• Placas de base laminadas com espessura superior a 50mm e inferior a 100mm poderão ser desempenadas por pressão ou aplainadas em todas as superfícies de contato, a fim de ser obtido apoio por contato satisfatório, com exceção dos casos indicados a seguir;

• Placas de base laminadas com espessura superior a 100mm, assim como bases de pilares e outros tipos de placas de base, deverão ser aplainadas em toda a superfície de contato com exceção dos casos indicados a seguir;

• Não será necessário aplainar a face inferior das placas de base se for executado grauteamento para garantir pleno contato com o concreto de fundação;

• Não será necessário aplainar a face superior das placas de base se for utilizada solda de penetração total entre a placa e o pilar.

b.8. Treliças As treliças deverão ser soldadas na oficina e parafusadas no local de montagem, salvo indicação contrária no projeto. De um modo geral, os banzos superiores e inferiores não deverão ter emendas, mas se forem necessárias serão localizadas nos quartos de vão, para

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evitar manuseio especial ou dificuldades de transporte. As juntas serão defasadas e localizadas nos pontos de suporte lateral ou tão próximas quanto possível desses pontos. As treliças deverão ser montadas com as contraflexas indicadas no projeto ou de conformidade com as normas, no caso de omissão do projeto. b.9. Acessórios O FABRICANTE fornecerá todas as peças de fechamento da edificação indicadas no projeto, como vigas de fachada, pendurais, vigas de beiral, suportes de parapeito, parapeitos, calhas, escadas e marquises. b.10. Contraventamento das colunas, treliças e terças Todos os contraventamentos serão executados de forma a minimizar os efeitos de excentricidades nas ligações com a estrutura. De um modo geral, os contraventamentos executados com barras redondas deverão ser ligados às treliças ou às vigas por meio de cantoneiras de fixação. Os tirantes de fechamento da cobertura, constituídos de barras redondas e cantoneiras, deverão prover todas as terças da estrutura. Os contraventamentos fabricados com duplas cantoneiras deverão ser executados com chapas soldadas e travejamentos espaçados, de conformidade com as especificações. b.11. Construção parafusada Se a espessura da chapa for inferior ou no máximo igual ao diâmetro nominal do parafuso acrescido de 3mm, os furos poderão ser puncionados. Para espessuras maiores os furos deverão ser broqueados com seu diâmetro final. Os furos poderão ser puncionados ou broqueados com diâmetros menores e posteriormente usinados até os diâmetros finais, desde que os diâmetros das matrizes sejam, no mínimo, 3,5mm inferiores aos diâmetros finais dos furos. Não será permitido o uso de maçarico para a abertura de furos. Durante o ato de parafusar a estrutura, deverão ser utilizados parafusos provisórios para manter a posição relativa das peças, sendo vedado o emprego de espinas para a coincidência dos furos, alargamento ou distorção dos perfis. Coincidência insuficiente deverá originar recusa da peça pela SUPERVISÃO. Todos os materiais e métodos de fabricação obedecerão à especificação para conexões estruturais para parafusos ASTM A325, na sua mais recente edição. O aperto dos parafusos de alta resistência será realizado com chaves de impacto, torquímetro ou adotando o método de rotação da porca do AISC. b.12. Construção soldada É muito importante o respeito às seguintes etapas no caso de construções metálicas soldadas: b.12.1. Classificação de soldadores Os soldadores deverão ser qualificados, conforme a prescrição do “Standard Code For Building Constrution” da ASW D1.1. O FABRICANTE poderá comprovar a experiência dos seus soldadores, através de trabalhos já executados.

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b.12.2. Procedimentos de soldagem A técnica de soldagem, a execução, a aparência e a qualidade das soldas, bem como os métodos utilizados na correção de defeitos, deverão obedecer às seções 3 e 4 da AWS D1.1. Só poderão ser utilizadas juntas e procedimentos de soldagem pré-qualificados de acordo com a AWS D1.1, item 2 “Design Of Welded Connections”. A preparação do metal base, o posicionamento das peças para soldagem, o controle e contrações, as tolerâncias dos perfis da solda, os reparos, a limpeza das soldas e o martelamento, deverão ser executados de acordo com a AWS D1.1, item 3 “Work Manship”. A escolha do eletrodo, o pré-aquecimento, a temperatura, interpasses e os processos de soldagem, deverão estar de acordo com as AWS D1.1 item 4 “Technique”. As superfícies a serem soldadas deverão estar livres de escórias, graxas, rebarbas, tintas ou quaisquer outros materiais estranhos. A preparação das bordas por corte a gás será realizada, onde possível, por maçarico guiado mecanicamente. As soldas por pontos deverão estar cuidadosamente alinhadas e serão de penetração total. Deverão ser respeitadas as indicações do projeto de fabricação, tais como dimensões, tipo, localização e comprimento de todas as soldas. As dimensões e os comprimentos de todos os filetes deverão ser proporcionais à espessura da chapa e à resistência requerida. Os trabalhos de soldagem deverão ser executados, sempre que possível, de cima para baixo. Na montagem e junção de partes da estrutura ou de elementos pré-fabricados, o procedimento e a sequência de montagem serão tais que evitem distorções desnecessárias e minimizem os esforços de retração. Não sendo possível evitar altas tensões residuais nas soldas de fecho nas conexões rígidas, o fechamento será realizado nos elementos de compressão. Na fabricação de vigas com chapas soldadas às flanges, todas as emendas de oficina de cada componente deverão ser realizadas antes que seja soldado aos demais componentes. Vigas principais poderão ser executadas com emendas de oficina, mas não com mais de três subseções. O pré-aquecimento à temperatura adequada deverá levar a superfície até uma distância de 7,5cm do ponto de solda. Esta temperatura deverá ser mantida durante a soldagem. b.12.3. Controle de qualidade A SUPERVISÃO poderá requerer testes radiográficos em um mínimo de 25% das soldas executadas. Os testes serão realizados por laboratório independente, previamente aprovado pela SUPERVISÃO. No caso de execução rejeitada, a CONTRATADA deverá remover e executar novamente os serviços de soldagem. Tanto os cordões de solda quanto as peças soldadas, deverão atender às tolerâncias dimensionais previstas nas normas aplicáveis, deverá ser efetuada a inspeção visual em todas as soldas, e aceitação de acordo com a AWS D1.1, item 8.15. Emendas não previstas no projeto, quando extremamente necessárias, deverão ser executadas com solda de penetração total, na fábrica. Todas as peças componentes da estrutura deverão ser adequadamente marcadas por meio de punção, com as marcas de montagem, na fábrica.

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b.13. Juntas de dilatação Serão fornecidas e instaladas conforme indicado no projeto. Prever ajuste suficiente entre as juntas e as peças da estrutura para permitir o alinhamento e o nivelamento das juntas após a montagem da estrutura. A estrutura será alinhada em sua posição correta. A fim de evitar interferências nas folgas previstas, serão utilizados furos escariados nas faces internas. Prever também chapas de fechamento nas colunas pertencentes às juntas de dilatação. b.14. Pintura de fábrica Os elementos de projeto deverão especificar todos os requisitos de pintura, incluindo as peças a serem pintadas, a preparação das superfícies, a especificação da pintura e a espessura da película seca da pintura de fábrica. A pintura de fábrica é a primeira camada do sistema de proteção que deverá funcionar por um período curto de tempo e assim, será considerada temporária e provisória. A CONTRATADA deverá evitar a deterioração desta camada por mau armazenamento ou por submetê-la a ambientes mais severos que os ambientes normais. Toda a estrutura deverá ser preparada por meio de jato abrasivo conforme Norma Sueca SIS 05 5900. O FABRICANTE deverá efetuar a limpeza manual do aço, retirando a ferrugem solta, carepa de laminação e outros materiais estranhos, de modo a atender aos requisitos da SSPC-SP 2. A pintura poderá ser aplicada por pincel, rolo, “spray”, escorrimento ou imersão, conforme especificação em projeto. A espessura mínima da película seca de fábrica deverá ser de 25 micra. As partes das peças de aço que transmitem esforços ao concreto por aderência não deverão ser pintadas. Com exceção deste caso e nos pontos em que a pintura for desnecessária, todas as peças deverão receber na fabricação pelo menos uma camada de primmer. As superfícies inacessíveis após a montagem da estrutura serão previamente limpas e pintadas, com exceção das superfícies de contato, que não deverão ser pintadas. As ligações com parafusos trabalhando por contato poderão ser pintadas. As ligações com parafusos trabalhando por atrito e as superfícies que transmitem esforços de compressão por contato, deverão ser limpas e sem pintura, a não ser que seja considerado no cálculo um coeficiente de atrito adequado a este tipo de acabamento. Se as superfícies forem usinadas, deverão receber uma camada inibidora de corrosão, removível antes da montagem da estrutura. As superfícies a serem soldadas no campo, se não houver outra especificação, deverão estar isentas de materiais que impeçam a soldagem adequada ou que produzam gases tóxicos durante a sua execução, numa faixa de 50mm de cada lado da solda. Após a soldagem, as superfícies deverão receber a mesma limpeza e proteção previstas para toda a estrutura. b.15. Entrega antecipada Elementos como chumbadores de ancoragem, a serem instalados nas fundações de concreto ou em outras estruturas de concreto e placas de base soltas, a serem instaladas sobre argamassa de enchimento, deverão ser entregues antes das demais

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peças, a fim de evitar atrasos no desenvolvimento da construção das fundações ou na montagem da estrutura metálica. b.16. Estocagem na fábrica Caso haja necessidade de se estocar os componentes da estrutura na fábrica, deverão ser observados o posicionamento das peças e proteção do local contra chuvas e umidade. Ao fim da estocagem, deverá ser verificado o estado de conservação da proteção anticorrosiva, retocando onde necessário, antes do embarque para o campo. b.17. Entrega da estrutura A estrutura metálica deverá ser entregue no canteiro de serviço após ter sido pré-montada na oficina e verificadas todas as dimensões e ligações previstas no projeto, de forma a evitar dificuldade na montagem final. Em casos especiais, a entrega da estrutura obedecerá a uma sequência previamente programada e aprovada pela SUPERVISÃO, a fim de permitir uma montagem mais eficiente e econômica. b.18. Transporte, manuseio e armazenamento As peças de pequeno porte deverão ser classificadas em grupos de comprimentos, larguras e alturas similares, e deverão ser protegidas, enfeixadas ou encaixotadas, de acordo com suas características. Uma lista com descrição do material deverá aparecer na parte externa de cada recipiente fechado. Deverá ser dada especial atenção à fixação das peças sobre o veículo de transporte, de forma a evitar qualquer movimento, bem como, danos às mesmas. Após a entrega no canteiro de serviços, a estrutura será armazenada sobre dormentes de madeira. Durante o manuseio e empilhamento, todo cuidado será tomado para evitar empenamentos, danos à pintura, flambagens, distorções ou esforços excessivos nas peças. Partes protuberantes, capazes de serem dobradas ou avariadas durante o manuseio ou transporte, serão escoradas com madeira, braçadeiras ou qualquer outro meio. Peças empenadas não deverão ser aceitas pela SUPERVISÃO. Os métodos de desempeno também deverão ser previamente aprovados pela SUPERVISÃO. c. Execução c.1. Introdução O método e a sequência de montagem deverão ser submetidos à aprovação da SUPERVISÃO e do autor do projeto. A CONTRATADA deverá manter vias de acesso ao canteiro que permitam a movimentação dos equipamentos a serem utilizados durante a fase de montagem, bem como a manipulação das peças a serem montadas no canteiro de serviço, de conformidade com o plano de execução dos serviços e obras. O plano de execução será elaborado de conformidade com as facilidades do canteiro de serviço, como espaços adequados para armazenamento, vias de acesso e espaços de montagem livres de interferências, previamente concebido e executado pela CONTRATADA sob as condições oferecidas pela CONTRATANTE.

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Cumprirá a CONTRATANTE o fornecimento de marcos com coordenadas e referências de nível, necessários à correta locação da edificação e dos eixos e pontos de montagem da estrutura. No caso de contrato específico e limitado à execução da estrutura metálica, caberá à CONTRATANTE fornecer as fundações, bases, encontros e apoios com resistências e demais características adequadas à montagem da estrutura metálica. c.2. Controle dos chumbadores e acessórios embutidos Os chumbadores e parafusos de ancoragem deverão ser instalados pela CONTRATADA de conformidade com o projeto da estrutura. No caso do contrato específico e limitado à execução da estrutura metálica, caberá à CONTRATANTE responder por essa instalação. As tolerâncias de desvios não poderão ultrapassar os seguintes limites:

• 3mm de centro a centro de dois chumbadores quaisquer dentro de um grupo que compõem uma ligação;

• 6mm de centro a centro de grupos adjacentes de chumbadores;

• Para cada 30m medidos ao longo da linha estabelecida para os pilares, o valor acumulado dos desvios entre grupos não poderá superar 6mm ou o total de 25mm (linha estabelecida para os pilares é a linha real de locação mais representativa dos centros dos grupos de chumbadores ao longo de uma linha de pilares);

• 6mm entre o centro de qualquer grupo de chumbadores e linha estabelecida para os pilares que passam por esse grupo;

• Para pilares individuais, locados fora das linhas estabelecidas para os pilares, aplicam-se as tolerâncias das três alíneas anteriores, desde que as dimensões consideradas sejam medidas nas direções paralela e perpendicular à linha mais próxima estabelecida para os pilares.

O respeito a essas tolerâncias deverá permitir o atendimento das exigências de montagem da estrutura. Os chumbadores deverão ser sempre instalados perpendicularmente à superfície teórica de apoio, a não ser quando indicados em contrário no projeto. Outros acessórios embutidos ou materiais de ligação entre a estrutura metálica e partes executadas por outras CONTRATADAS, deverão ser locados e instalados de conformidade com os desenhos aprovados pela SUPERVISÃO e pelo autor do projeto. O FABRICANTE deverá fornecer cunhas, calços e parafusos de nivelamento necessários à montagem da estrutura, marcando com clareza nos dispositivos de apoio as linhas de trabalho que facilitem o adequado alinhamento. Imediatamente após a instalação de qualquer dispositivo de apoio, a CONTRATADA ou CONTRATANTE, no caso de contrato específico e limitado à execução da estrutura metálica, deverá verificar os alinhamentos e níveis, executando os enchimentos de argamassa necessários. c.3. Suportes temporários Suportes temporários como estais, contraventamentos, andaimes, fogueiras e outros elementos necessários para os serviços de montagem, deverão ser determinados, fornecidos e instalados pelo montador com a assessoria da SUPERVISÃO e do autor do projeto.

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Os suportes temporários deverão garantir que a estrutura metálica ou qualquer parte montada possa resistir a cargas compatíveis em intensidade àquelas para as quais a estrutura foi projetada, resultantes da ação do vento ou operações de montagem, excluindo cargas extraordinárias e imprevisíveis. Os suportes temporários poderão ser removidos pela CONTRATADA após a estrutura ter sido conectada definitivamente, de acordo com o projeto e com a autorização expressa da SUPERVISÃO e do autor do projeto. c.4. Pisos e corrimãos A CONTRATADA deverá fornecer os pisos, corrimãos e passadiços temporários que forem exigidos pelas normas de segurança e saúde do trabalho, de forma a proteger o pessoal de montagem, contra acidentes. A CONTRATADA deverá remover estas instalações após a conclusão das operações de montagem. c.5. Tolerâncias de montagem As tolerâncias de montagem são estabelecidas em relação aos pontos e linhas de trabalho de barras da estrutura, estando assim definidos:

• Para barras não horizontais, o ponto de trabalho é o centro real em cada extremidade da barra;

• Para barras horizontais, o ponto de trabalho é a linha de centro real da mesa superior em cada extremidade;

• A linha de trabalho é uma linha reta ligando os pontos de trabalho da barra.

• Outros pontos de trabalho poderão ser utilizados para facilidade de referência. As tolerâncias devem obedecer aos seguintes limites e condições:

• Desvio da linha de trabalho de um pilar em relação à linha de prumo não deverá ser superior a 1:500, observadas as seguintes limitações: 25mm para pilares adjacentes a poços de elevadores; 25mm da fachada para fora e 50mm do sentido oposto para pilares de fachada; os pontos de trabalho dos pilares de fachada não poderão cair fora de uma faixa de 38mm;

• Alinhamento das barras que se ligam aos pilares será considerado satisfatório se estes estiverem dentro das tolerâncias. A elevação das barras será considerada aceitável se a distância entre o ponto de trabalho da barra e a emenda do pilar imediatamente superior estiver entre +5mm e -8mm; as demais barras serão consideradas ajustadas se o seu desvio não for superior a 1:500 em relação à reta traçada entre os pontos de suporte da barra;

• Para vergas, vigas sob paredes, cantoneiras de parapeito, suportes de esquadrias e peças semelhantes a serem utilizadas por outras CONTRATADAS e que exijam limites rigorosos de tolerância, a SUPERVISÃO deverá exigir ligações ajustáveis à estrutura.

Antes da colocação ou aplicação de quaisquer outros materiais, a SUPERVISÃO deverá constatar que a locação da estrutura é aceitável em prumo, nível e alinhamento. c.6. Correção de desvios e defeitos Os desvios e defeitos que não puderem ser corrigidos pelos meios normais, utilizando pinos ou aparelhos manuais para o realinhamento das peças da estrutura, ou que exijam alterações na configuração das peças, deverão ser comunicados imediatamente a SUPERVISÃO e ao autor do projeto para a escolha de uma solução alternativa eficiente e econômica.

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c.7. Conexões Todas as conexões estruturais deverão utilizar parafusos de alta resistência cujo aperto será realizado com chaves de impacto, torquímetro ou adotando o método de rotação da porca, conforme especificação do AISC. As chaves deverão ser calibradas por aparelho para medir a tensão real do parafuso decorrente do aperto, em atendimento às recomendações constantes na NBR 5875 - “Parafusos, porcas e acessórios”. Os parafusos e porcas inacessíveis às chaves de impacto serão apertados por meio de chaves de boca e o torque verificado por torquímetro. Os parafusos e porcas acessíveis às chaves de impacto serão instalados e apertados em conformidade com o seguinte processo:

• Acertar os furos com pinos de chamada, de modo a manter as dimensões e o prumo da estrutura.

• Utilizar parafusos em número suficiente, de qualidade e diâmetro adequados, a fim de manter a conexão na posição. Nesse ponto será suficiente aplicar aperto manual. Os parafusos de alta resistência permanecerão em sua posição permanentemente. As arruelas necessárias serão colocadas junto com os parafusos durante o ajuste na posição;

• Aplicar pré-torque nos parafusos já instalados; neste momento, todas as faces deverão estar em estreito contato;

• Remover os pinos de chamada e colocar os parafusos restantes aplicando o pré- torque;

• Para o aperto final é necessário cuidado especial para evitar a rotação do elemento ao qual não se aplica torque. Deverá ser usada uma chave manual para manter fixa a cabeça ou a porca que não está sendo girada. O aperto final, a partir da condição de pré-torque, deverá ser atingido girando a cabeça ou a porca de um quarto de diâmetro da mesma.

c.8. Pintura de acabamento Após a montagem da estrutura, todas as superfícies serão limpas de modo a ficarem adequadas à aplicação da pintura de acabamento. Os pontos das superfícies cuja camada de tinta aplicada na oficina tenha sido avariada deverão ser retocados utilizando a tinta original. Também as áreas adjacentes aos parafusos de campo deixados sem pintura serão devidamente escovadas, de forma a assegurar a aderência da tinta e pintadas. A pintura de acabamento será aplicada nas demãos necessárias, conforme indicação das especificações, de modo a obter uma superfície final uniforme. Ficará ao critério do fornecedor aplicar o acabamento final, após a conclusão da montagem, ou na fábrica, retocando-a após a montagem completa. c.9. Recebimento O recebimento da estrutura metálica será efetuado inicialmente na oficina da fábrica, verificando se todos os estágios de fabricação (soldagem, aperto de parafusos, alinhamento, usinagem, correções de distorções e outros) atendem ao projeto e especificações. A segunda etapa do recebimento será efetuada com a verificação de todos os estágios da montagem, incluindo a pintura de acabamento da estrutura. d. Controle tecnológico d.1. Introdução

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A CONTRATADA e o FABRICANTE da estrutura deverão manter um sistema de garantia de qualidade para que os trabalhos sejam executados em conformidade com o projeto e normas de execução. Esse sistema de qualidade deverá ser proposto à CONTRATANTE de conformidade com as disposições do Caderno de Encargos e será submetido à aprovação da SUPERVISÃO e do autor do projeto. d.2. Inspeção de produtos recebidos da fábrica A inspeção deverá basear-se em relatórios emitidos pela usina e em aspectos visuais e eventuais ensaios adicionais, em conformidade com as disposições do Caderno de Encargos. Se forem exigidos ensaios destrutivos, seu processo, extensão, técnica e norma de aceitação deverão ser definidos, em conjunto com a SUPERVISÃO, com base na normalização específica. d.3. Inspeção independente A PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM se reserva no direito de inspecionar a fabricação, montagem e pintura dos equipamentos em qualquer fase de sua execução tendo, a SUPERVISÃO, poderes para sugerir, alterar ou rejeitar peças ou procedimentos que não atendem às exigências do projeto e/ou das normas citadas. A CONTRATADA e o FABRICANTE deverão permitir ao inspetor o livre acesso a todos os locais de execução dos serviços. O início dos trabalhos deverá ser notificado à SUPERVISÃO com pelo menos 24 horas de antecedência. A inspeção deverá ser sequencial, em tempo oportuno e executada de modo a minimizar as interrupções nas operações de fabricação e permitir as ações corretivas durante o processo de fabricação. Procedimentos análogos se aplicam aos trabalhos de montagem, no canteiro de serviço. A CONTRATADA e o fabricante deverão receber cópias de todos os relatórios emitidos pelo inspetor. d.4. Controle de qualidade O controle de qualidade das estruturas metálicas irá contemplar a realização de ensaios de recepção e controle de toda matéria-prima utilizada, bem como de todos os processos necessários à sua fabricação. Deverão ser realizados ensaios preconizados pelas normas brasileiras, correndo por conta da CONTRATADA os custos de execução. Toda amostragem será realizada no próprio canteiro, salvo em algumas situações especiais, a critério da SUPERVISÃO. 9.6.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) Os serviços de estruturas metálicas serão levantados por peso, expresso em kg, englobando todas as peças metálicas necessárias à execução da estrutura, tais como, vigas, pilares, lajes, contraventamentos, etc. b. Medição Será efetuada aplicando-se o mesmo critério de levantamento. c. Pagamento

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Será efetuado ao preço unitário contratual, contemplando todos os materiais, serviços, acessórios e atividades necessárias à sua execução. A execução de algum tipo especial de prova de carga, ensaio especial, projeto de reforço ou recuperação, se necessário, correrá por conta exclusiva da CONTRATADA.

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10. OBRAS DE ARTE ESPECIAIS - PONTES E VIADUTOS

10.1. PLATAFORMA DE SERVIÇO

10.1.1. Prefácio

A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM para servir como documento base na definição da sistemática para ser empregada na execução de plataforma de trabalho para serviços de recuperação da face inferior e das faces laterais das obras de arte especiais, sempre que não for possível se alcançar a área a ser trabalhada, com facilidade, conforto e segurança. Está baseada na Norma DNIT 001/2002 - PRO. 10.1.2. Objetivo Esta Norma tem como objetivo estabelecer os procedimentos a serem seguidos nos serviços de recuperação da face inferior e faces laterais das obras de arte especiais, sempre que não for possível alcançar a área a ser trabalhada, com facilidade, conforto e segurança, havendo necessidade de uma plataforma de trabalho de aproximação. 10.1.3. Referências Normativas Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

− ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

− NBR 7190: projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro, 1997. − NBR 8681: ações e segurança nas estruturas: procedimento. Rio de Janeiro, 2003. − NBR 8800: projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (método dos

estados limites). Rio de Janeiro, 1986. 10.1.4. Definição Neste documento, entende-se por plataforma de trabalho uma área plana e horizontal, sustentada por uma estrutura provisória, cuja finalidade é permitir o acesso de materiais, mão de obra e equipamentos a pouca distância da superfície a ser trabalhada. 10.1.5. Condições Gerais Quando for economicamente viável, podem ser utilizadas plataformas de madeira, apoiadas em estruturas também de madeira ou tubulares de aço, suportadas diretamente pelo terreno.

Quando for economicamente inviável ou estruturalmente desaconselhável a plataforma de trabalho suportada por estrutura diretamente apoiada no terreno, utiliza-se a plataforma suspensa na própria obra de arte a ser trabalhada; esta plataforma pode ser de madeira, metálica ou mista, sendo, entretanto, obrigatória a utilização de tirantes metálicos.

As plataformas podem ser fixas, quando abrangem toda a área a ser trabalhada, ou móveis, quando abrangem apenas parte da área a ser trabalhada, devendo sofrer deslocamentos horizontais, conforme a necessidade.

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A construção de andaimes e plataformas, mesmo as mais simples, deve ser materializada em estrita obediência aos projetos esquemáticos, submetidos à apreciação da Fiscalização.

O acesso à plataforma de trabalho deve ser feito com segurança, da mesma forma que a movimentação e os trabalhos sobre a plataforma, que deve estar totalmente protegida por dispositivos laterais.

Após a conclusão dos serviços, estruturas, plataformas, tirantes e dispositivos de fixação devem ser totalmente removidos. 10.1.6. Condições Específicas a. Plataformas apoiadas no terreno

Todas as peças devem ser dimensionadas para uma sobrecarga de 500kg/m² (5000N/m²); Os vigamentos, os contraventamentos, as fixações e as amarrações devem ser em número e disposição tais que minimizem vibrações e deslocamentos; os montantes devem estar confiavelmente fixados em terreno firme.

Caso sejam usados montantes de madeira roliça, somente tolerável quando houver abundância de madeira no local e limitação de montantes tubulares para aluguel ou venda, eles devem ser constituídos de peças retilíneas, com diâmetro mínimo não inferior a 12cm.

Especial atenção deve ser dada às ligações das peças de madeira, com a utilização de talas e, preferencialmente, parafusos em lugar de pregos. b. Plataformas suspensas

Todas as peças devem ser dimensionadas para uma sobrecarga de 500kg/m² (5000N/m²); os vigamentos, os contraventamentos, as fixações e as amarrações devem ser em número e disposição tais que minimizem vibrações e deslocamentos; os tirantes devem ser dimensionados com folga e estar seguramente ancorados por dispositivos confiáveis sendo usual aproveitar os furos dos drenos para passagem dos tirantes. 10.1.7. Manejo Ambiental Durante a construção das plataformas de trabalho deverão ser preservadas as condições ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:

• durante o desenvolvimento dos trabalhos devem ser evitadas, ou minimizadas, aberturas de clareiras e picadas e o tráfego desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar sua desfiguração;

• deve ser dada preferência à utilização de materiais reaproveitáveis, tais como estruturas de aço, tubulares ou não, em lugar de montantes e vigas de madeira roliça;

• todo o material excedente, imediatamente ou após a conclusão das obras, deve ser removido para locais previamente determinados.

10.1.8. Inspeção a. Verificações mínimas

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As plataformas de trabalho são dispositivos provisórios e auxiliares, mas responsáveis pela segurança da mão de obra, por materiais, por equipamentos e pelas condições de acesso

aos locais que necessitam de atendimento, devendo a Fiscalização efetuar as seguintes verificações, mínimas:

• atendimento aos esquemas de projeto;

• atendimento ao manejo ambiental;

• flexibilidade e segurança das plataformas e estruturas de suporte;

• apoios e ligações das plataformas apoiadas;

• tirantes, dispositivos de ancoragem e ligações das plataformas suspensas. a. Condições de conformidade e não conformidade

Os serviços estarão conformes quando atenderem às exigências desta Norma; em caso contrário, serão refeitos ou complementados, de forma a atenderem ao especificado nesta Norma. 10.1.9. Critérios de Medição Os serviços de fornecimento, montagem e desmontagem da plataforma, bem como todos os dispositivos auxiliares, devem ser medidos por metro quadrado de plataforma montada para os serviços a serem executados. 10.2. SERVIÇOS PRELIMINARES 10.2.1. Prefácio

A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os Serviços Preliminares na construção de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado. Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 10.2.2. Objetivo

Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis para a viabilização do início da construção de pontes e viadutos rodoviários.

10.2.3. Referências Normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

− Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6494 - Segurança nos andaimes. Rio de Janeiro.

− NBR 6497 - Levantamento geotécnico. Rio de Janeiro. − NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro. − NBR 12284 - Áreas de vivência em canteiros de obras. Rio de Janeiro. − BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 001/2009-

PRO - Elaboração e apresentação de normas do DNIT - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.

− DNIT 011/2004 - PRO - Gestão da qualidade em obras rodoviárias - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

− DNIT 070 - PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 104 - ES – Terraplenagem – Serviços preliminares - Especificação de serviço.

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Rio de Janeiro: IPR.

10.2.4. Definições

Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições seguintes: a. Serviços preliminares

Atividades necessárias ao início da construção de uma obra. b. Canteiro de obra

Área junto à obra onde são dispostos, de maneira racional e ordenada, os escritórios, os depósitos de materiais, os equipamentos e, quando não são adquiridos prontos, os locais de fabricação de Formas e de corte e dobragem das armaduras. 10.2.5. Condições Gerais

Antes do início das obras, há uma série de providências, mínimas, que devem ser tomadas:

• Visita ao local da obra para conhecimento e confirmação de dados importantes para o desenvolvimento do empreendimento: clima, salubridade, disponibilidade de mão de obra, facilidades de acesso, enchentes de rios próximos e outros específicos da obra;

• Verificação da disponibilidade de área adequada para localização de um canteiro de obra, como definido no subitem b acima;

• Revisão do projeto e das especificações;

• Levantamento dos equipamentos necessários, dos disponíveis e dos que devem ser adquiridos ou locados.

10.2.6. Condições Específicas

a. Dados gerais

Para que a construção da obra seja conduzida no prazo previsto e dentro do orçamento é necessário um planejamento com o conhecimento dos seguintes itens, mínimos:

• Identificação das atividades específicas e a ordem de precedência destas atividades;

• Adequado sequenciamento das atividades, propiciando a conclusão da obra no prazo previamente fixado;

• Prazo para entrega dos materiais e instalação dos equipamentos;

• Classificação e número de operários e técnicos e períodos de tempo em que serão necessários;

• Definição das necessidades do canteiro de obras;

• Programação de desembolsos e eventuais financiamentos necessários.

b. Canteiro de obra

b.1. Localização e preparo do terreno Conhecidas as necessidades do canteiro de obras e após o estudo de vários locais aparentemente igualmente adequados, deve ser escolhido o que possui um terreno livre de enchentes, drenado e com solo com boa capacidade de suporte, para permitir a estocagem de materiais e tráfego de equipamentos pesados. Em seguida, deve ser feita a

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preparação do terreno, com o desmatamento, limpeza, eliminação de poças de água e nivelamento de toda a área; cercas e portões devem delimitar o canteiro.

b.1.1. Instalações Definidas as necessidades do canteiro de obras, cabe ao executante providenciar instalações adequadas para almoxarifado, alojamento e alimentação de funcionários, oficinas, depósito de materiais e combustíveis, preparo de Formas e armações, produções de concreto e fabricação de pré-moldados, se houver, e centro médico para atendimento de urgência. As instalações devem ser executadas em compartimentos independentes e os alojamentos devem dispor de energia elétrica, de água corrente e de esgotos sanitários.

Algumas disposições devem ser adotadas para o bom funcionamento do canteiro de obras:

• O arranjo das diversas áreas deve ser tal que o tempo necessário para deslocar materiais das áreas de estocagem até o local da construção seja o menor possível;

• Materiais similares devem ser estocados em locais próximos. c. Remoção de obstáculos

Os obstáculos que impeçam a boa execução dos serviços devem ser removidos pelo executante e o material resultante transportado para locais previamente determinados, a fim de minimizar os danos inevitáveis e possibilitar a posterior recuperação ambiental. d. Locação da obra

A locação da obra, indicada no projeto e compreendendo o eixo longitudinal e as referências de nível, deve ser materializada e complementada pelo executante. 10.2.7. Condicionantes Ambientais

Os serviços preliminares, que incluem o canteiro de obras, com seus acessos e a inevitável remoção de obstáculos, são os que mais podem prejudicar a preservação do meio ambiente.

O atendimento da Norma DNIT 070/2006 – PRO: Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras: procedimento, das recomendações pertinentes constantes da subseção 5.1.2 do Manual para Atividades Ambientais Rodoviárias, do DNIT, (IPR Publ. 730) e das prescrições resumidas indicadas a seguir, minimiza as agressões ao meio ambiente, concernentes aos Serviços Preliminares:

• Evitar a realização de serviços em Área de Preservação Permanente; • Dependendo do vulto da construção, pode ser necessário mobilizar uma área

considerável para instalar o canteiro de obras; esta área deve ser preparada sem utilizar queimadas, como forma de desmatamento, e sem obstruir eventuais cursos d’água existentes;

• Os esgotos, de utilização temporária, não devem ser lançados “in natura” nos cursos d’água; dependendo do vulto e duração da obra, devem ser usadas fossas sépticas ou pequenas estações de tratamento primário de esgoto;

• Após a conclusão da obra, a área utilizada deve ser limpa, removendo-se todos os vestígios da utilização para a construção;

• A vegetação primitiva deve ser recomposta. 10.2.8. Inspeções

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a. Controle dos insumos

Realizar o controle dos serviços preliminares executados com base, principalmente, em dados constantes do Manual de Projeto de Obras de Arte Especiais do DNER (IPR. Publ. 698), de 1996, estabelecendo as tolerâncias admitidas. b. Condições de conformidade e não conformidade

Todos os ensaios de controle e verificação dos insumos da execução devem ser realizados de acordo com o Plano de Qualidade (PGQ), constante da proposta técnica aprovada e conforme a Norma DNIT 011/2004 - PRO, devendo atender às condições gerais e específicas das seções desta Norma, respectivamente. Os resultados do controle devem ser analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento, de acordo com a Norma DNIT 011/2004-PRO, que estabelece os procedimentos para o tratamento das não conformidades dos insumos, da execução e do produto. 10.2.9. Critério de Medição Os serviços preliminares devem ser medidos de acordo com as condições estabelecidas no contrato.

10.3. CONCRETOS, ARGAMASSAS E CALDA DE CIMENTO PARA INJEÇÃO 10.3.1. Prefácio

A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de execução de concretos, argamassas e caldas de cimento para injeção, na construção de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado e de concreto protendido. Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 – PRO, cancela e substitui a norma DNER-ES 330/97. 10.3.2. Objetivo

Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis na execução e recebimento de concretos, argamassas e caldas de cimento na construção de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado e de concreto protendido.

10.3.3. Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (inclusive emendas).

− ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5732 - Cimento portland comum - Especificação. Rio de Janeiro.

− NBR 5733 - Cimento portland de alta resistência inicial - Especificação. Rio de Janeiro.

− NBR 5736 - Cimento portland pozolânico - Especificação. Rio de Janeiro. − NBR 5737 - Cimento portland resistente a sulfatos - Especificação. Rio de

Janeiro. − NBR 5738 - Concreto – Moldagem e cura de corpos-de-prova - Procedimento.

Rio de Janeiro. − NBR 5739 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos –

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Método de ensaio. Rio de Janeiro. − NBR 7187 - Projeto e execução de pontes de concreto armado e protendido -

Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 7211 – Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro. − NBR 7212 - Execução de concreto dosado em central - Especificação. Rio de

Janeiro. − NBR 7215 – Cimento portland – Determinação da Resistência à compressão –

Método de ensaio. Rio de Janeiro. − NBR 7680 - Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de concreto -

Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 7681 - Calda de cimento para injeção - Especificação. Rio de Janeiro. − NBR 7682 - Calda de cimento para injeção - Determinação do índice de fluidez –

Método de ensaio. Rio de Janeiro. − NBR 7683 - Calda de cimento para injeção - Determinação dos índices de

exsudação e expansão – Método de ensaio. Rio de Janeiro. − NBR 7684 - Calda de cimento para injeção - Determinação da resistência à

compressão – Método de ensaio. Rio de Janeiro. − NBR 7685 - Calda de cimento para injeção - Determinação da vida útil – Método

de ensaio. Rio de Janeiro. − NBR 8953 - Concreto para fins estruturais – Classificação por grupos de

resistência - Classificação. Rio de Janeiro. − NBR 9062 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado-

Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 10839 – Execução de obras de arte especiais em concreto armado e

protendido – Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 11578 - Cimento portland composto - Especificação. Rio de Janeiro. − NBR 11582 - Cimento portland - Determinação da expansibilidade de Le

Chatelier – Método de ensaio. Rio de Janeiro. − NBR 12654 - Controle tecnológico de materiais componentes do concreto -

Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 12655 - Concreto de cimento portland - Preparo, controle e recebimento -

Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 12989 - Cimento portland branco - Especificação. Rio de Janeiro. − NBR 13116 - Cimento portland de baixo calor de hidratação - Especificação. Rio

de Janeiro. − NBR 14931 - Execução de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de

Janeiro. − NBR NM 10 - Cimento portland - Análise química - Disposições gerais. Rio de

Janeiro. − NBR NM 19 - Cimento portland - Análise química - Determinação de enxofre na

forma de sulfeto. Rio de Janeiro. − NBR NM 45 - Cimento portland - Determinação da pasta de consistência normal.

Rio de Janeiro. − NBR NM 65 - Cimento portland - Determinação do tempo de pega. Rio de

Janeiro. − NBR NM 67 – Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do

tronco de cone. Rio de Janeiro. − NBR NM 68 – Concreto – Determinação da consistência de espalhamento na

mesa de Graff. Rio de Janeiro. − NBR NM 76 - Cimento portland - Determinação da finura pelo método de

permeabilidade ao ar (Método de Blaine). Rio de Janeiro. − BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. DNER – EM 036 -

Cimento portland – Recebimento e aceitação. Rio de Janeiro. − ii) DNER – EM 037 – Agregado graúdo para concreto de cimento. Rio de

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Janeiro. − DNER – EM 038 – Agregado miúdo para concreto de cimento. Rio de Janeiro. − BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT

001/2009 - PRO - Elaboração e apresentação de normas do DNIT - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.

− DNIT 011/2004 - PRO - Gestão da qualidade em obras rodoviárias - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

− DNIT 037 - ME - Pavimento rígido – Água para amassamento do concreto de cimento Portland – Ensaios comparativos. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 070-PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR.

10.3.4. Definições

Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições seguintes: a. Concreto

Material composto que consiste essencialmente de um meio contínuo aglomerante e partículas de agregados; no concreto de cimento hidráulico, o meio aglomerante é formado por uma mistura de cimento hidráulico e água. b. Cimento

Material finamente pulverizado que, por si só, não é aglomerante, mas desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidratação. c. Agregado

Material granular inerte, tal como areia, pedra britada ou escória de alto forno, usado como um meio cimentante, para formar o concreto ou argamassa de cimento hidráulico; o agregado graúdo tem partículas maiores que 4,8mm e fica retido na peneira nº 4, enquanto que o agregado miúdo tem partículas menores que 4,8mm e fica retido na peneira nº 200. A areia é o agregado miúdo resultante da desintegração natural e da abrasão de rochas ou processamento de rochas arenosas friáveis. d. Argamassa

Mistura de areia, cimento, água e eventuais aditivos. e. Aditivos

Materiais, outros que não água, agregados ou cimento, usados como componentes do concreto para modificar suas propriedades, tais como: aumentar sua resistência, retardar ou acelerar a pega, acelerar ou retardar a evolução da resistência, incorporar ar etc. Nota: Para outras definições consultar seção 3 das Normas ABNT NBR 12655:2006 e

ABNT NBR 14931:2003. 10.3.5. Condições Gerais

Além do atendimento às normas relacionadas nas Referências Normativas, concretos, argamassas e caldas de cimento para injeção devem ser confeccionados para atender aos requisitos mínimos de durabilidade, que incluem resistência à agressividade do meio

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ambiente, ataques de produtos químicos, abrasão e demais processos de deterioração; o concreto dito durável deve manter suas condições originais, sua qualidade e estar em plena capacidade de utilização em toda sua longa vida útil.

10.3.6. Condições Específicas a. Material

a.1. Cimento Os cimentos devem satisfazer às especificações brasileiras, podendo ser de qualquer tipo e classe, desde que no projeto não se faça restrição a este ou aquele. Nos concretos, argamassas e caldas em contato com armaduras de protensão, o cimento empregado não pode apresentar teor de enxofre sob a forma de sulfeto superior a 0,2%. Nos cimentos empregados deve-se exigir a apresentação do certificado de qualidade. Todo cimento deve ser guardado em local seco e abrigado de agentes nocivos e não deve ser transportado em dias úmidos. O cimento pode ser armazenado em sacos de 50kg ou em silos, quando entregue a granel e para cimento de uma única procedência. O período de armazenamento não pode comprometer a sua qualidade. Deve ser verificado, antes da utilização, se o cimento atende às especificações. Devem, ainda, atender à Norma DNER-EM 036/95. a.2. Agregados Os agregados devem constituir-se de materiais granulosos e inertes, substâncias minerais naturais ou artificiais, britados ou não, duráveis e resistentes, com dimensões máximas características e formas adequadas ao concreto ou argamassa a produzir. Devem ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural em assoalho de madeira ou camada de concreto, de forma a permitir o escoamento d’água. Não devem conter substâncias nocivas que prejudiquem a pega ou o endurecimento do concreto, ou minerais deletérios que provoquem expansões em contato com a umidade e com determinados elementos químicos. Devem atender às Normas DNER-EM 037/97 e DNER- EM 038/97. Os agregados podem ser: Agregados miúdos - São normalmente constituídos por areia natural quartzoza, de dimensão máxima característica igual ou inferior a 4,8mm. Devem ser bem graduados; são recomendadas as areias médias que não apresentem substâncias nocivas, como torrões de argila, materiais orgânicos, cloretos etc. Somente deve ser admitido, após estudos em laboratórios, o emprego de agregados miúdos provenientes de rocha sadia. Agregados graúdos - Devem apresentar dimensão máxima característica entre 4,8mm e 50mm e ser naturais (cascalhos ou seixos rolados, britados ou não) ou artificiais (pedras britadas, argilas expandidas, etc.). Não devem apresentar substâncias nocivas, como materiais pulverulentos, torrões de argila, matéria orgânica, etc. O agregado graúdo é constituído pelas partículas de diversas graduações, nas proporções indicadas nos traços do concreto, e armazenado separadamente, em função destas graduações. a.3. Pedra de mão A pedra de mão para concreto ciclópico, de granito ou outra rocha estável, deve ter

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qualidade idêntica à exigida para a pedra britada empregada na confecção do concreto estrutural. Deve ser limpa e isenta de incrustações nocivas e sua máxima dimensão, não inferior a 30cm nem superior a 1/4 da mínima dimensão do elemento a ser construído. a.4. Água A água para a preparação do concreto e da argamassa não deve conter ingredientes nocivos em quantidades que afetem o concreto fresco ou endurecido, ou reduzir a proteção das armaduras contra a corrosão. Deve ser razoavelmente clara e isenta de óleo, ácidos, álcalis, matéria orgânica etc. e obedecer à exigência do subitem 10.3.8. desta Norma. Deve ser armazenada em caixas estanques e tampadas, de modo a evitar contaminação por substâncias estranhas. a.5. Aditivos A utilização de aditivos deve implicar no perfeito conhecimento de sua composição e propriedades, efeitos no concreto e armaduras, sua dosagem típica, possíveis efeitos de dosagens diferentes, conteúdo de cloretos, prazo de validade e condições de armazenamento. Somente devem ser usados aditivos expressamente previstos no projeto ou nos estudos de dosagem de concretos empregados na obra, realizados em laboratório e aprovados pela Fiscalização e projetista. Para o concreto estrutural, os aditivos que contenham cloreto de cálcio ou quaisquer outros halogenetos são rigorosamente proibidos. Não devem conter, ainda, ingredientes que possam provocar a corrosão do aço; as mesmas recomendações valem para a calda de injeção. a.6. Adições As adições não podem ser nocivas ao concreto e argamassa e devem ser compatíveis com os demais componentes da mistura. b. Equipamento

A natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado dependem do tipo e dimensões do serviço a executar. Para os concretos preparados na obra, pode ser utilizada betoneira estacionária de, no mínimo, 320 litros com dosador de água, central de concreto ou caminhão betoneira. Para o lançamento podem ser utilizados carrinhos-caçambas, caçambas, bombas etc. Os equipamentos necessários para a execução dos serviços devem estar disponíveis na obra em condições de trabalho e de acordo com as especificações do fabricante. c. Execução

Todas as fases descritas nesta subseção devem obedecer aos requisitos da Norma NBR 14931:2003 e complementarmente, aos requisitos das Normas NBR 10839:1989 e NBR 9062:2006. c.1. Concreto c.1.1. Classificação - O concreto pode ser classificado quanto a sua densidade: como concreto normal, com massa específica entre 2000 e 2800kg/m³; como concreto leve, cuja massa específica não ultrapasse 2000kg/m3; e como concreto pesado com massa

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específica maior que 2800kg/m3. O concreto deve apresentar uma consistência compatível com os equipamentos disponíveis na obra, para que, depois de endurecido, se torne um material homogêneo e compacto.

c.1.2. Dosagem - Os concretos para fins estruturais devem ser dosados, racional e experimentalmente, a partir da resistência característica à compressão estabelecida no projeto, do tipo de controle do concreto, da trabalhabilidade adequada ao processo de lançamento empregado e das características físicas e químicas dos materiais componentes. O cálculo da dosagem deve ser refeito cada vez que prevista uma mudança de marca, tipo ou classe de cimento, da procedência e qualidade dos agregados e demais materiais e quando não obtida a resistência desejada. Os concretos são classificados conforme a resistência característica à compressão (fck) em grupos I e II e, dentro dos grupos, em classes, sendo o grupo I, subdividido em nove classes, do C10 ao C50 e o grupo II em quatro classes (C55, C60, C70 e C80). Somente o traço do concreto da classe C10, com consumo mínimo de 300kg de cimento por metro cúbico, pode ser estabelecido empiricamente. São consideradas, também, para a dosagem dos concretos, condições peculiares, como: permeabilidade, resistência ao desgaste, ação de águas agressivas, aspecto das superfícies, condições de lançamento etc. A resistência de dosagem do concreto é função de sua resistência característica e do desvio padrão das amostras, dependendo das condições de preparo e classificando-se de acordo com as condições apresentadas na Tabela 1:

Condições de Preparo

Classe de Resistência

Medição dos Materiais

Cimento Água Agregados

B

C10 a C20 Massa

Volume, com

dispositivo dosador (1)

Volume (2)

C10 a C25 Massa

Volume, com

dispositivo dosador (1)

Massa ou volume (3)

A C10 a C80 Massa

Massa ou Volume,

com dispositivo dosador (1)

Massa

Tabela 1 - Classificação do concreto pela resistência característica

Notas:

(1) corrigida em função da umidade do agregado miúdo, determinada por ensaio. (2) volume do agregado miúdo, corrigido através da curva de inchamento, e a umidade determinada,

pelo menos, três vezes no mesmo turno de serviço. (3) umidade da areia medida no canteiro, em balanças aferidas, para permitir a rápida conversão de

massa para volume de agregados.

c.1.3. Preparo - Para os concretos executados no canteiro, antes do início da concretagem deve ser preparada uma amassada de concreto, para comprovação e eventual ajuste do traço definido no estudo de dosagem.

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O preparo do concreto destinado às estruturas deve ser mecânico, em pequenos volumes nas obras de pequena importância, não podendo ser aumentada, em hipótese alguma, a quantidade de água prevista para o traço. Os sacos de cimento rasgados, parcialmente usados ou com cimento endurecido devem ser rejeitados. Os componentes do concreto devem ser misturados até formar uma massa homogênea. O tempo mínimo de mistura em betoneira estacionária é de 60 segundos, aumentado em 15 segundos para cada metro cúbico de capacidade nominal da betoneira, ou conforme especificação do fabricante. Para central de concreto e caminhão betoneira deve ser atendida a ABNT NBR 7212:1984. Após a descarga, não podem ficar retidos nas paredes do misturador volumes superiores a 5% do volume nominal. Quando o concreto for preparado por empresa de serviços de concretagem, a central deve assumir a responsabilidade por este serviço e cumprir as prescrições relativas às etapas de execução do concreto (ABNT NBR-12655:2006), bem como as disposições da ABNT NBR-7212:1984. O concreto deve ser preparado somente nas quantidades destinadas ao uso imediato. Não deve ser permitida a remistura do concreto parcialmente endurecido. c.1.4. Transporte - Quando a mistura for preparada fora do local da obra, o concreto deve ser transportado em caminhões betoneiras, não podendo haver segregação durante o transporte, nem apresentar temperaturas fora da faixa de 5°C a 30°C. A velocidade do tambor giratório não deve ser menor que duas nem maior que seis rotações por minuto. Qualquer motivo provável da aceleração da pega deve acelerar o período completo de descarregamento, ou devem ser empregados aditivos retardadores da pega. O intervalo entre as entregas deve ser tal que não permita o endurecimento parcial do concreto já colocado, não excedendo 30 minutos. O intervalo entre a colocação de água no tambor e a descarga final do concreto da betoneira nas Formas não deve exceder o tempo de início de pega do cimento, devendo a mistura ser revolvida, de modo contínuo, para que o concreto não fique em repouso antes do seu lançamento, por tempo superior a 30 minutos. No transporte horizontal devem ser empregados carros especiais providos de rodas de pneus e evitado o uso de carros com rodas maciças, de ferro ou carrinhos comuns. c.1.5. Lançamento - O lançamento do concreto só pode ser iniciado após o conhecimento dos resultados dos ensaios da dosagem, verificação da posição exata da armadura, limpeza das Formas, que, quando de madeira, devem estar suficientemente molhadas, e do interior removidos os cavacos de madeira, serragem e demais resíduos de operações de carpintaria. Devem ser tomadas precauções para não haver excesso de água no local de lançamento, o que pode ocasionar a possibilidade do concreto fresco vir a ser lavado. Não são permitidos lançamentos do concreto de uma altura superior a 2m, ou acúmulo de grande quantidade em um ponto qualquer e posterior deslocamento ao longo das Formas. Na concretagem de colunas ou peças altas, o concreto deve ser introduzido por janelas abertas nas Formas, e fechadas à medida que a concretagem avançar. Dispositivos, tais como calhas, tubos ou canaletas, podem ser usados como auxiliares no lançamento do concreto, dispostos de modo a não provocar segregação, devendo ser mantidos limpos e isentos de camada de concreto endurecido e, preferencialmente, executados ou revestidos com chapas metálicas. O concreto somente pode ser colocado sob a água quando sua mistura possuir excesso de cimento de 20% em massa. Em hipótese alguma deve ser empregado concreto submerso com consumo de cimento inferior a 350kg/m³. Para evitar segregação, o concreto deve ser cuidadosamente colocado na posição final em uma massa compacta,

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por meio de funil ou de caçamba fechada, de fundo móvel, e não perturbado depois de ser depositado. Cuidados especiais devem ser tomados para manter a água parada no local de depósito. O concreto não deve ser colocado diretamente em contato com a água corrente. Quando usado funil, este deve consistir de um tubo de mais de 25cm de diâmetro, construído em seções acopladas umas às outras, por flanges providas de gaxetas. O modo de operar deve permitir movimento livre da extremidade de descarga e seu abaixamento rápido, quando necessário, para estrangular ou retardar o fluxo. O enchimento deve processar-se por método que evite a lavagem do concreto. O terminal deve estar sempre dentro da massa do concreto e o tubo deve conter suficiente quantidade de concreto, para não haver penetração de água. O fluxo do concreto deve ser contínuo e regulado, de modo a obter camadas aproximadamente horizontais, até o término da concretagem. Quando o concreto for colocado com caçamba de fundo móvel, esta deve ter capacidade superior a meio metro cúbico (0,50m³). Baixar a caçamba, gradual e cuidadosamente, até apoiá-la na fundação preparada ou no concreto já colocado; elevá-la muito vagarosamente durante o percurso de descarga. Pretende-se, com isto, manter a água tão parada quanto possível no ponto de descarga e evitar agitação da mistura.

c.1.6. Adensamento - O concreto deve ser bem adensado dentro das Formas, mecanicamente; usar vibradores, que podem ser internos, externos ou superficiais, com frequência mínima de 3000 impulsos por minuto. O número de vibradores deve permitir adensar completamente, no tempo adequado, todo o volume de concreto a ser colocado. Somente deve ser permitido o adensamento manual em caso de interrupção no fornecimento de força motriz e pelo mínimo período indispensável ao término da moldagem da peça em execução, com acréscimo de 10% de cimento, sem aumento da água de amassamento. Normalmente, devem ser utilizados vibradores de imersão internos; os externos, apenas quando as dimensões das peças não permitirem inserção do vibrador, ou junto com os internos, quando se desejar uma superfície de melhor aparência; e os vibradores superficiais, em lajes e pavimentos. O vibrador de imersão deve ser empregado na posição vertical, evitando-se o contato demorado com as paredes das Formas ou com a armação, bem como a permanência demasiada em um mesmo ponto. Não deve ser permitido o uso do vibrador para provocar o deslocamento horizontal do concreto nas Formas. O afastamento de dois pontos contíguos de imersão do vibrador deve ser de, no mínimo, 30 cm. Pode, ainda, ser utilizado o concreto auto-adensável. c.1.7. Cura do concreto - Para atingir sua resistência total, o concreto deve ser curado e protegido eficientemente da chuva e contra a evaporação da água de amassamento ocasionada pelo sol e vento. A cura deve continuar durante um período mínimo de sete dias após o lançamento, caso não existam indicações em contrário. Para o concreto protendido, a cura deve prosseguir até que todos os cabos estejam protendidos. Sendo usado cimento de alta resistência inicial, esse período pode ser reduzido. A água para a cura deve ser da mesma qualidade usada para a mistura do concreto. Podem ser utilizados, principalmente, os métodos de manutenção das Formas, cobertura com filmes plásticos, colocação de coberturas úmidas, aspersão de água ou aplicação de produtos especiais que formem membranas protetoras.

