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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA RELATÓRIO TÉCNICO – CIENTÍFICO Período: 08/2014 a 07/2015 ( ) PARCIAL ( X ) FINAL IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título do Projeto de Pesquisa: “Estudo do processo de concentração do tucupi e da estabilidade de produtos elaborados a base do tucupi concentrado". Nome do Orientador: Rosinelson da Silva Pena Titulação do Orientador: Doutor Faculdade: Faculdade de Engenharia de Alimentos Unidade: Instituto de Tecnologia (ITEC) Laboratório: Laboratório de Fontes Amiláceas – LAFAMI Título do Plano de Trabalho: “Desenvolvimento de uma maionese sabor Tucupi”. Nome do Bolsista: Juliana Rodrigues do Carmo Tipo de Bolsa: (X) PIBIC/CNPq ( ) PIBIC/UFPA ( ) PIBIC/INTERIOR ( ) PIBIC/FAPESPA ( ) PRODOUTOR ( ) PARD – renovação ( ) PIBIC/PIAD ( ) PIBIC/AF-CNPq ( ) PIBIC/AF-UFPA ( ) PIBITI ( ) PADRC

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

RELATÓRIO TÉCNICO – CIENTÍFICO Período: 08/2014 a 07/2015 ( ) PARCIAL ( X ) FINAL

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título do Projeto de Pesquisa: “Estudo do processo de concentração do tucupi e da estabilidade de produtos elaborados a base do tucupi concentrado". Nome do Orientador: Rosinelson da Silva Pena Titulação do Orientador: Doutor Faculdade: Faculdade de Engenharia de Alimentos Unidade: Instituto de Tecnologia (ITEC) Laboratório: Laboratório de Fontes Amiláceas – LAFAMI Título do Plano de Trabalho: “Desenvolvimento de uma maionese sabor Tucupi”. Nome do Bolsista: Juliana Rodrigues do Carmo Tipo de Bolsa: (X) PIBIC/CNPq

( ) PIBIC/UFPA ( ) PIBIC/INTERIOR ( ) PIBIC/FAPESPA ( ) PRODOUTOR ( ) PARD – renovação ( ) PIBIC/PIAD ( ) PIBIC/AF-CNPq ( ) PIBIC/AF-UFPA ( ) PIBITI ( ) PADRC

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1. INTRODUÇÃO

A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é originária da América do Sul, da

região sul da Amazônia (LEOTARD et al., 2009). A parte mais importante da planta é

a raiz, rica em fécula, a qual é utilizada tanto na alimentação humana e animal, quanto

como matéria-prima para diversas indústrias (FILHO; BAHIA, 2014).

Durante o processo de fabricação da farinha de mandioca, as raízes são

trituradas e prensadas para a remoção do extrato aquoso, que é considerado resíduo

do processo. Porém, a partir desse resíduo líquido, denominado de manipueira, é

produzido o tucupi, um subproduto de grande importância comercial na região Norte

do Brasil. Para a produção do tucupi, a manipueira é deixada em repouso por 1 a 2

dias, para a decantação do amido; o líquido é separado do decantado e passa por um

processo de fermentação natural, à temperatura ambiente. O produto fermentado é

submetido à fervura por várias horas, obtendo-se então o tucupi, que após a adição

ou não de condimentos é comercializado, geralmente embalado em garrafas do tipo

PET ou similar (CHISTÉ; COHEN, 2005).

Segundo Cereda (2002), a manipueira apresenta potencial poluente devido à

grande quantidade de material de origem orgânica esgotado, além do problema da

presença de glicosídeos potencialmente hidrolisáveis à cianeto (a linamarina e a

lotaustralina). Uma forma de evitar a poluição do meio ambiente é utilizar a manipueira

na produção do tucupi. Entretanto, devido à escassez de informações na literatura

técnico-científica, é necessário que se faça uma avaliação das principais

características físico-químicas desse produto.

O tucupi é um produto e/ou subproduto obtido da raiz de mandioca (Manihot

esculenta Crantz) e suas variedades, através de processo tecnológico adequado, com

uso predominante na culinária paraense (BRASIL, 2008). Estudos realizados por

Barbosa et al. (1984) já previam a necessidade do aproveitamento industrial do tucupi.

