II Fórum Luso-Galaico do “Cluster” Moda - Apresentacao EUROClusTex - v03... · O EUROclusTEX supõe a consolidação de um cluster transfronteiriço para a fileira têxtil

II Fórum Luso-Galaico do “Cluster” Moda24 de Fevereiro de 2010

Alfândega do Porto

CENIT – Centro Associativo de Inteligência Têxtil 1

Introdução

Conteúdos da apresentação


Enquadramento regional

Evolução da indústria nas duas regiões

Análise comparativa das duas regiões

Considerações finais

Competências complementares: caso de estudo El Niño

O EUROclusTEX supõe a consolidação de um cluster transfronteiriço para a fileira têxtil / vestuário

/ moda das regiões Norte de Portugal e Galiza.

A iniciativa encontra-se alicerçada num “capital” de cooperação acumulado pelas empresas e

agentes económicos das duas regiões, sendo um catalisador dessa complementaridade natural.

3

Introdução


Objectivos do Projecto “EUROclusTEX”:

(1) Apoiar a iniciativa empresarial;

(2) Impulsionar a criação de valor acrescentado e o surgimento de âmbitos de excelência;

(3) Apoiar a constituição de uma rede entre as principais entidades dos sistemas tecnológico e

científico sectoriais;

(4) Fomentar a abertura internacional da ITV e a criação de uma imagem de excelência da

Euroregião.

Esta intervenção vai estruturar-se a partir de 4 blocos de actividades:

1) Institucionalizar a cooperação;

2) Aumentar a cooperação entre as empresas, e entre as empresas e centros de competências;

3) Reforçar o capital de inovação e de desenvolvimento tecnológico;

4) Internacionalizar de maneira conjunta a fileira têxtil/vestuário/moda.

4

Introdução


A iniciativa conta com o apoio financeiro do Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-

Portugal 2007-2013 (POCTEP).

5



Norte de Portugal Galiza

Minho-Lima (PT111), Cávado (PT112), Ave (PT113), Grande Porto (PT114), Tâmega (PT115), Entre Douro e Vouga (PT116), Douro (PT117) e Alto Trás-os-Montes (PT118)

Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança, e parte dos distritos de Aveiro, Viseu e Guarda

A Coruña (ES111), Lugo (ES112), Ourense (ES113) e Pontevedra (ES114)

6




• Área: 21 278 km²

• População (2008): 3.745.439 habitantes

• 24% da área continental do país

• 37% da população do continente

• Área: 29.574,4 km²

• População: 2.784.169 habitantes

• 5,8% da área do território espanhol

• 6% da população do país

Quatro aeroportos, três na Galiza (A Coruña, Santiago de Compostela e Vigo) e um no Norte de Portugal (Porto). Estas quatro infra-estruturas aeroportuárias movimentaram 8,7 milhões de passageiros em 2007.

Oito portos, seis localizados na região da Galiza (San Cíbrao, Ferrol, A Coruña, Villagarcia, Marin e Vigo) e dois no Norte de Portugal (Viana do Castelo e Leixões).

Entre as mais de vinte fronteiras terrestres das duas regiões, a Intensidade Média Diária (IMD) de veículos foi na ordem de 43.677 em 2004, os quais representaram 50,26% do total registado nas fronteiras luso-espanholas

6,5 milhões de habitantes : representando mais de 11,3% da população da Península Ibérica

As duas regiões são responsáveis por mais de 8% do PIB da Península Ibérica



Nível de escolaridade da população

1,2 milhões de residentes com habilitações literárias ao nível do secundário ou do ensino superior em 2006

apenas 32% da população (entre os 25 e os 64 anos)

um nível de instrução inferior ao da Península Ibérica e da UE27, com 45,3% e 69,3%, respectivamente

PIB (Produto Interno Bruto) agregado das duas regiões

88,3 mil milhões de euros em 2005 (8,3% da riqueza em toda a Península Ibérica)

Volume de comércio internacional de mercadorias (exportações e importações)

As duas regiões têm mantido uma representatividade estável no contexto da Península Ibérica, sendo

responsáveis por cerca de 11% do comércio internacional total

PIB per capita, em Paridade do Poder de Compra (PPC)

15.600 euros em 2005

Equivalente a 69,5% da média da Península Ibérica e 72,5% da média da União Europeia (UE27)


Produção das velas usadas pelos navios

nos descobrimento

s (ex. Vila do Conde)

Séc. XVI

Inicio da exploração

vitivinícola do Douro

Séc. XVII

Exploração vitivinícola do

Douro e aparecimento

de diversas actividades

protoindustriais

Séc. XVII

Industrialização da região Norte em

paralelo com a Revolução Industrial

Séc. XIX


A actividade têxtil no Vale do Ave está intrinsecamente ligada à cultura do linho. O espaço ocupado pelo linho foi gradualmente conquistado pelo algodão, que acompanhou a industrialização e assumiu um papel predominante na indústria da região.

