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¦.' Anno IV —4. ASSIGNATÜRAS ¦ ¦ ( Recife ) Trimestre ; 4$000 . Anno.,... 16$Ò00 ., ( Interior e Províncias) Trimestre.., 4$500 Anno 18$000 As assignatüras come- çam.em qualquer te_típo e terminam no ultimodeMar-; | ço, Junho,Setembro e De- zembi o Publica-se to- dos os dias, PAGAMENTOS ADIANTADOS Recife/^Q^¥â_.féira 20 de Maio de 1875 ' _____[______& 1 Oi) '-_ l> : W, . .. "..: ¦ i*'-*- ' ' ';" >-X ¦ i. .".'-'¦..- f ¦¦-.••:r.^- -T. ¦ - .. , .. .,,_¦ ¦ ' ¦ ¦ ¦'.'.-... . ¦ ¦• ,•••.-. ¦•:_.;¦,,- ¦ .', , : ••''-' t. . •' '. ..-'._•-.. - æ... .iíX'JÍI»r ¦' ._._ ,.A.,.,,.-. ;.,, (.e.f ,t 0R6A0 DO PARTIDO LIBIRAL IM).: 0.'./.¦- •._-¦}',, lij.(¦'.!) ,f''-J .riílyO-ril.í..1 !). ¦(.•:» .:.*/<-, I Vejo portódaparteúmsymptòmâ,que meassusta pelaiibredade da_-nações edalgrejaraoentralisação. Um dia os povos despertarão clamando:—Onde ./.nossas liberdades?, F.fEuX"_Ot»c ncÇongre. de Malin,,» 1864. _C|. N. 588 ,' .. -—____; CORRESPONDE.. ClA *' - ' A Bedaçãoacceita eagra- dece acollaboração. A correspondência politi- ca serádirigida árua Duque de Caxias n .50 1 andar. Toda a demaiscorrespon» dencia,annuncioe er eclama- çõesserãodirigidosparaoes» criptorio da typographia á rua do IMPERADOR H.77. PAGAMENTOS ADIANTADOS Edicçãodehoje 1600. Aos Sí*s_ --Vssignantes. Bogamós aos nossos assignan- #es ,do interior o favor de mandas rem satisfaser suas assignatura- vencidas, assim como prevefii- mos a certos assignantes da ei- dade que se acham em conside- ravel atraso, que s.er-lhes-ha sus- pensa a remessa da folha, se mão tractarem de desempenhar o. seu compromisso. , hj. »;.£_< t;.._rí>.i _W Recife, 19 de Maio de 1875. Confissão solc-inne..,. ü Ha um "period.o, na falia do throno ulti- ma, que, de difficil cojnprèhensão para aquelles que não'estão habituados a ir pro- curar a verdade no fiindo dos ciroumloquios do governo imperial, é entretanto a plena Éonfirmação do que sempre havemos dito sobre o ser o desperdício dos dinheiros pu- Micos o principal característico da actual situação. _N'esse importante documento officiaí diz o imperante:. « E' indispensável todo o cuidad o na fi-, xação ann-ua das despezas, e ainda uautili- dade de sua applicaçao.» Não^podendo nas peças officiaes haver proposição alguma ociosa, devendo cada Uma corresponder a um factò ou necessida- de de que seja a expressão, é lógico concluir que semelhante recdmmendação importa reconhecer e confessar, que não tem havido todo o cuidado na fixação anmia das despesas e na utilidade de sua applieaçãol Isto hão soffre duvida; principalmente ¦seguindo-se tão desusada recominendação ao movimento econômico, que trouxe agita- do o interior de algumas das províncias do norte, e á denuncia formal articulada pelo ..Ilustrado deputado conservador o Dr. Fer- reira Vianna, que accueou de enormes es- banjamentos os ministérios da marinha e da guerra, proclamando em plena câmara dos doputados e aos échos do paiz, que o partido dominante tem infringido o espirito de economia, de que o partido liberal, quando no poder, se mostrou possuído. Sabido, porém, como é, que o discurso da coroa ó uma peça ministerial, como explicar essa extraordinária franqueza do-governo ? Qual o alcance de semelhante confissão ? A quem rosponsabilisa elle por essa falta de cuidada na fixação anmia das despezas e sua útil applicaçao l _ E' esta a face obscura da palavra impe- . rial; e a nós, como partido de opposição, . nos cumpre registrar, notar e tornar bem . saliento a famosa confissão do governo; ou seja ella uma sorpreza da verdade, que es- capa muitas vezes 'involuntariamente aos lábios d'aquoUes próprios que se interessam em occultal-a; ou seja um impeto poder pessoal, que, sorprehendido pela nação e não mais podendo negar a sua existência, , busca repellir do si a responsabilidade do ' reconhecido e denunciado desperdício dos dinheiros públicos, lançando-a- inteira sobre os dóceis e humildes membros do minisíerio; ou sejiv uma franca expansão do. ministério para com os seus sustentadores.esquecido de que, além d'estes, ainda existe uma nação, que náo-perduá tão ; facilmente os erros e os crimes d'aquelles, que dbveram ser a ^erso- 1 nificação.da sabedoria, prudência e virtude socines; ou seja, finalmente, um brado de alarma arrancado ao ministério pelo espiri- to de^ananoia revelado pela sua maioria ua câmara des deputados, particularmente na famosa questão do subsidio. Registrando tal confissão, que bem pare- ce uma scena de recriminaçãô entre os de- fraudadores convictos da fortuna'publica, sauve quipeut dos que são colhidos emdelic- to pela opinião "pública severa e indignada, bradaremos hem alto para que o paiz nos ouça: Poupai, senhores do governo; o ^nor d.'este pobre povo; a quem obrigaia a repár- tir comvosco o mingoado frueto do seu tra- balho, que não fomentais, e'que pelo contra- rio cereais de dificuldades com as vossas medidas oppressoras. . Si o Brazil é um paiz joven, como dizeis ; si sqnte falta de braços e de capitães para fazer prosperar o seu fertilissimo território ; não é sobrecarregando de impostos a popu- lação, não é ófferecendo ao mundo o estra- nho •espectaculo da riqueza e prodigálidade do governo no seio da pobreza e carência de recursos do paiz, não é tendo pouco cuidado na fixação ahnua' das despezas, e applican- do-asajins de pouca ou nenhuma utilidade, isto é, .esbánjando-as; nâó é, em súmm'á, espoliando a nação em, proveito vosso'e dos vossos sustentadores; não é assim, dizemos, que'conseguireis auxiliar o trabalho nacio- nal. . 7-íi; ; U-Usasa. lição tie Saistoria A columna conservadora do Diano occnpa- se hoje com o artigo,que sob essa epigraphe, ha dias publicamos. .-.'.. Estampamos, ó verdade, em nossas coluna- nas, o facto notável da recusa do cidadão in- glez Haippden á pagar o imposto ülegal, de- cretado'por Carlos I, como um exemplo su- bliine de coragem civica, mil vezes digno de ser imitado. A virtude da resisteucia individual ás in- vasões do poder arbitrário foi e será.sempre o meio mais profícuo e honroso de conquis- tar para os povos a liberdade. Imite o cidad-o inglez—quem o puder, isto é, quem amar, como elle, a pátria, qnem tiver, como elle, alma tão nobre. A^columna desconhece paridade entre o governo de Carlos I; e o do Brazil, e por isto estranha, que apontemos aquelie facto da historia ingleza para ser entre nós imitado. Lembra ainda a columna, que Carlos I era rei absoluto.oercado deleis de censura, detri- bunaes excepcionaes, que conrmettiam hor- rores; e nós, entretanto, temos uma consti- tuição livre, o poderes independentes. Não ha entre nós, é verdade, nquellas instituições monstruosas do passado, porque ellas sáo incompatíveis com a humanidade de hoje, e não viviriam um dia, se decreta- das fossem. O poder absoluto mudou de forma para coexistir com as idéias e costumes actuaes, Bem por isso perder, no fundo a sua essen- cia. Carlos I tinha necessidade de_tftbunaes de horror; D. Pedro satisfaz-se com um mi- nisterio servil, um parlamento por seu go- verno eleito, ,e uma magistratura depen- dente. Deixemos, Srs. da columna, de palavras sonoras, ocas de sentido ; deixemos de fallar em constituições livres, quando a realidade, que vemos, tudo isto desmente. E vós, qne, melhor do que nós, porque de dentro vedes a anarchia que.;Teina nas instituições do paiz; deixae essa mascara, que não illude mais'. Em matéria de impostos, a liberdade no governo consiste, em serem elles decretados por..- aquelles, que o_j pagam ; ra, dizei-nos, assim se entre nós ? Qne importa, que o parlamento os vote (e hoje nem isto mesmo é preciso), se este parlamento é pelo gover- no eleito ? Que diífereuça existe entre a illegadade do imposto, á que resistio o cidadão inglez, e esse ul_in.au_e_.t6 decretado nesta provin- cia sobre os gêneros de primeira necessida- de?* Carlos I. decretou-o por si, é verdade: po- rem acobertou-o com. a mascara da lei,—a taxa dos _.m(..-.—E.outro nós, foi uma as- sembléa pi-o viu ciai,.quç decretou, e um pre- sidente saueciouou ; porem, essa lei funda- mental, que vós invocaes, para classificar o nosso 'governo de livre-, o prohibia expressa- mente ; e essa assembléa"provincial, o.que exprime, dizei-nos, em vóssá própria cons- ciência ? Se diferença existe entre as duas' illegali- dadee,"é em favor de Carlos.I. que, ao me-' nos-,com uma lei se acobertava. ¦.| Ainda.mais, Hanipden résistiò, e> da sua resistência datou: a grande revolução ; entre nós, porem, o governo arguido confessou a illegalidade do imposto, as populações inoul- tas desses campos levantaram um brado de desespero e indignação, porem, o imposto concirna a ser cobrado, e a custa delle vi- vem alguns protegidos do governo. Se entre nós a pobresa resistisse a esse imposto illegal, que a empobrece mais, em. que seria o caso differente ? ;. Nos tempos de Hampden também o gover- ho confiou na indiíferença publica, porem o fogo sagrado do patriotismo não se tinha ex- tineto, e aquella superfície calma, como a / nossa hoje, tranformou-se em martempes- tuoso, que devorou aquellas instituições to- das, e prolongou-ae a; tempestade, até que ¦serenou,quando raiou de todo a liberdade. P. S.—Quanto á retificação histórica do julgamento,de Hampden,' permitta-nos a co- hlmna não aceitai-a, porque este cidadão foi afinal condemnado pelo tribúnai thesou-, ro. Algodão mediano úplànds 18 frc-.iWporilb* elevaram-se a 4,000 fardos as chegadas hoje aos portos dos Estados.Unidos., .; B(Havas-Reuter) •¦ ¦ __fOficias tia corte—De uma car- ta de amigo nosso da corte,, com data de..-12 do corrente, transcrevemos os se_ruintes tre- chos:. íiiOlIÜ Teieffranaanas—Transcrevemos da folha official, os seguintes : COMMERCIAES , Rio de Janeiro 17 de maio' (rkoebido'A tar- DE AS 5 HORAS E 5IEIA DA TARDE)—0 baUCO Mauá, não podendo ser soecorrido pelo ban- co Brazil, e lutando com difficuldades desde os últimos acontecimentos de Monte- vidéo, suspendeu seus pagamentos, pedindo moratória, e ófferecendo pagar integralmen- te á seus credores. Corre que o director do Banco Allemão desappareceu. Amanhã deve encerrar-se, na câmara dos deputados, a discussão do projecto, aqresen- tado pelo Exm. Sr. visconde do Rio Branco, ministro da fazenda, autorisando a emissão de 2t..000:000!?000 de titules ao portador. «Cambio sobre Londres 26 3[4 d. bancário 26 7[8 d. particular. Carcbio sobre Paris 357 réis por franco, 0 mercado de café esteve mais animado hoje, e os preços, bem que mais firmes, não soffreram alteração. Bahia 17 de maio—Caçibio sobre Londres sem alteração. Chegou hontem aqui, procedente do Rio de Janeiro, o vapor francez Yille de Bahia, da compauhia chargeuus reunis, e sahio á tarde para Pernambuco. Para' 17 de maio—Canibi? sobre Londres sem alteração. Procedente do Maranhão chegou hoje aqui o paquete brazibivo Guará, e sahirá amanhã para os portos do sul do império. New-York 15 de jiaio—Chegaram hoje á todos os portos dos Esfcados-Unidos 4,Q,00 fardos de algodão. Rio.de Janeiro, IS.—Cambio sobre ,Lon- dres 27 d. bancário, 27 \ d. particular. Cambio sobre Paris 358 réis nominaes. Mercado de café calmo, mantendo-se os preços som alteração ; o de primeira qualida- debo_ade5$700a5$850. Baaia, 18.—Cambio sobre Londres 26 •£ d. bancário, 26 j d. particular. Para', 18.—Cambio sobre Londres sem alteração. . New-York, 17.—Cambio sobre Londres 4 -87. Preço do ouro 116. Mercado de café .calmo, e os preços sem alteração; o do Kio fair cargoes 16 f a 17 cénts por.fi3. « Em additamento á minha carta ultima, devo dizer-lhe que o ministério continua em sérios embaraços, parecendo fora de duvjda a retirada do João Alfredo. Na reunião por este promovida aconse- lhou-sè-lhe que continuasse e assim estava assentado; veio, porém, a reflexão e até hontem podia-se dizer que não recuaria mais o ministro do império. Novas difficuldades surgiram ; e quando a reforma eleitoral não bastasse outros ele- mentos accumullados dissolyeriam o 7 jde Março, segundo se pensa. . 0 S. Vicente e outros ameaçam com a subida dos liberaes. Quanto á mim continuará o,7 de Março com o Bom Retiro e um ou dous deputadps; em ultimo caso abandonar- se-ha todo o pro- jecto eleitoral, conservando-se, apenas a par- te relativa á qualificação. Cada um procura presentemente ó meio de segurar a situação e ha horror aos libe- raes.-, Os dissidentes querem também o 7 de Março! Veremos, entretanto, o que surgirá. E'tão anormal a marcha que. levam .as cousas políticas n'este paiz, que nada.se pôde conjecturar com certo fundamento. Uma questão de escrivão de subdelegado, cousa ridícula, deu com o Ludgero em terra.» AltonfaiBienfo-- lii_.ttt>rtcos— Concluamos a apreciação da defesa do.Çr. Lucena sobre os apontamentos, qub oífere- cemos para a historia de sua administração. Sobre a compra do engenho Fragoso, per- tencente a um devedor de um seu amigo in- timo, diz o Sr. Lucena que não houve coac- ção,«a qual seria uma estulticie, visto como pelo contracto elles (os contractantes) estão obrigados a comprar o referido engenho, que foi escolhido para logradouro pela cama- ra municipal e a commissão para esse fim nomeada. _ 0 Sr. Lucena não contesta o facto de que o engenho referido era propriedade de um devedor de um seu amigo e que a venda do mesmo facilita ou facilitou o pagamento da divida; procura,porém, apad.inhar-se com a câmara municipal e a commissão noinea- da, a quem attribue a escolha do engenho Fragoso para logradouro. Isto é uma coaretada vergonhosa de que usou o desembargador para defender-se. Ora, todos sabem que a commissão no- meada pelo Sr. Lucena não valia mais do que o mesmo Sr. Lucena, assim como a ca- màra municipal não valia mais do que a commissão ; portanto foi o Sr. Lucena que fez comprehender nos limites do terreno do logradouro o engenho Fragoso, tornando assim obrigatória a compra do mesmo en- genho. A câmara municipal, de que o Sr. Luçe- na faria caso para defender-se (ias pato- - tas, não pôde apadrinhal-o n'essa conciliação dos interesses de seu amigo com os interesses vmnicipaes. Quanto a portaria, que cassou; mediante a quantia de lOOftOOO para o asylo de alie- nados, o despaebo de demissão dada a um alferes da guarda nacional, dip o Sr. Lucò- na que—tendo o alferes, por motivos de re- sentimento ou despeito, pedido e obtido a sua demissão requereu depois que -fosse cas- sada a mesma demissão ; o que", tendo con- seguido, por motivo de reconhecimento, of. ferecera aquella quantia. A exposição do facto, não está exacta ; e foi feita de modo á attennar a indecência dc ter o desembargador cassado um seu des- paclio mediante a quantia de 100$000. 0 alludido alferes,:tendo-pedido de_a__sàe,