Entretanto, devido a pequena quantidade de sólidos solúveis e em suspensão, torna-

se difícil sua conservação, tanto através da adição de agentes químicos, quanto de

processos físicos. Por tanto, segundo os autores, torna-se elegível a concentração do

tucupi, uma vez que promove maior aceitação e durabilidade do produto.

O consumo de alimentos industrializados tem aumentado significativamente no

Brasil, desde a década de 1970. Dentre esses alimentos, a maionese é um produto

que tem despertado o interesse de indústrias do ramo alimentício (SALGADO et al.,

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2006). A maionese é definida pela RDC nº 276 (BRASIL, 2005) como o produto

cremoso em forma de emulsão estável, óleo em água, preparado a partir de óleo(s)

vegetal(is), água e ovos, podendo ser adicionado de outros ingredientes desde que

não descaracterizem o produto. Essa resolução estabelece ainda que o produto deve

ser acidificado.

2. JUSTIFICATIVA

Novos produtos são demandados e desenvolvidos para atenderem segmentos

específicos de mercado, para incorporarem tecnologias diversas, se integrarem a

outros produtos e usos, e se adequarem a novos padrões e restrições legais. Trata-

se, portanto, de um dos mais importantes processos empresariais, pois dele depende

a renovação do portfólio de produtos da empresa e, com isso, sua longevidade no

mercado (TOLEDO et al., 2008).

Como na maioria dos novos produtos alimentícios as falhas de

desenvolvimento se dão em termos de aceitação pelo consumidor, é importante saber

quais os fatores que facilitam e quais os fatores que dificultam a aceitação desses

produtos pelo consumidor (SIEGRIST, 2007).

Devido à composição da maionese, muitos estudos têm sido realizados para

tentar substituir alguns de seus ingredientes (MANCINI et al., 2002). Cada ingrediente

da formulação da maionese tem uma função específica, e suas quantidades devem

ser cuidadosamente determinadas e controladas, para que o produto obtenha as

características desejáveis (SBRT, 2006).

O vinagre, utilizado como acidificante, é o principal ingrediente da maionese

com a função de preservar o produto contra a deterioração microbiológica; porém

aditivos como os ácidos cítrico, sórbico e láctico podem ser utilizados. O pH final da

maionese deve ser de aproximadamente três (SBRT, 2006). Estudos realizados por

Chisté, Cohen e Oliveira (2007) apresentam o tucupi comercial como um alimento de

baixo pH, variando entre 3,00 e 4,35 e cujo ácido predominante é o ácido láctico

(BRASIL, 2008).

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3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

Desenvolver e avaliar uma maionese adicionada de tucupi, como uma

alternativa de uso e agregação de valor para esse produto regional.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

− Avaliar as propriedades físico-químicas do tucupi;

− Concentrar o tucupi em temperatura e pressão controladas;

− Utilizar um planejamento experimental para avaliar a formulação da maionese;

− Determinar a composição do produto formulado;

− Avaliar a estabilidade do produto formulado.

4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. MATERIAIS

Foi utilizado como matéria-prima um tucupi in natura não condimentado, que

atendeu aos Padrões de Identidade e Qualidade do tucupi – PIQ-Tucupi (BRASIL,

2008). Foi selecionado um produtor regional da comunidade Boa Esperança no km 39

da Alça Viária, do município de Acará-PA, capaz de assegurar o fornecimento do

produto com a mesma qualidade, durante toda a pesquisa.

4.2. MÉTODOS

4.2.1. Análises físico-químicas

Na caracterização e avaliação do tucupi in natura, do tucupi concentrado e do

produto elaborado foram utilizadas as seguintes análises físico-químicas:

Umidade e sólidos totais – método gravimétrico, em estufa a 105°C, até peso

constante, de acordo com a AOAC (1997), método n° 925.10.

Cinzas – as amostras foram incineradas até cessar a liberação de fumaça e,

posteriormente foram calcinadas em mufla a 560°C, até peso constante, de acordo

com a AOAC (1997), método n° 31.1.04.

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Acidez total titulável – foi utilizado o método potenciométrico, de acordo com a AOAC

(1997), método n° 942.15b.

pH – determinado em potenciômetro da marca Hanna Instruments, modelo HI9321,

previamente calibrado com soluções tampão pH 4 e 7, de acordo com o método

981.12 da AOAC (1997).