Em 1991, Portugal ocupava a 10.ª posição na lista dos maiores exportadores de vestuário, a nível mundial, com 3% do comércio total e uma taxa média de crescimento de 17%, as exportações para a União Europeia assumem um papel preponderante.

Industrialização focalizada

no Porto, distribuindo-

se lentamente e de forma

desigual pelas diversas áreas

da região

1851 a 1881

Início da industrialização da região do Vale do Ave,

com a criação de diversas unidades

industriais nos concelhos de

Famalicão, Guimarães e Santo Tirso.

1890

Forte desenvolvime

nto da economia

portuguesa, com

acentuado desenvolvimento industrial

1950 -1974

Com a adesão de Portugal à então CEE, o país entrou num novo

ciclo de desenvolvime

nto socioeconómico bastante favorável à actividade industrial.

1986 –fim déc.

1990

Norte de Portugal

•Origem no mundo rural

•Incipiente actividade de fabrico de linho, que surge para satisfazer quer a procura nacional, quer a das colónias espanholas

Fim séc. XVIII e

Início séc. XIX

Aparecimento da indústria têxtil na

Galiza, que se diferencia da existente em

Espanha pelo seu tardio aparecimento

e industrialização, pela sua

especialização na confecção e pelo seu carácter rural

Fim do séc. XX

Verdadeiro desenvolvimento da

indústria têxtil e confecção na Galiza,

graças ao investimento em

tecnologia, ao design e à imagem de marca criada a partir do slogan “Moda Gallega”.

Fim déc. 1970 e

início déc. 1980

Esta procura fez-se também sentir noutras regiões de Espanha, como no caso das regiões

da Catalunha e da Comunidade Valenciana, nas quais ao longo do século XIX, decorre a

consolidação da indústria têxtil.

Factores que fomentaram a actividade de confecção na Galiza: existência de uma tradição no meio rural nas actividades de confecção; existência de mão-de-obra feminina abundante e dedicada a actividades agrónomas, que vêem neste novo tipo de actividade um complemento à sua renda familiar, bem como uma alternativa à vida no campo; e uma procura crescente dos produtos com origem na Galiza, originando que determinadas unidades de confecção se convertessem em pequenas empresas de carácter familiar.



Relativamente a outras regiões de Espanha, o processo de industrialização da indústria têxtil evestuário da Galiza, decorreu mais tardiamente, especializando-se na confecção – e não naindústria têxtil de base – e na criação de uma imagem de marca de moda produzida na região,reconhecida ao nível internacional e associada à inovação, ao design e à qualidade, um factorque tem garantido o posicionamento das empresas galegas.

Existem na Galiza cerca de 300 empresas, dos sectores têxtil e vestuário, com marca própria.No entanto, é de salientar que o principal mercado da maioria destas empresas é o espanhol,existindo assim uma grande dependência em relação ao poder de compra e à procura interna.

Galiza



Semelhanças na origem dos sectores têxtil e vestuário das duas regiões, mas a indústria na região portuguesa

desenvolveu-se mais cedo, assumindo um carácter industrial de base, com uma forte presença do sector têxtil

Quando a indústria têxtil e vestuário arranca efectivamente na Galiza, em finais do século XX, especializa-se no

sector do vestuário

Esta especialização, associada à forte promoção da moda galega e à possibilidade de aceder de forma

privilegiada ao vasto mercado espanhol, propiciam o desenvolvimento do sector de vestuário na Galiza

Esta evolução potenciou a focalização nas actividades do retalho, inibindo o desenvolvimento ao nível da

indústria têxtil de base e restringiu a relevância dos têxteis técnicos ou mesmo do têxtil lar

A focalização nas actividades com valor acrescentado superior, a independência a actividades a montante e os

menores custos fixos, beneficiam a flexibilidade organizacional, tão necessária em períodos de abrandamento

económico

RegiãoEvolução anual do volume de produção (1.000 euros)

2007 2006 2005 2004

Norte de Portugal 5.684.974 5.729.784 5.697.041 6.136.091

Galiza 1.428.450 1.452.209 1.229.285 1.133.847

0

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

6.000.000

7.000.000

2004 2005 2006 2007

Vo

lum

e d

e p

rod

uçã

o (

1.0

00

eu

ros)