íiiOlIÜ - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00588.pdf · busca repellir do si a responsabilidade do ' reconhecido e denunciado desperdício dos dinheiros públicos,

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Anno IV—4.

ASSIGNATÜRAS¦ ¦ ( Recife )

Trimestre ; 4$000. Anno.,... 16$Ò00

., ( Interior e Províncias)Trimestre.., 4$500Anno 18$000

As assignatüras come-çam.em qualquer te_típo eterminam no ultimodeMar- ; |ço, Junho,Setembro e De-zembi o Publica-se to-dos os dias,

PAGAMENTOS ADIANTADOS

Recife/^Q^¥â_.féira 20 de Maio de 1875

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Vejo portódaparteúmsymptòmâ,que meassustapelaiibredade da_-nações edalgrejaraoentralisação.

Um dia os povos despertarão clamando:—Onde./.nossas liberdades? ,

F.fEuX"_Ot»c ncÇongre. deMalin,,» 1864.

_C|.N. 588,' .. -—____;CORRESPONDE.. ClA *'- '

A Bedaçãoacceita eagra-dece acollaboração.

A correspondência politi-ca serádirigida árua Duquede Caxias n .50 1 • andar.

Toda a demaiscorrespon»dencia,annuncioe er eclama-çõesserãodirigidosparaoes»criptorio da typographia árua do IMPERADORH.77.

PAGAMENTOS ADIANTADOS

Edicçãodehoje 1600.Aos Sí*s_ --Vssignantes.Bogamós aos nossos assignan-

#es ,do interior o favor de mandasrem satisfaser suas assignatura-vencidas, assim como prevefii-mos a certos assignantes da ei-dade que se acham em conside-ravel atraso, que s.er-lhes-ha sus-pensa a remessa da folha, se mãotractarem de desempenhar o. seucompromisso. ,

hj. »;.£_<t;.._rí>.i

_WRecife, 19 de Maio de 1875.

Confissão solc-inne..,. ü• Ha um "period.o, na falia do throno ulti-ma, que, de difficil cojnprèhensão paraaquelles que não'estão habituados a ir pro-curar a verdade no fiindo dos ciroumloquiosdo governo imperial, é entretanto a plenaÉonfirmação do que sempre havemos ditosobre o ser o desperdício dos dinheiros pu-Micos o principal característico da actualsituação.

_N'esse importante documento officiaí dizo imperante:.

« E' indispensável todo o cuidad o na fi-,xação ann-ua das despezas, e ainda uautili-dade de sua applicaçao.»

Não^podendo nas peças officiaes haverproposição alguma ociosa, devendo cadaUma corresponder a um factò ou necessida-de de que seja a expressão, é lógico concluirque semelhante recdmmendação importareconhecer e confessar, que não tem havidotodo o cuidado na fixação anmia das despesas ena utilidade de sua applieaçãol

Isto hão soffre duvida; principalmente¦seguindo-se tão desusada recominendaçãoao movimento econômico, que trouxe agita-do o interior de algumas das províncias donorte, e á denuncia formal articulada pelo..Ilustrado deputado conservador o Dr. Fer-reira Vianna, que accueou de enormes es-banjamentos os ministérios da marinha eda guerra, proclamando em plena câmarados doputados e aos échos do paiz, que opartido dominante tem infringido o espiritode economia, de que o partido liberal,quando no poder, se mostrou possuído.

Sabido, porém, como é, que o discurso dacoroa ó uma peça ministerial, como explicaressa extraordinária franqueza do-governo ?Qual o alcance de semelhante confissão ? Aquem rosponsabilisa elle por essa falta decuidada na fixação anmia das despezas e suaútil applicaçao l

_ E' esta a face obscura da palavra impe-. rial; e a nós, como partido de opposição, só

. nos cumpre registrar, notar e tornar bem. saliento a famosa confissão do governo; ouseja ella uma sorpreza da verdade, que es-capa muitas vezes 'involuntariamente

aoslábios d'aquoUes próprios que se interessamem occultal-a; ou seja um impeto dò poderpessoal, que, sorprehendido • pela nação enão mais podendo negar a sua existência, ,busca repellir do si a responsabilidade do 'reconhecido e denunciado desperdício dosdinheiros públicos, lançando-a- inteira sobreos dóceis e humildes membros do minisíerio;ou sejiv uma franca expansão do. ministériopara com os seus sustentadores.esquecido deque, além d'estes, ainda existe uma nação,que náo-perduá tão ; facilmente os erros e oscrimes d'aquelles, que dbveram ser a ^erso-1 nificação.da sabedoria, prudência e virtudesocines; ou seja, finalmente, um brado dealarma arrancado ao ministério pelo espiri-to de^ananoia revelado pela sua maioria uacâmara des deputados, particularmente nafamosa questão do subsidio.

Registrando tal confissão, que bem pare-

ce uma scena de recriminaçãô entre os de-fraudadores convictos da fortuna'publica,sauve quipeut dos que são colhidos emdelic-to pela opinião "pública severa e indignada,bradaremos hem alto para que o paiz nosouça:

Poupai, senhores do governo; o ^nord.'este pobre povo; a quem obrigaia a repár-tir comvosco o mingoado frueto do seu tra-balho, que não fomentais, e'que pelo contra-rio cereais de dificuldades com as vossasmedidas oppressoras.

. Si o Brazil é um paiz joven, como dizeis ;si sqnte falta de braços e de capitães parafazer prosperar o seu fertilissimo território ;não é sobrecarregando de impostos a popu-lação, não é ófferecendo ao mundo o estra-nho •espectaculo da riqueza e prodigálidadedo governo no seio da pobreza e carência derecursos do paiz, não é tendo pouco cuidadona fixação ahnua' das despezas, e applican-do-asajins de pouca ou nenhuma utilidade,isto é, .esbánjando-as; nâó é, em súmm'á,espoliando a nação em, proveito vosso'e dosvossos sustentadores; não é assim, dizemos,que'conseguireis auxiliar o trabalho nacio-nal. .