Cor instrumental – por colorimetria tristimulus, através de leitura direta em

colorímetro digital da marca Konica-Minolta, modelo CR 400, pelo sistema CIE Lab..

Foram obtidos os parâmetros L, a* e b*, onde L define a luminosidade (L = 0 preto e

L = 100 branco) e a* e b* são responsáveis pela cromaticidade (a+ vermelho e a-

verde, b+ amarelo e b- azul). Foram calculados o valor de croma (C*) (Equação 1),

que representa a pureza da cor, e a medida do ângulo Hue (h*) (Equação 2), que

representa a tonalidade da cor.

C* = (a*2 + b*2 )1/2 (1)

h* = tg-1(b*/a*) (2)

Açúcares redutores e totais – método titulométrico com soluções de Fehling, de

acordo com a AOAC (1997), método n° 920.183b.

Amido – conforme a metodologia 043/IV, recomendada pelo Instituto Adolfo Lutz –

IAL (2008).

Cloretos – conforme a metodologia 029/IV, recomendada pelo Instituto Adolfo Lutz –

IAL (2008).

Lipídios – método de extração direta em Soxhlet, de acordo com a AOAC (1997),

método n° 968.20.

Proteínas – método Kjeldahl, de acordo a AOAC (1997) método n° 920.152, com fator

de conversão nitrogênio-proteína de 6,25.

Análise reológica – o produto formulado foi submetida à avaliação reológica, em reômetro da marca Reo-Whin, utilizando um sistema de cilindros concêntricos. A operação foi realizada com taxa de deformação controlada e à temperatura ambiente. 4.2.2. Concentração do tucupi

O tucupi utilizado na elaboração da maionese foi concentrado, em

rotaevaporador, na temperatura de 70ºC e uma pressão absoluta de 31,2 kPa (vácuo),

até uma concentração de 30% de sólidos totais. Os valores de temperatura e pressão

de operação foram definidos em uma pesquisa anterior.

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4.2.3. Elaboração da maionese adicionada de tucupi

A elaboração da maionese adicionada de tucupi foi realizada com base em uma

formulação proposta por Mun (2009) e Su et al. (2010), com algumas alterações.

Foram elaboradas três formulações de maionese, com adição de 10, 12,5 e 15% de

tucupi concentrado, com 30% de sólidos totais.

As formulações da maionese adicionada de tucupi estão apresentadas na

Tabela 1, onde as formulações com 10, 12,5 e 15% de tucupi concentrado estão

codificadas em 1, 2 e 3, respectivamente. Na elaboração do produto, a fécula de

mandioca foi diluída em água destilada, e aquecida em chapa com resistência elétrica

durante 5 minutos a 90°C, até obtenção de uma pasta consistente.

O ovo desidratado e pasteurizado foi adicionado a um liquidificador, juntamente

com o tucupi concentrado, o sal e o açúcar, os quais foram homogeneizados por 1

minuto. Em seguida foi adicionado o óleo de soja, como a mistura mantida sob

agitação, por 3 minutos. Por fim, foi acrescentada a pasta da fécula de mandioca e a

mistura foi novamente homogeneizada por 2 minutos.

Tabela 1. Formulações das maioneses adicionadas de tucupi.

Ingredientes Quantidade (g/100 g produto)

1 2 3

Óleo de milho 40 40 40 Água 37,5 35 32,5 Tucupi concentrado 10 12,5 15 Ovo desidratado e pasteurizado 7 7 7 Sal 3 3 3 Açúcar 1,5 1,5 1,5 Fécula de mandioca 1 1 1

4.2.4. Análise sensorial

O objetivo desta análise foi avaliar a influência da adiação do tucupi

concentrado à maionese. Os testes sensoriais aplicados foram: análise de aceitação

de cada formulação, através da escala hedônica estruturada mista de 9 pontos, cujos

extremos foram: (1) desgostei muitíssimo e (9) gostei muitíssimo. Foram avaliados os

atributos: cor, aroma, sabor, textura e impressão global, conforme a metodologia

(165/IV) recomendada pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2005). Aos resultado dos testes

foi aplicada a análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey (5% de significância),

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para a verificação da existência ou não de diferença significativa entre as formulações,

a 5% de significância. Foi calculado o índice de aceitabilidade (IA) para os atributos

avaliados em cada formulação, segundo Dutcosky, Damásio e Silva (1996).

