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Título da Palestra/Oficina Nome do Palestrante DD/MM/YYYY GERENCIAMENTO DE PROJETOS COMPLEXOS NA ÁREA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DA PETROBRAS PALESTRANTE: BORIS ASRILHANT, PMP, PhD DATA: 12 de Novembro de 2013

II Congresso de Gerenciamento de Projetos de SC- Boris Asrilhant

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Palestra: Gestão de Projetos Complexos na Área de Exploração de Produção da Petrobrás

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Page 1: II Congresso de Gerenciamento de Projetos de SC- Boris Asrilhant

Título da Palestra/Oficina

Nome do PalestranteDD/MM/YYYY

GERENCIAMENTO DE PROJETOS COMPLEXOS NA ÁREA DE EXPLORAÇÃO

E PRODUÇÃO DA PETROBRAS

PALESTRANTE: BORIS ASRILHANT, PMP, PhDDATA: 12 de Novembro de 2013

Page 2: II Congresso de Gerenciamento de Projetos de SC- Boris Asrilhant

AGENDA

• Projetos Complexos & Gerenciamento de Projetos Complexos

• Ciclo de Vida de Exploração e Produção de Petróleo

• PETROBRAS: Histórico, Capital Social, Cadeia Integrada de Valor e Reservas Provadas no Brasil

• O que é o PRESAL? Magnitude, Desafios e Resultados

• Desafios no Gerenciamento de Projetos Complexos de Exploração e Produção

• Reflexões Finais

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PROJETOS COMPLEXOS

• Projetos com múltiplas partes

• Projetos com interação entre as partes

• Projetos com partes diferentes entre si

• Existe diferença entre complicado e complexo: o primeiro possui múltiplas partes que operam de forma padronizada e previsível (ex. acionamento de sistema elétrico) e o segundo possui múltiplas partes que operam de forma padronizada, cujas interações se alteram ao longo do tempo (ex. gestão de aquisições)

• A complexidade em projetos é inevitável em contexto globalizado com viés de inovação tecnológica e novos competidores – é necessário enfrentar a complexidade com soluções criativas

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Os principais problemas na gerenciamento de projetos complexos são:

(1) subestimar a complexidade do projeto; (2) desconhecer alguns riscos (“unkown unknowns”)(3) subestimar ou desconsiderar as consequências dos

riscos com baixa probabilidade e alto impacto;(4) utilizar procedimentos não apropriados (que são

usualmente vistos como burocracia); (5) admitir que o todo é a soma das partes;(6) superestimar a capacidade da empresa entregar o

projeto; e(7) extrapolar linearmente o passado (deve-se verificar o

que é aplicável do passado e o que será diferente no futuro)

GERENCIAMENTO DE PROJETOS COMPLEXOS

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As principais demandas do gerenciamento de projetos complexos são:

(1) Cooperação entre as partes;(2) Existência da figura do integrador; (3) Compartilhamento das responsabilidades;(4) Delegação das decisões; e(5) Entendimento do futuro, trazendo-o para “mais perto”

GERENCIAMENTO DE PROJETOS COMPLEXOS

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CICLO DE VIDA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

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19501953

• Incorporação como monopólio do Governo

• Reservas: 16,8 milhões boe

1954

• Produção: 2.600 bpd

• Capacidade de Refino: 41.000 bpd

19601961

• Inauguração da REDUC, a primeira plantaconstruída pela Petrobras

1968

• Inauguração do CENPES, até hoje o maiorCentro de Pesquisas da America Latina

1970/1980

2010+20001990

1974

• Descoberta de campos em águas rasas naBacia de Campos

1984/1985

• Descoberta de campos gigantes ultra profundos na Bacia de Campos: Albacora e Marlim

1995-98

• Criação da Lei do Petróleo.