7-íi;

; U-Usasa. lição tie SaistoriaA columna conservadora do Diano occnpa-

se hoje com o artigo,que sob essa epigraphe,ha dias publicamos. .-.'..

Estampamos, ó verdade, em nossas coluna-nas, o facto notável da recusa do cidadão in-glez Haippden á pagar o imposto ülegal, de-cretado'por Carlos I, como um exemplo su-bliine de coragem civica, mil vezes digno deser imitado.

A virtude da resisteucia individual ás in-vasões do poder arbitrário foi e será.sempreo meio mais profícuo e honroso de conquis-tar para os povos a liberdade.

Imite o cidad-o inglez—quem o puder,isto é, quem amar, como elle, a pátria, qnemtiver, como elle, alma tão nobre.

A^columna desconhece paridade entre ogoverno de Carlos I; e o do Brazil, e por istoestranha, que apontemos aquelie facto dahistoria ingleza para ser entre nós imitado.

• Lembra ainda a columna, que Carlos I erarei absoluto.oercado deleis de censura, detri-bunaes excepcionaes, que conrmettiam hor-rores; e nós, entretanto, temos uma consti-tuição livre, o poderes independentes.

Não ha entre nós, é verdade, nquellasinstituições monstruosas do passado, porqueellas sáo incompatíveis com a humanidadede hoje, e não viviriam um dia, se decreta-das fossem.

O poder absoluto mudou de forma paracoexistir com as idéias e costumes actuaes,Bem por isso perder, no fundo a sua essen-cia. Carlos I tinha necessidade de_tftbunaesde horror; D. Pedro satisfaz-se com um mi-nisterio servil, um parlamento por seu go-verno eleito, ,e uma magistratura depen-dente.

Deixemos, Srs. da columna, de palavrassonoras, ocas de sentido ; deixemos de fallarem constituições livres, quando a realidade,que vemos, tudo isto desmente. E vós, qne,melhor do que nós, porque de dentro vedes aanarchia que.;Teina nas instituições do paiz;deixae essa mascara, que não illude mais'.

Em matéria de impostos, a liberdade nogoverno consiste, em serem elles decretadospor..- aquelles, que o_j pagam ; ra, dizei-nos,assim se dá entre nós ? Qne importa, que oparlamento os vote (e hoje nem isto mesmoé preciso), se este parlamento é pelo gover-no eleito ?

Que diífereuça existe entre a illegadadedo imposto, á que resistio o cidadão inglez,e esse ul_in.au_e_.t6 decretado nesta provin-cia sobre os gêneros de primeira necessida-de? *

Carlos I. decretou-o por si, é verdade: po-rem acobertou-o com. a mascara da lei,—ataxa dos _.m(..-.—E.outro nós, foi uma as-sembléa pi-o viu ciai,.quç decretou, e um pre-sidente saueciouou ; porem, essa lei funda-

mental, que vós invocaes, para classificar onosso 'governo de livre-, o prohibia expressa-mente ; e essa assembléa"provincial, o.queexprime, dizei-nos, em vóssá própria cons-ciência ?

Se diferença existe entre as duas' illegali-dadee,"é em favor de Carlos.I. que, ao me-'nos-,com uma lei se acobertava.¦.| Ainda.mais, Hanipden résistiò, e> da suaresistência datou: a grande revolução ; entrenós, porem, o governo arguido confessou aillegalidade do imposto, as populações inoul-tas desses campos levantaram um brado dedesespero e indignação, porem, o impostoconcirna a ser cobrado, e a custa delle vi-vem alguns protegidos do governo.

Se entre nós a pobresa resistisse a esseimposto illegal, que a empobrece mais, em.que seria o caso differente ?;. Nos tempos de Hampden também o gover-ho confiou na indiíferença publica, porem ofogo sagrado do patriotismo não se tinha ex-tineto, e aquella • superfície calma, como a

/ nossa hoje, tranformou-se em martempes-tuoso, que devorou aquellas instituições to-das, e prolongou-ae a; tempestade, até que¦serenou,quando raiou de todo a liberdade.

P. S.—Quanto á retificação histórica dojulgamento,de Hampden,' permitta-nos a co-hlmna não aceitai-a, porque este cidadão foiafinal condemnado pelo tribúnai dò thesou-,ro.

Algodão mediano úplànds 18 frc-.iWporilb*elevaram-se a 4,000 fardos as chegadas dêhoje aos portos dos Estados.Unidos., .;(Havas-Reuter) •¦ ¦

__fOficias tia corte—De uma car-ta de amigo nosso da corte,, com data de..-12do corrente, transcrevemos os se_ruintes tre-chos:.

íiiOlIÜTeieffranaanas—Transcrevemos da

folha official, os seguintes :COMMERCIAES ,

Rio de Janeiro 17 de maio' (rkoebido'A tar-DE AS 5 HORAS E 5IEIA DA TARDE)—0 baUCOMauá, não podendo ser soecorrido pelo ban-co dò Brazil, e lutando com difficuldadesdesde os últimos acontecimentos de Monte-vidéo, suspendeu seus pagamentos, pedindomoratória, e ófferecendo pagar integralmen-te á seus credores.

Corre que o director do Banco Allemãodesappareceu.

Amanhã deve encerrar-se, na câmara dosdeputados, a discussão do projecto, aqresen-tado pelo Exm. Sr. visconde do Rio Branco,ministro da fazenda, autorisando a emissãode 2t..000:000!?000 de titules ao portador.

«Cambio sobre Londres 26 3[4 d. bancário26 7[8 d. particular.

Carcbio sobre Paris 357 réis por franco,0 mercado de café esteve mais animado

hoje, e os preços, bem que mais firmes, nãosoffreram alteração.

Bahia 17 de maio—Caçibio sobre Londressem alteração.

Chegou hontem aqui, procedente do Riode Janeiro, o vapor francez Yille de Bahia,da compauhia chargeuus reunis, e sahio átarde para Pernambuco.

Para' 17 de maio—Canibi? sobre Londressem alteração.

Procedente do Maranhão chegou hojeaqui o paquete brazibivo Guará, e sahiráamanhã para os portos do sul do império.

New-York 15 de jiaio—Chegaram hoje átodos os portos dos Esfcados-Unidos 4,Q,00fardos de algodão.

Rio.de Janeiro, IS.—Cambio sobre ,Lon-dres 27 d. bancário, 27 \ d. particular.

Cambio sobre Paris 358 réis nominaes.Mercado de café calmo, mantendo-se os

preços som alteração ; o de primeira qualida-debo_ade5$700a5$850.

Baaia, 18.—Cambio sobre Londres 26 •£ d.bancário, 26 j d. particular.

Para', 18.—Cambio sobre Londres semalteração.

. New-York, 17.—Cambio sobre Londres 4-87.

Preço do ouro 116.Mercado de café .calmo, e os preços sem

alteração; o do Kio fair cargoes 16 f a 17cénts por.fi3.

« Em additamento á minha carta ultima,devo dizer-lhe que o ministério continua emsérios embaraços, parecendo fora de duvjdaa retirada do João Alfredo.

Na reunião por este promovida aconse-lhou-sè-lhe que continuasse e assim estavaassentado; veio, porém, a reflexão e atéhontem podia-se dizer que não recuaria maiso ministro do império.

Novas difficuldades surgiram ; e quando areforma eleitoral não bastasse outros ele-mentos accumullados dissolyeriam o 7 jdeMarço, segundo se pensa. .

0 S. Vicente e outros ameaçam com asubida dos liberaes.

Quanto á mim continuará o,7 de Marçocom o Bom Retiro e um ou dous deputadps;em ultimo caso abandonar- se-ha todo o pro-jecto eleitoral, conservando-se, apenas a par-te relativa á qualificação.

Cada um procura presentemente ó meiode segurar a situação e ha horror aos libe-raes. -,

Os dissidentes querem também o 7 deMarço!

Veremos, entretanto, o que surgirá.E'tão anormal a marcha que. levam .as

cousas • políticas n'este paiz, que nada.sepôde conjecturar com certo fundamento.

Uma questão de escrivão de subdelegado,cousa ridícula, deu com o Ludgero em terra.»

AltonfaiBienfo-- lii_.ttt>rtcos—Concluamos a apreciação da defesa do.Çr.Lucena sobre os apontamentos, qub oífere-cemos para a historia de sua administração.

Sobre a compra do engenho Fragoso, per-tencente a um devedor de um seu amigo in-timo, diz o Sr. Lucena que não houve coac-ção,«a qual seria uma estulticie, visto comopelo contracto elles (os contractantes) estãoobrigados a comprar o referido engenho,que foi escolhido para logradouro pela cama-ra municipal e a commissão para esse fimnomeada. _

0 Sr. Lucena não contesta o facto de queo engenho referido era propriedade de umdevedor de um seu amigo e que a venda domesmo facilita ou facilitou o pagamento dadivida; procura,porém, apad.inhar-se coma câmara municipal e a commissão noinea-da, a quem attribue a escolha do engenhoFragoso para logradouro.

Isto é uma coaretada vergonhosa de queusou o desembargador para defender-se.

Ora, todos sabem que a commissão no-meada pelo Sr. Lucena não valia mais doque o mesmo Sr. Lucena, assim como a ca-màra municipal não valia mais do que acommissão ; portanto foi o Sr. Lucena quefez comprehender nos limites do terreno dologradouro o engenho Fragoso, tornandoassim obrigatória a compra do mesmo en-genho.

A câmara municipal, de que o Sr. Luçe-na só faria caso para defender-se (ias pato- -tas, não pôde apadrinhal-o n'essa conciliaçãodos interesses de seu amigo com os interessesvmnicipaes.

Quanto a portaria, que cassou; mediantea quantia de lOOftOOO para o asylo de alie-nados, o despaebo de demissão dada a umalferes da guarda nacional, dip o Sr. Lucò-na que—tendo o alferes, por motivos de re-sentimento ou despeito, pedido e obtido asua demissão requereu depois que -fosse cas-sada a mesma demissão ; o que", tendo con-seguido, por motivo de reconhecimento, of.ferecera aquella quantia.

A exposição do facto, não está exacta ; efoi feita de modo á attennar a indecênciadc ter o desembargador cassado um seu des-paclio mediante a quantia de 100$000.

0 alludido alferes,:tendo-pedido de_a__sàe,

3% ',*-..:

__«______-_=__e depois, arrependido, querendo obter a re-

' vogação: do despacho, que a tiuha dado, en--tendeu-se com o con-cunhado do ex-presi-dente desembargador; 'e comprometteu-se a.oferecer ,a quantia de 100$000 para o asylo

" de alienados, se lhe fosse cassada a demis-são, o que foi acceito e conseguido.