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c.1.8. Juntas de concretagem - As juntas de concretagem devem obedecer, rigorosamente, ao disposto no Plano de Concretagem, integrante do projeto. O número de juntas de concretagem deve ser o menor possível. c.2. Concreto ciclópico ou concreto simples Onde for necessário o emprego de concreto ciclópico, adicionar concreto, preparado conforme estabelecido nesta Norma, com volume de até 30% de pedras de mão, lavadas, saturadas com água e envolvidas com 5cm, no mínimo, de concreto. Nenhum concreto a ser empregado em concreto ciclópico deve ter resistência característica à compressão (fck) inferior a 12MPa . c.3. Argamassa As argamassas devem ser preparadas em betoneiras. Sendo permitida a mistura manual, a areia e o cimento devem ser misturados a seco até obter-se coloração uniforme, quando, então, deve ser adicionada a água necessária para a obtenção da argamassa de boa consistência, para manuseio e espalhamento fáceis com a colher de pedreiro. A argamassa não empregada em 45 minutos após a preparação deve ser rejeitada e não deve ser permitido seu aproveitamento, mesmo com adição de mais cimento. As argamassas destinadas ao nivelamento das faces superiores dos pilares e preparo do berço dos aparelhos de apoio devem ter resistência característica mínima à compressão de 25MPa. c.4. Calda de cimento para injeção Produto da mistura conveniente de cimento, água e, eventualmente, de aditivos, para preenchimento de bainhas ou dutos de armadura de protensão de peças de concreto protendido, a fim de proteger a armadura contra a corrosão e garantir a aderência posterior ao concreto da peça. Recomenda-se a injeção até, no máximo, oito dias após a protensão dos cabos. O cimento utilizado deve ser o cimento Portland comum, ou outro tipo de cimento que satisfaça às seguintes exigências:

• teor de cloro proveniente de cloreto: máximo igual a 0,10%;

• teor de enxofre proveniente de sulfetos (ABNT NBR NM 19:2004): máximo igual a

0,20%.

A água pode ser considerada satisfatória, se atender ao constante da subseção a.4 desta Norma. Não são permitidos aditivos que contenham halogenetos ou reatores ao material de calda e deteriorem ou ataquem o aço. O fator água/cimento não deve ser superior a 0,45, em massa. Para execução do serviço de injeção deve ser seguido o Anexo B – Execução da injeção de calda de cimento Portland em concreto protendido com aderência posterior, da ABNT NBR 14931:2003. 10.3.7. Condicionantes Ambientais Deve ser atendido o estabelecido na documentação técnica-ambiental do empreendimento, constituída pelo Componente Ambiental do Projeto de Engenharia e os Programas

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Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental – PBA, em particular, o referente ao tratamento dos resíduos da construção civil e, também, observadas as recomendações e exigências dos órgãos ambientais e as normas técnicas, em particular, a Norma DNIT 070/2006-PRO – Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras – Procedimento. 10.3.8. Inspeções

a. Controle dos insumos

A ABNT NBR 12654:1992 fixa as condições exigíveis para realização do controle tecnológico dos materiais componentes do concreto. a.1. Cimentos Os ensaios de cimento devem ser feitos em laboratório, de acordo com as normas ABNT NBR NM 10:2004 (quando necessário), ABNT NBR 7215:1996, ABNT NBR NM 76:1998, ABNT NBR NM 43:2003, ABNT NBR NM 65:2003 e ABNT NBR 11582:1991. O peso do saco de cimento deve ser verificado para cada 50 sacos fornecidos, com tolerância de 2%. a.2. Agregados miúdo e graúdo Devem obedecer à Norma ABNT NBR 7211:2005. a.3. Água O controle da água deve ser feito, desde que apresente aspecto ou procedência duvidosa. Para utilização em concreto armado ou protendido deve ser considerada satisfatória se apresentar pH entre 5,8 e 8,0 e respeitar os seguintes limites máximos:

• matéria orgânica: 3mg/l (oxigênio consumido);

• resíduo sólido: 5000mg/l;

• sulfatos: 300mg/l (ions SO4);

• cloretos: 500mg/l (ions Cl)

• açúcar: 500mg/l.

Para casos especiais considerar outras substâncias prejudiciais.

O gelo a ser utilizado, quando necessário para resfriamento da mistura (concreto ou calda de cimento), deve obedecer aos requisitos acima. Nos ensaios comparativos de pega e resistência à compressão, executados de acordo com a Norma DNIT 037/2004-ME, adotando-se como comparação uma água de boa qualidade ou, de preferência, uma água destilada, os resultados obtidos com a pasta e argamassa executadas com água suspeita devem apresentar:

• O tempo de início de pega deve ser igual, no mínimo, ao tempo de início de pega da pasta confeccionada com água de boa qualidade, menos 30 minutos;

• O tempo de fim de pega deve ser igual, no máximo, ao tempo de fim de pega da pasta confeccionada com água de boa qualidade, mais 30 minutos;

• A redução da resistência da argamassa executada com água suspeita, em relação à argamassa executada com água considerada satisfatória, não pode ser maior que 10%, nos ensaios aos 7 e 28 dias.

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b. Controle da produção

b.1. Concreto De acordo com a Norma ABNT NBR 12655:2006, para a garantia da qualidade do concreto a empregar na obra, para cada tipo e classe de concreto, devem ser realizados os ensaios de controle adiante relacionados, além de outros recomendados em projetos específicos:

• Ensaios de consistência, de acordo com a ABNT NBR NM 67:1998 e/ou ABNT NBR NM 68:1998 (para concreto auto-adensável), sempre que ocorrerem alterações na umidade dos agregados, na primeira amassada do dia, após o reinício, seguido de interrupção igual ou superior a 2 horas, na troca de operadores e cada vez que forem moldados corpos de prova. Para concreto fornecido por terceiros devem ser realizados ensaios a cada caminhão;

• Ensaios de resistência à compressão, de acordo com a ABNT NBR 5739:2009.A consistência do concreto deve atender aos valores estipulados para cada situação. Caso não os atenda na primeira amostra, repetir nova amostragem; se persistir, provavelmente não apresenta a necessária plasticidade e coesão. Verificar a causa e corrigir antes da utilização, com exceção para os concretos cuja plasticidade exceda os limites dos métodos de ensaio, como o concreto bombeado.

• A amostragem mínima do concreto para ensaios de resistência à compressão deve ser feita dividindo-se a estrutura em lotes. Cada lote corresponderá a um elemento estrutural, limitado pelos critérios da Tabela 2, adaptada da ABNT NBR 12655:2006 e apresentada a seguir:

Tabela 2 - Critérios de amostragem mínima para ensaios de resistência

Limites superiores

Solicitação principal dos elementos da estrutura

Compressão ou Compressão e Flexão

Flexão Simples

Volume de concreto 50m³ 100m³

Tempo de concretagem 3 dias de concretagem (1)

(1) Este período deve estar compreendido no prazo total máximo de sete dias e inclui eventuais interrupções para tratamento de juntas.

De cada lote retirar uma amostra de, no mínimo, seis exemplares, para os concretos até a classe C50, e doze exemplares para as classes superiores a C50. Cada exemplar deve ser constituído por dois corpos de prova da mesma amassada, para cada idade do rompimento, moldados no mesmo ato. A resistência do exemplar de cada idade deve ser considerada a maior dos dois valores obtidos no ensaio. O volume de concreto, para a moldagem de cada exemplar e determinação da consistência, deve ser de 1,5 vezes o volume necessário para estes ensaios, e nunca menor que 30 litros. A coleta deste concreto em betoneiras estacionárias deve ocorrer enquanto o concreto está sendo descarregado, representando o terço médio da mistura. Caso contrário, deve ser tomada imediatamente após a descarga, retirada de três locais diferentes, evitando-se as bordas. Homogeneizar o concreto sobre o recipiente com o auxílio de colher de pedreiro, concha metálica ou pá. A coleta deste concreto em caminhão betoneira deve ocorrer enquanto o concreto está sendo descarregado e obtida em duas ou mais porções, do terço médio da

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mistura. Para o concreto bombeado, a coleta deve ser feita em uma só porção, colocando-se o recipiente sob o fluxo de concreto na saída da tubulação, evitando-se o início e o fim do bombeamento.

b.2. Concreto ciclópico O concreto empregado em concreto ciclópico deve ser submetido ao controle especificado no subitem 10.3.6. letra c. b.3. Argamassa

As argamassas devem ser controladas através dos ensaios de qualidade de água e de areia.

b.4. Calda de cimento para Injeção Os materiais devem ser medidos com precisão de 2%, sendo o cimento medido em massa. Além do controle estabelecido, com antecedência e em separado, para a água e o cimento, devem ser realizados os seguintes ensaios para a calda constantes da Tabela 3, de acordo com a Norma ABNT NBR 7681:1983.

Tabela 3 - Inspeção da calda de cimento para injeção

Ensaio Método Frequência e Local da

Amostragem Limites admitidos

Fluidez NBR 7682:1983 Em cada cabo, uma vez na entrada

e quantas forem necessárias na saída da bainha.

Imediatamente antes da injeção: máximo de 18 segundos. Na saída da bainha:

mínimo de 8 segundos.

Vida Útil NBR 7685:1983 Uma vez para a mesma composição e condição de mistura, no recipiente

da estocagem.

Índice de fluidez maior que 18 segundos, durante o período de 30 minutos, após a

conclusão da mistura.

Exsudação NBR 7683:1983

Uma vez no início do primeiro dia de trabalho, repetindo-se no máximo, a

cada 100 sacos de cimento consumidos por frente de trabalho

e/ou a cada duas semanas; e a cada vez que mudar a composição e/ou condição de mistura e/ou materiais.

As amostras devem ser coletadas no recipiente de estocagem da calda.

3 horas após a mistura, a água exsudada máxima de 2% do volume inicial da calda.

Expansão NBR 7683:1983

Quando empregados aditivos expansores, 3 horas após a mistura, expansão total livre máxima 7% do volume inicial da

calda. A calda deve ser injetada em um tempo tal que, no mínimo, 70% da

expansão total livre ocorra dentro da bainha.

Resistência

à compressão NBR 7684:1983 fck28 ≥ 25 MPa.

c. Verificação do produto c.1. Concreto O controle pode ser feito por amostragem parcial, quando são retirados exemplares de algumas betonadas de concreto, atendidas as limitações já constantes do subitem 10.3.8., ou por amostragem total, quando são retirados exemplares de todas as amassadas de

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concreto e o valor estimado da resistência característica à compressão (fckest), na idade

específica, obtido conforme Tabela 4:

Amostragem Parcial Amostragem Total

6 ≤ n 20 n ≥ 20 n ≤ 20 n > 20

fckest = 2 f1+...+ f m-1 - fm

m-1

Se maior que Ψ6 . f1

fcm - 1,65 Sd

f1

f1

Tabela 4 - Resistência Característica Estimada fckest

Sendo: n = número de exemplares; m = n/2, desprezando-se o valor mais alto de n, se n for ímpar; f1, f2, ....fn = valores das resistências dos exemplares, em ordem crescente;

Ψ 6 = valores constantes da Tabela 5 - “Valores de Ψ 6 “;

fcm = resistência média dos exemplares do lote, em MPa;

Sd = desvio padrão do lote para n - 1 resultados, em MPa;

i = 0,05n, adotando-se a parte inteira imediatamente superior, para o valor de i fracionário.

No início da obra ou quando não se conhecer o valor do desvio padrão Sd considerar os

seguintes valores para Sd, de acordo com a condição de preparo:

• Condição A: Sd = 4,0MPa

• Condição B: Sd = 5,5MPa

As condições A e B de preparo do concreto são as descritas na subseção 5.6.3.1 da Norma

ABNT NBR 12655:2006.

Tabela 5 - Valores de Ψ 6

Condição de Preparo

Número de Exemplares (n)

2 3 4 5 6 7 8 10 12 14 ≥ 16

A 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02

B 0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02

Em casos excepcionais, a estrutura pode ser dividida em lotes de, no máximo, 10m³, com um número de exemplares entre 2 e 5. A resistência característica, nestes casos, é determinada pela fórmula:

fckest = Ψ6 . f1

Os lotes de concreto devem ser aceitos automaticamente, quando atingirem, na idade de controle: fckest ≥ fck

c.2. Calda de cimento O controle da calda de cimento deve ser realizado conforme Tabela 3, inclusive o referente à

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resistência à compressão.

d. Condições de conformidade e não conformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto devem ser realizados de acordo com o Plano da Qualidade (PGQ), constante da proposta técnica aprovada e conforme a subseção 5.2 da Norma DNIT 011/2004-PRO. Os resultados do controle estatístico (subitem 10.3.8 letra c) devem ser analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento, de acordo com a Norma DNIT 011/2004-PRO, que estabelece os procedimentos para o tratamento das não conformidades dos insumos da produção e do produto. Cabe à Fiscalização adotar as providências para o

tratamento das não conformidades.

Os serviços devem ser considerados conformes se atendidas todas as condições estabelecidas nesta Norma.

10.3.9. Critérios de Medição

Os materiais considerados conformes de acordo com esta Norma devem ser medidos pelos critérios a seguir. a. Concreto O concreto simples, armado, protendido ou ciclópico, deve ser medido por metro cúbico de concreto lançado no local, cujo volume deve ser calculado em função das dimensões indicadas no projeto ou, quando não houver indicação no projeto, pelo volume medido no local de lançamento. Inclui o fornecimento dos materiais, preparo, mão de obra, utilização de equipamento, ferramentas, transportes, lançamento, adensamento, cura, controle e qualquer outro serviço necessário à concretagem. b. Argamassa

A argamassa deve ser medida por metro cúbico aplicado, em função das dimensões indicadas no projeto. Não cabe medição em separado, quando se tratar de alvenaria de pedra argamassada. c. Calda de cimento para injeção

Deve ser medida em conjunto com a protensão. 10.4. ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO 10.4.1. Prefácio A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de armaduras de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado. Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 - PRO, cancela e substitui a Norma DNER-ES 331/97. 10.4.2. Objetivo Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis para o recebimento e manuseio de

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armaduras em pontes e viadutos rodoviários de concreto armado. 10.4.3. Referências Normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (inclusive emendas).

− Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5916 – Junta de tela de aço soldada para armadura de concreto – Ensaio de resistência ao cisalhamento. Rio de Janeiro.

− NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 6153 – Produto metálico – Ensaio de dobramento semiguiado. Rio de Janeiro. − NBR ISO 6892 - Materiais metálicos – Ensaio de tração à temperatura ambiente. Rio

de Janeiro. − NBR 7187 - Projeto de pontes de concreto armado e protendido - Procedimento. Rio

de Janeiro. − NBR 7477 - Determinação do coeficiente de conformação superficial de barras e fios

de aço destinados a armaduras de concreto armado. Rio de Janeiro. − NBR 7480 - Aço destinado a armadura para concreto armado - Especificação. Rio de

Janeiro. − NBR 7481 - Tela de aço soldada - Armadura para concreto. Rio de Janeiro. − NBR 8548 - Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com

emenda mecânica ou por solda - Determinação da resistência à tração. Rio de Janeiro.

− NBR 8965 - Barras de aço CA 42 S com características de soldabilidade destinadas a armaduras para concreto armado - Especificação. Rio de Janeiro.

− NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. − BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 001/2009-

PRO - Elaboração e apresentação de normas do DNIT - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.

− DNIT 011/2004-PRO - Gestão da qualidade em obras rodoviárias - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

− DNIT 070-PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR.

10.4.4. Definições

Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições seguintes: a. Armadura

Conjunto de elementos de aço de uma estrutura de concreto armado ou protendido. b. Barras

Produtos de aço obtidos por laminação a quente, de seção circular simples ou com deformações superficiais. c. Fios

Produtos de aço de diâmetro inferior ou igual a 10mm, obtidos por trefilação, operação que consiste em esticar o aço, várias vezes, reduzindo cada vez mais seu diâmetro. d. Malhas ou telas

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Produtos de aço formados por fios de aço, soldados entre si, por caldeamento, nos pontos de cruzamento. e. Barras e fios de classe A

Produtos laminados a quente, em geral com escoamento definido, f. Barras e fios de classe B

Produtos encruados por deformação a frio, sem patamar de escoamento. g. Aço CA 25

Barras laminadas, categoria A, com superfície lisa e limite de escoamento de 25kN/cm². h. Aço CA 50A e CA 50B

Barras laminadas, com superfície deformada, com limite de escoamento de 50kN/cm².

i. Aço CA 60 B

Fios trefilados, d ≤ 10mm, de superfície lisa ou deformada, com limite de escoamento de

60kN/cm²; j. Diâmetro nominal

Valor que representa o diâmetro equivalente da seção transversal típica do fio ou da barra, expresso em milímetros. k. Massa linear nominal

Valor que representa a massa por unidade de comprimento do fio ou da barra de diâmetro nominal específico, expresso em quilogramas por metro.

l. Área nominal

Valor que representa a área da seção transversal do fio ou da barra de diâmetro nominal específico, expresso em milímetros quadrados.

m. Partida

Conjunto de lotes apresentados para inspeção de uma só vez. n. Fornecimento

Conjunto de partidas que perfaz a quantidade total da encomenda. o. Lote Grupo de barras ou fios de procedência identificada, de mesma categoria, classe, diâmetro nominal e configuração geométrica superficial, apresentado à inspeção como um conjunto

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unitário, cuja massa não supera 30 toneladas. 10.4.5. Condições Gerais Somente podem ser usados em pontes e viadutos rodoviários de concreto armado, as barras, fios e telas de aço que atendam às condições estabelecidas nas Normas ABNT NBR- 7480:2007 e ABNT NBR-7481:1990. Outros aços somente podem ser utilizados após a elaboração de normas particulares do projeto em questão, e os ensaios de recebimento e aceitação devem ser feitos em laboratórios nacionais de reconhecidas capacidade e idoneidade.

As barras laminadas devem ter comprimento de 12 metros, com tolerância de ± 1%; podem ser lisas, quando a seção transversal é um círculo razoavelmente definido, ou podem ter rugosidades, com intuito de melhorar a aderência entre concreto e aço. Os fios podem ser fornecidos em feixes ou rolos, podendo, também, ter perfil liso ou com rugosidades; as telas de aço podem ser fornecidas em rolos ou tabletes.

Dependendo da agressividade do meio ambiente, os aços oxidam-se com maior ou menor velocidade, motivo pelo qual, após uma observação visual para verificar os padrões de geometria e perfil, a existência ou não de bolhas, fissuras, esfoliações, corrosão e outras irregularidades, os aços recebidos devem ser imediatamente estocados em local abrigado e sobre estrados de madeira, afastados do chão.

10.4.6. Condições Específicas a. Materiais No concreto armado utilizam-se apenas as armaduras passivas, definidas como as armaduras que não sejam usadas para produzir forças de protensão, isto é, que não sejam previamente alongadas. Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela ABNT NBR 7480:2007 com o valor característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60; as seções transversais nominais devem ser as estabelecidas na ABNT NBR 7480:2007. As letras CA significam concreto armado, seguindo-se os números que indicam o limite de escoamento em kgf/mm² = kN/cm². As armaduras podem ser constituídas de barras, fios e telas de aço. a.1. Barras e fios a.1.1 Classificação - Conforme o processo de fabricação e diagrama tensão-deformação, as barras e fios são divididos nas Classes A e B; os aços Classe A são laminados a quente, em geral com escoamento definido, caracterizado por patamar no diagrama tensão-deformação, e os aços Classe B são encruados por deformação a frio e sem patamar de escoamento. O limite de escoamento é definido como a tensão que produz, no descarregamento, uma deformação unitária permanente de 0,2%.

a.1.2. Características

• Tipo de superfície - As barras e fios podem ser lisos ou providos de saliências ou mossas; para cada categoria de aço, o coeficiente de conformação superficial mínimo ηb, determinado através de ensaios de acordo com a ABNT NBR

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7477:1982, deve atender ao indicado na ABNT NBR 7480:2007. A configuração e a geometria das saliências ou mossas devem atender, também, ao que é especificado nas seções 9 e 23 da ABNT NBR 6118:2007, desde que existam solicitações cíclicas importantes.

• Para os efeitos desta Norma, a conformação superficial é medida pelo coeficiente η1, cujo valor está relacionado ao coeficiente de conformação superficial ηb, conforme estabelecido na Tabela 8.2 da ABNT NBR 6118:2007;

• Massa específica - Adota-se, para massa específica do aço de armadura passiva, o valor de 7850kg/m³;

• Característica dos aços para soldabilidade - Para que o aço seja considerado soldável, sua composição deve obedecer aos limites estabelecidos na ABNT NBR 8965:1985. A emenda de aço soldada deve ser ensaiada à tração segundo a ABNT NBR 8548:1984; a carga de ruptura mínima, medida na barra soldada, deve satisfazer ao especificado na ABNT NBR 7480:2007 e o alongamento sob carga deve ser tal que não comprometa a ductilidade da armadura. O alongamento total plástico medido na barra soldada deve atender a um mínimo de 2%;

• Eletrodo para emenda - O eletrodo deve ser constituído de metal de características idênticas às do metal base e deve apresentar revestimento básico que dificulte a fissuração a quente, pela absorção de hidrogênio, baixo teor de hidrogênio para aço CA 50 e possuir tensões de escoamento iguais ou superiores ao material das barras a serem soldadas. Devem ser mantidos em lugar seco, de preferência em estufas; é vedado o uso de eletrodos úmidos no momento da soldagem.

Nota: Outras características particulares, para cada caso, devem ser

especificadas no projeto.

a.2. Telas de aço As telas de aço são fabricadas com fios de categoria CA 50 B ou CA 60. As tabelas dos fabricantes devem conter, no mínimo, o nome do fabricante, o tipo de aço, a designação da tela, a área da seção dos fios longitudinais e transversais, em cm², o diâmetro dos fios longitudinais, em mm, o espaçamento entre fios longitudinais e transversais ou entre feixes longitudinais, em cm, e a massa por unidade de área, em kg/m². b. Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços devem atender aos requisitos da subseção 6.4 da ABNT NBR 14931:2003.

A natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado dependem do tipo e dimensão do serviço a executar. Devem constar na relação a ser apresentada pelo executante: máquina de corte e de dobramento de aço, máquinas soldadoras com potência igual ou superior a 0,025KVA/mm² e regulagem automática. c. Execução

Devem ser atendidas as especificações da seção 8 da Norma ABNT NBR 14931:2003. c.1. Transporte e armazenamento

Cuidados especiais devem ser tomados no transporte, principalmente, evitando a ação de impurezas e corrosões prejudiciais à aderência, à perda de identificação e à ruptura de

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soldas em elementos pré- fabricados e em telas soldadas. O armazenamento deve ser feito sem contato com o solo, sobre estrados, ao abrigo da chuva e em ambiente ventilado. c.2. Corte e dobramento Os cortes e dobras devem obedecer às dimensões e formas indicadas no projeto; processos mecânicos não devem permitir raios menores que os especificados em nenhum dos pontos da armadura. As barras de aço Classe B devem ser sempre dobradas a frio; as barras não podem ser dobradas junto às emendas soldadas.

c.3. Emenda das barras

c.3.1. Tipos - Conforme subseção 9.5.1 da Norma ABNT NBR 6118:2007, os tipos de emendas das barras são:

• Por traspasse;

• Por luvas com preenchimento metálico, rosqueadas ou prensadas;

• Por solda;

• Por outros dispositivos devidamente justificados.

c.3.2. Características

• Emendas por traspasse:

- Proporção de barras emendadas; - Comprimento de traspasse de barras tracionadas e isoladas; - Comprimento por traspasse de barras comprimidas e isoladas; - Armadura transversal nas emendas por traspasse; - Emendas por traspasse em feixes de barras; - Consultar ABNT NBR 6118:2007;

• Emendas por luvas rosqueadas - Consultar ABNT NBR 6118:2007;

• Emendas por solda - Consultar ABNT NBR 6118:2007.

c.4. Montagem das armaduras

As barras de aço, para montagem, devem ser limpas, sendo removidas ferrugens, argamassas e manchas de óleo e graxa, antes de introduzidas nas Formas; devem ser verificadas as dimensões, as posições indicadas no projeto, os espaçamentos, o acesso do concreto para envolvimento de todas as barras, os traspasses e os cobrimentos das barras.

Para manter as barras na posição desejada e garantir o cobrimento mínimo, permite-se o uso de arames e de tarugos de aço ou tacos de concreto ou argamassa; o tarugo de aço só deve ser aceito se o cobrimento de concreto no local tiver a espessura mínima recomendada no projeto. c.5. Cobrimento e proteção das armaduras A ABNT NBR 6118:2007 introduziu novos conceitos e exigências no cobrimento, qualidade do concreto e proteção das armaduras, todos dependentes da agressividade do meio ambiente e visando aumentar a durabilidade da obra.

c.5.1. Agressividade do meio ambiente - A Tabela 6.1 da ABNT NBR 6118:2007 considera

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quatro classes de agressividade ambiental:

• Agressividade fraca;

• Agressividade moderada;

• Agressividade forte;

• Agressividade muito forte; c.5.2. Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto - Consultar Tabela 7.1 da ABNT NBR 6118:2007; c.5.3. Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento mínimo para ∆c = 10mm - Consultar Tabela 7.2 da ABNT NBR 6118:2007. 10.4.7. Condicionantes Ambientais

Para evitar a degradação do meio ambiente deve ser atendido o estabelecido no Projeto de Engenharia, nos Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental - PBA, as recomendações/exigências dos órgãos ambientais e as normas técnicas, em particular, a Norma DNIT 070/2006 – PRO – Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento.

10.4.8. Inspeções

a. Controle dos insumos

a.1. No recebimento As barras recebidas não devem apresentar defeitos prejudiciais, tais como fissuras, bolhas e corrosão excessiva. Recomenda-se verificar as características geométricas das barras e fios. A massa real das barras de diâmetro nominal igual ou superior a 10mm e dos fios deve ser igual à sua massa nominal, com tolerância de ± 6%, e a tolerância para as barras de diâmetro nominal inferior a 10mm é de ± 10%. A massa nominal é obtida pela multiplicação do comprimento pela área da seção nominal e por 7,85kg/dm³. A tolerância de comprimento é de ± 1%, conforme subitem 10.4.5 desta Norma. Ainda podem ser verificadas, preliminarmente, as condições seguintes:

• se os eixos das nervuras transversais formam com o eixo da barra, ângulo igual ou superior a 45°;

• se possuem pelo menos duas nervuras longitudinais contínuas e diametralmente opostas;

• se a altura média das nervuras ou profundidade das mossas é igual ou superior a 4% do diâmetro nominal;

• se o espaçamento médio das nervuras transversais está entre 50% e 80% do diâmetro nominal;

• se as saliências abrangem, pelo menos, 85% do perímetro nominal da seção transversal.

a.2. Formação de amostras

Para verificação das propriedades mecânicas e conformação superficial das barras e fios deve ser feita uma amostragem, devendo haver clara distinção para partidas cujos lotes forem perfeitamente identificáveis e para os misturados ou não identificáveis.

Em cada partida, as barras ou fios devem ser repartidos em lotes, em função da categoria

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e do diâmetro nominal, cujas massas máximas estão indicadas na Tabela 1. Quando o fornecimento for em rolo, considerar o dobro dos volumes indicados para a massa máxima. Quando houver mistura ou não forem identificáveis, cabe ao inspetor orientar a formação de outros lotes para inspeção.

Diâmetro Nominal

(mm)

Categoria do Aço

CA-25 CA-50 CA-60

3,2 - - 1,6

4 - - 2

5 6,3 3,2 2,5

6,3 8 4 3,2

8 10 5 4

10 12,5 6,3 5

12,5 16 8 6,3

16 20 10 -

20 25 12,5 -

25 30,0 16 -

32 30,0 20 -

40 30,0 25 -

Tabela 1 - Massa máxima do lote (t)

A contraprova deve ser feita quando qualquer corpo de prova da amostra inicial do plano de amostragem em questão não satisfizer às exigências da Norma ABNT NBR-7480:2007.

Para lotes de rolos, o número de exemplares da amostra deve ser o dobro do inicial da Tabela 2. As amostras referentes às telas de aço devem considerar:

a.2.1. Fios - deve ser retirada, aleatoriamente, uma amostra antes da fabricação da tela, para os ensaios de tração e dobramento de cada lote de fios; devem ser apresentados os resultados pelo produtor, quando solicitados. a.2.2. Telas - após a retirada aleatória de um painel ou rolo, extrair como amostra uma faixa transversal, contendo todos os fios longitudinais e apresentando as dimensões adequadas para a execução dos ensaios previstos. a.3. Critérios para os planos de amostragem

As amostras devem ser extraídas aleatoriamente, de cada lote, e compostas de tantos exemplares quantos indicados nos planos de amostragem, resumidos na Tabela 2. Não deve ser permitida a retirada de mais de um exemplar de uma mesma barra ou fio reto. Em rolos, só deve ser permitida se o número de rolos for inferior ao número de exemplares; neste caso, retiram- se os exemplares das extremidades do mesmo rolo. O comprimento de cada exemplar deve ser de 2,20m, desprezando-se a ponta de 20cm da barra ou do fio.

Tabela 2 - N° de exemplares da amostra de cada lote

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Plano Amostragem Corridas

identificadas

Corridas não

identificadas

1 inicial 1 2

contraprova 2 3

2 inicial 2 3

contraprova 2 3

3 inicial 3 4

contraprova 3 4

Para os cinco primeiros lotes de fornecimento deve ser adotado o Plano 2; se aprovados, deve ser adotado o Plano 1 para os lotes seguintes. Se, entretanto, houver rejeição de um ou mais lotes, deve ser adotado o Plano 3 para os cinco lotes seguintes. Para os demais lotes de fornecimento a amostragem deve ser em função do plano adotado para os cinco lotes anteriores e os resultados dos ensaios correspondentes, de acordo com a Tabela 3.

Inspeção dos lotes anteriores aos que devem ser

inspecionados

Lotes da partida a ser

inspecionada

Plano adotado Resultados

obtidos Plano a ser

adotado

1

2

3

Todos aprovados

1

1

2

1

2

3

Houve lote rejeitado

2

3

3

1

2

3

Houve mais de um lote rejeitado

3

3

3

Tabela 3 - Critérios de amostragem Obs.: Para um mesmo fornecimento, os resultados obtidos na inspeção dos cinco

últimos lotes da partida anterior definem o Plano de Amostragem da partida subsequente.

a.4. Ensaios

Cabe ao laboratório receber a amostra representativa do lote e verificar a sua autenticidade. Devem ser realizados ensaios de tração e de dobramento, obedecendo, respectivamente, as Normas ABNT NBR ISO 6892:2002 e ABNT NBR 6153:1988. Deve ser determinada a massa real nestes corpos de prova, mesmo que já feita em canteiro. O laboratório deve fornecer ao comprador o resultado desses ensaios. O ensaio de dobramento não se aplica a barras e fios emendados. As telas soldadas devem ser ensaiadas conforme a ABNT NBR 6153:1988 para

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dobramento e ABNT NBR 5916:1990 para cisalhamento.

b. Controle da execução Deve ser verificado o atendimento às especificações constantes da subseção 5.3 desta Norma. A amostragem de barras emendadas deve ser feita por tipo de emenda. Para cada conjunto de 50 ou menos emendas deve ser retirado um exemplar. Se qualquer corpo-de-prova não satisfizer às exigências da ABNT NBR 7480:2007 devem ser retiradas duas contraprovas do conjunto correspondente. O ensaio deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR 8548:1984. As emendas de barras mecânicas ou soldadas devem satisfazer ao limite de resistência convencional à ruptura das barras não emendadas. No ensaio de qualificação o alongamento da barra emendada deve atender à seguinte inequação:

4102

1,0 −+≤ φσmáxA

Sendo:

φ = diâmetro nominal em mm; Α = alongamento de 10 diâmetros, em mm; σmáx = tensão calculada pela carga máxima atuante na barra emendada durante o

ensaio, em MPa. c. Condições de conformidade e não conformidade Cabe à Fiscalização adotar as providências para o tratamento das não conformidades. c.1. Conformidade

c.1.1. Material - O lote deve ser considerado conforme ao apresentar barras, fios e telas de aço sem defeitos prejudiciais, se a massa real estiver dentro das tolerâncias constantes do subitem 10.4.8 letra a desta Norma e se satisfatórios os resultados dos ensaios de tração e dobramento de todos os exemplares retirados. Caso um ou mais destes resultados não atendam ao especificado, deve ser realizada uma contraprova única, sendo a amostra formada conforme subitem 10.4.8 letra b desta Norma. Caso todos os resultados da contraprova sejam satisfatórios, o lote deve ser aceito. c.1.2. Emendas - Para barras emendadas, o conjunto especificado no subitem 10.4.8 letra b deve ser aceito, caso os resultados da prova ou das duas contraprovas forem satisfatórios. c.1.3. Telas de aço - A tela de aço soldada deve atender à Norma ABNT NBR 7481/1990. O lote de tela de aço deve ser aceito se os ensaios de tração e dobramento ou cisalhamento da prova ou das duas contraprovas forem satisfatórios. Admitem-se as quebras de juntas soldadas, desde que não excedam a 1% do número total por painel, ou de 1% do número total de 15m² de tela, caso de rolos, e que 50% ou mais do total de juntas quebradas não se encontrem localizadas em um único fio. c.2. Não conformidade O lote deve ser considerado não conforme se não atender ao subitem Conformidade anterior ou se no ensaio de contraprova houver, pelo menos, um resultado que não satisfaça às exigências da Norma ABNT NBR7480:2007, ou não atender à Norma ABNT NBR 7481/1990. 10.4.9. Critério de Medição

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As armaduras para concreto armado consideradas conformes com esta Norma, incluindo todos os serviços necessários à execução, devem ser medidas por quilograma de aço colocado nas Formas, de acordo com as listas do projeto. 10.5. ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO 10.5.1. Prefácio

A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de armaduras de concreto protendido em pontes e viadutos rodoviários. Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 – PRO, cancela e substitui a Norma DNER-ES 332/97. 10.5.2. Objetivo Esta Norma tem por objetivo fixar os critérios de recebimento, aceitação, preparo, aplicação e medição de armaduras para concreto protendido em pontes e viadutos rodoviários.

10.5.3. Referências Normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (inclusive emendas).

− Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6004 – Arames de aço – Ensaio de dobramento alternado. Rio de Janeiro.

− NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 6349 – Barras, cordoalhas e fios de aço para armaduras de protensão –

Ensaio de tração. Rio de Janeiro. − NBR 7187 - Projetos de pontes de concreto armado e protendido - Procedimento.

Rio de Janeiro. − NBR 7482 - Fios de aço para concreto protendido - Especificação. Rio de Janeiro. − NBR 7483 - Cordoalhas de aço para concreto protendido - Especificação. Rio de

Janeiro. − NBR 7484 – Fios, barras e cordoalhas de aço destinados a armaduras de protensão

– Ensaios e relaxação isotérmica. Rio de Janeiro. − NBR 10839 – Execução de obras de arte especiais em concreto armado e concreto

protendido. Rio de Janeiro, 1989. − NBR 14931 – Execução de Estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro. − BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 001/2009-

PRO - Elaboração e apresentação de normas do DNIT- Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.

− DNIT 011/2004-PRO - Gestão da qualidade em obras rodoviárias - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

− DNIT 070-PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras – Procedimento. Rio de Janeiro.

− DNIT 118/2009-ES – Pontes e viadutos rodoviários – Armaduras para concreto armado – Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

10.5.4. Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes: a. Aço de protensão para armadura ativa

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São aços de elevada resistência, sem patamar de escoamento. b. Fio

Fio encruado a frio por trefilação, a partir de fio-máquina de aço-carbono. c. Cordoalha

Produtos formados por fios de aço enrolados em forma helicoidal. d. Cordoalha de sete fios

Cordoalha constituída de seis fios de mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, numa forma helicoidal, com um passo uniforme, em torno de um fio central. e. Cordoalha de três fios

Constituída de três fios de mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, numa forma helicoidal, com passo uniforme. f. Lance

Determinado comprimento contínuo de cordoalha. g. Rolo

Certo comprimento contínuo de fio acabado ou de cordoalha, sem junta ou emenda de qualquer natureza, apresentado em espiras concêntricas, formando um volume compacto. h. Carretel

Núcleo de madeira ou de outro material, no qual é enrolado certo comprimento de cordoalha. i. Valor nominal

Valor numérico que caracteriza certa grandeza do produto (fio ou cordoalha).

j. Flecha

Medida da distância máxima entre a linha que une as duas pontas da amostra e a face interna do fio ou cordoalha. k. Lote

Quantidade de fio ou cordoalha acabada, fabricada nas mesmas condições, de mesmo diâmetro nominal e características. l. Passo da hélice

Comprimento de cordoalha ao longo do eixo de uma volta completa.

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m. Diâmetro da cordoalha

Diâmetro da circunferência que a circunscreve. n. Aços aliviados ou de relaxação normal (RN)

São aços retificados por um tratamento térmico que alivia tensões internas de trefilação. o. Aços estabilizados ou de baixa relaxação (RB)

São aços trefilados que recebem um tratamento termomecânico (aquecimento a 400º C e estiramento à deformação unitária de 1%), o qual melhora as características elásticas e reduz as perdas de tensão por relaxação do aço. p. Barra

Barras de aço-liga de alta resistência, laminadas a quente, com diâmetro superior a 12mm, fornecidas em peças retilíneas de comprimentos limitados. q. Armadura suplementar

Armadura adicional, passiva e convencional, que controla a fissuração na fase de execução e aumenta a segurança à ruptura na fase final. Nota: As definições relacionadas à execução da protensão e à execução da injeção de calda

de cimento Portland constam, respectivamente, dos Anexos A e B da norma ABNT NBR 14931:2003.

10.5.5. Condições Gerais Somente fios, barras e cordoalhas que atendam aos requisitos gerais estabelecidos pelas normas ABNT NBR 7482:2008 (fios) e 7483:2008 (cordoalhas) podem ser usados em pontes e viadutos rodoviários de concreto protendido; devem ser do tipo e qualidade indicados no projeto, apresentar homogeneidade quanto às suas características geométricas e mecânicas e ser isentos de defeitos. As cordoalhas e fios geralmente são fornecidos em rolos e as barras em comprimentos da ordem de seis metros. Os aços recebidos devem ser imediatamente estocados em local abrigado e sobre estrados de madeira afastados do chão. A corrosão nos aços de protensão não permite sua utilização em estruturas de pontes e viadutos rodoviários, motivo pelo qual deve ser recomendada sua imediata rejeição. Com exceção das estruturas protendidas com fios aderentes, nos demais tipos de protensão utilizam-se elementos acessórios, tais como, bainhas, dispositivos de ancoragem, arames e espaçadores. A escolha do sistema de protensão é do projetista, que deve indicar as opções equivalentes. 10.5.6. Condições Específicas a. Materiais Os principais materiais utilizados no concreto protendido são: concreto, armaduras não

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protendidas (passivas) e armaduras protendidas (ativas). a.1. Armaduras ativas As armaduras ativas, constituídas por barras, fios isolados ou cordoalhas, destinam-se à produção de forças de protensão, isto é, nas quais se aplicam pré-alongamentos iniciais; as armaduras passivas são as mesmas do concreto armado convencional, isto é, as que não são previamente alongadas.

Os requisitos específicos para fios e cordoalhas a serem utilizados em estruturas de concreto protendito de pontes e viadutos rodoviários são os indicados na ABNT NBR 7482:2008 e na ABNT NBR 7483:2008, respectivamente. a.1.1.Fios - Conforme a ABNT NBR 7482:2008/2ª Edição, os fios apresentam-se com diâmetros internos variando de 4,0mm a 9,0mm, fornecidos em rolos com diâmetros internos mínimos variando de 1,2m a 1,8m. Classificam-se em duas categorias para cada diâmetro nominal, conforme o comportamento, em relaxação normal – RN e relaxação baixa – RB. Deve ser verificada a identificação de cada rolo, onde devem estar indicados: nome ou símbolo do produtor, número da Norma ABNT NBR 7482:2008, a designação do produto conforme a categoria (145, 150, 160, 170 ou 175), conforme a relaxação RN ou RB e conforme o acabamento superficial (L-liso ou E- entalhado), bem como o diâmetro nominal do fio, em milímetros, o número de identificação do rolo e a massa líquida do rolo, em quilogramas.

a.1.2. Cordoalhas - De acordo com a ABNT NBR 7483:2008/2ª Edição, as cordoalhas são constituídas de 3 ou 7 fios. Quanto à resistência à tração, as cordoalhas classificam-se nas categorias CP-190 e CP-210. As cordoalhas de três e sete fios são produzidas sempre na condição de relaxação baixa. O diâmetro nominal da cordoalha de sete fios varia de 9,5mm a 15,2mm, tanto para as cordoalhas de CP-190 como para as cordoalhas de CP-210; o diâmetro nominal das cordoalhas de três fios varia de 3 x 3,00mm a 3 x 5,00mm, tanto para as cordoalhas de CP-190 como para as cordoalhas de CP-210. As cordoalhas devem ser entregues em rolos com diâmetro interno não inferior a 600mm ou em carretéis com diâmetro do núcleo, também, não inferior a 600mm. Cada rolo ou carretel deve conter as seguintes identificações: o número da Norma ABNT 7483:2008/2ª Edição, a designação do produto, o número de fios da cordoalha, 3 ou 7, a categoria, CP-190 RB ou CP-210 RB, o diâmetro nominal da cordoalha, o número do rolo ou carretel, a massa da encomenda em quilogramas e o comprimento nominal em mm.

a.1.3. Barras de aço de alta resistência - As barras de aço de alta resistência são fornecidas em peças retilíneas, de comprimento limitado, de 6,0m a 12,0m; são de diâmetro de 32mm e fabricadas em aço 85/105, 42/50 ou 50/55, com o primeiro número representando o limite de escoamento e o segundo, o limite de ruptura, em kN/cm².

a.1.4. Acessórios

• Bainhas - As bainhas são tubos que servem para isolar os cabos do concreto; em cabos de aderência posterior são metálicas, flexíveis e corrugadas e em cabos externos são de plástico reforçado, ditos de alta densidade. O fornecimento pode ser em rolos ou varas retilíneas, ou fabricadas no próprio canteiro; para manuseio, as bainhas devem ter resistência suficiente para suportar o peso de uma pessoa e, internamente, para suportar uma pressão de 15kgf/cm², na injeção da calda de cimento.

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• As bainhas devem ter diâmetro adequado à livre movimentação dos cabos, ao sistema executivo empregado e possibilitar a fixação de purgadores, que são pequenos tubos que permitem garantir um maior enchimento de calda de cimento.

• Ancoragens - São dispositivos metálicos, fixados nas extremidades dos cabos e ancorados no concreto, que permitem o acoplamento de macacos que efetuam a protensão. As ancoragens variam conforme o fabricante e são, praticamente, equivalentes; atenção especial deve merecer a resistência e a qualidade do concreto que envolve as ancoragens, bem como as armaduras de fretagem, conforme definido em projeto.

a.1.5. Características

• Massa Específica - Adota-se, para massa específica do aço de armadura ativa, o valor de 7.850kg/m3. Para as características abaixo, consultar a subseção 8.4 da Norma ABNT NBR 6118:2007.

• Coeficiente de Dilatação Térmica;

• Módulo de Elasticidade;

• Diagrama Tensão-Deformação;

• Resistência ao Escoamento e à Tração; e

• Ductilidade, Fadiga e Relaxação. a.2. Armaduras passivas Armaduras passivas, ou não protendidas, são necessárias para complementar a protensão, absorvendo cunhas de tração ou melhorando a segurança à ruptura. Aplicam-se às armaduras passivas os dispositivos constantes na Norma DNIT 118/2009 – ES – Pontes e viadutos rodoviários - Armaduras para concreto armado – Especificação de serviço. b. Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços devem atender aos requisitos da subseção 6.4, Anexo A e Anexo B, da ABNT NBR 14931:2003.

A natureza, capacidade e quantidade dos equipamentos dependem do processo de protensão adotado e do serviço a realizar. O tipo e o número de macacos de protensão e bombas de alta pressão para injeção de calda de cimento devem constar da relação de equipamentos.

Os macacos de protensão podem ter ligeira variação, conforme as ancoragens, e as bombas de injeção devem ser, preferencialmente, a vácuo ou elétricas, desde que nestas seja garantida uma pressão mínima de 15kgf/cm². Todos os equipamentos devem ser aferidos e testados antes do início da protensão e da injeção da calda de cimento. c. Execução

c.1. Armazenagem Os fios, barras, cordoalhas, bainhas, ancoragens e cabos já confeccionados devem ser armazenados com cuidados especiais, em local abrigado e colocados sobre estrados de madeira, no mínimo 20,0cm acima do solo; a estocagem deve ser pelo menor tempo possível, evitando-se a mistura de aços de diferentes procedências, partidas ou características. Bainhas amassadas, furadas ou rasgadas devem ser eliminadas e não

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utilizadas. c.2. Emendas Os fios e cordoalhas não devem ser emendados; as barras de aço duplo filetado podem ser emendadas através de luvas. As bainhas podem ser emendadas por meio de luvas apropriadas que garantam a sua estanqueidade.

c.3. Preparação e montagem dos cabos de protensão nas Formas Os fios e cordoalhas devem ser cortados de acordo com o projeto e apresentar-se isentos de sujeira, óleo ou substâncias estranhas; a critério da Fiscalização, uma leve oxidação pode ser tolerada, desde que superficial e uniforme e sem pontos de corrosão. O diâmetro mínimo da bainha depende do tipo de cabo utilizado e do processo de enfiação; se esta for posterior à concretagem do elemento estrutural, as bainhas devem ter diâmetros maiores e paredes mais espessas. Cada cabo deve ser constituído por fios ou cordoalhas de uma mesma partida de aço. As bainhas devem ser cuidadosamente posicionadas de acordo com o projeto, fixadas a espaços regulares, inferiores a 1,0m e aí mantidas, rigorosamente, até o final da concretagem. Todos os purgadores devem ser instalados nos locais indicados no projeto e obedecer aos requisitos estabelecidos no Anexo B da Norma ABNT NBR 14931:2003, com suas extremidades protegidas contra a entrada de água e detritos, não devendo estar amassados, com corrosão ou com estrangulamentos localizados. A protensão deve ser efetuada de acordo com o plano aprovado. c.4. Ancoragens As ancoragens, próprias de cada sistema de protensão, devem estar limpas, isentas de sujeiras, óleos e graxas e colocadas, rigorosamente, nas posições indicadas no projeto. Devem ser evitados ou corrigidos vazios e defeitos de concretagem na zona das ancoragens e colocadas todas as armaduras de fretagem indicadas no projeto. c.5. Protensão

• Força de protensão (consultar subseção 9.6.1 da Norma ABNT NBR 6118:2007).

- Valores limites da força na armadura de protensão; - Valores limites por ocasião da operação de protensão; - Valores limites ao término da operação de protensão; - Tolerância de execução, valores representativos da força de protensão; - Introdução da força de protensão.

• Tipos de Protensão

- Protensão com Armadura Ativa Pré- Tracionada ou com Aderência Inicial; - Protensão em que o pré-alongamento da armadura ativa é feito

utilizando-se apoios independentes do elemento estrutural, antes do lançamento do concreto, sendo a ligação da armadura de protensão com os referidos apoios desfeita após o endurecimento do concreto; a ancoragem no concreto realiza-se somente por aderência;

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- Protensão com Armadura Ativa Pós- Tracionada ou com Aderência Posterior;

- Protensão em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo utilizados, como apoios, partes do próprio elemento estrutural, criando-se, posteriormente, aderência com o concreto de modo permanente, através de injeção das bainhas;

- Protensão com Armadura Ativa Pós-Tracionada sem Aderência; - Protensão em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado após

o endurecimento do concreto, sendo utilizados, como apoios, partes do próprio elemento estrutural, mas não sendo criada aderência com o concreto, ficando a armadura ligada ao concreto apenas em pontos localizados; conhecida, também, como protensão externa.

Devem ser observadas, ainda, as prescrições dos Anexos A e C da Norma ABNT NBR 14931:2003. 10.5.7. Condicionantes Ambientais

A fim de evitar a degradação do meio ambiente deve ser atendido o estabelecido no Projeto de Engenharia, nos Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental, as recomendações e exigências dos órgãos ambientais e as normas vigentes no DNIT atinentes ao tema ambiental, em especial a Norma DNIT 070/2006 – PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras – Procedimento. 10.5.8. Inspeções

a. Controle dos insumos

Devem ser exigidos certificados de ensaios do material fornecido pelo fabricante, contendo data de realização dos ensaios, identificação do lote, com a quantidade e numeração respectiva dos rolos, e as características dimensionais, mecânicas e químicas do lote, de acordo com as normas ABNT NBR 7482 (fios) e ABNT NBR 7483 (cordoalhas). O Executante deve adotar, ainda, os procedimentos seguintes:

• verificar a integridade física das armaduras;

• fiscalizar o fornecedor na aceitação do material;

• analisar as características do material utilizado, através dos ensaios já realizados pelo fornecedor;

• realizar ou contratar firmas especializadas para o controle da qualidade do material.

As amostras devem ser retiradas da extremidade externa de um rolo para cada 25t do mesmo lote, com comprimento suficiente para os corpos de prova, e não devem ser submetidas a nenhuma forma de tensionamento ou de aquecimento após a sua fabricação. Para o comprimento mínimo de cada corpo de prova é recomendado:

nSLL 450 +=

Sendo:

0L = 40φ (diâmetro nominal) para barras e fios, e 4 vezes o passo para cordoalhas, e

nS a área nominal da seção reta do corpo de prova.

A amostragem, os ensaios e sua frequência devem obedecer ao especificado na seção 6 das Normas ABNT NBR 7482 (fios) e ABNT NBR 7483 (cordoalhas).

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Os ensaios de tração e relaxação devem ser realizados em conformidade com as Normas ABNT NBR-6349:2008 e ABNT NBR-7484:1991, que abrangem os métodos de ensaios para fios, cordoalhas e barras; o ensaio de dobramento alternado dos fios deve ser executado em conformidade com a Norma ABNT NBR 6004: 1984. b. Controle da execução

O preparo e a aplicação de armaduras em estruturas de pontes e viadutos rodoviários devem obedecer às prescrições das Normas ABNT NBR 14931:2003 e ABNT NBR 10839:1989. Deve ser verificada a posição das bainhas, de acordo com o projeto, admitida uma tolerância de ± 5mm. A posição das ancoragens deve também ser verificada, admitindo-se a tolerância de ± 1mm.

c. Condições de conformidade e não conformidade As condições de conformidade e os procedimentos a serem seguidos no caso de não conformidade dos insumos inspecionados de acordo com esta Norma, constam da seção 7 das Normas ABNT NBR 7482 (fios) e ABNT NBR 7483 (cordoalhas), implicando na aceitação ou rejeição do produto.

Quanto ao controle do preparo e da aplicação dos cabos de protensão, devem-se observar as prescrições do subitem b desta Norma, cabendo à Fiscalização adotar as providências para o tratamento das não conformidades.

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos da execução devem ser realizados de acordo com o Plano da Qualidade (PGQ) constante da proposta técnica aprovada e conforme a subseção 5.2 da Norma DNIT 011/2004-PRO. 10.5.9. Critérios de Medição

As armaduras e os acessórios considerados conformes com esta Norma devem ser medidos de acordo com as indicações do projeto, incluídos todos os serviços necessários à execução, como se segue:

• aço CA - em quilograma de aço colocado nas formas, de acordo com as listas do projeto;

• aço para protensão - em quilograma de aço empregado;

• cabo (preparo e montagem) - por metro de cabo empregado;

• bainha - por metro empregado;

• ancoragem - por unidade empregada, separando-se as ancoragens ativas e passivas. 10.6. FORMAS 10.6.1. Prefácio

A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de execução e controle da qualidade de Formas de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 – PRO, cancela e substitui a Norma DNER-ES 333/97.