• Fim do Monopólio da Petrobras

• Perda de status especial no Brasil

• Desregulação do mercado

2000

• ADRs listados no NYSE

• Estrutura de financiamento com grade rating

2006/2007

• Auto-suficiência na produção de petróleo

• Primeiras descobertas no Pré Sal da Bacia de Santos

2010

• Maior capitalização já ocorrida (USD 70 bi)

• Cessão Onerosa: 5 bilhões de barris no PRESAL

• Declaração de Comercialidade de Lula

• Oferta em partilha da área de Libra no PRESAL

HISTÓRICO DA PETROBRAS

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CAPITAL SOCIAL

46%

35%

19%

60%28%

12%27%

44%

29%

Total

Ordinárias(com direito a voto)

Preferenciais(sem direito a voto)

Acionistas BrasileirosGoverno Federal Acionistas Estrangeiros*Inclui BNDES, BNDESPAR, FFIE e FPS

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CADEIA INTEGRADA DE VALOR62,3%

(US$ 147,5 B)

27,4%(US$ 64,8 B)

1,4,%(US$ 3,2 B)

1,1%(US$ 2,9 B)

2,2%(US$ 5,1 B)

4,2%(US$ 9,9 B)

• Produção: 2,4 MM boepd

• Campos de Produção: 293

• 96% da produção brasileira

• 34% da produção global em Águas Profundas e Ultra-Profundas

Exploração & Produção

• 12 refinarias no Brasil

• Capacidade de refino: 2,0 MM bpd

• Derivados de Petróleo vendidos no Brasil: 2,285 MM bpd

Abastecimento

• 7.641 estações de serviços

• 38,1% de participação no volume distribuído

• 20% de participação em estações de serviço

Distribuição

• 9.190 km de gasodutos

• Oferta de GN: 74,9 MM de m³/d

• 3 terminais de regaseificação de GNL em 2013, com processamento de 41 MM m³/d.

• 7,028 MW de capacidade de geração

Gás & Energia

• 17 Países

• Reservas: 700 MM boe (SPE)

• Produção: 235 mil boepd

• Capacidade de refino: 231 mil bpd

Internacional

• 3 novas plantas de Biodiesel

• Maior produtor nacional de biodiesel

• 3º produtor de etanol no Brasil

Biocombustíveis

Obs.: Demais Áreas: 1.4% (US$ 3,3 Bi)

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Águas Rasas Águas Profundas e Ultra-ProfundasTerra

-

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

Terra 0-300m 300-1500m > 1500m

RESERVAS PROVADAS NO BRASIL

Razão Reserva / Produção de 19,3 anos (SPE) e 15,0 anos ( SEC)Índice de Reposição de Reservas 102,8% (SPE) e 100,9% (SEC)

MM Boe

Reservas provadas em 31 de dezembro de 2012Reservas de 15,729 B boe (SPE) ou 12,263 B boe (SEC)

Evolução Reserva Provada ANP/SPE (Parcela Petrobras )

Carmópolis

Guaricema

Garoupa

Namorado

Marlim

Roncador

Pq. das Baleias, Mexilhão

PRÉ-SAL: Lula

PRÉ-SAL: Sapinhoá

15,73 B boe

0,015 B boe

Crescimento rápido das reservas pelas descobertas em águas profundas Crescimento rápido das reservas pelas descobertas em águas profundas

Page 11: II Congresso de Gerenciamento de Projetos de SC- Boris Asrilhant

� Grandes reservatórios de petróleo e gás natural� Situados entre 5.000 e 7.000m abaixo do nível do mar� Lâminas d'água que podem superar 2.000m de profundidade� Abaixo de uma camada de sal que, em certas áreas, tem mais de 2.000mde espessura

O QUE É O PRESAL?