Portanto', b segundo despacho, revoga-torio do primeiro, foi. obtido pela quantia•;aè-»lÒÔ$000j emão porque, o Sr. Lucena, so

"^oh^-nèéséèdè-qiie o alferes era cumpridor*Ws'eik,dèvér'e-v;i O dinheiro foi dado para

o,btèr:se o despacho e não por gratidão. •Hí||$>-e-o qne--j&-OÍ;dito, provado o não re-futado. ."v.-1**

£.'.; Sobre o dispendio dos dinheiros públicoscom a columna alugada do Diário de Peruam-buco, limita-se o Sr. Lucena a dizer que essa

;''aceusação já tem sido refutada muitas ve-,'0b zes etc. >í •

Entretanto, permanece inabalável a con-vicção publica de quo o Sr. Lucena, á custados cofres públicos e de favores indecentes

í$ manteve durante a sun administração umacoluinna do Diário para injuriar e calumnidros seus adversários, enlameando a todos e

¦ a tudo. • -Com relação a aposentadoria do Sr. Pin-

*: to Pessoa; o desembargador ex-presidentecynicamente adulterou a nossa aceusação,formulando-a do; seguinte modo—«Aapo-

^ sentadoria do Sr. Pinto Pessoa sem quehouvesse sido addido ao Gymnasio Provin-

*-;cial—».Não dissemos que o Sr. Pinto Pessoa não

«•'• tinha sido addido ao Gymnasio; o que cen-surámos foi que aquelle indivíduo tivessesido aposentado, como lente do Gymnasio,sem que jamais tivesse regido cadeira algu-ma n'aquelle estaoeieciinento de instrucção.

. Essa aposentadoria foi escandalosa, oÍJ aposentado não tinha direito algum a. ella,

como mostrou o Sr. Manoel Portella na as-' sembléa provincial. E o mesmo desem-Lfoargador, ex-presidente, antes do Sr. Pinto

Pessoa alistar-se na companhia dos suissos' da columna alugada, determinara a thesou-"iraria

que não lhe pagasse ordenado comolente de Gymnasio ; embora, depois dos in-

' decentes serviços, que d'elle recebera/deter-minasse o contrario e até o aposentasse.

Temos concluído,1 deixando demonstrada^a iinprocedencia da defesa do Sr. Lucena—¦¦ cuja memória se procura redicnlarisar com

os mais ridículos e grotesco elogios.O que foi o desembargador trio celebra-,

do, como presidente de provr.ich, ¦:consciência o diz; e o juizo de suá\£Óhs<4:encia—estamos convencidos—não é difle-rente do nosso. E' pena que não seja pos-sivel external-o.

AiwtfoèAme—Durante três annos tra-balhou o Sr. Lucena para ter nome na bis-

toria. ;'Tanto não era preciso.Depois do dia 10 de Maio, podia o feroz

- espaldeirador descansar em um leito de gio-lias; eótava conhecido na historia o seunome escripto com gotas de sangue peruam-br.cano.

Mas o Sr. Lneena quiz mais gloria: fun-,.'' dou o aslylÔ onde, na phraso escolhida de'um

, dos escriptores *do Diário, o doudo quando es-tiver amparado, cutvará liymnos-de louvor á

1 'administração do Dr. Lucena ! !...Que maior glória podia aspirar o Sr. Lu-

cena ? Nem Christo dando vistas a cegos ecurando os paralyticos. '

Até os doados lemdirão a administraçãodo Sr. Lucena I...

Que maior gloria podia elle conquistar ?Wvéiwitpíütèisí g&o_'_c_a!i—A' vis-'ta do que dissemos em no?sa Chronica de

hontem, foi pre„o o celeberrimo Josuino qneinvadirá a casa da rua da Guia ; e se nissoficasse a providencia do Sr. Zeca seria dignadé louvor.

Accoso em ira por ter dito o nosso infor-manto que elle pássara por aquelle lugar evira o facto, manda por dois soldados agar-rar o aggredido, intima-o para que venhadar um desmentido ao que dissemos, sobpena de ir expiar na prisão o que elle con-siderou uma grande audácia.

0. moço ficou aterrorisado, temendo servictima de alguma nova prepotência do Sr.Zeca.

Ate ahi chega a audácia de um inspectorde quarteirão desta terra !

Queremos ver se o Sr. Zeca faz effectiva asua ameaça, uma vez que aqui fazemos pa-tente a sua intimação.

P_r mais uma vez chamamos a attencãoda autoridade competente para esse inspec-tor que, não tendo rendimento algum, fazda irispectorrà seu meio de vida.

?AlBl §£ $yjft;ÍJ_ #$' >-,?* Província IX ''->#$.¦v aí

tL- . ©§_--â.—iNaoriam-se: foi assim que o Diário de 4 de Maiocjifisüiou o or. Luceua :

«Incorruptível como uma vestal.»-Se o.Sr. Lucena pautou sua honrada o in-oorruptibilidade pela de uma vestal, o fu-turo historiador ficará; 'seriamente atrapalha-do, quando quizer attèstar*suas virtudes.

, Diz à historia que Rhéa Silva, filha deNumitor, yirgem Vestal, teve dois filhos ge-meos: o Í3r. Lucena, incorruptível como umavestal, produzia mais-de duas patotas que il-lustraram os utyinio'^instantes deí§ua admi-nistração.

Quem seria o seduetor da incorruplivelves-tal Lucena ?

Mal coatagioso — Em uma denossas chronicas passadas torn amos qiaten-tea-mahiaVdequeultimVrhente se temapo-derado'quasi todos os governadores destaprovincia, e dissemos que o presidente querevelou em mais alto grau essa mania, foi oSr. Lucena. .,A,V(*"

Argumentámos com factos :, ,0 hospital Pedro II, sem enfermarias suf--cientes para conter os doentes ; o Lyceude Artes e Officios, ¦ quasi reduzido a rui-nas, antes de concluido, provam bom clara-mente quo o Sr. Lucena só quiz conquistarcom espalháfatos ,o, titulo do pre.identemais obreiro desta terra ; só se deixou do-minar pela vaidade de fazer seu nome repe-tido nessas diversas obrasse não se animouno sentimento do bem de sua provincia.

Não puderam os adoradores do idolo depés' do barro podre destruir a seria aceusa-ção que fizemos ao Sr. Lucena, eentão,para derivaram a opinião, suem com uma ti-rada sobre asylo de alienadas, estradasetC, etc. -. ;,.1^íi-V; Lj.ii¦!¦ ¦•'.

Ora, sobre tudo isto nós já temos dado aultima palavra.

, A obra do,asylo de .alienados com luxo emagnificência supérfluas, não satisfaa , ásexigências das sciencias / moral e medicam-mente ; excede-as e toca ao disparate denm presidente, que pôr vaidade pretendeuligar seu nome a um s.umptuoso paláciopara doudos.

A execução desse edifício a ninguém as-sombra, desde que o presidente da provin-cia taxava. quanto deviam dar os sous su-bordinados.

As estradas, calçamentos e contracfcos ce-lebrisaram o Sr. Lucena.

Se fez uma estrada, sem o querer, foi bo-neficiaro engenho de sua.sogra.

Se mandou tapar o charco de uma rua,sem o sabor, foi dar valor ás propriedadesde sua sogra, calçando-_e a frente de uma dosuas caiias e até a janella da em que mora-.

Se tem t|e escolher lugar para matadouroe logradouros, etc, por uma fatalidade inex-plicavel, vai beneficiar compadres, cuj«sinteresses estavam um pouco arriscados etc

E nesse gosto emprehendeu o Sr. Lucenaás grandes obras ás quaes ligou seu execra-do nome I -

„ Mas, vamos ao Lyceu de Artes e Officios,porque quanto ao Hospital confessou o Sr..Lucena que achando-se preocupado commuitas outras obras (arranjos de sogras ede compadres)-não pôde emprehender a con-pi-a são do 2- raio.

Vamos ao Lyceu.Diz o Sr. Lucena que não e uma obra

provincial, e que o dinheiro isendo pouco,devia ser applieado a outras obras.

De accordo ; porque dar ao Sr. Moscosoquasi nove'contos de réis para aformosearjardins e fszerjus a commendas, é obra demaior utilidade do qne auxiliar a conclusãode um edificio importante com o' qual aprovíncia lúc-áriá, porquo é uma escolapara os artistas.

Aquelle pobre edificio, onnegrocido jápela acção cio tempo, tinha o férrcíte do ia-fóríuruo uo norao de seu ihiciácYp-: 0 Sr.Lucena íiào o coucluio porque não queriaquo seu nome ficasse após o do Sr. 'Portella.

Confesso, portanto, a gente que por gra-tidão defende ainda o Sr. Lucena—que du-rante quasi três annos o Sr. Lucena . sósoube revelar-se fatuo, vaidoso, inepto e pa-toteiro ; mais alto que tudo faliam as suasobras.

l_c__c_5as do I5_í_r_o — Andatonto ou maluco este velho órgão da im-prensa.

Ha dias, failando de uma dentada em umnariz, chamava membro ao nariz e contavaa historia de modo que chegava-se a pensarque não se tratava de nariz.

Agora na Revista de 18; traz este outrodisparate: nCadaver.— Foi encontrado umante hontem etc—Do exame cadaverico aque o submetteu a policia etc.»

Que exame cadaverico ó esse, Sr. Felip-pe.—Membriihetrb

';Quo'_àv_õe- tem para ponyr que exame

de um cadáver pode-se chamar exame cada-Yerico '?

Sempre queríamos ver a cara ao tal exa-me para ver se elle tinha apparencias decadáver.

, Outro officio.Po_ate de J"a_a_<i-_eira.—Entre

os immensos melhoramentos da provincia, at-tribuidos pelos exagerados romancistas doDiário ao ex-presidente Lucena, figura aquel-Ia ponte. Vejamos que grande melhoramen-toe esse. i--|U" (\ .' Antes mesmo de sei>o Sr. Lucena nomea-do delegado de policia d'esta capital, a pontede Junqueira, sobre o rio Pirapama nas pro-ximidades" da estação da Ilha da via-ferreade S. Francisco já existia. . •

Estando a referida ponte arruinada, o ro-mantisado ex-presidente ou a repartição dasobras publicas mandou conoertal-a sendo or-gados os concertos em 7:000fi00p pouco maisou menos e depois, arrematados por preçoinferior a este.

., O arrematante, tendo .começado a obra,depois de algum tempo, abandonou-a, dei-xando o transito publico interrompido ,comgrave detrimento dos' habitantes -o agricul-tpres d'aquellas paragens..

Para substituir a passagem do rio pelaponte, o ex-presidente mandou uma jauga-da;': o que,deu oceasião a diversos desastres,como perda'de cavallos, quedas e até a mor-te de um indivíduo que tentou passar por so-bre os restos da ponte abandonada.

Decorrido algum tempo, o Sr. Lucenamandou encampar as obras da ponte, e fa-zei-as por administração, más logo depoisabandónou-os, e só ultimamente recomo-çou-se a reconstrução da ponte ; porem, cómuma morosidade desesperadora.

Assim pois, por espaço de quasi dous an-nos conservou o Sr. Lucena a estrada geraldo Cabo para Ipojuca intransitável por faltade uma ponte; cujos concertos foram arre-matados por cinco contos pouco mais ou me-nos; e assim ainda coniinúa porquo as obrasnão estão concluídas. ' N

O Sr. Lucena entrou na administração esahio sem reconstruir a "ponte de Junquei-ra, apezar das incessantes reclamações doshabitantes da comarca do Cabo.

E entretanto, os suissos, om debandada,dizem quo o/Sr. Lucena promoveu um gran-do melhoramento da provincia com a cons-trução da ponte do Junqueira, e o Sr. Luco-na com seu silencio afíirma que assim foi,procurando ongasopar a opinião publica !

Ora; mas seriedade, Sr. desembargador-commendador.