Adicionalmente, foi realizado o teste de ordenação entre as amostras para o

atributo “aceitação global” de acordo com a metodologia (164/IV) recomendada pelo

Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2005), cuja avalição estatística foi realizada pelo teste de

Friedman, onde com o número de amostras (t) e o número de julgamentos (p) obtidos,

utilizou-se a tabela de Newel e MacFarlane para o nível de significância de 1%, para

obter a diferença crítica entre os totais de ordenação. Se as diferenças entre as soma

das ordens de duas amostras difere por um valor maior ou igual ao valor tabelado

(crítico), existe diferença significativa entre elas ao nível testado. Foi avaliada também

a intenção de compra, utilizando escala de 5 pontos (1 = certamente não compraria,

5 = certamente compraria) (MEILGAARD; CIVILLE; CARR, 1999).

Participaram da análise 100 julgadores entre 17 e 63 anos de idade, de ambos

os sexos, voluntários e não treinados. Cada avaliador permaneceu em uma cabine

individual e recebeu as amostras servidas em copos de 50 mL, codificadas com

números aleatórios, contendo uma alíquota de aproximadamente 5 mL de cada

formulação, juntamente com a ficha onde foram atribuídas as notas de aceitação dos

atributos de cada formulação, a ordem de preferência e a intenção de compra.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. CARACTERIZAÇÃO DO TUCUPI

Os resultados obtidos na caracterização do tucupi in natura e no tucupi

concentrado são apresentados na Tabela 2. O tucupi in natura apresentou valores de

umidade, sólidos totais, açúcares totais, cinzas e pH conforme o estabelecido na

legislação brasileira (BRASIL, 2008), para o produto, cujos valores de referência são:

93,5%-97,5% para umidade, 2,5%-6,5% para sólidos totais, ≤1,5% para açúcares

totais, ≥0,39% para cinzas, e 3,5-4,3 para pH.

A acidez do tucupi in natura apresentou-se dentro do intervalo de 3,92 a 10,66

meq NaOH/100 mL observado por Chisté, Cohen e Oliveira (2007), ao analisarem 10

amostras de tucupi comercial. Com relação ao teor de proteínas, o tucupi analisado

apresentou um valor superior aos encontrados pelos mesmos autores, que

observaram valores entre 0,33 e 0,66%, para as amostras analisadas.

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Tabela 2. Composição e parâmetros físico-químicos do tucupi in natura e do tucupi

concentrado.

Parâmetros Tucupi in natura Tucupi concentrado

Umidade (%) 95,57±0,02 69,94±0,16

Sólidos totais (%) 4,43±0,02 30,06±0,16

Lipídios (%) 0,19±0,02 1,04±0,15

Proteína bruta (%) 0,93±0,02 6,29±0,15

Cinzas (%) 0,55±0,04 3,77±0,29

Cloretos (%) 0,04±0,01 0,28±0,05

Açúcares totais (%) 0,28±0,01 1,93±0,05

Açúcares redutores (%) 0,25±0,02 1,72±0,11

Amido (%) 1,13±0,06 7,76±0,00

Acidez total (meq NaOH/100 mL) 7,7±0,06 88,74±0,87

pH 4,09±0,01 3,24±0,11

Cor

L 59,76±0,01 38,43±0,56

a* -2,71±0,12 3,85±0,25

b* 45,82±0,08 31,71±0,70

C* 45,89±0,08 31,78±0,73

h* 93,4±0,15 83,11±0,24

Devido à escassez de informações na literatura científica, alguns dados da

composição do tucupi foram comparados com outros produtos. O valor de lipídios do

tucupi in natura (0,19%) é superior ao valor médio de 0,05% encontrado por Quadros

et al. (2009), para quatro cultivares de batata. Por outro lado, o valor aqui analisado

foi inferior ao encontrado por Dias et al. (2014), para polpa residual da lavagem de

batatas da cultivar Markies, cujo teor de lipídios foi de 0,99%.