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10.6.2. Objetivo

Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis para a execução e controle das Formas, molde do concreto plástico, de acordo com os elementos constantes no projeto estrutural, em pontes e viadutos rodoviários de concreto armado. 10.6.3. Referências Normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (inclusive emendas).

− ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro.

− NBR 6494 - Segurança nos andaimes. Rio de Janeiro. − NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro. − NBR 14931 - Execução de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 7187 - Projeto de pontes de concreto armado e protendido - Procedimento. Rio

de Janeiro. − BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 001/2009-

PRO - Elaboração e apresentação de normas do DNIT - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.

− DNIT 070-PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR.

10.6.4. Definições

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes: a. Formas

Moldes provisórios destinados a receber e conter o concreto, enquanto endurece. b. Formas reutilizáveis

Formas elaboradas, em geral, de chapas de madeira compensada e impermeabilizada; dependendo da obra e do projeto dos painéis, o reaproveitamento pode ser superior a dez vezes.

c. Formas brutas Formas de tábuas, que somente devem ser usadas para concreto não aparente; a reutilização é pequena. d. Formas autoportantes

Formas que dispensam escoramento; somente possíveis para pequenos vãos e cargas limitadas.

e. Formas metálicas Chapas metálicas finas e enrijecidas, usadas para estruturas repetitivas e com acabamento apurado, tais como elementos pré-moldados e pilares circulares.

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10.6.5. Condições Gerais

A responsabilidade pelo projeto, execução e remoção das Formas é do construtor. As Formas somente devem entrar em carga após a liberação da Fiscalização.

Em virtude da importância, responsabilidade, custo relativo e multiplicidade de soluções, as Formas devem ser projetadas e dimensionadas com antecedência, antes do início da construção.

As Formas devem ser projetadas e detalhadas de maneira que as lajes, vigas, paredes e outros elementos estruturais acabados tenham as dimensões, formas, alinhamentos e posições dentro das tolerâncias admissíveis.

Formas e escoramentos devem formar um sistema interdependente, com previsão de desmoldagem parcial ou total.

Formas e escoramentos devem ser dimensionados com previsão de ação de ventos e sobrecargas de equipamentos, pessoal e materiais.

10.6.6. Condições Específicas

a. Projeto A escolha dos materiais adequados para execução das Formas deve atender a requisitos de economia, segurança e acabamento desejado para a obra.

O projeto das Formas, bem como do escoramento, é de responsabilidade do construtor e deve ser apresentado completo, para exame da Fiscalização; o projeto deve atender a todas as normas e especificações, inclusive as locais, estaduais e federais.

O projeto das Formas deve indicar, quando necessário, aberturas provisórias para limpeza e retirada de detritos.

No projeto, devem ser previstos forma, prazo e condições para remoção das Formas.

b. Insumos

b.1. Madeira em tábuas Praticamente, todos os tipos de Formas necessitam de algum componente de madeira; há uma grande variedade de espécies de madeira e a escolha de algum tipo depende da disponibilidade e do custo.

Quando permitidas as Formas de madeira, sob a forma de tábuas, devem ser escolhidas madeiras não muito secas, que incham quando molhadas, e nem muito verdes, que empenam quando secam.

A qualidade do acabamento do concreto que se consegue com a madeira em forma de tábuas melhora muito quando se utiliza a madeira aparelhada, isto é, a madeira submetida a plainas e lixadeiras.

b.2. Madeira compensada Os compensados de madeira são o material mais usado para o revestimento de Formas;

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disponíveis em painéis grandes de 110 x 220cm e espessuras industriais de 3 a 30mm permitem, além de excelente acabamento, um grande reaproveitamento, de cinco a dez vezes, principalmente se a face em contato direto com o concreto for impermeabilizada, por pinturas ou revestimento metálico.

b.3. Formas metálicas Para grande número de repetições e acabamento mais apurado, nas vigas pré-moldadas e pilares circulares, por exemplo, as Formas metálicas são as mais indicadas. Em certas estruturas, tais como vigas de grandes vãos, a Forma metálica é praticamente e economicamente insubstituível, visto que elimina apoios intermediários.

c. Acessórios c.1. Pregos Os pregos são os dispositivos mecânicos mais comuns para a junção de painéis de Formas e seu uso adequado contribui para a economia e a qualidade do trabalho.

A preferência dos profissionais recai nas seguintes bitolas: para tábuas, sarrafos e contraplacados de 1 polegada de espessura, pregos de 18 x 27 (3,4 x 61mm) e para tábuas, ripas e contraplacados de 0,5 polegada de espessura, pregos de 15 x 15 ( 2,4 x 34mm ).

c.2. Tirantes Os tirantes são dispositivos tensionados, adaptados para manter as Formas em seu lugar, impedindo-as de abrir, quando solicitadas pela pressão lateral do concreto fresco; podem ser simples vergalhões de aço ou sofisticados produtos industriais.

O tirante é isolado da massa de concreto por um tubo plástico que o envolve e permite sua retirada após o endurecimento do concreto; os furos para passagem dos tirantes devem ser obturados com espessura mínima igual ao cobrimento adotado.

d. Cargas atuantes

d.1. Cargas verticais As cargas verticais que incidem nas Formas são as cargas permanentes e as sobrecargas; as cargas permanentes são o peso próprio das Formas, o peso das armaduras e o peso do concreto fresco, e as sobrecargas incluem o peso dos equipamentos e materiais estocados, o peso dos operários e o impacto da movimentação das sobrecargas.

d.2. Pressão lateral do concreto fresco A pressão lateral do concreto fresco deve ser calculada em função das características do concreto, peso específico e fluidez, velocidade de lançamento e altura da massa de concreto; cuidados especiais devem ser tomados nas Formas dos pilares, onde o mais seguro é considerar toda a altura do pilar.

d.3. Cargas horizontais Formas e escoramentos devem ser dimensionados e contraventados para resistir a solicitações do vento, lançamento do concreto, forças resultantes de apoios inclinados, protensão de cabos e movimentação e frenagem de equipamentos.

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d.4. Fatores que afetam a pressão lateral do concreto O peso do concreto, com influência direta na pressão hidrostática, a vibração interna para adensamento do concreto, a temperatura do concreto por ocasião do lançamento e outras variáveis de menor importância afetam a pressão lateral do concreto e devem ser levadas em conta no dimensionamento das Formas.

A revibração e a vibração externa, aceitas em certos tipos de construção, produzem solicitações superiores à vibração interna e tornam necessárias Formas especiais, reforçadas. e. Remoção de formas

A remoção de Formas, desejável para permitir a execução de outras fases construtivas e possibilitar seu reaproveitamento, deve ser efetuada em bases absolutamente confiáveis.

Formas e escoramentos não devem ser removidos de vigas, lajes e paredes antes que estes elementos estruturais tenham adquirido resistência suficiente para suportar seu peso próprio e as sobrecargas permitidas nesta fase; além da resistência, um módulo de elasticidade mínimo deve ser atingido, para minimizar as deformações por fluência do concreto.

Os prazos mínimos para retirada de Formas podem ser obtidos no ACI 347 e devem ser confrontados com a Norma ABNT NBR 6118:2007, adotando-se os prazos mais longos; os prazos sugeridos pelo ACI 347 são os seguintes:

e.1. Paredes, colunas e faces de vigas:

• 12 horas; porém se estas Formas se referem a Formas de lajes ou Formas de fundos de vigas, a remoção deve ser governada por estas últimas.

e.2. Formas de fundo de vigas:

• Vão livre entre apoios menor que 3,0m e carga móvel estrutural menor que a carga permanente estrutural: 7 dias; se a carga móvel estrutural é maior que a carga permanente estrutural: 4 dias.

• Vão livre entre apoios situados entre 3m e 6m e carga móvel estrutural menor que a carga permanente estrutural: 14 dias; se a carga móvel estrutural é maior que a carga permanente estrutural: 7dias.

• Vão livre entre apoios maior que 6,0m e carga móvel estrutural menor que a carga permanente estrutural: 10 dias; se a carga móvel estrutural é maior que a carga permanente estrutural: 7 dias.

f. Técnicas especiais de construção

Algumas técnicas especiais de construção, às vezes mescladas com escoramentos, também especiais, são citadas a seguir.

f.1. Formas deslizantes Nas Formas deslizantes o concreto plástico é colocado nas Formas que, por dispositivos

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apropriados, avançam, dando a conformação final à estrutura; as Formas deslizantes podem ser verticais, para colunas de grande altura, principalmente, ou horizontais, para canais. As Formas deslizantes por utilizar equipamentos específicos e por exigir o conhecimento de uma série de detalhes executivos, devem ser operadas por empresas especializadas. A movimentação das Formas é lenta, constante e dependente da consistência e resistência do concreto. Em virtude da movimentação das Formas deslizantes causar microfissuras no concreto, a espessura do cobrimento das armaduras deve ser acrescida de 2,5cm.

f.2. Formas trepantes Diferentemente das Formas deslizantes, que se movimentam constantemente, as Formas trepantes avançam aos saltos, em geral, em módulos de três metros. Em virtude de utilizar equipamentos especiais e mão de obra especializada, as Formas trepantes somente devem ser operadas por empresas que tenham experiência comprovada na sua utilização. Não há necessidade de cobrimento adicional das armaduras.

f.3. Formas autoportantes As Formas auto-portantes são as que dispensam escoramentos; pouco usadas e somente para pequenos vãos, foram citadas e esquematizadas em uma edição do Beton-Kalender da década de 50 e utilizadas em algumas pontes brasileiras nas décadas de 60 e 70. Constam, essencialmente, de camadas de tábuas com a altura da peça a construir, cortadas de maneira a serem dispostas a 45º, superpostas, cruzadas e solidarizadas por pregos. Não é um tipo de Forma confiável e sua utilização deve ser evitada.

f.4. Formas de construção em avanços sucessivos As Formas de avanços sucessivos são associadas a treliças metálicas, macacos e tirantes e prestam-se à construção de pontes e viadutos rodoviários em avanços sucessivos; o conhecimento deste tipo de Formas está bastante difundido.

f.5. Formas de construção em incrementos sucessivos

As pontes de construção em incrementos sucessivos, “incremental launching”, são construídas a partir das extremidades, em comprimentos iguais à metade do comprimento dos vãos e que são empurrados para seu lugar definitivo. Podem ser construídas em grandes comprimentos, retas ou em curvas circulares.

10.6.7. Condicionantes Ambientais

Na hipótese, cada vez mais rara, de utilização de tábuas como Formas, somente devem ser utilizadas madeiras com aprovação para exploração. O material resultante da desforma deve ser removido do local e depositado em áreas previamente aprovadas para tal fim.

Para minimizar as agressões ao meio ambiente é necessário o atendimento da Norma DNIT 070/2006 – PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras – Procedimento e das prescrições resumidas, indicadas acima, assim como, das recomendações pertinentes

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constantes da subseção 5.1.2 do Manual para Atividades Ambientais Rodoviárias, do DNIT (IPR Publ. 730). 10.6.8. Inspeções a. Controle dos insumos As tábuas corridas não devem apresentar nós em tamanhos prejudiciais e a madeira compensada deve ter comprovada resistência à água e à pressão do concreto.

b. Controle da execução

Verificar cuidadosamente as dimensões, nivelamento, alinhamento e verticalidade das Formas, antes, durante e após a concretagem; não deve ser permitido ultrapassar a tolerância mencionada na seção 11 da ABNT NBR-6118:2007. O prazo mínimo para a desmoldagem é o previsto na ABNT NBR-6118:2007. c. Condições de conformidade e não conformidade

c.1. Conformidade Devem ser consideradas conformes as Formas que atendam às condições estabelecidas nesta Norma.

c.2. Não conformidade Devem ser rejeitadas as Formas que apresentarem defeitos que coloquem em risco a obra e não atendam às condições acima, as frágeis, as não estanques, etc. 10.6.9. Critério de Medição As Formas devem ser medidas por metro quadrado de superfície colocada, não cabendo medição em separado para escoras laterais, tirantes, travejamento e quaisquer outros serviços necessários, inclusive ao seu posicionamento. 10.7. FUNDAÇÕES 10.7.1. Prefácio A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de execução e controle da qualidade dos vários tipos de fundações em pontes e viadutos rodoviários de concreto armado. Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 – PRO, cancela e substitui a Norma DNER-ES 334/97.

10.7.2. Objetivo

Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis para controle, execução e aceitação de fundações de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado. 10.7.3. Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para

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referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

− Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6122 - Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro.

− NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 6489 - Prova de carga direta sobre terreno de fundação. Rio de Janeiro. − NBR 6502 - Rochas e solos. Rio de Janeiro. − NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro. − NBR 8681 - Ações e segurança nas estruturas - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 8800 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto

de edifícios. Rio de Janeiro. − NBR 9061 - Segurança de escavação a céu aberto. Rio de Janeiro. − NBR 9062 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado -

Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 9603 - Sondagem a trado - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 9604 - Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo com retirada de

amostras deformadas e indeformadas. Rio de Janeiro. − NBR 9820 - Coleta de amostras indeformadas de solos de baixa consistência em

furos de sondagens - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 6497 - Levantamento geotécnico. Rio de Janeiro. − DNER EM 34 – Água para argamassa e concreto de cimento portland –

Especificação de material. Rio de Janeiro, IPR. − DNER EM 36 – Cimento Portland – recebimento e aceitação – Especificação de

material. Rio de Janeiro, IPR. − DNER EM 37 – Agregado graúdo para concreto de cimento – Especificação de

material. Rio de Janeiro, IPR. − DNER M 38 – Agregado miúdo para concreto de cimento – Especificação de

material. Rio de Janeiro, IPR. − BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 001/2009-

PRO - Elaboração e apresentação de normas do DNIT - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.

− DNIT 070-PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 105 - ES - Terraplenagem – Caminhos de serviço - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 117 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Concretos, argamassas e calda de cimento para injeção - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 118 - ES - Pontes e viadutos rodoviários – Armaduras para concreto armado - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

10.7.4. Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes:

a. Fundações

Parte da ponte ou viaduto destinada a transmitir ao solo os esforços provenientes do peso próprio e das cargas atuantes. São executadas em concreto, aço ou madeira e classificadas conforme a profundidade de assentamento em fundações superficiais ou profundas. b. Fundações superficiais

Também denominadas fundações diretas, assentes em profundidades inferiores a 1,50m e

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maiores duas vezes que a menor dimensão de sua base, exceto as fundações apoiadas diretamente na rocha, que podem ter profundidade menor que 1,50m. São os blocos, as sapatas e os “radiers”. c. Fundações profundas Utilizadas quando os solos resistentes estão a profundidades difíceis de atingir por escavações convencionais. São as fundações em estacas, tubulões e caixões. d. Estacas

Elementos estruturais longos e esbeltos, executados mediante cravação sob a ação de repetidas pancadas, produzidas através da queda de um peso ou por escavação, ou ainda, moldadas no local.

e. Tubulões Peças cilíndricas, que podem ser executadas a céu aberto ou sob o ar comprimido e ter ou não a base alargada. Podem ser executadas sem ou com revestimento, de concreto ou aço, neste caso a camisa pode ser perdida ou recuperada.

f. Caixão Elemento de forma prismática, concretado na superfície e instalado por escavação interna. Usa-se ou não ar comprimido, podendo ter ou não a base alargada.

10.7.5. Condições Gerais

O termo fundação é usado para designar a parte da estrutura que transmite ao solo seu peso próprio, o peso da estrutura e todas as forças que atuam sobre a mesma. A função de uma fundação adequadamente projetada é suportar as cargas que atuam sobre ela e distribuí-las de maneira satisfatória sobre a superfície do solo que a sustenta, o que implica na acertada escolha do tipo de fundação e na profundidade de seu assentamento.

Os elementos coletados para a definição das fundações, por mais detalhados que possam ser não merecem uma confiança total; a mecânica dos solos não é uma ciência exata ou, pelo menos, não tão exata quanto a das estruturas, de concreto ou de aço. É indispensável que os engenheiros responsáveis pelo projeto e pela execução das fundações sejam experientes e tenham sólidos conhecimentos de mecânica dos solos.

10.7.6. Condições Específicas a. Material

a.1. Concreto Deve satisfazer à Norma DNIT 117/2009 – ES – Pontes e viadutos rodoviários – Concretos, argamassas e calda de cimento para injeção e apresentar qualidades outras, tais como: permeabilidade, estanqueidade, compatibilidade com a agressividade do meio ambiente, exposição ou confinamento, presença de água, etc.

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a.2. Aço O aço empregado nas armaduras deve estar de acordo com a Norma DNIT 118/2009 – ES – Pontes e viadutos rodoviários – Armaduras para concreto armado - Especificação de serviço. Também podem ser empregados perfis e chapas de aço na confecção de estacas e tubulões. Qualquer material escolhido deve sempre atender às indicações do projeto.

a.3. Madeira A madeira, quando considerada material integrante das fundações, deve ser sempre a madeira de lei, de primeira qualidade, e deve ser protegida contra o ataque de organismos. Usar outro tipo de madeira somente em serviços provisórios, tais como escoramento de cava e estacas de escoramento.

a.4. Pedra para alvenaria A pedra para alvenaria empregada nas fundações deve ser resistente e durável, oriunda de granito ou outra rocha sadia e aceitável. Pode ter acabamento grosseiro e forma variada, porém possuir faces razoavelmente planas. Cada bloco de pedra deve ter, no mínimo, espessura de 20cm, largura de 30cm e comprimento de 60cm, e ser livre de depressões ou saliências que dificultem o assentamento adequado ou provoquem enfraquecimento da alvenaria.

a.5. Argamassa A argamassa deve ser de cimento e areia e deve resistir às tensões indicadas no projeto. Para assentamento das alvenarias de pedra indica-se o traço em volume de cimento e areia de 1:3. Em casos especiais, tais como recebimento de armadura, a relação em peso água/cimento, em peso, não deve exceder 0,50.

b. Equipamento A natureza, capacidade e quantidade do equipamento utilizado dependem do tipo do serviço a executar. O executante deve apresentar a relação detalhada do equipamento a ser empregado em cada obra. São de uso obrigatório, dependendo do serviço, os seguintes equipamentos: bate-estacas; martelo de gravidade, automáticos ou vibradores; perfuratriz; gerador e equipamentos para escavação de estacas e injeção de argamassa; campânulas; compressores; guinchos; e betoneira de, no mínimo, 320 litros ou central de concreto.

c. Execução

c.1. Locação A escavação para fundação deve ser feita em conformidade com o alinhamento, cotas e profundidades indicadas no projeto. Sempre que necessário, devem ser feitas sondagens complementares de reconhecimento do subsolo. Não é permitido reaterro de qualquer natureza para compensar escavações feitas além do limite da fundação. Caso ocorra, a regularização do excesso deve ser realizada com concreto, de resistência compatível com a fundação, após verificação da estabilidade para novas condições. Nas escavações a céu aberto é vedada a escavação além de um metro das faces externas da fundação, a menos que expressa no projeto.

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No nível definitivo de implantação da fundação, a rocha ou o material firme encontrado deve ficar isento de todo material solto. Nas fundações em areia ou pedregulho, ou moledo (solo concrecionado), o terreno deve ser cortado segundo uma superfície horizontal, plana e firme. No caso de rocha, esta deve ser cortada conforme indicação do projeto, devendo ser todas as fendas limpas e preenchidas com material apropriado.

c.2. Escoramento de cavas de fundação (ensecadeiras) As ensecadeiras podem ser de madeira ou metálicas, face à profundidade da escavação e natureza do solo; suas dimensões em planta devem possuir medidas internas suficientes para a manipulação das formas e o eventual bombeamento d’água do interior. Devem ser detalhadas previamente, para permitir a retirada do contraventamento durante o processamento da concretagem das fundações. Em caso contrário, os contraventamentos que ficarem incorporados à massa do concreto devem ser de aço. Depois de completada a estrutura, os contraventamentos expostos devem ser cortados em pelo menos 5cm para dentro da face externa e as cavidades resultantes devem ser preenchidas com argamassa de cimento e areia de traço 1:3, em volume.

c.3. Blocos, sapatas e “radiers” Os blocos, sapatas e “radiers” devem ser concretados, sempre que possível, a seco. Quando a concretagem for sob água, devem ser seguidos os critérios estabelecidos na alínea “e” da subseção 5.3.1 da Norma DNIT117/2009 – ES - Pontes e viadutos rodoviários – Concretos, argamassas e calda de cimento para injeção - Especificação de serviço. De modo geral, os blocos e sapatas devem ser executados sobre um leito para regularização do terreno, de concreto simples (C 10), com pelo menos 5cm de espessura. Todos os espaços escavados e não ocupados pela estrutura devem ser preenchidos com solos isentos de materiais orgânicos e o reaterro executado em camadas compactadas com equipamento de pequeno porte ou manualmente, colocadas uniformemente em torno dos elementos estruturais.

c.4. Estacas c.4.1. Estacas de madeira É desaconselhável o emprego de estacas de madeira em fundações de pontes e viadutos rodoviários, ficando as mesmas limitadas às fundações de escoramentos e de pontes de serviços. Podem ser empregadas nas fundações das pontes e viadutos rodoviários, somente quando indicado no projeto e forem encontradas condições satisfatórias sobre a conveniência de tal medida. Neste caso, em fundações definitivas, devem ter seus topos e cota de arrasamento abaixo do nível d’água permanente, sendo a exigência dispensada em obras provisórias. As emendas devem ser evitadas, bem como a sua cravação em terrenos com matacões.

c.4.2. Estacas de aço Podem ser constituídas por perfis laminados ou soldados, simples ou múltiplos, tubos de

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chapas dobradas, tubos sem costura e trilhos. As emendas devem oferecer a maior resistência possível e, neste caso, executadas de acordo com os detalhamentos do projeto executivo. Devem ser praticamente retilíneas e resistir à corrosão, pela natureza do aço ou por tratamento adequado, relacionado com o solo a atravessar. Havendo segmento exposto ou cravado em aterro com materiais capazes de atacar o aço, proteger com um encamisamento de concreto, pintura, proteção catódica etc. As estacas tubulares de aço, geralmente constituídas de chapas calandradas e soldadas, segundo a geratriz do cilindro, devem apresentar, de preferência, extremidade inferior fechada. O concreto utilizado deve apresentar resistência característica mínima de 12MPa (120kgf/cm²), armado ou não, conforme indicado no projeto. As estacas metálicas constituídas por trilhos devem ter seu emprego evitado. No caso de se utilizar, somente são recomendáveis as compostas por três trilhos soldados pelos patins. A carga admissível deve ser considerada com uma redução de 25% em relação às estacas de seção equivalente, compostas de perfis metálicos.

c.4.3. Estacas pré-moldadas de concreto

As estacas pré-moldadas, executadas em concreto armado vibrado, concreto armado centrifugado ou concreto protendido devem ter suas formas e dimensões indicadas no projeto. As de concreto vibrado podem ser executadas no próprio canteiro de serviço e sua fabricação deve ser feita por lotes, em áreas protegidas das intempéries. Para fins do controle da qualidade, cada estaca deve ser identificada pelo número do lote e data de concretagem. Todas as estacas de um lote devem ser de um mesmo tipo. O concreto de cada estaca deve ser lançado na forma, de madeira contínua, revestida com folha metálica ou de perfil metálico, e convenientemente vibrado. Cuidados especiais devem ser tomados para não deslocar a armadura, mantendo o cobrimento igual ou superior a 3cm, para obter o acabamento da face superior tão perfeito quanto o das demais. As formas devem estar em posição horizontal e sobre plataforma indeformável, nivelada e drenada. As formas laterais podem ser retiradas 24h após a concretagem, estando as estacas apoiadas em todo o comprimento, no mínimo, pelos primeiros sete dias. As estacas devem ser empilhadas separadas umas das outras por calços de madeira, continuando o período da cura. O sistema adotado para transporte, armazenamento e colocação na posição de cravação nas guias dos bate-estacas, deve impedir qualquer fratura ou estilhaçamento do concreto. A suspensão das estacas, o apoio quando colocadas horizontalmente e o transporte para o bate-estacas merecem cuidados especiais do executante, como providenciar a substituição das estacas eventualmente danificadas por outras em perfeitas condições de utilização, sem ônus adicional para o contratante.

c.4.4. Estacas de concreto moldadas no local A execução de estacas moldadas no local deve ser cuidadosamente acompanhada pelo executante e pela fiscalização, impondo-se a realização de provas de carga sob orientação do projetista, para confirmação dos elementos do projeto. As estacas de concreto moldadas no local devem ser executadas nas posições previstas

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no projeto com o auxílio de um tubo cravado até a cota exigida, o qual deve ser retirado gradualmente à medida que se procede ao enchimento com concreto apiloado ou comprimido. A ponta do tubo deve ser mergulhada no concreto em, no mínimo, 30cm. Incluem-se, ainda, as estacas com fuste pré-moldado, cravadas nos bulbos com o concreto ainda fresco, antes da retirada do tubo e, também, as estacas tubadas cravadas nas suas posições definitivas, com o auxílio de tubos metálicos, não recuperáveis e preenchidos com concreto. A recuperação das camisas metálicas só pode ser realizada quando a natureza do solo permitir e contar com auxílio de mão de obra especializada. Caso contrário, o revestimento deve permanecer definitivamente no solo, incorporado à estaca, que passará a ser estaca tubada. Caso prevista a execução de uma base alargada (bulbo) de concreto, deve ser executada antes do início da retirada do tubo. Sendo o tubo recuperável ou não, a extremidade inferior da estaca deve ser aberta e a descida conseguida por:

• fechamento da ponta por meio de uma rolha e descida do tubo por cravação;

• ponta do tubo aberta, para retirada do material terroso do seu interior por meio de equipamento especial e descida do tubo pelo próprio peso ou por ação de uma pequena força externa.

Ao ser cravado o tubo, recuperável ou não, no caso de sair a rolha e o tubo ser invadido por água, lodo ou outro material, devem os mesmos ser expulsos por meio de uma nova rolha mais compactada, ou então o tubo deve ser arrancado e cravado novamente no mesmo local, enchendo- se o furo com areia. Antes do lançamento do concreto, feito sem interrupção em toda a extensão da estaca, a fiscalização deve comprovar se o interior do tubo está seco e limpo, examinando o martelo de cravação do tubo. No caso de estacas tubadas, o lançamento de concreto em qualquer delas somente pode ser feito depois de cravados todos os tubos até a sua posição definitiva, num raio de 1,50m a partir da estaca considerada. Quando concretada uma estaca tubada, nenhuma outra pode ser cravada a menos de 4,50m de distância, em qualquer direção, salvo se já tiver sido lançado o concreto há mais de 7 dias. O lançamento do concreto dentro do tubo deve ser feito em camadas de, no máximo, 50cm de espessura, e somente após a colocação da armadura da estaca. Cada camada deve ser vibrada ou fortemente compactada, antes da concretagem da camada seguinte, procedendo-se ao lançamento ininterrupto, desde a ponta até a cabeça da estaca, sem segregação dos materiais. O concreto empregado nas estacas moldadas no local deve ter resistência característica mínima de 16MPa (160kgf/cm²); Os tubos podem ser soldados, caso necessário executar acréscimos, preservando a estanqueidade do tubo para não haver penetração de água ou outro material. Os tubos devem ser soldados de topo, em toda seção transversal, com emprego de solda elétrica.

c.4.5. Estacas injetadas de pequeno diâmetro

As estacas injetadas de pequeno diâmetro, até 20cm, conhecidas como “estacas-raiz”, “microestacas” e “presso-estacas”, são escavadas e concretadas no local e utilizadas em pontes e viadutos rodoviários, principalmente, para reforço de fundação.

A escavação deve ser feita através de perfuração com equipamento mecânico até a cota indicada no projeto, com uso ou não de lama bentonítica e revestimento total ou parcial.

Em seguida, deve ser feita a limpeza do furo e a injeção de produtos aglutinantes sob

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pressão, em uma ou mais etapas, com introdução de armadura adicional. O consumo de cimento caldado ou argamassa deve ser, no mínimo, de 350kg/m³ de material injetado. c.4.6. Estacas mistas São constituídas pela associação de dois tipos de estacas já considerados e não deve ser permitida a associação de mais de dois tipos. Destinam-se a aterros particularmente difíceis ou fundações com problemas especiais.

c.4.7. Disposições construtivas A execução de estacas pode ser feita por cravação, percussão, prensagem ou perfuração. A escolha do equipamento deve estar de acordo com o tipo e dimensão da estaca, características do solo, condições de vizinhança e peculiaridades do local.

Cravação - Antes do início da cravação, devem ser definidos os elementos seguintes:

• capacidade de carga da estaca;

• comprimento aproximado;

• seção transversal;

• peso do martelo do bate-estaca;

• altura de queda do martelo;

• nega nos dez últimos golpes.

Não deve ser aceita, em qualquer caso, penetração superior a 3cm (três centímetros) nos dez últimos golpes.

A cravação de estacas, através de terrenos resistentes à sua penetração, pode ser auxiliada com jato d’água ou ar, lançagem ou perfuração. Para estacas trabalhando à compressão, a cravação final deve ser feita sem estes recursos, cujo emprego deve ser levado em consideração no cálculo da capacidade de carga de estaca e análise do resultado da cravação.

Toda estaca danificada nas operações de cravação devido a defeitos internos ou de cravação, deslocamento de posição, ou topo abaixo da cota de arrasamento fixada no projeto, deve ser corrigida às expensas do executante, que deve adotar um dos procedimentos seguintes:

• a estaca deve ser arrancada e cravada outra no mesmo local;

• uma segunda estaca deve ser cravada em posição adjacente à da estaca defeituosa;

• a estaca deve ser emendada com uma extensão suficiente para atender o objetivo.

O furo deixado por uma estaca, ao ser arrancada, deve ser preenchido com areia, mesmo que uma nova estaca seja cravada no mesmo local. Uma estaca deve ser considerada defeituosa quando tiver fissura ou várias fissuras visíveis que se estendam por todo o perímetro da sessão transversal, ou quando acusar qualquer defeito que afete sua resistência ou vida útil. Nos casos de estacas de madeira, aço e pré-moldadas de concreto, para carga admissível até 1MN (100tf), quando empregado um martelo de queda livre, a relação entre os pesos do pilão e da estaca deve ser igual ou superior a 0,5 para estacas pré-moldadas de concreto e 1,0 para as estacas de aço ou de madeira. No caso de uso de martelo automático ou vibratório, devem ser seguidas as recomendações do fabricante. O equipamento de cravação deve ser dimensionado de modo a levar a estaca até a profundidade prevista para sua capacidade de carga, sem

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danificá-la. Para estaca pré-moldada de concreto ou estaca metálica com carga admissível superior a 1MN, a escolha do equipamento de cravação deve ser analisada em cada caso e os resultados controlados através de provas de carga. O executante, ao submeter à fiscalização o tipo do equipamento de cravação que pretende adotar, deve fornecer as seguintes informações: altura da queda do martelo, peso do martelo, trabalho a simples ou duplo efeito, número de golpes por minuto, marca de fabricação e especificações do equipamento. Para que uma estaca possa ser considerada como de base alargada, tipo Franki, é necessário que os últimos 150 litros de concreto dessa base sejam introduzidos com uma energia mínima de 2,5MNm, para estacas de diâmetro inferior ou igual a 45cm, e de 5MNm, para estacas de diâmetro superior a 45cm. No caso de volume diferente, a energia deve ser proporcional ao volume. As cabeças de todas as estacas devem ser protegidas com capacetes de tipo aprovado, de preferência provido de coxim, de corda ou outro material adequado que se adapte ao capacete e se apoie, por sua vez, em um bloco de madeira. Na cravação de todas as estacas, verticais ou inclinadas, devem ser sempre empregadas guias ou uma estrutura adequada para suporte e colocação do martelo, salvo indicação no projeto, permitindo o emprego de outro procedimento. Todas as estacas que sofrerem deslocamentos devidos à cravação de estacas adjacentes, ou outras causas, devem ser recravadas. O executante deve tomar precauções no sentido de evitar ruptura da estaca ao atingir o horizonte rochoso ou outro qualquer material ou obstáculo que torne difícil sua penetração. Os obstáculos que impeçam a penetração das estacas até a profundidade requerida devem ser removidos. Quando a cota de arrasamento estiver abaixo do plano de cravação da estaca e as características da camada de apoio permitirem uma previsão, pode ser utilizado um elemento suplementar, desligado da estaca propriamente dita, e arrancado/removido após a cravação. O emprego deste suplemento deve ser levado em consideração no cálculo da capacidade de carga e análise dos resultados da cravação, seu uso ser restrito a comprimentos máximos de 2,5 m, caso não previstos recursos especiais.

c.4.8. Emenda e arrasamento

A emenda nas estacas pré-moldadas de concreto deve ser evitada, sempre que possível; no entanto, pode ser executada, desde que respeitados os seguintes preceitos:

• o concreto da extremidade da estaca deve ser cortado no comprimento necessário à emenda das barras longitudinais da armadura, por justaposição;

• as superfícies de contato do concreto e a emenda da armação devem ser tratadas como uma emenda de concreto armado, com o emprego de adesivo e os demais cuidados necessários;

• deve ser assegurado o alinhamento entre as faces da estaca e da parte prolongada;

• a armadura da parte prolongada deve ser idêntica à da estaca, assim como o concreto a empregar;

• a concretagem, adensamento do concreto, remoção das formas, cura e acabamento devem ser como o especificado nesta Norma.

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• as exigências relativas à cravação de estacas monolíticas aplicam-se também às estacas emendadas.

As estacas de fundação, logo que concluídas suas cravações, devem ser arrasadas nas cotas indicadas no projeto, de maneira que fiquem embutidas 20cm, pelo menos, no bloco de coroamento e sua armação seja mergulhada na massa do concreto num comprimento igual ou superior ao comprimento da ancoragem dos vergalhões. O corte da estaca deve ser sempre normal ao seu eixo. O projeto executivo deve ser rigorosamente observado.

c.5. Tubulões e caixões c.5.1. Tubulões cravados sem revestimento Podem ser executados com escavação manual ou mecânica. Quando escavados manualmente, só podem ser executados acima do nível d’água natural ou rebaixado, ou quando for possível bombear a água sem risco de desmoronamento ou perturbação no terreno de fundação, abaixo deste nível. Podem ou não, ser dotados de base alargada tronco-cônica. Quando escavados mecanicamente, com equipamento adequado, a base alargada pode ser aberta, quando em seco, manual ou mecanicamente. Pode ser utilizado, total ou parcialmente, para evitar risco de desmoronamento, escoramento de madeira, aço ou concreto. A concretagem, quando a escavação for seca, é feita com concreto lançado da superfície, através de tromba (funil), de comprimento igual ou superior a cinco vezes o seu diâmetro. Sob água, o concreto deve ser lançado através de tremonha ou outro processo equivalente e/ou aprovado. É desaconselhável o uso de vibrador quando o concreto apresentar plasticidade adequada. c.5.2. Tubulões cravados com revestimento em concreto armado

A camisa de concreto armado (cilíndro) do tubulão é concretada em partes, com comprimento dimensionado em função do projeto. Pode ser concretada sobre a superfície aplainada do terreno e introduzida depois do concreto atingir a resistência adequada à operação, por escavação interna. Após um elemento ser baixado verticalmente, é concretado sobre ele o elemento seguinte, até atingir-se o comprimento final de projeto. Previsto o alargamento da base, deve ser feita escavação sob a camisa devidamente escorada, de modo a evitar a sua descida. Caso atingido o lençol d’água, deve ser adaptado o equipamento pneumático à camisa já cravada, de forma a permitir a execução dos trabalhos a seco, sob pressão conveniente de ar comprimido. Durante a descida, a distribuição das cargas deve ser regulada de maneira a não comprometer a estabilidade da obra. Em obra dentro d’água, a camisa deve ser concretada, quando possível, no próprio local, sobre estrutura provisória e descida até o terreno, com auxílio de equipamento, ou concretada em terra e transportada para local definitivo. Em casos especiais, as camisas podem ser executadas com alargamento, de modo a facilitar o preparo da base alargada. No assentamento do tubulão sobre uma superfície de rocha devem ser previstos recursos para evitar fuga, lavagem do concreto ou desaprumo do tubulão.

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Após a abertura do alargamento de base, deve ser executada a concretagem, conduzida de maneira a obter um maciço compacto e estanque. O período máximo entre o término da execução do alargamento de base e sua concretagem deve ser de vinte e quatro horas. Caso este período seja ultrapassado, deve ser feita nova inspeção, limpando-se cuidadosamente o fundo da base e removendo-se a camada eventualmente amolecida. O concreto empregado no fuste deve ter resistência característica mínima de 16MPa (160 kgf/cm² ) e no núcleo de 12MPa (120kgf/cm²).

c.5.3. Tubulões com camisa de aço

A camisa de aço, com a mesma finalidade da de concreto armado, pode ser introduzida por cravação com bate-estacas, vibração ou equipamento com movimento de vai e vem simultâneo, com força de cima para baixo.

A escavação interna pode ser manual ou mecânica, feita à medida da penetração do tubo ou de uma só vez, após a cravação total do mesmo.

Caso previsto, pode ser executado um alargamento de base, com escavação manual sob ar comprimido ou não.

A camisa de aço deve ser ancorada ou receber contrapeso para evitar sua subida, quando utilizado ar comprimido. Pode ser recuperada, à medida que for sendo concretado o seu núcleo, ou posteriormente, se não considerado no dimensionamento.

10.7.7. Condicionantes Ambientais

Para evitar a degradação do meio ambiente deve ser atendido o estabelecido nos Programas Ambientais pertinentes do PBA, Projeto, recomendações/exigências dos órgãos ambientais e as normas técnicas, em particular, a Norma DNIT 070/2006 – PRO – Condicionantes ambientais as áreas de uso de obras – Procedimento, e das prescrições resumidas, indicadas a seguir. As estradas de acesso para deslocamento dos equipamentos e execução dos blocos de fundação devem seguir as recomendações da Norma DNIT 105/2009-ES – Terraplenagem – Caminhos de serviço e as constantes da subseção 5.1.2 do Manual para Atividades Ambientais Rodoviárias, do DNIT, (IPR Publ.730).

É vedada a realização de barragens ou desvios de cursos d’água que alterem, em definitivo, o leito dos rios. As escavações para implantação dos blocos de fundação devem ser as menores possíveis, protegidas contra desmoronamentos e recompostas com o mesmo material escavado, após a execução dos blocos.

As estacas, quando cravadas por bate-estacas, pouco agridem o meio ambiente, se a movimentação do bate- estacas foi corretamente planejada. As estacas moldadas no local, em geral, mobilizam considerável quantidade de água e provocam grandes lamaçais, que devem ser drenados e removidos.

Após a execução das fundações, devem ser removidos todos os vestígios da construção e recompostos, tanto o terreno natural como a vegetação primitiva.

10.7.8. Inspeções a. Controle dos insumos

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Deve atender ao constante nas Normas DNER-EM 34/97 – Água para argamassa e concreto de cimento portland – Especificação de material; DNER-EM 36/95 – Cimento portland – Recebimento e aceitação – Especificação de material, DNER-EM 37/97 – Agregado graúdo para concreto de cimento – Especificação de material e DNER-EM 38/97– Agregado miúdo para concreto de cimento – Especificação de material. b. Controle da execução

b.1. Estacas Durante a concretagem das estacas pré-moldadas devem ser colhidas amostras para a moldagem de uma série de quatro corpos de prova cilíndricos para cada 25 estacas concretadas, ou para cada dia de concretagem. As rupturas devem ser feitas a 7 e/ou a 28 dias, sempre com o rompimento de dois corpos de prova para cada idade do rompimento, moldados no mesmo ato. Para sua própria orientação, o executante pode cravar, às suas expensas, tantas estacas de prova quantas considere necessárias. O executante deve cravar estacas de prova e deve realizar provas de carga nas estacas indicadas no projeto ou nas que forem consideradas necessárias; nas obras normais, para as estacas cravadas, além destas, deve ser feita uma prova de carga para cada 500 estacas, e nas especiais, uma para cada 200 estacas. Nas estacas escavadas deve ser feita uma prova de carga para obras de mais de 100 estacas. Sempre que possível, as estacas de prova devem ser localizadas de modo a ser aproveitadas como estacas de fundação, caso resultado satisfatório da prova. Sempre que houver dúvida sobre uma estaca, deve ser comprovado o seu comportamento satisfatório. Se não for suficiente, deve ser realizada uma prova de carga. O executante deve manter um registro completo, em duas vias, uma destinada à Fiscalização, da cravação de cada estaca, inclusive as de prova. Anotar para todas as estacas: o número e a localização, dimensões, cota do terreno no local da estaca, nível da água (se houver), característica do equipamento de cravação ou escavação, desaprumo e desvio de locação, qualidade de materiais utilizados e consumo por estaca, comprimento real da estaca abaixo do arrasamento, volume da base, anormalidade de execução e anotação rigorosa de horários de início e fim de cravação ou escavação. Deve, ainda, ser registrado para as estacas cravadas: suplemento de estaca utilizado (tipo e comprimento), profundidade de penetração da estaca com peso próprio e com peso do martelo, número de golpes necessários para a cravação por metro de estaca, número efetivo de golpes por minuto durante a cravação, duração de qualquer interrupção na cravação e hora da ocorrência, cota final da ponta da estaca cravada, cota da cabeça da estaca antes do arrasamento na estaca pré-moldada, data de concretagem da estaca pré-moldada, data da cravação, negas no final de cravação e na recravação, quando houver deslocamento de estacas por efeito de cravação de estacas vizinhas e negas no final de cravação e na recravação, quando houver. Em caso de estacas escavadas, mencionar os horários de início e fim da escavação e de cada etapa de concretagem, a comparação do consumo real de materiais em relação ao teórico e o comportamento da armadura durante a concretagem. Para a cravação de estacas metálicas ou pré-moldadas de concreto deve ser preenchido o Relatório de Cravação de Estacas, cujo modelo é apresentado ao final desta Norma. Pode ser permitido entre eixos de estacas isoladas e o ponto de aplicação da resultante das solicitações do pilar, um desvio de 10% do diâmetro da estaca. Desvios superiores, no caso de estacas não travadas, deve obrigar verificação estrutural quanto à flambagem do

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pilar e da estaca. Para estacas travadas, as vigas de travamento devem ser redimensionadas para a excentricidade real e verificada a flambagem do pilar. Para conjunto de estacas alinhadas, admite-se um acréscimo de, no máximo, 15% sobre a carga admissível na estaca de excentricidade, na direção do plano das estacas. Acréscimos superiores devem ser corrigidos com acréscimo de estacas ou recurso estrutural. Para excentricidade na direção normal ao plano das estacas, vide parágrafo anterior. Para o conjunto de estacas não alinhadas, devem ser verificadas as solicitações em todas as estacas, admitindo-se o acréscimo de, no máximo, 15% sobre a carga admissível de projeto. Quanto ao desvio de inclinação pode ser tolerado, sem correção, um desvio angular, em relação à posição projetada, de 1:100.

b.2. Tubulões e caixões

Devem ser anotados na execução da fundação em tubulão os seguintes elementos, conforme o tipo: cota de arrasamento, dimensões reais da base alargada, material de apoio, equipamento de cada etapa, deslocamento e desaprumo, comparação do consumo de material durante a concretagem com o previsto, qualidade dos materiais, anormalidades de execução e providências tomadas, inspeção do terreno ao longo do fuste e assentamento da fundação.

Pode ser tolerado um desvio entre o eixo do tubulão e ponto de aplicação da resultante das solicitações do pilar, de 10% do diâmetro do fuste do tubulão.

Ultrapassados os limites quanto à excentricidade e/ou ao desaprumo, deve ser feita verificação estrutural, com os redimensionamentos necessários.

c. Condições de conformidade e não conformidade.

c.1. Conformidade Podem ser consideradas conformes as fundações que atendam ao estabelecido nos subitens 10.7.6 e 10.7.8.

c.2. Não conformidade Os serviços que não atenderem ao subitem 10.7.8, devem ser corrigidos, complementados ou refeitos, incluindo provas de carga.

10.7.9. Critérios de Medição

Os serviços aceitos devem ser medidos de acordo com os critérios seguintes: a. Escoramento de cavas de fundações - ensecadeiras

Devem ser medidos por metro quadrado de pranchas verticais ensecadeiras, com altura determinada pela diferença entre a cota de implantação da ensecadeira e a cota necessária à contenção. Não devem ser medidos em separado o escoramento e o contraventamento das pranchas verticais, bem como o enchimento e apiloamento do material de enchimento, no caso de ensecadeira dupla.

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b. Escavação e aterros A medição dos volumes deve ser feita em metros cúbicos, através das seções transversais determinadas antes e depois da execução dos serviços.

c. Blocos e sapatas

Devem ser medidos separadamente, por metro quadrado de formas colocadas, por metro cúbico de concreto e por quilograma de aço dobrado e colocado nas formas. d. Estacas

Devem ser medidas pelo comprimento entre as cotas da ponta e do arrasamento. Para as estacas moldadas no local, o comprimento medido deve ser entre as cotas do topo do bulbo e do arrasamento da estaca concluída. A base da estaca bulbo, se houver, deve ser considerada para efeito de medição como um metro de estaca cravada e concretada. Não devem ser incluídos na medição o corte das estacas e a perda do seu excesso, inclusive do tubo metálico, se for o caso. e. Tubulões e caixões

Os tubulões devem ser medidos por metro de camisa implantada e cheia de concreto e por metro cúbico de concreto da base alargada. Os caixões devem ser medidos por metro de camisa implantada e por metro cúbico de material de enchimento e de alargamento de base, se houver.

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10.8. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

10.8.1. Prefácio

A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de estruturas de concreto armado em pontes e viadutos rodoviários. Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 – PRO, cancela e substitui a Norma DNER-ES 335/97.

10.8.2. Objetivo

Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis na execução e no controle das estruturas de concreto armado em pontes e viadutos rodoviários. 10.8.3. Referências Normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

− Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5738 - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio de Janeiro.

− NBR 5739 - Ensaio de compressão de corpos-de-prova. Rio de Janeiro. − NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 7187 - Projeto de pontes de concreto armado e protendido - Procedimento. Rio

de Janeiro. − NBR 7480 - Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado -

Especificação. Rio de Janeiro. − NBR 7481 - Tela de aço soldada – armadura para concreto - Especificação. Rio de

Janeiro. − NBR 9783 – Aparelhos de apoio de elastômero fretado. Rio de Janeiro. − NBR 10839 - Execução de obras de arte especiais em concreto armado e

protendido - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 12624 - Perfil de elastômero para vedação de junta de dilatação de estruturas

de concreto ou aço – Requisitos. Rio de Janeiro. − NBR 12655 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento -

Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR NM 67 - Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco

de cone. Rio de Janeiro. − NBR NM 47- Concreto fresco – Determinação do teor de ar pelo método

pressométrico. Rio de Janeiro. − BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. DNER – ES 325 –

Pavimentação – Concreto de cimento Portland com equipamento de pequeno porte. Rio de Janeiro: IPR.

− BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 001/2009- PRO -Elaboração e apresentação de normas do DNIT - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.

− DNIT 011/2004-PRO - Gestão de qualidade em obras rodoviárias - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

− DNIT 047 – ES - Pavimento rígido – Execução de pavimento rígido com equipamento de pequeno porte. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 118 – ES - Pontes e viadutos rodoviários - Armaduras para concreto armado - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

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− DNIT 120 – ES – Pontes e viadutos rodoviários – Formas - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 124 – ES – Pontes e viadutos rodoviários – Escoramentos - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

10.8.4. Definições

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes: a. Concreto armado

Material misto obtido pela colocação de barras de aço no interior do concreto, antes de seu lançamento, em estado plástico, nas formas. b. Armaduras do concreto armado

Armaduras passivas, dispostas nas regiões tracionadas e que somente trabalham quando solicitadas. c. Propriedades físicas do concreto armado Concreto e aço oferecem grande aderência recíproca e seus coeficientes de dilatação são aproximadamente iguais. d. Concreto leve

Concreto feito com agregados artificiais, de massa unitária reduzida, tais como escórias de alto-forno dilatadas, argilas expandidas ou cinzas sinterizadas. 10.8.5. Condições Gerais

As estruturas de concreto armado devem atender a todas as normas e especificações pertinentes.

As patologias das pontes e viadutos rodoviários de concreto armado são reveladas, principalmente, por trincas e fissuras de origens diversas; embora tais patologias sejam próprias do concreto armado, sua configuração, localização, número e abertura definem o grau de comprometimento da estrutura.

Para avaliar o quanto as trincas e fissuras são perigosas para a durabilidade e segurança da estrutura, é necessário determinar suas causas; nenhuma obra de reparo deve ser iniciada antes desta identificação.

Há patologias cuja origem é de fácil identificação e outras que podem ter sido provocadas por várias causas, motivo pelo qual sua identificação deve ser efetuada por profissional experiente. 10.8.6. Condições Específicas a. Materiais

a.1. Aparelhos de apoio

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O tipo, os materiais e as especificações dos aparelhos de apoio a serem empregados nas obras devem atender às indicações do projeto; os mais usuais são o concreto, o policloropreno, o tetraclorofluoretileno e o aço.

a.2. Juntas estruturais O tipo, os materiais e as especificações das juntas estruturais devem atender às indicações do projeto; em virtude de serem dispositivos de limitada vida útil, as juntas estruturais devem ser reduzidas ao menor número possível e somente utilizadas as de qualidade comprovada, assentadas pelo fabricante e com certificado de garantia mínima de cinco anos.

A durabilidade das juntas estruturais depende do seu correto dimensionamento e dos cuidados de assentamento; este assentamento, se realizado sem interrupção total do tráfego é deficiente.

As juntas estruturais abertas devem ser evitadas, visto que apressam a deterioração dos aparelhos de apoio e dos elementos estruturais de suporte; a solução, já testada, que apresenta grandes vantagens, é a que utiliza lajes de continuidade ou lajes elásticas, que permitem reduzir substancialmente o número de juntas estruturais.

Nas juntas estruturais de pequena abertura e pequena movimentação, podem ser usadas as juntas de vedação, perfis elastoméricos vazados; nas juntas estruturais de grande abertura e grande movimentação, utilizam-se perfis mistos de aço e policloropreno vulcanizado.

a.3. Dispositivos de segurança

a.3.1. Guarda-corpos

Elementos de proteção, exclusivamente, a pedestres; podem ser constituídos de elementos pré-moldados de concreto ou de módulos metálicos.

Os guarda-corpos de concreto são pesados e a preocupação de torná-los mais leves provoca a redução de dimensões das peças de concreto e a adoção de cobrimentos reduzidos das armaduras, prejudicando a durabilidade.

Os guarda-corpos metálicos, mais utilizados em passarelas, são mais leves e elegantes; são sujeitos a roubos e necessitam de manutenção.

a.3.2. Guarda-rodas Devem ser considerados como balizadores de tráfego e limitação do trecho pavimentado; têm altura reduzida, cerca de 30cm, são de concreto armado e muito pouca proteção oferecem.

a.3.3. Barreiras Elementos de concreto armado, engastados na ponte ou viaduto, com altura em torno de 90,0cm; estas barreiras têm perfis testados e além da proteção que oferecem, forçam o retorno à pista do veículo desgovernado e o perfil mais utilizado é o do tipo New Jersey.

a.4. Sobrelaje e pavimentação A pista de rolamento das pontes e viadutos rodoviários pode ser de concreto convencional ou de concreto asfáltico. a.4.1. Sobrelaje de concreto

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Sobre a laje estrutural, uma delgada camada de concreto convencional constitui a pista de rolamento; se a laje estrutural já possui inclinações transversais de 2%, a sobrelaje de concreto pode ter uma espessura constante, não menor que 7cm, e se estas inclinações não existem, a espessura da sobrelaje deve ser variável, de um mínimo de 7cm nas extremidades, até um máximo, no eixo da pavimentação, garantidas as inclinações transversais de 2%. Dependendo do equipamento disponível, a sobrelaje de concreto pode ser substituída por uma espessura adicional da laje estrutural, prevendo-se, além do cobrimento normal das armaduras, uma camada de desgaste não inferior a 3,0cm, sempre observando as inclinações transversais de 2% ou a estabelecida no projeto. O concreto deve atender aos seguintes requisitos:

• A declividade transversal da sobrelaje de ponte ou viaduto rodoviário construída em curva deve obedecer à estabelecida no projeto e da ponte ou viaduto construído em segmento em tangente deve seguir a declividade transversal da pista.

• Resistência característica à compressão, fck ≥ 30 MPa na idade de 28 dias, determinada em corpos de prova cilíndricos, moldados e rompidos conforme as Normas ABNT NBR 5738:2008 e ABNT NBR 5739: 2007 e de acordo com as disposições da Norma ABNT NBR 12655:2006.

• Consumo mínimo de cimento: Cmín = 320kg/m³.

• Abatimento de 50 ± 10mm, determinado conforme a Norma ABNT NBR NM 67:1998.