Piáar_B-ácia. I___B>©rl-_L-LFoipolo governo imperial concedida aos Srs.Ferreira Maia & O'.-, proprietários da Phar-macia Americana, á rua do Duque de Ca-xias.o titulo do Pharínaceuticos e Droguistasda casa Imperial. ( -

_»HMtaario—A mortalidade do dia 17do corrente, foi de 9 pessoas. ,

As moléstias que occasionaram estes fal-lecimentos foram as seguintes:Tuberculos pulmonares 3Congestão cerebral •• 1Congestão pulmonar. . .1Às-.ite •'•••• 1Pfchysioa pulmonar . .1Apoplexia 7. 1Febre' amarella 1

E %

Desde o dia 13 de Dezembrodo anno passado, que está presoo alferes r.formado Manoel daAssiimpção Santiago, na Forta-lezado Brum.

Foi preso porque o perversoLneena assim o ordenou e estápreso este longo tempo, sem terhavido flagrante, .sem ter havidoformação de culpa !

W nesta capital que assim seabusa. O motivo da prisão éphantastico: attribuem-lbe sercabeça de sedição, e diz o juiz dedireito. Sebastião Lacerda, quena sedição quebra-kilos toman-do parte algum official reformado,commette crime militar., e deve-lhe ser imposta a pena de morte.'

Como o preso tem de ser fusi-lado,pela opinião doLacerdaRe-go-Barros, pouco, importa que oreformado esteja preso dous me-

zes, ou dous annos, sem precederflagrante,—sem haver formaçãode culpa. Não ha pressa em con-chiir-se a formação da culpa, nemtão pouco em começal-a. •

A-Pplausos áyontadeimperiosado Lucenaj qué faz parar e inuti-lisa, até .osjulgamento.s doTri-bunal da E-lação.

— iFa_.c_sa, i.o|e £<V «<_>i,_-0 ecãfl_co<->-.-a'£ seae <a_s_a úe _»rã-süo âaSi^afi ! :'..' O

IIÍIEIS1u a i 1111 i u íi •...' r; f

Carla _Pari_-ie__seEoceava que minha ultima carta tivesse obs-

carecido o quadro oonsolador da installação daRepublica na França, segundo a formula do 25de Fevereiro de 1875. 'Porém, cada dia, quedecorro, prova-mo que ao lembrar ao leitor adata do 24 de Maio, collocava-me no próprioaif _go da situação. A ordem moral não . abdi-cotí. Submettendo „ uma analyso oonscien/nosaos incideníos da quinzena pretérita, dosoobrire-mos sob o manto do dia os mesrnoa homens esob a linguagem de circumstancia as mesmasdoutrinas o tendontia».

Üma parta do cuntro direito unio-se ao centro'esquerdo, náo para fwudar seriatnonte a repu-blioa, maa sim por sahir de uma situação into--Gravei, e arrancar aos bonapartisfcaa a presa na-cional que já lhos tombava nas garras. Cadaqual tromen por si e por seus principe., e resig-nou-so á votar pela Constituição, que todos co-nhoeoui. Eormou-sc èntso nm gabinete, om queos dons centros se aoham desigualmente repre-sentados ; porém; si os dous rios correm nomesmo alvo, alias aguaa nilo se contundem.

Sinto náò poder juntar minha voz á do3 opti-mistas quo aorudituin, ou ringom crór na uni-dado do gabinete' de .10 ¦ de Março, porquo me éimpossivol deixar'do notar suas profundas e la-m.utáyeis disaidoncias. Quanto ao mais,acham-se ollas na" administração o nos órgãosdos dous centros.

) . A primeira nota, a do centro direito, foi dadapolo Sr. BurTot na declararão que foz, ao subirao podar, á maioria do __ da Maio. A direitanão íiomprehend-U cate convite ou faltou deBÜ'-.tíle_ft o acerto. ...Si'o convite iudirectò doSr. Buífet tivosao sido comprehondido, o dia 12de Março poderia ser denominado o dia dos illu-didds. O centro esquerdo e o partido-republica-no ioriain HidomystiíicadoB ó talvoz dosmoraU-stidos na ppiuiao publica. A longanimidade, apac-ienciiv, ti abnegação de todas ás fracçOos des-to partido tor-sG-hiam convertido om' impoten-cia o imbecilidade. i

Até quo ponto comprehondou o partido repu-blicauo a porfidia do golpe quo acaba do dar-lho o chefe dos alliàdos do centro direito ? Ig-noro ; porém a opinião sóceorreu felizmente asesquerdas. Houyo contrariedade no paiz. O ga-binote não podia viver após a declaração do vi-çt-.-presidente do Cons-lho. Nem o Sr. Dufau-re, nem o Sr. Loon Say, nem mesmo o Sr. Wal-lon podiam ficar em s_inülli_ute terreno. Foientão que circulou o boato da publicação dacircular Divfauro, que ora aguardada com cortasensação om 30 o í)l do Março. Os jornaes nãocouiproh-iulemtudo e não.podem, nom querem,dizer o que sabem. Como. os grupos, parlamen-tares, elles obedecera a noeessidad- do tactica.Foi por isso, que não, deram a verdadeira sigui-iicação da demora da publicação da circular doSr. Oufaure. Ao ponto do vista elevado em quepretendentes collocar-nos aqui',-deixa 'de existirtodae qualquer explicação do pormonores sobretal ou tal phrase supprimida. Consideramos asuperfície do facto e seu colorido, porom não oseu ospirito. O iacto real é a incompatibilidadedos olemontos quo compòom o gabiuotè de 12do Março. Bem sabia o Sr. Buííot quo perdia aprimeira parada altte a afUrmaçTn.) da ílopubli-ca articulada pelo Sr. Dufaure. Também nestoponto a .opinião pronunciou-se energicamente.Pola vivivCidado dos seus applausos, ou pôr ou-tra, çieS-.e rumor.quo1, apezar do estado do sitio,elova-se ú cada emoção do um grande povo ; ex-prhnia o paiz sua adhesão ás palavras do Sr. Du-íaure. Sous elogios implicavam urna censuraindirocta da attitude do Sr. Buffet. A politicado centro (a quo vigora actuahnonto) triumpha-vá. Pula prim-ira vez depois do 24 de Maio,sabia o governo do oquivoco. Achava-se a Be-publica amrniada e os bonapartistas, vilipendia-dos e ameaçados. Não posso exprimir o allivioque tevo a França, durante alguns momentos,ao arrancar a mascara do hypocrisia quo a suf-fooa... T»l êxito nio deslumbrou todavia o par-tido republicano, que tevo a prudência de trium-phar com moderação. As folhas do centro es-'querdo até ajudaram as do centro direito áabrandarem o golpe que recebia o Sr. Buffet,attonnaudo a alçada da sua declaração, empres-tando-lhe uma quantidade de boas intençõesque meu fraco iutollocto não me pormitte per-ceber. Poucos dias depois, a morte de um pen-sado* illipstre, o Sr. Edgar Quinet, fornecia aopartido radical a oceasião do mostrir que o cen-tro esquerdo é sobrepujado em brandura, pru-den cia è toda a espécie de procedimentos deconciliação. Sobra o túmulo de Eagar «Jtun.et,o Sr. Gambetta descobrio o moio dè proferir umdiscurso porfeitamente ! democrático o repubü-

A Provincia

cano, porém, tãOjCorrecto ao ponto.de vista daprudência, que as folhas do centro direito niopuderam recusar-lhe corta _p_trova'çàó; Tam-bem fallara o Sr. Vietor Hugo com | a pompamagistral e a inspiração prophetica que carac-terisarn suas palavras. Porém esta voz pareciade um outro tempo. Era para os homens deoutr'orauma reminisceucia melancólica dopassado. Para o observador, quo comparava osdous discursósvo do ancião o do mancebo, ha-via nm ensino.' Dò doutrinário, 'tornou-me ex-irategistao partido republicano, 'abandonando'as.regiões do ideal - para entrar nas esperadasrealidades da vida pratica., Mas quem poderádizer quo esto ideal não teve j sua utilidade his-torica ? Não foi elle, ^que apoderou-se da almada mocidade e eme, preparç-u estas novas gera-ções, cuja educação política foi aperfeiçoada' pe-¦Ias desgraças da pátria '?•

Alguns dias de tranquillidade sucoederam áestas diversas manifestações., O partido repu-blicano, isto é, grando maioria do paiz, repou-sava com tranqúilla satisfação, quando novo in-{;cidente ainda veio augmental-a. Por oceasiãoda distribuição dos prêmios ás sociedades seiôn-

.tificas das. provincia»; o Sr. Wallonj ministroda instrucção publica, perante uma douta as-sembléa de delegados de todos os pontos do ter-ritorio, fez uma falia em que o nome da repu-blica foi,ajuda uma voa articulado, affirruado oconsagrado, bem opino, acolhido com repetidos' bravos pola asserublãa de 8abios. E no dia"e-guinte, a homenagem sincera e espontânea,rendida ao regimen republicano por uma corpo-ração de homens de sciencia e do estudo, acha-

! va-se inseria no Jornai Oficial. ,Na verdade parece que desta vez ganhou-se

a partida, que o centro direito se resigna, que osantigos cúmplices da ordem moral, que oons-,tituem a maioria do gabineto, olvidaram as' ve-leidades do primeiro dia. Pois bom, é.uin en-gano. Vamos encontrar a outra corrente e

'demonstrar ainda uma^ez que ella não sò con-!funde com a outra que c-oatèa. .1

EniJ.5 de Março, o Sr. de Cissey, ministro daguerra, endereçava aòs chefes de corpos e gene-raes uma circular, cuja existência conhecemosgraças á-unia rocente indiscrição do FimoS.Nesta circular que' recommenda o respeito da

Constituição om termos repletos de precisãomi-litar, o nome da Bepublica não se acha formu-lado. Este mesmo noino não figura na circa-lar endereçada polo Sr* Btiffet aos'prefeitos.

Temos por conseguinte no gabinete do 10 deMarço duas espécies do ministros ; os quo sedignam articular o üoino do governo que nosrege, e os que occu}tam-no. Em. bom francez,esta omissão do nome-da republica, nas circu-lares o íallas officiães significa :'" Homens daordem moral, não ha discórdia entre nòs ; omarechal não gosta da Bepublica, e, nós soffre-mol-a com asco profundo. Não olvideis queum dia deveremos unir-nos como om 24 deMaio, o em virtude da- estipulação de revisão ;varreremos em 18yü republica ,e republicanos. .''

Para garantir taes disposições, o ministro dointerior, vice-presidente do Conselho, inauguraa Constituição republicana, do 25 do Fevereiro,conservando nos seus respectivos cargos os pre-feitos realistas, bonap artistas o clericaes, ins-.tallados polo Sr. de Broglie ; ú por issoquo ai-guus delles, si ouso empregar uma expressãotrivial, " mettem os pós no prato. " Tambémhouveram desses ingênuos interpretes do pen-Bamento do Sr. Buffet, ou da corrente da diroitado gabinete, que protestaram com enorgia, dig-ua do seu passado, contra a homenagem rendi-da ao governo da republica por presidentes deConselhos geraes.