Ano

Evolução do volume de produção




Sector Região (NUTS II)N.º de empresas

2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000

TêxtilNorte Portugal 3.885 4.083 4.306 4.303 3.283 3.517 3.379 3.318

Galiza 479 458 445 388 370 349 342 365

VestuárioNorte Portugal 8.257 8.300 8.670 8.933 9.239 9.270 6.971 7.536

Galiza 1.383 1.429 1.453 1.455 1.474 1.512 1.555 1.537

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

N.º

de

em

pre

sas

Comparação do n.º de empresas

Têxtil Norte Portugal Têxtil Galiza Vestuário Norte Portugal Vestuário Galiza



Minho-Lima PT111

Cávado PT112

Ave PT113

Grande Porto PT114

Tâmega PT115

Entre Douro e Vouga PT116

Douro PT117

Alto Trás-os-Montes PT118

A Coruña ES111

Lugo ES112

Ourense ES113

Pontevedra ES114

680 - 1020

340 - 680

0 - 340

290

17

24

148

1360 - 1700

1020 - 1360

473

146

29

32

Galiza 479

Norte de Portugal 3885

91

728

1699

687

Distribuição das empresas têxteis (2007)

Região N.º Empresas

PT118

PT117

PT115

PT116

PT112

PT111

ES111

ES112

ES114

ES113



Minho-Lima PT111

Cávado PT112

Ave PT113

Grande Porto PT114

Tâmega PT115

Entre Douro e Vouga PT116

Douro PT117

Alto Trás-os-Montes PT118

A Coruña ES111

Lugo ES112

Ourense ES113

Pontevedra ES114

Galiza

Norte de Portugal

2408 - 3010

1806 - 2408

1204 - 1806

602 - 1204

0 - 602

64

1.383

765

81

140

397

2.066

3.010

1.608

963

183

54

Região N.º Empresas

8.257

309

Distribuição das empresas de vestuário (2007)

PT118

PT117

PT115

PT116

PT112

PT111

ES111

ES112

ES114

ES113



Sector de actividade

N.º empresas (2007)


Quantidade Proporção Quantidade Proporção

Preparação e fiação de fibras têxteis 109 2,81% 8 1,67%

Tecelagem de têxteis 239 6,15% 2 0,42%

Acabamento de têxteis 436 11,22% 35 7,31%

Fabricação de artigos têxteis confeccionados, excepto

vestuário893 22,99% 203 42,38%

Outras indústrias têxteis 1.219 31,38% 206 43,01%

Fabricação de tecidos de malha 283 7,28% 16 3,34%

Fabricação de artigos de malha 706 18,17% 9 1,88%

Fabricação de têxteis (total de empresas) 3.885 100% 479 100%



Distribuição das empresas têxteis por sector de actividade

NC Designação

Total de exportações (2007) em 1.000 de euros

Portugal Galiza

Valor Proporção Δ (2007/06) Valor Proporção Δ (2007/06)

50 Artigos de seda 657 0,02% -10,73% 13.645 0,57% 1,86%

51 Artigos de lã 95.832 2,23% 8,94% 32.330 1,35% 15,60%

52 Artigos de algodão 179.604 4,17% 3,59% 101.164 4,22% 18,36%

53 Outras fibras têxteis vegetais 5.321 0,12% 34,71% 5.545 0,23% -12,39%

54Filamentos sintéticos ou

artificiais72.415 1,68% 16,63% 34.420 1,44% 17,85%

55Fibras sintéticas ou artificiais

desc.236.471 5,49% -2,50% 37.191 1,55% 50,56%

56Pastas, feltros, artigos de cord.,

etc175.100 4,07% 15,05% 15.369 0,64% 16,66%

57 Tapetes e outros revestimentos 80.020 1,86% 9,72% 2.018 0,08% 125,89%

58 Tecidos especiais e tufados 87.732 2,04% 39,61% 14.409 0,60% -41,10%

59 Tecidos impregnados, etc 117.423 2,73% -2,62% 2.161 0,09% 76,05%

60 Tecidos de malha 56.300 1,31% 9,80% 3.496 0,15% -1,58%

61 Vestuário e acessórios de malha 1.748.809 40,63% 5,72% 805.857 33,63% 15,89%

62Vestuário e acess. excepto de

malha857.634 19,93% 4,22% 1.300.208 54,26% 12,87%

63Outros artigos têxteis

confeccionados590.795 13,73% -2,37% 28.257 1,18% 44,48%

TOTAL 4.304.113 100,00% 4,65% 2.396.069 100,00% 14,25%



NC Designação

Total de importações (2007) em 1.000 de euros

Portugal Galiza

Valor Proporção Δ (2007/06) Valor Proporção Δ (2007/06)