• A dimensão máxima característica do agregado no concreto não deve exceder 1/3 da espessura da sobrelaje ou 19mm, obedecido o menor valor.

• Teor de ar, determinado conforme a Norma ABNT NBR NM 47:1998: ≤ 5%. • Relação água/cimento: máximo ≤ 0,55.

a.4.2. Sobrelaje de concreto asfáltico

Sobre a laje estrutural, já com inclinações transversais, aplica-se uma fina camada de concreto asfáltico, da ordem de 5,0cm; este tipo de sobrelaje é preferível nas recuperações, visto que não causa grandes transtornos ao tráfego durante a execução e é de utilização imediata.

a.5. Acabamentos a.5.1. Drenos da pista de rolamento Constituídos por tubos de cloreto de polivinila (PVC) de 10,0cm de diâmetro mínimo, comprimento mínimo excedente da estrutura de 15,0cm, pontas em bisel e distanciados no máximo de 4,0m, para meia pista.

a.5.2 Drenos de estruturas em caixão Drenos de tubos de 7,5cm de diâmetro, comprimento mínimo excedente da estrutura de 10,0cm, pontas em bisel, colocados em todos os pontos baixos.

a.5.3. Pingadeiras Pequenas saliências de concreto armado, triangulares, colocadas nas extremidades laterais de lajes em balanço, obrigatoriamente integrantes do projeto estrutural.

a.5.4. Sinalização balizadora Constituída de catadióptricos fixados nas extremidades das pontes, viadutos e nas faces dos guarda-corpos e barreiras, estas últimas com faixas pintadas com inclinação de 45º.

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a.5.5. Arremates e pintura da estrutura

Para pequenas correções são utilizadas argamassa e pintura, com aguada de cimento, cal ou tintas encontradas no comércio; para obras construídas em meios agressivos, devem ser utilizadas tintas protetoras especiais. Em nenhuma hipótese a pintura, muitas vezes utilizada para encobrir defeitos, deve ser aplicada antes de uma inspeção detalhada da estrutura.

b. Equipamento A natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado dependerão do tipo e dimensão do serviço a executar, devendo o executante apresentar a sua relação detalhada.

Para execução da sobrelaje devem ser empregados: régua vibratória, vibradores de imersão, régua acabadora, máquina de serrar juntas e as ferramentas para o acabamento superficial do concreto, indicadas na Norma DNIT 047/2004 - ES.

c. Execução

c.1. Aparelhos de apoio Os aparelhos de apoio, depois de colocados, devem estar desimpedidos e capacitados a permitir todas as movimentações previstas no projeto; são classificados quanto ao funcionamento estrutural em articulações fixas, elásticas e móveis e, quanto ao material utilizado, em articulações de concreto, de policloropreno, de tetraclorofluoretileno, metálicas e articulações especiais. Entre as articulações de concreto, a mais usual é a tipo Freyssinet, que apresenta uma seção estrangulada na junção da cabeça do pilar com a viga, variando de um mínimo de 5,0cm a um máximo de 1/3 da dimensão correspondente do pilar; um afastamento mínimo de 5,0cm das bordas do pilar é obrigatório. Os aparelhos de apoio de elastômero, mais conhecidos como de policloropreno fretado, são constituídos por chapas finas de aço, coladas a placas de borracha sintética à base de policloropreno; todo o conjunto deve ser envolvido por uma fina camada de policloropreno, vulcanizada e protetora. Especial cuidado deve ser dado ao assentamento da placa, devendo o contato com o concreto se fazer através de superfícies horizontais de esmerado acabamento. Os aparelhos de apoio com tetraclorofluoretileno são, principalmente, usados em duas combinações: para permitir movimentos de translação, com o tetraclorofluoretileno entre placas de aço, ou para permitir movimentos de translação e rotação, com uma associação de placas de aço, de policloropreno e de tetraclorofluoretileno. Os aparelhos de apoio de aço devem atender às especificações em vigor e ser protegidos da oxidação por pintura e/ou camada de óleo inerte; estes aparelhos necessitam de manutenção especial. Aparelhos de apoio especiais devem ser usados em obras de maior vulto, onde as solicitações fogem aos valores convencionais.

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Aparelhos de apoio de chumbo, utilizados antes do conhecimento do neoprene, não devem mais ser cogitados, visto que o chumbo escoa com facilidade.

c.2. Juntas estruturais As juntas estruturais, quando não puderem ser substituídas por lajes de continuidade, devem ser protegidas, em toda a largura da pista, por lábios poliméricos ou por cantoneiras metálicas; estas cantoneiras devem ser fixadas na laje estrutural por meio de barras soldadas, antes da concretagem do pavimento e obedecendo a seu nivelamento. Para pequenas aberturas e pequenas movimentações utilizam-se juntas de vedação, que são perfis elastoméricos vazados; para grandes aberturas e grandes movimentações são necessários perfis compostos de elastômero vulcanizado e chapas de aço. A qualidade dos materiais, a idoneidade do fabricante e os cuidados de colocação das juntas são fatores determinantes de sua durabilidade.

c.3. Dispositivos de segurança Os guarda-corpos de concreto, cada vez mais raros, são constituídos de elementos muito esbeltos, devendo ser tomados cuidados, na fabricação, com a qualidade do concreto e o cobrimento das armaduras e, na colocação, com o alinhamento e nivelamento. Os guarda-rodas e barreiras devem ser executados com a estrutura já pronta, cuidando-se do acabamento e do aspecto estético; as barreiras de concreto devem ser executadas de forma padronizada, em conformidade com o projeto e dotadas de balizadores.

c.4. Sobrelaje A superfície da laje estrutural, sobre a qual a sobrelaje deve ser executada, deve estar áspera, com aparecimento do agregado graúdo ou ser preparada com apicoamento e aplicação de jato de areia, para eliminação da nata de cimento, dos grãos soltos e de outros detritos. Antes do lançamento do concreto, a superfície da laje estrutural, previamente umedecida, deve estar no estado saturado-seco. A mistura, o transporte, o lançamento, o espalhamento, o adensamento, o acabamento e a cura do concreto devem ser efetuados como indicado na Norma DNIT 047/2004 - ES. A sobrelaje deve ter uma armadura, sendo indicada uma tela do tipo T-283, salvo indicação contrária no projeto, colocada à meia altura da espessura da placa e distando 5,0cm de qualquer bordo; a armação deve ser contínua, em toda a sobrelaje, interrompida apenas nas juntas de contração e dilatação do tabuleiro. As juntas de contração da sobrelaje devem coincidir com as de contração do tabuleiro e devem ter a mesma abertura; a selagem deve atender à Norma DNIT 047/2004 - ES. O trecho da sobrelaje compreendido entre as juntas de contração do tabuleiro, quando executado por faixa de tráfego e não concretada de uma só vez, deve ter juntas de construção transversais do tipo “junta seca”, com espaçamento uniforme e igual para toda a sobrelaje; no momento adequado, deve ser feito o corte do concreto ao longo destas juntas, por meio de serra de disco, devendo o corte ter abertura de 3,0mm a 5,0mm e profundidade de 20,0mm.

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Quando a concretagem do trecho for contínua, devem ser serradas juntas transversais com espaçamento regular em torno de 6,0m e juntas longitudunais delimitando as faixas de tráfego. O procedimento para o corte das juntas deve atender à DNIT 047/2004 - ES.

c.5. Acabamentos c.5.1. Drenos

Os drenos, posicionados conforme o projeto devem captar as águas em ligeiros rebaixos na pavimentação e escoá-las através de tubos com pontas em bisel e comprimento de 10,0cm a 15,0cm saliente da estrutura. Em obras urbanas ou sobre saias de aterro, é necessário projeto específico de drenagem. c.5.2. Pingadeiras Devem consistir de ressaltos de concreto armado, com dimensões superiores a 5,0cm de altura e 30,0cm de largura, solidários com a laje estrutural; as pingadeiras construídas com base em rebaixos não são eficazes e não devem ser aceitas.

10.8.7. Condicionantes Ambientais

Para evitar a degradação ambiental devem ser observadas a Norma DNIT 070/2006 – PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras – Procedimento e a documentação vinculada ao empreendimento, compreendida pelo projeto de engenharia, os Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental – PBA e as recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

10.8.8. Inspeções a. Controle dos insumos

O recebimento dos materiais deve obedecer aos controles já estabelecidos. Os aparelhos de apoio de elastômero fretado devem atender ao estabelecido na Norma ABNT NBR 9783:1997 e os perfis de elastômero vulcanizado para juntas de dilatação à ABNT NBR-12624:2004. Deve ser verificada a existência de defeitos de fabricação nos aparelhos de apoio e nas juntas a serem aplicadas. b. Controle da execução

b.1. Aparelhos de apoio Na colocação e assentamento de aparelhos de apoio verificar, no mínimo:

• o atendimento aos desenhos e especificações contidos no projeto; se adquiridos de terceiros, o acompanhamento de certificado de qualidade, por órgão idôneo;

• áreas de assentamento suficientes para acomodação, com folgas mínimas de 5 a 10cm;

• a indicação das resistências para o concreto em contato com aparelhos de apoio e a - previsão das armaduras de fretagem;

• as condições de assentamento em berços de argamassa ou concreto, com acabamentos lisos horizontais, e 5cm de altura aproximada;

• a facilidade de acesso para vistorias periódicas e trabalhos de limpeza e manutenção;

• a previsão, no projeto estrutural, da possibilidade de substituição dos aparelhos de apoio;

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• a verificação, ao término da obra, se os aparelhos de apoio se apresentam em perfeitas condições e livres para permitir todos os movimentos, deslocamentos e rotações para os quais foram projetados.

b.2. Juntas, dispositivos de segurança e acabamentos Para estes serviços, verificar possíveis defeitos de execução.

b.3. Sobrelaje de concreto O controle da resistência do concreto da sobrelaje deve ser feito conforme o procedimento indicado para o controle da resistência à compressão na Norma DNER-ES 325/97. c. Condições de conformidade e não conformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da execução e do produto devem ser realizados de acordo com o Plano da Qualidade (PGQ), constante da proposta técnica aprovada e conforme Norma DNIT 011/2004-PRO, devendo atender às condições gerais e específicas das desta Norma, respectivamente.

Os resultados do controle devem ser analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento, de acordo com a Norma DNIT 011/2004-PRO, que estabelece os procedimentos para o tratamento das não conformidades. Os serviços que não atenderem às condições estabelecidas nesta Norma devem ser rejeitados, corrigidos, complementados ou refeitos.

Em relação à sobrelaje, quando não houver a aceitação automática dos serviços, devem ser adotados os procedimentos indicados para o recebimento, de acordo com a Norma DNER-ES 325/97.

10.8.9. Critérios de Medição

Os materiais e serviços considerados conformes de acordo com esta Norma devem ser medidos pelos seguintes critérios, caso não contrarie o estabelecido no contrato:

As medições das formas, escoramento, concreto e armaduras devem ser processadas de acordo com o determinado nas especificações dos respectivos serviços.

Os demais serviços devem ser medidos:

• aparelhos de apoio: em massa ou em volume do material empregado;

• juntas estruturais: por metro de junta colocada;

• juntas de pavimentação: por metro;

• guarda-corpos: por metro colocado;

• guarda rodas e barreiras: por metro executado;

• sobre laje: por metro cúbico lançado, conforme a seção transversal do projeto;

• drenos: por unidade colocada;

• sinalização balizadora: por verba única, para as duas extremidades da obra;

• arremates e pintura: por metro quadrado de área pintada.

A mão de obra, material, equipamento e o transporte utilizados não devem ser objeto de

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medição, devendo ser considerados por ocasião das composições de preços unitários dos serviços. 10.9. ESTRUTURAS DE CONCRETO PROTENDIDO 10.9.1. Prefácio

A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para os serviços de estruturas de pontes e viadutos rodoviários de concreto protendido. Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 – PRO, cancela e substitui a Norma DNER-ES 336/97. 10.9.2. Objetivo Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis na execução e controle das estruturas de concreto protendido em pontes e viadutos rodoviários.

10.9.3. Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

− Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10839 - Execução de obras de arte especiais em concreto armado e protendido. Rio de Janeiro.

− NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 7480 - Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado

Especificação. Rio de Janeiro. − NBR 7481 - Tela de aço soldada – armadura para concreto - Especificação. Rio de

Janeiro. − NBR 7483 - Cordoalhas de aço para concreto protendido - Especificação. Rio de

Janeiro. − NBR 7681 - Calda de cimento para injeção- Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 7187 - Projeto de pontes de concreto armado e protendido - Procedimento. Rio

de Janeiro. − BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 001/2009 -

PRO -Elaboração e apresentação de normas do DNIT - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.

− DNIT 011/2004 - PRO - Gestão da qualidade em obras rodoviárias - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

− DNIT 070 - PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 117 - ES - Pontes e viadutos rodoviários – Concretos, argamassas e calda de cimento - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 118 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Armaduras para concreto armado - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 119 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Armaduras para concreto protendido - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 120 - ES - Pontes e viadutos rodoviários – Formas - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 122 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Estruturas de concreto armado - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 124 - ES - Pontes e viadutos rodoviários - Escoramentos - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

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10.9.4. Definições

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes:

a. Concreto protendido

Estrutura ou peça de concreto comprimida por força exterior aplicada com a finalidade de melhorar suas condições de trabalho; a força exterior é aplicada por cabos aderentes ou não aderentes, denominados armaduras ativas.

b. Cabos aderentes

Cabos que têm as extremidades ancoradas no concreto e os mesmos cabos incorporados ao concreto, com aderência. c. Cabos não aderentes

Cabos que têm suas extremidades ancoradas no concreto, mas que não se acham incorporados ao concreto. d. Armadura suplementar

Armadura adicional, convencional e passiva, que controla a fissuração na fase de execução e aumenta a segurança à ruptura na fase final.

e. Bainhas metálicas Tubos metálicos de chapa fina, comum ou galvanizada, geralmente corrugada, que isolam o cabo do concreto e, posteriormente, devem ser preenchidos por calda de cimento. Nos cabos externos, as bainhas metálicas são substituídas por bainhas de polietileno de alta densidade.

f. Plano de protensão

Conjunto de instruções que devem constar do projeto, tais como tensão inicial de protensão, ordem de protensão, alongamentos etc., para permitir a execução e o controle da protensão. 10.9.5. Condições Gerais

As estruturas de concreto protendido devem atender a todas as normas e especificações pertinentes; a diferença fundamental entre concreto armado convencional e concreto armado protendido é a existência, neste último, de uma armadura de protensão. As pontes e viadutos de concreto armado protendido apresentam as mesmas patologias, algumas com menor intensidade, que as pontes de concreto armado e patologias próprias do mau detalhamento da protensão. Basicamente, as estruturas de concreto protendido não devem fissurar ou, no máximo, apresentar fissuras de pequena abertura, que desaparecem, para alguns casos extremos de carregamento; a corrosão dos aços de protensão, quando em carga, é extremamente perigosa, podendo causar a ruptura frágil da estrutura.

A identificação das patologias no concreto protendido somente deve ser efetuada por

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profissional experiente; nenhuma obra de reparo ou de reforço deve ser iniciada sem a identificação das causas das patologias e sem um projeto especialmente detalhado. 10.9.6. Condições Específicas

a. Materiais

Faz parte das estruturas de concreto protendido com aderência posterior, a execução dos seguintes serviços, já prescritos nas especificações seguintes:

• DNIT 117/2009 – ES - Pontes e viadutos rodoviários – Concretos, argamassas e calda de cimento - Especificação de serviço

• DNIT 118/2009 – ES - Pontes e viadutos rodoviários - Armaduras para concreto armado - Especificação de serviço

• DNIT 119/2009 – ES - Pontes e viadutos rodoviários - Armaduras para concreto protendido - Especificação de serviço

• DNIT 120/2009 – ES - Pontes e viadutos rodoviários – Formas - Especificação de serviço

• DNIT 122/2009 – ES - Estruturas de concreto armado - Especificação de serviço

• DNIT 124/2009 – ES - Pontes e viadutos rodoviários - Escoramentos: especificação de serviço

Fazem parte, ainda, as especificações referentes à protensão e à injeção de calda de cimento, a seguir descritas.

b. Equipamentos

Além dos já considerados nas normas de especificações de serviço citadas acima, devem ser relacionados os macacos hidráulicos de protensão pertinentes ao sistema de protensão adotado, as bombas de alta pressão para injeção da calda de cimento ou as bombas a vácuo e misturadora de alta pressão para calda de injeção. c. Execução

c.1. Concreto A Norma DNIT 117/2009 – ES – Pontes e viadutos rodoviários – Concretos, argamassas e calda de cimento para injeção – Especificação de serviço estabelece as condições para o recebimento e execução de concretos, argamassas e calda de cimento para construção de pontes e viadutos rodoviários de concreto armado e de concreto protendido. São ressaltadas, a seguir, algumas condições específicas relevantes. Nas extremidades das vigas e nos locais de concentração de ancoragens e fretagens, o concreto, além da resistência indicada no projeto, deve ter trabalhabilidade e diâmetro máximo de agregado compatíveis com a densidade das armaduras e ancoragens. Cimento e aditivos devem ter percentuais muito reduzidos de cloretos e sulfatos. O adensamento mecânico e cuidadoso do concreto, para envolver completamente as armaduras e as ancoragens e atingir todos os recantos das formas, é obrigatório; é recomendável a utilização de vibradores de imersão com agulhas de pequeno diâmetro, que não devem deslocar cabos, ancoragens e fretagens.

Devem-se adotar cuidados especiais no posicionamento dos cones de ancoragem e no adensamento e cura do concreto das placas de ancoragem.

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c.2. Protensão c.2.1. Plano de protensão

A protensão somente pode ser iniciada após aprovação do Plano de Protensão, integrante do Projeto Executivo, e onde devem constar:

• Fases de protensão;

• Ordem de protensão dos cabos;

• Processo de protensão, se simultâneo nas duas extremidades ou separadamente, em cada extremidade;

• Resistência mínima do concreto, necessária para atender aos esforços, em cada fase de protensão;

• Valor mínimo recomendável para o módulo de elasticidade do concreto, se a protensão for efetuada em concreto de pouca idade;

• Características do cabo, a área da seção transversal e o módulo de elasticidade;

• Alongamentos previstos para as extremidades de cada cabo com as respectivas tolerâncias;

• Tensões e forças iniciais de protensão, para cada fase de protensão e para cada cabo;

• Condições especiais de descimbramento, correspondentes às fases de protensão;

• Condições especiais de movimentação, transporte e colocação de pré-moldados.

Deve ainda ser verificado, com a retirada das formas laterais, o estado da estrutura, se o concreto atingiu a resistência exigida pelo projeto, bem como as condições de acesso às extremidades dos cabos, para colocação, apoio e movimentação dos macacos de protensão e, também, o estado e a adequação do equipamento de protensão.

c.2.2. Valores limites da força de protensão por ocasião da operação de protensão

Devem ser observadas as prescrições da Norma ABNT NBR 6118:2007.

• Armadura pré-tracionada: Por ocasião da aplicação da força Pi, a tensão σpi da armadura de protensão na saída do aparelho de tração deve respeitar os limites 0,77 fptk e 0,90 fpyk, para aços da classe de relaxação normal, e 0,77 fptk e 0,85 fpyk, para aços da classe de relaxação baixa;

• Armadura pós-tracionada:

- Por ocasião da aplicação da força Pi, a tensão σpi da armadura de

protensão na saída do aparelho de tração deve respeitar os limites 0,74 fptk e 0,90 fpyk, para aços da classe de relaxação normal, e 0,74 fptk e

0,88 fpyk, para aços da classe de relaxação baixa;

- Nos aços CP-85/105, fornecidos em barras, os limites passam a ser 0,72

fptk e 0,88 fpyk, respectivamente.

c.2.3. Tolerância de execução

Por ocasião da aplicação da força Pi, se constatadas irregularidades na protensão, decorrentes de falhas executivas nos elementos estruturais com armaduras pós-tracionadas,

a força de tração em qualquer cabo pode ser elevada, limitando a tensão σPi aos valores já estabelecidos para as armaduras pós-tracionadas, majorados em 10%, até o limite de 50% dos cabos, desde que seja garantida a segurança da estrutura, principalmente, nas regiões das ancoragens. c.2.4. Tabelas de protensão

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Nestas tabelas devem ser anotados os alongamentos alcançados pelas extremidades dos cabos e demais ocorrências ocorridas durante as operações de protensão.

c.2.5. Injeção de calda de cimento A calda de cimento deve ser previamente ensaiada, de acordo com o estabelecido na Norma DNIT 117/2009-ES – Pontes e viadutos rodoviários - Concretos, argamassas e calda de cimento – Especificação de serviço; deve ser verificado se os purgadores estão desobstruídos e em bom estado, os cabos lavados e a água expulsa com ar comprimido.

A injeção deve ser realizada com bombas elétricas, do tipo pistão ou parafuso, não sendo permitido o uso de ar comprimido; a pressão deve variar de 1,5MPa a 2,0MPa, podendo ser necessárias pressões maiores em cabos verticais ou com grande desnível. A velocidade de injeção do cabo pode variar de 6,0m/seg a 12,0m/seg, controlada por um dispositivo de regulagem de vazão. As bombas devem possuir manômetros aferidos recentemente, com precisão de 0,1 MPa, e permitir que as pressões altas sejam obtidas progressivamente e mantidas no fim da injeção. Para evitar ou diminuir o risco de contaminação das bainhas, a injeção deve seguir uma sequência pré-estabelecida. Durante a injeção, todos os cuidados devem ser tomados para evitar a entrada de óleo, água, ar ou quaisquer outras substâncias. As extremidades dos fios ou cordoalhas somente podem ser cortadas após o enchimento das bainhas com calda de cimento. 10.9.7. Condicionantes Ambientais Para evitar a degradação do meio ambiente é necessário o atendimento da Norma DNIT 070/2006 – PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras – Procedimento e o estabelecido na documentação técnica-ambiental vinculada ao empreendimento, constituída pelo Componente Ambiental do Projeto de Engenharia e os Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental – PBA e, também, as recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

10.9.8. Inspeções

a. Controle dos insumos

Devem atender às especificações descritas nas normas pertinentes constantes do subitem 10.9.6 letra a. b. Controle da execução

b.1. Protensão Deve ser efetuado de acordo com o programa indicado no Projeto Executivo, constando de tabelas de protensão dos cabos, gráfico de tensão-alongamento de cada cabo e tabelas de protensão das peças.

b.2. Injeção Para cada cabo, ou família de cabos injetados simultaneamente, devem ser efetuados os

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seguintes registros, durante a injeção:

• data e hora de início e término da injeção;

• composição dos materiais e da calda;

• temperatura dos materiais e da calda;

• pressões manométricas da bomba durante a injeção;

• volume injetado, a ser comparado com o volume teórico de vazios do cabo;

• índices de fluidez na entrada e na saída das bainhas;

• características dos equipamentos de mistura e injeção da calda;

• registro de qualquer anomalia. c. Condições de conformidade e não conformidade

c.1. Conformidade Os serviços devem ser considerados conformes se atendidas as condições estabelecidas nesta Norma. Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da execução e do produto devem ser realizados de acordo com o Plano da Qualidade (PGQ), constante da proposta técnica aprovada e conforme Norma DNIT 011/2004-PRO, devendo atender às condições gerais e específicas desta Norma, respectivamente. Os resultados do controle devem ser analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a Norma DNIT 011/2004-PRO, que estabelece os procedimentos para o tratamento das não conformidades dos insumos, da execução e do produto.

c.2. Não conformidade Os serviços não conformes devem ser corrigidos, após consulta ao projetista, complementados ou refeitos.

10.9.9. Critérios de Medição

Os materiais e serviços considerados conformes com esta Norma devem ser medidos obedecendo aos critérios já estabelecidos nas Normas específicas do DNIT, acrescentando-se a protensão com a injeção de calda de cimento, medida por metro de cabo protendido e injetado. 10.10. ESCORAMENTOS 10.10.1. Prefácio A presente Norma foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada para execução e controle da qualidade dos escoramentos em pontes e viadutos rodoviários de concreto armado. Está formatada de acordo com a Norma DNIT 001/2009 – PRO, cancela e substitui a Norma DNER-ES 337/97. 10.10.2. Objetivo Esta Norma tem por objetivo fixar as condições exigíveis para execução de escoramentos, com a finalidade de suportar a estrutura na fase de construção.

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10.10.3. Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

− American Society for Testing and Materials. A36/A36M: Standard specification for carbon structural steel. Pennsylvannia.

− Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro.

− NBR 6494 - Segurança nos andaimes. Rio de Janeiro. − NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro. − NBR 8800 - Projeto e execução de estruturas de aço em edifícios. Rio de Janeiro. − NBR 14931 - Execução de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. − NBR 7187 - Projeto de pontes de concreto armado e protendido - Procedimento. Rio

de Janeiro. − NBR 6122 - Projeto e execução de fundações - Procedimento. Rio de Janeiro. − BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. DNER-PRO 207 -

Projeto, execução e retirada de cimbramentos de pontes de concreto armado e protendido. Rio de Janeiro: IPR.

− BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 001/2009 - PRO - Elaboração e apresentação de normas do DNIT - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2009.

− DNIT 070-PRO - Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras - Procedimento. Rio de Janeiro: IPR.

− DNIT 121 - ES – Pontes e viadutos rodoviários – Fundações - Especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR.

10.10.4. Definições

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições seguintes:

a. Escoramento

Conjunto temporário de escoras e contraventamentos, de madeira ou de aço, projetado para resistir ao peso próprio da estrutura, eventuais sobrecargas, ação do vento e de enchentes durante a construção, evitando deformações prejudiciais à sua forma e esforços no concreto na fase de endurecimento. O termo cimbramento é mais geral, mas tem sido correntemente substituído por escoramento. b. Escora Peça comprimida, vertical ou inclinada; as peças verticais são denominadas de montantes e as horizontais, de diagonais. c. Contraventamento

Conjunto de peças, horizontais ou inclinadas, que enrijecem alguns tipos de escoramento.

d. Descimbramento Afrouxamento, descolamento ou retirada total do escoramento, quando a estrutura de concreto já adquiriu resistência suficiente para se suportar. Para facilitar o descimbramento, colocam-se certos dispositivos que permitem rebaixar o cimbramento, retirando-os de carga;

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estes dispositivos podem ser constituídos de cunhas, peças rosqueadas, caixas de areia, macacos hidráulicos etc. 10.10.5. Condições Gerais

A responsabilidade pelo projeto, execução e remoção dos escoramentos é do construtor. Os escoramentos somente devem entrar em carga após a liberação da Fiscalização. O projeto do escoramento deve atender a todas as normas e especificações pertinentes.

Supervisão cuidadosa e inspeções frequentes devem ser efetuadas durante a execução do escoramento, a colocação do concreto e a retirada do escoramento; as causas principais dos colapsos dos escoramentos são materiais e equipamentos de baixa qualidade, erros humanos e projetos inadequados.

O projeto do escoramento deve considerar os efeitos das sobrecargas de construção, dos pesos dos equipamentos, da ação do vento, da velocidade da colocação do concreto e dos equipamentos utilizados para sua compactação. O comportamento das fundações do escoramento, bem como eventuais assentamentos e deformações devem ser objeto de verificação constante e correção imediata.

10.10.6. Condições Específicas a. Projeto

A escolha dos materiais para execução dos escoramentos deve atender a requisitos de economia, segurança e interdependência com as formas.

O projeto de escoramento é de responsabilidade do Construtor e deve ser apresentado para exame da Fiscalização; o projeto deve atender a todas as normas e especificações, inclusive as locais, estaduais e federais. No projeto devem ser previstos forma, prazo e condições para remoção do escoramento.

b. Materiais

Os materiais utilizados para escoramentos devem ser: madeira, aço e concreto.

b.1. Madeira A madeira é o material mais antigo usado não só para escoramentos, de utilização temporária, como também para muitos outros elementos estruturais, de longa ou até definitiva utilização. As madeiras duras, ou madeiras de lei, tais como peroba, ipê e aroeira são madeiras nobres e superiores, mas raramente utilizadas para escoramentos; dada a facilidade com que são encontrados, o pinho do Paraná e os eucaliptos são mais utilizados, na sua forma roliça. Na NBR 7190:1997 podem ser encontradas as principais madeiras existentes no Brasil e suas propriedades físicas e mecânicas; estas propriedades referem-se a resultados obtidos em amostras sem defeitos. Além de defeitos naturais, como a existência de nós, fibras reversas e fendas, as

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propriedades mecânicas da madeira são influenciadas pela idade, pelo grau de umidade e pelo tempo de duração da carga. O projetista do escoramento de madeira deve examinar as peças a utilizar e ter experiência e sensibilidade para avaliar sua capacidade resistente; peças de madeira, quando pintadas, devem ser rejeitadas porque a pintura pode estar mascarando defeitos e sua avaliação fica prejudicada; a reutilização de peças de madeira deve ser precedida de cuidadosa inspeção. As ligações entre peças de madeira, principalmente quando roliças, deve ser cuidadosa e constantemente inspecionada; ligações com pregos não são confiáveis, devendo-se dar preferência a conectores e parafusos.

b.2. Aço As restrições à utilização da madeira, ambientais, de custo e de reaproveitamento tornaram competitivos e até mais convenientes os escoramentos metálicos, principalmente em sistemas racionalizados, disponíveis para venda ou locação.

As características do aço a utilizar devem ser identificadas com segurança; havendo dúvidas, adotar as características do Aço ASTM A7, com Limite de Escoamento fy =

240MPa e Resistência à Ruptura fu = 370MPa,

b.3. Concreto Os escoramentos de concreto são utilizados em obras de maior importância e, geralmente, suportam treliças metálicas; são de difícil e custosa demolição.

b.4. Escoramentos não padronizados São as soluções individuais de escoramentos, utilizando-se perfis laminados ou soldados e ligações por soldas ou parafusos; são soluções mais caras porque dificultam a construção, a desmontagem e o reaproveitamento.

b.5. Escoramentos padronizados São escoramentos constituídos por peças metálicas, padronizadas, de fácil montagem e desmontagem e de grande reutilização; geralmente são peças tubulares, com as ligações variando conforme o fabricante.

b.6. Escoramentos mistos Quando os escoramentos são de grande altura ou quando há obstáculos a vencer ou gabaritos a respeitar, utilizam-se escoramentos constituídos de torres e vigas ou treliças metálicas interligando as torres; estas podem ser de madeira ou de aço.

b.7. Escoramentos Especiais Escoramentos especiais, como para construção de pontes em arco ou em avanços sucessivos, não são objeto desta Norma.

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c. Execução

c.1. Fundações superficiais Embora as fundações dos escoramentos sejam temporárias, sua importância não deve ser negligenciada; devem ser levados em conta os seguintes fatores principais:

• Capacidade de suporte do solo; • Assentamentos ou recalques máximos; • Enchentes e erosões; • Choques de qualquer natureza.

c.2. Fundações profundas Quando o terreno natural não está em condições de atender às observações citadas acima (fundações superficiais), adotam-se fundações profundas, em geral, estacas de madeira.

c.3. Montagem Quando o escoramento utilizar sistemas padronizados, devem ser seguidas as instruções do fabricante.

Algumas publicações especializadas simplesmente recomendam que os escoramentos sejam construídos no prumo ou indicam que o máximo desvio da vertical seja de 3,2mm/ 0,90m, ou ainda, que não exceda 1/500 da altura de colunas individuais.

c.4. Contraventamentos Os sistemas padronizados fornecem indicações de espaçamentos de contraventamentos, bem como peças adequadas para contraventamentos horizontais, verticais e inclinados; quando as peças de ajustamento ou aperto, superiores, estiverem totalmente estendidas, a capacidade nominal das peças verticais deve ser reduzida. 10.10.7. Inspeção

A inspeção dos escoramentos deve ser efetuada, no mínimo, em três ocasiões distintas:

a. Durante a montagem

• Verificar se todos os desenhos e instruções escritas foram estritamente observados;

• Verificar se os materiais empregados foram os recomendados e se estão em boas condições;

• Verificar se as fundações, quando superficiais, estão assentes em terreno adequado e protegido de erosões;

• Verificar se os montantes, principalmente, estão devidamente protegidos contra choques de qualquer natureza e se estão no prumo; a tolerância para desvio de prumo de duas peças em contacto é de 1,6mm;

• Verificar se os contraventamentos estão corretamente espaçados e se as conexões entre as peças são confiáveis.

b. Durante a concretagem

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• Verificar se a concretagem está sendo efetuada conforme plano de concretagem previamente estabelecido e compatível com o escoramento;

• Verificar se há assentamentos ou recalques de parte ou de todo o escoramento; esta verificação deve ser rigorosa, com equipamentos topográficos, não devendo nenhuma pessoa estar diretamente sob o trecho concretado. Havendo assentamentos, a concretagem deve ser suspensa e somente retomada, quando adequadas medidas corretivas forem tomadas.

Algumas indicações de problemas no escoramento são as seguintes: compressão excessiva nas extremidades dos montantes, movimento ou deflexão nos contraventamentos, montantes desviados dos prumos e som de peças movendo-se.

c. Após a concretagem

As inspeções no escoramento não devem cessar com o término da concretagem, mas continuar até a retirada do escoramento; a inspeção continuada é particularmente importante no caso de estruturas contínuas moldadas no local e nas estruturas protendidas com protensão posterior, em virtude da redistribuição de cargas que ocorre com a retração do concreto ou quando a protensão é aplicada. d. Desmontagem e remoção

A desmontagem do escoramento, assim como sua remoção, são operações de dificuldade variável e dependem da qualidade do projeto, que deve prever a desmontagem, e do vulto da obra.

Após a desmontagem, os escoramentos devem ser removidos do local; nas fundações em estacas, estas também devem ser removidas ou cortadas no nível do terreno ou do fundo dos rios. 10.10.8. Condicionantes Ambientais

Os diversos tipos de escoramentos agridem, diferentemente, o meio ambiente; é necessário o atendimento das Condicionantes ambientais das áreas de uso de obras – Procedimento, Norma DNIT 070/2006 – PRO, e de algumas prescrições resumidas a seguir, para minimizar e corrigir estas agressões:

a. Em todos os tipos de escoramentos, as vias de acesso para sua execução e o

deslocamento de equipamentos devem seguir as recomendações da Norma DNIT 105/2009 – ES – Terraplenagem – Caminhos de serviço – Especificação de serviço e as constantes da subseção 5.1.2 do Manual para Atividades Ambientais Rodoviárias do DNIT - IPR Publ. 730.

b. Escoramentos contínuos

Em geral, de madeira roliça e em obras de menor vulto e vãos pequenos; a origem desta madeira roliça é que provoca desmatamento não controlado.

Este tipo de escoramento não deve, salvo casos excepcionais, ser permitido; as peças de madeira roliça quase sempre não são reaproveitadas, ficando abandonadas no local.

Deve ser exigida a retirada de toda a madeira utilizada e a recomposição do terreno e da vegetação.

c. Escoramentos com torres e treliças ou torres e vigas

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São escoramentos mais sofisticados e com grande percentual de reaproveitamento; os acessos aos blocos de fundação das torres devem atender às recomendações da Norma DNIT 105/2009 – ES – Terraplenagem – Caminhos de serviço – Especificação de serviço.

As torres de concreto de certos escoramentos devem ser demolidas e removidas suas partes; em seguida, o terreno e a vegetação devem ser recompostos.

Devem ser observadas ainda, as prescrições constantes do Componente Ambiental do Projeto de Engenharia e as recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

10.10.9. Inspeções Adicionais

a. Controle da execução

Os escoramentos devem permanecer íntegros e sem modificações até que o concreto adquira resistência suficiente para suportar as tensões e deformações a que é sujeito, com aceitável margem de segurança.

O controle das deformações verticais dos escoramentos, no decorrer da concretagem, deve ser feito com a instalação de defletômetros ou com nível de precisão, para que se possa reforçá-lo em tempo hábil, em caso imprevisto.

Os períodos mínimos para retirada de escoramentos dependem de fatores, tais como: a velocidade do aumento da resistência do concreto, processos de cura adotados e comportamento das deformações. Assim, só deve ser efetuado quando o concreto se achar suficientemente endurecido para resistir às ações que sobre ele atuem e não conduzir a deformações inaceitáveis. Caso não demonstrado o atendimento às condições já mencionadas e não tendo sido utilizado cimento de alta resistência inicial, ou qualquer processo que acelere o endurecimento, a retirada das fôrmas e do escoramento não deve ser efetuada antes dos seguintes prazos:

• faces laterais: 3 dias;

• faces inferiores, deixando pontaletes, bem cunhados e convenientemente espaçados: 14 dias;

• faces inferiores, sem pontaletes: 21 dias.

A retirada do escoramento e da forma deve ser efetuada sem choques e obedecendo ao programa elaborado de acordo com o tipo de estrutura. Quando o escoramento não for mais necessário, deve ser inteiramente removido, incluindo os que utilizam trechos de concreto ou mesmo apenas dentes engastados nas estruturas definidas. Estacas utilizadas para apoio de escoramento devem ser extraídas ou cortadas até, pelo menos, 50cm abaixo do nível acabado do terreno. Todos os remanescentes dos trabalhos de escoramento devem ser removidos, de maneira a deixar o local limpo e em condições apresentáveis. Efetuar controle do nivelamento do concreto após a retirada do escoramento, com levantamento detalhado, em seções transversais e longitudinais, nas bordas e no centro, para futuras conferências.

b. Condições de conformidade e não conformidade

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b.1. Conformidade Devem ser considerados conformes os escoramentos que atendam às recomendações dos subitens anteriormente listados nesta Norma.

b.2. Não conformidade Os serviços que não atenderem aos subitens desta Norma devem ser considerados não conformes e devem ser corrigidos, complementados ou refeitos.

10.10.10. Critérios de Medição

Os escoramentos devem ser medidos pelo volume determinado pela projeção do tabuleiro e altura compreendida entre o fundo da laje e o terreno, em metros cúbicos, ou em área de tabuleiro, nos casos específicos de escoramentos superiores. Não deve ser medido em

separado, o estaqueamento provisório, se houver, o descimbramento, o levantamento topográfico da estrutura ou quaisquer outros serviços necessários à execução do escoramento.

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11. ESPECIFICAÇÕES PARTICULARES DA TRINCHEIRA 11.1. PAREDE DIAFRAGMA 11.1.1. Objetivo A presente especificação foi preparada pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM para servir como documento base para a execução de parede diafragma. 11.1.2. Referências Para o entendimento desta especificação deverão ser consultados os documentos seguintes:

− ABNT NBR-6.122 - Projeto e execução de fundações; − ABNT NBR-6.118 - Projeto e execução de obras de concreto armado; − ABNT NBR-7.480 - Barras e fios de aço destinados à armadura para concreto

armado; − ABNT NBR-7.211 - Agregados para concreto; − ABNT NBR-12.131 - Estacas - prova de carga estática; − ABNT NBR-11.578 - Cimento Portland composto - especificação; − ABNT NBR-5.739 - Concreto - Ensaios de compressão de corpos-de-prova

cilíndricos. 11.1.3. Generalidades A parede diafragma consiste em um muro contínuo moldado no solo em concreto armado construído em lamelas (painéis), cuja continuidade é assegurada com o auxílio de chapas-junta, colocadas após a abertura da cava e retiradas logo após o início do endurecimento do concreto. No Brasil, empregam-se usualmente ferramentas de escavação (''clam-shell'') de acionamento a cabo, com a largura padrão de 2,50 metros, e espessuras variáveis de 30cm a 120cm, com incrementos de 10 centímetros (30, 40, 50, 60, 70, 80 ,90 ,100, 110 e 120cm). 11.1.4. Execução A metodologia executiva da parede diafragma obedece à seguinte sequência: a. Perfuração Moldagem contra o terreno de canaleta-guia em concreto armado, ao longo do perímetro da parede, com profundidade de 1,00 metro, espessura das muretas laterais de 10cm e espaçamento entre elas pouco maior que a espessura da parede. Escavação do terreno em cavas com largura de 250cm (ou mais), até a profundidade de projeto, com a substituição do material escavado por lama estabilizadora bentonítica, a partir do lençol freático. Desarenação ou troca da lama estabilizadora, ao término da escavação.

b. Armação longitudinal Completada a perfuração, procede-se à colocação, no interior da cava, da armadura longitudinal prevista em projeto, que é executada na seguinte sequência:

• Implantação das chapas-junta;

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• Instalação da gaiola de armação da lamela.

c. Concretagem Utiliza-se um tubo de injeção que vai até o fundo da cava e procede-se à injeção submersa, de baixo para cima, do concreto auto-adensável.

• Colocação do tubo tremonha com funil e concretagem submersa, empregando concreto auto-adensável;

• Retirada lenta das chapas juntas após o início de pega do concreto; • Demolição das muretas-guias e preparo do topo da parede.

d. Controle da execução O controle da execução deverá ser feito objetivando-se verificar: • as características dos equipamentos utilizados para a escavação, concretagem e

aplicação de ar comprimido; • as características dos materiais escavados e sua confrontação com os perfis de

sondagens que subsidiaram o projeto; • os diâmetros e comprimentos das estacas, de acordo com o previsto em projeto, e

promover adequações nos casos julgados necessários; • os diâmetros das barras de aço da armadura e respectiva quantidade; • a qualidade da argamassa quanto à resistência requerida • as pressões de ar comprimido utilizadas na execução das estacas; • qualquer anormalidade durante a execução que justifique a revisão do projeto.

11.1.5. Critério de Medição a. Mobilização e desmobilização de equipamentos para execução da parede diafragma a.1. Medição A mobilização e a desmobilização de equipamentos para a execução de estaca moldada no solo ou parede diafragma, de seção retangular ou alongada, com utilização de "clam-shell" (diafragmadora) e lama estabilizadora, será medida em unidade, sendo cada unidade considerada como o conjunto de todos os equipamentos necessários à execução de uma frente de serviço. No caso do equipamento mobilizado ser utilizado tanto para a execução de estacas barrete quanto para parede diafragma, e não ocorrendo a desmobilização entre uma e outra atividade, o serviço será medido apenas uma vez.

a.2. Pagamento

O serviço será pago com base no preço contratual e de acordo com os critérios definidos no item anterior, os quais remuneram a utilização de todos os equipamentos mobilizados, o seu transporte, carga, descarga e recarga dos mesmos, na obra, toda a mão de obra e encargos necessários às suas mobilização e desmobilização, envolvendo:

• Guindaste sobre esteiras especiais alargadas e alongadas, com capacidade de cerca de 45ton, com lança de 12,0 a 22,0 metros e provido de estrutura de sustentação da plataforma rotativa ou da haste e clam-shell;

• Central oleodinâminca, acionada pelo motor do guindaste ou com motor independente para comando do clam-shell;

• Macaco hidráulico de quatro pistões para a retirada dos tubos junta;

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• Conjunto de mistura de elevada turbulência equipado com bombas centrífugas de 12,5 HP, reservatórios de 1,5m³;

• Conjunto de recuperação e recirculação com bombas centrifugas, peneiras vibratórias, reservatórios de 25m³;

• Equipamento com instrumentos para determinação de densidade, viscosidade Marshm, pH, teor de areia, espessura de cake;

• Tubo de concretagem (tubo tremie). b. Parede diafragma b.1. Medição

A execução da parede diafragma será medida da seguinte forma:

• A parede diafragma, escavada com lama bentonítica, será medida pelo volume real executado na escavação, em metros cúbicos, com altura compreendida entre o topo do terreno e a face inferior da escavação, considerando-se a natureza do solo, segundo os limites de sua consistência, ou seja, solo brando (SPT < 60 golpes) ou solo resistente (SPT > 60 golpes);

• Armadura - será medida em quilogramas de armadura aplicada;

• Colocação das gaiolas de armação - será medida em quilogramas de armadura instalada, desde que a instalação seja realizada com guindaste;

• Concreto - será medido pelo volume de concreto aplicado submerso, em metros cúbicos, considerando a seção de concretagem estabelecida no projeto.

A execução da canaleta-guia, o transporte do material escavado e eventualmente a forma utilizada serão medidos segundo as especificações próprias desses serviços.

b.2. Pagamento

Os serviços serão pagos com base nos preços unitários contratuais, de acordo com os critérios definidos no item anterior, os quais remuneram o fornecimento e a utilização de todos os equipamentos necessários, o fornecimento e aplicação dos materiais, inclusive a lama bentonítica, a mão de obra e demais encargos necessários à sua execução.

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12. SINALIZAÇÃO 12.1. PINTURA COM TINTA À BASE DE RESINA ACRÍLICA, RETRORREFLETIVA,

ESPESSURA ÚMIDA 0,6 MM 12.1.1. Generalidades Esta especificação tem por objetivo fixar as condições básicas exigíveis para a execução de serviços de demarcação de pavimentos em vias urbanas com tinta à base de resina acrílica retrorrefletorizada. A pintura com tinta à base de resina acrílica, retrorrefletiva, será empregada nos seguintes serviços:

• faixas contínuas;

• faixas seccionadas;

• Áreas neutras (zebrados). 12.1.2. Documentos Complementares Na aplicação desta especificação é necessário consultar:

− NBR 5.830 - "Determinação de Estabilidade Acelerada de Resina e Vernizes";

− NBR 5.829 - "Tintas, Vernizes e Derivados - Determinação da Massa Específica;

− NBR 16.184 - “Sinalização Horizontal Viária - Esferas e Microesferas de Vidro - Requisitos e Métodos de Ensaio”;

− NBR 15.438 - “Sinalização Horizontal Viária - Tintas - Métodos de Ensaio”;

− NBR 14.723 - "Sinalização Horizontal Viária - Avaliação da Retrorrefletividade utilizando equipamento manual com geometria de 15m";

− NBR 16.184 - "Sinalização Horizontal Viária - Esferas e Microesferas de Vidro - Requisitos e Métodos de Ensaio".

12.1.3. Materiais a. Condições gerais Deverão ser observados os seguintes aspectos relativos à tinta a ser empregada na demarcação viária:

• deve ser apropriada para uso em superfície betuminosa ou de concreto de cimento;

• deve ser aplicada pelo processo de aspersão pneumática, através de equipamento automático ou manual, conforme o tipo de pintura a ser executada;

• logo após a abertura do recipiente, não deve apresentar sedimentos ou grumos que não possam ser facilmente dispersos por ação manual;

• deve apresentar características antiderrapantes;

• não deve apresentar coágulos, nata, crostas ou separação de cor;

• deve permitir boa visibilidade em condições de iluminação natural e artificial e suas cores deverão manter-se inalteradas por um período mínimo de 12 meses, sem esmaecimento ou descoloração, quando aplicada;

• deve estar apta a ser aplicada, nas seguintes condições:

• temperatura ambiente, de 05°C a 40°C;

• umidade relativa do ar até 90%;

• suportar temperatura de até 80°C;

• deve estar em condições de ser aplicada por máquinas apropriadas e vir na viscosidade especificada. No caso da aplicação de microesferas de vidro tipo I-B, no entanto, pode ser adicionado, no máximo, 5% de solvente, em volume; o solvente a ser

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utilizado deverá ser apropriado para a tinta especificada, de preferência do mesmo fabricante;

• quando aplicada em quantidade especificada deve recobrir perfeitamente o pavimento e permitir a liberação ao tráfego no período máximo de 30 minutos para película úmida com espessura igual a 0,6mm e, 15 minutos para película úmida com espessura igual a 0,4mm.

• deve garantir boa aderência ao pavimento, ser resistente à ação de combustíveis, lubrificantes, luz e intempéries, inclusive sendo inerte à ação da elevada temperatura causada pelo atrito entre os pneus dos veículos e o revestimento da pista. Paralelamente, a tinta não deverá possuir capacidade destrutiva ou desagregadora do pavimento onde for aplicada.

• quando aplicada sobre a superfície betuminosa não deve apresentar sangria, nem exercer qualquer ação que danifique o pavimento;

• quando aplicada, após secagem física total, deve apresentar plasticidade e características de adesividade às microesferas de vidro e ao pavimento, produzir película seca fosca, de aspecto uniforme, sem apresentar fissuras, gretas ou descascamento durante o período de vida útil;

• deverá permitir a aplicação de nova camada em serviços de rejuvenescimento/restauração, bem como sua remoção, quando houver necessidade, sem danos sensíveis à superfície onde foi aplicada.

Com relação às microesferas de vidro, destacam-se:

• as microesferas de vidro deverão ser incorporadas às tintas em duas fases, conforme a seguir:

- através da adição, antes da aplicação da tinta, de microesferas do Tipo I-B, na proporção de 200g/l de tinta;

- simultaneamente à aplicação da tinta, através da aspersão de microesferas do Tipo II A/B à tinta, na proporção de 350g/m²;

• as microesferas de vidros são indicadas na sinalização viária para retrorrefletorização em aplicações tipo "drop-on", obedecendo à Norma Técnica NBR 15.438. São fabricadas com vidro de alta qualidade tipo soda-cal, com teor de sílica nunca inferior a 65%, não apresentando contaminação por chumbo, exceto como impureza, tratando-se, portanto, de material inerte e atóxico;

• quanto à fabricação, aparência, granulometria, índice de refração e resistência à solução de cloreto de cálcio, ácido clorídrico, água e sulfeto de sódio, as microesferas, quando ensaiadas, deverão obedecer às exigências da Norma Técnica NBR 15.438 da ABNT. Serão rejeitadas caso se apresentem embaçadas.

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b. Condições específicas

b.1. Requisitos quantitativos

PARÂMETRO DE ENSAIO UNIDADE

MÍNIMO MÁXIMO MÉTODOS DE

ENSAIO

Viscosidade (sem esferas) Krebs 80 95 ABNT NBR 15.438

Estabilidade: alteração da viscosidade Krebs - 5 ABNT NBR 5.830

Matéria não volátil % em massa 60 - ABNT NBR 15.438

Pigmento % em massa 40 50 ABNT NBR 15.438

Para tinta branca: TiO2 % em massa no

pigmento 25 - ABNT NBR 15.438

Para tinta amarela: PbCrO4 % em massa no

pigmento 22 - ABNT NBR 15.438

Veículo não volátil % em massa no

veículo 38 - ABNT NBR 15.438

Tempo de secagem: espessura úmida 0,6mm min - 20 ABNT NBR 15.438

Ensaio de Abrasão, óxido de alumínio branco (massa específica 3,90 - 3,97 Kg/l): referido à película seca 0,30mm

g 80 - ABNT NBR 15.438

Massa específica Kg/l 1,30 1,45 ABNT NBR 5.829

Brilho a 60º un - 20 ABNT NBR 15.438

b.2. Requisitos qualitativos

PARÂMETRO DE ENSAIO ESPECIFICAÇÃO

Cor (Munsell): • Tinta Branca

• Tinta Amarela

• Tinta Vermelha

• Tinta Preta

N 9,5 com tolerância N 9,0

10 YR 7,5/14 com tolerância 10 YR 6,5/14 e 8,5 YR 7,5/14.

10 YR 7,5/14 com as tolerâncias 10YR 6,5/14 e 8,5 YR 7.5/14

N 0,5

Flexibilidade (ABNT NBR 15.438) Inalterada (não deve apresentar fissuras ou deslocamento).

Sangramento (ABNT NBR 15.438) Ausência (não deve apresentar alteração da cor).

Resistência à água (ABNT NBR 15.438) Inalterada (não deve amolecer, empolar ou apresentar outra evidência de deteriorização).

Resistência ao calor (ABNT NBR 15.438) Inalterada (não deve apresentar alteração da cor, empolamento ou evidência de deteriorização).

Ensaio de intemperismo, 400h (ABNT NBR 15.438)

• Cor

• Integridade

Leve alteração (tolera-se leve amarelecimento ou leve escurecimento).

Inalterada (não deve apresentar bolhas, fissuras, pulverulência ou qualquer outra evidência de alteração de integridade da película).

Identificação do veículo não volátil (Espectômetro infravermelho).

O espectograma de absorção de radiações infravermelhas deve apresentar bandas características predominantes de resinas acrílicas e estireno.