Desta sorte, não articular o nome da repu-blica paijece uma .convenção tácita .entre ápai'.-te direita do gabinete e os da prdern moral.Quanto ao bouapartismo, ó reprimido com do-cura, pretende o governo contèl-o, som esmaga-

• Io, e como si r_..orvasse-o para oceasião propi-cia, concede-lho algumas Batisiações á custa dosrepublicanos. E-! positivo que o deixa em pos-se das mairies e de. muitas prefoituras. Porque não haveria o paiz de comparar a conduetado Sr. Buffet, após 25 de Fevoreiro, á do Sr. deBroglie após 24 de Maio '?'

quem osquoceu-sedo infeliz Beuló, que julgou-se ministro por simesmo, dessa vasta demolição de prefeitos re-publicauos qne elle executou com- a vontade damá indole no interesso dos favoritos da ortiummoral . Julgaram útil nessa epocha, dispor deinstrumentos necessários ao novo regimen. En-tretanto hoje parece que os agentes políticos de

com1ercío:TALFÂNDEGA DE PERNAMBUCO 19 DE

. MAIO DE 1875.

Rendimento do dia 1 a 18....« Idem do dia 19

452:225$4S426:453$047

478:68l$531Navios á descarga para o dia 20 de Maio :

Lugar portugueza Alexandte Herculano,vários gêneros para o trapiche Conceição.

Escuna inglez Ilaniel, (atracado)'baca-lháo já despachado- para o trapiche -Concei-ção.

Lugar portugueza Júlio, variosgenerospara trapiche Conceição. ,

Patacho inglez Xeva, farinha para; o tra-picho C^ceição pah-p despachar.

Vapor nacional America, (esperado) gene-

24 de Maio podem muito bem installaiv a\Be-publica. O ministro' do Interior não falia., aosprefeitos corno chefe, mas sim como homemtímido que desejaria desculpar-se por ter adhe-rido ao regimen republicano.

Um só ministro da direita, o Sr. de Meaux,distingue-Se do seu grupo. E' preciso notar-seque é um verdadeiro clerical; profere o nomeda Bepublica, é verdade, acompanhando-o po-rem,da antiga.legenda do;" Perigo ...Social)" e;" Paixões subversivas " que é signal dé allian-ça para certos partidos.

As folhas ' dp centro direito' oomprehendemperfeitamente a'tactica do Sr. Buffet e dos seusamigos. Favorecem esta reacção subterrânea,que ainda se torna mais perigosa, por achar-seno aproprio âmago do governo.. As gazetas esti-pendiadas pelos príncipes d'0rleans, o Journalde Paris e o, Soleil, o jornal dos Sirs. do Broglie,e Buffet, '--'le

Fràneais, 'distinguem-so especial-mente nesta tactica, em desacreditarem o par-tido republicano, redicularisando-o, vilipendian-do-0 e calumniando-o, embora fallem de umaespécie de constituição de 15 de Fevereiro áqual ó-se preciso conformar. A publicaçã.o dosdocumentos do inquérito relativo ao governo daDefezaNacional forneceu-lhes a oceasião de ap-plicarem seu systema que me pareceu sem des-u-_a, por desmascarar os actores.

Tal é a verdade acerca da situação da Fran-ça. Póde-se fallar delia no estrangeiro sem. in-conveniente algum, porque hão causa damno áprudente tactica do partido republicano quenão se commove e continua á mostrar-se mo-derado. O suffragio universal imitará pòr ven-tura a circumspecçào da imprensa e dos gruposparlamentares ? Não;ó provável. As eleiçõesdo Conselho geral do Sena provam que o pevode Pariz ooinprehehde a guerra oceulta feita áBepublica e protesta, empregando os' meios deque dispõe. NáP.se deve todavia consideraraFrança sob o pontode vista daa eleições de Pa-riz. Existem na capital innumeros operáriosque não desejam transigir,- .Justo é nílo olvi-dar-se também que esta capital, das sete doressempre foi a maior victima de impostos e amaismetralhada das communàs da França. Há,neste grande foco- de misérias sociaes, muitoserros, porém muitas-tradições lugtibres e mui-tas legendas domesticas com o sinete do irrepa-ravele da desgraça infinita, e irremediável.

¦—-"Jsi_8-»t2_'c-^-»i-1-'j

ras que já.haviam perdidqas em.que foram perpetrados por 'agentes enviados a Par-feprovidas, por não terem querido seguir para com ordem, de destruírem todos os edifíciosy*V n _*. %• 4- 7\ f\ lln« J_ _-. -- —. _*.~_~_>.-..__."__.l — __!_. _'_. _ ___.__. .llnn It < . /. _-. .. _-. *¦ -1 _

"0 sertão, dando-se o fi,candalo de serem ell°se Os demais: pretendentes, os indicadores dalocalidades, em que S.,Exc. creou as cadei-ras, em qne os encartou, sem ouvir a inBpec-toria da instrucção publica!

São factos notórios nesta cidade, desço-nhecidos.unicamente do..-articulista, que de-cididamente não quer yêr.; ;.¦.;

', . . ¦Qumpre sua tarefa 1 ..«Nem S-. Exc. tinha que restituircadei-

ras; antes S. Exc. foi o próprio que declarouvagaB cadeiras èm cujo exercio não haviamentrado professores, qne 1 as haviam tiradoem concurso, mas; que nunca delias toma-ram, conta.» 1 \.-'. aio.iuiyij.... \ . •

A esse trecho respondemos com o que ficadito,-na parte relativa as professoras, e o quedissemos no artigo V, que não foi contesta-•do :

«. E inserio no relatório,do anno .passado,três portarias, com que considerou sem effei-to a nomeação de três professoras, por nãoterem entrado em éxercicio, ao passo quemuitas outras que foram nomeadas ao mes-mo tempo que aquellas, e aqui se conserva-ram ainda por muito tempo, continuaramcomo professoras, e obtiveram as cadeirasque indicaram.»

columna » é obra para.,!',_:!

_ XÍTOf.

$) ecididainente ao inglez vêr...

. Não ha duvida ! . ¦'"_'¦,

Continua.

¦ \

_£íi§--íErtirs atravésPi!_de i*a_'__i

• Iaa§ta'ia«i"çã .> a>aa8&MãeaXVIII

«Que desforra, que restituição do.cadei-ras, que exclusão de homens de côr foramesses'?

Nem a ultima lei (n. 1,143) deu mais ar-bitrio ao presidente contra os professores, enão havia que vingar delles/que nem ao me-nos se distinguiram como opposicionistas,(pois a este ponto parece encaminhar-se. aintenção do articulista.) »

Do confronto da alludida lei com a de n.1,124, fácil é de vêr a inverdade da «coluni-na» visto como na referida lei n- 1,143, hadisposições, que,, tornando o professoradointeiramente dependente da presidência, de-ram a este mais aibitrio do que o consigna-do na lei anterior, (1,124) ; sendo que a dis-posição do art. 10 n. 4, foi a clava de Píer-cules:de *S. Excr

Com efieito, pr. valecendo-se desse artigo,:cuja disposição d via ser applicada única-mente no caso previsto no § 4 do artigo ei-tado, S. Exc. fez o que quiz,—satisfez'seuódio o o seu capricho.

Seu ouio, porque removeu a diversos pro-fessores, sem motivo justificado, nem audi-enchi do inspector dii instrucção publica,guiado tão somente pola má vontade que ti-nha a alguns, e as intrigns promovidas acer-ca de outros, contándo-so ontre elles o pro-fessor Monteiro Pessoa, cuja proscripçãocausou estranheza ao próprio inspector daiusti-acção publica, que delia teve conheci-monto pelos jornaes.

Seu capricho, porquo deu <as cadeiras quequiz, e a quem quiz, removendo até senho-

ros nacionaes para o trapiche da Compa-nhia.

OAPATAZIA DE PEENAMBUCO

Eendimento do dia 1 a 18.... 7:520$044Idem do din 19 63_>§721

"' 111 _¦

8:759$765VOLUMES SAHIDOS

Dodia Ia 18 A.... 13,133dia 19:

l-.por.ta. • ...... 2052.* dita 9i3'. dita 47Trapiche Conceição...; 1,900

-I.RVIÇO HARITIMOAl varei) gas-i e.. carregadas nosi rapi-

chos l'alfandega do dia 1 a 18...

15:376

Sumjiauio—As.pilulasde copaiba do con-selheíro Pereira da Silva.—Umaleoa qne não tem fastio.—Be-cordaçòes: de Baden. — Quem: .i ti oom muitas pedras bole...-Fria-venta primavera.

Tenho peixe graádo na rede—- é.o''Sr.Conselheiro Pereira da Silva que, abusandoda influencia que exerce pelo seu talento in-contestável, veúde pilulas á quem quer en-golil-as.¦O Globo publicou uma carta escripta peloconselheiro, com data de 4 dé Janeiro, queprincipia assim:

«Um anno novo começa. Três quartosdo século XIX são ja decorridos. Eestamapenas vinte e cinco para terminal-o. »

Parece-me que a phráse. não o clara—Sitrês quartos já se foram, resta apenas nm,e não vinte e cinco.

Si é para dar ^que fazer ás imaginações,que assegura ainda restarem vinte e cincoquartos, acho excellente o gracejo— porém8e trata-se de 25 annos, penso qüe não hamatuto que não esteja certonVisso, quandomesmo só saiba contar pelos dedos.

Depois de disertar acerca dos diversosreinados da França, sustenta o chronistaque este paiz «lutou com os cornrnunistasde Paris que lhe avaásalararn a cidade, quei-toaram-lhe monumentos .artísticos, estraga-lam-lho ediíicios valiosos e provaram fimespirito e tendências vandalicas, que a'his-toria não conhsc.ra até então.»'

Não posso admittir que taes assertos se-jaru dietados pela ingenuid.de, nem tãopouco pela ignorância—A idade de avô dodistineto escriptor exclue a primeira hypo-these, e a segunda seria apenas admistdvel,se elle tivesse vivido n'uma redoma de phar-macia, de braço dado com uni d'esses pyg-mons rachiticos, produzidos pelo aboxto.'Ninguém ignora., prbsentemoute que amaior parte dos desastres, attribdidos aoscommuoistas, foi occasio.naaa pelo governodo Versalhes, cujo interesse consistia emtornar seus inimigos solidários dos crimds

Idem no dia 19;

Navio atracado.18

1

CONSULADO PEOVINCIALEendimento do dia 1 a 17 82:656$G53

dodia 18 J

que se oppuzessem ao êxito da estratégiacombinada peles chefes da tropa de linha.

Esses feitos vandalicos deviam igual-mente constituir o anatheína lançado á facedos cornrnunistas, no intuito de aniquilara immen?a, influencia que tinham, e justi-ficar a crueldade exercida contra elles.

Não ó diíficil descobrir-se a exactidaod'estas observações, por menos que se com-pulse as obras imparciaes relativas á guer-ra civil—e a impunidade de .muitos caloro-sos apologistas da Communa, que' ora pas-seam pelos boulevarda/ao passo que oa ver-dadeiros defensores das liberdades publi-caa perecem na Nova Caledonia, é a provaevidente dos manejos indignos dos inexora-veis opprossores d'um punhado de homensque lutou com heroísmo, digno do melhorresultado,

' . /•

. Entretanto sou da sua opinião, quandoreeonhece que ha raizes de socialismo e com-munismo em vários paizes- europeus—rai-zes fortes e robustas da republica universalque elle apraz-se qualifical-as perniciosas,por não serem do seu gosto.: 1 . -.