Em estudo realizado por Leonel e Cereda (2000), com farelo de mandioca,

foram observados 1,1% de açúcares totais e 1,31% de cinzas no produto. Estes

valores são inferiores ao encontrado para o tucupi concentrado (1,93% e 3,77%,

respectivamente). Entretanto, o mesmo estudo mostrou que para o resíduo fibroso de

mandioca, o teor médio de amido extraído por quatro tratamentos diferentes foi de

8,8%. Tal valor é superior ao teor de amido quantificado no tucupi concentrado

(7,76%) conforme apresentado na Tabela 2.

Os valores de cloretos no tucupi in natura (0,04%) e no tucupi concentrado

(0,28%) foram inferiores aos observados por Sousa e Ribeiro (2014), em 30 amostras

de tucupi comercializados em feiras de Belém, cujos valores variaram entre 0,45 e

1,23% de cloreto. Tal diferença é justificada pelo fato do tucupi comercial ser

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adicionado de sal e outros condimentos, enquanto o tucupi utilizado na pesquisa foi

um produto não condimentado; inclusive sem a adição de sal.

O valor de açúcares redutores do tucupi concentrado (1,72%) foi inferior ao

encontrado por Sá et al. (2008) para polpa de maracujá, que foi de 5,77%. Entretanto

foi semelhante ao encontrado pelos mesmos autores no extrato aquoso de albedo de

maracujá, cujo valor foi de 1,17%.

Os parâmetros instrumentais de cor apresentado na Tabela 2 indicam que a

concentração do tucupi proporcionou o decréscimo da luminosidade (L). O mesmo

comportamento foi observado para a coordenada de cromaticidade b*, entretanto, a

tendência à coloração amarela permaneceu. Essa diminuição da coloração amarelada

pode ser justificada pela degradação de pigmentos como os carotenoides, que

conferem a coloração amarela do tucupi (TROMBINI, 2010). Já a coordenada de

cromaticidade a* aumentou no tucupi concentrado.

Segundo Abreu et al. (2011), a variável C* (croma) representa o grau de

concentração ou pureza de uma cor, podendo ser relacionada como a intensidade da

mesma. Quando essa variável assume valores próximos a 0, tem-se cores neutras

(cinza) e quando assume valores próximos a 60, tem-se cores vívidas ou saturadas.

Já o ângulo Hue (h*) pode variar de 0° a 360°, sendo 0° o ângulo correspondente à

cor vermelha, 90° à cor amarela, 180° ao verde e 270° ao azul. O decréscimo da

variável C* mostrou que o tucupi in natura apresentou cor mais viva que o tucupi

concentrado. O h* apresentou valor menor para o tucupi concentrado, entretanto para

ambas as amostras, tais valores foram próximos a 90º, correspondendo à cor amarela

característica do produto.

5.2 ANÁLISE SENSORIAL DA MAIONESE

A Figura 1 apresenta a frequência de notas atribuídas pelos provadores aos

atributos cor, aroma, sabor, textura e impressão global, para as formulações de

maionese adicionada de tucupi. Por sua vez, os resultados das médias para o teste

de aceitação são apresentados na Tabela 3, por atributo. As médias indicam que as

notas para as diferentes formulações variaram em todo o intervalo estabelecido, mas

de acordo com a análise de variância, nenhum dos atributos avaliados apresentou

diferença significativa a 5% de significância. O índice de aceitabilidade para o atributo

“impressão global” das formulações apresentou uma média de 72%.

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Figura 1. Frequência de notas atribuídas às formulações da maionese com tucupi. Tabela 3. Aceitação média para os atributos das formulações de maionese.

Atributo Formulação

1 2 3

Cor 7,0a 7,0a 7,0a Aroma 6,0a 6,0a 6,0a Sabor 6,0a 6,0a 6,0a Textura 7,0a 7,0a 7,0a Impressão global 6,0a 7,0a 6,0a

Médias com letras iguais na mesma linha não diferem significativamente entre si ao nível de 5% de significância (p≤0,05).

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Com relação às propriedades sensoriais, um produto é considerado aceito

quando atinge índice de aceitabilidade de no mínimo 70% (TEIXEIRA et al., 1987;

DUTCOSKY, 1996; MONTEIRO et al., 2005). Desta forma, todas as formulações de

maionese apresentaram índice de aceitabilidade superior a esse mínimo.