Breu e derivados Ausência

c. Embalagem

A tinta deverá ser embalada em recipientes metálicos, cilíndricos e lacrados; o lacre deve apresentar o número do laudo laboratorial e deverá ser conferido e retirado pela Fiscalização. As embalagens das tintas deverão trazer no seu corpo, bem legível, as seguintes informações:

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• nome do produto;

• cor da tinta (padrão Munsell);

• referência quanto à natureza química da resina;

• data de fabricação;

• prazo de validade;

• número do lote de fabricação;

• nome do fabricante;

• Quantidade contida no recipiente, em litros. 12.1.4. Equipamentos A(s) máquina(s) para aplicação da tinta a frio deve(m) conter, no mínimo, os seguintes equipamentos:

• motor para autopropulsão;

• compressor de ar, com tanque e pulmão;

• tanques pressurizados para tinta;

• misturadores mecânicos para material;

• quadro de instrumentos e válvulas para regulagem, controle e acionamento;

• sistema de limpeza de mangueiras e pistolas, com tanque de solvente, válvulas e registros;

• sistema sequenciador para atuação automática das pistolas nas pinturas de eixos tracejados;

• sistemas de pistolas para material, atados pneumaticamente, permitindo a variação da largura das faixas;

• sistema espalhador de microesferas por aspersão;

• sistemas de discos limitadores de faixas;

• depósito para microesferas de vidros;

• sistema de braços suportes para pistolas;

• sistema de pistolas manuais, atuados pneumaticamente. 12.1.5. Execução

a. Limpeza do pavimento

Antes da aplicação da tinta, a superfície do pavimento deve estar limpa, seca, livre de contaminantes prejudiciais à pintura. Devem ser retirados quaisquer corpos estranhos aderentes ou partículas de pavimento em estado de desagregação. Deve-se utilizar equipamentos como: escovas, vassouras e jato de ar comprimido; quando estes processos não forem suficientes para remover todo o material estranho, as superfícies deverão ser escovadas com solução de fosfato trisódico ou similar e, então, lavadas, 24 (vinte e quatro) horas antes do início efetivo dos serviços de demarcação. b. Espessura

A espessura da tinta, após aplicação, quando úmida, deverá ser de, no mínimo, 0,6mm; após secagem a espessura deverá ser de, no mínimo, 0,3mm, quando medida sem adição de microesferas Tipo II A/B. c. Pré-marcação

Quando a superfície a ser sinalizada não apresentar marcas existentes que possam servir de guias, deve ser feita a pré-marcação, antes da aplicação da tinta na via, rigorosamente de

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acordo com as cotas e dimensões fornecidas em projeto, a fim de garantir o alinhamento e configuração geométrica da sinalização horizontal.

d. Aplicação

Para a aplicação da tinta deverão ser observadas as seguintes recomendações:

• em dias chuvosos, os serviços de aplicação da tinta deverão ser iniciados, no mínimo, 2 horas após a completa paralisação das chuvas;

• o material aplicado deverá apresentar as bordas bem definidas, sem salpicos ou manchas, não se admitindo diferenças de tonalidade em uma mesma faixa ou em faixas paralelas;

• a distribuição de microesferas de vidro deverá ser uniforme, não sendo admissível o seu acúmulo em determinadas áreas pintadas;

• a tolerância com relação à extensão e à largura de cada faixa será de até 5%. Esse excesso não será levado em consideração no pagamento, não se admitindo largura ou extensões inferiores aos indicados no projeto;

• na execução das marcas retas, qualquer desvio nas bordas excedendo 0,01mm em 10m deverá ser corrigido;

• depois de aplicada, a tinta deverá ser protegida de todo tráfego de veículos, bem como de pedestres, durante o tempo de secagem, de cerca de 30 (trinta) minutos.

• a tinta deve ter características que permitam a obtenção de um filme uniforme quando aplicado por pulverização. Sua aparência não deve apresentar defeitos, tais como: névoa, manchas, rachaduras e outras irregularidades visíveis, com brilho adequado. O filme seco da tinta não deve apresentar ondulações, rachaduras, manchas e outras irregularidades que prejudiquem sua aparência;

• quando submetida à intemperismos, a tinta não deve apresentar empolamento, alteração de brilho ou de cor, ou qualquer outra irregularidade;

• quando submetida à ação da água, a tinta não deve amolecer, empolar, destacar ou apresentar outras evidências de deterioração;

• quando submetida à ação de solventes, a tinta não deve apresentar marcas, aderências e deformações;

• a durabilidade estimada da tinta aplicada deve ser de 24 meses, mantendo suas características pelo menos após 12 meses de estocagem.

e. Retrorrefletorização

A retrorrefletorização inicial mínima deverá ser de 220mcd/lx.m2 para demarcações na cor branca e 170220mcd/lx.m2 para demarcações na cor amarela . A intensidade da retrorreflexão depende dos seguintes fatores:

• esfericidade das microesferas;

• distribuição granulométrica;

• índice de refração;

• qualidade dos pigmentos usados nas tintas de demarcação;

• número de microesferas aparentes na superfície das faixas. 12.1.6. Controle de Qualidade O fornecedor ou fabricante da tinta deve ser responsável pela realização dos ensaios e testes que comprovem o cumprimento das premissas das normas técnicas e especificações citadas.

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a. Materiais

Para garantia da qualidade dos materiais serão exigidos os "Certificados de Análise" com respectiva aprovação dos materiais, tinta e microesferas de vidro a serem utilizados, emitidos por laboratório credenciado para tal. Somente após apresentação dos laudos é que se poderá iniciar os serviços; independente dos laudos, a Fiscalização poderá, a qualquer momento, coletar material para análise de suas características. b. Execução

Quanto à execução dos serviços, deverão ser observados os seguintes itens: b.1. Espessura O material será colhido, durante a aplicação, pela Fiscalização, em chapa de folha de flandres, a intervalos determinados junto à saída do equipamento aplicador. Deverão ser retiradas amostras para verificação da espessura da película aplicada, desconsiderando-se os 5% iniciais e finais de carga. Deverão ser realizadas, no mínimo, 05 (cinco) medidas em cada amostra e o resultado deverá ser expresso pela média das medidas. A Fiscalização, munida de um medidor de espessura úmida, poderá parar a realização dos serviços ou exigir que se refaça a pintura, caso não seja constatada a espessura desejada. b.2. Refletorização O material colhido durante a aplicação, em chapa de folha de flandres, com as microesferas incorporadas, deverá ser medido com aparelhos apropriados. Deverão ser realizadas, no mínimo, 10 (dez) medidas em cada chapa e o resultado deverá ser expresso pela média das medidas. c. Durabilidade Independentemente dos ensaios e inspeções, e considerando-se volume de tráfego de até 10.000 veículos/faixa x dia, a durabilidade da sinalização implantada deverá ser de:

• 06 (seis) meses para 100% da metragem total aplicada;

• 09 (nove) meses para 80% da metragem total aplicada;

• 12 (doze) meses para 60% da metragem total aplicada. 12.1.7. Critérios de Medição e Pagamento a. Medição Os serviços de execução de pintura à base de resina acrílica serão medidos separadamente, da seguinte forma:

• faixas contínuas (linhas de bordo), largura 0,10m: pelo comprimento de faixa efetivamente pintada e atestada pela Fiscalização, expresso em metro (m);

• faixas seccionadas (faixa de estacionamento 1,00 x 1,00 x 0,10m): pelo comprimento de faixa efetivamente pintada e atestada pela Fiscalização, expresso em metro (m),

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considerando-se tão somente o comprimento da superfície pintada (descontado o comprimento correspondente à interrupção da pintura), ou seja, 50% da extensão coberta pela faixa;

• áreas neutras (zebrados), largura 0,25m: pela área da superfície "zebrada" efetivamente trabalhada e atestada pela Fiscalização, expressa em metros quadrados (m²), ou seja, desconsiderando-se as faixas não pintadas (largura 1,00m) entre as faixas pintadas (largura de 0,25m).

b. Pagamento Os serviços serão pagos conforme os preços unitários contratuais, após verificação e aprovação da Fiscalização, que remuneram o fornecimento de materiais, perdas, transportes, mão de obra, equipamentos, eventuais e quaisquer outros recursos utilizados. 12.2. PINTURA COM TERMOPLÁSTICO EXTRUDADO, RETRORREFLETIVO 12.2.1. Generalidades Esta especificação tem por objetivo fixar as condições básicas exigíveis para a execução de serviços de demarcação viária de pavimentos em vias urbanas utilizando-se os materiais termoplásticos extrudados retrorrefletorizados. A pintura com termoplástico extrudado, retrorrefletivo, será empregada nos seguintes serviços:

• faixas contínuas (linha de retenção), largura 0,40m;

• faixas seccionadas: - linha de retenção de "Dê a preferência"; - faixa de pedestres; - linhas de continuidade;

• Inscrições no pavimento (legendas, símbolos e setas). 12.2.2. Documentos Complementares Na aplicação desta especificação é necessário consultar:

− NBR 7.396 - "Sinalização Horizontal Viária - Material para Sinalização - Terminológico";

− NBR 13.132 – “Sinalização Horizontal Viária - Termoplástico Aplicado pelo Processo de Extrusão”;

− NBR 15.482 - "Sinalização Horizontal Viária - Termoplásticos - Métodos de Ensaio".

− NBR 16.184 - "Sinalização Horizontal Viária - Esferas e Microesferas de Vidro – Requisitos Métodos de Ensaio”.

12.2.3. Materiais a. Condições gerais

Deverão ser observados os seguintes aspectos relativos ao material termoplástico a ser empregado na demarcação viária:

• deverá ser constituído de uma mistura, em proporções convenientes, de ligantes, partículas granulares como elementos inertes, pigmentos e seus agentes dispersores, microesferas de vidro e outros componentes que propiciem ao material qualidades que venham atender a finalidade a que se destina;

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• o ligante deve ser constituído de resinas naturais e/ou sintéticas e um óleo, como agente plastificante;

• as partículas granulares serão constituídas por talco, dolomita, calcita, quartzo ou outros materiais similares e microesferas de vidro Tipo I-A;

• no termoplástico de cor branca o pigmento dever ser o dióxido de titânio rutilo e no de cor amarela deve ser cromato de chumbo ou sulfeto de cádmio. Os pigmentos empregados devem assegurar uma qualidade e resistência à luz e ao calor tais que a tonalidade das faixas permaneçam inalteradas;

• deve apresentar boas condições de trabalho e suportar temperaturas de até 80°C, sem sofrer deformações;

• deve ser inerte a intempéries, combustíveis e lubrificantes e deve ser fornecido para uso em superfícies betuminosas ou de concreto de cimento;

• deve produzir marcas que se agreguem firmemente ao pavimento, não se destacando do mesmo em consequência de esforços provenientes do tráfego;

• deve ser passível de remoção intencional, não ocasionando danos sensíveis ao pavimento;

• não deve possuir capacidade destrutiva ou desagregadora do pavimento;

• depois de aplicado com espessura de 3mm, deve permitir a liberação do tráfego em 5 minutos;

• deve manter integralmente a sua coesão e cor após a sua aplicação no pavimento;

• quando aquecido à temperatura exigida para sua aplicação não deve desprender fumos ou gases tóxicos que possam causar danos às pessoas ou a propriedades;

• O termoplástico deve ser aplicado pelo processo de extrusão, sendo que a temperatura máxima de aplicação deve ser de 180ºC, para termoplástico na cor amarela e 200ºC para o de cor branca, mantendo assim a coesão e a sua cor natural.

• as microesferas do Tipo I-A deverão ser aplicadas incorporadamente às massas termoplásticas, na proporção de 20 a 40% em massa da mistura, durante a sua fabricação, de modo a permanecerem internas à película aplicada, permitindo a retrorrefletorização apenas após o desgaste da superfície da película aplicada, quando as microesferas de vidro tornam-se expostas.

• Em trechos onde houver considerável índice de precipitação pluviométrica ou incidência freqüente de neblina, deve-se utilizar microesferas do tipo II-A, em conjunto com as esferas III-B, na proporção de 40% do tipo II-A para 60% do tipo III-B, em aplicação simultânea, sendo que os espagidores de esferas devem estar a uma distância de 30cm um do outro, em silos separados, vindo sempre a mais graúda (III-B) em primeiro lugar.

• a camada final de microesferas de vidro do Tipo II-A/B, aplicada por meio de pistolas acionadas a ar comprimido, concomitantemente com o termoplástico, de modo a permanecerem na superfície da película aplicada, permitindo imediata retrorrefletorização desta, deverá ser de 400g/m²;

• deverá permitir a aplicação de nova camada em serviços de rejuvenescimento/restauração, bem como sua remoção, quando houver necessidade, sem danos sensíveis à superfície onde foi aplicada.

b. Condições específicas

b.1. Requisitos quantitativos

PARÂMETRO DE ENSAIO UNIDADE MÍNIMO MÁXIMO MÉTODOS DE

ENSAIO

Ligante % em

massa na mistura

18 24 ABNT NBR 15.482

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Para o termoplástico branco • Ti O2

% em massa na mistura

8

-

ABNT NBR 15.482

Para o termoplástico amarelo • PbCrO4 • CdS

% em massa na mistura

2 1

- -

ABNT NBR 15.482 ABNT NBR 15.482

Microesferas % em

massa na mistura

20 40 ABNT NBR 15.482

Massa específica g/cm3 1,85 2,25 ABNT NBR 15.482

Ponto de amolecimento ºC 90 - ABNT NBR 15.482

Deslizamento % - 3 ABNT NBR 15.482

Resistência à abrasão g - 0,4 ABNT NBR 15.482

b.2. Requisitos qualitativos

PARÂMETRO DE ENSAIO ESPECIFICAÇÃO

Cor (Munsell): • Termoplástico branco

• Termoplástico amarelo

N 9,5 com tolerância N 9,0

10 YR 7,5/14 com tolerância 10 YR 6,5/14 e 8,5 YR 7,5/14

Estabilidade ao calor Satisfatória ABNT NBR 15.482

Resistência à luz Inalterada ABNT NBR 15.482

c. Embalagem

O termoplástico deverá ser acondicionado em sacos plásticos, devidamente fechados e lacrados. O lacre deverá apresentar o número do laudo laboratorial e deverá ser conferido e retirado pela Fiscalização. As embalagens deverão trazer no seu corpo, bem legível, as seguintes informações:

• nome do produto;

• cor do material (Padrão Munsell);

• número do lote de fabricação;

• data de fabricação;

• nome do fabricante.

• prazo de validade;

• quantidade contida, em quilos. 12.2.4. Equipamentos Os equipamentos mínimos necessários, por equipe, para aplicação de material pelo processo de extrusão são:

• usina móvel montada sobre caminhão, constituída de dois recipientes para fusão do material (branco e amarelo), providos de queimadores, controle de temperatura e agitadores com velocidade variável;

• termômetro em perfeito estado de funcionamento para controle da temperatura fusão;

• gerador de eletricidade para alimentadores dos dispositivos de segurança e controle;

• sistema de aquecimento, podendo ser com queima de gás ou óleo;

• sapatas para aplicação manual com largura variável de 100 a 500mm e abertura de 3,4mm;

• carrinho semeador para aplicação e distribuição de microesferas, com largura variável de 100 a 500 mm.

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12.2.5. Execução a. Limpeza do pavimento

Antes da aplicação da tinta, a superfície do pavimento deve estar limpa, seca, livre de contaminantes prejudiciais à pintura. Devem ser retirados quaisquer corpos estranhos aderentes ou partículas de pavimento em estado de desagregação. Deverá ser apresentada a aparelhagem necessária para limpar e secar devidamente a superfície a ser demarcada como: escovas, vassouras e jato de ar comprimido; quando estes processos não forem suficientes para remover todo o material estranho, as superfícies deverão ser escovadas com solução de fosfato trisódico ou similar e, então, lavadas, 24 (vinte e quatro) horas antes do início efetivo dos serviços de demarcação. b. Espessura

A espessura do termoplástico extrudado, após aplicação, deverá ser de, no mínimo, 3,0mm. c. Pré-marcação

Quando a superfície a ser sinalizada não apresentar marcas existentes que possam servir de guias, deve ser feita a pré-marcação, antes da aplicação do termoplástico na via, rigorosamente de acordo com as cotas e dimensões fornecidas em projeto, a fim de garantir o alinhamento e configuração geométrica da sinalização horizontal. d. Aplicação

Para a aplicação do termoplástico deverão ser observadas as seguintes recomendações:

• o material será aplicado pelo processo de extrusão, sendo que a temperatura máxima de aplicação deverá ser a de 180°C para o termoplástico de cor amarela e de 200°C para o termoplástico de cor branca, a fim de manter a coesão e cor naturais do termoplástico;

• o material deverá ser aplicado sobre pavimentos limpos e secos, nas seguintes condições ambientais:

• temperatura entre 10 e 40°C;

• umidade relativa do ar até 80%;

• o material aplicado deverá apresentar as bordas bem definidas, sem salpicos ou manchas, não se admitindo diferenças de tonalidade em uma mesma faixa ou em faixas paralelas;

• as marcas devem ser aplicadas nos locais e com as dimensões e espaçamentos indicados em projeto;

• a tolerância com relação à extensão e à largura de cada faixa será de até 5%. Este excesso não será levado em consideração no pagamento, não se admitindo largura ou extensões inferiores aos indicados em projeto;

• a espessura de aplicação, após a secagem, deve ser de, no mínimo, 3,0mm;

• na execução das marcas retas, qualquer desvio nas bordas excedendo 0,01m em 10m deverá ser corrigido;

• quando o pavimento for de concreto ou apresentar agregado exposto, deve-se fazer uma aplicação de uma camada de ligação antes da demarcação, de forma a criar um meio ligante entre o pavimento e o termoplástico.

Eventuais remoções das marcas viárias poderão ser feitas por processos de decapagem por abrasão ou por queima, através de:

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• equipamento composto por uma máquina básica (chassis, motor, guia direcional, sistema de levantamento e direção), contra-pesos e fresas cortadoras, tipo "Demarcadora Universal" ou similar;

• equipamento composto por compressor, reservatório de gás propano e dispositivo controlador, tipo "Jet-Blaster" ou similar;

• maçarico a gás butano e espátula, ou outro. e. Retrorrefletorização

A retrorrefletorização inicial mínima da sinalização deverá ser de maior que 220mcd/lx.m2 para demarcação na cor branca, e de 170mcd/lx.m2 para demarcação na cor amarela. 12.2.6. Controle de Qualidade O fornecedor ou fabricante do termoplástico deve ser responsável pela realização dos ensaios e testes que comprovem o cumprimento das premissas das normas técnicas e especificações citadas. a. Materiais

Para garantia de qualidade dos materiais serão exigidos os "Certificados de Análise" com respectiva aprovação dos termoplásticos e microesferas de vidro a serem utilizados, fornecidos pelo fabricante/fornecedor. Somente após apresentação dos laudos é que se poderá iniciar os serviços; independente dos laudos, a Fiscalização poderá, a qualquer momento, coletar material para análise de suas características. b. Execução

O controle de qualidade da aplicação é realizado no decorrer da implantação da sinalização, quando devem ser verificados os seguintes parâmetros:

• consumo de materiais;

• espessura do material aplicado;

• dimensões das faixas e sinais (largura e comprimento);

• linearidade das faixas;

• temperatura de aquecimento do material termoplástico;

• atendimento ao projeto de sinalização;

• retrorrefletorização integral das faixas e sinais. b.1. Espessura O controle da espessura da película será realizado diariamente, através da aferição da sapata utilizada para aplicação manual; tal aferição consistirá na medida da largura e da abertura da sapata, sendo realizada com utilização de paquímetro ou outro instrumento adequado. b.2. Retrorrefletorização O material colhido durante a aplicação, em chapa de folha de flandres, com as microesferas incorporadas, deverá ser medido com aparelhos apropriados.

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Deverão ser realizadas, no mínimo, 10 (dez) medidas em cada chapa e o resultado deverá ser expresso pela média das medidas. c. Durabilidade

Independentemente dos ensaios e inspeções, e considerando-se volume de tráfego de até 30.000 veículos/faixa x dia, a durabilidade da sinalização implantada deverá ser de:

• 12 (doze) meses para 100% da metragem total aplicada;

• 24 (vinte e quatro) meses para 80% da metragem total aplicada;

• 36 (trinta e seis) meses para 60% da metragem total aplicada. 12.2.7. Critérios de Medição e Pagamento a. Medição

Os serviços de execução de pintura com material termoplástico extrudado serão medidos separadamente, da seguinte forma:

• faixas contínuas (linha de retenção): pela área de faixa efetivamente pintada e atestada pela Fiscalização, expressa em metros quadrados (m²), calculada com base no comprimento total e largura da faixa;

• faixas seccionadas: - linha de retenção de "Dê a preferência": pelo comprimento de faixa efetivamente

pintada e atestada pela Fiscalização, expresso em metro (m), considerando-se tão somente o comprimento da superfície pintada (descontado o comprimento correspondente à interrupção da pintura), ou seja, 50% da extensão coberta pela faixa;

- faixa de pedestres: pela área de faixa efetivamente pintada e atestada pela Fiscalização, expressa em metros quadrados (m2), calculada com base no comprimento e largura dos elementos da faixa;

- linhas de continuidade: pela área de faixa efetivamente pintada e atestada pela Fiscalização, expressa em metros quadrados (m2), considerando-se tão somente a área da superfície pintada (descontada a área correspondente à interrupção da pintura), ou seja, 50% da área coberta pela faixa;

- Inscrições no pavimento (legendas, símbolos e setas): pela área efetivamente pintada e atestada pela Fiscalização, expressa em metros quadrados (m2), conforme dimensões padronizadas no projeto.

b. Pagamento Os serviços serão pagos conforme os preços unitários contratuais, após verificação e aprovação da Fiscalização, que remuneram o fornecimento de materiais, perdas, transportes, mão de obra, equipamentos, eventuais e quaisquer outros recursos utilizados. 12.3. PINTURA COM TERMOPLÁSTICO ASPERGIDO, RETRORREFLETIVO 12.3.1. Generalidades

Esta especificação tem por objetivo fixar as condições básicas exigíveis para a execução de serviços de demarcação viária de pavimentos em vias urbanas utilizando-se os materiais termoplásticos aspergidos retrorrefletorizados. A aplicação de pintura à base de material termoplástico por aspersão é a operação que visa à execução de marcas, símbolos e legendas na superfície das pistas, mediante a utilização de equipamentos, ferramentas e gabaritos adequados.

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A pintura com termoplástico aspergido, retrorrefletivo, será empregada nos seguintes serviços:

• linhas de divisão de fluxo;

• linha de aproximação;

• faixa de circulação para portadores de necessidades especiais. 12.3.2. Documentos Complementares Na aplicação desta especificação é necessário consultar:

− NBR 7.396 - "Sinalização Horizontal Viária - Material para Sinalização - Terminologia";

− NBR 15.482 - "Sinalização Horizontal Viária - Termoplásticos - Métodos de Ensaio".

− NBR 16.184 - "Sinalização Horizontal Viária – Esferas e Microesferas de Vidro – Requisitos e Métodos de Ensaio”;

12.3.3. Materiais a. Condições gerais

Deverão ser observados os seguintes aspectos relativos ao material termoplástico a ser empregado na demarcação viária:

• deverá ser constituído de uma mistura, em proporções convenientes, de ligantes, partículas granulares como elementos inertes, pigmentos e seus agentes dispersores, microesferas de vidro e outros componentes que propiciem ao material qualidades que venham atender a finalidade a que se destina;

• o ligante deve ser constituído de resinas naturais e/ou sintéticas e um óleo como agente plastificante;

• as partículas granulares serão constituídas por talco, dolomita, calcita, quartzo ou outros materiais similares e microesferas de vidro Tipo I-A;

• no termoplástico de cor branca o pigmento dever ser o dióxido de titânio rutilo e no de cor amarela deve ser cromato de chumbo ou sulfeto de cádmio. Os pigmentos empregados devem assegurar uma qualidade e resistência à luz e ao calor tais que a tonalidade das faixas permaneçam inalteradas;

• deve apresentar boas condições de trabalho e suportar temperaturas de até 80°C, sem sofrer deformações;

• deve ser inerte a intempéries, combustíveis e lubrificantes;

• deve produzir marcas que se agreguem firmemente ao pavimento, não se destacando do mesmo em consequência de esforços provenientes do tráfego;

• deve ser passível de remoção intencional, não ocasionando danos sensíveis ao pavimento;

• não deve possuir capacidade destrutiva ou desagregadora do pavimento;

• deve manter integralmente a sua coesão e cor após a sua aplicação no pavimento;

• quando aquecido à temperatura exigida para sua aplicação não deve desprender fumos ou gases tóxicos que possam causar danos às pessoas ou a propriedades.

Com relação às microesferas de vidro, destacam-se:

• as microesferas do Tipo I-A deverão ser aplicadas incorporadamente às massas termoplásticas, na proporção de 20 a 40% em massa da mistura, durante a sua fabricação, de modo a permanecerem internas à película aplicada, permitindo a retrorrefletorização apenas após o desgaste da superfície da película aplicada, quando as microesferas de vidro tornam-se expostas;

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• a camada final de microesferas de vidro do Tipo II-A/B, aplicada por meio de pistolas acionadas a ar comprimido, concomitantemente com o termoplástico, de modo a permanecerem na superfície da película aplicada, permitindo imediata retrorrefletorização desta, deverá ser de 400g/m².

b. Condições específicas b.1. Requisitos quantitativos

PARÂMETRO DE ENSAIO UNIDADE MÍNIMO MÁXIMO MÉTODOS DE

ENSAIO

Ligante % em massa na

mistura 18 24 ABNT NBR 15.482

Para o termoplástico branco • Ti O2

% em massa na mistura

8

-

ABNT NBR 15.482

Para o termoplástico amarelo

• PbCrO4 • CdS

% em massa na mistura

2 1

- -

ABNT NBR 15.482 ABNT NBR 15.482

Microesferas % em massa na

mistura 20 40 ABNT NBR 15.482

Massa específica g/cm3 1,85 2,25 ABNT NBR 15.482

Ponto de amolecimento ºC 90 - ABNT NBR 15.482

Deslizamento % - 3 ABNT NBR 15.482

Resistência à abrasão g - 0,4 ABNT NBR 15.482

b.2. Requisitos qualitativos

PARÂMETRO DE ENSAIO ESPECIFICAÇÃO

Cor (Munsell): • Termoplástico Branco

• Termoplástico Amarelo

N 9,5 com tolerância N 9,0

10 YR 7,5/14 com tolerância 10 YR 6,5/14 e 8,5 YR 7,5/14.

Estabilidade ao calor Satisfatória ABNT NBR 15.482

Resistência à luz Inalterada ABNT NBR 15.482

c. Embalagem O termoplástico deverá ser acondicionado em sacos plásticos, devidamente fechados e lacrados. O lacre deverá apresentar o número do laudo laboratorial e deverá ser conferido e retirado pela Fiscalização. As embalagens deverão trazer no seu corpo, bem legível, as seguintes informações:

• nome do produto;

• cor da tinta (padrão Munsell);

• referência quanto à natureza química da resina;

• data de fabricação;

• prazo de validade;

• número do lote de fabricação;

• nome do fabricante;

• quantidade contida no recipiente, em litros. 12.3.4. Equipamentos

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Deve ser incluído um aparelho de projeção pneumática, mecânica ou combinada, e tantos apetrechos auxiliares para demarcação manual quantos forem necessários à execução satisfatória dos serviços. Os equipamentos mínimos necessários, por equipe, para aplicação de material pelo processo de aspersão são:

• usina móvel montada sobre caminhão, constituída de dois recipientes para fusão do material (branco e amarelo), providos de queimadores, controle de temperatura e agitadores com velocidade variável;

• veículo autopropulsor contendo recipiente com capacidade variável e aquecimento indireto (câmara para óleo térmico). Para os equipamentos de projeção pneumática o recipiente precisa ser pressurizado para conduzir o material até a pistola; nos equipamentos de projeção mecânica o material deve ser conduzido através de bomba até a pistola;

• carrinho balizador para aplicação e distribuição de microesferas com largura variável de 100 a 500mm;

• termômetros em perfeito estado de funcionamento na câmara de óleo e no recipiente para a fusão do material termoplástico;

• conjunto aplicador contendo uma ou duas pistolas próprias para termoplástico e semeador de microesferas de vidro;

• aquecimento indireto (com óleo térmico) para todo conjunto aplicador, ou seja, mangueira condutora do material termoplástico e pistola;

• compressor com tanque pulmão de ar destinado a: - pressurização do recipiente de termoplástico (nos equipamentos de projeção

pneumática); - limpeza do pavimento e para atomização do material; - acionamento das pistolas para termoplásticos e microesferas;

• dispositivos de aplicação contínua e intermitente para execução das linhas simples e/ou duplas dos materiais utilizados;

• dispositivos, acessórios de controle e segurança em painéis na cabine do veículo e na plataforma de comando do conjunto de aplicação;

• gerador de eletricidade para alimentadores dos dispositivos de segurança e controle;

• sistema de aquecimento, podendo ser com queima de gás ou óleo diesel;

• dispositivos balizadores para direcionamento da unidade aplicadora durante a execução da demarcação.

12.3.5. Execução a. Limpeza do pavimento Antes da aplicação da tinta, a superfície do pavimento deve estar limpa, seca, livre de contaminantes prejudiciais à pintura. Devem ser retirados quaisquer corpos estranhos aderentes ou partículas de pavimento em estado de desagregação. Deverá ser apresentada a aparelhagem necessária para limpar e secar devidamente a superfície a ser demarcada como: escovas, vassouras e jato de ar comprimido; quando estes processos não forem suficientes para remover todo o material estranho, as superfícies deverão ser escovadas com solução de fosfato trisódico ou similar e, então, lavadas, 24 (vinte e quatro) horas antes do início efetivo dos serviços de demarcação. b. Espessura

A espessura do termoplástico aspergido, após aplicação, deverá ser de, no mínimo, 1,5mm.

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600

c. Pré-marcação Quando a superfície a ser sinalizada não apresentar marcas existentes que possam servir de guias, deve ser feita a pré-marcação antes da aplicação do termoplástico na via, rigorosamente de acordo com as cotas e dimensões fornecidas em projeto, a fim de garantir o alinhamento e configuração geométrica da sinalização horizontal. d. Aplicação

Para a aplicação do termoplástico deverão ser observadas as seguintes recomendações:

• o material será aplicado pelo processo de aspersão, sendo que a temperatura máxima de aplicação deverá ser a de 180°C para o termoplástico de cor amarela e de 200°C para o termoplástico de cor branca, a fim de manter a coesão e cor naturais do termoplástico;

• concomitantemente à aplicação do termoplástico, deverão ser aspergidas as microesferas de vidro, de acordo com as especificações da Norma Técnica NBR 16.184, tipo II-A/B à razão mínima de 400 g/cm3;

• o material deverá ser aplicado sobre pavimentos limpos e secos, nas seguintes condições ambientais: - temperatura entre 10 e 40°C; - umidade relativa do ar até 80%;

• o material aplicado deverá apresentar as bordas bem definidas, sem salpicos ou manchas, não se admitindo diferenças de tonalidade em uma mesma faixa ou em faixas paralelas;

• as marcas devem ser aplicadas nos locais e com as dimensões e espaçamentos indicados em projeto;

• a tolerância com relação à extensão e a largura de cada faixa será de até 5%. Este excesso não será levado em consideração no pagamento, não se admitindo largura ou extensões inferiores aos indicados em projeto;

• na execução das marcas retas, qualquer desvio nas bordas excedendo 0,01m em 10m deverá ser corrigido;

• o termoplástico, depois de aplicado, deverá permitir a liberação do tráfego em 5 minutos;

• quando o pavimento for de concreto ou apresentar agregado exposto, deve-se fazer uma aplicação de uma camada de ligação antes da demarcação, de forma a criar um meio ligante entre o pavimento e o termoplástico.

e. Retrorrefletorização A retrorrefletorização inicial mínima da sinalização deverá ser de 220mcd/lx.m2 para demarcação na cor branca e 170mcd/lx.m2 para demarcação na cor amarela. 12.3.6. Controle de Qualidade O fornecedor ou fabricante do termoplástico deve ser responsável pela realização dos ensaios e testes que comprovem o cumprimento das premissas das normas técnicas e especificações citadas. a. Materiais Para garantia da qualidade dos materiais serão exigidos os "Certificados de Análise" com respectiva aprovação dos termoplásticos e microesferas de vidro a serem utilizados, emitidos por laboratório credenciado para tal. Somente após apresentação dos laudos é que se

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601

poderá iniciar os serviços; independente dos laudos, a Fiscalização poderá, a qualquer momento, coletar material para análise de suas características.

b. Execução

O controle de qualidade da aplicação é realizado no decorrer da implantação da sinalização, quando devem ser verificados os seguintes parâmetros:

• consumo de materiais;

• espessura do material aplicado;

• dimensões das faixas e sinais (largura e comprimento);

• linearidade das faixas;

• temperatura de aquecimento do material termoplástico;

• atendimento ao projeto de sinalização;

• retrorrefletorização integral das faixas e sinais. b.1. Espessura O material será colhido, durante a aplicação, pela Fiscalização, em chapa de folha de flandres, a intervalos determinados junto à saída do equipamento aplicador. Deverão ser retiradas amostras para verificação da espessura da película aplicada, desconsiderando-se os 5% iniciais e finais de carga. Deverão ser realizadas, no mínimo, 05 (cinco) medidas em cada amostra e o resultado deverá ser expresso pela média das medidas. O controle da espessura da película também será realizado diariamente, através da aferição da sapata utilizada para aplicação manual; tal aferição consistirá na medida da largura e da abertura da sapata, sendo realizada com utilização de paquímetro ou outro instrumento adequado. b.2. Refletorização O material colhido durante a aplicação, em chapa de folha de flandres, com as microesferas incorporadas, deverá ser medido com aparelhos apropriados. Deverão ser realizadas, no mínimo, 10 (dez) medidas em cada amostra e o resultado deverá ser expresso pela média das medidas. c. Durabilidade Independentemente dos ensaios e inspeções, e considerando-se volume de tráfego de até 20.000 veículos/faixa x dia, a durabilidade da sinalização implantada, deverá ser de:

• 12 (doze) meses para 100% de metragem total aplicada;

• 18 (dezoito) meses para 80% da metragem total aplicada;

• 24 (vinte e quatro) meses para 60% da metragem total aplicada. 12.3.7. Critérios de Medição e Pagamento a. Medição Os serviços de execução de pintura com material termoplástico aspergido serão medidos separadamente, da seguinte forma:

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• linhas de divisão de fluxo: pelo comprimento de faixa efetivamente pintada e atestada pela Fiscalização, expresso em metro (m), considerando-se tão somente o comprimento da superfície pintada (descontado o comprimento correspondente à interrupção da pintura), ou seja, dois terços da extensão coberta pela faixa;

• linha de aproximação: pela área da linha efetivamente pintada e atestada pela Fiscalização, expressa em metros quadrados (m²), calculada com base no comprimento e largura da pintura;

• faixa de circulação para portadores de necessidades especiais: pela área da superfície pintada, efetivamente trabalhada e atestada pela Fiscalização, expressa em metros quadrados (m²), ou seja, desconsiderando-se as faixas não pintadas entre as faixas pintadas.

b. Pagamento Os serviços serão pagos conforme os preços unitários contratuais, após verificação e aprovação da Fiscalização, que remuneram o fornecimento de materiais, perdas, transportes, mão de obra, equipamentos, eventuais e quaisquer outros recursos utilizados. 12.4. PLACAS DE SINALIZAÇÃO VERTICAL 12.4.1. Generalidades Esta especificação aplica-se ao fornecimento e montagem, seguindo as orientações do projeto ou da Fiscalização, de placas de chapa pintada, em aço carbono ou alumínio, estruturada com pontaletes, de forma que, fixadas ao solo, mantenham rigidez e posição permanente e apropriada, evitando que balancem, girem, ou que sejam deslocadas. Os serviços se referem ao fornecimento e montagem de placas de regulamentação, de advertência, de indicação/orientação e especiais. 12.4.2. Placas em Aço Carbono a. Generalidades Esta especificação fixa as condições básicas exigíveis para o fornecimento de placas fabricadas em aço carbono e impressas em processo serigráfico. b. Documentos complementares Na aplicação desta especificação é necessário consultar:

− NBR 5920 - "Bobinas e Chapas Finas Laminadas a Frio de Aço de Baixa Liga, Resistentes à Corrosão Atmosférica, Para Uso Estrutural - Requisitos";

− NBR 11033 - "Insumos - Preparação do Filme de Ligantes";

− NBR NM 87 - "Aços Carbono e Ligados Para Construção Mecânica - Designação e Composição Química".

c. Materiais c.1. Condições gerais As placas deverão ser fabricadas em chapas de aço carbono, com fundo em pintura eletrostática. Seus símbolos, letras, tarjas e orlas deverão ser impressos em processo serigráfico com tinta epóxi.

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Para confecção de placas serão utilizadas chapas finas, laminadas a frio, de aço de baixa liga e alta resistência mecânica, resistentes à corrosão atmosférica, conforme norma NBR 5920, na espessura de 1,52mm (MSG 18). c.1.1. Formas e dimensões - As formas (circulares, triangulares, retangulares / quadradas, octogonais) e dimensões das placas são indicadas no projeto. c.1.2. Furação - As placas deverão ser furadas antes de receberem tratamento. c.1.3. Tratamento - Depois de cortadas em suas dimensões finais e furadas, as chapas deverão ter as bordas lixadas e deverão receber tratamento que compreenda: desengraxamento, decapagem e fosfatização, com espessura de camada mínima igual a 5 micra. c.1.4. Acabamento - O acabamento final deverá ser feito com pintura eletrostática a pó poliéster, com o mínimo de 50 micra, na cor branca ou amarela na frente e preta no verso, com secagem em estufa à temperatura de 200ºC. Os símbolos, letras, números e tarjas deverão ser executados por processo silkscreen, utilizando-se tinta epóxi 2 componentes (KTP ou Saturno), brilhante, com secagem em estufa; nas placas especiais de parada de ônibus (E-3b) deverá ser utilizado vinil opaco de espessura 75 micras, para uso externo com garantia de 07 (sete) anos. c.2. Condições específicas c.2.1. Padrão de cor As cores das tintas têm as seguintes especificações no padrão Munsell:

• branco: N 9,5 (tolerância N 9,0);

• amarelo: 10 YR 7,0/14;

• verde: 10 G 3/8;

• azul: 5 PB 2/8;

• laranja: 2,5 YR 6/14;

• vermelho: 7,5 R 4/14;

• preto (verso da placa): N 1,0 (tolerância N 0,5 a 1,5). d. Controle de qualidade Para garantia da qualidade, todo material a ser fornecido deverá ser submetido previamente a uma inspeção visual, a ser efetuada pela Fiscalização, cabendo a esta o direito de recusar todo material que estiver com mau acabamento ou apresente algum defeito (irregularidades na pintura da placa, material amassado ou arranhado), ou com dimensões, formatos e mensagens em desacordo com o especificado. As placas deverão manter-se aceitáveis, de acordo com os padrões de qualidade fixados na presente especificação, durante um período de 03 (três) anos. Será exigido o controle de qualidade quanto à:

• corrosão da chapa;

• tonalidade da tinta;

• aderência da tinta.

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A critério da Fiscalização, as placas em aço carbono poderão ser ensaiadas em laboratório de acordo com as seguintes normas:

− NBR 6673 - "Produto Plano de Aço - Determinação das Propriedades Mecânicas à Tração";

− NBR 6153 - "Produto Metálico - Ensaio de Dobramento Semiguiado";

− NBR NM 87 - "Chapas de Aço Lisas Revestidas com uma Camada de Liga de Alumínio-zinco pelo Processo Contínuo de Imersão a Quente, Qualidades Comercial, de Perfilagem e Estampagem";

− NBR 11003 - "Tintas - Determinação da Aderência;

− Verificação da cor: Padrão Munsell; − ASTM-G-152 e 153 - "Resistência ao Intemperismo Artificial - 300 horas".

12.4.3. Placas em Chapa de Alumínio - Liga 5052 H38 a. Generalidades Esta especificação fixa as condições básicas exigíveis para o fornecimento de placas fabricadas em chapa de alumínio liga 5052 H38, espessura 1,5mm, com fundo pintado com tinta não refletorizada e letras, símbolos e tarjas em película refletiva. b. Documentos complementares

Na aplicação desta especificação é necessário consultar:

− NBR 8261 - "Tubo de Aço-Carbono, Formato a Frio, Com e Sem Solda, de Seção Circular, Quadrada ou Retangular para Usos Estruturais";

− NBR 7556 - "Alumínio e Suas Ligas - Chapas - Requisitos";

− NBR 7823 - "Alumínio e Suas Ligas - Chapas - Propriedades Mecânicas". c. Materiais c.1. Condições gerais As placas deverão ser fabricadas em alumínio, liga 5052 H38, espessura 1,5mm, com fundo pintado com tinta não refletorizada e letras, símbolos e tarjas em película refletiva. c.1.1. Formas e dimensões - As formas (circulares, triangulares, retangulares / quadradas, octogonais) e dimensões das placas são indicadas no projeto. c.1.2. Cores de fundo e tipo de película - As cores de fundo (frente) e os tipos de películas (película refletiva tipo A ou tipo B e película não refletiva) a serem adotados são indicados no projeto. c.1.3. Altura das letras - A altura das letras para as placas de indicação é indicada no projeto. c.1.4. Furação - As placas deverão ser furadas antes de receberem o tratamento. c.1.5. Tratamento - Depois de cortadas em suas dimensões finais e furadas, as chapas deverão ter as bordas lixadas e deverão receber tratamento que compreenda: desengraxamento, decapagem e fosfatização, com espessura de camada mínima igual a 5 micra. c.1.6) Acabamento - O acabamento final deverá ser feito com tinta não refletorizada e letras, símbolos e tarjas em película refletiva, na cor branca ou amarela na frente e preta no verso.

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c.2. Condições específicas c.2.1. Padrão de cor - As cores das tintas têm as seguintes especificações no padrão Munsell:

• branco: N 9,5 (tolerância N 9,0);

• amarelo: 10 YR 7,0/14;

• verde: 10 G 3/8;

• azul: 5 PB 2/8;

• laranja: 2,5 YR 6/14;

• vermelho: 7,5 R 4/14;

• preto (verso da placa): N 1,0 (tolerância N 0,5 a 1,5). d. Controle de qualidade Para garantia da qualidade, todo material a ser fornecido deverá ser submetido previamente a uma inspeção visual, a ser efetuada pela Fiscalização, cabendo a esta o direito de recusar todo material que estiver com mau acabamento ou apresente algum defeito (irregularidades na pintura da placa, material amassado ou arranhado) ou com dimensões, formatos e mensagens em desacordo com o especificado. As placas deverão manter-se aceitáveis, de acordo com os padrões de qualidade fixados na presente especificação, durante um período de 03 (três) anos. Será exigido o controle de qualidade quanto à:

• corrosão da chapa;

• tonalidade da tinta;

• aderência da tinta. A critério da Fiscalização, as placas de alumínio poderão ser ensaiadas em laboratório de acordo com as normas específicas em vigor, a saber:

− NBR 6599 - "Alumínio e Suas Ligas - Processos e Produtos - Terminologia";

− NBR 209 - "Alumínio e Suas Ligas - Composição Química";

− NBR 2107 - "Alumínio e Suas Ligas - Produtos Trabalháveis - Designações das Têmperas";

− NBR 7556 - "Alumínio e Suas Ligas - Chapas - Requisitos";

− NBR 7823 - "Alumínio e Suas Ligas - Chapas - Propriedades Mecânicas";

− NBR 14127 - "Alumínio e Suas Ligas - Tratamento de Superfície - Película Seca de Tintas e Vernizes - Determinação da Resistência ao Impacto";

− NBR 14947 - "Alumínio e Suas Ligas - Tratamento de Superfície - Polimerização de Tintas e Vernizes - Método de Ensaio";

− NBR 14891 - "Sinalização Vertical Viária - Placas". 12.4.4. Critérios de Medição e Pagamento a. Medição Todas as placas componentes da sinalização vertical (de indicação/orientação, de advertência e de regulamentação) serão medidas pela área de chapa fornecida, expressa em metro quadrado (m2), previamente aprovada e aceita pela Fiscalização; portanto, a área é calculada antes dos cortes a serem processados para a obtenção das dimensões estabelecidas no projeto.

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Assim, no caso de placas circulares (de regulamentação), hexagonais ("PARE"), triangulares ("Dê a Preferência") e losangulares (de advertência), a área a ser considerada é a do quadrado envolvente; também para as placas de indicação/orientação serão consideradas as perdas relativas aos cortes das chapas, respeitadas as dimensões mais próximas padronizadas e disponíveis no mercado. Não será objeto de medição em separado o fornecimento de acessórios (longarinas / abraçadeiras, porcas, parafusos, arruelas, fita de aço inoxidável e selo, etc.), necessários ao completo assentamento das placas; o preço de tal fornecimento deverá ser diluído nos preços de fornecimento e assentamento das placas. Será objeto de medição em separado, conforme especificação própria Suporte Simples e Braço Projetado em Aço Carbono Galvanizado, adiante apresentada, o fornecimento dos suportes verticais/braços, necessários ao completo assentamento das placas, de acordo com as indicações do projeto; tal medição será efetuada com base no comprimento, expresso em metro (m), de suporte efetivamente fornecido, previamente aprovado e aceito pela Fiscalização. Portanto, o comprimento a ser considerado é calculado antes dos cortes a serem processados para a obtenção das dimensões estabelecidas no projeto; o comprimento considerado inclui o segmento que será enterrado (ficha), para a boa fixação do suporte. b. Pagamento Os serviços serão pagos conforme os preços unitários contratuais, após verificação e aprovação da Fiscalização, que remuneram o fornecimento dos materiais (chapas metálicas, tintas, etc.), cortes das chapas, perdas, tratamento e pintura adequados das chapas, pintura de dizeres e legendas, transportes, mão de obra, equipamentos, eventuais e quaisquer outros recursos utilizados para o assentamento das placas. Os preços unitários remuneram ainda o fornecimento e transporte de acessórios (longarinas / abraçadeiras, porcas, parafusos, arruelas, fita de aço inoxidável e selo, etc.), necessários ao completo assentamento das mesmas. 12.5. SUPORTE SIMPLES E BRAÇO PROJETADO EM AÇO CARBONO

GALVANIZADO 12.5.1. Generalidades Esta especificação aplica-se ao fornecimento e implantação de suporte simples em aço carbono galvanizado, com costura, de seção circular e pontas lisas. Aplica-se ainda aos braços projetados, também em aço carbono galvanizado, para a fixação de placas suspensas (posicionadas dentro da faixa das pistas de rolamento, a 4,6m do piso). 12.5.2. Documentos Complementares Na aplicação desta especificação é necessário consultar:

− NBR 8261 - "Tubos de Aço-carbono, Formato a Frio, Com e Sem Solda, de Seção Circular, Quadrada ou Retangular Para Usos Estruturais".

12.5.3. Materiais a. Condições gerais Os suportes a serem utilizados deverão ser em tubos de aço carbono SAE 1010/1020, galvanizados a quente, grau C, seção circular, com costura e pontas lisas. b. Condições específicas

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b.1. Dimensionamento Serão utilizados suportes com φ 1,5", φ 3" e φ 4". Para as placas suspensas deverão ser

adotados suportes com φ 5" e braço projetado com φ 4". b.2. Fixação A altura livre em relação ao solo será de 3,00m (mínimo) e a profundidade de cravamento será de 0,50m. b.3. Controle de qualidade Para garantia da qualidade, todo material a ser fornecido deverá ser submetido previamente a uma inspeção visual, a ser efetuada pela Fiscalização, cabendo a esta o direito de recusar todo material que estiver com mau acabamento ou apresente algum defeito (irregularidades, amassado ou arranhado) ou com dimensões em desacordo com o especificado. 12.5.4. Critérios de Medição e Pagamento a. Medição

O fornecimento de suportes verticais e braços projetados para o assentamento de placas será medido com base no comprimento, expresso em metro (m), de suportes/braços efetivamente fornecidos, previamente aprovados e aceitos pela Fiscalização. O comprimento a ser considerado é calculado antes dos cortes a serem processados para a obtenção das dimensões estabelecidas no projeto; o comprimento considerado inclui o segmento que será enterrado (ficha), para a boa fixação do suporte. Não será objeto de medição em separado o fornecimento de acessórios (longarinas / abraçadeiras, porcas, parafusos, arruelas, fita de aço inoxidável e selo, etc.), necessários ao completo assentamento das placas; o preço de tal fornecimento deverá ser diluído nos preços de fornecimento e assentamento das placas. b. Pagamento

Os serviços serão pagos conforme os preços unitários contratuais, após verificação e aprovação da Fiscalização, que remuneram o fornecimento dos materiais (suportes e braços metálicos), cortes, perdas, tratamento e pintura adequados, transportes, mão de obra, equipamentos, eventuais e quaisquer outros recursos utilizados. 12.6. TACHÕES BIDIRECIONAIS 12.6.1. Generalidades Esta especificação tem por objetivo estabelecer as condições básicas exigíveis para o fornecimento e assentamento de tachões bidirecionais (com dois elementos refletivos), elementos integrantes do sistema de sinalização horizontal da via, afixados à superfície do pavimento através de pinos e cola. 12.6.2. Materiais a. Tachões e acessórios

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Os tachões a serem empregados terão formato retangular, com bordas abauladas, sem quinas retas, e serão assim constituídos:

• dimensões externas dos tachões: 240 (±10) x 155 (±5) x 50 (±2,5)mm;

• número de pinos de fixação: 02 (dois);

• espaçamento entre pinos: 120 (±10)mm;

• largura mínima do elemento refletivo: 14mm;

• comprimento mínimo do elemento refletivo:1100mm;

• pino de fixação: φ 1/2", de aço carbono;

• comprimento externo do pino de fixação: 50 (±5)mm;

• comprimento total do pino de fixação: 95 (±5)mm. a.1. Requisitos mínimos / características das peças (tachões) As peças (tachões) deverão ser submetidas a ensaios de resistência à compressão e retrorrefletância, conforme a seguir:

• Resistência à compressão: - aparelhagem: a máquina para ensaio poderá ser de qualquer tipo, de capacidade

suficiente e que possibilite a aplicação de carga contínua e sem choques; - requisitos: as peças deverão suportar uma carga mínima de 10.000kgf.

• Retrorrefletância: - requisitos: os valores mínimos do Coeficiente de Intensidade Luminosa (CIL) são os

indicados no quadro a seguir.

VALORES MÍNIMOS DO COEFICIENTE DE INTENSIDADE LUMINOSA (CIL)

Ângulo de Entrada

V = 0º V = 0º V = 0º V = 0º

H = 15º H = 10º H = 10º H = 10º

Esquerda e Direita

Esquerda e Direita

Esquerda e Direita

Esquerda e Direita

Ângulo de Observação 2º 1º 0,5º 0,3º

Retrorrefletância (mcd/lx.m2;micro candela/lux.m2)

5 20 60 100

Os fatores de correção da reflexão, em função da cor do retrorrefletor, são dados na tabela a seguir.

COR BRANCO AMARELO

Fator de Multiplicação 1,0 0,5

• Cor: - Requisitos: os tachões deverão seguir o Padrão Munsell e deverão ser comparados

visualmente com a tonalidade correspondente.

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a.2. Requisitos mínimos / características da cola para fixação das peças (tachões) A cola a ser utilizada no assentamento e fixação das peças deverá ser sintética, com dois componentes, pré-acelerada, à base de resina de poliéster, devendo apresentar propriedades adequadas de forma a possibilitar:

• alta aderência em pavimentos asfálticos;

• não sofrer retração após a cura, de forma a evitar que se formem vazios entre as peças e o pavimento e a movimentação do pino de fixação;

• tempo máximo de cura deverá ser de 60 minutos; b. Composição do corpo das peças

O corpo das peças deverá ser de resina sintética‚ à base de poliéster ou plástico acrílico tipo metilmetacrilato, preenchido por composto de alta aderência ou qualquer outro material plástico, desde que apresente alta resistência à compressão (o tipo de material necessário à estrutura interna das peças ficará a critério do fabricante). c. Cor

As peças deverão ser pintadas, obedecendo ao Padrão Munsell, na cor específica, da seguinte forma:

• branco: N 9,5, obedecida a tolerância N 9,0;

• amarelo: 10 YR 7,5/14, obedecida a tolerância 10 YR 8/16. d. Elementos de fixação

Os tachões retangulares deverão apresentar furação para dois pinos de fixação. Tais pinos devem ser embutidos no corpo da peça e apresentar superfície rosqueada, de forma a permitir melhor aderência do pino no material de fixação (cola) e no pavimento. e. Elementos refletivos

Os elementos refletivos deverão atender aos seguintes requisitos:

• ser compostos por uma ou mais unidades óticas, da mesma cor da peça, e perfeitamente embutidos nas mesmas;

• deverão manter a reflexão durante o período de garantia da peça e deverão estar perfeitamente embutido no corpo do tachão;

• deverão resistir aos impactos dos pneumáticos e às condições ambientais (intempéries‚ poluição, etc.).

12.6.3. Execução / Assentamento a. Limpeza do pavimento A superfície do pavimento que receberá o tachão deve ser limpa para a retirada de todos os resíduos e manchas de óleo porventura existentes e, ainda, deve ser seca, previamente à furação para o assentamento da peça. b. Pré-marcação A marcação dos locais a perfurar no pavimento para o assentamento das peças deverá ser efetuada com o auxílio de gabaritos, seguindo rigorosamente as indicações do projeto no que se refere ao posicionamento e espaçamento.

