Upload
deanne
View
40
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
II FASI - Fórum Acadêmico de Sistemas de Informação FEHH - Ibirama – Maio / 2004 Regulamentação da Profissão. Everaldo Artur Grahl Sociedade Brasileira de Computação. Cursos de Computação. Em 1968, surge o primeiro curso de pós-graduação no País Na década de 70, são criados: - PowerPoint PPT Presentation
Citation preview
1
II FASI - Fórum Acadêmico de Sistemas de
InformaçãoFEHH - Ibirama – Maio / 2004
Regulamentação da ProfissãoEveraldo Artur Grahl
Sociedade Brasileira de Computação
2
Cursos de Computação
Em 1968, surge o primeiro curso de pós-graduação no País
Na década de 70, são criados: Cursos de Tecnologia de PD Bacharelados em Computação
Atualmente, há cerca de 700 cursos de graduação no Brasil
3
O Profissional de Informática
Perfis Profissionais: Sistemas Administrativos Automação Industrial Programação Matemática Gerência de Redes Desenvolvimento na Web, etc
Formação MultidisciplinarAmpla Gama de Competências
4
Liberdade do Exercício Profissional
Art 5, inc. XIII da Constituição Brasileira de 1988:
“é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”
5
Requisitos para Regulamentar
Requisito fundamental para regulamentar é que a profissão possa trazer sério dano social
Neste caso, impõe-se o cumprimento de cursos específicos
Não havendo riscos, é preferível a liberdade para trabalhar
6
Regulamentação Tradicional
Lei aprovada pelo Congresso Nacional que: Define o profissional Define as atribuições do profissional Cria o Conselho da Profissão Estabelece penalidades e multas Define pagamento de taxas ao conselho Estabelece obrigatoriedade de registro Cria a reserva de mercado de trabalho
7
Os Conselhos de Profissão
Datam por volta do ano 1.260 Cuidam da definição do perfil profissional Oferecem fiscalização de exercício de
profissão Têm a função de proteção da Sociedade Ganham reserva de mercado de trabalho
8
Os Conselhos de Profissão
São autarquias de direito público Vinculados ao Ministério do Trabalho Autonomia administrativa,
operacional e financeira Não são Conselhos de Profissionais
ou Sindicatos de Profissionais
9
Justificativa dos Conselhos
Relacionamento entre cidadão comum e profissional especializado é desigual
Conselhos seriam necessários para resolver disputas, questionamentos e arguições entre cidadãos e profissionais
10
Tentativas de Regulamentação
PL 5.356-B/81 do dep. Victor Faccioni PL 2.956/92 do deputado Avenir Rosa Resolução 125/92 do CFA (revogada) Resolução 198/96 do CFA (em vigor) Resolução 380/93 do CONFEA (revogada) PL 815/96 do deputado Silvio Abreu Resolução 418/98 do CONFEA (suspensa) PL 981/99 do deputado Edison Adrino
11
Projeto em Tramitação
Projeto de Lei 981/99 do deputado Edison Andrino (antigo PL 815/95 do ex-deputado Silvio Abreu) Relator: deputado Júlio Semeghini Comissão de Ciência e Tecnologia
da Câmara dos Deputados
12
Entidades Contra o PL 815/95 e Similares
Federação de Serviços do Estado de São Paulo – FENAINFO
Associação das Empresas Brasileiras de Software e Serviços de Informática- ASSESPRO
Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações - SUCESU
Sociedade Brasileira de Computação - SBC
13
Entidades a Favor do PL 981/99 ou Similares
FENADADOS - Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares
SINDPD – Sindicato dos Profissionais em Processamento de Dados e Serviços de Informática
ABINFO-RS – Associação dos Bacharéis de Informática do Rio Grande do Sul
14
Resolução CFA 125/92
Dispõe sobre registro dos Bacharéis e Tecnológos em Processamento de Dados, Informática, Análise de Sistemas, Computação, Ciência da Computação e Ciências da Informação
Resolução revogada em 02/08/1996
15
Resolução CFA 125/92
Art. 1° - Fica criado nos Conselhos Regionais de Administração, o registro especial dos Bacharéis e Tecnólogos em cursos superiores de Processamento de Dados, Informática, Análise de Sistemas, Computação, Ciência da Computação e Ciências da Informação.