50 Artigos de seda 13.650 0,41% 2,37% 25.260 1,32% -1,42%

51 Artigos de lã 149.094 4,47% 7,30% 43.638 2,28% -0,92%

52 Artigos de algodão 523.217 15,70% -4,54% 112.732 5,90% 5,47%

53 Outras fibras têxteis vegetais 29.710 0,89% -1,05% 13.277 0,69% 38,90%

54Filamentos sintéticos ou

artificiais266.118 7,98% 1,42% 40.290 2,11% 16,25%

55Fibras sintéticas ou artificiais

desc.238.862 7,17% 5,04% 57.362 3,00% 7,89%

56Pastas, feltros, artigos de

cord., etc65.754 1,97% 2,17% 16.380 0,86% 8,81%

57Tapetes e outros

revestimentos65.386 1,96% 11,20% 12.907 0,68% 21,88%

58 Tecidos especiais e tufados 58.920 1,77% -11,93% 12.083 0,63% -46,51%

59 Tecidos impregnados, etc 107.156 3,22% -10,85% 13.978 0,73% 28,11%

60 Tecidos de malha 91.933 2,76% -3,72% 11.855 0,62% 25,55%

61Vestuário e acessórios de

malha796.589 23,90% 21,87% 576.383 30,17% 7,66%

62Vestuário e acess. excepto de

malha786.984 23,61% 12,92% 921.059 48,21% 23,09%

63 Outros artigos têxteis confecc. 139.492 4,19% 28,86% 53.437 2,80% 26,27%

TOTAL 3.332.865 100,00% 8,04% 1.910.643 100,00% 14,51%





Comércio de têxteis e

vestuário (2008)Portugal - Espanha

€ 1.022.474.150

Comércio de têxteis e vestuário (2008)

Espanha - Portugal

€ 1.115.542.485

Têxtil Vestuário

129.877,7 293.050,0

A Coruña ES111 109.341,9 272.224,3

Lugo ES112 987,4 386,7

Ourense ES113 1.890,3 11.623,9

Pontevedra ES114 17.658,1 8.815,0

Têxtil Vestuário

100,00% 100,00%

A Coruña ES111 84,19% 92,89%

Lugo ES112 0,76% 0,13%

Ourense ES113 1,46% 3,97%

Pontevedra ES114 13,60% 3,01%

Região

Galicia

Região

Galicia

Proporção das trocas comerciais


Galiza - Portugal

Trocas comerciais (1.000 euros)

Têxtil Vestuário

102.611,8 262.411,6

A Coruña ES111 63.676,8 218.974,8

Lugo ES112 919,9 432,8

Ourense ES113 15.993,5 10.887,1

Pontevedra ES114 22.021,7 32.116,9

Têxtil Vestuário

100,00% 100,00%

A Coruña ES111 62,06% 83,45%

Lugo ES112 0,90% 0,16%

Ourense ES113 15,59% 4,15%

Pontevedra ES114 21,46% 12,24%

Região

Galicia

Região

Galicia

Proporção das trocas comerciais


Portugal - Galiza

Trocas comerciais (1.000 euros)

Competências complementares



Caso de estudo: El Niño

Acesso privilegiado ao mercado espanhol

Experiência e competências na produção

Longo historial e experiência ao nível dos relacionamentos empresariais entre as duas regiões

Forte proximidade cultural Proximidade entre as duas regiões

Mútuo conhecimento e reconhecimento das competências

Qualidade do produto e do serviço

Resposta rápida (cumprimento dos prazos)

Facilidade de acompanhamento

Inexistência de intermediários

Seriedade e profissionalismo

Experiência e competências comerciais

Versatilidade

Facilidade de acompanhar novos projectos Facilidade de acompanhar novos projectos

Seriedade e profissionalismo

Positivo Negativo Positivo Negativo






EUROClusTex

Perda de poder de compra

Dificuldades no acesso ao

crédito

Esmagamento das margens de

lucro

•Alargamento da UE a Leste

•10 novos Estados-membros

2004

Eliminação das quotas alfandegárias entre os países da

OMC

2005

•Alargamento da UE a Leste

•2 novos Estados-membros

2007Crise

financeira mundial

Desde 2007

Políticas comunitárias desfavoráveis

Perda de competitividade das pequenas e

médias empresas

Concorrência internacional

desequilibrada

CENIT – Centro de Inteligência Têxtil

Tel: 252 30 20 20

E.mail: [email protected]

Web: www.portugaltextil.com

22CENIT – Centro Associativo de Inteligência Têxtil 22

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