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c. Furação do pavimento A furação do pavimento propriamente dita deverá ser feita com broca, acoplada a um martelete acionado por ar comprimido ou corrente elétrica, ou outro equipamento a critério da Fiscalização. O furo deverá ter a profundidade suficiente para abrigar o pino de fixação com folga. d. Limpeza dos furos no pavimento Deverá ser feita a limpeza dos furos, utilizando-se ar comprimido, para que não fiquem resíduos que prejudiquem a aderência do material de fixação (cola) ao pavimento. e. Assentamento e fixação das peças Para o assentamento e fixação das peças deverão ser atendidos os seguintes requisitos:

• o assentamento e fixação das peças deverão ser realizados com quantidades de material suficientes para que as peças não se desprendam do pavimento posteriormente;

• as peças instaladas devem permanecer intactas durante o tempo de pega do material de fixação, para uma perfeita aderência ao pavimento;

• após a instalação da peça, deverá ser recolhida toda sobra de materiais resultantes dos serviços realizados.

12.6.4. Controle de Qualidade a. Execução

Para garantia da qualidade dos serviços, serão exigidos os "Certificados de Análise" com respectiva aprovação das peças a serem utilizadas, emitidos por laboratório credenciado para tal. b. Durabilidade

Independentemente dos ensaios e inspeções, a durabilidade das peças fornecidas e/ou implantadas, bem como do retrorrefletor, deverá ser de 2 (dois) anos, no que diz respeito a deslocamento, quebra e desprendimento do pavimento. 12.6.5. Critérios de Medição e Pagamento a. Medição

Os serviços de fornecimento e assentamento de tachões serão medidos pela quantidade de tachões, em unidade (un), efetivamente implantada. Não será objeto de medição em separado o fornecimento de acessórios (pinos) e cola para fixação das peças / tachões no pavimento. b. Pagamento

Os serviços serão pagos conforme os preços unitários contratuais, após verificação e aprovação da Fiscalização, que remuneram o fornecimento de todos os materiais (tachões, e

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acessórios, cola para fixação, etc.), perdas, transportes, mão de obra, equipamentos, eventuais e quaisquer outros recursos utilizados para o completo assentamento e fixação das peças no pavimento. 12.7. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA PARA PEDESTRES 12.7.1. Generalidades A presente especificação aplica-se à sinalização semafórica para pedestres, constituída de grupos focais pedestres com lâmpadas LED (Light Emitting Diod)e contador regressivo auxiliar TEMPASS. 12.7.2. Documentos Complementares Na aplicação desta especificação é necessário consultar as seguintes normas técnicas, publicadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas):

− NBR 7995 - "Sinalização Semafórica - Grupo Focal Semafórico em Alumínio";

− NBRIEC 60529 - "Graus de Proteção para Invólucros de Equipamentos Elétricos (Código IP)".

12.7.3. Materiais a. Condições gerais a.1. Definições Lâmpada LED é o conjunto formado pelos seguintes elementos:

• placas de circuito impresso com circuitos de diodos LED;

• fonte de alimentação;

• proteções mecânicas e elétricas;

• terminais de conexão;

• lente;

• caixa de acondicionamento (carcaça).

a.2. Requisitos mínimos O grupo focal pedestre com lâmpada LED e contador regressivo auxiliar deverá ser formado por 2 (dois) módulos que funcionalmente são idênticos aos focos de um semáforo para pedestre. Os diodos LED deverão utilizar tecnologia AlInGaP (Alumínio, Índio, Gálio e Fósforo) para a cor vermelha e a tecnologia InGaN (Índio, Gálio e Nitrogênio) para a cor verde. O encapsulamento do diodo LED deverá ter proteção UVA e deverá ser incolor, não tingido. b. Condições específicas b.1. Requisitos mínimos / características gerais Os requisitos mínimos / características gerais a serem observados são sintetizados a seguir:

• o grupo focal deverá possuir cabo de alimentação de seção mínima de 1,5mm², com comprimento de pelo menos 50cm, com a terminação do cabo para fixação em barras de bornes de 2,5mm²;

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• os cabos de alimentação do grupo focal deverão ser colocados em conformidade com as cores das lâmpadas (verde ou vermelho);

• as lentes deverão ser incolores, de material em policarbonato não reciclado, com proteção UV, devendo suportar, sem danos, uma exposição solar direta por um período superior a 5 (cinco) anos;

• a superfície externa da lente deverá ser lisa e polida, para evitar o acúmulo de poeira;

• o pictograma deverá ser obtido diretamente pela disposição dos LED's sobre a placa de circuito impresso;

• a distribuição e ligações em série dos diodos LED (circuito LED) deverão ser feitas de maneira que a falha de um circuito não resulte na desconfiguração do pictograma;

• os pictogramas deverão estar em conformidade com o desenho do grupo focal para pedestres;

• o foco vermelho, além do seu pictograma tradicional, deverá adicionalmente sinalizar o tempo restante da travessia, através de um display numérico, com, no mínimo, dois dígitos na cor verde. Este tempo deverá ser medido a cada ciclo e mostrado no ciclo seguinte com o valor inicial do contador regressivo;

• o foco verde, que deverá ser do mesmo padrão do vermelho, é composto pelo pictograma tradicional em LED's.

b.2. Requisitos mínimos / características elétricas Os requisitos mínimos/características elétricas a serem observados são sintetizados a seguir:

• a alimentação elétrica nominal dos grupos focais pedestre a LED e contador regressivo auxiliar deverá ser de 127 ou 220Vca, com tolerância de ±20% e freqüência da rede de 60 Hz ±5%;

• a alimentação elétrica dos grupos focais pedestre, através da saída dos controladores, deverá ser feita por chaves contatoras ou chaveamento eletrônico (Triacs). No caso da utilização de Triacs, deverá ser levada em consideração a possível influência que o circuito de proteção (Snobber) do controlador poderá ter sobre o funcionamento dos grupos focais;

• o projeto do grupo focal pedestre LED com contador regressivo auxiliar deverá levar em consideração as características funcionais de operação em modo piscante e o circuito de monitoração de verde conflitante existentes em alguns controladores de tráfego;

• a distribuição dos diodos nos circuitos LED deverá permitir operação normal para a condição de falha de até 10% dos LED's;

• qualquer anomalia em um diodo LED não deverá resultar em apagamento superior a 5% do total de diodos LED;

• a potência nominal de cada um dos módulos deverá ser igual ou inferior a 12W, na tensão nominal de 220Vca;

• o fator de potência não deverá ser inferior a 0,90, quando operada em condição nominal de tensão e temperatura para pictograma verde e 0,4 para pictograma vermelho;

• o grupo focal para pedestre LED e contador regressivo auxiliar deverá possuir proteção contra transientes, surtos de tensão na alimentação e outras interferências elétricas;

• o grupo focal para pedestre LED e contador regressivo auxiliar deverá operar na temperatura ambiente de -10ºC a 40ºC e umidade relativa do ar de até 90%, sem prejuízo para os seus componentes.

b.3. Requisitos mínimos / características fotométricas A intensidade luminosa dos pictogramas deverá ser igual ou superior aos valores mínimos definidos no quadro a seguir.

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INTENSIDADE LUMINOSA MÍNIMA - LÂMPADA LED PEDESTRE

Ângulo Vertical (em relação ao ângulo central)

Ângulo Horizontal (em relação ao

eixo central)

Intensidade Luminosa (Candela)

Vermelho Verde

-5

0 90 100

± 15 30 50

± 25 10 10

A cor dominante emitida pelos pictogramas do grupo focal pedestre LED deverá obedecer aos intervalos especificados na tabela a seguir.

COR DOMINANTE

Cor Comprimento de Onda

(λ – nm)

Vermelho 620 - 680

Verde 490 - 510

b.4. Fixação Os grupos focais para pedestre a LED deverão ser fixados na portinhola dos grupos focais. A implantação e/ou substituição do grupo focal deverá ser simples, de fácil manuseio, sem a necessidade de procedimentos especiais ou desmontagens dos grupos focais em campo. No caso da necessidade de um posicionamento específico para a sua instalação, esta deverá apresentar uma indicação inequívoca, que facilite seu posicionamento correto. b.5. Proteção mecânica A proteção mecânica deverá observar os seguintes requisitos mínimos:

• o grupo focal pedestre LED deverá possuir uma proteção mecânica do tipo "carcaça", que não permita acesso ao circuito, para se evitar curtos-circuitos, choques elétricos, danificações por contato, etc.;

• a proteção deverá ter robustez compatível com os grupos focais convencionais, fabricada em material de PVC ou policarbonato;

• o grupo focal pedestre LED deverá satisfazer plenamente as recomendações da norma técnica NBRIEC 60529, publicada pela ABNT;

• o encapsulamento dos diodos LED deverá ser resistente à radiação ultravioleta;

• o grupo focal pedestre LED deverá ser projetado de maneira a garantir seu adequado funcionamento nas diversas condições de meio ambiente externo, tais como chuvas, ventos, insolação direta sobre os grupos focais, vibrações mecânicas, etc.

b.6. Funcionamento Durante o intervalo em que o foco verde estiver energizado deverá ficar aceso o pictograma correspondente e, no outro foco, um display de no máximo 2 dígitos na cor verde mostrará o tempo restante da travessia, com resolução de um segundo. O tempo mostrado no início de cada período verde deverá ser o tempo apreendido no ciclo anterior. Exige-se uma precisão mínima de 500 ppm (quinhentos partes por milhão) nas indicações do contador regressivo, de forma a se ter sempre a mesma indicação em vários grupos focais pedestre conectados em paralelo a uma mesma saída do controlador de trânsito.

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Caso o tempo regressivo supere a capacidade do display, este deverá indicar seu valor máximo (99 para um display de 2 dígitos). Caso o tempo regressivo, apreendido num ciclo, seja inferior a 3 segundos, o software do equipamento deverá desprezá-lo, mantendo o último valor válido. O software do equipamento deverá manter o valor do tempo regressivo, mesmo na falta de energia elétrica, por um período mínimo de 6 horas. b.7. Testes de tipo O fornecedor deverá, quando do fornecimento do equipamento, atestar que este foi submetido a testes comprobatórios de qualidade. Para tanto, deverão ser apresentados laudos e/ou certificados comprobatórios do atendimento dos testes de tipo abaixo discriminados. Estes documentos deverão ser emitidos por entidades qualificadas para a realização destes ensaios (universidades, institutos, laboratórios, etc.), cuja idoneidade e competência técnica sejam comprovadamente reconhecidas em âmbito nacional e/ou internacional. Caso a entidade realize ensaios em laboratórios terceirizados, devem constar no laudo a descrição dos ensaios e o laboratório que os realizou. Deverão ser realizados os seguintes ensaios: b.7.1.Burn-in/funcionamento - Os grupos focais pedestres LED deverão ser energizados permanentemente (ciclo operacional de 100%), por um período mínimo de 24 horas, à temperatura de 60ºC. Após o período de burn-in, deverá ser atestado o funcionamento nas condições operacionais de temperatura de 25ºC e faixas de tensão especificadas no subitem b.3 Requisitos Mínimos / Características Fotométricas, anterior, do presente subitem. b.7.2. Inspeção dimensional - Consiste da verificação das medidas dimensionais das peças que compõem o grupo semafórico amostral e da análise de conformidade. b.7.3. Intensidade luminosa - Esse teste tem a função de medir a intensidade luminosa. O foco e o medidor deverão estar montados em um goniômetro e distanciados 4m entre si. Para cada par de ângulos indicados no quadro Intensidade Luminosa Mínima/Lâmpada LED Pedestre (subitem b.3 Requisitos Mínimos / Características Fotométricas, anterior, do presente subitem) e para cada amostra de 200mm, o foco deverá ser energizado e a medição efetuada. Desligar o foco para reajustar o ângulo e repetir o procedimento. Os resultados, após a correção da medida pela distância entre a amostra e o medidor, deverão ser superiores aos valores do quadro supracitado. b.7.4. Fator de potência - Após o período de burn-in, deverá ser medido o fator de potência do grupo focal pedestre, cujo valor deverá estar de acordo com o subitem b.3 Requisitos Mínimos / Características Fotométricas, anterior, do presente subitem. b.7.5. Potência nominal da corrente de consumo - As medidas deverão ser feitas nas condições operacionais de temperatura a 25ºC e estar de acordo com o subitem b.3 Requisitos Mínimos / Características Fotométricas, anterior, do presente subitem. b.7.6. Cromaticidade - Após o período de burn-in, deverá ser verificado o comprimento de onda da cor dominante no espectro da luz emitida conforme indicado no quadro Cor Dominante, anterior, do presente subitem. A medição deverá ser realizada nas condições operacionais de temperatura a 25ºC e tensão nominal.

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b.7.7. Imunidade a transiente - As amostras deverão ser submetidas a uma tensão de 300Vca (valor eficaz de corrente alternada), por um período de 10 segundos, após o qual deverá ser verificado o seu funcionamento. b.7.8. Resistência a calor - Os grupos focais deverão ser submetidos a um choque térmico, com ciclo de variação da temperatura entre -10º C a 60ºC e umidade relativa do ar de 90%. Deverão ser feitos, no mínimo, 10 ciclos de 30 minutos de elevações e 30 minutos de decréscimos. Após o choque térmico, deverá ser verificada a intensidade luminosa nos seguintes pontos de medida:

• ponto 1: ângulo vertical (abaixo) = -5º;

• ângulo horizontal (eixo central) = 0º;

• ponto 2: ângulo vertical (abaixo) = -5º;

• ângulo horizontal (eixo central) = +15º. b.7.9. Amostra para ensaio - Os ensaios de tipo deverão ser realizados em um conjunto mínimo de 1 (um) grupo focal para pedestres a LED com contador regressivo auxiliar. c. Controle de qualidade c.1. Testes de rotina Em todos os grupos focais deverão ser realizados testes de rotina para verificação da uniformidade e do padrão de qualidade do processo de produção. Os laudos e/ou certificados comprobatórios do atendimento dos testes de rotina deverão ser emitidos por entidades qualificadas para a realização destes ensaios (universidades, institutos, laboratórios, etc.), cuja idoneidade e competência técnica sejam comprovadamente reconhecidas em âmbito nacional e/ou internacional. Caso a entidade realize ensaios em laboratórios terceirizados, devem constar no laudo a descrição dos ensaios e o laboratório que os realizou. O conjunto mínimo de testes de rotina consiste em:

• testes de inspeção visual;

• burn-in;

• funcionamento;

• intensidade luminosa. A verificação da intensidade luminosa deverá ser feita, pelo menos, para o conjunto de pontos de medida especificados nos testes de resistência ao calor. c.2. Qualidade e identificação O grupo focal deverá ser inequivocamente identificado, através de um selo de identificação e qualidade, que será utilizado para controle de manutenção e garantia. O selo de identificação e qualidade deverá ser de material indelével e resistente às condições de operação da lâmpada, não devendo sofrer qualquer tipo de degradação, rasura e/ou descolamento ao longo do período de garantia. O selo de identificação e qualidade deverá conter, pelo menos, as seguintes informações:

• número de série / lote de fabricação;

• identificação do fabricante e do produto;

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• potência e tensão;

• conformidade aos testes de rotina. c.3. Garantia O fornecedor deverá assegurar o perfeito funcionamento das lâmpadas LED contra defeitos de fabricação, materiais e mão de obra, por um prazo mínimo de garantia de 24 (vinte e quatro) meses. A data de referência inicial para o prazo de garantia deverá ser a data da efetiva implantação dos grupos focais em campo. Para efeito de substituição das lâmpadas LED com defeito deverão ser consideradas somente as falhas e/ou defeitos intrínsecos ao funcionamento e que venham a ocorrer em situação de condições normais de operação. Falhas e/ou defeitos decorrentes de eventos externos, faltos de aterramento, descarga atmosféricas ou falhas nas instalações ou má utilização e conservação não deverão ser considerados para efeito de garantia. 12.7.4. Critérios de Medição e Pagamento a. Medição O fornecimento e assentamento de grupo focal pedestre com lâmpada LED e contador regressivo auxiliar TEMPASS será medido por unidade efetivamente fornecida e assentada, previamente aprovada e aceita pela Fiscalização. Não será objeto de medição em separado o fornecimento de acessórios (longarinas / abraçadeiras, porcas, parafusos, arruelas, fita de aço inoxidável, etc.) necessários ao completo assentamento dos suportes e demais elementos que compõem o grupo focal; o preço de tal fornecimento deverá ser diluído no preço de fornecimento e implantação do grupo focal. b. Pagamento

Os serviços serão pagos conforme os preços unitários contratuais, que remuneram o fornecimento dos materiais (suportes e braços metálicos), cortes, perdas, tratamento e pintura adequados, transportes, mão de obra, equipamentos, eventuais e quaisquer outros recursos utilizados.

12.8. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA PARA VEÍCULOS

12.8.1. Generalidades A presente especificação aplica-se à sinalização semafórica para veículos, constituída de grupo focal veicular em policarbonato e lâmpada LED (Light Emitting Diod) com sinalizador auxiliar TEMPASS. 12.8.2. Documentos Complementares

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Na aplicação desta especificação é necessário consultar as seguintes normas técnicas, publicadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas):

− NBR 5410 - "Instalações Elétricas de Baixa Tensão";

− NBR 7995 - "Sinalização Semafórica - Grupo Focal Semafórico em Alumínio";

− NBR 8094 - "Material Metálico Revestido e Não Revestido - Corrosão por Exposição à Névoa Salina - Método de Ensaio";

− NBR 10065 - "Elementos de Fixação de Aço Inoxidável e Aço Resistente à Corrosão - Especificação";

− NBR 5419 - "Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas";

− NBRIEC 60529 - "Graus de Proteção para Invólucros de Equipamentos Elétricos (Código IP)".

12.8.3. Materiais a. Condições gerais a.1. Definições As seguintes definições são aplicáveis à presente especificação:

• "Grupo focal veicular em policarbonato LED e sinalizador auxiliar": conjunto formado por 3 (três) lâmpadas a LED 200mm, (sendo uma verde, uma amarela e uma vermelha), 10 (dez) lâmpadas de 100mm LED (sendo cinco verdes e cinco vermelhas), um anteparo e um controlador com software;

• "Grupo focal semafórico veicular com lâmpada LED": conjunto formado por 3 (três) lâmpadas a LED 200mm, (sendo uma verde, uma amarela e uma vermelha) acondicionadas em caixas em policarbonato, padrão ABNT, próprias para operação em ambiente externo;

• "Sinalização auxiliar regressiva": conjunto formado pelas unidades ópticas laterais esquerda e direita a LED, sendo 10 (dez) lâmpadas de 100mm (sendo cinco verdes e cinco vermelhas), acondicionadas em caixa de alumínio, próprias para operação em ambiente externo, fixadas no painel;

• "Interface para controlador de sinalização auxiliar": conjunto formado pelos seguintes elementos: - placas de circuito impresso com controle de sinalização auxiliar; - proteções mecânicas e elétricas; - terminais de conexão; - caixa para acondicionamento; - software.

a.2. Requisitos mínimos O grupo focal LED, além de seu funcionamento normal, possui 5 (cinco) lâmpadas a LED de 100mm que acendem junto com a lâmpada de 200mm e vão apagando em intervalos de tempos iguais, de acordo com o tempo de fase (verde ou vermelho) ou via programação do controlador de trânsito eletrônico. Cada conjunto óptico veicular a LED e o conjunto auxiliar deverão ser interligados com cabos de alimentação de seção mínima de 1,5mm², com a terminação do cabo para fixação em barras de bornes de 2,5mm² em conectores modulares. O grupo focal veicular LED com sinalização auxiliar deve funcionar em qualquer controlador de trânsito eletrônico nacional ou internacional (exemplos: Tesc, Digicon, Datapron e Peek).

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Os diodos LED deverão utilizar tecnologia AlInGaP (Alumínio, Índio, Gálio e Fósforo) para a cor vermelha e a tecnologia InGaN (Índio, Gálio e Nitrogênio) para a cor verde. O encapsulamento do diodo LED deverá ter proteção UVA e deverá ser incolor, não tingido. b. Condições específicas b.1. Requisitos mínimos / características gerais Os requisitos mínimos / características gerais a serem observados são sintetizados a seguir:

• a alimentação dos grupos focais auxiliares deverá ser feita através de 2 cabos de 6 vias x 1,5mm² partindo da placa de interface até os focos;

• a interface do grupo focal veicular a LED com sinalizador auxiliar deverá ter: − vedação mecânica tipo carcaça que não permita o acesso ao circuito, evitando-se

curto-circuito, choque elétrico, danos por contato, intempéries, dentre outros; − alimentação exclusiva de um cabo de 5 vias (vermelho - amarelo - verde - comum

- sincronismo) vindo do controlador de tráfego;

• sob nenhuma hipótese será permitida a energização do grupo focal auxiliar por outros alimentadores que não o do grupo semafórico de mesma cor.

A caixa dos grupos focais de 200mm deve ser de policarbonato e deve atender às seguintes exigências:

• a caixa blindada de concepção modular deve possuir dispositivo que permita a ligação da fiação externa, de modo a não comprometer a hermeticidade da mesma. Deve ter portinhola contendo orifícios, guias, ressaltos e reforços necessários para a fixação de cobre-focos e lentes, devendo abrir-se girando sobre dobradiças da direita para a esquerda, tomando-se como referência um observador frontal. Seu fechamento deve ser feito através de fecho simples, sem uso de ferramenta especial, de modo a garantir a vedação da caixa blindada;

• as lentes dos blocos semafóricos deverão ser incolores e do tipo Fresnel;

• as lentes deverão ser de policarbonato, com proteção UVA, devendo suportar, sem danos, uma exposição solar direta por um período não inferior a 5 (cinco) anos;

• a superfície externa da lente deverá ser lisa e polida para evitar o acúmulo de poeira;

• todos os acessórios utilizados na fixação dos elementos componentes da caixa blindada, tais como fechos, parafusos, travas, etc. devem ser conforme a Norma Técnica da ABNT NBR 10065 - "Elementos de Fixação de Aço Inoxidável e Aço Resistente à Corrosão - Especificação";

• os parafusos não devem possuir rosca soberba, de forma a permitir sua reutilização;

• todas as suas partes devem ser lisas e isentas de falhas, rachaduras, bolhas de fundição ou outros defeitos;

• não poderá permitir a infiltração de poeira e umidade nas partes óticas e elétricas da caixa blindada, devendo ser prevista proteção, através de guarnições de borracha e filtro de bronze poroso para respiro;

• a caixa e a portinhola devem ser de policarbonato e atender aos seguintes requisitos mínimos: - características físicas e químicas:

densidade: 1,19 a 1,21 g/cm³;

identificação do polímero: constar apenas policarbonato; - características mecânicas da caixa blindada:

limite de resistência à tração:

limite elástico: > 60 MPa;

tensão de ruptura: > 63 MPa;

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alongamento no limite elástico: < 10%;

alongamento na ruptura: > 80%;

limite de resistência à flexão: > 80 MPa;

módulo de flexão: > 2200 MPa;

resistência ao impacto:

IZOD (3,2mm): 600 a 850 J/m. - Ensaios nas peças acabadas:

verificação visual;

verificação dimensional;

estanqueidade a água.

• as caixas blindadas devem ter as cores definidas no processo de produção, mantendo-se inalteradas mesmo em exposição solar (raios ultravioletas), ozona e/ou abrasão dos ventos;

• o acabamento externo e interno das caixas blindadas deverá ser na cor preta e todas as suas partes devem ser lisas e isentas de falhas, rachaduras ou outros defeitos;

• a caixa blindada de concepção modular deverá possuir dispositivo que permita a ligação da fiação externa, de modo a não comprometer a hermeticidade das mesmas;

• as caixas blindadas deverão possuir vedação contra água e poeira;

• as caixas blindadas, quando ensaiadas para verificação da hermeticidade, não deverão conter mais do que 5cm³ de água no interior dos 3 focos, no ensaio de estanqueidade;

• cada caixa blindada deverá ter uma portinhola fabricada com o mesmo material, contendo orifícios, guias, ressaltos e reforços necessários para a fixação de cobre-focos e lentes;

• os parafusos não poderão ser auto-atarrachantes, de forma a permitir a sua reutilização. Casos de exceção deverão ser submetidos a aprovação prévia;

• a tampa poderá ser de alumínio. Deverão existir cobre-focos individuais para cada foco, cobrindo ¾ superiores da circunferência do mesmo, com a finalidade de reduzir a intensidade luminosa externa e impedir visão lateral, confeccionados em policarbonato, com espessura mínima de 1mm. Os anteparos (shadows) deverão ser confeccionados em material não corrosível, com acabamento na cor preta fosca, de modo a serem fixados nos grupos focais de 200mm e os auxiliares de 100mm, fixados em braços projetados. b.2. Requisitos mínimos / características elétricas Os requisitos mínimos / características elétricas a serem observados são sintetizados a seguir:

• a alimentação elétrica deverá ter valor de tensão nominal de 127 Vca (valor eficaz de corrente alternada) ou 220 Vca com tolerância de ± 20%, freqüência de 60 Hz ± 5%;

• a alimentação elétrica deverá ser feita através da saída dos controladores, por chaves contatoras ou chaveamento eletrônico (Triacs);

• o projeto do grupo focal deverá levar em consideração as características funcionais de operação em modo piscante e o circuito de monitoração de verde conflitante, existentes em alguns controladores de tráfego;

• a distribuição dos diodos nos circuitos LED no conjunto óptico deverá permitir operação normal para a condição de falha de até 10% nos conjuntos veiculares e nos conjuntos auxiliares;

• qualquer anomalia em um diodo LED não deverá resultar em apagamento superior a 3% do total de diodos LED nos conjuntos ópticos veiculares 200mm;

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• a potência nominal de cada conjunto óptico veicular e o conjunto óptico auxiliar dever ser igual ou inferior a 20W e 8W respectivamente, para a tensão de 127 ou 220Vca. No caso da lâmpada amarela, admite-se até uma potência não superior a 25W;

• o fator de potência não deve ser inferior a 0,90 (exceto para conjunto óptico auxiliar);

• o grupo focal veicular LED com sinalizador auxiliar deverá possuir proteção contra transientes, surtos de tensão na alimentação e outras interferências elétricas, de acordo com as Normas Técnicas da ABNT, NBR 5419 - "Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas" e NBR 5410 - "Instalações Elétricas de Baixa Tensão";

• o grupo focal veicular LED com sinalizador auxiliar deverá operar na temperatura ambiente de -20°C a 50°C e umidade relativa do ar de até 90%, sem prejuízo para os seus componentes.

b.3. Requisitos mínimos / características fotométricas A intensidade luminosa mínima dos pictogramas para os módulos focais a LED 200mm deverá atender aos valores estabelecidos no quadro a seguir:

INTENSIDADE LUMINOSA MÍNIMA - MÓDULOS FOCAIS A LED - 200mm

Ângulo Vertical (em relação ao ângulo central)

Ângulo Horizontal (em relação ao

eixo central)

Intensidade Luminosa (Candela)

Vermelho Amarelo Verde

-2,5º ±2,5 400 400 500

-5º ±10 300 300 400

-10 ±20 55 55 70

-15º ±20 30 30 30

A intensidade luminosa mínima para os módulos focais a LED do grupo auxiliar deverá atender aos valores estabelecidos no quadro a seguir:

INTENSIDADE LUMINOSA MÍNIMA - MÓDULOS FOCAIS A LED - GRUPO AUXILIAR

Ângulo Vertical (em relação ao ângulo central)

Ângulo Horizontal (em relação ao

eixo central)

Intensidade luminosa (Candela)

Vermelho Verde

-2,5º ±2,5 80 120

-5º ±10 50 90

-10 ±20 10 50

-15º ±20 5 5

A cor dominante do grupo focal semafórico veicular a LED com sinalização auxiliar regressiva deverá atender aos intervalos especificados no quadro a seguir:

COR DOMINANTE

Cor Comprimento de Onda

(λ – nm)

Vermelho 620 - 680

Amarelo 585 - 605

Verde 490 - 510

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b.4. Fixação A fixação dos grupos focais deve ser feita em braço projetado, constituído por um único suporte, confeccionado em alumínio. O suporte deve ser tipo basculante, a fim de posicionar o grupo focal veicular projetado na melhor visão do motorista. A caixa da interface eletrônica deve ser instalada na coluna onde estiver o braço projetado que o grupo focal for instalado. b.5. Proteção mecânica do conjunto óptico Os conjuntos ópticos a LED veiculares e os conjuntos ópticos auxiliares a LED deverão possuir uma proteção mecânica do tipo "carcaça", que não permita acesso ao circuito, para se evitar curtos-circuitos, choques elétricos, danificações por contato, etc. A proteção deverá ter robustez compatível com os grupos focais convencionais, fabricada em material de PVC ou policarbonato. O grupo focal LED deverá ser projetado de maneira a garantir seu adequado funcionamento nas diversas condições de meio ambiente externo, tais como: chuvas, ventos, insolação direta sobre os grupos focais, vibrações mecânicas, etc. b.6. Funcionamento O grupo focal veicular a LED com auxiliar regressivo deverá funcionar como um semáforo, com as mesmas características dos existentes. O auxiliar regressivo apresenta ao motorista em trânsito o tempo visual restante de vermelho ou verde veicular, oferecendo aos motoristas maior segurança e visibilidade do conjunto semafórico. A placa de interface do sinalizador auxiliar mantém toda a coluna da cor correspondente acesa durante os instantes iniciais desta cor. Após receber do controlador de tráfego um sinal codificado, inicia-se o apagamento regressivo da coluna de forma a que o motorista tenha a impressão da diminuição do tempo de verde ou vermelho veicular. Nas mudanças de plano dos controladores de tráfego e/ou quando instalado em cruzamentos com atuação (botoeiras e laços detectores), o grupo focal auxiliar deverá estar preparado para indicar visualmente o novo tempo de ciclo, não deixando os módulos auxiliares de 100mm apagados, sem prejuízos para os motoristas da via. c. Controle de qualidade

Deverão ser realizados os seguintes ensaios: c.1. Ensaio dimensional Consiste da verificação das medidas dimensionais das peças que compõem o grupo semafórico amostral e da análise de conformidade. c.2. Ensaio de névoa salina

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As peças componentes do foco semafórico não devem apresentar corrosão vermelha, inclusive travas, parafusos, etc., em ciclo de 24 e 48 horas, conforme Norma Técnica da ABNT NBR 8094 - "Material Metálico Revestido e Não revestido - Corrosão por Exposição à Névoa Salina". c.3. Determinação de densidade Os corpos-de-prova retirados da caixa blindada serão submetidos a análise, conforme Norma Técnica ASTM D792, para determinação da densidade do material utilizado para confeccionar o grupo focal. O resultado deverá satisfazer ao estabelecido no subitem b.1 Requisitos Mínimos / Características Gerais, anterior. c.4. Identificação do polímero Os corpos-de-prova retirados da caixa blindada serão submetidos a análise, conforme o método espectrofotometria no infravermelho, para determinação da composição do material utilizado para fabricação do grupo focal. O resultado deverá satisfazer ao estabelecido no subitem b.1 Requisitos Mínimos / Características Gerais, anterior. c.5. Determinação do limite de resistência à tração Os corpos-de-prova retirados da caixa blindada serão submetidos ao ensaio de tração, conforme Norma Técnica ASTM D638, para determinação dos seguintes parâmetros:

• limite elástico;

• tensão de ruptura;

• alongamento no limite elástico;

• alongamento na ruptura. O resultado deverá satisfazer ao estabelecido no subitem b.1 Requisitos Mínimos / Características Gerais, anterior. c.6. Limite de resistência à flexão Os corpos-de-prova retirados da caixa blindada serão submetidos ao ensaio de flexão, conforme Norma Técnica ASTM D790, para determinação dos seguintes parâmetros:

• resistência à flexão no limite elástico;

• módulo de flexão. O resultado deverá satisfazer ao estabelecido no subitem b.1 Requisitos Mínimos / Características Gerais, anterior. c.7. Ensaio elétrico inicial Os ensaios a serem realizados objetivarão:

• verificar o funcionamento da amostra com tensão nominal;

• aplicar tensão de 1,0 KVA, 60 HZ, por 1 minuto, entre todos os terminais de alimentação curto-circuitados e a carcaça aterrada.

c.8. Verificação do funcionamento da amostra com tensão nominal c.8.1. Ensaio climático / burn-in / resistência ao calor O ensaio deverá constar basicamente dos seguintes procedimentos:

• submeter a amostra à temperatura de 50ºC por um período de 24 horas;

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• manter a amostra energizada com tensão nominal durante todo este período verificando o seu funcionamento;

• submeter a amostra desenergizada a uma temperatura de 50ºC por um período de 30 min, baixar rapidamente a temperatura para -10ºC e mantê-la por mais 30 min. Repetir esteprocedimento 10 (dez) vezes e verificar o funcionamento da amostra com tensão nominal;

• os blocos semafóricos a LED deverão ser submetidos a um choque térmico, com ciclo de variação da temperatura entre -10º a 50ºC e umidade relativa do ar de 90%.

c.8.2. Ensaio elétrico final O ensaio deverá constar basicamente dos seguintes procedimentos:

• verificar o funcionamento da amostra com tensão nominal;

• aplicar tensão de 1,0 KVca, 60 Hz, por 1 minuto, entre todos os terminais de alimentação curto-circuitados e a carcaça aterrada;

• verificar o funcionamento da amostra com tensão nominal;

• aplicar por um período de 10 (dez) segundos uma tensão 50% acima da nominal e verificar o funcionamento;

• verificar o funcionamento variando-se a tensão nominal em ± 20% e a frequência

nominal em ±5%;

• medir a potência aparente de entrada (S em VA), com tensão nominal;

• calcular o fator de potência como sendo a razão entre as potências ativa e aparente. Os resultados deverão satisfazer ao estabelecido no subitem b.2 Requisitos Mínimos / Características Elétricas, anterior. c.8.3. Ensaio fotométrico O ensaio deverá constar basicamente dos seguintes procedimentos:

• medir a cromaticidade (comprimento de onda da luz emitida). Posicionar o medidor alinhado com o eixo óptico do foco e a uma distância de 30cm do foco. Manter o foco energizado à tensão nominal por 10min e efetuar a medição. Os resultados deverão atender ao estabelecido no quadro Cor Dominante, do subitem b.3 Requisitos Mínimos / Características Fotométricas, anterior;

• medir a intensidade luminosa. O foco e o medidor deverão estar montados em um goniômetro e distanciados 4m entre si. Para cada par de ângulos indicado no quadro Intensidade Luminosa Mínima - Módulos Focais a LED - 200mm e Intensidade Luminosa Mínima - Módulos Focais a LED - Grupo Auxiliar (subitem b.3 Requisitos Mínimos / Características Fotométricas, anterior) para amostra de 200mm e 100mm respectivamente, o foco deverá ser energizado por 1min e a medição efetuada. Desligar o foco para reajustar o ângulo e repetir o procedimento.

Os resultados deverão atender ao disposto nos referidos quadros, após a correção da medida pela distância entre a amostra e o medidor. c.8.4. Isolação No caso do módulo semafórico a LED utilizar carcaça metálica, deverá ser verificada a rigidez dielétrica, através da aplicação de uma tensão de 1500 Vcc (valor eficaz de corrente contínua), pelo período de 1 (um) minuto, entre todos os terminais colocados em curto circuito e a carcaça. 12.8.4. Critérios de Medição e Pagamento

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a. Medição O fornecimento e assentamento de grupo focal veicular em policarbonato e lâmpada LED com sinalizador auxiliar TEMPASS será medido por unidade efetivamente fornecida e assentada, previamente aprovada e aceita pela Fiscalização. Não será objeto de medição em separado o fornecimento de acessórios (longarinas / abraçadeiras, porcas, parafusos, arruelas, fita de aço inoxidável, etc.) necessários ao completo assentamento dos suportes e demais elementos que compõem o grupo focal; o preço de tal fornecimento deverá ser diluído no preço de fornecimento e assentamento do grupo focal veicular. a. Pagamento Os serviços serão pagos conforme os preços unitários contratuais, após verificação e aprovação da Fiscalização, que remuneram o fornecimento dos materiais (suportes e braços metálicos), cortes, perdas, tratamento e pintura adequados, transportes, mão de obra, equipamentos, eventuais e quaisquer outros recursos utilizados. 12.9. SINALIZAÇÃO E PROTEÇÃO DE OBRA As especificações seguintes objetivam definir os procedimentos a serem adotados na implantação e proteção da obra durante a execução, compreendendo:

• sinalização vertical;

• sinalização noturna;

• tapume;

• travessia de veículos;

• passadiço de madeira para pedestres. Os tapumes de vedação do entorno de serviços em execução, laterais ou na própria plataforma de vias nas quais o tráfego de veículos deverá permanecer em operação durante a execução da obra e, ainda, os tapumes que visam a proteção de pedestres em valas e escavações diversas, bem como as placas de sinalização indicativa, de advertência e de regulamentação, deverão ser fornecidos e fabricados conforme padrões e dizeres estabelecidos pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Deverão ser mantidos tapumes e placas, conforme padrões da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, bem como sinalização complementar, se necessária, para o caso de obras noturnas, desde o início até a conclusão da obra ou serviço. Conforme exigências das autoridades competentes deverão ser executados desvios e travessias de valas em chapas metálicas para veículos e em madeira para pedestres. Atenção especial deverá ser dispensada para se garantir o acesso de veículos às respectivas garagens. 12.9.1. Sinalização Vertical a. Generalidades Compreende o fornecimento e instalação de placas de sinalização vertical (placas de indicação, de advertência e de regulamentação), conforme normas, modelos, dimensões, cores e regulamentação da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, incluindo a colocação, fixação com suporte tipo tripé, manutenção, movimentação e posterior retirada.

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A sua utilização se fará conforme determinação expressa da Fiscalização, devendo ser adotado um número suficiente de placas que proporcione segurança ao tráfego de veículos e pedestres a partir das informações, advertências e regulamentações nelas contidas. b. Critérios de medição e pagamento b.1. Medição A sinalização vertical instalada, de acordo com os padrões e aceita pela Fiscalização, será medida pela quantidade de placas efetivamente instalada, por dia corrido (unidade/dia). b.2. Pagamento Os serviços serão pagos de acordo com a medição referida e preço contratual proposto, que deverá contemplar a completa execução, instalação, movimentação e posterior remoção, com fornecimento de todos os materiais (chapa em aço, travamentos, tripé, etc.), o transporte de materiais do fabricante até a obra, equipamentos e andaimes, manutenção (entende-se por manutenção a pintura e reparos necessários, de modo que a placa sempre apresente, a critério da Fiscalização, ótimas condições de uso), mão de obra, encargos incidentes e eventuais. 12.9.2. Sinalização Noturna a. Generalidades Compreende o fornecimento de dispositivos que compõem a sinalização noturna de alerta, do tipo balde plástico na cor vermelha, com sistema de iluminação, conforme normas, padrões e regulamentação da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. A sua utilização, inclusive espaçamento, manutenção, movimentação e posterior retirada se fará conforme determinação expressa da Fiscalização. A critério da Fiscalização, baldes danificados não poderão ser utilizados e deverão ser imediatamente substituídas; da mesma forma, as lâmpadas queimadas deverão ser substituídas imediatamente. b. Critérios de medição e pagamento b.1. Medição A sinalização noturna instalada, de acordo com os padrões e aceita pela Fiscalização, será medida pela quantidade de baldes efetivamente instalada, por dia corrido (unidade/dia). b.2. Pagamento Os serviços serão pagos de acordo com a medição referida e preço contratual proposto, que deverá contemplar o fornecimento dos materiais (balde, fiação, lâmpadas, suporte de fixação, consumo de energia, etc.), instalações, execução, movimentação e posterior remoção, com fornecimento de todos os materiais, o transporte dos materiais até obra, equipamentos (entende-se por manutenção a reposição de materiais necessários de modo que o balde sempre apresente, a critério da Fiscalização, ótimas condições de uso), mão de obra, encargos incidentes e eventuais.

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12.9.3. Tapume a. Generalidades Compreende o fornecimento de tapume em chapa de madeira compensada, conforme modelo, dimensões e cores regulamentadas pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. A linha de tapume deverá ter como objetivo a perfeita vedação da obra. A sua utilização se fará conforme determinação expressa da Fiscalização. A critério da Fiscalização, peças de madeira em mau estado não poderão ser utilizadas e deverão ser substituídas imediatamente. b. Critérios de medição e pagamento b.1. Medição A utilização de tapume, de acordo com os padrões e aceita pela Fiscalização, será medida pela área de tapume efetivamente instalado, calculada com base no comprimento de vedação e altura do tapume, considerando-se os dois lados de vedação separadamente, por dia corrido (m2/dia). b.2. Pagamento Os serviços serão pagos de acordo com a medição referida e preço contratual proposto, que deverá contemplar o fornecimento dos materiais, instalações, execução, movimentação e posterior remoção, com fornecimento de todos os materiais (chapa de madeirit, pontalete, travamento, pregos, pinturas, etc.), o transporte dos materiais até a obra, equipamentos, manutenção (entende-se por manutenção a reposição de materiais necessários, de modo que o tapume sempre apresente, a critério da Fiscalização, ótimas condições de uso, pinturas, etc.), mão de obra, encargos incidentes e eventuais. 12.9.4. Estrutura para Travessia de Veículos a. Generalidades Compreende o fornecimento de chapa de aço, espessura mínima 7/8", inclusive ancoragens, manutenção, movimentação e posterior remoção, para a travessia de veículos sobre valas abertas, em locais em que, a critério da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM e da Fiscalização, não for possível a interrupção do tráfego de veículos por período prolongado. O construtor deverá dimensionar corretamente a chapa a ser utilizada, levando em consideração a largura da vala a ser recoberta e o trânsito a que se destina. O sistema de ancoragem deverá levar em consideração possíveis frenagens sobre a chapa. A sua utilização se fará conforme determinação expressa da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM e da Fiscalização. A critério da Fiscalização, chapas de aço e estroncas de madeira em mau estado não poderão ser utilizadas e deverão ser substituídas imediatamente. b. Critérios de medição e pagamento b.1. Medição

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A utilização de travessia de veículos, aceita pela Fiscalização, será medida pela área de chapa efetivamente instalada, por dia corrido (m2/dia). b.2. Pagamento Os serviços serão pagos de acordo com a medição referida e preço contratual proposto, que deverá contemplar o fornecimento dos materiais, instalações, execução, movimentação e posterior remoção, com fornecimento de todos os materiais (chapa de aço, estroncas, pregos, complementos, etc.), o transporte dos materiais até obra, equipamentos, manutenção (entende-se por manutenção a reposição e reparos de materiais necessários, de modo que a travessia de veículos sempre apresente, a critério da Fiscalização, ótimas condições de uso), mão de obra, encargos incidentes e eventuais. 12.9.5. Passadiço de Madeira para Pedestres a. Generalidades Compreende a montagem de tabuleiro em tábuas de "madeira branca" de 1a, 30 x 2,5cm, fixadas com pontalete de 8 x 8cm em madeira de lei, para travessia de pedestres sobre valas abertas, inclusive laterais de proteção, ancoragens, manutenção e posterior retirada. A critério da Fiscalização, tábuas e estroncas de madeira em mau estado não poderão ser utilizadas e deverão ser substituídas imediatamente. b. Critérios de medição e pagamento b.1. Medição A utilização de passadiço de madeira para pedestres, aceita pela Fiscalização, será medida pela área de tabuleiro efetivamente instalado, por dia corrido (m2/dia). b.2. Pagamento Os serviços serão pagos de acordo com a medição referida e preço contratual proposto, que deverá contemplar o fornecimento dos materiais, instalações, execução, movimentação e posterior remoção, com fornecimento de todos os materiais (tábuas de madeira, pontaletes de madeira, pregos, complementos, etc.), o transporte dos materiais até obra, equipamentos, manutenção (entende-se por manutenção a reposição e reparos de materiais necessários, a critério da Fiscalização, de modo que o passadiço de pedestre sempre apresente ótimas condições de uso), mão de obra, encargos incidentes e eventuais.

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13. OBRAS COMPLEMENTARES E PAISAGISMO 13.1. OBJETIVO O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as diretrizes, recomendações e padrões para os serviços de obras complementares e paisagismo, aqui apresentados. 13.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA Para melhor orientação dever-se-á consultar as seguintes normas:

NM10 - Cimento Portland – Análise química – Disposições gerais;

NM15 - Cimento Portland – Análise química – Determinação de resíduo insolúvel;

NM14 - Cimento Portland – Análise química – Método de arbitragem para determinação de dióxido de silício, óxido férrico, óxido de alumínio, óxido de cálcio e óxido de magnésio;

NM18 - Cimento Portland – Análise química – Determinação de perda ao fogo;

NM26 - Agregados – Amostragem;

NM46 - Agregados – Determinação do material fino que passa através da peneira 75 micrômetro, por lavagem;

NM49 - Agregado fino – Determinação de impurezas orgânicas;

NM67 - Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone;

NM76 - Cimento Portland – Determinação da finura pelo método de permeabilidade ao ar (Método Blaine);

NM248 - Agregados – Determinação da composição granulométrica;

ISO6892 - Materiais metálicos – Ensaio de tração à temperatura ambiente – Materiais metálicos

Ensaio de tração à temperatura ambiente;

NBR 5732 - Cimento Portland comum;

NBR 5733 - Cimento Portland de alta resistência inicial;

NBR 5735 - Cimento Portland de alto forno;

NBR 5736 - Cimento Portland pozolânico;

NBR 5737 - Cimento Portland resistente a sulfatos;

NBR 5738 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto;

NBR 5739 - Concreto – Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos;

NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concreto armado;

NBR 6136 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos;

NBR 6153 - Produto metálico – Ensaio de dobramento semiguiado;

NBR 6971 - Defensas metálicas – Projeto e implantação;

NBR 7211 - Agregado para concreto;

NBR 7215 - Cimento Portland – Determinação da resistência à compressão;

NBR 7218 - Agregados – Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis;

NBR 7480 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado;

NBR 7584 - Concreto endurecido – Avaliação da dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão;

NBR 7943 - Balaústre de segurança – Procedimentos;

NBR 8545 - Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos;

NBR 9062 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado;

NBR 11169 - Execução de cercas de arame farpado;

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NBR 12255 - Execução e utilização de passeios públicos;

NBR 12654 - Controle tecnológico de materiais componentes do concreto – Procedimentos;

NBR 12655 - Concreto – Preparo, controle e recebimento – Procedimentos;

NBR 14931 - Execução de estruturas de concreto – Procedimento;

Manual de Construção de Obras de Artes Especiais – DNER, 1995;

Cartilha do Programa Passeio Livre – Prefeitura Municipal de São Paulo;

Plantas ornamentais no Brasil – Arbustivas, herbáceas e trepadeiras – Harri Lorenzi e Hermes Moreira e Souza, 2ª Edição;

Recomendação técnica 01.22- Barreira de Segurança de concreto DER-MG;

Recomendação técnica 01-24 – Critérios para adoção de dispositivos de contenção veicular DER-MG;

Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil – Harri Lorenzi, 2º volume;

Vegetação Urbana – Lúcia Mascaró;

Manual de arborização da CEMIG;

P-NBR 14885 – Segurança no tráfego – Barreiras de Concreto armado;

Deliberações Normativas do COMAM:

DN 05/89 - Define o plantio e poda de árvores;

DN 09/92 - Normas para plantio em logradouros públicos;

DN 10/92 - Define documentação e informações necessárias para obtenção de autorização prévia para poda, transplante ou supressão de espécime arbóreo de vegetação, inclusive nos casos de parcelamentos do solo e edificações;

DN 12/92 - Normas para implantação de parques no município;

DN 13/92 - Normas para reposição ambiental;

DN 22/00 - Estabelece normas técnicas para o transplantio de árvores; 13.3. ASSENTAMENTO DE MEIO-FIO 13.3.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações para uso dos diversos tipos de meios-fios aqui apresentados. 13.3.2. Definições Meio-fio é a guia de concreto utilizada para separar a faixa de pavimentação da faixa do passeio ou separador do canteiro central, limitando a sarjeta longitudinalmente. Os meios-fios pré-moldados tipo A e tipo B são de aplicação geral, em função da indicação do projeto. O meio-fio moldado “in loco”, com as mesmas dimensões do meio-fio tipo A, tem aplicação limitada às vias com greide longitudinal máximo de 17% e com baixas taxas de ocupação urbana, devido a dificuldades operacionais do equipamento de extrusão.

• Tipo A : 12cm x 16,7cm x 35cm;

• Tipo B : 12cm x 18cm x 45cm. 13.3.3. Condições Específicas a. Equipamentos

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Serão utilizadas ferramentas manuais como alavancas de aço, carrinho de mão, colher de pedreiro, pás de corte, pás de concha, soquete manual com peso aproximado de 4kg e área de contato com um diâmetro de 6 a 8cm, fio de nylon etc. b. Materiais O concreto deve ser constituído por cimento Portland, agregados e água, com resistência mínima de 20MPa, e deve atender às especificações contidas no Capítulo 9 – “Estruturas de Concreto e Metálica”, deste caderno. O cimento deve ser de alta resistência inicial, devendo satisfazer, respectivamente, a NBR 5732 e NBR 5733. Os agregados devem satisfazer à NBR 7211. A água deve ser límpida, isenta de teores prejudiciais de sais, óleos, ácidos, álcalis e substâncias orgânicas. O concreto para constituição do meio-fio moldado “in loco” deve ter slump baixo, compatível com o uso de equipamento extrusor. Após a passagem da máquina, deverão ser induzidas juntas de retração pelo enfraquecimento da seção com espaçamento de 5,00m, através do uso de vergalhão DN 12,5mm, produzindo sulco de 2,00cm. As peças pré-moldadas de concreto devem ter as dimensões e formas estabelecidas na Figura 1, e devem ser produzidas com o uso de formas metálicas, de modo a apresentarem bom acabamento. Em qualquer situação, os meios-fios deverão ser escorados por solo compactado e revestido ou não por passeio, nas dimensões indicadas na Figura 1. A argamassa será composta de cimento e areia no traço volumétrico 1:3. Cimento e areia deverão obedecer às especificações e serem submetidos aos ensaios previstos na ABNT.

Tabela 1 - Consumo de materiais para assentamento do meio-fio

Discriminação Unidade Quantidade

Tipo A Tipo B

Escavação m³ / m 0,045 0,076

Argamassa 1:3 m³ / m 0,0013 0,0017

Meio - Fio un / m 1,25 1,25

Reaterro m³ / m 0,019 0,032

c. Execução Evitar, no transporte dentro da obra e no manuseio das peças, a danificação dos bordos, por pancadas e entrechoques. Apiloar o fundo da cava de assentamento. Não utilizar pedras ou pedaços de alvenaria sob a base da peça para ajustar o assentamento, por causar esforços concentrados e consequente recalque, desalinhamento e retrabalho no serviço em execução.

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Não empregar pedaços de tijolos embutidos na junção do meio-fio com a cantoneira de boca de lobo. Peças acidentalmente trincadas não podem ser empregadas na execução dos serviços. Observar alinhamento transversal e longitudinal da execução, concordando possíveis mudanças de direção na locação, em curvatura, evitando-se quinas e saliências. Empregar, nas curvaturas de raio mínimo, peças de comprimento igual à metade do padrão, para melhor concordância e simetria. Reforçar as curvaturas de raios mínimos, em canteiros centrais de vias, assentando as peças em colchão de concreto e nas juntas do lado interno do meio-fio, com a mesma resistência do meio-fio. Examinar se a forma e dimensões das peças fornecidas atendem às especificações da norma. As faces externas do meio-fio (topo e espelho) devem estar isentas de pequenas cavidades e bolhas. Empregar areia fina na argamassa para rejuntamento dos meios-fios assentados. Acrescentar acelerador de cura na argamassa de rejuntamento das peças assentadas. Filetar o rejuntamento das peças com ferramenta apropriada. Limpar o espelho do meio-fio de eventuais rescaldos de concreto advindos da execução da sarjeta. Em casos de reassentamento de meio-fio de pedra, proceder ao alinhamento pela face de topo, desprezando as irregularidades da face espelho. Nas entradas de garagens, deverão ser rebaixados 4 (quatro) meios-fios (=3,20m), podendo chegar até 4,80m. Os meios-fios da extremidade do rebaixo deverão ser assentados inclinados, permitindo que, quando da execução do passeio, se forme uma rampa no sentido longitudinal do mesmo, na entrada da garagem. d. Controle d.1. Tecnológico Os controles tecnológicos serão realizados como descritos abaixo:

• Nos materiais utilizados como apoio dos meios-fios, os quais não poderão apresentar valores de ISC a 10% dos valores especificados;

• O concreto empregado deverá ser submetido aos ensaios prescritos nas normas da ABNT;

• Nas peças pré-moldadas deverão ser procedidos ensaios de esclerometria, conforme a NBR 7584;

• Na compactação dos reaterros colocados como apoio interno aos meios-fios, o grau de compactação, quando verificado, não poderá apresentar valores inferiores a 80% do grau de compactação obtido em função do ensaio normal de compactação.

d.2. Geométrico Para efeito de aceitação ou rejeição do serviço, será considerada uma tolerância de 10mm nas cotas de projetos, sendo que, nos alinhamentos horizontais ou verticais, serão tolerados valores inferiores a 5mm, através de uma régua de 3,00m de comprimento instalada nos trechos retos em ambos os planos do meio- fio.