¦ Onde, porém, manifesta-se a ignorânciado escriptor, (pois em tal assumpto nãopode obedecer a opiniões politieas) e no quediz respeito á litteratura franceza..

«_Cora Quizot—diz elle—que ainda nosúltimos dias da longa vida eacrevia obrasprofundas e primorosas.parece que morreu amusa da historia. Thiers mal tempo tempara empregar-se na- politica. Michelet,Thierry não deixaram suecessores. Mig-net, único dos espíritos illustrados, lá reci-ta apenas na Academia um ou outro esbo-ço biographico, em que patèntêa as anti-gas galas da erudição, do gosto e do estylo.»

« Que è, dos discípulos de Planche, Saint-Marc Gfirardin, Yillemain ou Sainte-Beu-ve ? »

« Onde mais se encontra a eloqüênciaparlamentar de Quizot, de Thiers etc. etc. ?

<t Ha mesmo actualmente aqui inspira-ção poética, que ouse lembrar ainda queapagadamen.e. os bellos exta«is de Chabeau-bri9n8 Lamartine, Vietor Hugo, Viguy,Beranger e Musset ?»

A ignorância é manifesta, visto confun-dir escriptores faliecidos com os que aindavivem e continuam á produzir.

Apezar das lides políticas, Thiers nãoabandonou seus ti\.l. iJho;> históricos, e sinão forem publicado. ¦¦?:•:)';¦ :r/úo vive, cer-tamente f.'61-o-hão .. _ p _?>_. d.>. •: ua morte.

Qnantos vultos da sciencia não se achatan'essa nomenclatura ! — que è de HenriMartin, Louis Blanc, Naudet, Paulin-Pa-ris, Littre, Eenan, Haureau, Patin, Nisard,Legouvi, Eaustin Iveiie Caro, Paul deSaint-Vicfeor e tantos outros nomes illus-três ?

Quautç a eloqnencia parlamentar, por-que não mencionou Dufaure, digno émulodo ex-presidente da I.epublica, Challemel-Lacour, Jules Pavre, Emile Ollivier, JúlioSimon, Brnest Picará, C-ambett;., e comoeloqu&ncia de palpito, o padre ílyacintheque é certamente superior aos pregadoresque os dous mundos possuem ?

Não sei tão pouco porque enterrou VietorHago, qne ainda pertence a geração presen-te. Ignora o Sr. conselheiro que o autordos Castigos e do Anuo terrível deve publi-car brevemente novas obras, e que possuonumerosos volumes que ainda não foramremettidos ao prelo *?

Qnem foi que lhe disse que e nena o thea-tro oitenta as mesmas pompas literárias ? »

Bem se yé que poucas vezes ahi vai, ouque desdenha .:.s peças deAngicrean, Sana,Êeúillet, Barri .re. Barbier, Dumas filho,Sardou, Meilhac e Halevay.

E' pena que não annunciasse aos seus

13

EECIFE DEAYNAGE ' •Eendimento do dia 1 a 15 8:583$722

» do dia 17.........^.. S

EECEBEDOEIA DE ÉEíÍDAS-I-^TEBNASGEEAES I

Bendimento do dia 1 a 18 21:229$137

Idem do dia 19 2:235$435

23:464.572

arte ma <o

10» de MaioENTRADAS i

Lisboa—124 dias de ultimo porto 74, vap.port. Ab*eda Garret de 943 ton. comm.S. C. Tomasine equip 45 carg. vários ga-neros a E. E. Eabello & C.

Bahia—5 dias barc. hêsp. 'Selestína de 312íon. cap. Feline M. de Almeida.

Liverpoel—55 dias brig. franc. D eme Mariede 260 ton. cap. Eingues equip. 10, carg.carvão o outro gen. a L. Eobliard & C.

Portos do Sul—7 dias vap. bra. America de677 ton. comm. Diogo N, M. equip, 88carg. var. gêneros a P. Vianna & C.

>

e . a TétofÈfâg*) ".*

compatriotas que uma tragédia de versosprimorosos é representada actualmente noTheatro Francez—que ella tem por titulo aFilha de Rolando, e por actor, o Sr.*; Bor-.nier, que, sendo ainda moço, não pretende'

: morrer tão cedo.—Si tivesse o bom costumede- freqüentar I este theatro, veria que asobras primas, antigas e modernas, ahi sãointerpetradas por actores! de subido qui-late.' Julga por acaso que a Amasia legitima dePoupart Davyl, representada no theatroOdêon, hão é peça magnífica? Si tal ó o seuparecer, sintol dizer, que não está de accor-do com os espiritos illustrados da França;

t Romances,—prosegue o chronista—-esseramo litterario o mais popular do séculoXIX, levantado á altura de escola de ensi-no, em toda a parte e em todos Os povos,como o reduzio de valor o espirito realistada epocha ? Como o fez descer da magesta-de de Walter Scott. Cooper, Stáel, Goetbe,Manzoni, Hugo, Vigny, Medmée ? Comomesmo tjeou inferior á Souliè, á Dumas, áSand, Balzaè etc. etc. ? /

t A própria musica' 'está prós trada.»« Prefere o povo era geral o gênero fareis-

ta de Offènback e Lècoog, Meyerbeer, Hale-vy, Bellini e Rossini. Cantores custam á en-contrar-se, já não digo excellentes, comoMario, Rubini, Labache, Tamburini, Mali-bran etc. etc, mas regulares, como Sòntag,Nourrifcetc.eto. E' luxo ou antes simula-çãode gosto que arrasta a população ás ope-ras serias. E' prazer intimo que os incita áassistir ás operetas e farças.»

Romances—muitos ha, e dos melhoresesoriptos por autores, taes como TheophileGautier, Frauubertj Edmond AboutrZola,Malot, Dumas Filho, embora pertençâo áescola do. realismo que mè parece preferi-vel a outra;—e Hugo e Mérimeo não forampor ventura chefes d'esta escola ? E Geor-ge j_and que continuamente publica ro-

. mances, acaso não pertence á epocha emque vivemos ? fe*

Si o realismo e detestável, lancemos aofogo todas as obras, filhas da pennadoau-tor de Indiana, e fabriquemos cartuchos còm.os romances.de Eugene? Sue e com a ma-gestosa Comedia Hmana de Balzac.

Era inútil cital-os, si o chronista prefe-re os devaneios • de A una de Radcliff e asaventuras archi-ph.ntasticas do heroe dovisconde Ponson du Terrail.

A prostração da musica não é tão lamen-tavel como elle affirma,—Os francezes nãodeixam de admirar as beíleza. dos grandescompositores, e seria bem estulto ' quemacreditasse que.o grande theatro da operafoi construído para a execução das operetasde Offènback. :

. Porém, por ser leviana, a musica destamaestro, bem como a de Hervé, Lecocq eCcsdiê, não se segue que seja desprovada demerecimento. Foi com razão que applaudio-86 Orphée aux- Enfers,ío Pe.Ut Fawt,a MoreAngot, e que hoje se «pplaudtíi a delle Bour-bonnaise sem coutar Vasseur qu. teve a de-

- liciosa inspiração da Timbale d'Argent.'

m Ma representação de amanhã, a _ffl Sra. Aline entrará na jaula com o j|m Sr. Viseo-de de *;.* f, eem vez de •#

. M uma cabeça, o leão do Altas teráj§ duas nas suas faucea medonhas.

Affiímo que. muito prezo esta musica ju-venil e delirante—talvez se modifique meugosto, quando áttingir a-idade'do Sr. Cobse-lheiro Pereira da Silva;—duvida porém quetalsucceda; ha homens que nascem velhos,oomo existem velhos que sempre são jovens.

Aposto que o chronista pertence á primei-ra categoria, senão engana os seus leitores.

No que diz respeito aos rouxives, ó comOrgulho ique hoje citam-se os nomes daPatti, Nilson Krausn, Paulisne Luca, Mio-lau Carvalho, Faure e mesmo Capoul, eoutros cantores de nomeada, dignos repre-sentantes d'aquelles que não existem.

E' ciar. p o ..consegui nte qud o vuho"proe-minente da lute r atura brazileira pecea. vu.rjasvezes paia fazer e.ièr no que e'íè mesmoacredita e mnitissiWs' vezes; por ignorância.

Aquelles pecéMü_ são- mortaes ao passoque èàfès parecem-me apenas vèniaes,' por

.não -exfoi-Çíirem-se. oa estrangeiros, mesmoproeminentes, eme-iudar e_te paiz c__iq;-d..:veria m fn /«I -o,qua ndo escrevem!—Prefe i-.m"tratar, certas 'qtte&Sõre. siiperricriálmen...' én-'tre a fumaça, de 'uru--'ch__à'.t-

eMnji gole decafé, aor levantarem-se da mesa. redonda' deum \\oí?\ qualquer, apiabado de'.'brazileirose gortágoèzés,' e àünàk suiaein para contem.plar os ursos e leões do Jardim d .3 BÍáíU_'s.

VNa;> e.i.__ janlad que su.expnnde a litíetia-. tur,',,omb^íi.- .•'.'&• Jiupreij.íi pju'i..^i.*tó se;

oecupe a.iualmoute de Bidel,o4anio_ó doíçr-,

ador de feras, que é lambido toias w noi-tes pela lingua (e que> lingual) dfumã leoa,que tem graves culpas no c-rtorio—Tresbraços—carne e osso—já foram diggeridospela magnânima rainha dos animaes,õ certoé que ainda não está satisfeita da sua tarefan'este vai do lagrimas,.sem- coutar >as qaeextirpou dos olhos dos pacientes.

A propósito de domadores, vem-m- á tae-moria uma historia que pinta a! ^eneroaida-dade do coração feminino. „°r '

—Era em Baden—no bello tempo que oKuísaál ainda existia.

Uma linda mulher, porém linda como astres Graças reunidas, excitava o enthusias-mo do publico aristocrático, que saboreavah'essa cidade as terríveis delicias da jogatina

Quem não teria lánçadp o coração aos pésd'esse feiticeiro demônio, ao vêl-o altivo erisonho, rodeado de animaes ferozes á atroà-rem os ares com rugidos que faziam tremeros homens, bem que protegidos pelos varõesdajaula ?

Effecti vãmente.* jovens e • velhuscos mor-riam de amores por ella ; porémum só ob-tivera oinsigne previlegio do trazer na ai-gibeira uma chave .dourada da alcOva deAline.

E' verdade que era moço, bem apessoado,e possuidor de dous olhos invenoiveis. 'v

Elle mostrava-se orgulhoso da conquistae certamente havia de que—quanto-á ella,parecia amal-o com a força d'um_. looomoti-va de trem expresso;

. Foi talvez no.intui<-Ovde provar que a.beldade do seu amante era^. realçada pelacoragem, qtie Aline', fez affixar em toda acidade o seguinte Cartaz :' '.

Deixo pensar ás leitoras quãp. grande foi,a affluencia —não faltaram, callos .esmaga-dos, hení opimos cobres na caixa do tíirco.