Page 12: II Congresso de Gerenciamento de Projetos de SC- Boris Asrilhant

BM-S-11

COMPARAÇÃO DO PRESAL DA BACIA DE SANTOS

40 vezes maior que a Baía de Guanabara

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MAGNITUDE DE UM PROJETO TÍPICO DO PRESAL

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ESTRATÉGIA DE TRANSPORTE E UTILIZAÇÃO DE PETRÓLEO

Rio de Janeiro

São Paulo

Santos Basin

Rio de Janeiro

SP

NAVIO DP

SHIPTO SHIP

Santos Basin

NAVIO CONVENCIONALUTGCA

Caraguatatuba

(UOTE)

NAVIO DP

NAVIO DP

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ESTRATÉGIA DE ESCOAMENTO DE GÁS

Rio de Janeiro

São Paulo

Santos Basin

SP

Santos Basin

UTGCACaraguatatuba

COMPERJ

Cabo Frio

ROTA 1ROTA 1

ROTA 3ROTA 3

ROTA 2ROTA 2

Cabiúnas

Capacidade (milhões m3/dia)

Status

1 - CARAGUATATUBA 10 Operando

2 - CABIÚNAS 13 2015

3 - MARICÁ 21 2017

TOTAL 44

EM OPERAÇÃOEM CONSTRUÇÃOEM CONTRATAÇÃO

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PRESAL DA BACIA DE SANTOS EM REGIME DE CONCESSÃO E EM OPERAÇÃO

BM-S-11: Bloco em parceria entre Petrobras (Operadora) – 65%,

BG Brasil - 25% e Petrogal Brasil - 10%

Composto pelo Campo de Lula e Área de Iara

BM-S-9 : Bloco em parceria entre Petrobras (Operadora) – 45%,

BG Brasil - 30% e Repsol Sinopec – 25%

Composto pelo Campo de Sapinhoá e Área de Carioca

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PRINCIPAIS RESULTADOS - EXPLORAÇÃO

1 1

6

15

2 3 44

6

8

10

Poços Perfurados (Bacia de Santos)

Exploração

Produção

2 2 37

10 10

17

Sondas em operação (Bacia de Santos)

Sucesso

> 90% > 80%

Polo Pré-Sal da Bacia de Santos

Província do pré-sal

37 poços 80 poços

Sucesso

Referência: Dez/2012

100% de sucesso exploratório no primeiro

semestre de 2013

Page 18: II Congresso de Gerenciamento de Projetos de SC- Boris Asrilhant

FPSO Dynamic Producer

PRINCIPAIS RESULTADOS - TESTES DE LONGA DURAÇÃO

FPSO Cidade de São Vicente

6 Testes de Longa Duração

5 a serem realizados nos próximos 2 anos

Page 19: II Congresso de Gerenciamento de Projetos de SC- Boris Asrilhant

• Descobertas de hidrocarbonetos de grande

volume

• Alta produtividade (25+ kbpd por poço)

• Sucesso em projetos Fast Track (4-6 anos

após a descoberta)

• Tecnologias pioneiras bem sucedidas

PRINCIPAIS RESULTADOS – SISTEMAS PILOTO

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PRODUÇÃO: CONTRIBUIÇÃO DOS PROJETOS DO PRESAL (2013-2020)

Produção de Óleo

2.0 + 2%

2.52.75

4.2

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

FlorimJúpiter

Sul Parque das Baleias

Iara Horst(P-70)

Franco Sul(P-76)

Franco NW(P-77)

Lula Oeste(P-69)

Lula Ext Sul(P-68)

Carcará

Entorno de Iara (P-73)

Iara NW(P-71)

NE Tupi(P-72)

Lula Central

Lula Sul(P-66)

Lula Norte (P-67)

Carioca

Franco SW(P-75)

Lula Alto

Franco 1(P-74)Iracema

Norte(Cid.