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13.3.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) Os meios-fios serão levantados pelo comprimento, em metros (m), de acordo com o projeto, considerando-se o tipo pré-moldado (A ou B) ou moldado “in loco”.

Figura 1 - Detalhe de meio-fio e passeio

b. Medição A medição dos meios-fios seguirá os dispostos abaixo:

• Os meios-fios serão medidos pelo comprimento real em metros efetivamente executado, de acordo com o projeto tipo padronizado, considerando-se o tipo pré-moldado A ou B ou moldado “in loco”;

• O reaterro para escoramento, assim como o movimento de terra necessário para a obtenção do material para a sua constituição serão considerados separadamente, conforme normas de medição e pagamento específicas para cada serviço;

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• Os meios-fios assentados ou reassentados rebaixados (caso de implantação em frente a garagens, para estabilização de calçamentos poliédricos em greides muito inclinados ou em rampas de deficientes físicos), não serão considerados em separado, devendo os quantitativos executados ser medidos linearmente, como se fossem executados conforme preconizado no padrão.

c. Pagamento

O serviço será pago aos preços unitários contratuais, de acordo com os critérios definidos no item anterior, os quais remuneram o fornecimento, rejuntamento, transporte e aplicação de todos os equipamentos, mão de obra, encargos e materiais necessários à sua execução tais como: c.1. Meios-fios pré-moldados Escavação; remoção do material escavado do corpo de prova; apiloamento do fundo de cava; assentamento das peças pré-moldadas; argamassa para rejuntamento; pequenos reaterros para fixação das peças; demais serviços e materiais atinentes. c.2. Meios-fios moldados “in loco” Pequenos acertos para regularização do terreno para a correta performance do equipamento extrusor; concreto para constituição do meio-fio; extrusão do concreto, com o uso de equipamento mecanizado; indução das juntas de retração; demais serviços e materiais atinentes. 13.4. REMOÇÃO E ASSENTAMENTO DE MEIO-FIO 13.4.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva determinar as condições gerais e o método de execução dos serviços de remoção e reassentamento de meios-fios de gnaisse ou concreto, bem como a execução dos serviços de reassentamento dos mesmos. 13.4.2. Definições a. Remoção de meio-fio Compreenderá a retirada dos meios-fios e sua disposição em local próximo e apropriado para o posterior reaproveitamento ou transporte, evitando-se obstáculos ao tráfego de obra e usuários. b. Reassentamento de meio-fio Este serviço compreende a operação manual realizada com o objetivo de realinhar o meio-fio existente, através de deslocamentos laterais e/ou verticais, utilizando-se, para isso, ferramentas apropriadas e, se necessário da aposição sobre a base já concluída, material granular de características técnicas iguais ou superiores ao material constituinte da mesma. 13.4.3. Condições Específicas

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Esta especificação tem por objetivo fixar as condições gerais e o método de execução dos serviços de remoção de meios-fios de granito ou concreto nos locais previamente indicados, bem como a execução dos serviços de realinhamento de meio-fio com rejuntamento de argamassa de cimento e areia. a. Remoção de meio-fio a.1. Equipamentos Serão empregadas ferramentas manuais, tais como: alavanca, pás, picaretas, etc., retroescavadeira ou pá-carregadeira. a.2. Materiais Em relação ao material constituinte do meio-fio, concreto ou pedra gnaisse, as suas características estão descritas no item 13.2. - “Assentamento de Meio-fio”. a.3. Execução A execução deverá ser efetuada de forma cuidadosa para evitar danos às peças, bocas de lobo, condutos subterrâneos, passeios, etc. b. Reassentamento de meio-fio b.1. Equipamentos Serão utilizadas ferramentas manuais como alavancas de aço, carrinho de mão, colher de pedreiro, pás de corte, pás de concha, soquete manual com peso aproximado de 4kg e área de contato com um diâmetro de 6 a 8cm, fio de nylon, placa vibratória etc. b.2. Materiais

• Meio-fio: será utilizado o meio-fio existente; em determinados casos, de acordo com o estado das peças e a critério da SUPERVISÃO, as mesmas poderão ser trocadas por outras novas;

• A argamassa de rejuntamento deverá ter o traço de 1:3. O cimento poderá ser do tipo Portland comum ou de alto forno, devendo satisfazer as prescrições das NBR 5732, NBR 5733, NBR 5735 e NBR 5736. A areia empregada deverá ser quartzosa, natural e de granulometria fina. Deve ser limpa e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras impurezas. O material para enchimento e reaterro deverá ser do tipo solo estabilizado granulometricamente, e atender às especificações vigentes, ou outras, cujas características técnicas sejam, após examinadas, aprovadas pela SUPERVISÃO. b.3. Execução Nas entradas de garagens, o meio-fio deverá ser rebaixado, deixando o topo do mesmo a 5,0cm acima da sarjeta ou do pavimento, quando não houver sarjeta.

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Estabelecidas através de projetos, as correções geométricas das alturas e dos alinhamentos serão definidas “in loco” através de um fio de nylon esticado, e com referências topográficas não superiores a 20,00m (tangentes horizontais e verticais), e em 5,00m nos trechos curvos (horizontais ou verticais). Em casos de reassentamento de meio-fio de pedra, proceder ao alinhamento pela face de topo, desprezando as irregularidades da face espelho. Nos encontros de ruas (esquinas) a marcação de pequenos raios horizontais, sempre que as condições topográficas permitirem, deverá ser realizada com cintel. Nestas condições, os meios-fios existentes, e em desacordo com os alinhamentos e alturas projetadas, serão realinhados através das operações manuais descritas: inicialmente, o material de encosto (aterros existentes junto ao meio-fio do lado dos passeios) será removido em uma faixa de 15cm de largura e, ao longo do comprimento do meio-fio em uma altura igual a do meio-fio assentado. Com auxílio de alavancas manuais, o meio-fio receberá esforços laterais até ingressar na posição do alinhamento projetado. Igual operação se fará apoiando-os com a alavanca, de baixo para cima, com a simultânea adição de material de apoio, com a finalidade de erguê-lo e colocá-lo em posição de equilíbrio em aproximadamente 1cm acima dos demais, após o que, com golpes de soquete manual, será forçado a ficar na posição definitiva do projeto. Concluídas as operações de realinhamento, após rejuntamento com argamassa de cimento e areia, deverá ser recolocado o material de encosto junto ao meio-fio, devidamente apiloado com soquete manual ou placa vibratória, com os devidos cuidados para evitar o desalinhamento das peças. O rejuntamento das peças com argamassa de cimento e areia no traço de 1:3 deverá tomar toda a profundidade da junta, e externamente não excederá o plano dos espelhos, bem como dos pisos dos meios-fios. A face exposta da junta será dividida ao meio por um friso reto de 3mm de largura em ambos os planos do meio-fio. b.4. Controle b.4.1. Controle tecnológico Os controles tecnológicos serão realizados:

• Nos materiais utilizados como apoio dos meios-fios: não poderão apresentar valores de ISC a 10% dos valores especificados;

• Na compactação dos reaterros colocados como apoio interno aos meios-fios: o grau de compactação, quando verificado, não poderá apresentar valores inferiores a 80% do grau de compactação obtido em função do ensaio normal de compactação.

b.4.2. Controle geométrico Para efeito de aceitação ou rejeição do serviço, será considerada uma tolerância de 10mm nas cotas de projetos, sendo que nos alinhamentos horizontais ou verticais serão tolerados valores inferiores a 5mm, através de uma régua de 3,00m de comprimento instalada nos trechos retos em ambos os planos do meio- fio. 13.4.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento para Remoção de Meio-Fio

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a. Levantamento (quantitativos de projeto) Os serviços de remoção e/ou reassentamento de meios-fios serão levantados pelo comprimento em metros (m), de acordo com o projeto, separando-se os meios-fios de pedra ou de concreto. b. Medição Os serviços de remoção e/ou reassentamento de meios-fios serão medidos pelo comprimento real em metros, efetivamente executado e independente de sua natureza (pré- moldados tipo A e B ou de pedra). Os meios-fios reassentados rebaixados não serão considerados em separado, devendo os quantitativos executados ser medidos pelo comprimento real. c. Pagamento O serviço será pago aos preços unitários contratuais de acordo com os critérios definidos no item anterior, os quais remuneram o rejuntamento, transporte e aplicação de todos os equipamentos, mão de obra, encargos e materiais necessários à sua execução, tais como:

• remoção de peças tendo o cuidado de não danificá-las;

• pequenos acertos de terreno para reassentamento ou de pedra;

• assentamento das peças pré-moldadas ou de pedra;

• argamassa para rejuntamento;

• pequenos reaterros para fixação das peças;

• demais serviços e materiais atinentes. 13.5. CORDÃO DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO BOLEADO 10 X 10 COM BASE 13.5.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as formas, dimensões, especificações e instruções gerais para execução de cordão de meio-fio. 13.5.2. Definições Cordão de meio-fio é a peça de concreto pré-moldada utilizada como delimitador de áreas, gramados, canteiros de praças e taludes aleivados, separando-os das áreas impermeabilizadas. 13.5.3. Condições Específicas a. Materiais O concreto deverá ter resistência mínima de fck > 20MPa, traço em volume 1:2:2, sendo 50% de brita 0 e 50% de brita 1, e será submetido aos ensaios previstos pela ABNT, ficando as peças pré-moldadas sujeitas a ensaios de esclerometria, conforme a NBR 7584, para a sua aceitação. O cimento deverá ser comum ou de alta resistência inicial, devendo satisfazer, respectivamente, a NBR 7211 e NBR 5733. Os agregados devem satisfazer a NBR 7211.

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A água deve ser límpida, isenta de teores prejudiciais de sais, óleos, ácidos, álcalis e substâncias orgânicas. b. Execução A base de assentamento é constituída de blocos de concreto e = 10cm, assentados e preenchidos com concreto 1:3:6. Colocar chumbadores, quando na concretagem de cordão pré-moldado, de D = 5mm, aço CA-50, sendo necessário, no mínimo, 2 (dois) em cada peça. Utilizar formas metálicas conforme as medidas adotadas no desenho, para o bom acabamento das peças. Quando houver formação de ângulos de 90º, deverá ser utilizado, também, forma metálica, conforme detalhe no desenho, objetivando moldar peça única, colocando, necessariamente, um chumbador em cada canto, quando da concretagem. As peças de cordão de meio-fio terão comprimento de 1m, e as cantoneiras, 0,40cm de cada lado. Em cada peça deverão ser colocados dois chumbadores de φ 5mm, conforme desenho. Quando houver formação de ângulos de 90º, deverá ser utilizado, também, forma metálica, conforme detalhe no desenho, objetivando moldar peça única, colocando, necessariamente, um chumbador em cada canto, quando da concretagem. Se o ângulo for diferente de 90º, deverá ser colocada uma forma com espessura de 3cm no ponto de inflexão, visando dividir a peça em duas partes iguais e ajustar o ângulo durante o assentamento. O cordão de concreto será executado conforme Figura 2. c. Controle O concreto deverá ser submetido aos ensaios previstos pela ABNT. Para aceitação das peças pré-moldadas, proceder ensaios de esclerometria conforme a NBR 7584. 13.5.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) Os cordões do meio-fio serão levantados pelo comprimento real, em metros. b. Medição O cordão de meio-fio será medido por metro linear (m), executado conforme as especificações contidas nesta norma. c. Pagamento O pagamento do cordão de meio-fio será efetuado pelo preço unitário proposto para este serviço, considerando-se os materiais, encargos, mão de obra, escavação, fornecimento e assentamento dos blocos de concreto, bem como o preenchimento em concreto 1:3:6 de cada bloco.

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Figura 2 - Cordão de concreto pré-moldado 13.6. PASSEIO 13.6.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações técnicas para execução de passeios no município de Contagem, envolvendo os seguintes aspectos:

• Passeio de concreto “in loco” (acabamento manual ou mecanizado);

• Rebaixo permitido para rampas de garagem;

• Rebaixo recomendado, com passeio revestido com piso antiderrapante (tipo braille), para facilitar o trânsito de deficientes físicos e visuais;

• Esquema de concordância de passeios (chanfros) nas interseções de vias públicas. 13.6.2. Definições

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Passeio ou calçada é a área da plataforma das vias públicas, normalmente segregada e em nível diferente, localizada entre o alinhamento dos imóveis e o meio-fio e/ou nos canteiros centrais, não destinada à circulação de veículos, destinado ao tráfego de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins. Atendem principalmente e prioritariamente às necessidades do pedestre, e devem ser projetadas para suportar a passagem de veículos motorizados entre o leito carroçável e as propriedades lindeiras (estacionamentos, garagens, etc.). A qualidade do passeio deve ser definida e medida principalmente em termos de fluidez, com espaço livre e compatível com o fluxo de pedestres, conforto com piso liso e antiderrapante, mesmo quando molhado, com declividade transversal para escoamento de águas pluviais de não mais que 2%, sem descontinuidades e obstáculos, e segurança, com ausência de perigos temporários. 13.6.3. Condições Gerais Na execução de passeio em rua pavimentada, o passeio será executado em toda a extensão do lote da edificação. Deverão possuir largura mínima de 1,5m, largura necessária para o deslocamento de dois adultos caminharem confortavelmente lado a lado. Também deve se observar a largura das áreas de separação, além da área mínima de passeio, que são desejáveis, entre o tráfego veicular e o de pedestres, para prover maior nível de conforto e segurança ao pedestre. Áreas de separação, utilizando o paisagismo, promovem espaço para a locação, placas de sinalização, postes, lixeiras, rampas para carga e descarga, além de outros tipos de mobiliário urbano. Além das opções apresentadas neste capítulo, poderá ser também utilizado o passeio em blocos intertravados de concreto, por sua facilidade de remanejamento e ou manutenção, além da ampliação da microdrenagem das águas pluviais. Para este e outros tipos de acabamento, como o ladrilho hidráulico e calçada portuguesa, deverão ser seguidos os tipos e especificações do Capítulo - “Pisos, Rodapés, Soleiras e Peitoris”, do Caderno de Encargos de Edificações. As rampas deverão existir em todas as travessias (demarcadas ou não por faixas de pedestres). O rebaixamento de calçadas para acesso dos deficientes físicos e travessias de pedestres deverá obedecer à norma NBR 9050, que preconiza, entre outros tópicos:

• Não deve haver desnível entre o término do rebaixamento da calçada e o leito carroçável;

• Os rebaixamentos de calçadas devem ser construídos na direção do fluxo de pedestres. A inclinação deve ser constante e não superior a 8,33% (1:12);

• Os rebaixamentos das calçadas localizados em lados opostos da via devem estar alinhados entre si;

• As calçadas devem ser rebaixadas junto às travessias de pedestres sinalizadas com ou sem faixa, com ou sem semáforo, e sempre que houver foco de pedestres;

• Deve ser garantida uma faixa livre no passeio de, no mínimo, 0,80m além do espaço ocupado pelo rebaixamento, sendo recomendável 1,20m;

• As abas laterais dos rebaixamentos devem ter projeção horizontal mínima de 0,50m e compor planos inclinados de acomodação. A inclinação máxima recomendada é de 10%;

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• O piso do rebaixamento deve ter diferenciação de textura (piso tátil) em relação ao piso adjacente, destinado a constituir alerta ou linha guia, perceptível por pessoas com deficiência visual;

• Especificamente para o caso de rebaixos para deficientes físicos, não é conveniente o posicionamento de dispositivos de captação de drenagem (bocas de lobo) e de outras utilidades públicas (hidrantes, postes, etc.) no alinhamento das rampas de pedestres.

A disposição do mobiliário urbano, do plantio de árvores adequadas (observar tamanho de raízes e área livre, a fim de não levantar os passeios) e outras ponderações construtivas de acessos para pessoas com dificuldades de mobilidade ou necessidades especiais. A disposição destes elementos ao longo dos passeios deve respeitar a área de desobstrução mínima de 1,20m. Todo o mobiliário e outras interferências deverão ser sinalizadas com a utilização de piso de alerta podotátil, que encontra-se especificado no Capítulo – “Pisos, Rodapés, Soleiras e Peitoris”, do Caderno de Encargos de Edificações. Quando da execução do passeio, deverão ser deixadas aberturas para o plantio de árvores de formato quadrado (60 x 60cm), ou de circunferência (D = 60cm), de dimensão mínima. As distâncias entre os eixos das covas deverão seguir as orientações do Roteiro para representação de passeios da Secretaria de Regulação Urbana, de acordo com o tamanho do passeio, e o afastamento de 10cm do meio-fio. Em passeios com maior fluxo de pedestres, ou onde foram plantadas árvores de maior porte, considerar uma cova maior, podendo ser utilizadas grelhas de concreto ou metálicas, conforme o item 13.18 - “Dispositivos de proteção para árvores”, deste capítulo.

• A presença de árvores nas calçadas é importante, pois elas contribuem para melhorar o meio ambiente de nossa cidade e, nos dias de chuva, facilitam o escoamento das águas. Porém, compete à Prefeitura plantá-las ou repará-las, conforme lei municipal específica;

• A dimensão da espécie escolhida deve estar adequada à largura da calçada;

• Não cimentar a base da árvore, para não prejudicar o desenvolvimento da mesma. No caso, deve haver grama ou ser instalada uma grelha, conforme Figura 29, que facilita o fluxo dos pedestres.

13.6.4. Condições Específicas A implantação de passeio deverá atender às exigências da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM Neste capítulo, será considerada apenas a execução do passeio em concreto com acabamento simples (manual ou mecanizado), com a inserção dos elementos para orientação do deficiente visual. Para tratamentos diferenciados com outros tipos de acabamento nos passeios, como ladrilho hidráulico, calçada portuguesa ou peças pré-moldadas intertravadas, etc., consultar o Capítulo – “Pisos, Rodapés, Soleiras e Peitoris”, do Caderno de Encargos de Edificações.

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a. Passeio padrão PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM - acabamento manual

a.1. Aplicações Utilizado em passeios exclusivamente para trânsito de pedestres, ou quando não for possível a execução mecânica. As normas para a execução de rebaixos e para concordâncias serão aplicadas a todas as vias públicas do Município de Contagem, conforme indicação do projeto.

Figura 3 - Rampa para travessia de pedestres

a.2. Condições específicas a.2.1. Materiais O concreto deverá ser constituído de cimento Portland, agregados e água, com as seguintes especificações:

• Passeio moldado “in loco”, fck = 15,0MPa sarrafeado e desempenado, na espessura de 6cm;

• Cimento deve ser comum ou de alta resistência inicial, e deverá satisfazer as NBR 5732 e NBR 5733, respectivamente;

• Os agregados devem ter diâmetros menores do que um terço da espessura da parede das peças e satisfazer a NBR 7211;

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• A água deverá ser límpida, isenta de teores prejudiciais de sais, óleos, ácidos, álcalis e substâncias orgânicas;

• Possuirá juntas secas espaçadas de 3m, constituídas pelo corte antes do endurecimento do concreto, utilizando-se ferramentas específicas para este fim, como indutor de junta, sem secionar totalmente a estrutura;

• Rampa de acesso para deficiente físico pré-moldada. Poderá ser utilizada a rampa pré-moldada para a sua instalação, o rebaixamento da calçada deverá estar concluído, dentro das dimensões apropriadas, e deverá ter:

• Inclinação máxima de 8,33%;

• Largura mínima da rampa de 1,20m;

• Abas de acomodação lateral com 0,50m de altura;

• Altura padrão do meio-fio igual a 15cm. A rampa pré-moldada é fornecida em módulos, pesa aproximadamente 200Kg e deve possuir o piso podotátil de alerta na cor vermelha.

Figura 4 - Rampa pré-moldada para travessia de pedestres

• Ladrilho hidráulico tipo braille em argamassa 1:3, com resistência fck = 15,0Mpa: - Será assentado sobre o concreto de regularização com argamassa, no

traço volumétrico 1:3 (cimento e areia); - As peças serão fabricadas e curadas por processos que assegurem a

obtenção de concreto homogêneo e de bom acabamento, dentro das medidas especificadas nos projetos.

Tabela 2 - Consumo de materiais por m² de passeio

Discriminação Passeios de concreto

Passeios com ladrilho hidráulico

Unidade Quantidade Quantidade

Regularização m² / m² 1,00 1,00

Concreto Fck ≥ 15MPa m³ / m² 0,06 0,04

Sarrafo (junta) m / m² 0,67 -

Argamassa 1:3 m³ / m² - 0,02

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Ladrilho m² / m² - 1,00

a.2.2. Execução Será realizada a limpeza da área onde o passeio será executado, visando à retirada de detritos, entulhos, restos de massa e qualquer outro material indesejável. O terreno será devidamente regularizado e compactado, até atingir 90% do Proctor Normal. O nivelamento será realizado com equipamento de nível a laser, conforme descrito no item a (considerações gerais) do Capítulo - “Pisos, Rodapés, Soleiras e Peitoris”, do Caderno de Encargos de Edificações. Os rebaixos e concordâncias de passeios deverão ser executados estritamente dentro do estabelecido pela padronização. Será lançado concreto usinado Fck = 15MPa, espessura final de 6,0cm. Nas entradas de garagem, enterrar o meio-fio, deixando o topo do mesmo 5cm acima da sarjeta ou do pavimento, quando não houver sarjeta. Na entrada da garagem, aumentar a espessura do passeio para 10cm. O passeio de concreto moldado “in loco” terá juntas secas espaçadas de 1,50m, constituídas pelo corte, antes do endurecimento do concreto, utilizando-se ferramentas específicas para este fim, como indutor de junta, sem secionar totalmente a estrutura. Será efetuada a cura do passeio, submetendo-o a aspersão contínua de água, nas 3 horas subsequentes à concretagem e durante os 14 dias seguintes. a.2.3. Controle tecnológico Os materiais e misturas deverão ser submetidos aos seguintes ensaios previstos nas referidas normas da ABNT:

• Agregados para concreto: NBR NM 248, NBR NM26, NBR 7218, NBR NM46, NBR NM49;

• Cimento Portland: NBR 7215, NBR NM76, NBR NM18;

• Cimento: NBR 5739;

• As peças pré-moldadas de concreto deverão ser submetidas a ensaios de esclerometria, conforme a NBR 7584.

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Figura 5 - Passeio e rebaixo de garagem

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Figura 6 - Rampa de acesso à garagem

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Figura 7 - Rebaixamento de guias em travessia

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Figura 8 - rebaixo para deficiente físico

b. Passeio padrão PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM - acabamento mecanizado

b.1. Aplicações Será aplicado em locais onde exigirem um piso de maior resistência, como locais de passagem de veículos, entradas de garagem com movimento considerável que poderá causar danos ao calçamento, ou em estacionamentos de grandes edifícios comerciais. Quando o acabamento for em pedra portuguesa, este poderá ser substituído por faixa de piso, na largura da rampa da garagem, em concreto reforçado ou intertravado tipo tijolo cor “cinza”, e as faixas de pedra portuguesa deverão ser arrematadas perpendicularmente junto ao piso de concreto.

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b.2. Condições específicas b.2.1. Materiais As especificações dos materiais constituintes do serviço serão as mesmas descritas no Capítulo – “Pisos, Rodapés, Soleiras e Peitoris”, do Caderno de Encargos de Edificações, exceto no que diz respeito à execução de revestimento em ladrilho hidráulico, que não fazem porte do serviço em questão.

• O concreto usinado Fck = 20Mpa e espessura final de 8,0cm, em casos de solicitação mais leve;

• Lastro de brita e = 5cm;

• Para as rampas de garagem será utilizado o concreto usinado Fck = 25MPa, espessura final de 8,0cm, com equipamento de nível a laser, polimento camurçado e juntas de dilatação com profundidade de 3mm;

• Armadura em tela soldada de d = 3,4mm, malha de 15cm, Q-51 Bematel ou similar.

b.2.2. Execução Será realizada a limpeza da área onde o passeio será executado, visando à retirada de detritos, entulhos, restos de massa e qualquer outro material indesejável. O terreno será devidamente regularizado e compactado com equipamento tipo placa vibratória CM-20. Não utilizar equipamento de pequenas dimensões (tipo sapo). O nivelamento será realizado com equipamento de nível a laser, conforme descrito no item a (considerações gerais) do Capítulo – “Pisos, Rodapés, Soleiras e Peitoris”, do Caderno de Encargos de Edificações. Será lançado concreto usinado Fck = 20MPa, espessura final de 8,0cm, sobre lastro de

brita. Durante o espalhamento do concreto será instalada na superfície, tela soldada plana, D = 3,4 mm, malha 15cm (Bematel ou similar).Em hipótese nenhuma será aceita a utilização de tela em rolo. O concreto será devidamente adensado com o uso de vibradores de imersão e réguas vibratórias. O acabamento será executado utilizando-se desempenadeira mecânica até que se obtenha uma superfície lisa, similar à superfície feltrada obtida no acabamento manual. O corte das juntas de dilatação será executado com serra mecânica provida de disco diamantado, formando quadros de, no máximo, 3m x 3m. A profundidade do corte será de 3cm. Será efetuada a cura do passeio, submetendo-o a aspersão contínua de água, nas 3 horas subsequentes à concretagem e durante os 14 dias seguintes. b.2.3. Controle Os materiais e misturas deverão ser submetidos aos seguintes ensaios previstos nas referidas normas da ABNT:

• Agregados para concreto: NBR NM 248, NBR NM26, NBR 7218, NBR NM46, NBR NM49;

• Cimento Portland: NBR 7215, NBR NM76, NBR NM18;

• Cimento: NBR 5739;

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• As peças pré-moldadas de concreto deverão ser submetidas a ensaios de esclerometria, conforme a NBR 7584.

13.6.5. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) O serviço será levantado pela área, em metros quadrados (m²) de passeio a ser executado em projeto. A adoção deste procedimento de execução será definida pelo SUPERVISOR DE PROJETOS e a SUPERVISÃO DA OBRA. b. Medição Será efetuada aplicando-se o mesmo critério de levantamento. c. Pagamento Os serviços serão pagos aos preços unitários contratuais, de acordo com os critérios definidos no item anterior, os quais remuneram o fornecimento, transporte e aplicação de todos os equipamentos, mão de obra, encargos e materiais necessários à sua execução, envolvendo: escavação, remoção do material escavado do corpo da obra, regularização e apiloamento de terreno de fundação; concreto; demais serviços e materiais atinentes. 13.7. DELIMITADOR FÍSICO DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO 13.7.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva determinar as diretrizes para os serviços de fornecimento e assentamento de delimitadores físicos pré-moldados em concreto. 13.7.2. Definições O delimitador físico é utilizado em sinalização balizadora, delimitando o trânsito de veículos em vias públicas, ou como sinalizador nas extremidades de viadutos e barreiras. 13.7.3. Condições Específicas Os delimitadores físicos serão executados em concreto pré-moldado, traço 1:2:4 (cimento, areia e brita), com armaduras conforme Figura 9. a. Materiais Os materiais utilizados deverão obedecer às respectivas normas de materiais para concreto já citadas no Capítulo 9 - “Estruturas de Concreto e Metálicas” deste Caderno de Encargos. b. Execução As formas utilizadas serão metálicas e deverão receber aplicação de desmoldante adequado, antes da colocação da armadura. O concreto deverá ser adensado utilizando-se mesa vibratória ou vibrador de superfície e, durante a moldagem, a peça deverá estar protegida da ação solar e do vento. A cura deverá

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ser executada por molhagem das peças com água vaporizada em intervalos frequentes ou por recobrimento com sacos de aniagem ou manta esponjosa, mantidas úmidas e protegidas com plástico impermeável, por um período mínimo de três dias.

• O transporte e a estocagem das peças deverão ser executados de forma a se evitar quebras ou batidas;

• O delimitador deverá ser pintado em tinta cor branca, obedecendo ao padrão Munsell: Branco N 9,5;

• Os delimitadores são assentados sobre a superfície pavimentada e fixados com resina epóxi, em local especificado em projeto.

c. Controle As peças deverão estar em perfeito estado, sem a presença de furos ou vazios, como nicho de pedras, nem apresentar armadura exposta ou trincas. O controle exigido será o mesmo já descrito no item ”Elementos pré-moldados de concreto“ do Capítulo 9 – “Estruturas de Concreto e Metálica”. 13.7.4. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento O delimitador será levantado e medido por unidade implantada, e pago pelo preço unitário do contrato, que remunera o fornecimento, mão de obra e assentamento da peça.

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Figura 9 - Delimitador físico de concreto

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13.8. FORNECIMENTO E LANÇAMENTO DE MATERIAL EM DRENO E PÁTIO 13.8.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva determinar as diretrizes para os serviços de fornecimento e lançamento de material em dreno e pátio. 13.8.2. Condições Específicas a. Materiais O material a ser fornecido e lançado irá variar de acordo com as aplicações, que podem ser as seguintes:

• Lançamento e espalhamento de brita -1 em pátios de estacionamentos;

• Lançamento de material em caixas de areia, em praças e parques;

• Lançamento de areia e brita em drenos de muros de arrimo e contenções. b. Execução No caso de execução de drenos de muros de arrimo e contenções, serão seguidas rigorosamente as orientações do projeto de contenções, no que diz respeito à metodologia executiva do dreno, espessura das camadas, etc. Para pátios, lançar o material especificado em projeto, espalhando-o corretamente. 13.8.3. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) O serviço será levantado por metro cúbico (m³) de material a ser aplicado, levantado em projeto. No caso de espalhamento de brita em estacionamento, será considerada uma espessura média de 5cm. b. Medição Será adotado o mesmo critério de levantamento. c. Pagamento O serviço será pago ao preço unitário contratual, segundo critério descrito no item anterior, contemplando o fornecimento e espalhamento do material, inclusive transporte até 50 metros dentro do canteiro de obras. Em hipótese nenhuma será pago transporte em carrinho de mão, para distribuição do material. 13.9. LANÇAMENTO E ESPALHAMENTO DE SOLOS EM PASSEIO 13.9.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva determinar as diretrizes para os serviços de lançamento e espalhamento de solos em área de passeio.

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13.9.2. Condições Específicas O lançamento e espalhamento de solos só serão executados nas áreas de passeios situados em segmentos de aterro, quando não estiver prevista a execução do passeio e quando a largura não permitir o tráfego de equipamento pesado de terraplenagem. No caso de cortes, a escavação da área de pavimento da via será executada em caixão, sob forma de rebaixamento, deixando as áreas de passeio intactas lateralmente, não necessitando de solos para sua conformação. Se o solo lançado e espalhado receber compactação, determinada pela SUPERVISÃO, o serviço será considerado como “Reaterro de valas”, compactado com equipamento tipo placa vibratória ou similar. a. Equipamento Se a largura do aterro permitir, o material dos passeios será depositado por meio de equipamento de terraplenagem. Se não for possível a execução desta maneira, serão utilizados caminhões basculantes para lançamento do material, e o espalhamento será executado manual ou mecanicamente. A compactação poderá ser executada com rolos pé de carneiro, liso ou liso-vibratório, se a largura do aterro o permitir, ou com placas vibratórias, em caso contrário. b. Materiais O material a ser lançado e espalhado nas áreas de passeio será de 1ª categoria, preferencialmente argiloso. A ocorrência do material será indicada no projeto, ou pela SUPERVISÃO. c. Execução Caso a largura da área reservada à implantação dos passeios permita a utilização dos equipamentos normais de terraplenagem, após o aterro ter atingido o greide de subleito, será efetuado o lançamento do solo, utilizando escavo - transportador, ou caminhões basculantes, conformando os passeios de acordo com a seção transversal-tipo fixada em projeto. O acabamento será efetuado com motoniveladora, e a compactação, com rolos pé de carneiro, liso ou liso-vibratório. Neste caso, para a posterior execução do pavimento, será processado o corte em caixão no alinhamento externo dos meios-fios. Se a largura não permitir a execução dos passeios integrados à terraplenagem, o pavimento será efetuado em primeiro lugar; depois, serão colocados os meios-fios. Em seguida, será executado o lançamento de solos nas áreas de passeio, seguido de espalhamento manual, em duas etapas distintas:

• A primeira etapa consiste no espalhamento e compactação do material, imediatamente atrás dos meios-fios, em seção trapezoidal, cuja face superior terá 50cm de largura. Este volume de terra receberá compactação como em “Reaterro de Valas” do Capítulo 5 - “Trabalhos em Terra”, funcionando, então, como elemento de estabilização dos meios-fios;

• O restante do passeio será executado apenas com o lançamento do material, acabamento superficial e compactação sem controle específico, para fins de conformação e fixação do material.

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Preferencialmente, o material dos passeios deverá ser lançado já sobre a área reservada. Caso o lançamento se dê sobre o pavimento, ele será relançado manualmente para a área dos passeios, devendo ficar perfeitamente limpo após o serviço. d. Controle O controle será efetuado com referência ao material empregado, que deverá atender às especificações do projeto quanto à compactação. Quando for utilizado equipamento pesado de terraplenagem, a compactação deverá obedecer aos índices estabelecidos nas especificações próprias de compactação de aterros. Quando o espalhamento for manual, o grau de compactação a ser atingido para a primeira etapa será o previsto nas especificações referentes ao “Reaterro de Valas” do Capítulo 5 - “Trabalhos em Terra”. Os métodos de ensaio são os mesmos referidos nas duas especificações. 13.9.3. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) Devido às suas características específicas, os serviços de lançamento e espalhamento de solos em passeio só serão objeto de medição quando se tornarem necessários durante a execução da obra; portanto, seus quantitativos não serão levantados. b. Medição Tendo em vista as duas maneiras de execução, o serviço será medido de acordo com cada uma delas. No caso de execução com escavo-transportadores, o serviço será considerado como terraplenagem de aterro e, como tal, será medido de conformidade com as especificações próprias. Se o lançamento for executado com caminhões basculantes e espalhamento manual, o volume total será medido em duas parcelas: uma referente ao volume compactado atrás dos meios-fios e, a outra, correspondente ao volume restante. c. Pagamento Os serviços previstos nesta especificação serão pagos conforme as medições referidas no item anterior, aos preços unitários contratuais, salientando que, no primeiro caso, o pagamento será conforme as especificações próprias. No segundo caso, o volume compactado será pago conforme consta da especificação de “Reaterro de Valas”, e o volume restante ao preço unitário por metro cúbico (m³) lançado e espalhado, o qual remunera todas as operações descritas, ferramentas, mão de obra e encargos necessários à execução. 13.10. MUROS 13.10.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações técnicas para execução de muros divisórios nas unidades da PREFEITURA MUNICIPAL DE

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CONTAGEM, proporcionando a devida segurança e demarcação da área efetivamente construída da unidade. 13.10.2. Definições Muro é o elemento necessário à vedação, delimitação e segurança de uma edificação ou construção. 13.10.3. Condições Gerais Em qualquer situação, a execução de todos os muros, inclusive os de divisa, deverá ser discutida com o SUPERVISOR; sobre a necessidade de estar sobre estacas brocas e baldrames de concreto armado, tomar os seguintes cuidados:

• Consultar o projeto de implantação e/ou Cadastro da Prefeitura (CP) sobre a largura do passeio público, antes da execução do alinhamento do muro;

• Caso não exista pavimento na rua, executar o baldrame e sobre o mesmo, no mínimo três fiadas de alvenaria em bloco de concreto cheio, abaixo do atual nível da rua de terra;

• Criar juntas verticais nos muros para evitar trincas;

• Caso o terreno apresente grande desnível, o muro deverá ser escalonado.

13.10.4. Condições Específicas a. Tipos de muro a.1. Muro de vedação em concreto pré-fabricado tipo calha “V” Observa-se, na Figura 10, o detalhe do muro de vedação em concreto pré-fabricado,

utilizando-se calhas verticais em forma de “V”, produzida com concreto fck > 20MPa.

As peças deverão possuir superfície lisa e bem acabada, sem a presença de rebarbas ou falhas de concretagem, para que recebam, posteriormente, acabamento em verniz, silicone ou tinta, conforme especificação do projeto, sem a necessidade de lixamento e estucamento. a.2. Muro divisório em blocos de concreto aparente Observa-se na Figura 11, o detalhe do muro em blocos de concreto. Os blocos serão de concreto simples e espessura de 15cm, conforme especificações contidas no Capítulo “Alvenarias e Divisões” do Caderno de Encargos de Edificações. A sapata será corrida com dimensões mínimas de 0,40 x 0,20m, em concreto fck >= 15MPa. Sobre a sapata, será executado baldrame em blocos de concreto com espessura de 20cm,

preenchidos com concreto fck >= 15MPa.

Os pilares serão em concreto fck >= 20MPa dispostas a cada 2,0m, com altura de 2,50m ou

1,80m, largura de 20cm e espessura de 15cm. Sob cada pilar, será executada uma estaca broca escavada a trado de diâmetro igual a 20cm e comprimento igual a 1,00m. Os blocos serão assentados com argamassa de cimento e areia, traço 1:6.

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O acabamento superior do muro será executado com uma placa pré-moldada de concreto armado, dimensões 0,20 x 0,05m, assentada com argamassa de cimento e areia, traço 1:3. A armação dos pilaretes será realizada com 4 barras de aço CA-50 diâmetro de 10,0mm.

Figura 10 - Muro pré-moldado de concreto tipo calha “V”

a.3. Muro divisório em tijolo cerâmico furado O detalhe executivo e as especificações relativas à fundação, pilaretes e acabamento superior, serão os mesmos do “muro divisório em bloco de concreto aparente”.

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Os tijolos serão cerâmicos, furados, espessura de 10cm, assentados com argamassa de cimento e areia 1:6, conforme Capítulo “Alvenarias e Divisões” do Caderno de Encargos de Edificações. O revestimento será realizado em argamassa de cimento e areia, traço volumétrico de 1:6. A pintura será especificada em projeto e atenderá às recomendações do Capítulo “Pintura” do Caderno de Encargos de Edificações.

Figura 11 - Muro em blocos de concreto

b. Execução b.1. Muro de vedação em concreto pré-fabricado tipo calha “V” As calhas pré-fabricadas em “V” serão assentadas e concretadas em uma vala contínua

de 30cm de largura e 50cm de profundidade, preenchida com concreto fck = 15MPa,

devidamente adensado. As calhas serão posicionadas de forma a não permitir a passagem de animais, por menores que sejam (Figura 10). Antes da concretagem, as peças terão as extremidades alinhadas, mediante utilização de um fio de nylon ou arame metálico, e serão devidamente aprumadas e alinhadas umas com as outras. Só então será lançado o concreto. Este procedimento será realizado para grupos de 12 calhas de cada vez, ou seja, de 4 em 4 metros. b.2. Muro divisório em bloco de concreto aparente Para a execução dos muros, serão observadas as prescrições contidas na norma, NBR 6136 e demais orientações do Capítulo “Alvenaria e Divisões” do Caderno de Encargos de Edificações. Caso a taxa de resistência do terreno, seja inferior a 0,5kg/cm², serão tomadas precauções especiais quanto ao dimensionamento das fundações. Será efetuada a escavação da sapata nas dimensões mínimas de 40 x 20cm, e das estacas broca com diâmetro igual 20cm e comprimento de 1 metro.

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Durante a concretagem, serão fixadas ferragens de espera dos pilaretes, engastadas no mínimo 30cm dentro das estacas. Será executado o baldrame, conforme indicado na Figura 11. Os pilaretes terão, no mínimo, 4 pontos de amarração de cada lado, através de pontas de ferro ou perfuração nas testadas dos blocos. A alvenaria será aparente, observando-se o prumo, alinhamento e nivelamento. As juntas de assentamento terão espessura uniforme, na dimensão máxima 2cm, e serão rebaixadas. Depois da elevação do muro, será realizado o assentamento das placas de concreto pré- fabricadas, com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, que constituirão o arremate superior do muro. Serão executadas juntas de dilatação a cada 8 metros, conforme detalhe da Figura 11. b.3. Muro divisório em tijolos cerâmicos furados revestidos Para execução dos muros, serão observadas as prescrições contidas na norma NBR 8545 e demais orientações do Capítulo “Alvenaria e Divisões” do Caderno de Encargos de Edificações Para os muros revestidos serão seguidos os mesmos procedimento descrito no subitem b.2, naquilo que lhes disser respeito. O revestimento será realizado com argamassa de cimento e areia, traço volumétrico 1:6, de acordo com as prescrições do Capítulo “Revestimentos” do Caderno de Encargos de Edificações. 13.10.5. Critérios de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) a.1. Muros de vedação Serão levantados pelo comprimento em metros, separando-se os de altura de 2 metros e os de 2,5 metros. a.2. Muros divisórios Serão levantados pelo comprimento em metros, separando-se por tipo de material e altura. b. Medição Os serviços de execução de muros serão medidos pelo comprimento real, em metros, efetivamente executado e independente de sua natureza. c. Pagamento O serviço será pago aos preços unitários contratuais de acordo com os critérios definidos no item anterior, contemplando a escavação de valas, estacas e sapatas de concreto, pilares de concreto armado, baldrame em blocos de concreto e = 20cm, execução de juntas de dilatação, revestimento e pintura quando for o caso, bem como todos os materiais, mão de obra e ferramentas necessárias à execução do serviço.

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13.11. CERCAS DEFINITIVAS 13.11.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações técnicas para execução de cercas definitivas a serem implantadas nas unidades da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, proporcionando a devida segurança e demarcação da área efetivamente construída da unidade. 13.11.2. Definições Cerca é uma das alternativas para a necessária delimitação e segurança de uma edificação ou construção. 13.11.3. Condições Específicas Admite-se a utilização de oito tipos básicos de cercas do tipo permanente: o tipo 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 conforme determinação do projeto arquitetônico executivo. a. Materiais

• Os mourões poderão ser: - concreto ponta reta, h = 2,0m, inclusive escoras esticadores; - concreto ponta virada, h total = 2,80m, inclusive escoras e esticadores; - madeira imunizada, h= 2,0m, inclusive escoras e esticadores;

• Postes metálicos em chapa de aço galvanizada (gramatura mínima de140gr/m²), revestidos em poliéster através de pintura eletrostática (espessura mínima de 60 micras), munidos de caps plástico na porção superior, para impedir a entrada de água em seu interior, referência Poste Belgo ou equivalente, com altura de 2,03m, inclusive intermediários e escoras.

• O arame farpado será de aço zincado de dois fios nº14, conforme a NBR 6317 – “Arame farpado de aço zincado de dois fios”, devendo ser obedecida a NBR 11169 – “Execução de cercas de arame farpado”. O arame será distanciado em intervalos de 25cm e fixados às peças por grampos galvanizados em cada interseção dos fios com as peças;

• Tela galvanizada, malha 2”, fio 12 BWG;

• Tela em rolo galvanizada eletrosoldada com revestimento PVC de alta aderência, por banho de imersão, malha crimpada (fios horizontais apresentam pequenas curvaturas que permitem o ajuste de tensão final da tela); fio 2,95mm, h=2,03m resistência de 40 a 90kgf/m², referência tela Fortinet Special Belgo ou equivalente;

• Tela em painéis confeccionados com arames de aço, eletrosoldados e galvanizados, revestidos em poliéster por processo de pintura eletrostática (espessura mínima de 100 micras), com malha retangular de 50x200mm e duas malhas reforçadas com curvatura “V” de 50x100mm nas extremidades, fio 5,00mm, h = 2,43m, afixada em postes metálicos chumbados ou aparafusados no piso, referência Gradil Nylofor 3D Belgo ou equivalente.

b. Execução A cerca deverá apresentar-se contínua ao longo de toda a área a ser cercada. Deverão ser executadas observando-se os níveis no terreno, as dimensões de projeto e o tipo especificado, e as orientações do fabricante.

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As cercas padronizadas se dividem nos seguintes tipos para atender às várias necessidades de aplicação: b.1. Cerca do tipo 1 Trata-se de elemento provisório, constituído de mourões de madeira com seção 7 x 7cm comprimento total de 2,0m, sendo 60cm enterrados, e fios de arame galvanizado 2 x 14 BWG, conforme especificada no Capítulo 3 - “Instalação da Obra” deste caderno. b.2. Cerca do tipo 2 Constitui-se de pilaretes de concreto pré-fabricado convencional, altura total de 2,0m espaçados 2,50m e fechamento através de 5 fios de arame farpado. As peças de concreto tem comprimento total de 2,0m, sendo 0,60m enterrados. As peças situadas nas extremidades ou pontos de inflexão serão dotadas de escoras inclinadas a 45º, a fim de evitar o seu deslocamento por efeito de esticamento dos fios de arame. A pintura será em duas demãos, com tinta à base de PVA. As peças serão assentadas em base de concreto, conforme Figura 12.

Figura 12 - Cerca Tipo 2 - Mourões de concreto e arame farpado

b.3. Cerca do tipo 3 Constitui-se de pilaretes de madeira imunizada, com diâmetro médio de 150mm e fechamento com 5 fios de arame farpado, conforme Figura 13.

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Figura 13 - Cerca tipo 3 mourões de madeira imunizada e arame farpado

b.4. Cerca tipo 4 Constitui-se de pilaretes de concreto pré-fabricado de ponta virada e fechamento, através de 8 fios de arame farpado, sendo 5 fios na parte vertical e 3 fios na ponta virada.

• postes de concreto de ponta virada;

• 4 fios de arame farpado (bitola do aço de 1,60mm) revestido em PVC de alta aderência, bitola 2,00mm sobre o revestimento, na ponta virada.

b.5. Cerca do tipo 5 Constitui-se de pilaretes de concreto pré-fabricado de ponta virada, e fechamento em tela especial de aço galvanizado e 4 fios de arame farpado, conforme Figura 15. b.6. Cerca tipo 6 Constituída por mourões de concreto ponta virada, fios de arame liso e dois fios de arame farpado.

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Figura 14 - Cerca tipo 4 mourões de concreto ponta virada e arame farpado

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Figura 15 - Cerca tipo 5 - mourões de concreto ponta virada e tela galvanizada

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Figura 16 - Cerca tipo 6 - Mourões de concreto, 10 fios arame liso e 2 fios arame farpado

b.7. Cerca tipo 7: É fabricada em tela em rolo eletrossoldada, galvanizada, com revestimento PVC e postes metálicos, assim caracterizados:

• Tela galvanizada eletrossoldada, com revestimento PVC de alta aderência, por banho de imersão, malha crimpada ( fios horizontais apresentam pequenas curvaturas que permitem o ajuste de tensão final da tela);fio 2,95mm, h=2,03m, resistência de 40 a 90kgf/m², referência tela Fortinet Special Belgo ou equivalente.

• postes tubulares metálicos em chapa de aço galvanizada(gramatura mínima de140gr/m²), revestidos em poliéster através de pintura eletrostática (espessura mínima de 60 micras), munidos de caps plástico, na porção superior, para impedir a entrada de água em seu interior, referência Poste Belgo ou equivalente, com altura de 2,03m;

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Figura 17 - Cerca tipo 7 - Detalhe da tela em rolo, e fio

• postes esticadores – 63,5mm, espessura de chapa 1,95mm e alturas de 2,70cm ou 3,25m. Deverão ser espaçados de 20 a 25m e ter profundidade de chumbamento de 50 a 60cm, utilizados a cada início e final de trechos e mudança de direção;

• postes intermediários – 50,8mm, espessura de chapa de 1,55mm e alturas de 2,00m, 2,50m ou 3,00m. Deverão ser espaçados de 2,5 a 3,0m e ter profundidade de chumbamento de 35 a 50cm;

• escoras ou mão-francesa – 38,0mm, espessura de chapa de 1,50mm e altura de 2,00m, 2,50m ou 3,00m. São utilizados juntamente com os postes esticadores.

Figura 18 - Cerca tipo 7 detalhe dos postes metálicos

A fixação das telas nos postes deverá ser efetuada através de amarrios de arame galvanizado e plastificado, tipo alta aderência, com bitola de 2,80mm. Nos postes esticadores, amarra-se a tela em todos os cruzamentos de fios horizontais com fios verticais. Nos postes intermediários, amarra-se a tela nos 3 cruzamentos superiores e nos 3 inferiores; nos demais, a cada 3 ou 5 cruzamentos. b.8. Cerca tipo 8: Em painel de tela tipo Nylofor Belgo ou equivalente.

Tabela 3 - Características dos painéis de telas e postes

PAINÉIS POSTES

ALTURA (m)

LARGURA (m)

PESO (kg) Nº de Curvaturas

por Painel ALTURA (m)

Nº de Fixadores por Poste

Base

Chumbada Base Aparafusada

1,03 2,50 10,60 2 1,50 1,08 3

1,53 2,50 15,70 3 2,00 1,58 4

2,03 2,50 20,80 4 2,60 2,08 6

2,43 2,50 24,50 4 3,20 2,48 7

MALHA: 5 X 20cm POSTES RETANGULARES : 4 X 6cm

Ø FIOS HORIZONTAIS E VERTICAIS: 5,00mm ESPESSURA DA CHAPA: 1,55

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Painéis: Painéis confeccionados com arames de aço, eletrosoldados e galvanizados, revestidos em poliéster por processo de pintura eletrostática (espessura mínima de 100 micras), com malha retangular de 50x200mm e duas malhas reforçadas com curvatura “V” de 50x100mm nas extremidades, fio 5,00mm, h = 2,43m, afixada em postes metálicos chumbados ou aparafusados no piso, referência Gradil Nylofor 3D Belgo ou equivalente. Postes: postes tubulares metálicos, de seção retangular 40x60mm, conformados em chapa com espessura de 1,55mm em aço galvanizado (gramatura mínima de 275g/m²), revestidos em poliéster por processo de pintura eletrostática (espessura mínima de 100 micras), referência Poste Belgo, ou equivalente. Deverão ser espaçados a cada 1,25m. A instalação dos postes poderá ocorrer em função do tipo de base dos mesmos: chumbada ou aparafusada. Os postes de base aparafusada (Figura 20), têm base metálica 150x150x6mm com 4 furos de 12mm para fixação através de:

• Chumbadores de expansão - parafuso chumbador aço carbono galvanizado, de expansão por torque 3/8" x 3/4".

- Fixação Química - sistema de ancoragem referência HIT HY 150 ou equivalente, barras roscadas, referência HAS 3/8" x 75mm ou equivalente.

• A fixação dos painéis (Figura 19) nos postes deverá ser efetuada através de: - Fixadores em poliamida; - Parafusos em aço inox, cabeça boleada sextavada interna, ref. Allen M6 x

40mm ou equivalente; - Caps de acabamento; - Fechamento superior.

Figura 19 - Cerca tipo 8 - Painel de tela nylofor e fixação

Figura 20 - Cerca tipo 8 - Fixação dos postes: base chumbada ou aparafusa

c. Controle

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Os ensaios aqui preconizados são os exigidos pela ABNT, para arames farpados. Para os mourões em concreto, seguir as recomendações da norma NBR 9062 para peças em concreto pré-moldado. 13.11.4. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) As cercas serão levantadas pelo comprimento real em metros, considerando-se a inclinação do terreno e definidas por tipo. b. Medição Será aplicado o mesmo critério de levantamento. c. Pagamento O serviço será pago ao preço unitário contratual, de acordo com os critérios definidos no item anterior, os quais remuneram o fornecimento, transporte e aplicação de todos os equipamentos, mão de obra, encargos e materiais necessários à sua execução, envolvendo escavação manual, montagem das cercas, pequenos reaterros para fixação das peças e/ou concreto, se necessário demais serviços e materiais atinentes. 13.12. ALAMBRADO 13.12.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações técnicas para a execução de alambrado. 13.12.2. Definições É o elemento destinado à proteção e segurança dos campos de futebol ou praças esportivas. É constituído de tubos e telas adequadamente dimensionados. 13.12.3. Condições Específicas a. Materiais Possuem uma estrutura reticulada de tubo DIN 2440, diâmetro de 2”, preto, devidamente tratado e pintado, ou simplesmente galvanizado, espaçados de 2,70 a 3,00 metros na vertical e de, no máximo, 3,00 metros na horizontal, com fechamento em tela galvanizada de 2” e fio 12 # 2”.

Tabela 4 - Características do tubo de aço DIN 2440

Bitola (D) Classe Leve Classe Pesada

Pol. mm Espessura (mm) Peso (kg/m) Espessura (mm) Peso (kg/m)

1/4" 13,20 2,00 3,314 2,25 3,645

3/8" 17,20 2,00 4,500 2,25 4,977

1/2" 21,30 2,25 6,341 2,65 7,308

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3/4" 26,90 2,25 8,206 2,65 9,508

1" 33,70 2,65 12,174 3,25 14,642

1 1/4" 42,40 2,65 15,585 3,25 18,826

Bitola (D) Classe Leve

Classe Pesada Bitola (D) Classe Leve Classe Pesada

Pol. mm Espessura (mm) Pol. mm Espessura

(mm)

1 1/2" 48,30 3,00 20,107 3,25 21,663

2" 60,30 3,00 25,434 3,65 30,594

2 1/2" 76,10 3,35 36,060 3,65 39,126

3" 88,90 3,75 47,245 4,05 50,845

b. Execução A tela é presa entre o primeiro tubo horizontal e o ultimo tubo horizontal com arame galvanizado n.º16; se existir tubo intermediário, a tela passa por ele, sendo presa a tela ao tubo. A montagem dos alambrados nos fundos/cabeceiras possui 4m de altura e 1m nas laterais. Na Figura 21 pode-se observar o esquema do alambrado padrão, e o detalhe geral da fixação e amarração.