16
Resolução CFA 125/92
Artigo 4° - Aos profissionais registrados nos termos desta Resolução Normativa, será fornecida a Carteira de Identidade Profissional na cor verde, devendo o CRA expeditor acrescentar à mesma os seguintes dizeres datilografados: "RESTRITO À AREA DE INFORMATICA".
17
Resolução CFA 125/92
Art. 6° - Toda pessoa jurídica que explore, sob qualquer aspecto, atividades específicas dos profissionais da área de Informática, deverá promover obrigatoriamente seu registro nos Conselhos Regionais de Administração.
18
Resolução CFA 198/96
Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas da área de Informática nos Conselhos Regionais de Administração.
Resolução em vigor
19
Resolução CFA 198/96
Art. 1°.- Toda pessoa jurídica que explore as atividades específicas da área de Informática, em razão das suas atividades básicas ou em relação àquelas pelas quais prestem serviços a terceiros, que se encontrarem no campo da Administração, devidamente apuradas pelo contrato social, estatuto e/ou escopo dos contratos de prestação de serviços a terceiros, deverá promover, obrigatoriamente, seu registro nos respectivos Conselhos Regionais de Administração.
20
Resolução CFA 198/96
Art. 2° - A Responsabilidade Técnica pelas empresas, entidades e escritórios técnicos, a que se refere o artigo anterior, deverá ser exercida por Administrador ou por profissional de nível superior com formação em Processamento de Dados, Informática, Análise de Sistemas, Computação, Administração de Sistemas de Informações, Ciências da Computação e Ciências da Informação, devidamente registrado no Conselho Regional de Administração.
21
Resolução CFA 198/96
Art. 3° - Esta Resolução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial a Resolução Normativa CFA n. 184, de 02/08/96, mantida a revogação das Resoluções CFA n.s 125, de 20/08/92, e 167, de 30/03/95.
22
Responsabilidade Técnica
Dever do profissional de responder pelos seus atos relativos à aplicação técnico-científica da Área, dentro dos princípios éticos e da legislação vigente.
23
Responsabilidade Técnica
O instituto da Responsabilidade Técnica pretende garantir a melhor atuação profissional, fazendo com que a empresa cumpra seu objetivo social.
24
Responsável Técnico
Detém conhecimentos em determinada área profissional
Está habilitado na forma da legislação vigente
Responde, tecnicamente, pela qualidade dos serviços prestados pela empresa sob sua responsabilidade à Sociedade
25
Resolução CONFEA 418/98 Dispõe sobre o registro nos CREAs e a
fiscalização das atividades de pessoas físicas e jurídicas que prestem serviços de projeto, fabricação, instalação, manutenção e assistência técnica de equipamentos de informática, computadores e periféricos
Resolução suspensa em 23/03/2002
26
Resolução CONFEA 418/98
Art. 1º - Estão obrigadas ao registro nos CREAs as pessoas físicas ou jurídicas que prestam serviços de projeto, fabricação, instalação, manutenção e assistência técnica de equipamentos de informática, computadores e periféricos.
27
Mecanismos de Proteção da Sociedade
Contratação de Serviços Responsabilidade Técnica Análise de Currículo Recomendação de Terceiros
Interação Profissional X Cidadão Conselhos de Profissão
Aquisição de Produtos Controle de Qualidade
28
Sociedade não Contrata Profissionais
A Sociedade normalmente não contrata serviços de profissional de informática
A Sociedade normalmente adquire produtos de informática Controle de qualidade de produto
não requer conselho de profissões
29
Empresas X Profissionais
Empresas são o principal usuário dos serviços dos profissionais de Informática
As dificuldades de uma boa seleção são responsabilidade inerente ao risco empresarial
Não há justificativa para criar conselhos para proteger somente empresas
30
Regulamentação da Profissão Principal Resultado
RESERVA DE MERCADO
DE TRABALHO
31
Conflito de Interesses
Profissionais da Área Bons empregos e bons salários
SociedadeAlta qualidade de bens e serviçosBaixo custo de bens e serviços Proteção na interação c/ profissional
32
Benefícios da Reserva de Mercado para o Profissional
Redução da competição por emprego Melhor remuneração devido a menor
oferta de profissionais Aumento de oportunidades pela
possibilidade de atuar em áreas que exigem menor qualificação
Garantia de piso salarial
33
Custo da Reserva de Mercado de Trabalho
Para Sociedade: Maior custo dos produtos de informática devido a maiores salários
Menor qualidade devido à redução na competição
34
Custo da Reserva de Mercado de Trabalho
Para Empresas: Redução da competividade devido a maior custo com pessoal
Dificuldade de contratação de pessoal com perfil necessário
35
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
Atividades futuras de informática são difíceis de ser caracterizadas
Atividades muito voláteis Operador, Programador Analista, Digitador
36
Difícil definir os diplomas da Área:
Ciência da Computação
Informática
Engenharia de Controle e Automação
Análise de Sistemas
Engenharia de Computação
Matemática Computacional
Sistemas de Informação, etc
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
37
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
Freqüentemente não-especialistas desenvolvem seu próprio software:
Físicos, Engenheiros, Educadores Músicos, Administradores
Por que proibir?