Itaguaí)

Sapinhoá Norte (Cid. de

Ilha Bela)

Norte Parque das Baleias

(P-58)

Iracema Sul (Cid. de

Mangaratiba)

Franco Leste

Piloto de Sapinhoá(Cid. São

Paulo)

Piloto de

Lula NE (Cid. Paraty)

Piloto SapinhoáFPSO Cidade de São Paulo

Piloto de Lula NEFPSO Cidade de Paraty1º óleo: Jan/2013

1º óleo: Jun/2013

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DESAFIOS NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS COMPLEXOS DE E&P

• Gestão em ambiente complexo (múltiplos atores, mudanças na legislação e regulatórias), organização complexa (tamanho, diferentes departamentos) & projetos complexos (múltiplas interações)

• Adequação da metodologia de gerenciamento de projetos (fases e portões, tendo grupos de revisão associados ao momento da aquisição ou da execução antecipada; benchmarking comparativo com projetos similares; atendimento aos processos e áreas de conhecimento do PMBoK)

• Gestão de parcerias (JOA – Contrato de Concessão ou Contrato de Cessão Onerosa ou Contrato de Partilha; interações e cooperação entre os parceiros e governo federal; documentação ; reuniões de negociação; reuniões periódicas de acompanhamento)

Page 22: II Congresso de Gerenciamento de Projetos de SC- Boris Asrilhant

• Desafios tecnológicos (novas especificações; soluções tecnológicas gradativas – extensão das soluções existentes e soluções inovadoras; processos de qualificação)

• Infraestrutura a ser instalada (plano estratégico de infraestrutura e logística; estratégias para compartilhamento de custos; tarifas negociadas)

• Antecipação de gastos & necessidade de informações de reservatórios (atendimento às características da implantação de projetos fast track; previsibilidade, controle e acompanhamento de custos e prazos; validação e garantia da produção esperada)

• Definição de escopo (entendimento do projeto; custo da flexibilidade vs. valor da antecipação da produção)

• Valor dos intangíveis (valor da informação; opções de crescimento; ações estratégicas)

DESAFIOS NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS COMPLEXOS DE E&P

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• Coordenação proativa (“empoderamento” do gerente do projeto; integração de atividades complexas e de elevado custo;)

• Gestão de riscos e gestão da mudanças (gestão de riscos permanente desde o nascimento do projeto; gestão de mudanças a partir da primeira aquisição, ainda que antecipada)

• Gestão de carteira e programa (contratações em pool visando economia de escala; otimização dos recursos; troca de informações entre projetos; simplificação e padronização dos recursos)

• Gestão das partes interessadas (identificação, avaliação e controle das partes interessadas; matriz de responsabilidades)

• Gestão de fornecedores (novas opções de contratação; estratégias de contratação de recursos críticos)

DESAFIOS NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS COMPLEXOS DE E&P

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• Gestão de QSMS (conformidades regulatórias; padrões de segurança; “engargalamento” do licenciamento ambiental; limites de queima de gás; meta de “acidente zero”)

• Trabalho em equipe e comunicação (continuidade do gerente e da equipe do projeto; relatórios de acompanhamento; “sala de guerra”)

• Aplicação de Práticas de Incremento de Valor (“construtibilidade” de poços e Unidades de Produção; reengenharia de custos)

• Gestão do conhecimento (capacitação; conhecimento proprietário; compartilhamento do conhecimento; lições aprendidas)

DESAFIOS NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS COMPLEXOS DE E&P

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• Projetos complexos envolvem uma diversidade de atores que se conectam entre si, cujas interações se alteram ao longo do tempo

• Projetos complexos precisam ser gerenciados sob o enfoque individual (projeto), de carteira (otimização) e de programa (simplificação), buscando balancear a extensão de soluções existentes e soluções “fora da caixa”

• Os projetos de E&P são, na grande maioria, projetos complexos, dada as inúmeras disciplinas técnicas, variada gama de incertezas, gestão integrada de recursos críticos e múltiplas interações internas e externas

• É fundamental seguir disciplina de capital validada aliada à governança de aprovação eficiente e controle eficaz da implantação dos projetos, de modo a garantir os resultados esperados

REFLEXÕES FINAIS

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OBRIGADO!

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