O teste de ordenação foi realizado em função da ordem de preferência das

amostras determinada pelos provadores para o atributo “aceitação global”. A mais

preferida recebeu nota 1, a intermediária nota 2 e a menos preferida nota 3. A soma

para cada formulação, segundo a ordem estabelecida por cada provador (de 1 a 3) e

as diferenças entre a soma de cada formulação estão descritas na Tabela 4.

Tabela 4. Módulo de diferenças entre somas das ordens das amostras.

Diferença da soma de ordens Módulos da diferença

Diferença (1 – 2) 3a

Diferença (1 - 3) 9a

Diferença (2 - 3) 12a

Módulos com letras iguais na mesma coluna não diferem significativamente entre si ao nível de 1% de significância (p≤0,01)

Após a aplicação do teste de Friedman, verificou-se na tabela de Newell e

MacFarlane que o valor da diferença crítica para comparação foi de 42, portanto não

houve diferença entre as amostras a nível de 1% de significância. O teste de intenção

de compra para o produto (Figura 2) mostrou que 49% dos provadores certamente ou

possivelmente comprariam o produto, 20% tem dúvidas se comprariam, o que se deve

ao fato de ser produto novo, e 31% certamente ou possivelmente não comprariam a

maionese adicionada de 10% de tucupi. Este resultado pode ser atribuído ao fato de

alguns julgadores não apreciarem tucupi e/ou maionese.

Figura 2. Resultado do teste de intenção de compra da maionese com 10% de tucupi.

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5.3 CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO

Para a caracterização do produto foi escolhida a formulação com 10% de

tucupi, uma vez que apresentou palatabilidade mais agradável por parte dos

provadores, justificada por sua acidez menos acentuada em relação às demais

formulações. Os resultados da caracterização são apresentados na Tabela 5.

Tabela 5. Composição e parâmetros físico-químicos da maionese adicionada de 10%

de tucupi.

Parâmetros Valor

Umidade (%) 43,33±0,13 Sólidos totais (%) 56,67±0,13 Lipídios (%) 41,63±0,26 Proteína bruta (%) 4,78±0,01 Cinzas (%) 3,60±0,02 Acidez total (meq NaOH/100 mL) 9,99±0,32 pH 3,75±0,03 aw 0,96±<0,01 Cor L 82,90±0,06 a* -5,64±0,14 b* 37,51±1,09 C* 37,44±1,79 h* 98,38±0,09

Estudo realizado por Ghazaei et al. (2015), com o objetivo de elaborar uma

maionese com baixo teor de gordura, utilizando 40% de óleo e gema de ovo

substituída parcialmente em algumas formulações por um novo tipo de amido

modificado de batata (OSA potato starch), encontrou para cinco formulações valores

entre 41,44% e 45,94% de umidade; 40,32% e 41,45% de lipídios e valores de pH

entre 3,48 e 3,97. Os valores destes parâmetros para a maioneses adicionada de

tucupi apresentaram-se dentro das faixas observadas pelos autores.

Os teores de lipídios (41,63%) e cinzas (3,60%) foram inferiores aos

encontrados por Rodrigues (2011) em maionese formulada com azeite de pequi, que

apresentou 20,75% e 2,83% dos respectivos constituintes. Já o teor de proteínas da

maionese adicionada de tucupi (4,78%) foi bem superior ao encontrado pelo mesmo

autor (1,13%), que utilizou 9% de ovo em pó (principal fonte de proteínas em

maioneses) na formulação da maionese.

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Os valores de pH (3,74) e aw (0,96) encontrados para o produto analisado foram

semelhantes aos observados por Rodrigues (2011) (3,82 e 0,97, respectivamente). Já

Izidoro et al. (2008) encontrou valor de pH (4,4) superior para emulsão estabilizada

com polpa de banana verde, para uma acidez de 3,3 meq NaOH/100 mL, a qual foi

inferior a observada para a maionese adicionada de tucupi.

O pH do produto manteve-se semelhante ao de maioneses adicionadas de

vinagre e/ou suco de limão, a qual apresenta pH entre 3,3 e 3,8, capaz de assegurar

a estabilidade do produto e prevenir o crescimento microbiano (JAY, 2000). Sendo

assim, é possível afirmar que a adição do tucupi concentrado à maionese é capaz de

permitir a obtenção de um produto com pH que assegure a sua estabilidade

microbiológica.