38
Área comporta diferentes níveis de complexidade em suas atividades:
Controle bancário Controle de vôo e navegação Controle de empréstimo Previsão do tempo Projeto de home page Projeto usando AutoCAD
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
39
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
Regulamentação estilo tradicional acarretará necessidade de duplo ou triplo registro e não assegura direito líquido e certo:
Engenheiro X Informático
Administrador X Informático
40
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
Não há necessidade, porque: A principal atividade da Informática é o desenvolvimento de produtos
Há muito pouca interação direta entre profissionais e o cidadão
41
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
Não é necessário regulamentação para se ter identidade profissional
Exemplos de importantes profissões não regulamentadas:
Juizes, promotores , procuradores Matemáticos Professores
42
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
Regulamentação não garante melhoria na qualificação dos profissionais
Exemplos: Quem são os melhores Promotores ou
Advogados? Todos os engenheiros são competentes?
43
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
A carteira do registro profissional traz menos informações que o diploma
Por que substituí-lo?
44
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
Exames Nacionais ou Certificações não dependem de Regulamentação de profissão
Regulamentação não melhora qualidade dos professores de nossos cursos
45
Argumentos Contra aRegulamentação Tradicional
A prática nos países mais bem sucedidos é a de permitir o livre exercício da profissão
Exemplos: EUA, Inglaterra, França, Canadá, Espanha, Brasil
46
Argumentos a Favor da Regulamentação
“nos anos 80, um equipamento para radioterapia submeteu pacientes a doses excessivas de radiação, devido a erro de software”
Regulamentar resolve?
47
Argumentos a Favor da Regulamentação
“em 1991, problemas no software de uma central telefônica deixaram Washington, Pittsburg e Los Angeles sem comunicação telefônica por algumas horasRegulamentar resolve?
48
Argumentos a Favor da Regulamentação
“concorrência desleal entre os que atuam sem qualificação formal e os que dedicam 4 anos para obter diploma”
“profissionais de Informática precisam de um conselho para defender seus interesses”
49
Argumentos a Favor da
Regulamentação “Desigualdade de condições de concorrência e atuação, no mercado de trabalho, dos profissionais graduados”
“No setor público a Informática não existe como carreira, limitando a atuação dos graduados, muitas vezes, à ocupação de cargos de nível técnico médio, ou, em certas instituições públicas, sequer permitindo seu exercício profissional”
50
Problemas Sérios Os conselhos de Engenharia e de
Administração estão avançando sobre a área: Resolução CONFEA Nº 418 de 27 de março de 1998
Resolução do CFA Nº 198 de 19 de dezembro de 1997
Regulamentação tradicional não resolve
51
Princípios SBC para uma Regulamentação Moderna
Exercício da profissão é livre e independe de diploma ou comprovação de educação formal
Nenhum conselho de profissão pode criar qualquer impedimento ou restrição ao princípio acima
A área deve ser auto-regulamentada
52
Auto-Regulamentação
Conjunto de Entidades para definição, manutenção e aplicação de um código de ética
Não deve haver obrigatoriedade de registro de qualquer espécie
53
Regulamentação Ideal
1. Definir o mais abrangentemente possível as atribuições do profissional
2. Estabelecer que o exercício profissional é livre
3. Garantir que o profissional nunca seja obrigado a registro ou pagamento de taxas
4. Garantir que o exercício profissional não possa ser limitado por outros conselhos
54
Fontes Utilizadas
Apresentação do prof. Roberto da Silva Bigonha
Sociedade Brasileira de Computação
Prof. Everaldo Artur [email protected]