O hegocio'não era p,ara.menos...um Vis-conde authentico,' rico ,e bâmfeito, que expu-nharse á ser machucado, guilhotinado, es-migalhado, tragado,.e afinal vomitado pelasavessas. 'fí ,..!,,,,

Alguns minutos antes, da representação,aehava-nie com um. jornalista,., belga nosbastidores do Circo, onde havia palestra dosartistas com os seus conhecidos.

Ciiegada a hora ft.ta.,(Aline'apresentará-se bella e radiante, dando o braço ao .Vis-conde que tremia como. vujl,peixe, deva-ras verdes.-^ ^; .,.,; . .,,''•' %:{Z '

Fazendo-nos graciosa corte_ia,'IÍÍa abrioa primoira porta da jaula—as, feras lança-ram rugidos á produzirem terremotos. OVisconde cambaleou, porém sua amada sus-teve-o, animando-o com um olhar que teriadado coragem ao mais cobarde saguim.

Ella abrira a segunda porta e entraraem primeiro logar, quaudo o Visconde, quedevia acompanhal-a, escatafedeo-se-quQlntoda? unhas do gato descuidpso. . < , j' — ;E | Visconde ? e o Visconde ? .-n. cía-mava á multidão—ao passo que pantheras,leões,ur,sos e tigres farejvam Aline, que çomos olhos cheios de lagrimas, parecia petrifi-cada. .;

E' um homem que falta ?—bradou umavoz estridente—Pois aqui estou

E subitamente appareceo ao lado da do-madora um horripilante corcunda de chapeode pello e luvas de pellica.

Aline enoarou-o como si fosse uma almado outro mundo.

Não sou Visconde ;—disse elle, dir.igin-do-se ao publico, —porém verão como vouassoar-me com-a lingua do leão—

Frenéticos bravos acolheram estas pala-vras,'e erguendo-se sobranceira, Aliue fezparar ante ella^o leão, do Atlas em cujaboca acharam-se reunidas dúran,te , algunsinstantes sua encantadora cabeça ó a dodisforme heroe ,'que havia convertido emapplausos a pateada do publico.

No mesma dia a chave dourada passavada algibeira do Visconde para a dp corcun-da. Auáaces portuna juvat

Tão feliz não foi um amigo meu, cujo pas-satémpo consiste em acompanhar as mulhe-res bonitas qüe"encónt'ra nos boulevards.

Uma d'ellas animou ~ò

JJovelace, ao pontode deixal-o entrar em casa'; mas apenastinha elle retirado :o>; sobretudo, quando ba-tem á porta, e, a..bella?í émpurra-o n'um ar-matio-cheio-de garrafas de agua-ráz, de pe-troleo e de alguns alqueires de camphora,ondo o desventur-ado-passou uma noite in-teira á espirrar. / , .'. 3

'.i ,r.': _íí! 'No dia.seguinte, jella|restit^ipjlhe,._a;IÁber-

dade,' dándolíié"o coüseljao. de. nõp_ cánirn'òu(-r.- espfirrellá.' . '

Pensão as leitoras que corrigio-se ? Pelocontrario. Vi-o ainda hontem ú correr comoum veado" atraz de duas botinas microsco-

'^ c"ltos da altura da

A natureza ainda está {envolta no mantopárdàçento do inverno—brilha o sol duran-'te.,algemas

horas|: oceultando-se (depoisn'um montão de nuvens quò o suffpça. Na-rizes e orelhas continuam ápayecer-sè compimentões et^mates.oas belias parisiensesainda não puderam.cobrir de cassa os niveose mimosos seios.

Despida de folhas, as árvores parecemmais estúpidas e cem graça dp que ps jor-haes clericaes ; neni uma andorinha sulcaos ares, e Òs amantes aquecem-se ás fiam-mas da estufa, em vez de colherem moran-gos nos bosques verdejautes. ', .:

pucoesiiciiMAfog.a.i<os

Acaso ignònirá p'Rvm. Vigário que nairmandade-do S. S. Saqrameuto da fregue-zia do Afogado hajam maçons e não poucos?

Acaso o Sr, governador dò bispado tam-bem o iguorará ?

- E como não foi .ntèrdicfca essa 'irmanda-de ? ;

' Eétarao isentos os irmãos do S. S. Saora-mento de Afogados das penas a que outrosnão escaparam ? -,

Isto deBeja saber"Gath.olico-Velhoí

ll..';-BarbeirosSerá verdade que p, Sr. Padre IJrancisco,

oapellão no engenho Ribejrão, fô/âf por ai-guein con vi dado para vir como coadjuetor,para está villa.-'? >¦ »;- ' •

Se isto é verdade;;e prudeíiteqúé S.Rvm.'e outro qualquer' sacerdote a quem igualConvite seja- .feito,, indague primeiramenteque fim levou o, preto Manoel, escravo doRvm, padre João de França Câmara ; quemo fez'desapparecer; como e porqué'desappa-recéu dito i\escravo ; e finalmente porqueeste respeitável sacerdote deixou de sereoadjuetor nesta.vila... ,, ./,-,¦,,;,

Isto lhe aconselhàpor.prüdenoiaO benze-cacetes._.,

Comarca úe Páiuiares, Sob esta epigraphe foi publicada na ohro-

nica ão. PróviiiciaãQ hontein uma correspon-dencia. que noticiando alguns factos ulti-mamente oceorridos n'eeta Villa, asseverater o Sr. Ernesto Aroelino de Barros Fran-co—castigado de um modo tão bárbaro a escra-va Francisca, que hoje (14) appareceu ellamorta.—

Ha inoxacfcidão na desoripção do faoto,que simplesmente oceorreu do modo,.-'qüepasso a expor. O Sr. Barros Franco no dia18 do corrente castigou; moderadamente atoenciopada escrava, ,dando-lhe algumaspalmatòadas : np,, tarde;do, mesmo dia saioella a rua tirando esmolas para libertar-se,e obtendo, como obteve algum dinheiro, ap-plicoulògo parte d'elle a compra de aguar-dente para beber, como costumava fazel-o ;não recolheu-se mais a casa, foi pernoitarem casa d'uma mulher, residente n'esta vil-Ia; o ao amanhecer do dia 14 foi encontradamorta na cama.

O Dr. Juiz Municipal deste termo, tendoconhecimento do facto pelo Sr. Barros Fran-co, procedeu o corpo de delicto, cujo severoe minioioso. examó feito por um medico eum pharmaceitico não descobrio o menoriudicio de ter havido castigo l

Zeloso pelo credito da Província órgãodas idéias políticas do meu partido, apresso-me em restabelecer a verdade d'uma falsanoticia publicada em boa fé ; e com tantomaior prazer o faço, quando d'ella resultauma negra calumnia, toda offensiva ao ca.racter d'um homem qpe embora adversáriopolítico, está bem longe de, merecel-a.

Agradecerei aos illustres redactores dachronica, si nella derem publioidade' a estaspoucas linhas. , ?:a

Villa de Palmares, 17"de Maie de 1875.M. â,ex Sá, Barretto Sampaio. ::

picaü, ihUnidas de s<lumná do Vendòme.

• Que -direi dá primavera, '*qi_e~ _ò'___ça )çom saraiva, com chuva e sem flores!... j

- «ya_»í-íüíãíl>Foi'.hontem achada nesta cidade a

seguinte carta ' dirigida ao Sr. Luco-na, a respeito'dà prisão illegal dos in-felizes Melchiades. e Carlos Barromeuque já representaram- ao actual presi-dente contra a illegalidade' da prisãoqu^soffreramr'";'0^^^'^' "*. '

f... Por ora occultaDios o nome do au-tor, mas acha-se a firma reconhecida' co;

j pelo tabellião publico.« Não sabemos còm o foi parar ao meioda rua esse importante documento que

prova que o Sr. Lucena pretende po-der influir sobre a sorte das victimas,apesar de não1 ser mais presidente. •>

"Villa de Jáboatão, 15 de maio de1875.

Illm. Exm,. Sr\.J)escmbdrgadòr.,Jamais deixarei V. Êxc. emquant,o

conhecer quevv.vExc. continua a,sarmeu amigo • e proteotor. Chegandohontem aqui ás 6' horas da tarde, ap-páreceu-mo o capitão Chequito; eulhe disse que o cnefe ihe havia dito,que dissesse-lhe que elle entrasse emserviço (o chefe mandou o recado boc-calmente); mas elle respondeu-me quetransmittisse-lhe o recado, por officio,assim o fiz ; entretanto, horas depois,recebo os officiog que V. Exc. verá, osquaes mando para o chefe de polibiaver. Quando cheguei, soube, logo quemandaram, não sei á quem, uma par-ttterrivel contra "mim; dizendo maisque a população estava agitada, so-mente para afeiarem o negocio, Hoje,dizem, vai outra parte ao presidente.O Miguel, que assume o exercicio, nãoèsupplente de subdelegado, me disse ochefe, o entretanto está em exercicio;;não sei.co.mo é isto.. Peço respeitosa-mente a V. Exc.» que se apresse em seenvolver neste nsgòcio. Pode ser queo presidente seja algum homem prece-,pitado, e vá obrar sem mandar-me ou-vir.-Desde Hdnjíém que minha de-missão é esperada oom alvaroto, po_

; causa dá primeil-a; parte que foi; istome disse

"o velho: Xavier, parente de

V. Exc.Tão cedo, já V. Exc.,.digo, já estou

sentindo a falta de -V. Exc, na presi-, dencia.,. O empregado publico que querter dignidade, e honrar o governo queo nomeou, vive sempre .contrariado.Ve-se um exemplo vivo em V. Éxo.Escrevo esta a V. Exc, e fico descan-sado. V. Éxo. não é mais presidente,•mais ainda é Henrique Pereira de Lu-cena. Isto me basta. Tudo isto aquiémovido pelo Dr. Amaro, que está dan-do arranhão e escondendo a unha. Gcapitão Chequito, eu não tenho con-fiança n!elle;'e si; se' mostra de meuladò,é porque ve que estou cercado dórazão,e tem medo de V. Exc.,por ou-vir dizer que V. Exc. é máo protector.¦ Elle aspira, louco, ser ó commissa-rio.d'aqui; e, podendo me compromet-ter, não dispensará. Faço votos pela-felicidade de Y.Exc. e respeitoso com-primento a iilustre familia de V. Exc.

Sou de V. Exc. amigo fiel e dedica-do criado e obrigado.

P. S.—Me desculpe os erros queaqui encontrar, pois escripta foi ás car-reiras.- V. Exc, depois de ler os of-ficios, mande o üoldado leval-osDr. chefe; peço a V- Exc" .

ao

( Sr.sfose' Mar fia" V. S. metteu-sena cojicha e nunca mais

deu uma palavra.Alertado pelo Morcego não quiz fallar.O Morcego não e mais deste mundo. Teve

a imniunda sorte da cousa. sem nomequ.manchou esta terra.

Quero ouvir, sua opinião sobre o padreAreias.

E' ainda elle. padre catholico?¦ Pode dizer missa nos templos públicos.?

Consulte o oráculo de Delphos ou do Eo-ma, pouco importa, e resolva esta questão,já que todo mundo está com medo de sus-cital»a. '."-.¦i tv

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JJ esta vez não tem mais desculpa, porque,;>•* '" '^'V

O barrele phrtjgio.

me assigno

Typ. da Província