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Figura 21 - Esquema do alambrado padrão e detalhe de fixação

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13.13. BARREIRA DE SEGURANÇA DE CONCRETO

13.13.1. Objetivo

O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações técnicas para barreiras de segurança de concreto.

13.13.2. Definições

Dispositivo de segurança rígido e contínuo, também conhecido como guarda-rodas, dimensionado e implantado ao longo de vias públicas com formas e dimensões apropriadas para reconduzir veículos desgovernados à pista de tráfego com desacelerações suportáveis pelo corpo humano, reduzindo o impacto e a severidade dos acidentes, e também de impedir o acesso de veículos desgovernados a locais que ofereçam riscos de acidentes, como travessia de canteiro central, precipícios e outros elementos fixos, como pilares de viadutos, postes árvores e suportes de sinalização.

As barreiras possuem variações e componentes assim definidos:

a. Barreira simples

Barreira dotada de superfície de deslizamento, conforme Figura 22, Figura 23 e Figura 24.

b. Barreira dupla

Barreira dotada de duas superfícies de deslizamento opostas.

c. Terminal

Trecho inicial ou final da barreira, com dimensões tais que não ofereçam elementos agressivos aos veículos, e devendo estar protegido com amortecedores de impacto.

d. Superfície de deslizamento

Parte da barreira que recebe o impacto lateral de veículos desgovernados, reconduzindo-os à pista por efeito de sua forma, em resultado do atrito veículo-barreira. É constituída de três partes:

• guia: plano vertical;

• rampa: plano inclinado, com ângulo de 55° com a horizontal, para a barreira de perfil NJ, tipo “New Jersey”;

• mureta: plano inclinado, com ângulo de aproximadamente 84° com a horizontal.

13.13.3. Condições Específicas

As barreiras de concreto simples, armado ou protendido, devem ser projetadas para diferentes níveis de contenção, adotando solicitações transversais de carga concentrada (força de impacto), aplicada na borda superior da barreira, definidos em norma específica.

O projeto deverá conter as dimensões da barreira, armadura (no caso de concreto armado ou protendido), e a resistência característica do concreto.

As barreiras deverão ser dimensionadas em projeto específico e deverão possuir:

• dispositivos para absorção de choques, instalados junto a obstáculos de desaceleração gradual dos veículos até a sua parada segura, com a finalidade de reduzir a severidade dos impactos frontais;

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• elemento refletivo, para proporcionar a visibilidade noturna e aumentar a segurança.

A altura da barreira poderá ser aumentada até a altura conveniente, quando necessário, para impedir a travessia de pedestres ou para melhorar a função antiofuscante, desde que a superfície de deslizamento tenha a forma estabelecida na norma.

Quando necessário, a largura da barreira poderá ser aumentada a critério do projetista com o objetivo de aumentar a resistência ao impacto, também preservando a superfície de deslizamento.

Quando as barreiras forem pré-moldadas, deverão atender à norma NBR 9062, com comprimento mínimo de 2m. Devem ser dotadas de dispositivo de transferência de esforços transversais decorrentes dos impactos de veículos, que deverão ser compatíveis com os níveis de contenção a qual foi projetada.

As juntas de dilatação, outros espaçamentos ou folgas entre peças pré-moldadas, não devem ser maiores que 30mm, salvo especificação em projeto, mas nunca superior a 50mm.

a. Barreira de concreto padrão PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM

A barreira de concreto armado aqui padronizada será empregada como dispositivo de segurança dos veículos em pontes, viadutos e vias sanitárias com canalizações abertas, nas obras executadas pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM.

a.1. Materiais

a.1.1. Concreto

O concreto deverá obedecer às normas NBR 12654, 12655 e possuir resistência característica mínima de 25MPa.

O cimento será de alta resistência inicial e deverá satisfazer às exigências das NBR 5732/80 e 5733/80.

Os agregados deverão possuir diâmetro menor do que um terço da espessura da parede das peças, e deverá satisfazer à NBR 7211/83.

A água deve ser límpida e isenta de teores prejudicais de sais, óleos, ácidos, álcalis e substâncias orgânicas. As armaduras devem ser de aço CA-50 e deverá satisfazer à NBR 7480, com recobrimento mínimo exigido por norma.

b. Execução

As peças serão fabricadas e curadas pelos procedimentos exigidas na norma NBR 9062.

A estrutura de suporte será fixada com argamassa de cimento e areia no traço volumétrico 1:3.

Tabela 5 - Consumo de materiais por módulo de 2 metros de barreira

Descrição Unidade Quantidade

Forma m² / unidade 6,41

Aço CA 50 kg / unidade 71,00

Concreto 25MPa m³ / unidade 0,63

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Argamassa 1:3 m³ / unidade 0,02

c. Controle Os materiais e misturas deverão ser submetidos aos ensaios exigidos pelas normas:

• Agregados - NM 26, NM 248, NBR 7218, NM46, NM 49, NM 51;

• Armadura para concreto – NBR ISO 6892, NBR 6153/88, 7477/82, 7478/82;

• Cimento – NBR 7215/82, NBR 7224, NBR NM 1;

• Concreto – NBR 5739/2008.

Figura 22 - Barreira de concreto armado simples - forma

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Figura 23 - Barreira de concreto armado simples – armação 1

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Figura 24 - Barreira de concreto armado simples - Armação 2

13.14. ESTRUTURA SUPORTE PARA FIXAÇÃO DE ARAME FARPADO 13.14.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações técnicas para a estrutura suporte para fixação em arame farpado. 13.14.2. Definições Estrutura em perfil metálico que é assentada sobre o muro divisório, sustentando os fios de arame farpado. Esta estrutura é utilizada em situações onde, por motivos de segurança, faz-se necessário prolongar a altura do muro.

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13.14.3. Condições Específicas a. Materiais A estrutura é constituída por suportes de cantoneira de ferro de 11/2” x 3/16” com 1 metro de comprimento, fixados ao muro através de chumbadores dispostos a cada 2 metros de distância. b. Execução A cantoneira será instalada sobre o muro, fixada com argamassa 1:3. A estrutura receberá cinco fios horizontais de arame farpado, devidamente esticados e amarrados às cantoneiras. Deverá ter acabamento pintado, em esmalte sintético na cor especificada em projeto. 13.14.4. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) O serviço será levantado por unidade de cantoneiras a serem instaladas, e por metro de arame farpado, levantados separadamente. b. Medição Será aplicado o mesmo critério de levantamento. c. Pagamento O serviço será pago aos preços unitários contratuais, contemplando todos os materiais, mão de obra e ferramentas necessárias à execução dos serviços. 13.15. LIXEIRA 13.15.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações técnicas para a instalação de lixeiras em logradouros, praças e áreas de projetos especiais. 13.15.2. Definições As lixeiras são elementos destinados a receber resíduos e todo tipo de material que tenha sido descartado, ou com possibilidade de serem reciclados. 13.15.3. Condições Gerais Os cestos não deverão ser instalados em passeios com largura inferior a 1,60m ou nas proximidades de entradas de garagens, extremidades das faixas de travessia de pedestres ou em canteiros centrais e áreas ajardinadas dos passeios. Deverá sempre ser observada a preservação do espaço livre destinado à manobra de veículos e à circulação de pedestres; 13.15.4. Condições Específicas

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a. Especificações Serão abordados quatro tipos de lixeiras: a.1. Tipo 1 – padrão SLU Será utilizada em praças e vias públicas (Figura 25). a.2. Tipo 2 – lixeira metálica basculável Será utilizada em praças e vias públicas (Figura 26). a.3. Tipo 3 – lixeira individual (Lxp AMRP11 – 80 litros – Mitra ou equivalente) Será utilizada em praças, escolas e postos de saúde (Figura 27). a.4. Tipo 4 – lixeira seletiva (Lxp SERP11 – 80 litros – Mitra ou equivalente) Será utilizada em praças, escolas e postos de saúde (Figura 27).

Figura 25 - Lixeira tipo 1 - cesto em polietileno

b. Execução O cesto deverá ser posicionado com altura de sua boca de carregamento a 1,2m (um metro e vinte centímetros) do piso; As hastes suporte do cesto deverão ser chumbadas no piso, de forma que resistam firmemente ao processo frequente de basculamento do cesto;

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Os cestos deverão ser posicionados com a boca de carregamento voltada para o passeio, facilitando a utilização pelo pedestre, sendo ainda observados os critérios de distância em relação ao meio-fio e entre os cestos, bem como outras orientações da SLU. Os cestos de PEAD serão instalados em postes de iluminação (sem transformador), quando estes existirem próximos à locação prevista, ou quando o passeio tiver largura inferior à do desenho. Os cestos de chapa metálica deverão ser instalados com posicionamento paralelo ao meio-fio.

Figura 26 - Lixeira tipo 2 - cesto metálico basculável

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Figura 28 - Localização da lixeira em esquina

Quando se tratar de localização em esquina, deve ser considerada ainda a distância de 5,0m (cinco metros), contados a partir do alinhamento dos lotes.

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A instalação e a retirada de cestos em área de interesse cultural, integrante de conjuntos urbanos e ambientais protegidos por tombamento e no entorno de edificações tombadas estão sujeitas a parecer do órgão municipal responsável. Os novos cestos deverão ser instalados com o nº de identificação constante nos mapas e planilhas de implantação gravado no corpo do equipamento, conforme demonstrado nos desenhos anexos. O código de identificação de cada cesto foi determinado da seguinte forma:

• As duas primeiras letras indicam a região onde o cesto será instalado;

• Os dois algarismos seguintes representam a fase de instalação do cesto dentro desta regional;

• Os três algarismos restantes correspondem ao número do cesto instalado dentro do total de cestos de sua fase de instalação.

O modelo de cesto deve obedecer às medidas e especificações definidas nos desenhos anexos e, na sua instalação, deverão ser conferidos os seguintes itens:

• dimensões do cesto;

• espessura das chapas;

• distância da boca de carregamento em relação ao piso;

• numeração de cada cesto, que deverá condizer com a constante dos mapas de instalação e das planilhas;

• os parafusos de fixação;

• qualidade da solda;

• existência dos drenos;

• tipo de chumbamento;

• homogeneidade da pintura;

13.15.5. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) Os serviços serão levantados por unidade a ser instalada. b. Medição Será aplicado o mesmo critério de levantamento. c. Pagamento O serviço será pago aos preços unitários contratuais, contemplando o fornecimento e instalação das lixeiras, incluindo todos os materiais, mão de obra e ferramentas necessárias à execução dos serviços. 13.16. PLANTIO DE GRAMA 13.16.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva definir as especificações e recomendações técnicas para execução de serviços de plantio de grama nas unidades da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, visando favorecer a estética e o escoamento das águas pluviais por infiltração.

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13.16.2. Definições O serviço em questão consiste na implantação de grama, em tapetes ou placas, em áreas amplas e abertas, contribuindo, além de outros aspectos, para recuperação e proteção ambiental. Serão utilizadas espécies definidas nos projetos paisagísticos e devidamente aprovadas pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. O plantio de grama em mudas será utilizado em áreas reduzidas, onde se faz necessário um tratamento paisagístico mais elaborado. O plantio por semeadura consiste no lançamento de sementes de gramíneas (hidrossemeadeiras), pelo processo manual, ou de leguminosas, através de equipamento apropriado ao preparo do terreno. 13.16.3. Condições Específicas Engenheiro Agrônomo ou Florestal, responsável técnico da CONTRATADA, realizará uma vistoria técnica no local, para avaliar a complexidade e as possíveis interferências. Antes do início dos serviços, a CONTRATADA providenciará a análise textural do solo ou granulométrica, e análise de fertilidade. Com o resultado da análise, será dimensionada, pelo Engenheiro Agrônomo ou Florestal, responsável da CONTRATADA, a proporção correta dos insumos de correção e adubação. Este dimensionamento será aprovado pela SUPERVISÃO DE OBRAS da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. A CONTRATADA deverá providenciar a Anotação de Responsabilidade Técnica em até 10 (dez) dias corridos, contados a partir do início dos serviços, cobrindo todo escopo contratado; O responsável técnico deverá acompanhar todas as etapas dos serviços e estar disponível junto à SUPERVISÃO, sendo, inclusive, responsável por responder qualquer questionamento referente aos serviços executados. a. Materiais Os gastos referentes à compra de mudas e outros insumos (tutor, gradil, adubo, irrigação, etc.), bem como os referentes à execução do plantio e tratos culturais deverão constar da planilha orçamentária da obra. a.1. Grama em placas Em função da atividade, serão especificadas as seguintes espécies para o plantio de grama:

• Grama Batatais em placas (Paspalum notatum);

• Grama São Carlos em placas (Axonopus compressus);

• Grama esmeralda em placas (Wild zoysia);

• Telas e mantas biodegradáveis. a.2. Sementes Serão empregadas sementes de gramíneas e leguminosas indicadas no projeto, contendo a referência da porcentagem de pureza e de poder quantitativo e, ainda, a fonte de produção.

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a.3. Telas e mantas biodegradáveis Para trabalhos de recuperação e proteção ambiental, proteção de nascentes, controle de processos erosivos, revegetação de áreas degradadas e estabilização de encostas e taludes, podem ser utilizadas, como mecanismo auxiliar ao processo de plantio, as telas e mantas biodegradáveis, constituídas de fibras têxteis entrelaçadas por adesivos biológicos. De um modo geral, são especificadas para superfícies onde existem processos de mobilização e carreamento de particulados como:

• Áreas recém terraplenadas;

• Taludes de corte e aterro de até 60º (graus);

• Proteção de cursos d’água;

• Área com recobrimento de vegetação deficiente;

• Proteção de dispositivos de drenagem;

• Área de deposição de resíduos industriais;

• Aterros sanitários;

• Quaisquer superfícies de solo desprotegidas contra a ação de processos erosivos.

A composição, degradabilidade, gramatura, resistência e instalação das telas e mantas biodegradáveis se adequam às necessidades dos projetos de recuperação e proteção ambiental específicos, já que esses destinam-se a diferentes necessidades e situações.

Os tipos que deverão ser selecionados, de acordo com o projeto específico, variam de acordo com a textura, a estrutura do terreno, pluviosidade local, escorrimento superficial, gramaturas e resistências, dentre outras variáveis, e podem ser divididas conforme distribuído na Tabela 6.

b. Execução

b.1. Plantio de grama em tapetes ou placas Deverá ser feita a capina manual do terreno, removendo todas as ervas daninhas, inclusive seu sistema radicular. Todo o entulho deverá ser levado para o aterro sanitário da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. O terreno será escarificado (“fofado”) a 20cm de profundidade, descompactando o solo, o que propiciará o desenvolvimento do sistema radicular da grama, exceto nos taludes.

A escarificação deverá ser efetuada em toda a área, independente do volume de terra vegetal a ser distribuído para o nivelamento do terreno.

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Tabela 6 -Tipos de mantas biodegradáveis para proteção de taludes

TELA/MANTA GRAMATURA RESISTÊNCIA DEGRABILIDADE INDICAÇÃO

NORMAL 1000g/m² 240 kg/m 8 a 12 meses Taludes de 45º a 50º de

declividade

MÉDIA RESISTÊNCIA

1500g/m² 320 kg/m 12 a 18 meses Taludes de 50º a 60º de

declividade

ALTA RESISTÊNCIA

2000g/m² 400 kg/m 18 a 24 meses Taludes de 50º a 60º com

instabilidade e muito estéreis

REFORÇADA É a tela de alta resistência conjugada com telas metálicas ou

de material sintético.

Taludes superiores a 60º, ou locais onde os processos erosivos

mobilizam objetos maiores como pedras.

O entulho (resto de asfalto, pedras, restos de concretos, etc.) proveniente desta escarificação, também deverá ser removido. Realiza-se, então, a regularização do terreno, evitando-se depressões e ondulações. Sobre terreno regularizado, será lançada uma camada de terra vegetal com espessura mínima de 10cm. Para adubação poderão ser utilizados os insumos a seguir relacionados:

• Calcário Dolomítico;

• Terra Cottem (condicionador de solo);

• Fosfato natural de Araxá;

• Super Fosfato simples;

• N-P-K 04-14-08. A utilização do condicionador de solo Terra Cottem ficará a critério do responsável técnico da CONTRATADA, sendo mais indicado para locais de difícil irrigação e manutenção. A aplicação adequada das quantidades dos produtos acima referidos (ou equivalente) será verificada, acompanhada e aprovada pela SUPERVISÃO da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. A incorporação dos insumos e adubos será efetuada a 20cm de profundidade, promovendo a total homogeneização dos mesmos com a terra vegetal e a terra local previamente escarificada, para que ocupem a área de desenvolvimento radicular do gramado.

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O terreno será então novamente regularizado, com posterior compactação leve, principalmente nas áreas onde houve maior reposição com terra vegetal para nivelamento. Para execução da compactação será usado “soquete” manual. Esta etapa deverá ser executada com rigor, para evitar o afundamento do material após o plantio. Deverá ser utilizada grama em “tapetes” (2 “tapetes” formam 1m², ou 4 “tapetes” formam 1m2), evitando gramas em “placas” (9 “tapetes” formam 1m²). Este cuidado facilitará a aplicação do adubo em cobertura, evitando a grande quantidade de ervas daninhas novamente contida na grama em placas. A grama com ervas daninhas será refugada antes do plantio e, nas áreas onde aparecerem, posteriormente ao plantio, serão substituídas integralmente, desde que constatado que as mesmas são provenientes da grama implantada. Após o plantio, a grama será irrigada, levemente compactada e coberta com uma camada de terra vegetal com espessura de 2cm. A irrigação, após plantio, deverá ser realizada com caminhão pipa. Na ponta da mangueira, deverá existir um crivo para que, durante a irrigação, o jato de água não remova os tapetes de grama, nem o adubo colocado em cobertura. Serão gastos, em média, 2 litros de água por metro quadrado, em intervalos de tempo que serão definidos em função do clima no período de irrigação, não devendo, em hipótese alguma, ultrapassar as horas estipuladas na Planilha de Orçamento. Durante o período de irrigação (três meses), o empreiteiro deverá manter, no local, uma equipe de um jardineiro e dois serventes para que mantenham a grama, substituam os tapetes que morrerem, façam a eliminação das ervas daninhas que germinarem no local, indiquem os principais locais onde haja necessidade de irrigação e cortem o gramado quando necessário. Toda a sequência e a descrição dos serviços acima devem ser obedecidas, e em hipótese nenhuma poderá ser alterada. Será de responsabilidade da CONTRATADA o pagamento das taxas de bota-fora referentes a todos os serviços de limpeza executados. b.2. Plantio de grama em mudas Serão seguidas as mesmas prescrições do plantio de grama em tapetes ou placas, descritas no subitem c.1. b.3. Plantio de grama em sementes b.3.1. Gramíneas A semeadura de gramíneas será feita com equipamento apropriado (hidrossemeadeira), e exigirá a prévia preparação da superfície do terreno, seguindo a capina, escarificação, nivelamento e regularização. As outras operações serão realizadas conjuntamente, na semeadura hidráulica, mediante a mistura prévia no tanque da hidrossemeadeira, salvo se houver incompatibilidade entre os elementos a misturar. b.3.2. Leguminosas

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A semeadura de leguminosas poderá ser executada tanto por hidrossemeadura, obedecendo às mesmas regras estipuladas para gramíneas, como pelo processo manual, em cavas ou sulcos. Nessa última hipótese, o projeto indicará as dimensões das cavas e distância dos sulcos, outros tratamentos como calagem e quantidades de sementes por cava. A semeadura com leguminosas deverá ser executada em áreas inclinadas, situadas abaixo do plano da via, por não apresentarem, em geral, bom aspecto paisagístico. b.4. Aplicação das telas e mantas biodegradáveis Para a execução das telas ou mantas biodegradáveis, deverá ser observado o seguinte:

• Podem ser aplicadas diretamente sobre a superfície que se deseja proteger ou após o semeio ou plantio de vegetação, com finalidades estéticas, ambientais e estabilização de solos;

• Após o acerto do terreno, preparo do solo e aplicação de fertilizantes, corretivos ou sementes, estende-se a tela ou manta, ao longo do talude ou área, fazendo trespasse entre uma tela e outra;

• Após aplicação da tela, efetua-se a fixação através de grampos de aço, bambu ou madeira, dependendo do tipo de solo em que será fixado o produto;

• A área deverá ser irrigada, conforme descrito anteriormente. c. Controle O controle da execução dos serviços será efetuado pela SUPERVISÃO da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, que exigirá a correta aplicação destas especificações e de outras indicadas no projeto ou contrato. Após os serviços concluídos, as áreas revestidas serão vistoriadas, não devendo apresentar falhas de implantação ou de incidência de ervas invasoras. Vencido o prazo de consolidação, ou seja, no mínimo 90 dias após o plantio, será efetuada nova inspeção para verificação se a área recebeu os tratamentos apropriados, e se 95% dela está coberta pela vegetação especificada, em perfeito estado de vigor e sanidade. 13.16.4. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) Os serviços de plantio de grama em tapetes ou placas, ou sementes e aplicação de tela vegetal serão levantados pela área a ser aplicada, expressa em m², segundo o tipo de grama ou tela a ser utilizada. b. Medição Os serviços de plantio de gramas em geral e tela vegetal serão medidos pela área efetivamente aplicada, expressa em metros quadrados. A liberação da medição será vinculada à prévia constatação, pela SUPERVISÃO, do correto emprego das quantidades pré-estabelecidas de adubos e insumos. c. Pagamento

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O serviço será pago aos preços unitários contratuais, de acordo com os critérios definidos no item anterior, que remunera o fornecimento, transporte, espalhamento, adubos, terra vegetal, equipamentos, mão de obra, encargos e materiais necessários à execução de todas as etapas descritas na metodologia de execução, inclusive as horas de consultoria do Engenheiro Agrônomo ou Florestal responsável técnico da CONTRATADA. O dimensionamento dos insumos necessários à execução dos trabalhos, tais como: adubos, terra vegetal, etc., será de responsabilidade deste profissional, e deverá ser devidamente aprovado pela SUPERVISÃO da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Toda e qualquer análise do solo requerida pelo responsável técnico da CONTRATADA, será de total responsabilidade da mesma. Os critérios para pagamento são:

• 20% após o plantio;

• 60% em 30 (trinta) dias após a confirmação da pega;

• 20% após a inspeção final da SUPERVISÃO mencionada no subitem d “Controle”. 13.17. AJARDINAMENTO 13.17.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva definir as especificações e recomendações técnicas para a execução de serviços de ajardinamento nas unidades da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM e logradouros públicos do Município de Contagem. 13.17.2. Definições O ajardinamento é a atividade de construção de jardins incluindo o plantio de mudas para arborização de logradouros públicos, segundo projeto específico que define as espécies a serem utilizadas aprovado pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, e as demais prescrições técnicas contidas neste caderno. A vegetação melhora a ambiência urbana:

• Ameniza a radiação solar;

• Modifica a velocidade e direção do vento;

• Atua como barreira acústica;

• Quando em grande quantidade, interfere na frequência das chuvas;

• Através da fotossíntese, reduz a poluição do ar;

• Controla a iluminância natural. 13.17.3. Condições Gerais O Engenheiro Agrônomo ou Florestal, responsável técnico da CONTRATADA, realizará uma vistoria técnica no local, para avaliar a complexidade e as possíveis interferências; Antes do início dos serviços, a CONTRATADA providenciará a análise textural do solo ou granulométrica e análise de fertilidade. Com o resultado da análise, será dimensionada, pelo Engº Agrônomo ou Florestal, responsável da CONTRATADA, a proporção correta dos insumos de correção e adubação. Este dimensionamento será aprovado pelo técnico responsável da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM.

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O projeto paisagístico deverá ser implantado observando criteriosamente as determinações técnicas. É importante que SUPERVISÃO seja informada imediatamente após a execução do plantio, para que seja elaborado relatório fotográfico e solicitada vistoria. Essa medida impedirá que possíveis depredações provocadas pela população venham a causar maiores problemas, como a obrigatoriedade de fazer novo plantio. A CONTRATADA deverá providenciar a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART em até 10 (dez) dias corridos, contados a partir do início dos serviços, cobrindo todo escopo contratado; O Responsável técnico deverá acompanhar todas as etapas dos serviços e estar disponível junto à SUPERVISÃO, sendo, inclusive, responsável por responder qualquer questionamento referente aos serviços executados. 13.17.4. Condições Específicas a. Materiais Os gastos referentes à compra de mudas e outros insumos (tutor, gradil, adubo, irrigação, etc.), bem como os referentes à execução do plantio e tratos culturais deverão constar da planilha orçamentária da obra. a.1. Especificação técnica a.1.1. Escolha das espécies A escolha das espécies que irão compor o projeto e outros procedimentos necessários, como plantio, poda, transplante ou supressão de espécies, deverão estar de acordo com as normas estabelecidas pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Só será aceito projeto de profissional com atribuições definidas pelo CREA: Arquiteto, Engenheiro Agrônomo ou Florestal. O responsável pelo projeto deverá ter certeza de que as espécies especificadas sejam facilmente encontradas no mercado, deverá ser dada prioridade às espécies nativas. Recomenda-se a consulta de manuais e bibliografias especializadas, tais como:

• Plantas ornamentais no Brasil - Arbustivas, herbáceas e trepadeiras, de autoria de Harri Lorenzi e Hermes Moreira e Souza;

• Árvores Brasileiras - Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, escrito por Harri Lorenzi;

• Manual de arborização da CEMIG.

• O projeto deverá conter um quadro com a listagem das espécies escolhidas, que especifique:

- Nome popular; - Nome científico; - Tamanho da muda; - Quantidade de mudas, indicando, no caso de forrações e maciços arbustivos,

a quantidade por metro quadrado. a.1.2. Critérios para a escolha da vegetação

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A escolha adequada das espécies é fator decisivo para o sucesso do paisagismo, sendo, portanto, necessários conhecimentos técnicos que abranjam os aspectos climáticos, edáficos, fisiológicos e ambientais. Os principais fatores que afetam a escolha adequada das espécies para compor o projeto paisagístico são:

• Edáficos - Trata-se da adaptação das espécies às condições do local onde será

realizado o plantio, por isso é necessário conhecer as características do solo, com informações como: pH, fertilidade natural, salinidade, toxidez, textura, drenagem e matéria orgânica. A terra para plantio deve ser de boa qualidade (nem muito arenosa, nem muito argilosa), isenta de ervas daninhas e devidamente tratada com corretivos e fertilizantes.

• Climáticos - O clima possui forte influência sobre o desenvolvimento das plantas, sendo

importante na definição das espécies para cada região. Ele interage com os demais componentes do meio natural, em particular com o solo, assim como com a fisiologia das diferentes espécies vegetais.

- A importância do clima se deve ao fato de que as condições climáticas não podem ser reproduzidas artificialmente, enquanto que para alguns fatores edáficos isso é possível. Dentre os fatores climáticos deve-se avaliar: tolerância à seca, a geadas, déficits hídricos da região, precipitação anual, temperaturas médias anuais e umidade relativa:

• Temperatura: A temperatura do ar apresenta diferentes efeitos sobre a vegetação, variáveis em função das diferentes fases do ciclo vegetativo ou de repouso da planta. Algumas espécies são bastante resistentes às baixas temperaturas na estação do inverno, quando se encontram em período de repouso vegetativo. Em certos casos, o frio é importante para a quebra de dormência das gemas, no sentido de assegurar uma brotação adequada. Em geral, temperaturas iguais ou superiores a 18°C são favoráveis no período de floração, sobretudo se associadas a dias com bastante insolação e pouca umidade, quando também ocorre grande atividade fotossintética.

• Insolação e radiação solar: Algumas espécies são mais exigentes em luz, requerendo elevada insolação durante o período vegetativo, fator importante no processo da fotossíntese. A radiação solar recebida pela planta em determinado local é função da latitude, do período do ano, da nebulosidade, da topografia e da altitude, dentre outros. Normalmente, uma maior insolação está correlacionada a um menor número de dias de chuva, sendo variável em função da região.

• Necessidade de água - Entre os principais fatores de competição das plantas (água, luz e

nutrientes), a disponibilidade de água sempre se destaca como a principal preocupação. Isso se deve à sua essencialidade, sendo um dos principais constituintes das células vegetais, atuando em todos os processos metabólicos, como crescimento, fotossíntese e transpiração. A demanda hídrica das plantas varia em função das diferentes fases do ciclo vegetativo.

- Arbustos e forrações não resistem a estiagens prolongadas, por possuírem raízes pequenas, que não alcançam profundidade onde a umidade é maior. Há, por outro lado, espécies bastante resistentes à seca. É importante salientar também a importância da reserva hídrica do solo. Ela é função da capacidade de retenção de água do solo, do aporte de água pela chuva e irrigação, das perdas por escorrimento superficial e por percolação.

a.1.3. Recomendações para o sombreamento urbano

• Limitar em dois terços a incidência dos raios solares em circulação de pedestres, estacionamento e praças, durante o verão.

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• Garantir a insolação das fachadas norte, leste e oeste e por, no mínimo, 2 horas diárias, durante o inverno;

• Redução da emissão da radiação de onda longa dos edifícios para a atmosfera, a fachada que está mais fria, emite menos calor para o ambiente;

• Redução da iluminância natural dos ambientes internos, para evitar ofuscamento. a.1.4. Controle da poluição atmosférica A vegetação urbana tem importante capacidade de remoção de partículas e gases poluentes da atmosfera. Processos de amenização da poluição gasosa pelas plantas, como filtragem ou absorção, diluição, oxigenação, oxidação. Efeitos da vegetação sobre poeiras:

• Aerodinâmico: depende da modificação na velocidade dos ventos;

• Captação (filtro): depende de propriedades físicas, químicas e fisiológicas das espécies.

As espécies que melhor atuam em relação ao efeito aerodinâmico são as que têm folhas miúdas. .As espécies serão selecionadas, compatibilizando suas características com as limitações impostas pelo ambiente que irá recebê-las. A seguir, algumas orientações: As espécies mais indicadas para a arborização de vias urbanas são aquelas que apresentam um sistema radicular pivotante e profundo. As espécies com raízes superficiais devem ser plantadas em locais amplos, tais como: parques, praças e canteiros centrais com pelo menos 2m de largura. Evitar o plantio de espécies com espinhos ou acúleos ou com tronco de pouca resistência e volumosos. O formato e a dimensão da copa devem estar de acordo com o local do plantio. A dimensão deve ser compatível com o espaço físico, permitindo o livre trânsito de veículos e pedestres, evitando-se também, danos às fachadas e conflitos com a sinalização, iluminação e placas indicativas. Dar preferência às espécies de folhagem permanente. É importante verificar o tamanho e a textura das folhas para evitar o entupimento em calhas e bueiros. É necessário, também, evitar espécies de folhagem que criam sombreamento excessivo em locais de pouca incidência de luz solar. Usar preferencialmente as espécies que produzam grande intensidade de flores pequenas. Evitar a utilização de espécies que produzam frutos grandes e carnosos em arborização de vias públicas, evitando-se assim, acidentes com pedestres e veículos. É necessária a utilização de espécies resistentes ao ataque de pragas e doenças, tendo em vista que não é adequado o uso de fungicidas e inseticidas em meio urbano, pois pode comprometer a saúde dos usuários próximos. É necessário, também, que sejam espécies que se adaptem ao clima loca.; Utilizar, nos passeios, espécies que tenham crescimento regular. As espécies de crescimento muito lento são mais depredadas, enquanto as de crescimento muito rápido, em razão do seu porte, podem trazer problemas futuros. As espécies alergógenas e tóxicas não devem ser selecionadas em arborização urbana.

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Em ruas que tenham entre 6 e 8 metros, e passeios que tenham entre 1,50m e 2,0m de largura, deve-se plantar espécies de pequeno porte, de copa reduzida, principalmente quando não houver recuo do imóvel. O espaçamento adotado para o plantio, neste caso, é de 4,0 a 6,0 metros. Em ruas com mais de 8,0 metros de largura, e passeios que tenham mais de 2,0 metros, deve-se plantar espécies de porte médio, podendo-se utilizar espécies de porte grande quando houver recuo do imóvel e não houver fiação aérea. O espaçamento recomendado para plantio é de 6,0 a 12,0 metros. Em passeio com postes de iluminação com fiação aérea ou com rede elétrica subterrânea, tubulações de água, esgoto e telefone deve-se plantar espécies de pequeno porte com sistema radicular pivotante. Nestes casos, os órgãos envolvidos – PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, COPASA, CEMIG e concessionárias de telefonia, devem fazer consultas entre si para obter informações sobre as instruções de arborização. a.2. Árvores a.2.1. Generalidades Para arborizar a cidade, recomendam-se os seguintes critérios:

• Nas ruas e avenidas: - Arborizar mais densamente ruas e avenidas com maior fluxo; - Utilizar espécies que possuam folhas pequenas e miúdas; - Ruas transversais às vias de trânsito intenso devem ser arborizadas para

evitar canais de distribuição de poluições.

• Áreas industriais: - Barreira vegetal - 30m de espessura; - Criação de parques em formas de anéis; - Colocar barreiras mais largas e espessas no sentido oposto a direção dos

ventos dominantes locais.

• Canteiros centrais: - Raízes pivotantes para não prejudicar os pavimentos; - Copa alta para boa visão dos motoristas.

• Passeios onde haja infraestrutura (redes aéreas): - Espécies arbóreas de pequeno porte;

• Calçadas laterais de vias: - Espécies de médio porte para controlar a poluição;

• Calçadas sem redes aéreas: - Raízes pivotantes e copa alta. A presença da árvore provoca um aumento da umidade relativa do ar em todos os recintos. As copas muito densas retém mais água, e o tipo de folhagem é importante para umidade:

• Folhas pequenas, claras e lisas: mais umidade do ar;

• Folhas grandes rugosas: menos umidade do ar;

• Velocidade do vento: - Espaços fechados: maior umidade do ar; vento com menor velocidade; - Espaços abertos: menor umidade, pois vento com maior velocidade.

• Desempenho acústico da vegetação - Árvores ajudam a diminuir os níveis de ruído das seguintes maneiras:

- Absorção de som (elimina-se o som); - Desviação (altera a direção do som);

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- Reflexão (som refletido volta a fonte de origem); - Refração (ondas sonoras mudam de direção ao redor de um objeto); - Ocultamento (cobre-se o som indesejado com outro mais agradável).

Barreiras mistas, formadas por árvores, arbustos e forrações são mais efetivas na atenuação dos sons do que plantios de uma única espécie. Barreiras protetoras com mais de 2m de altura oferecem, além da proteção acústica, proteção visual em relação à fonte emissora de ruído. (Efeito psicológico benéfico) Gramados, cercas vivas e arbustos podem constituir excelentes barreiras para o som produzido pelo trânsito de automóveis. Trânsito de automóveis “ruído de fundo” utilizar - grama + cerca viva para atenuar. Atenuação do som pela combinação de vegetação e massa construída. Maciços de vegetação protegem da poluição sonora os recuos laterais dos edifícios.

• Via de alto fluxo (barreira acústica);

• Vegetação como barreira acústica;

• Estacionamento com barreira acústica. a.2.2. Árvores símbolos A árvore símbolo do Brasil é o Ipê amarelo, sendo esta espécie imune de corte. Qualquer árvore do município poderá ser declarada imune de corte mediante ato da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, por motivo de sua localização, raridade, antiguidade, de seu interesse histórico, científico ou paisagístico, ou, ainda, de sua condição de porta-sementes. O plantio de árvores em Contagem deve ser autorizado pela Prefeitura com o parecer de um Engenheiro. Isto porque o plantio de uma espécie em local inadequado para suas características pode trazer problemas. O planejamento da arborização deve ser feito de forma tal que ela proporcione o máximo de benefícios causando o mínimo de problemas. Quando o Engenheiro avalia qual a melhor espécie a ser colocada em cada lugar, ele verifica os elementos que compõem o espaço, largura do passeio, afastamento da edificação, existência de rede de energia e outros, e as características das espécies disponíveis. Para ilustrar os problemas que decorrem do mau planejamento, podemos descrever algumas situações. Existe uma tendência em se acreditar que em passeios estreitos deve se plantar espécies de pequeno porte, mas é frequente que espécies de pequeno porte tenham copa baixa, o que atrapalha a circulação de pedestres. Se o passeio é largo, também as espécies de pequeno porte podem não ser a melhor escolha, pois elas cumprem com deficiência uma das funções principais das árvores nas cidades que é o de amenizar o clima com o sombreamento. Portanto, a PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM deverá ser consultada sempre que houver interesse no plantio em logradouro público, ou um profissional habilitado, caso este plantio seja dentro do imóvel. Abaixo, estão relacionadas algumas espécies agrupadas de acordo com seu local de utilização:

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a.2.3. Parques Priorizar espécies de grande porte, e nativas da flora brasileira, que forneçam alimento e abrigo para a fauna. Dentre elas, pode-se citar: Ipês, Jequitibá, Jatobá, Copaíba, Sapucaia, Pau-ferro, Jacarandá, Cedro, Eritrinas, Cássias, Angicos, Gameleiras, Figueiras, Ingás, Paineiras, Pau-rei, Sucupira, Mirtáceas, Palmeiras nativas e fruteiras brasileiras em geral. a.2.4. Praças Priorizar espécies de grande porte e explorar, sempre que possível, a diversidade da flora nativa, não se prendendo a poucas espécies e lembrando que as árvores possuem períodos de floração variados, oferecendo continuamente, alimento para a fauna. Sugestões: Sapucaia, Ipês variados, Pau-ferro, Pau-mulato, Cássia Rosa e Imperial, Eritrinas, Paineiras, Escumilhas, Manacá, Calistemon, Palmeiras nativas, Flamboyant. a.2.5. Logradouros Quanto ao porte, sugere-se:

• Grande porte: Ipê roxo, Ipê amarelo, Ipê rosado, Sibipiruna, Jacarandá mimoso, Cássia javânica, Magnólia, Pau-mulato, Pau-ferro, Sapucaia, Saboneteiro, etc.;

• Médio porte: Escumilha africana, Cássia aleluia, Ipê branco, Manacá da serra, Quaresmeira, Magnólia branca, Astrapéia, etc.;

• Pequeno porte: Calistemo, Escumilha resedá, Murta, Erytrina speciosa, Acássia mimosa, Cedrinho, Urucum, Flamboyant mirim, Hibisco, Stifftia, Grevilha anã, Ipê mirim, Romã, Pitanga, etc.

a.2.6. Canteiros centrais Usar, basicamente, as mesmas espécies definidas para passeios, levando-se em consideração a largura e interferências com equipamentos urbanos como semáforos, placas, caixas (telefonia, elétrica e hidrossanitárias), acessibilidade para deficientes físicos etc. a.3. Plantas herbáceas / arbustivas a.3.1. Espécies de sol Lantana camará, Plumbago, Camarão vermelho, Camarão amarelo, Turnera, Vinca, Sanchesia, Hemerocalis, Pingo de ouro, Gardênia, Açucenas, etc. a.3.2. Espécies de meia-sombra Marantas, Dracenas, Filodendros, Helicônias, Neumárica, etc. a.4. Forrações Para as forrações, sugerem-se algumas espécies para sol e meia-sombra, lembrando-se de usar espécies perenes, quando os canteiros tiverem pouca manutenção. a.4.1. Espécies de sol Grama amendoim, Clorofito, Wedelia, Acalipha (rabo de macaco), Azulzinha, Ajuga, Gazânia, Ophiopogon, Grama- azul, Sanvitália, Trapoeraba roxa, etc.

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a.4.2. Espécies de meia-sombra Grama preta, Grama amendoim, Pileas, Tradescantia zebrina, Clorofito, Hipomeia rasteira, Maranta besourinho, Jibóia, Hedera hélix, Peperômia, etc. a.5. Plantio e poda Embora sejam de fundamental importância na vida de uma cidade, as árvores podem entrar em conflito com os equipamentos públicos e outros elementos do espaço urbano, mesmo quando é feito um bom planejamento na arborização. Alguns exemplos: curto-circuito nas redes elétricas de distribuição de energia, rompimento de cabos condutores, interrupções no fornecimento de energia, risco de morte de transeuntes, queima de eletrodomésticos, comprometimento da iluminação pública, prejudicando a segurança. Por esse motivo, a manutenção na arborização tem que ser constante, por meio de podas, supressões, plantios e transplantios. No entanto, isso não significa que todas as árvores necessitem receber algumas destas intervenções. A intervenção mais frequente na arborização, e bastante percebida pela população de Contagem, é a poda. Esta prática possui diversas finalidades: a poda de condução visa dar equilíbrio à copa e adequá-la ao espaço disponível, e a poda de manutenção pode ser preventiva, para evitar danos à rede elétrica ou a iluminação pública, ou para a retirada de galhos danificados ou com ataque de erva de passarinho. Como já foi dito, nem todas as árvores necessitam de poda; assim, é comum que, em uma rua, várias árvores sejam podadas e outras não. A intensidade de poda é variável, mas esta deve ser a menor possível. Infelizmente, em alguns casos, como no ataque severo por erva de passarinho, a poda pode ser muito intensa. A aplicação adequada das qualidades dos produtos acima sugeridos (ou equivalente) será verificada, acompanhada e aprovada pela SUPERVISÃO da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. b. Recomendações de adubação: Para a adubação poderão ser utilizados os insumos a seguir relacionados:

• Calcário dolomítico;

• Condicionador de solo Terra Cottem ou equivalente;

• Adubo de liberação controlada Poly-S ou equivalente;

• Fosfato natural de Araxá;

• Super fosfato simples;

• N-P-K 04-14-08;

• Rend Max Floreira, ou equivalente.

Tabela 7 - Recomendação de adubação para plantas ornamentais (sem análise de solo)

Adubo/ Quantidade

Condicionador de solo (Terra Cottem)

Calcário dolomítico

Fosfato natural de Araxá

Super fosfato simples

Rend Max floreira

Árvores e Palmeiras

100g/cova 100g/cova 100g/cova 50g/cova 20 litros/cova

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Forrações e arbustos de

pequeno porte 100g/m² 100g/m² 100g/m² 50g/m² 20 litros/m²

Grama 100g/m² 100g/m² 100g/m² 50g/m² 5,5 litros/m²

A terra vegetal só será utilizada em locais onde houver necessidade de nivelamento de solo, e não deverá ser utilizada como adubo. O calcário deve ser lançado nas paredes e no fundo da cova, sem que haja mistura com a terra retirada no fundo da cova. A adubação deverá ser efetuada sempre 15 dias antes do plantio. O restante dos adubos deve ser bem misturado na terra que foi retirada da cova, e esta terra com os adubos deve ser colocada por baixo e ao redor da muda a ser plantada. No caso de forrações, os adubos devem ser lançados e incorporados a 20cm de profundidade, e o terreno deve ser acertado para posterior plantio. c. Execução c.1. Época de plantio O período ideal para o plantio das espécies deve coincidir com o início do período chuvoso, garantindo, assim a sobrevivência da muda. c.2. Instruções para abertura da cova Durante a abertura da cova, remover pedras, minério, asfalto, plástico e demais materiais inadequados. As covas devem ter dimensões de 60 x 60 x 60cm. c.3. Distâncias mínimas a serem observadas na abertura da cova

• 5,0m da esquina;

• 3,0m do poste;

• 1,0m da entrada da garagem;

• 2,0m de bueiro;

• 0,60m de tubulações subterrâneas; Em calçadas com largura maior que 2,0m a cova deve ficar a 30cm do meio-fio. Se a largura for menor que 2,0m, deverá ficar rente ao meio-fio. Quando houver planejamento de plantio em frente a lotes vagos, as mudas devem ser colocadas a 4,0m de distância dos limites, evitando-se futuras interferências com a construção. c.4. Muda adequada

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• A muda deve atender aos seguintes requisitos:

• Altura mínima de 1,80m e 5,0cm de diâmetro mínimo do colo;

• Bom estado fitossanitário;

• Tronco único, sem ramificações baixas;

• Estar bem embalada até o local de plantio;

• Não conter ferimentos no tronco;

• Não conter ervas daninhas no torrão. c.5. Procedimento para plantio

• Instalar o tutor de madeira (2,5m de altura x 5,0cm de diâmetro) antes do plantio, bem fixado no chão;

• Retirar a embalagem da muda, sem quebrar o torrão, e este deve ficar a 5,0cm abaixo do nível do passeio;

• Completar a cova com mistura de terra vegetal e adubo, compactando a terra bem firme junto ao torrão;

• Fazer “bacia“ ao redor da muda para captar água;

• Amarrar a muda ao tutor com tiras de borracha, algodão ou sisal, em forma de oito na horizontal;

• Irrigar sempre, não deixando a terra ficar seca.

d. Controle O controle da execução dos serviços será efetuado pela SUPERVISÃO e através do Engenheiro Agrônomo da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM, que exigirá a correta aplicação destas especificações e de outras indicadas no projeto ou contrato. Após os serviços concluídos, as áreas revestidas serão vistoriadas, não devendo apresentar falhas de implantação ou de incidência de ervas invasoras. Vencido o prazo de consolidação, ou seja, no mínimo, 90 dias após o plantio, será efetuada nova inspeção para verificação se a área recebeu os tratamentos especificados e se 95% dela está coberta pela vegetação especificada, em perfeito estado de vigor e sanidade. 13.17.5. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento a. Plantio e preparo de covas, exceto fornecimento da mudas a.1. Levantamento (quantitativos de projeto) O serviço será levantado por unidade a ser plantada, no caso de árvores e arbustos, e por metro quadrado (m²), no caso de forrações, onde será considerada a área de canteiros a ser plantada. a.2. Medição O serviço será medido aplicando-se o mesmo critério de levantamento. a.3. Pagamento O serviço será pago ao preço unitário contratual, de acordo com os critérios definidos no item a.2 que remunera o fornecimento de todos os materiais necessários, o transporte, equipamentos, ferramentas e mão de obra necessária à execução dos serviços, inclusive as horas de consultoria de um Engenheiro Agrônomo ou Florestal, responsável da

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CONTRATADA. O dimensionamento dos insumos necessários à execução dos trabalhos, exceto as mudas, tais como: adubos, terra vegetal, etc., será de responsabilidade deste profissional e deverá ser devidamente aprovado pelo técnico responsável da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Toda e qualquer análise do solo requerida pelo responsável técnico da CONTRATADA, será de total responsabilidade da mesma. Os critérios para pagamento são:

• 20%: após o plantio;

• 60%: 30 (trinta) dias após a confirmação da pega;

• 20%: após a inspeção final da SUPERVISÃO mencionada no subitem g “controle”.

b. Fornecimento de material para implantação do paisagismo (adubos) b.1. Levantamento (quantitativos de projeto) Seguir as orientações do Engenheiro Agrônomo responsável pelo projeto, que deverá estabelecer os quantitativos por unidade de volume ou peso, para a implantação de todo o projeto, de acordo com a espécie a ser plantada e o tipo de adubo empregado. Para estimativa de custos, poderá ser utilizada a Tabela 6, de recomendações de adubação sem análise do solo. b.2. Medição O serviço será medido aplicando-se o mesmo critério de levantamento. b.3. Pagamento O serviço será pago ao preço unitário contratual, de acordo com os critérios definidos no subitem b.1, que remunera o fornecimento e transporte das mudas, devidamente acondicionadas até o local de aplicação. c. Fornecimento de mudas c.1. Levantamento (quantitativos de projeto) No caso de mudas de árvores e arbustos, o levantamento será efetuado por unidade a ser fornecida, separando-se os quantitativos por espécies. No caso de forrações, o levantamento será efetuado por metro quadrado (m²) de canteiro a ser plantando, chamando atenção, além da espécie, para a quantidade de mudas por metro quadrado de forração, conforme especificação do projeto. c.2. Medição O serviço será medido aplicando-se o mesmo critério de levantamento. c.3. Pagamento

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O serviço será pago ao preço unitário contratual, de acordo com os critérios definidos no subitem b.2, que remunera o fornecimento e transporte das mudas, devidamente acondicionadas até o local de aplicação. 13.18. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO PARA ÁRVORES 13.18.1. Objetivo O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações técnicas para execução de dispositivos para proteção de árvores a serem implantadas nas obras e vias públicas do município de Contagem. 13.18.2. Definições Estes dispositivos se constituem por grade de proteção para as mudas novas e grelhas para a proteção das raízes das árvores. 13.18.3. Condições Específicas Em passeios com maior fluxo de pedestres, ou onde foram plantadas árvores de maior porte, considerar uma cova maior, podendo ser utilizadas grelhas de concreto ou metálicas. a. Grelhas Após o plantio, instalar dispositivos de proteção à muda plantada ou transplantada, tais como: anéis ecológicos de concreto armado pré-fabricado, conforme detalhe na Figura 29, ou anéis de ferro redondo pintado, que serão dimensionados e detalhados no projeto, conforme a necessidade de utilização; A base da árvore não poderá ser cimentada, para não prejudicar o desenvolvimento da mesma, podendo ser colocado o anel ecológico, plantar grama ou ser instalada uma grelha, que facilita o fluxo de pedestres nas proximidades, conforme Figuras 29, 30 e 31.

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Figura 29 - Grelha pré-fabricada em concreto para árvore

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Figura 30 - Anel ecológico em concreto pré-moldado

Figura 31 - Grelha metálica para cova de árvore

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Figura 32 - Grelha metálica para cova de árvore planta e corte

Tabela 8 - dimensionamento da grelha metálica para árvore

Dimensões Comerciais (cm)

Diâmetro Máximo com Anel (cm)

Diâmetro Máximo sem Anel (cm)

100 x 100 35 70

120 x 120 45 95

150 x 150 70 140

OBS: Verificar o diâmetro máximo do caule da árvore para o correto dimensionamento

b. Grade de proteção As grades de proteção para as árvores obedecerão aos modelos especificados pela PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Esta exigência normativa é indispensável para a sobrevivência da muda nos primeiros anos de crescimento e contra possíveis agressões físicas. A cerca será fixada conforme Figura 32. As cercas possuirão altura mínima de 1,70m acima do nível do terreno, e poderão ser confeccionadas dos seguintes materiais:

• Grade de proteção de madeira e tela: Peças de madeira 6x4cm e tela galvanizada malha de 2” fio 16;

• Grade de proteção em barras de ferro quadrado de 3/8” e cantoneiras de 3/4” x 1/8”;

• Grade proteção em tela de aço galvanizado, com dupla galvanização por imersão a quente, soldada eletronicamente, malha longitudinal x transversal 15 x 5cm e barra chata de ferro 1/8” x 1/2”.

13.18.4. Critério de Levantamento, Medição e Pagamento a. Levantamento (quantitativos de projeto) As grelhas e as cercas de proteção serão levantadas por unidade a ser instalada.

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b. Medição A medição será efetuada aplicando-se o mesmo critério de levantamento. c. Pagamento O serviço será pago ao preço unitário contratual, de acordo com os critérios no item c.2, que remunera o fornecimento e instalação das proteções, incluindo toda a mão de obra, materiais e ferramentas necessárias à execução dos serviços.

Figura 33 - Cercas de proteção para árvore

13.19. PROCEDIMENTO PARA TRANSPLANTIO, PODA OU SUPRESSÃO DE ÁRVORES LOCALIZADAS EM ÁREA PÚBLICA

13.19.1. Objetivo

O Caderno de Encargos da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM objetiva estabelecer os procedimentos e recomendações técnicas para execução de transplantio, poda ou supressão de árvores localizadas em área pública.

13.19.2. Definições Este procedimento consiste na solicitação de autorização, após análise técnica, para execução de poda, supressão ou transplantio de árvore em áreas de domínio privado ou em áreas públicas municipais.

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13.19.3. Condições Específicas a. Execução a.1. Preliminares Deverá ser solicitada visita do técnico responsável da PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM. Ele verificará a necessidade de supressão, poda e transplantio de árvores de domínio privado ou em áreas públicas não municipais. a.2. Exigências para realização

• Identificação do solicitante, endereço completo com referência de telefone para contato;

• Em caso de supressão ou transplantio, a solicitação deverá ser efetuada pelo proprietário do imóvel ou mediante procuração com firma reconhecida em cartório;

• Formulário requerimento da Prefeitura. a.3. Documentos a apresentar a.3.1. Geral

• Pessoa Física: CPF e documento de identidade;

• Pessoa Jurídica: Contrato Social, CNPJ da entidade e CPF do responsável técnico legal;

• Condomínio: CNPJ do condomínio (se houver) ou CPF do síndico, ata da assembléia que autorizou o pedido ou abaixo assinado com a concordância da maioria simples dos proprietários.

a.3.2. Específicos

• Para poda: comprovante de domicílio (conta de luz, água, etc.);

• Para supressão ou transplantio: escritura de compra registrada, planta baixa do terreno com localização dos espécimes arbóreos e demais formas de vegetação e projeção de construção;

• Formulário de requerimento da Prefeitura.