Os parâmetros instrumentais de cor apresentados na Tabela 5 indicam que a

maionese apresentou luminosidade (L) elevada, o que é característico desse tipo de

produto, que possui coloração clara e esbranquiçada. A coordenada de cromaticidade

a* apresentou valor negativo, no entanto sem apresentar tendência forte aos tons

verde ou vermelho. A coordenada de cromaticidade b* apresentou valor positivo o que

corresponde a uma coloração com tendência ao amarelo.

O parâmetro C* mostrou que o produto apresentou intensidade de cor mediana,

sem apresentar tendência à coloração neutra ou saturada. Já o h* apresentou valor

próximo a 90º, correspondendo à cor amarela característica do produto e do tucupi

adicionado.

5.4 ANÁLISE REOLÓGICA DO PRODUTO

O reograma obtido para a maionese adicionada de 10% do tucupi concentrado

apresentou concavidade para tensão de cisalhamento, em relação à taxa de

cisalhamento. Esse perfil de curva é característico de fluidos não-newtonianos e

representam o comportamento comumente chamado de pseudoplástico (Figura 3).

Comportamentos semelhantes foram observados por Izidoro (2007), para diferentes

formulações de emulsões, que substituíram parcialmente óleo de soja por polpa de

banana verde.

Um estudo comparativo entre molhos doce (mel natural e comercial) e molhos

para saladas (catchup, maionese e mostarda) mostrou que diferentemente dos

molhos doces, os molhos para saladas não apresentam comportamento newtoniano,

e sim um comportamento pseudoplástico (Alvarez et al., 2004).

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Figura 3. Tensão x taxa para a maionese adicionada de tucupi à temperatura

ambiente.

Figura 4. Viscosidade x taxa para a maionese adicionada de tucupi à temperatura

ambiente.

Segundo Rao (1999) e Holdsworth (1971), em fluidos pseudopláticos as

moléculas quanto submetidas a uma tensão de cisalhamento tendem a se orientar na

direção da força aplicada e por consequência, sua viscosidade aparente é menor. De

acordo com os autores, esse comportamento é típico de maioneses, purês de frutas

e vegetais e sucos concentrados.

Barreto, Cardoso e Damian (2006) avaliaram as propriedades reológicas de

maionese contendo farinha crua de arroz, farinha de arroz pré-gelatinizada ou amido

de milho como estabilizante, e observaram um comportamento reofluidificante, ou seja

a viscosidade das amostras diminuiu com o aumento da taxa de deformação; relação

típica para fluidos não-newtonianos. Este comportamento foi semelhante ao da

maionese adicionada de tucupi (Figura 4).

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6. CONCLUSÃO

A pesquisa mostrou que a adição de 10% de tucupi com 30% sólidos totais a

uma formulação de maionese padrão, possibilitou a obtenção de um produto com

valor de pH que assegura a sua estabilidade microbiológica.

A maionese adicionada de tucupi obteve uma boa aceitação sensorial, bem

como uma boa intenção de compra. O produto comportou-se como um fluido não-

newtoniano.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS O método de acidez total titulável titulométrico foi substituído pelo método de

acidez potenciométrica, de acordo com a AOAC (1997), método n° 942.15b, devido à

coloração e a consistência das amostras diluídas em água ter mascarado o ponto de

viragem.

O método DNS (ácido dinitrosalicílico) para determinação de açúcares totais e

redutores, segundo Maldonade et al. (2013) foi substituído pelo método titulométrico

com soluções de Fehling, devido à dificuldade de obtenção do reagente DNS.

As análises de cianeto total, cianeto livre e β-caroteno ainda estão em processo

de implantação no laboratório e os resultados até a elaboração deste relatório não

foram conclusivos.

A avaliação da estabilidade do produto formulado não foi conclusiva, em função

do tempo disponível para a realização das análises. Desta forma optou-se por fazer

uma avaliação reológica do produto.

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PARECER DO ORIENTADOR:

A bolsista Juliana Rodrigues do Carmo desenvolveu a contento o seu plano de

trabalho, dentro do cronograma previsto. A aluna mostrou muita dedicação e

comprometimento.

DATA: 10/08/2015

____________________________ Prof. Rosinelson da Silva Pena

(FEA/ITEC/UFPA)